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Big Data e Internet das Coisas (IoT) Apresentação Com o avanço da tecnologia e a utilização cada vez maior da Internet em todo o mundo, faz-se necessário aprimorar os serviços prestados utilizando a Tecnologia da Informação (TI). Diante desse contexto, os conceitos conhecidos como big data e Internet das Coisas (IoT) ocupam um papel de destaque nas discussões relacionadas a avanços em diversas áreas. Tanto o tratamento de grandes volumes de dados (big data) quanto a conectividade de dispositivos auxiliando o cotidiano das pessoas (IoT) são temas recentes e que têm muito a evoluir em termos de discussões acerca das suas aplicações. Nesta Unidade de Aprendizagem, iremos abordar as características das tecnologias denominadas big data e IoT. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Construir o conceito de big data e IoT.• Identificar elementos que contemplam uma solução de IoT. • Definir possibilidades de uso de IoT para automação.• Desafio A IoT vem promovendo transformações grandiosas em termos de tecnologia e criando um mercado ainda mais competitivo. Hoje, o mercado de IoT representa bilhões de dólares e continua a crescer exponencialmente. Nesse contexto, os problemas relacionados tanto à confidencialidade dos dados quanto à capacidade e qualidade dos links por onde esses dados irão trafegar são ameaças para soluções de IoT. Pense que você trabalha em uma empresa de automação que irá atuar em projetos baseados no conceito de IoT. Você tem a incumbência de montar um breve relatório apontando os principais pontos a serem observados no que diz respeito à infraestrutura e segurança nos projetos de soluções baseadas em IoT. O que você colocaria nesse relatório? Infográfico Para que seja possível a difusão das soluções baseadas em IoT, é necessário que existam padrões de desenvolvimento das soluções, ou seja, uma arquitetura que permita aos fabricantes desenvolverem as soluções com a garantia de que funcionem corretamente independentemente do hardware utilizado. O Infográfico a seguir apresenta um padrão de arquitetura simplificado para transmissão de dados em soluções de IoT. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9ea5b5da-817a-4a54-a14e-2f13b18c9c8b/b4df5b84-cad4-4049-93e6-bcb3dc97f044.jpg Conteúdo do livro Pode-se definir o conceito de big data como conjuntos de dados extremamente amplos e que, por esse motivo, necessitam de ferramentas especialmente preparadas para lidar com grandes volumes de dados. O capítulo Big data e Internet das Coisas (IOT), da obra Sistemas de Informações Gerenciais, explica detalhadamente os conceitos relacionados à big data e à IoT. As características que compõem tais conceitos também são elucidadas ao longo deste capítulo. Boa leitura. INTRODUÇÃO A BIG DATA E INTERNET DAS COISAS (IOT) Ramiro Córdova Júnior Big Data e Internet das Coisas (IoT) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Construir o conceito de Big Data e Internet das Coisas (IoT). Identificar elementos que contemplam uma solução de IoT. Definir possibilidades de uso de IoT para automação. Introdução Com o avanço da tecnologia e a utilização cada vez maior da internet em todo mundo, torna-se necessário aprimorar os serviços prestados pela tecnologia da informação (TI). Diante desse contexto, os conceitos conhecidos como Big Data e Internet das Coisas (IoT), ocupam um papel de destaque nas discussões relacionadas aos avanços em diversas áreas. Tanto o tratamento de grandes volumes de dados (Big Data) como a co- nectividade de dispositivos auxiliando no cotidiano das pessoas (IoT), são temas recentes e que têm muito a evoluir em termos de discussões das suas aplicações. Neste capítulo, você aprenderá sobre as características das tecnologias chamadas de Big Data e IoT. Conceito de Big Data Atualmente, o tema Big Data desperta o interesse em todas as pessoas que têm algum envolvimento com atividades relacionadas à gestão da informação. Porém, quem não tem afi nidade com a TI pode ter difi culdades para entender do que se trata. A princípio, podemos defi nir o conceito de Big Data como conjuntos de dados extremamente amplos e que, por esse motivo, necessitam de ferramentas preparadas para lidar com grandes volumes de dados, de forma que toda e qualquer informação nesses meios possa ser encontrada, analisada e aproveitada em tempo hábil. Com o aumento significativo da quantidade de dados gerados pela internet e com o surgimento das mídias sociais, é necessário gerenciar e armazenar as informações de maneira organizada. Esses dados podem ser classificados em estruturados, não estruturados e semiestruturados, com base no seu ge- renciamento e armazenamento. Dados estruturados Dados estruturados são aqueles que possuem formato e comprimento defi - nido, por exemplo, números, datas e grupos de palavras. Em geral, uma base de dados usada em sistemas informatizados convencionais é organizada de forma que se tenham dados armazenados em estruturas tubulares, nas quais as linhas armazenam uma ocorrência de um evento, caracterizado por um conjunto de colunas que representam características que descrevem um exemplar (instância) daquele evento. Na maioria dos casos, os dados estruturados são resultados de processos de geração de dados inerente a sistemas transacionais ou resultantes de ob- servações e processos de medição. Esses dados, geralmente, são armazenados em um conjunto de tabelas relacionadas entre si. Dados não estruturados Dados não estruturados são aqueles que não seguem um formato específi co, por exemplo, imagens de satélite, dados científi cos, fotografi as e vídeos, texto próprio de empresas e dados de mídias sociais. Esse tipo de dado requer dispositivos de armazenamento e processamento, que suportem seu formato e garantam melhor efi ciência em suas análises. Dados semiestruturados Pode-se defi nir dados semiestruturados como um meio termo entre a estrutu- ração e total falta de estruturação. Como exemplo de dados semiestruturados, temos os conteúdos disponibilizados na Web acompanhados de tags e arquivos XML. Big Data e Internet das Coisas (IoT)2 Análise de dados A coleta e o armazenamento de dados têm como fi nalidade a extração de informações que possam gerar vantagens competitivas para as organizações, bem como auxiliar nas tomadas de decisões. Os diversos dispositivos conec- tados à internet produzem dados das mais variadas formas. Porém, dados, mesmo que em um grande volume, não passam de dados. É necessário gerar informação e conhecimento para explorar os benefícios desses dados brutos, ou seja, os dados necessitam ser analisados. Os sistemas gerenciais têm como característica o fato de apresentarem as informações, mas a inteligência nos negócios converge para a análise detalhada dos dados, a procura de padrões, modelos ou repetições. Se não forem encontrados padrões, fica complicado afirmar quais eventos geram determinadas consequências. Isso gera uma confusão de dados desordenados e sem explicações. Diante desse contexto, existem três tipos de análises que podem ser aplicadas aos dados, conforme você verá a seguir. Análise exploratória: permite a compreensão de como os dados estão distribuídos e qual o formato em que se encontram. A informação ad- quirida nas análises exploratórias serve de apoio na tomada de decisão sobre o tipo de tarefa de mineração dos dados e na escolha do algoritmo. Análise preditiva: prevê resultados futuros com base em dados do passado. Pode ser entendida como um processo que permite descobrir o relacionamento existente entre os exemplares de um conjunto de dados, descritos por uma série de características e rótulos atribuídos a esses dados. Análise de agrupamento: consiste no agrupamento de objetosde acordo com suas características. Também é conhecida como clustering e permite, com base em um conjunto de características, a descoberta de relações existentes entre exemplares de conjuntos de dados. Regras de associação: procurar encontrar padrões ou relacionamentos que aparecem com frequência em bases de dados. 5V’s do Big Data O principal objetivo do desenvolvimento de soluções de Big Data é oferecer uma abordagem consistente no tratamento do constante crescimento e da 3Big Data e Internet das Coisas (IoT) complexidade dos dados. Para isso, você precisa considerar o conceito dos 5 V’s do Big Data: o volume, a velocidade, a variedade, a veracidade e o valor. Volume: trata-se do volume diário de troca de e-mails, transações bancárias, interações em redes sociais, registro de chamadas e tráfego de dados em linhas telefônicas. Essas situações servem de ponto de partida para a compreensão do volume de dados presentes no mundo atual. É importante também compreender que o conceito de volume é relativo à variável tempo, ou seja, o que é grande hoje, pode não ser nada amanhã. Velocidade: as empresas necessitam de dados atuais sobre seus negócios, por isso a importância da velocidade é tamanha e, em algum momento, deverá existir uma ferramenta capaz de analisar os dados em tempo real. Atualmente, os dados são analisados somente após serem armazenados, mas o tempo gasto para o armazenamento em si já desclassifica esse tipo de análise como uma análise 100% em tempo real. A velocidade com a qual você obtém essa informação é uma vantagem competitiva das empresas. A velocidade pode limitar a operação de muitos negócios, quando utiliza- mos o cartão de crédito, por exemplo, se não obtivermos uma aprovação da compra em alguns segundos, pensamos em utilizar outro método de pagamento. É a operadora perdendo uma oportunidade de negócios pela falha na velocidade de transmissão e análise dos dados do comprador. Variedade: diferentemente do passado, hoje em dia os dados não são estruturados e armazenados em tabelas relacionais, pois uma grande variedade de dados como mensagens, fotos, vídeos e sons torna mais complexa a análise desses dados. Os dados não estruturados podem ser administrados juntamente aos dados tradicionais. Veracidade: para colher bons frutos do processo do Big Data é neces- sário obter dados verídicos, de acordo com a realidade. O conceito de velocidade, já descrito, é bem alinhado ao conceito de veracidade pela necessidade constante de análise em tempo real, isso porque dados passados não podem ser considerados dados verídicos para o momento da análise. Valor: quanto maior for a riqueza de dados, mais importante será saber realizar as perguntas certas no início de todo o processo de análise. É necessário estar focado para a orientação do negócio, o valor que a coleta e a análise dos dados trarão para o negócio. Não é viável realizar todo o processo de Big Data se não se tem questionamentos que ajudem o negócio de modo realístico. Big Data e Internet das Coisas (IoT)4 Tecnologias para o Big Data As tecnologias que sustentam o Big Data podem ser categorizadas sob duas perspectivas, as ferramentas de análise (analytics) e as tecnologias de infraes- trutura, que servem para processar e armazenar os grandes volumes de dados. O Big Data não se resume a um grande volume de dados não estruturados, ele também inclui as tecnologias que possibilitam o processamento e a análise dos dados. A tecnologia associada ao Big Data possibilita a criação de modelos estatísticos que servem para otimizar e prever os dados. A seguir, você verá uma relação de algumas tecnologias referentes ao Big Data. Hadoop: plataforma de software em Java de computação distribuída voltada para clusters e processamento de grandes volumes de dados, com suporte a tolerância a falhas. Map Reduce: é um framework desenvolvido pela Google para suportar computações paralelas em grandes coleções de dados em clusters de computadores. Linguagens de Script: linguagens de programação adequadas ao Big Data, como Python. Visual Analytics: método de análises em grandes volumes de dados com saída em formato visual ou gráfico. Processamento de Linguagem Natural (PLN): conceito de inteligência artificial que permite a análise de textos. In-memory analytics: processamento de Big Data realizado na memória do computador com o objetivo de aumentar a velocidade das análises. No que se refere à infraestrutura, as arquiteturas de hardware atuais auxi- liam no processamento de dados com serviços especializados para Big Data. O advento da tecnologia In-memory analytics colabora muito com a velocidade de processamento, pois evita que os dados sejam armazenados em disco. Internet das Coisas (IoT) O termo IoT, do inglês Internet of Things e que é traduzido como Internet das Coisas, é utilizado para transmitir a ideia de que a internet pode estar presente em todas as coisas. A ideia por trás do conceito é que todos equipamentos podem estar conectados a internet e, assim, facilitar a vida das pessoas no seu dia a dia. 5Big Data e Internet das Coisas (IoT) O conceito de IoT é baseado na ideia de fusão do mundo real com o mundo digital, fazendo os indivíduos estarem em constante comunicação e interação com outras pessoas e objetos. A IoT possui funções de reconhecimento inte- ligente, localização, rastreamento e gerenciamento dos diversos dispositivos, trocando informações a todo o momento. A IoT deve permitir uma conexão autônoma e segura para troca de dados entre os dispositivos e aplicações do mundo real, utilizando a internet para comunicação, troca de informações, tomada de decisões e invocação de ações. A tendência é que sejam oferecidos serviços surpreendentes, baseados no conceito de IoT. Assim, esse tema se torna muito relevante em instituições acadêmicas, na indústria e para as organizações governamentais, pois a IoT tem um potencial significativo de proporcionar melhorias em questões sociais, profissionais e econômicas. Arquitetura da IoT Ainda não foi defi nida uma arquitetura universal para IoT, devido ao fato de que as aplicações desenvolvidas funcionam em uma arquitetura de rede, quase que exclusivamente orientada à aplicação. As aplicações de IoT precisarão se integrar com outros sistemas e aí é que surgem os desafi os relacionados à falta de interoperabilidade, ou seja, as aplicações possuem arquiteturas distintas. Para se atingir o nível de integração que a IoT irá demandar, será necessário uma base comum para construção de subarquiteturas, ou seja, um conjunto comum de blocos de construção, para o desenvolvimento da arquitetura do sistema, que garantirá interoperabilidade em vários níveis. Diante desse cenário, diversas empresas que compõem a Standards De- velopment Organizations (SDO), que atua no desenvolvimento de padrões, se uniram para formar uma arquitetura genérica para IoT, a oneM2M, cujo principal objetivo é desenvolver especificações para garantir a funcionalidade global dos sistemas. A arquitetura básica M2M possui três tipos de camadas: camada de aplicação; camada de serviços comuns; camada de serviços de rede. Big Data e Internet das Coisas (IoT)6 A camada de aplicação engloba os elementos de ponta como sensores, geolocalizadores, smartphones, e formam a chamada entidade de aplicação. Essa entidade, implementa uma ou mais lógicas de serviços, que são reconhe- cidos por uma identificação exclusiva, o que permite que uma solicitação de uma lógica de serviço faça uso do aplicativo desenvolvido para se comunicar. Na camada de serviços comuns, existe uma outra entidade chamada de entidade de serviços comuns. Essa entidade representa uma solicitação de um conjunto de funções comuns, utilizando uma arquitetura funcional. A camada de aplicação interage com a camada de serviços comuns por meio de bibliotecas de desenvolvimento (API). As especificações desenvolvidas pelaM2M serviram como um projeto estrutural comum para redes e sistemas para executar um amplo conjunto de aplicações e pretendiam desenvolver uma camada de serviço comum, que facilitasse a interoperabilidade entre redes de sensores, dispositivos e aplicativos baseados em nuvem. Elementos da IoT A implementação de soluções para IoT é constituída por redes heterogêneas e amplamente distribuídas. Uma importante característica dessas redes é a identifi cação por radiofrequência, sensores, tecnologias inteligentes e na- notecnologias, que são importantes para que exista uma grande variedade de serviços. A rede utilizada em IoT abrange uma infraestrutura que inclui softwares, hardware e serviços, que serão utilizados para dar suporte às redes de comunicação. Os elementos físicos podem trocar dados sobre as suas propriedades devido à integração física. A identificação de dispositivos pode ser realizada por meio de tecnologias de identificação, como radio-frequency identification (RFID). O RFID é um método que permite a identificação automática e a captura de dados utilizando campos eletromagnéticos que identificam e rastreiam etiquetas anexadas aos objetos. A tecnologia RFID utiliza um chipset que armazena os dados exclu- sivos e os recursos de segurança disponíveis. O chip possui uma antena que o permite receber energia e que sejam transmitidas informações. As etiquetas contêm informações eletrônicas e não necessitam estar visualmente alinhadas com um equipamento leitor, além de poderem ser divididas em etiquetas passivas, que recebem energia a partir das ondas de rádio de um leitor RFID próximo. As etiquetas ativas possuem fonte de energia local, como uma bateria, e podem operar a centenas de metros do leitor RFID. 7Big Data e Internet das Coisas (IoT) Equipamentos como sensores e atuadores são extremamente importantes para a coleta e saída de dados, e têm a capacidade de permitir que os dispositivos conectados se comportem de forma autônoma. Atualmente, esses equipamentos são capazes de permitir a tomada de decisões inteligentes. As redes de comunicação utilizadas para IoT são comuns e conhecidas: Wi-Fi, Bluetooth e near field communication (NFC). Porém, essas redes pos- suem alcance limitado e determinadas aplicações dependem de redes móveis como 3G e 4G. As redes móveis atuais (2G, 3G e 4G) são direcionadas a dispositivos como smartphones, tablets e laptops. O foco está sobre aplicações de texto, voz, imagem e vídeo. Esse aspecto não impede as redes atuais de serem utilizadas para IoT, mas uma otimização para dispositivos variados é necessária, principalmente para garantir o baixo consumo de energia e de recursos de processamento. Isso deve vir com a próxima onda de redes móveis, o 5G (quinta geração). Com a eminente difusão da IoT, temos sensores, chips e dispositivos rela- cionados por todos os lados. Todos esses itens precisam estar conectados. Com a tecnologia de endereçamento de rede IPv6, que oferece um número extrema- mente elevado de endereços para os dispositivos, conectar esses dispositivos não será problema. A limitação vem das tecnologias de comunicação: as redes atuais não foram projetadas para permitir tantas conexões de dispositivos tão distintos. Por isso, a rede 5G terá um papel importante para IoT, pois, além de proporcionar uma velocidade bastante elevada para transmissão de dados, permitirá, por exemplo, que cada dispositivo baseado em IoT utilize apenas os recursos necessários, sempre na medida exata. Isso evitará gargalos na rede, assim como desperdício de energia (um grave problema em dispositivos que usam bateria). Riscos associados à IoT A IoT possibilita inúmeras oportunidades e conexões, muitas das quais não conseguimos imaginar nem entender seu impacto nos dias de hoje. É fácil perceber por que esse assusto tem sido tão comentado atualmente, ele certa- mente abre portas para muitas oportunidades, mas também muitos desafi os. Com a grande quantidade de dispositivos conectados surge um cenário que impõe alguns riscos. Parâmetros preventivos e corretivos já estão sendo estudados, e o foco principal são as ameaças relacionadas à segurança e à privacidade. Os riscos não são apenas individuais, problemas de ordem coletiva também podem ocorrer. Um exemplo do cotidiano é a conectividade Big Data e Internet das Coisas (IoT)8 dos semáforos, que, quando interconectados, podem causar problemas de congestionamentos e caos nas cidades em caso de falhas. A indústria tem um papel importante na definição de critérios que garantam a disponibilidade dos serviços, proteção das comunicações, normas de privaci- dade, confidencialidade e integridade dos dados. Todos esses aspectos tornam a tarefa mais complexa do que o trivial. Além das questões tecnológicas, ainda existem desafios relacionados às convenções globais e legislação dos países. Outro aspecto que não pode ser esquecido no contexto de IoT é a transpa- rência, ou seja, deixar claro para empresas e usuários os riscos associados à IoT. Além disso, orientações relacionadas às questões de segurança também devem ser realizadas. ALECRIM, E. O que é Internet das Coisas (Internet of Things)? [S.l.]: Info Wester, 2017. Disponível em: <https://www.infowester.com/iot.php>. Acesso em: 04 mar. 2018. ANSELMO, F.; SILVA, M. P. Big Data: tornando dados não estruturados em informações legíveis. Revista UNIPLAC, Lages, v. 4, n. 1, 2016. HEITLINGER, P. O guia prático da XML. Porto: Centro Atlântico, 2001. Disponível em: <http://www.centroatl.pt/titulos/tecnologias/imagens/oguiapraticoda-xml-excerto. pdf>. Acesso em: 04 mar. 2018. LACERDA, F.; LIMA-MARQUES, M. Da necessidade de princípios de Arquitetura da Informação para a Internet das Coisas. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 158-171, abr./jun. 2015. MENESES, C. A. A. Big Data nas empresas: o uso de dados como diferencial estratégico do setor de programação em uma empresa de televisão. Palhoça: Unisul, 2017. ROSE, K.; ELDRIDGE, S.; CHAPIN, L. The internet of things: an overview. Geneva: ISOC, 2015. SILVA, L. J. Internet das coisas. 2017. 49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Elétrica) – Curso de Engenharia Elétrica e Telemática, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, 2017. XML: introdução e conceitos básicos. [S.l.]: Macoratti, [2017?]. Disponível em: <http:// www.macoratti.net/xml.htm>. Acesso em: 04 mar. 2018. Leituras recomendadas 9Big Data e Internet das Coisas (IoT) Dica do professor Nesta Dica do Professor, você verá alguns exemplos de produtos já comercializados no mercado e que são baseados no conceito de IoT. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/07407c60e994e8b454bedb7cba95e654 Exercícios 1) Qual dos conceitos a seguir é o mais adequado para definir big data? A) Big data é um grande volume de dados disponíveis de forma estruturada ou não, oriundo de diversas fontes, sejam internas ou externas à organização, e acessíveis em alta velocidade que exigem formas inovadoras de processamento para uso em tomada de decisões. B) Big data é um conjunto de dados fortemente estruturados, que servem para orientar equipamentos de automação em relação às suas tarefas básicas. C) Big data é uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das quais devendo ser executada mecânica ou eletronicamente em um intervalo de tempo finito e com uma quantidade de esforço finita. D) Big data é uma rede de objetos físicos, veículos, prédios e outros elementos que possuem tecnologia embarcada, sensores e conexão com rede capaz de coletar e transmitir dados. E) Big data é a linguagem de pesquisa declarativa padrão para banco de dados relacional. 2) Qual das tecnologias a seguir representa um tipo de conexão utilizado em equipamentos que compõem soluções baseadas no conceitode IoT? A) Intel Dual Core. B) Bluetooth. C) SQL. D) Oracle. E) ARPNET. 3) A arquitetura mais geral definida para IoT é composta por três elementos básicos. São eles: A) Entrada, processamento e saída. B) Rede lógica, rede física e protocolo de rede. C) Percepção/atuação, rede e aplicação. D) Integridade, veracidade e confiabilidade. E) Gestão, operação e análise. 4) Pode-se afirmar que os dados gerados para análises baseadas em big data na Internet são classificados como: A) Estruturados. B) Estruturados ou arranjados. C) Estruturados, não estruturados ou semiestruturados. D) Dados brutos. E) Dados brutos e dados binários. 5) Dentre as tecnologias de comunicação utilizadas em IoT, as mais conhecidas são: A) Banco de dados, processador e memória. B) Notebook, smartphone e tablets. C) HDMI, VGA e DVI. D) Rede coaxial, intranet e extranet. E) Wi-Fi, zigbee, bluetooth e 3G/4G. Na prática José foi contratado pela rede de lojas de roupas femininas ABC da Mulher, que está com o intuito de analisar qual é o padrão financeiro das clientes que realizaram compras na loja nos últimos cinco anos. O padrão deverá ser definido pelo valor total comprado no ano, conforme a tabela apresentada a seguir. O banco de dados não está estruturado, ou seja, existe apenas uma base de dados com todos os registros de compras realizadas individualmente. Para solucionar esse caso, deverão ser realizadas análises compatíveis com o conceito de big data. Como o objetivo é segmentar as clientes da loja de acordo com seu perfil de compras, deverá ser desenvolvido um sistema que realize uma análise de agrupamento (clustering) com base nos totais de compra de cada cliente por ano, nos últimos cinco anos. Essa segmentação vai permitir que a rede de lojas estabeleça novas estratégias de marketing conforme o padrão definido para cada cliente. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Os 14 setores para aplicação de big data e dados necessários para as análises. Quando se fala sobre big data, há uma lacuna entre a realidade do negócio e as expectativas em relação à sua aplicação. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa, cujos resultados incluem: 14 tipos de setores empresariais, exemplos das formas de aplicação de dados de entrada e oportunidades de negócio utilizando o big data. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. IoT e os impactos no seguro auto. A consultoria Gartner afirma que até 2020 milhões de carros estarão conectados à IoT. Dessa maneira, as seguradoras poderão analisar dados referentes a riscos e perfis de contratação, podendo precificar e oferecer coberturas customizadas para os clientes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Os modelos de negócios para a IoT baseados em big data. Neste estudo de caso, é realizada uma análise das áreas de IoT, dos modelos de negócio e das implicações do big data, utilizando dados para a dinamização dos negócios. https://aquare.la/14-setores-para-aplicacao-de-big-data-e-dados-necessarios-para-analises/ https://www.revistaapolice.com.br/2017/02/internet-das-coisas-auto/ Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Manufatura inteligente e IoT. A American Society for Quality (ASQ) mostrou, em uma pesquisa realizada em 2013, que apenas 13% das empresas de manufatura dos Estados Unidos usavam manufatura inteligente (smarter manufacturing). Além disso, as empresas que adotaram esse conceito conseguiram melhorar sua eficiência e tiveram, ainda, outros benefícios que foram percebidos internamente e também pelos clientes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://run.unl.pt/bitstream/10362/17375/1/TGI0043.pdf https://efagundes.com/artigos/manufatura-inteligente-e-a-internet-da-coisas/ Sistema CRM (Customer Relationship Management) Apresentação Você sabia que os sistemas CRM (Customer Relationship Management) capturam e integram dados do cliente provenientes de toda a organização, consolidam e analisam essas informações e depois distribuem os resultados por vários sistemas e pontos de contato com o cliente espalhados por toda a empresa? Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender o conceito de sistema CRM e suas contribuições dentro de uma organização. Além disso, entenderá a necessidade de seu uso na empresa, diferenciar CRM estático e dinâmico e, ainda, entender como poderá auxiliar o atendimento e seu impacto no processo. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o conceito e a necessidade de uso de um CRM na empresa.• Diferenciar CRM estático e dinâmico.• Identificar como o CRM poderá auxiliar o atendimento e seu impacto no processo produtivo.• Desafio Considerando que você é o administrador de sistemas de informação da rede de lojas de venda de roupas, a NewRoupasNet, além de trabalhar constantemente com sistemas que dão suporte às operações das várias lojas de varejo em que você trabalha, também necessita monitorar os sistemas integrados e seus resultados. Nesse contexto, qual o objetivo, as características e os principais processos desse tipo de sistema você ressaltaria para a alta liderança da empresa, objetivando a aquisição do CRM para a NewRoupasNet? Infográfico Os sistemas de gerenciamento do relacionamento com os clientes (Costumer Relatinship Management – CRM) ajudam as empresas a trabalharem com os clientes de maneira operacional, colaborativa e analítica. Neste Infográfico, você vai verificar a organização dos sistemas CRM e breve descrição de cada um deles. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b69cadd0-69e4-4e18-b2ed-57387ba62918/09e11c88-dab4-4546-b251-8ea377c869ea.jpg Conteúdo do livro Os sistemas CRM usam tecnologia que permite enriquecer o relacionamento com os clientes. Essa tecnologia propicia, ainda, a coleta de informações sobre qualquer contato do estabelecimento em que ocorra o relacionamento com os clientes, por quaisquer meios, inclusive o modo on-line e em tempo real. E, também, gerando oportunidades para que os dados financeiros e de vendas subsidiem análises e estudos acerca das práticas, posturas e comportamentos dos clientes. No capítulo CRM – Costumer Relationship Management, da obra Sistemas de informações gerenciais, você vai conhecer o conceito de sistemas de gerenciamento do relacionamento com os clientes e a sua aplicação dentro da empresa. Além disso, compreenderá o conceito e a necessidade de uso de um CRM na empresa, diferenciará o estático e o dinâmico e entenderá como o CRM poderá auxiliar o atendimento e seu impacto no processo produtivo. Boa leitura. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Kátia Cilene Neles da Silva Sistemas CRM (Customer Relationship Management) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer o conceito e a necessidade de uso de um CRM na empresa. � Diferenciar CRM estático e dinâmico. � Identificar como CRM pode auxiliar no atendimento e seu impacto no processo produtivo. Introdução Você sabia que os sistemas Customer Relationship Management (CRM) capturam e integram dados do cliente provenientes de toda a organi- zação, consolidam e analisam essas informações e, depois, distribuem os resultados por vários sistemas e pontos de contato com o cliente espalhados por toda a empresa? Neste capítulo, você compreenderá o conceito de um sistema CRM e suas contribuições dentro de uma organização, bem como entender o conceito e a necessidade de uso de um CRM na empresa, diferenciando CRM estático e dinâmico e percebendo como CRM auxilia o atendimento e seuimpacto no processo. Sistemas Customer Relationship Management Laudon e Laudon (2014) iniciam a seção sobre os sistemas de gestão de rela- cionamento com o cliente relembrando alguns bordões empregados quando se trabalha com clientes, que são: “O cliente tem sempre razão” e “O cliente vem em primeiro lugar”. Esse autor destaca como a vantagem competitiva baseada em um produto ou serviço inovador tem, na maioria das vezes, um tempo de vida muito curto, por isso as empresas estão percebendo que a única força competitiva duradoura pode estar no relacionamento com os clientes. Segundo Laudon e Laudon, a base da concorrência deixou de ser quem vende mais produtos e serviços para ser quem é o “dono” do cliente, e os relacio- namentos com o público representam o ativo mais valioso de uma empresa. Alves Júnior (2018) destaca que o raciocínio desenvolvido pela autora é o de que o CRM usa a tecnologia que permite enriquecer o relacionamento com os clientes. Essa tecnologia propicia, ainda, a coleta de informações sobre qualquer contato do estabelecimento em que ocorra o relacionamento com os clientes, por quaisquer meios, inclusive o modo on-line e em tempo real. Isso gera oportunidades para que os dados financeiros e de vendas subsidiem análises e estudos acerca das práticas, posturas e comportamentos dos clientes. Richers (2000Richers (2000 apud ALVES JÚNIOR, 2018) concorda com o raciocínio de Bretzke (2000 apud ALVES JÚNIOR, 2018) e acrescenta que a finalidade do CRM é elevar a lucratividade e a receita das empresas por meio de automação do nível de satisfação daqueles que utilizam os bens e os serviços comercializados. Borges (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018) comunga desses mesmos pensamentos e sentencia que o CRM visa conhecer o cliente por meio de seu histórico de consumo para direcionar produtos ou serviços prestados, obtendo alta taxa de retenção. Gestão do relacionamento com o cliente Laudon e Laudon (2014) destacam que em uma pequena empresa de bairro, os proprietários e gerentes podem de fato conhecer seus clientes pessoalmente, face a face. Entretanto, em uma grande empresa, que atua em escala metropo- litana, regional, nacional ou mesmo global, é impossível “conhecer o cliente” de maneira tão estreita. Nesses tipos de empresa, existe uma quantidade imensa de compradores e de maneias pelas quais eles interagem com a organização (via web, telefone, e-mail, blogs e face a face). O autor ressalta que se tornou incrivelmente difícil integrar as informações de todas essas fontes para lidar com o grande número de clientes. Ainda, Laudon e Laudon (2014) descrevem que um grande processo de negócios, que envolva vendas, serviços e marketing, tende a ser altamente compartimentado, e esses departamentos não compartilham muitas infor- mações essenciais sobre clientes. Algumas informações sobre determinado Sistemas CRM (Customer Relationship Management)2 cliente podem estar armazenadas e organizadas em relação à conta daquela pessoa com a empresa. Outras informações sobre o mesmo cliente podem estar organizadas segundo os produtos por ele adquiridos. Não há como consolidar todas as informações de modo a oferecer uma visão unificada de um cliente na empresa. É nesse cenário que o autor ressalta que entram em cena os sistemas de gestão do relacionamento com o cliente, o CRM. Um ponto de contato é um canal de interação com o cliente, como telefone, e-mail, serviços de atendimento, correspondência convencional, Facebook, Twitter, site, dispositivo sem fio ou loja de varejo. Sistemas CRM bem proje- tados oferecem uma visão única dos clientes, que serve para melhorar tanto as vendas como o atendimento. Para Laudon e Laudon (2014), os bons sistemas de CRM fornecem dados e ferramentas analíticas para responder a perguntas como: � Qual é o valor, ao longo do tempo, de determinado cliente para a empresa? � Quem são os mais fiéis? � Custa seis vezes mais vender para um cliente novo do que para um já existente? � Quem são os clientes mais lucrativos e o que desejam comprar? As empresas podem, então, usar as respostas para conquistar novos clientes, oferecer melhores serviços e suporte aos atuais, personalizar suas ofertas com maior precisão em relação às preferências do comprador e oferecer valor contínuo para reter os clientes lucrativos. A Figura 1 destaca os sistemas CRM que examinam os clientes sob uma perspectiva multifacetada. Usam um conjunto de aplicações integradas para abordar todos os aspectos do relacionamento com o cliente, inclusive atendi- mento, vendas e marketing. 3Sistemas CRM (Customer Relationship Management) Figura 1. Gestão do relacionamento com o cliente — CRM. Fonte: adaptada de Laudon e Laudon (2014, p. 307). Vendas por telefone Vendas pela web Vendas no varejo Vendas em campo Vendas Cliente Dados de campanha Conteúdo Análise de dados Marketing Central de atendimento Dados de autoatendimento Dados por equipamentos sem �o Dados por atendimento em campo Atendimento ao cliente Software Customer Relationship Management Laudon e Laudon (2014) destacam que os pacotes de software CRM comer- ciais vão desde ferramentas de nicho, que executam apenas algumas funções, como personalizar sites específicos, até aplicações integradas de larga escala, que capturam inúmeras interações com os clientes, realizam análise com sofisticadas ferramentas de relatório e interligam-se a outras grandes aplica- ções, como sistemas integrados e de gestão da cadeia de suprimentos. Para o referido autor, os pacotes CRM mais abrangentes contêm módulos para gestão de relacionamento com parceiro, Partner Relationship Management (PRM), e gestão do relacionamento com o funcionário, Employee Relationship Management (ERM). Sistemas CRM (Customer Relationship Management)4 O PRM usa, em grande parte, os mesmos dados, ferramentas e sistemas que a gestão do relacionamento com o cliente, mas seu objetivo é melhorar a colaboração entre a empresa e seus parceiros de vendas. Se uma organização não vende diretamente aos clientes, mas por meio de distribuidores ou vare- jistas, o PRM ajuda esses canais na venda direta. Com ele, a empresa e seus parceiros podem trocar informações e distribuir indicações de vendas e dados sobre os clientes, integrando elementos como geração de indicação, determi- nação de preços, promoções, configurações de pedido e disponibilidade. O PRN também proporciona à empresa ferramentas para avaliar o desempenho de parceiros, para que assim ela possa garantir que seus melhores parceiros recebam o apoio necessário para fechar mais negócios. Já o ERM é descrito por Laudon e Laudon (2014) como um sistema que lida com assuntos de recursos humanos (RH) e estritamente relacionados ao CRM, como estabelecimento de objetivos, gestão de desempenho do funcio- nário, remuneração baseada no desempenho e treinamento. Entre os principais fornecedores de software aplicativos CRM estão a Oracle, a SAP, a Salesforce e a Microsoft Dynamics CRM. O autor finaliza destacando que, geralmente, os sistemas de gestão do relacionamento com o cliente oferecem softwares e ferramentas on-line para as áreas de vendas, atendimento ao cliente e marketing. Automação da força de vendas Os módulos de automação da força de vendas nos sistemas CRM ajudam a equipe de vendas a aumentar a produtividade, concentrando seus esforços nos clientes mais lucrativos, aqueles com maior probabilidade de adquirir produtos e serviços. Os sistemas CRM oferecem informações relativas aos contratos, às prospecções de vendas e aos produtos, além de recursos para configuração de produtos e geração de cotações. Esses softwares podem reunir informações sobre o histórico de compras de determinado cliente, ajudando o vendedor a fazer recomendações personalizadas. 5Sistemas CRM (Customer Relationship Management) Atendimento ao cliente Os módulos de atendimento de clientes nos sistemas CRM oferecem in- formações e ferramentas para aumentar a eficiênciade call centers, help desk e da equipe de suporte. Possuem recursos para encaminhar e gerenciar solicitações de serviços feitas pelos clientes. Um desses serviços pode ser uma linha telefônica para consultas ou marcação de visitas, em que quando o comprador liga para um determinado número de telefone, o sistema encaminha a chamada ao atendente adequado, que insere no sistema informações sobre aquele cliente uma única vez. Os sistemas CRM também podem incluir recursos de autoatendimento baseados na web, em que o site da empresa pode ser configurado para oferecer suporte personalizado, assim como a opção de contatar a equipe de atendimento ao cliente para assistência adicional. Marketing Os sistemas CRM colaboram com as campanhas de marketing direto, pois permitem captar dados de clientes e de clientes potenciais, fornecer informações sobre produtos e serviços, classificar indicações para marketing direcionado e programar e monitorar e-mails ou correspondência de marketing direto. Os módulos de marketing também incluem ferramentas para análise de marketing e dados de clientes com os interesses de consumidores específicos, além de identificar oportunidades para cross-selling (venda cruzada). Cross-selling é o marketing de produtos complementares. Na área de serviços financeiros, por exemplo, pode-se vender a um cliente que tenha conta corrente um título de capitalização ou um financiamento imobiliário. As ferramentas de CRM também ajudam as empresas a gerenciar e a executar todas as etapas de suas campanhas de marketing, desde o planejamento até a determinação da taxa de sucesso de cada campanha. A Figura 2 ilustra os recursos mais importantes para os processos de vendas, atendimento e marketing que podem ser encontrados nos principais produtos de software CRM. Sistemas CRM (Customer Relationship Management)6 Figura 2. Como os sistemas CRM colaboram com o marketing. Fonte: adaptada de Laudon e Laudon (2014, p. 308). Mensagem de texto por celular E-mail WebMala Direta Telefone Respostas por canal em janeiro de 2014 Campanha promocional Telefone: 30,8% Mala direta: 29,2% Web: 16,0% E-mail: 17,3% Mensagem de texto por celular: 6,7% Requisitos do Customer Relationship Management Alves Júnior (2018) destaca que o sucesso do CRM está ligado não só ao parque tecnológico a ser implantado, mas também à forma de relacionamento com o cliente e ao comprometimento dos colaboradores com o projeto. Brambilla (2006 apud ALVES JÚNIOR, 2018) relata que CRM “é uma estratégia e não uma tecnologia”. Nesse mesmo raciocínio, Brambilla (2006 apud ALVES JÚNIOR, 2018) afirma que no projeto de implantação do CRM, todos os funcionários da empresa, em menor ou maior grau de envolvimento no projeto, devem ter consciência da importância da sua contribuição em detrimento dos resultados. Por mais que a dimensão tecnológica seja importante, deve-se considerar o caráter organizacional, já que poderá agir no sentido de facilitar ou destruir os esforços da implementação do sistema do CRM. Nesse sentido, a dimensão organizacional engloba as seguintes variáveis: 7Sistemas CRM (Customer Relationship Management) � Planejamento e monitoramento do projeto de CRM: durante o momento da implantação do CRM é importante que a definição de estratégia de relacionamento esteja sintonizada com o cliente. É nessa fase que se define como ele deverá ser tratado, quais os eventos de relacionamento gerarão resposta e como o plano de comunicação deverá ser construído para se estabelecer o relacionamento. Assim, é preciso que se realize periodicamente o monitoramento do projeto de CRM. Por meio desse monitoramento, pode-se fazer uma comparação entre os resultados previstos e os obtidos, propiciando mudanças para otimizar esses resultados. � Recursos humanos: o requisito do bom funcionamento do CRM é que os colaboradores estejam envolvidos com o projeto e que tenham pleno conhecimento das ferramentas que o sistema pode oferecer. É preciso que eles passem por um rigoroso sistema de treinamento, a fim de que possam operar o sistema da maneira adequada. Brambilla (2009 apud ALVES JÚNIOR, 2018) concorda com essa tese, sobretudo quando afirma que o adequado planejamento e treinamento em todo o ambiente da empresa é um fator chave para uma bem-sucedida implantação. Em outro ponto, o autor assegura que é preciso que o colaborador organi- zacional tenha consciência do seu papel em relação à empresa, sendo primordial sua valorização e motivação para obter um bom resultado. � Mudança na filosofia empresarial: essa mudança ocorre devido à ado- ção do CRM e é necessário reavaliar como fator principal os objetivos, os valores e a missão da empresa, para que a solução adotada esteja em sintonia com os valores culturais da organização. É fundamental também que todos os gestores e colaboradores tenham o total compromisso com a organização para que a mudança, de fato, obtenha todos os resultados desejados. Brambilla (2009 apud ALVES JÚNIOR, 2018) argumenta que o CRM não obterá sucesso se for apenas uma aspiração da média e alta gerencias ou da cúpula organizacional. � Poder: nessa variável, aborda-se o apoio e o incentivo da alta admi- nistração da empresa para o projeto, isto é, os executivos devem estar amplamente envolvidos com o projeto, já que eles servem como exemplo aos demais colaboradores. Outra vez, Brambilla (2009 apud ALVES JÚNIOR, 2018) menciona que os executivos se caracterizam como o referencial de comportamento, exercendo influências na modelagem dos padrões culturais necessários à adoção da filosofia do CRM. Sistemas CRM (Customer Relationship Management)8 Nesse contexto, outra vertente do CRM é o empowerment, que corresponde à concessão de poder aos colaboradores, de forma que tenham autonomia na tomada de decisão perante aos clientes. Para Brambilla (2009 apud ALVES JÚNIOR, 2018), a satisfação do cliente está diretamente ligada à confiança que possui no colaborador e, para que possa passar esse sentimento, é necessário que se sinta apto a tomar decisões. Além destes pontos, convém destacar que o projeto do CRM requer uma liderança para comandar e que deve estar apta a minimizar os conflitos que possam existir entre os diversos setores da empresa. Segundo Brambilla (2009 apud ALVES JÚNIOR, 2018), o líder deve entender as diferenças individuais de cada um dos elementos participantes do projeto de implantação do sistema de CRM e, dessa forma, agir segundo os níveis de competências dos liderados, assumindo papéis diferenciados. Afirma também que é necessário que os líderes e colaboradores estejam capacitados a receber feedback, já que este processo, se não for bem conduzido, não cumprirá sua função, que é avaliar os pontos fortes do desempenho e aqueles que precisam ser mudados em detrimento do alcance das metas estabelecidas. A Figura 3 apresenta um esquema dos recursos dos softwares CRM. Figura 3. Recursos dos softwares CRM. Fonte: adaptada de Laudon e Laudon (2014, p. 308). Dados de cliente Vendas Gestão de conta Gestão de campanha Prestação de servios Gestão de eventos Gestão dedevoluções Gestão de promoções do canal Gestão da satisfação do cliente Planejamento de mercado Planejamento de serviços Operações de marketing Gestão de indicações Gestão de pedidos Planejamento de vendas Vendas de campo Analítica de vendas Analítica de Marketing Analítica de serviços Call center e help desk Marketing Atendimento 9Sistemas CRM (Customer Relationship Management) Tipos de Customer Relationship Management Welter et al. (2018) trazem uma interessante descrição acerca dos sistemas CRM. Para esses autores, o CRM é definido como uma estratégia empresarial que permite as empresas selecionarem e administrarem seus clientes com a finalidade de maximizar seu valor em longo prazo. Esse fato requer a adoção de uma filosofia de processos de negócio focada nos clientes, que suporte efetivamente marketing, vendas e os processos interdepartamentaisque atuam, direta ou indiretamente, com os canais de interação com os clientes (EKSTAM et al., 2001 apud WELTER et al., 2018). É uma estratégia de negócio para selecionar e gerenciar clientes e otimizar valor de longo prazo. CRM exige uma filosofia de negócio centrada no cliente e cultura para apoiar processos de marketing, vendas e serviços efetivos. “Aplicações de CRM podem propiciar o gerenciamento eficaz do relacionamento com o cliente, desde que a organização tenha liderança, estratégia e cultura compatíveis.” (GREENBERG, 2012 apud WELTER et al., 2018). CRM operacional Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018), no CRM operacional encontram-se funções que envolvem serviço a clientes, gerenciamento de pedidos, faturamento e cobrança e automação e gestão de marketing e vendas. O CRM operacional trata da automação dos processos de relacionamento, e é no que hoje a maioria das empresas está focada. Envolve o back office, como o gerenciamento de pedidos, produção, gerência de cadeia de fornecimento e sistemas legados; o front office, pela automação de vendas, de marketing e de atendimento; e o sistema móvel de vendas e o atendimento em campo (AUTRAN, 2012 apud WELTER et al., 2018). CRM colaborativo Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018), trata-se do centro de comunicação, da rede de coordenação que fornece os caminhos para clientes e fornecedores. Abrange as funções de CRM que proveem pontos de interação entre cliente e canal. Sistemas CRM (Customer Relationship Management)10 É toda a interação com o cliente por meio de contato por voz, con- ferências e conferências via web, e-mail, gerenciamento de respostas, fax, cartas e interação direta (lojas físicas, quiosques, distribuidores, lojas virtuais). Engloba todos os pontos de contato com o cliente em que ocorre a interação entre ele e a empresa. É fundamental que esses pontos de contato estejam preparados para interagir com o cliente e transmitir as informações levantadas para os sistemas do CRM operacional (AUTRAN, 2012 apud WELTER et al., 2018). CRM analítico Segundo Greenberg (2012 apud WELTER et al., 2018) é aqui que ocorrem a captação, a armazenagem, a extração, o processamento, a interpretação e a apresentação dos dados do cliente a um usuário. É o estratégico do CRM, pois contempla as funções de análise do desempenho e da inteligência dos negócios. Com o CRM analítico é possível identificar os clientes e deter- minar como cada um deve ser tratado (AUTRAN, 2012 apud WELTER et al., 2018). Alves Júnior (2018) apresenta um estudo sobre os tipos de CRM, em que diz que existem basicamente três tipos de CRM: o operacional, o analítico e o colaborativo (PEPPERS; ROGERS, 2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018). Com o advento do mundo web, uma outra categoria surgiu e os autores a denominam e-CRM5. Segundo este autor, o modelo operacional compreende módulos de call center, serviço de atendimento ao cliente, automatização da força de vendas, entre outros. Dessa forma, fica a cargo do CRM operacional integrar-se com todas as ferramentas tecnológicas, provendo um melhor atendimento ao cliente, por meio da racionalização e da otimização dos processos da empresa, conforme assevera Valente (2002 apud ALVES JÚNIOR, 2018). O modo colaborativo, descrito por Peppers e Rogers (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018), envolve todos os pontos de interação com o cliente. A tecno- logia da informação (TI) permite automatizar esses pontos de contato, bem como disseminar as informações deles por meio do sistema CRM. Nesse mesmo sentido, Valente (2002 apud ALVES JÚNIOR, 2018) men- ciona que o modelo colaborativo permite que as empresas respondam a desafios específicos em cada etapa do ciclo de vida do cliente, seja em prospecção, venda, atendimento ou retenção. Vale ressaltar que o cliente é visto em sua totalidade e que o atendimento passa por fases que devem ser feitas seguida- 11Sistemas CRM (Customer Relationship Management) mente e com zelo, para que o cliente perceba o atendimento como completo e preciso. O modelo analítico é a fonte de toda a inteligência do processo, servindo, principalmente, para determinar a estratégia de diferenciação de clientes, bem como para acompanhar hábitos e identificar necessidades, o que torna a relação com os melhores clientes o mais fácil possível, conforme relato de Peppers e Rogers (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018). O Quadro 1 apresenta um comparativo entre esses três tipos de sistemas CRM. Fonte: Alves Júnior (2018). Tipos de CRM e suas características Operacional Colaborativo Analítico Visa à criação de canais de relacionamento com os clientes × Visa a obter o valor dos clientes através do conhecimento × Visa a obter o conhecimento dos clientes × Quadro 1. Comparativo entre os sistemas CRM: operacional, colaborativo e analítico. Importantes aspectos no CRM Veyrat (2016, p. 1 apud NAVAJAS, 2018) afirma que o sistema CRM apareceu como uma evolução das ferramentas de automação de vendas, contudo, trata-se de um sistema mais complexo, “capaz de minerar dados de clientes e prospects, a partir de pontos de contato com o cliente, e transformar esses dados em inteligência”. Esse autor afirma ainda que o CRM se transformou na ferramenta central da gestão do marketing, e relaciona alguns aspectos que considera importantes a respeito do assunto: Sistemas CRM (Customer Relationship Management)12 � integração de informações proporcionada pelo CRM — cria a comunicação direta entre os setores dentro das empresas, por exemplo, com a área de logística, sempre com o objetivo de melhorar o relacionamento com os clientes; � evolução do CRM — com o surgimento de ferramentas de manipulação de da- dos mais potentes e abrangentes, o CRM permite entender o comportamento dos clientes, detectando padrões e maneiras de comprar, transformando-se de “customer relationship” em “customer intelligence”; � internet e redes sociais — atuam como ampliadoras dos horizontes do CRM, gerando o atendimento aos clientes em tempo real, a criação de programas de fidelidade, a customização e a personalização de pedidos, a criação de comuni- dades, etc.; � melhor gestão dos processos de vendas — todos os avanços inseridos nos sistemas de CRM permitem que se interfira ou se modifique partes dele, sempre buscando a obtenção de melhores resultados, a partir da mesma quantidade de clientes potenciais estabelecida; � base para o estabelecimento de modelos de negócio — uma vez que qual- quer modelo adotado passa, obrigatoriamente, pela análise dos dados geridos por esses sistemas; � construção de um CRM estratégico — é realizada por estágios, nos quais, em primeiro lugar, se decide a forma como os dados serão armazenados e processados; em segundo lugar a automação de vendas é gerada por meio da aplicação de novas ferramentas; e em terceiro lugar, a empresa passa a compreender o comportamento de seus clientes e ocorre o processo de sua retenção; � CRM social — no qual se aproveita o potencial das redes sociais para se conseguir mais informações para os sistemas de CRM de uma empresa, tornando esse pro- cesso inteiramente centrado nos clientes por meio da criação de interações com eles, geridas a partir de suas decisões e de seus hábitos; � aprofundamento no entendimento do cliente e suas relações com a empresa e com outros clientes — se traduz na produção de um volume de dados cada vez maior e mais complexo, trazendo, na sua evolução, uma série de desafios, relacionados, por exemplo, à privacidade e à segurança dos dados dos clientes, à confiabilidade e à qualidade dos dados contidos em seus sistemas de CRM, à utilização do cloud computing (computação em nuvem), à aplicação de inteligência artificial e outros avanços tecnológicos aos sistemas de CRM, etc. Fonte: Navajas (2018). Atuações do Customer Relationship Management Welter et al. (2018) destacam que o objetivo do CRM é gerenciar a carteira de clientes e, a cada dia, melhorar o atendimentoa partir de uma relação mais próxima, portanto é possível afirmar que a sua grande vantagem é estabelecer uma relação mais vantajosa com o cliente, quando bem implantado na empresa. 13Sistemas CRM (Customer Relationship Management) Batista (2006, apud WELTER et al., 2018) destaca que um CRM, quando bem implantado e bem utilizado, permite melhorar vários pontos dentro de uma empresa, como as informações, a automatização de processos, o foco em parceiros, as vendas cruzadas, o marketing O2O (um a um), e o feedback do produto ou serviço. Assim, o sistema proporciona vendas casadas e mensa- gens direcionadas a cada cliente, aumentando o faturamento da organização, principalmente o lucro, por meio das melhores satisfação e retenção do cliente, bem como os melhores custos para adquirir e manter seus clientes fiéis. Segundo o site Revista Inf., ao orientar os processos e fornecer ao pessoal do departamento comercial, de marketing e de assistência uma melhor e mais completa informação sobre o cliente, o CRM permite às organizações estabe- lecer relações mais lucrativas com os clientes e reduzir os custos operacionais. Em todos os setores, o CRM efetivo é um imperativo estratégico para o crescimento e sobrevivência empresarial. Conforme Laudon e Laudon (2007, apud WELTER et al., 2018), quando uma empresa faz uso do CRM, ele pode colaborar com as campanhas de marketing direto, pois oferecem a possibilidade de capturar dados de clientes e prospects, fornecer informações sobre produtos e serviços, classificar indicações para marketing direcionado e programar e monitorar e-mails ou correspondências de marketing direto. Dessa forma, a empresa pode utilizar esse conhecimento ao interagir com o cliente, prestando-lhe melhor atendimento, ou oferecendo-lhe novos produtos e serviços. Contudo, esse sistema também pode identificar clientes lucrativos e não lucrativos. A partir dessa informação, é possível direcionar a comunicação para aqueles que mais contribuem para o faturamento da empresa, ou formatar estratégias para aumentar a lucratividade dos clientes de menor faturamento. Implementação do Customer Relationship Management nas empresas Segundo Kunrath (2012 apud WELTER et al., 2018), o primeiro passo para a implementação de uma sistemática de CRM é dado na área comercial, pois são os vendedores que se relacionam diretamente com os clientes. Para isso, devem ser geradas informações relevantes que sejam distribuídas em todas as áreas da organização, já que todos os membros e departamentos da empresa devem conhecer o seu cliente. Enfatizando essa ideia, o administrador António Godinho (2012 apud WEL- TER et al., 2018) afirma que na primeira fase é essencial definir o tipo de relação que a empresa possui com o cliente e, após, definir a solução informática mais Sistemas CRM (Customer Relationship Management)14 apropriada, determinando o grau de integração que o software deverá desem- penhar entre os departamentos da empresa. Depois disso, é possível chegar à fase da implementação, que pode ser demorada, uma vez que é necessário, por um lado, que todas as informações sejam integradas, e, por outro, que todos os colaboradores aprendam a trabalhar e a se comportar segundo uma nova lógica. Um projeto CRM, para ser eficaz, tem que ser capaz de integrar as infor- mações recolhidas nos vários pontos de contato com os clientes base comum e controlável, sempre direcionada para o cliente. O primeiro passo trata da identificação de cada cliente. Sem a identifica- ção de cada um, é impossível iniciar uma relação individual com aqueles que realmente valem a pena. Identificar o cliente significa conhecer sua identidade, a maneira de contato preferida, suas necessidades, interações realizadas com a empresa, suas reclamações e as atitudes tomadas. Após a identificação, vem o segundo passo, que é a diferenciação dos clientes para que você saiba com quais vale a pena desenvolvermos uma relação duradoura e de aprendizado. O objetivo da diferenciação é encontrar os clientes de maior valor e os clientes de maior potencial. Não há desenvolvimento de um programa de relacionamento com o cliente se não houver uma estratégia clara e objetiva de diferenciação. A partir do momento que diferenciamos nossos clientes de maior valor e maior potencial, precisamos incentivá-los a interagir com a empresa. A interação é o terceiro passo desse processo, e é a forma de conhecer cada vez melhor os clientes. Com esses clientes, é preciso desenvolver uma relação em que, cada vez mais, se personalizam serviços e produtos, para que eles vejam vantagem em continuar. A partir do conhecimento que se tem das necessidades dos clientes, devemos personalizar nossos produtos e serviços e fazer com que a experiência de fazer negócios com nossa empresa seja única. Quanto mais personalizamos, maior valor agregamos ao cliente. Por isso, construímos um ciclo de personalização e retroalimentação, para que possamos oferecer ao cliente o que ele espera e da forma que ele espera. Essa estratégia exige muita flexibilidade da empresa e treinamento das pessoas que têm contato com o cliente. Elas devem se preparar para mudar o seu comportamento de acordo com cada cliente (MARCON, 2008 apud WELTER et al., 2018). Contudo, a implementação do CRM dentro de uma empresa deve ocorrer em conjunto com todos os seus colaboradores, a fim de explicar os benefícios e as vantagens estratégicas, para que todos possam enfrentar as dificuldades de curto e médio prazo. O CRM é uma excelente ferramenta estratégica a ser implementada, porém um processo mal elaborado e sem o comprometimento 15Sistemas CRM (Customer Relationship Management) das pessoas da organização e sem uma análise precisa de processos, pode transformar uma ótima proposta em um fracasso de alto custo e difícil de ser amenizado (KUNRATH, 2012 apud WELTER et al., 2018). A Figura 4 destaca o processo de formação de cultura de CRM. Figura 4. Processo de formação de cultura de CRM. Fonte: Peppers e Rogers (2004 apud ALVES JÚNIOR, 2018). Anderson Wenningkamp destaca que o CRM é uma estra- tégia de negócio voltada ao entendimento e antecipação das necessidades e potenciais de uma empresa. Confira seus comentários no link a seguir. https://goo.gl/ChSM9i Sistemas CRM (Customer Relationship Management)16 A Medcenter é uma empresa multinacional especializada no desenvolvimento soluções de educação médica e serviços de marketing para a indústria farmacêutica. Possui operações nos Estados Unidos, Espanha, Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile, e clientes em outros 15 países. A empresa, que inova o setor na internet, com educação e suporte em soluções de educação e informação para a comunidade médica e seus pacientes, estava em processo de expansão internacional e buscava uma ferramenta para integração das suas informações de negócios. Desafio Segundo REIS (2012), o desafio era ter, em tempo real e em todos os países, informações corretas e atualizadas sobre os negócios da empresa, para que todas as operações mundiais soubessem o que acontecia em cada localidade em termos de clientes e vendas, compartilhando informações por toda a empresa. Antes da implementação do CRM, todas as informações estavam em planilhas do Microsoft Excel. Solução REIS (2012) afirma que a Medcenter precisava de uma ferramenta que não exigisse compra de hardware nem aumento da infraestrutura da tecnologia. O Software de CRM que a empresa implantou foi o Salesforce, pois ele oferecia baixo custo inicial de implementação da solução, rapidez na adoção e no uso da nova tecnologia. Resultados Segundo Carlos Eduardo Reis, presidente e principal executivo da Medcenter Solutions, os resultados foram uma mudança cultural da empresa para a utilização da ferramenta, acesso a informações de desenvolvimento de negócios em outros países, acesso rápido e completo a esses dados críticos para o desenvolvimento de negócios e capacidade de utilizar informações consolidadas,centralizadas e consistentes, melhorando muito a eficiência. “Não posso ir para uma reunião em outro país sem saber o que acontece lá. Hoje tenho acesso rápido e completo a esses dados críticos para o desenvolvimento de negócios, tenho a capacidade de utilizar informações consolidadas, centralizadas e consistentes, melhorando muito nossa eficiência por um custo bastante acessível.” Reis (2012) afirma que precisam, para tomar decisões sobre novos produtos, cam- panhas de propaganda ou outras iniciativas. “Se um gerente sempre precisar localizar algumas peças-chave de informação, seremos capazes de construir um painel para isso”, diz Gerbus. “Mas também forneceremos as ferramentas para que consigam a aplicação ou fonte de dados para uma análise mais profunda”. Fonte: Welter, F. A., 2018. 17Sistemas CRM (Customer Relationship Management) ALVES JÚNIOR, F. A. Um estudo de caso do discador automático em uma empresa de cobrança. Disponível em: <http://www.softium.com.br/mais-artigos/66-um-estudo- de-caso-do-discador-automatico-em-uma-empresa-de-cobranca.html>. Acesso em: 07 mar. 2018. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais.11. ed. São Paulo: Pearson, 2014. NAVAJAS, P. F. A gestão do relacionamento com os clientes (CRM) como ferramenta de marketing. Disponível em: <http://fics.edu.br/index.php/integraacao/article/down- load/521/569/>. Acesso em: 07 mar. 2018. WELTER, F. A. et al. A importância do CRM nas organizações. Disponível em: <http:// docplayer.com.br/431723-A-importancia-do-crm-nas-organizacoes.html>. Acesso em: 07 mar. 2018. Leituras recomendadas LIMA, A. T. P; GORAYEB, D. M. C; SILVA, K. C. N. Sistemas de Informação. Manaus (AM): UEA Edições, 2010. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerencias na era da internet. Tradução Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. Sistemas CRM (Customer Relationship Management)18 Dica do professor O CRM surgiu em função da evolução de ferramentas de automação em vendas (Sales Force Automation – SFA), o que incluía, originalmente, funções para armazenamento e rastreamento de contatos de clientes e estágios do processo de vendas, permitindo a construção de modelos e previsões na área. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer a diferença entre CRM tradicional e social, além de alguns exemplos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d1ffc53a6fec8c13c24b1c51ae593330 Exercícios 1) As atividades envolvidas por sistemas CRM (Client Relationship Management) destacam-se no sentido de fornecer apoio às ações voltadas para o relacionamento com o cliente. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e selecione aquela que apresenta uma atividade importante desse tipo de sistema. A) Sistemas CRM atuam de maneira desintegrada. Assim, cada área de atendimento precisa ter suas próprias informações de clientes, o que visa a assegurar a confidencialidade das informações. B) A disponibilização de um site que possa fornecer detalhamento on-line sobre o andamento dos pedidos dos clientes é algo fortemente incentivado pelo CRM. C) Sistemas CRM indicam que o fornecimento de informações detalhadas de pedidos, com o objetivo de que os próprios clientes possam solucionar problemas mais comuns através de sites, seja desincentivado a fim de que a informação seja totalmente centralizada na empresa e o cliente não tenha acesso. D) Um sistema CRM não se relaciona com a existência de homepages para atendimento de clientes B2B (business-to-business), de modo que os funcionários dessas empresas encontram outra forma de fazer pedidos on-line e ofertas diferenciadas aos clientes. E) O desenvolvimento de sites e homepages para apoio ao atendimento a clientes deve ser feito de maneira que os dados e informações já reunidas pelo CRM não sejam compartilhados e permaneçam apenas para uso interno da empresa. 2) O conceito de estratégia digital envolve o uso de tecnologias em modelos de negócio com o intuito de conceder atributos diferenciados às empresas. O SAC 2.0 pode ser indicado como possível parte dessa estratégia. Acerca desses dois conceitos, analise as afirmativas a seguir e selecione a alternativa correta. A) CRM 2.0 ou CRM social são considerados exemplos do marketing de relacionamento da década de 1980. B) Implantação de resposta para clientes, via e-mail, já pode ser considerada a estratégia digital mais importante. C) Call center e contact center são exemplos de atividades destinadas ao uso de mídias similares para o relacionamento com o cliente. D) A estratégia digital em termos gerais está relacionada com as atividades e os processos organizacionais que precisam ser transformados para proverem melhores serviços aos clientes. E) A estratégia digital está relacionada com a cultura e forma como a organização se estrutura internamente, e não com a tecnologia. 3) Assinale a alternativa correta com relação aos itens que compõem uma estratégia digital de maneira organizada e integrada. A) Uso de chat, envio de e-mail e correspondência impressa. B) FAQ (Frequent Asked Questions) e envio de carta registrada. C) Personalização web, FAQ (Frequent Asked Questions) e envio de correspondência impressa. D) Uso de aplicativos, redes sociais e brindes especiais. E) Uso de redes sociais, aplicativos e chat. 4) Atualmente a estratégia digital é uma excelente forma de atuação para as empresas, independentemente de seu tamanho ou setor de atuação. Nesse sentido, acerca dos conceitos de SAC 2.0 e estratégia digital, assinale a alternativa correta. A) Implantar uma estratégia digital é conhecer o público do seu produto, utilizar meios digitais para relacionamento, ter os processos bem definidos, apoio da alta gerência e acompanhar indicadores desse relacionamento. B) Meios digitais podem ser considerados como ferramentas de e-mail, FAQ (lista de perguntas e respostas frequentes), aplicativos, chat e redes sociais, bem como correspondências impressas. C) A personalização da web para recebimento de ofertas faz parte do SAC 2.0 e está relacionada ao processo adotado pelo marketing no início dos anos de 1990. D) O SAC 2.0 teve seu auge nos anos 2000 e atualmente é um plano de marketing ignorado pelas estratégias digitais. E) Com o advento das mídias digitais e a insegurança das informações, importante estratégia digital seria enviar correspondências impressas aos clientes sempre que um produto novo fosse comercializado. 5) Analise as afirmativas acerca dos conceitos de CRM e selecione a alternativa correta. A) O call center não pode ser considerado como ferramenta do CRM. B) O CRM colaborativo é a estrutura back office e não de relacionamento direto com o cliente. C) Processos como gestão dos produtos e serviços e a gestão comercial e de vendas ainda não são abordados pelo CRM. D) O CRM tradicional tem como uma de suas características ser mais rígido, não permitindo a interação cliente a cliente. E) O CRM surgiu em função da evolução de ferramentas de automação em vendas (Sales Force Automation – SFA). Na prática Foi realizado estudo de caso em determinada empresa madeireira, no Paraná, a qual necessitava de melhoria no processo do setor de vendas, pois, a empresa não possuía agilidade na busca de informação. Ao receberem a solicitação de informação, os assistentes de vendas geravam vários relatórios no sistema para organizá-los em planilha eletrônica. Além da morosidade, as informações eram descentralizadas e desorganizadas. A partir desse cenário, a decisão da empresa foi implementar o Totvs® CRM. Nesse estudo de caso, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas para os gerentes comerciais, que confirmaram a melhoria no processo decisório e relacionamento com o cliente. Diante dos resultados, o CRM demonstra ser ferramenta relevante no contexto empresarial, proporcionandosubsídio para decisões que enfatizam. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Estudo de caso: implantação de CRM na RM Sistemas S.A Breve estudo sobre o CRM (Customer Relationship Management), suas práticas e aplicações na implantação de um sistema de CRM em empresa de tecnologia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Estudo de caso na Gestão do Relacionamento com os Clientes O CRM, com os avanços da tecnologia da informação e da internet mais especificamente, tende a facilitar a tomada de decisões dos diretores e gerentes em qualquer parte do mundo onde se encontram. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O que é e para que serve um funil de vendas? O funil de vendas serve para dar suporte ao processo de compras dos clientes de uma empresa. O seu objetivo é planejamento e estruturar a aquisição de clientes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/627 http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos07/861_Artigo_CRM_WEB_Seget.pdf https://resultadosdigitais.com.br/vendas/o-que-funil-de-vendas/ Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente: estudo de caso em empresa madeireira Estudo de caso realizado em empresa madeireira no Paraná. Sua necessidade principal seria melhorar o processo na área de vendas. Veja o benefícios alcançados com a implantação de um CRM. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. The Top 10 Open Source CRM Systems O CRM de código aberto não é para todos. Entretanto, se sua empresa precisa testar o software antes de comprar, os sistemas de software de código aberto podem ser uma alternativa. Conheça os dez principais sistemas de CRM com código aberto. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/resiget/article/view/1063/842 http://www.crmsearch.com/top-10-open-source-crm-systems.php Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) - Sistema Integrado de Gestão Apresentação Você sabia que os sistemas ERP (enterprise resource planning) têm se mostrado, ao longo do tempo, um grande ganho para as empresas que deles fazem uso? Eles são capazes de tratar de forma desfragmentada todo um conjunto de processos dentro da organização, fornecem uma base mais sólida para projetos de reengenharia das organizações e ainda podem interagir com sistemas externos, trazendo otimização de processos e suporte para a tomada de decisão. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender o conceito de um sistema ERP e os principais processos aos quais o sistema atende dentro de uma empresa. Ainda, compreender os passos para implantação de um sistema ERP e receber suporte para descrever os principais itens e as funcionalidades necessárias para a escolha de um sistema ERP. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o conceito de um sistema ERP e os principais processos aos quais o sistema atende dentro de uma empresa. • Identificar os passos para implantação de um sistema ERP.• Relacionar os principais itens e as funcionalidades necessárias para a escolha de um sistema ERP. • Desafio Imagine-se como administrador de sistemas de informação de uma rede de lojas de venda de roupas, a Rede de Varejo NewRoupasNet. Nesse contexto, você precisa lidar constantemente com sistemas que dão suporte às operações das várias lojas de varejo em que você trabalha. Você sabe que a maior parte das lojas agora utiliza sistemas de informação baseados em computadores para facilitar os registros das compras de seus clientes, manter acompanhamento do estoque, pagar funcionários, adquirir novas mercadorias, avaliar tendências de vendas, entre outras informações do negócio. As operações da loja sofreriam uma parada sem o apoio de tais sistemas de informação. Recentemente, a direção da rede de lojas, subsidiada por sua orientação enquanto administrador de sistemas de informação, decidiu adquirir um novo ERP, que deve ser implantado gradativamente em toda a organização. Considerando o cenário descrito, quais tipos de obstáculos para a implantação do ERP podem ser observados dentro do contexto da empresa NewRoupasNet? Infográfico Os sistemas integrados, conhecidos como sistemas de planejamento de recursos empresarias (ERP – enterprise resource planning) são utilizados para integrar processos de negócios nas áreas de manufatura e produção, finanças, contabilidade, vendas e Marketing e recursos humanos em um único sistema de software. Assim, a informação, que poderia estar fragmentada anteriormente em sistemas distintos e separados, é armazenada em um único repositório de dados, a partir do qual pode ser utilizada por muitas partes diferentes da empresa (Laudon, 2014, p. 50). Nesse infográfico, o você poderá visualizar alguns módulos que podem compor o ERP e ainda o processo de implementação de um ERP. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ef64080a-4a1a-4c24-b3a0-3e83c9311602/cb5117c5-b56a-4d99-91ca-bf4aae1c2d69.jpg Conteúdo do livro Para Limas (2009), é consenso entre diversos autores que a fase de implantação de sistemas ERP é um projeto complexo, normalmente longo e de custos elevados. Envolve grande número de pessoas trabalhando sob forte pressão para cumprimento de prazos e é passível de muitos imprevistos que necessitam ser ajustados. No livro Sistemas de informações gerenciais, no capítulo Sistemas ERP (enterprise resource planning) — sistema integrado de gestão, você vai compreender o conceito de um sistema ERP e os principais processos que o sistema atende dentro de uma empresa, além dos passos para implantação de um sistema ERP, e ser capacitado a descrever os principais itens e as funcionalidades necessárias para a escolha de um sistema ERP. Boa leitura. SISTEMAS ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) - SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO Katia Cilene Neles da Silva Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Construir o conceito de um sistema ERP e os principais processos que o sistema atende dentro de uma empresa. � Identificar os passos para implantação de um sistema ERP. � Relacionar os principais itens e as funcionalidades necessárias para a escolha de um sistema ERP. Introdução Os sistemas ERP (Enterprise Resources Planning) tem se mostrado, ao longo do tempo, um grande ganho para as empresas que deles fazem uso. Eles são capazes de tratar de forma desfragmentada todo um conjunto de processos dentro da organização, fornecem uma base mais sólida para projetos de reengenharia das organizações e ainda podem interagir com sistemas externos, trazendo otimização de processos e suporte para a tomada de decisão. Neste capítulo, você compreenderá o conceito de um sistema Enterprise Resource Planning (ERP) e os principais processos que ele atende dentro de uma empresa. Além disso, conhecerá as etapas ne- cessárias para implantação de um sistema ERP, bem como os principais itens e as funcionalidades necessárias para a escolha de um sistema ERP. Sistemas Enterprise Resource Planning e seus processos Laudon e Laudon (2014) destaca que fazer todos os diferentes tipos de sistemas de uma empresa trabalharem juntos é um grande desafio. Considerando que as empresas são sistemas abertos e que dependem da interação entre seus elementos, entende-se como solução a implantação de aplicativos integrados, que são sistemas que abrangemtodas as áreas funcionais e concentram-se na execução de processos de negócio que permeiam toda a empresa, e incluem todos os níveis de gerência. O mesmo autor destaca também que os aplicativos integrados ajudam as empresas a se tornarem mais flexíveis e produtivas ao coordenarem seus processos de negócios de maneira mais estreita e integrarem os grupos de processos, concentrando-se, assim, na administração eficiente de recursos e no atendimento ao cliente. Os sistemas ERP, ou Sistemas de Planejamento de Recursos Empresarias, são utilizados para integrar processos de negócios nas áreas de manufatura e produção, finanças, contabilidade, vendas e marketing e recursos humanos em um único sistema de software. Assim, a informação que poderia estar fragmentada anteriormente em sistemas distintos e separados é armazenada em um único repositório de dados, a partir do qual pode ser utilizada por muitas partes diferentes da empresa (LAUDON; LAUDON, 2014). A Figura 1 representa a arquitetura de um aplicativo integrado, no qual ocorre a automatização de processos que abrangem várias funções e níveis organizacionais que podem, inclusive, se estender para fora da empresa. Para Laudon e Laudon (2014), quando um cliente faz um pedido, os dados fluem automaticamente para as partes da empresa que serão afetadas. A tran- sação de pedido dispara uma ordem para que o depósito separe os produtos solicitados e programe o envio. O depósito, por sua vez, solicita à fábrica que reponha o que foi retirado. O departamento de contabilidade é noticiado para enviar uma fatura ao cliente. A cada um desses passos, os representantes do serviço de atendimento ao cliente monitoram o andamento do pedido para manter os clientes informados. Os gerentes podem usar a informação inte- grada para tomar decisões mais precisas, em relação às operações diárias e ao planejamento em longo prazo no momento apropriado. Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão2 Figura 1. Arquitetura de um aplicativo integrado. Fonte: Laudon e Laudon (2014, p. 51). Fornecedores, parceiros de negócio Clientes, Distribuidores Sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos Sistemas de Gestão do Conhecimento Vendas e Marketing Manufatura e produção Finanças e contabilidade Recursos Humanos Sistemas de gerenciamento do relacionamento com o cliente Processos Processos Processos De forma simples, o software ERP, em sua maioria, é dividido em 3 camadas: 1. O software ERP propriamente dito, com suas funcionalidades, pro- cessos, cadastros (formulários divido em campos) e demais dados necessários para a operação da empresa. 2. Os dados gerados na camada aplicação, que são armazenados de forma lógica no banco de dados (possivelmente algum software ERP tenha que acessar o banco de dados por um mecanismo de conexão, não sendo uma conexão nativa). 3. A camada em que é possível configurar/parametrizar o sistema e também customizar/personalizar o ERP. Para isso é necessária uma camada de construção de novo código-fonte e sua compilação, para que as novas funcionalidades desenvolvidas, fora do ERP padrão, estejam disponíveis na aplicação. 3Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Neste capítulo, não trataremos da camada do sistema operacional, essencial para que o ERP seja executado. Na sua maioria, o software ERP é dividido por módulos, que refletem 2 visões: 1. Visão departamental: módulo contábil, financeiro, compras, fatu- ramento, estoque entre outros, com esta visão é possível manter os processos de cada departamento dentro da mesma tela, facilitando a vida dos usuários e o controle sobre eles, pois não se tem pessoas não envolvidas com o processo de folha de pagamento acessando esse tipo de informação, nem funcionários da produção com acesso a lançamentos contábeis. 2. Visão por segmento: avaliando os segmentos das empresas, temos a ciência que cada uma tem suas particularidades, portanto, a visão departamental atende a especificações gerais, mas são necessários módulos para atender unicamente algum processo do segmento. Por exemplo, uma empresa de plano de saúde tem um processo específico que visa atender apenas as suas atividades, diferente de uma empresa de comércio exterior que terá que executar processos de despachos de aduanas, neste caso, podemos ter módulos específicos para segmentos de mercado, chamados verticais. Os módulos com a visão departamental visam suportar módulos verticais na execução das rotinas padrões, que pouco mudam de empresa para empresa, como contabilidade, contas a pagar e receber. Mesmo o ERP sendo dividido por módulos, os seus dados são armazenados de forma única, independentemente do módulo que acessará. Implantação de um Enterprise Resource Planning Para Limas (2009) é consenso entre diversos autores que a fase de implantação de sistemas ERP seja um projeto complexo, normalmente longo e de custos elevados. Envolve um grande número de pessoas trabalhando sob forte pressão para cumprimento de prazos e é passível de muitos imprevistos. Este autor ainda ressalta que é um consenso que essa implantação gera alterações na estrutura organizacional, na estrutura tecnológica e no desenho dos processos, implicando modificações nas tarefas e responsabilidades de Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão4 indivíduos e departamentos, além da transformação nas relações interdepar- tamental, além da possível resistência a mudanças por parte dos funcionários. Apesar disso, nem sempre os resultados são satisfatórios. Segundo Oliveira (2006 apud LIMAS, 2009), a implantação dos sistemas ERP tem delineado grande impacto nas organizações. Dependendo do tamanho da organização pode demorar mais ou menos tempo, em geral os casos de implantação situam-se em um patamar entre dois a quatro anos. Nesse período, mudanças drásticas ocorrem na organização, tanto em nível tecnológico e de processos de trabalho como em nível comportamental dos funcionários. É possível encontrar alguns modelos que identificam as etapas do processo de evolução do sistema ERP em diferentes tipos de organização. Souza (2000 apud LIMAS, 2009) propõe um modelo para o ciclo de vida dos sistemas ERP, conforme você pode observar na Figura 2. Figura 2. Modelo do ciclo de vida de sistemas ERP. Fonte: Souza (2000 apud LIMAS, 2009, p. 37). Decisão e Seleção Implementação Utilização Pacote selecionado Plado de Implementação Novas necessidades. Conhecimento acumulado. Parâmetros já conhecidos. Módulos parametrizados, customizados. Dados migrados. Usuários treinados Fase 3 Fase 3 Fase 2 Fase 2 Fase 1 Fase 1 Souza (2005, p. 27) salienta que “[...] a literatura sobre implementação de sistemas ERP é relativamente extensa, mas seu enfoque é geralmente técnico e relativo a pacotes específicos [...]”. Ressalta, ainda, ser o modelo proposto por ele, baseado em Bancroft, Seip e Sprengel, de 1998, Lozinsky, de 1996, e Davenport, de 1998, constituído de uma adaptação do modelo apresentado por Zmud e Apple, cujo enfoque é para a tecnologia de informação (TI), revelando seis etapas: iniciação, adoção, adaptação, aceitação, rotinização e incorporação (SOUZA, 2005). O modelo proposto por Souza (2005) é especificamente voltado para sis- temas ERP, sendo composto por três etapas principais: decisão e seleção, implementação e utilização. O fato a ser destacado neste modelo é a interação 5Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão entre as etapas, uma vez que cada uma delas representar uma etapa de im- plementação a qual conduz, ao seu término, a uma nova fase da utilização do sistema, em que mais funções são implementadas e integradas. Etapas de implantação Souza (2005) destaca três importantes etapas na implantação de sistemas ERP, descritas nos itens a seguir. Etapa de decisão e seleção A etapa de decisão e seleção ocorre apenas uma vez, no momento em que a empresadecide sobre a implantação de um sistema ERP como solução tecnológica e de gestão empresarial e seleciona qual pacote irá adquirir com base em uma série de requisitos previamente definidos. Para a seleção deve-se estabelecer um modelo de comparação, utilizando critérios bem definidos e pesos relativos à importância de cada critério. Souza (2000 apud LIMAS, 2009) sugere a realização desse projeto em duas etapas. Na primeira, o número de critérios utilizados deve ser reduzido, porém fundamentais para o objetivo do projeto, além de poderem permitir uma verificação mais rápida. Entre os critérios a serem adotados nessa fase estão: a seleção de fornecedores e produtos e a análise do material de divulgação e das funcionalidades do sistema. Já na segunda etapa, é importante envolver as áreas usuárias, eventual- mente consultorias externas, já que o critério que deve merecer o maior peso é o grau de atendimento aos requisitos dos usuários, porém não olvidando outros critérios de elevada importância, como a arquitetura técnica, o custo, os serviços e suporte pós-venda, a estabilidade financeira do fornecedor e sua visão tecnológica de futuro. Akkermans e Helden (2002 apud SOUZA, 2005) lembram que a etapa de seleção e decisão deve ser cuidadosa, pois um desajuste entre as funcio- nalidades do pacote e os processos e as estratégias de negócio da empresa poderão acarretar a necessidade de modificações no sistema que, geralmente, são caras, demoradas e arriscadas. Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão6 Etapa de implementação Depois de selecionado o sistema ERP, inicia-se a fase de gerenciamento da sua implantação, considerada a etapa mais crítica do processo. A implantação é apenas uma parte do ciclo de vida dos sistemas ERP, e pode ser definida, segundo Souza (2005), como o processo pelo qual os módulos do sistema são colocados em funcionamento na empresa. Isso significa dar início à utilização do sistema para processar as transações empresariais, sendo crucial que o sistema esteja corretamente parametrizado e customizado, os dados iniciais tenham sido inseridos no sistema, os usuários tenham sido treinados e que todos os recursos de TI fundamentais tenham sido instalados e configurados. Para Buckhout, Frey e Nemec Jr. (1999), as dificuldades com sistemas ERP têm origem em duas questões: a empresa não fez as escolhas estratégicas necessárias para configurar os sistemas e os processos; e o processo de imple- mentação escapou ao controle da empresa. Para fazer as escolhas estratégicas é preciso ter conhecimento aprofundado dos processos de negócios e, para que o processo não escape ao controle, o foco deve estar nos objetivos empresariais e não somente no software. Para minimizar essas dificuldades, Souza (2005) propõe um modelo que introduz o conceito de discrepância entre o pacote de software e a organização. Por discrepância você precisa entender as diferenças de funcionalidades e os requisitos do sistema. Essas discrepâncias podem ser tratadas mudando o pacote ou os procedimentos da organização. Existem, ainda, duas outras maneiras que são a combinação de mudanças no pacote e nos procedimentos da organização ao mesmo tempo, ou não mudar nem o pacote nem os procedimentos da organização, utilizando controles ou normas paralelas. A eliminação das discrepâncias é realizada por meio de processos de parametrização e customização, sendo feita a prototipação dos requisitos com a finalidade de testar da maneira mais completa possível, visando identificar erros e necessidade de configurar módulos. É nessa fase que, pela criticidade, complexidade e abrangência do projeto, se manifestam os benefícios e os problemas na adoção de sistemas ERP, uma vez que sua implementação, antes de ser de natureza tecnológica, é um processo de mudança organizacional, o qual provoca impactos no modelo de gestão, na arquitetura e nos processos de negócio. 7Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Etapa de utilização Após a etapa de implantação do pacote selecionado, procede-se à etapa de utilização, que fará parte do dia a dia das pessoas da organização. Não é mensurável conhecer todas as possibilidades de uso dos sistemas ERP du- rante a implantação, pois somente após a implantação é que começam serem percebidas novas alternativas. Destarte, a etapa de atualização realimenta a etapa de implementação com novas necessidades, as quais possivelmente serão atendidas por outros módulos, por novas parametrizações ou pela customização do pacote (SOUZA, 2005). Os fornecedores de sistemas ERP frequentemente incorporam novas ne- cessidades, corrigem problemas e apresentam novas e melhores maneiras de executar os processos de negócios. Entretanto, não é simples de se fazer uma atualização do sistema, sendo esse um dos problemas encontrados na utilização de sistemas ERP. O Quadro 1 apresenta de forma resumida as perspectivas de aplicação de um sistema ERP. Tendências tecnológicas Ambiente de negócios Expansão dos setores de aplicação A ampla utilização do ERP em empresas de serviços, industriais e serviços públicos incentivaram os fornecedores de ERP à conquista de novos clientes e a produzirem produtos mais abrangentes. Facilidades para implantação Incorporação aos sistemas ERP de ferramentas que conduzam e simplifiquem o processo de configuração do sistema. Serviços compartilhados Compartilhamento de infraestrutura e processos de negócios por diversas empresas, normalmente pertencentes ao mesmo grupo econômico e centralização de certas atividades, que podem ser realizadas no local onde seu custo for menor. Quadro 1. Perspectivas para aplicação de sistemas ERP. (Continua) Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão8 Fonte: Colangelo Filho (2001, apud LIMAS, 2009, p. 42). Tendências tecnológicas Ambiente de negócios Componentização Estruturação do sistema em módulos independentes, que podem ser implantados individualmente ou em conjunto. Isso permite a utilização de partes do sistema ERP com outro sistema de fornecedor diverso. Acesso pela internet Permite o acesso remoto, de qualquer lugar aonde chegue a internet, a custos reduzidos e com segurança. Terceirização tecnológica Uso de serviços de suporte de tecnologia providos por empresas especializadas, com redução significativa da necessidade de pessoal de TI na empresa. Mudança de foco dos processos Mudança de foco da otimização de processos internos para a capacitação para o comércio colaborativo. Integração ao ambiente externo Expansão dos processos para a conexão externa com clientes, fornecedores e bancos. Compartilhamento de dados Geração e uso de dados em ambientes internos e externos à empresa. Quadro 1. Perspectivas para aplicação de sistemas ERP. Escolhendo um Enterprise Resource Planning — características e funcionalidades A escolha de um ERP é sem dúvidas uma importante decisão, portanto a análise de funcionalidades com base nas características desses sistemas é um passo que não pode ser ignorado, pois pode ser fundamental no alcance dos objetivos propostos para o emprego do sistema na empresa. Assim, veja a seguir as funcionalidades e características descritas por Souza (2005). (Continuação) 9Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Funcionalidades em sistemas Enterprise Resource Planning Souza (2005) destaca uma lista de módulos que são encontrados na arquitetura usual de um sistema ERP e suas respectivas funções: � Módulo financeiro: responsável pelo setor financeiro da empresa, geralmente é subdividido em grupos, entre eles possuem destaque: contas a receber e contas a pagar. � Módulo contábil: responsável pela parte contábil da empresa, nele, normalmente é encontrado o controle de caixa da empresa, os controles bancários, emissão de livros contábeis entre outros. � Módulo fiscal: responsável pelas obrigaçõesfiscais da empresa, em que são armazenadas as informações sobre o cálculo de impostos e geração de relatórios sobre impostos. � Módulo de recursos humanos: responsável pela parte de recursos humanos na empresa possui várias subdivisões, entre elas, destacam-se: folha de pagamento – na qual são efetuados os controles da administra- ção pessoal; remuneração – responsável pelo controle de informação sobre salários, pagamentos de horas extras, entre outros; recrutamento e seleção – no qual encontram-se as informações sobre a entrada de candidatos na empresa. � Módulo de vendas: responsável por controlar as vendas, representantes de vendas e as regiões de venda da empresa. � Módulo de suprimentos: responsável por controlar as entradas e saídas de mercadorias da empresa. � Módulo de investimentos de capital: responsável por realizar o controle de investimentos da empresa, bem como planejamento e simulações para saber se o investimento trará lucros ou não para a empresa. � Módulo de materiais: responsável pelo planejamento das necessidades de materiais por parte da empresa, realiza tarefas sobre controle de estoque, gestão de materiais, entre outros. � Módulo de controle de qualidade: responsável pelo controle de qua- lidade dos produtos da fábrica, bem como notificação de qualidade e emissão de controles de qualidade. � Módulo Workflow: responsável pela definição da estrutura organiza- cional da empresa, este módulo integra, de forma eletrônica, o fluxo de um documento dentro da empresa. Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão10 Os principais benefícios da implantação bem-sucedidas de ERP são descritos no Quadro 2. Fonte: Colangelo Filho (2001, p. 53). Benefícios tangíveis Ocorrência Redução de estoques 32% Redução de pessoal 27% Aumento de produtividade 26% Redução no tempo de ciclo de ordens 20% Redução de tempo de ciclo de fechamento contábil/financeiro 19% Redução de custos de TI 14% Melhoria em processos de suprimentos 12% Melhoria na gestão de caixas 11% Aumento em receitas/lucros 11% Melhoria em transportes/logística 9% Melhorias em processos de manutenção 7% Entrega no prazo 6% Quadro 2. Benefícios dos sistemas ERP. Características de sistemas Enterprise Resource Planning Segundo Moura (2004 apud SOUZA, 2005), um ERP é projetado para fornecer integração completa dos sistemas de processamento de informação de negócios da organização e, para tanto, deve possuir características fundamentais, que você pode ver a seguir, para o bom funcionamento. 11Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão � Base de dados única. � Suporte de todas as áreas da empresa. � Obtenção da informação em tempo real. � Possibilidade de maior controle sobre a empresa. � Auxílio para a tomada de decisão. � Orientação aos processos. � Melhor gerenciamento da informação. Mendes e Escrivão Filho (2000 apud SOUZA, 2005) destacam quais são as características mais citadas em pesquisas sobre sistemas ERP, conforme você pode observar no Quadro 3. Fonte: Mendes e Escrivão Filho (2000 apud SOUZA 2005, p. 30). Características dos sistemas ERPs Citações Orientação a processos 10 Atende a todas as áreas da empresa 10 Suporta a necessidade de informação das áreas 9 Permite a integração das áreas da empresa 9 Possui base de dados única e centralizada 7 Possibilita maior controle sobre a empresa 5 Obtém a informação em tempo real 4 Oferece suporte ao planejamento estratégico 4 Auxilia a tomada de decisão 3 Evolução do MRP II 3 Possui modelos de referência 3 É um sistema genérico 3 Apoia as operações da empresa 2 É uma ferramenta de mudança organizacional 2 Quadro 3. Características de um ERP e sua relevância junto aos autores. Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão12 Benefícios esperados e problemas associados à adoção de sistemas Enterprise Resource Planning De maneira geral, os sistemas ERP apresentam potencial para causar signi- ficativos impactos positivos nas empresas. Um dos grandes atrativos para a adoção dos sistemas ERP é a viabilidade das empresas integrarem e padro- nizarem as informações de diferentes unidades geograficamente dispersas. Permite, ainda, haver padronização dos sistemas das diferentes áreas da empresa (LIMAS, 2009). Ao decidirem investir e utilizar os sistemas ERP, as empresas esperam obter diversos benefícios. Vários autores citados em Limas (2009) apontam como benefícios esperados que o sistema permita acesso à informação em tempo real; contribua para a redução de estruturas gerenciais; integre os diversos departamentos da empresa; padronize os processos; permita a atualização da base tecnológica; reduza os custos de informática e unifique a cultura e o comando da empresa. Embora a adoção de um sistema ERP traga uma série de benefícios para as empresas, a implantação desses sistemas é problemática em todo o mundo, pois leva muito tempo, é cara e não traz os benefícios de competitividade e redução de custos que promete. Portanto, apesar dos benefícios encontrados na literatura, há algumas dificuldades associadas a esse tipo de sistema, e implementar um sistema ERP requer das empresas disposição para mudanças significativas em seus processos organizacionais, de negócios e, sobretudo, culturais. A adoção a um sistema ERP é um processo de mudança organizacional que envolve alterações nas tarefas e responsabilidades de indivíduos e departamen- tos, bem como nas relações entre os departamentos. Pelo grande número de mudanças que provoca e pela crença de que será utilizado para reduzir custos, inclusive de mão de obra, muitas vezes o projeto de implementação enfrenta grandes resistências internas. Padilha e Marins (2005, apud LIMAS, 2009) sustentam ter o ERP impacto sobre os recursos humanos da empresa, haja vista as pessoas necessitarem se preocupar com o processo como um todo, e não mais como uma atividade específica. O perfil profissional é alterado já que exige multidisciplinaridade e conhecimentos que nem sempre os atuais funcionários possuem. 13Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Outros problemas na implantação de sistemas ERP apontados por diversos autores, se referem à atualização constante do sistema, o gerenciamento das diversas versões e a falta de recursos humanos para execução do projeto de implantação. Kim, Lee e Gosain (2005 apud LIMAS 2009) e Laudon e Laudon (1999 apud LIMAS, 2009) também apontam como problemas enfrentados por todas as empresas a falta de funcionalidades do sistema para suportar os processos de negócio em que, geralmente, o pacote não satisfaz todos os requisitos da organização, isto é, a forma como a empresa trata os processos difere de como o sistema trata os mesmos processos. Ressaltam que todo processo não coberto pelo sistema pode ser resolvido por meio de customizações, porém com um custo adicional para a empresa. Dessa maneira, tudo o que não puder ser customizado, significa mudança de procedimentos por parte da empresa para se adaptar ao sistema adotado. Relacionando as características dos sistemas ERP com os benefícios esperados e problemas encontrados na literatura, Zwicker e Souza (2003 apud LIMAS, 2009) apresentam um resumo, que você pode ver no Quadro 4. Características Benefícios esperados Problemas encontrados São pacotes comerciais � Redução de custos de informática; � Foco na atividade principal da empresa; � Atualização tecnológica permanente, por conta do fornecedor. � Dependência do fornecedor; � Empresa não detém o conhecimento sobre o pacote. Usam modelos de processos � Difunde conhecimento sobre best practices; � Facilita a reengenharia de processos; � Impõe padrões. � Necessidade de adequação do pacote à empresa; � Necessidade de alterar processos empresariais; � Alimenta a resistência à mudança. Quadro 4. Características, benefícios e problemas associadosaos sistemas ERP. (Continua) Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão14 Fonte: Zwicker e Souza (2003, p. 69 apud LIMAS, 2009, p. 44). Características Benefícios esperados Problemas encontrados São sistemas integrados � Redução do retrabalho e inconsistências; � Redução de mão de obra relacionada a processo de integração de dados; � Maior controle sobre a operação da empresa; � Eliminação de interfaces entre sistemas isolados; � Melhoria na qualidade da informação; � Contribuição para a gestão integrada; � Otimização global dos processos da empresa. � Mudança cultural da visão departamental para a de processos; � Maior complexidade de gestão da implementação; � Maior dificuldade na atualização do sistema, pois exige acordo entre vários departamentos; � Um módulo não disponível pode interromper o funcionamento dos demais; � Alimenta resistência à mudança. Usam bancos de dados corporativos � Padronização de informações e conceitos; � Eliminação de discrepâncias entre informações de diferentes departamentos; � Melhoria na qualidade da informação; � Acesso à informação para toda a empresa. � Mudança cultural da visão de “dono da informação” para a de “responsável pela informação”; � Mudança cultural para uma visão de disseminação de informações dos departamentos por toda a empresa; � Alimenta resistência à mudança. Possuem grande abrangência funcional � Eliminação da manutenção de múltiplos sistemas; � Padronização de procedimentos; � Redução de custos de treinamento; � Interação com um único fornecedor. � Dependência de um único fornecedor; � Se o sistema falhar, toda a empresa pode parar. Quadro 4. Características, benefícios e problemas associados aos sistemas ERP. (Continuação) 15Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Procter 8; Gamble: como um ERP propicia apoio à decisão No ano de 1996, quando portal era apenas o nome pomposo de uma porta, a divisão de TI da Procter Gamble Co. começou a desenvolver um sistema rudimentar para compartilhar documentos e informação na intranet da empresa. Enquanto as demandas de usuários e o número de páginas de redes apoiadas pelo sistema cresciam, a equipe de TI ampliava o escopo desse catálogo de conhecimento global, um grande sistema e imenso banco de informações que permite a todos os 97.000 funcionários da Procter Gamble em todo mundo encontrarem informações específicas para suas necessidades. Embora o sistema ajudasse a manter coerência de grande quantidade de dados, ele ainda conduzia a uma sobrecarga de informações. “O que a Procter Gamble realmente precisava era uma forma de personalizar a informação de cada funcionário, com base em seu trabalho”, diz Dan Gerbus, gerente de projetos para a criação do portal na divisão de TI da companhia de Cincinnati. “Os usuários queriam uma ferramenta em seu navegador que juntasse e entregasse toda a informação que necessitassem para fazer seu trabalho sem precisar navegar por 14 Websites”, diz. Assim, em janeiro de 2000, a Procter Gamble realizou um contrato com a Plumtree Software para 100 mil conexões no portal corporativo daquela empresa. A Procter & Gamble, que se tornou uma acionista da Plumtree, utiliza o portal para disponibilizar a seus funcionários – em milhares de bancos de dados Lotus Notes – informações estratégicas, de marketing e de produtos, assim como documentos de notícias do setor. Os arquivos de documentos do portal adquirem dados de mais de 1 milhão de páginas da rede. No início de 2001, o portal de toda a Procter Gamble continha links para o sistema integrado de gestão SAP R/3, um data Warehousing de longo alcance e produtos de apoio à decisão da Oracle. Também estão incluídos dados de clientes, analisados pela aplicação de gerenciamento do relacionamento dos clientes da E.piphany. Segundo Gerbus, a ideia é dar aos funcionários um lugar em que adquiram a informação e as aplicações de que necessitam: “Eles costumavam precisar navegar muitos sites de intranet para encontrar o que precisavam. O portal é como fazer compras num só lugar”. Gerbus diz que os funcionários da Procter Gamble serão capazes de olhar para seu “painel”, que lhes oferecerá uma visão pré-fixada de várias fontes de informação, e encontrar toda a informação atualizada que precisam para tomar decisões sobre novos produtos, campanhas de propaganda ou outras iniciativas. “Se um gerente sempre precisar localizar algumas peças-chave de informação, seremos capazes de construir um painel para isso”, diz Gerbus. “Mas também forneceremos as ferramentas para que consigam a aplicação ou fonte de dados para uma análise mais profunda.” Fonte: O’Brien (2004, p. 295). Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão16 BUCKHOUT, S.; FREY, E.; NEMEC JR., J. Por um ERP eficaz. Revista HSM Management, São Paulo, v. 5 n. 16, p. 30-36, set./out. 1999. COLANGELO FILHO, L. F. Implantação de Sistemas ERP: um enfoque de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2001. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2014. LIMAS, C. E. A. Sistemas integrados de gestão – ERP: benefícios esperados e problemas encontrados na implantação de pequenas empresas brasileiras. 2009. 97 f. Disser- tação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2009. Disponível em: <http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/ arquivos/117/Dissertacao.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2018. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerencias na era da internet. –2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2004. SOUZA, L. G. G. ERP: Principais conceitos, vantagens e desvantagens. 2005. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciência da Computação) – Curso de Ciência da Computação, Faculdade de Ciência da Computação e Comunicação Social, Universidade Presidente Antônio Carlos, Barbacena, 2005. Disponível em: <http://www.unipac.br/site/bb/tcc/tcc-a1e2bae285863c7db684d73078938897.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2017. Leituras recomendadas AUDY, J. L. N.; ANDRADE, G. K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de informação. Porto Alegre: Bookman, 2005. LIMA, A. T. P; GORAYEB, D. M. C; SILVA, K. C. N. Sistemas de informação. Manaus: UEA Edições, 2010. STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. São Paulo: Cengage Learning, 2010. VEIGA, F. J. A. Evolução dos sistemas de informação. Coimbra: Departamento de En- genharia Informática, Universidade de Coimbra, 2006/2007. Disponível em: <https:// student.dei.uc.pt/~fveiga/GSI/Evolucao_Sist_Inf.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2018. 17Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) — sistema integrado de gestão Conteúdo: Dica do professor Os sistemas integrados, conhecidos como sistemas de planejamento de recursos empresarias (ERP — enterprise resource planning) são utilizados para integrar processos de negócios nas áreas de manufatura e produção, finanças, contabilidade, vendas e Marketing e recursos humanos em um único sistema de software. Assim, a informação, que poderia estar fragmentada anteriormente em sistemas distintos e separados, é armazenada em um único repositório de dados, a partir do qual pode ser utilizada por muitas partes diferentes da empresa (Laudon, 2014, p. 50). Neste vídeo, você poderá observar os principais processos aos quais o sistema ERP atende dentro de uma empresa, além de poder identificar as principais etapas do processo de implementação de um ERP. Assista ao vídeo e bons estudos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1a109682500e37a3590f09b4931df9d2 Exercícios 1) Sobre sistemas de informação e ERP, analise as seguintes afirmativas: I) ERP pode contermódulos específicos para uma determinada vertical de mercado. II) O ERP utiliza banco de dados único e corporativo, onde todos os usuários têm acesso a todas informações, independentemente da função que o usuário executa dentro da empresa. III) O ERP apresenta estrutura modular, possibilitando a instalação por áreas funcionais. IV) Normalmente o ERP é desenvolvido para um cliente específico. Assinale a sentença cujas afirmativas estão CORRETAS: A) Alternativas I e II, apenas. B) Alternativas I e III, apenas. C) Alternativas II e IV, apenas. D) Alternativas III e IV, apenas E) Alternativas II e III, apenas 2) Sobre os sistemas ERP, é correto afirmar: I) Uma nova tendência do ERP é a integração de ferramentas de BI (business inteligence). II) Há empresas de ERP que se especializaram em atender a verticais de mercado, possuindo módulos específicos para atender a processos de determinados segmentos, diminuindo, assim, customizações de software. III) Todos os sistemas ERP são desenvolvidos especialmente para cada empresa, de acordo com suas necessidades. IV) Uma das principais vantagens utilizadas como argumento de vendas do ERP é que o cliente terá consultoria e utilização das melhores práticas de mercado no que se refere a processos. A) Somente I e II estão corretas. B) Somente I e III estão corretas. C) Somente I, III e IV estão corretas. D) Somente I, II e IV estão corretas. E) Todas as alternativas estão corretas. 3) Leia o seguinte texto sobre a contratação de um sistema ERP: (..) Na visão do gerente executivo da consultoria Alvarez Marsal, Greg Hatch (...), "você pode considerar uma forma de engajamento, mas é mais semelhante à contratação de colaboradores. Você deve entrevistar a equipe de gerentes sênior da empresa, os gestores do projeto e outros participantes importantes da empresa. Certifique-se de que não têm apenas bons conhecimento de ERP, mas sólidos conhecimentos em ERP no segmento de sua empresa". Hatch finaliza sugerindo que os clientes observem de perto o andamento dos projetos. "Não é comum que processos de implementação de ERP mudem repentinamente de direção". (...) Hatch sugere que boa parte desses problemas pode ser contornada com base em propostas escritas e detalhadas. Ele diz, ainda, que as demonstrações devem ser realizadas usando dados no formato e com conteúdo específico da indústria que se quer atender. Nem sempre as grandes empresas fornecedoras de ERP são a melhor opção. É recomendável procurar referências de outras empresas especializadas no segmento de atuação de sua empresa antes de fechar contratos. Caso existam outras distribuições de ERP que sirvam ao propósito de sua empresa disponíveis no mercado, use-as sem lhes alterar demasiadamente o conteúdo. Qual das práticas citadas pelo consultor Greg Hatch no texto acima é inadequada para a metodologia de seleção do ERP, utilizando os "filtros de Tonini"? A) Participar de apresentação de fornecedores. B) Triagem e busca de concorrentes. C) Tabular funcionalidades. D) Avaliar condições comerciais. E) Decidir a aquisição do ERP a partir de orientações de empresários que já adquiriram o software. 4) Qual das alternativas a seguir representa práticas inadequadas para um projeto de implantação de ERP? A) Time formado com os melhores profissionais de diversas áreas. B) Criação de forte parceria entre consultores de implantação e fornecedores. C) Permitir customização/personalização D) Escolher o melhor ERP já adaptado ao seu negócio. E) Utilizar-se da customização com softwares legados para melhorar os processos da empresa. 5) Analise as seguintes afirmativas acerca das vantagens do uso de um sistema ERP: I) Elimina retrabalho, redundância e redigitação de dados. II) Integridade da informação. III) Aumenta a segurança sobre os processos do negócio. IV) Pode ser implantado por módulos. V) Permite rastreabilidade de transações (log). Assinale a alternativa cujas afirmativas estão CORRETAS. A) As afirmativas I, II e IV, apenas. B) As afirmativas I, II e V, apenas. C) As afirmativas II,I II e IV, apenas. D) As afirmativas II, IV e V, apenas. E) As afirmativas I, II, III, IV e V. Na prática A integração de sistemas pode gerar vantagens competitivas para os negócios de uma empresa. Algumas informações são importantes para que a integração que os sistemas necessitam ter promovam um funcionamento eficaz. Por exemplo: quando um banco vê potencial, a princípio, em aplicar um sistema especialista a três áreas: atendimento a clientes, capacitação de terceiros e gestão de investimentos. Você pode entender que esses sistemas precisam estar integrados, fazer parte de um ERP para que traga mais oportunidades e dar subsídios inteligentes à tomada de decisões. Ainda, outro exemplo que pode ser citado: operadoras de telefonia já têm sistemas de análise de infraestrutura que permitem prever falhas e melhorar o trabalho das equipes em campo. Também pode-se citar os bancos de investimento que usam algoritmos para negociar papéis financeiros em alta velocidade, conseguindo, assim, vantagem de diferenças de cotações em milésimos de segundo. De acordo com reportagem da revista Wired, a Hyundai Motors conseguiu reduzir o tempo de produção de seus carros em 20%, ao adotar sistemas de inteligência artificial. Para esse trecho, você pode relacionar novamente com a integração dos sistemas. Em geral, busca- se olhar os sistemas integrados de gestão apenas como sistemas que integram contas a pagar, contabilidade, compras, atendimento a clientes entre outros. Porém, no artigo Por que a integração de sistemas é vantajosa para os negócios?, você pode visualizar que mesmo outros sistemas especialistas e infraestrutura eletrônica podem fazer parte dos ERPs. Afinal, é muito importante para o gestor ter acesso a todos os dados relacionados, oriundos de fontes diferentes, mas, principalmente, corretos. Rodney Repullo — CEO da Magic Software Brasil—, relata que, “puxado" por tendências que se consolidam no conceito de transformação digital, a integração de processos e sistemas passa a ser o fator crítico de sucesso dos mais importantes projetos de TICs. A integração de sistemas e a automação de workflow podem eliminar o excesso de trabalho e colocar as informações precisas necessárias à disposição do usuário, aumentando a eficiência. Isso não vale apenas para grandes empresas, mas também empresas de qualquer porte e setor da economia. Além disso, quando as empresas escolhem novos sistemas de TI, normalmente a integração com seus sistemas legados é um dos primeiros requisitos — muitas vezes, isso precisa ser feito imediatamente, especialmente se um cliente estiver substituindo um sistema existente. As plataformas de integração também podem ser utilizadas para migração de um sistema para outro e ser especialmente úteis para manter os processos de negócios operando sem problemas entre sistemas em uma migração durante essa fase de mudança. Leia o artigo completo em Saiba+. Ótima leitura para você. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Adaptação e implantação de um ERP open source em uma microempresa: Um estudo de caso prático Este artigo apresenta a adaptação e o início da implantação de um ERP open source em uma microempresa alagoana. Clique e leia mais para entender melhor. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Totvs perde market share, mas segue líder no mercado brasileiro de ERP Segundo levantamento recente da Fundação Getulio Vargas, a hegemonia da companhia nacional começa a ser ameaçada pela alemã SAP. Leia mais no artigo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Entrevista com Jorge Santos Carneiro, CEO da SAGE Brasil e AL A Sage é uma multinacional que nasceu em 1981, no Reino Unido, e se expandiu para os cinco continentes por meio da aquisição de empresasde referência nos mercados locais. Nesta entrevista Jorge Santos conta alguns de seus segredos para manter o sucesso da SAGE. https://sol.sbc.org.br/index.php/sbsi/article/view/6133/6031 https://www.blogadvpl.com/totvs-perde-market-share-mas-segue-lider-no-mercado-brasileiro-de-erp/ Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Por que a integração de sistemas é vantajosa para os negócios? O mercado global de integração de sistemas está em expansão, e o Brasil não é exceção. Você sabe por que a integração de sistemas é vantajosa para os negócios, leia o artigo e entenda mais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://portalerp.com/entrevista-com-jorge-santos-carneiro-ceo-da-sage-brasil-e-al-2 http://www.administradores.com.br/noticias/tecnologia/por-que-a-integracao-de-sistemas-e-vantajosa-para-os-negocios/114627/ Computação na Nuvem Apresentação Atualmente, pensamos que computação na Nuvem representa grandes servidores da alta tecncologia em Data Centers, e que são oferecidos serviços de e-mail, de arquivos e outras soluções. Entretanto, computação em nuvem é um serviço disponibilizado na Internet, onde um computador está ligado a outros computadores. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá entender o conceito de Computação em Nuvem e a estrutura de um Data Center. Ainda, poderá identificar as principais topologias existentes na computação em nuvem e compreender as vantagens e desvantagens de cada uma delas para as tomadas de decisões. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relacionar o conceito de Computação na Nuvem com a estrutura de um Data Center.• Identificar os principais fornecedores de serviços na nuvem e os modelos de contratação (IaaS, PaaS e SaaS). • Avaliar vantagens e desvantagens do modelo para tomadas de decisões quanto à contratação.• Desafio Imagine que você trabalha em uma empresa de desenvolvimento de software e foi convidado para ser um dos escritores de um artigo em um jornal sobre as origens da computação na Nuvem. A você, coube a tarefa de descrever a previsão realizada em 1961 por John McCarthy, matemático, pesquisador e cientista da computação. Infográfico Você verificará que a máquina virtual (MV), do original, em inglês, virtual machine (VM), emula um computador físico comum, onde as requisições de CPU, memória disco, rede e outros hardwares são gerenciados pela camada de virtualização, a qual traduz essas requisições para o hardware orignal. No Infográfico a seguir, você poderá observar uma ilustração de como funciona todo este processo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/42c8adab-09a7-4163-af94-c249b17e078b/3ccf85ea-501e-4f7e-8316-ee568af239d8.jpg Conteúdo do livro Conceitualmente, os serviços disponibilizados através de computadores interligados na Internet devem funcionar diretamente nestes computadores, podendo serem acessados sem a necessidade de instalação de nenhum sistema, estando disponíveis a qualquer hora, de qualquer lugar e para qualquer dispositivo. Como esse acesso é feito de maneira inteiramente remota, através da Internet, criou-se a alusão à Nuvem, por isso o nome Computação em Nuvem. No capítulo Computação na Nuvem, da obra Sistemas de informações gerenciais, você vai estudar a estrutura de um Data Center e compreender o funcionamento da computação em Nuvem através das suas tipologias e serviços. Além disso, você irá conhecer os principais fornecedores de cloud computing, além de entender as vantagens e desvantagens da computação em Nuvem. Boa leitura. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Katia Cilene Neles da Silva Computação na nuvem Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Relacionar o conceito da computação em nuvem e a estrutura de um Data Center. � Identificar os principais fornecedores de serviços em nuvem e modelos de contratação (IaaS, PaaS e SaaS). � Compreender as vantagens e desvantagens do modelo para tomada de decisões quanto à contratação. Introdução Quando se pensa em computação em nuvem, imagina-se grandes ser- vidores em Data Centers de última tecnologia provendo os mais variados serviços, como e-mail, armazenamento de arquivos e soluções em gerais. Contudo, objetivamente, a base da computação em nuvem é o fato de existir algum serviço disponível na internet, por meio de um computador interligado a outros pela internet. Portanto, um computador pessoal, por exemplo, pode servir como um ponto de acesso a outros computadores para um ou vários tipos de serviços. Conceitualmente, os serviços disponibilizados por computadores interligados na internet devem funcionar diretamente nesses compu- tadores, podendo ser acessados sem a necessidade de instalação de nenhum sistema, estando disponíveis a qualquer hora, de qualquer lugar e para qualquer dispositivo. Como esse acesso é feito de maneira remota, pela internet, criou-se a alusão à nuvem, por isso o nome computação em nuvem. Neste capítulo, você irá entender o conceito de computação em nuvem e a estrutura de um Data Center, poderá, também, identificar as principais topologias existentes na computação em nuvem e compreen- der as vantagens e desvantagens de cada uma para tomadas de decisões. Data Center Um Data Center ou Central de Processamento de Dados (CPD) é o local destinado ao armazenamento e funcionamento de equipamentos para o pro- cessamento de dados a serviço de uma ou mais empresas. Dependendo do tamanho do Data Center, é possível acolher milhares de servidores, além de inúmeros componentes como storage, roteadores, switches e no-breaks, como você pode observar na Figura 1. Figura 1. Ilustração da parte interna de um Data Center. Fonte: DatacenterDynamics (2016). Função Os equipamentos instalados em um Data Center possuem o objetivo de proces- sar de maneira adequada um grande número de dados de forma ininterrupta e segura. Para manter tudo funcionando com a máxima segurança, é comum os Data Centers possuírem geradores, sistemas anti-incêndios, pisos elevados contra inundações, além do acesso restrito aos seus aposentos. Computação na nuvem2 Estrutura Para permitir o acesso aos dados processados no Data Center, ele deve possuir uma infraestrutura de rede para conexão à internet adequada e possuir um rigoroso projeto estrutural para responder a algumas questões, como quantos servidores devem ser configurados, quais conexões devem ser utilizadas, quais switches, roteadores, no-breaks deverão ser instalados, implementação de sistemas de backup para prevenção de perda de dados e etc. Toda a estrutura do Data Center é pensada e implementada por profissio- nais de tecnologia pertencente ao departamento de tecnologia da informação (TI), contratados exclusivamente para essa finalidade dentro do Data Center. Além da infraestrutura lógica, é necessário adotar medidas contra desastres. Algumas medidas de prevenção são: � instalação de geradores de energia; � controle de acessos internos; � instalação de câmeras; � uso de crachás; � cadastro de visitantes; � dispositivos contra incêndio, como extintores e mangueiras; � sistema automatizado de refrigeração; � elevação do piso contra inundação, etc. Data Centers são classificados de diversas formas, a prin- cipal delas, tida como padrão, é a classificação em Tiers (do inglês, camadas). Existem quatro camadas diferentes, e você pode acessar mais informações sobre elas no link ou código a seguir. Clique aqui 3Computação na nuvem Tipologia da computação em nuvem Atualmente, a computação em nuvem é dividida em três principais tipos: � Infrastructure as a service (IaaS) ou infraestrutura como serviço: é quando se utiliza uma porcentagem dos recursos do servidorpara a necessidade específica de determinada aplicação (p. ex., Softlayer). � Plataform as a service (PaaS) ou plataforma como serviço: é quando se utiliza apenas os recursos de um banco de dados, um WebService ou uma API (p. ex., IBM Bluemix, Windows Azure, Jelastic API do TransmiteNota). � Software as a service (SaaS) ou software como serviço: é quando se utiliza uma aplicação diretamente pela internet (p. ex., Google Docs, TransmiteNota). A Figura 2 apresenta uma ilustração dos tipos de computação em nuvem. Figura 2. Modelo de funcionamento da computação em nuvem. Fonte: Galdino (2012). Mobile PC PDA/Phones Internet SaaS IaaS PaaS Cloud Provider Computação na nuvem4 Principais fornecedores Uma nuvem pode ser pública ou privada. Uma nuvem privada normalmente é configurada em um Data Center privado, ela é criada para uso exclusivo de um único usuário. Já a nuvem pública é formada por serviços disponíveis abertamente na internet para qualquer usuário acessar. Segundo um estudo realizado pelo instituto Gartner, 19% das empresas no mundo utilizam computação em nuvem privada e outros 20% utilizam serviços públicos de armazenamento na nuvem. Abaixo listamos os principais fornecedores de computação em nuvem: � Amazon Web Services � Google Cloud Storage � HP � IBM � Internap � Microsoft � Nirvanix � Softlayer Vantagens e desvantagens do modelo para tomada de decisões A computação em nuvem surgiu para facilitar o acesso de forma universal aos mais variados tipos de aplicações e serviços. Embora ela tenha trazido inúmeros benefícios, nem só de vantagens vive a computação em nuvem, veja a seguir o comparativo de algumas vantagens e desvantagens da computação em nuvem. As vantagens da computação em nuvem são: � permitir o acesso a aplicações na web sem a necessidade da instalação de nenhum programa localmente; � realizar todas as atualizações e upgrades da aplicação de forma rápida e automática, sem a necessidade do usuário baixar pacotes de atualizações; � facilitar o trabalho corporativo por meio do compartilhamento de ar- quivos e dados pela nuvem. � não existir necessidade da manutenção de servidores internos de alto custo. 5Computação na nuvem As desvantagens da computação em nuvem são: � todos os serviços dependem da internet para funcionar, caso ela caia o acesso aos serviços ficarão comprometidos; � caso seja necessário o envio de arquivos grandes ou um uso massivo de tráfego de dados, esse processamento dependerá da banda de internet contratada pelo usuário, podendo prejudicar o uso dos serviços; � diferentemente de disponibilizar uma aplicação em seu próprio com- putador, quando ela é disponibilizada na nuvem, é necessário contratar e pagar por este serviço. � caso haja uma indisponibilidade no servidor, todos os acessos são interrompidos, diferente de aplicações locais. Na hora de contratar um serviço de computação em nuvem, é preciso analisar com muito cuidado os recursos necessários para a sua aplicação, pois, devido à importância da disponibilidade dos dados, um erro na escolha do fornecedor, na tipologia ou no serviço pode acarretar sérios problemas de acessibilidade e impedir que o objetivo da aplicação seja alcançado. Um serviço muito utilizado para a disponibilização de aplicações on-line é o de Virtual Private Server (VPS), ou servidor virtual privado, que pode ser definido como um espaço “isolado” (servidor virtual) dentro de um servidor físico. Observe a ilustração de um VPS na Figura 3. Figura 3. Demonstração gráfica de como funciona um VPS. Fonte: HostNeverDie (2014). Computação na nuvem6 Alguns serviços oferecidos para contratação da computação em nuvem são: Servidor Cloud, Hospedagem de Sites, Load Balancer e E-mail. GALDINO, C. O que cloud computing não é, segundo o Gartner. W3B Criação de Sites e Loja Virtual, 18 set. 2012. Disponível em: <https://www.w3b.com.br/o-que-cloud- computing-nao-e-segundo-o-gartner/>. Acesso em: 07 mar. 2018. OS 10 MELHORES provedores de armazenamento na nuvem, segundo o Gartner. Computerworld, 25 jan. 2013. Disponível em: <http://computerworld.com.br/tec- nologia/2013/01/25/os-10-melhores-provedores-de-armazenamento-na-nuvem- segundo-o-gartner>. Acesso em: 07 mar. 2018. SAIBA o que não deve faltar em um data center moderno. DatacenterDynamics, 25 nov. 2016. Disponível em: <http://www.datacenterdynamics.com.br/focus/ar- chive/2016/11/saiba-o-que-n%C3%A3o-deve-faltar-em-um-data-center-moderno>. Acesso em: 07 mar. 2018. WHY VPS? HostNeverDie, 2014. Disponível em: <https://eng.hostneverdie.com/vps- server/>. Acesso em: 07 mar. 2018. 7Computação na nuvem Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Nesta Dica do Professor, você vai conhecer a origem do termo Nuvem, a história da computação na Nuvem, o conceito de máquina virtual, modelos de comercialização da computação na Nuvem, fornecedores e suas vantagens e desvantagens. Ainda, você verá as tendências, em um futuro bem próximo, que a computação na Nuvem trará para as organizações e para as pessoas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f8b86e4372601214afc53f1e1f25f9c7 Exercícios 1) Com base em conceitos de Computação na Nuvem (CN), assinale a alternativa correta. A) A computação em Nuvem está acessível somente para grandes organizações. B) Hoje em dia, é possível contratar serviços em cloud de modo muito fácil, embora seja possível a contratação como pessoa jurídica somente fora do país. C) Escalabilidade é a propriedade de ser acessível em qualquer tipo de rede de acesso. D) Há mais de um tipo de modelo de implantação de Cloud comercializada no mercado: a nuvem pública, a nuvem privada e a híbrida. E) Um dos principais obstáculos a ser vencido por uma empresa ao adotar a computação em Nuvem para os seus serviços é a instalação de programas localmente. 2) Sobre conceitos de tipos de comercialização de serviços Cloud, assinale a alternativa correta. A) Uma nuvem pode ser pública ou privada. Uma nuvem privada, normalmente é configurada em um Data Center privado e é criada para uso público de vários usuários. B) No modelo nuvem híbrida, parte das aplicações são acessadas pela nuvem pública e outra parte pela nuvem privada. C) A nuvem pública é formada por serviços disponíveis na Internet para usuários selecionados. D) A nuvem privada pode se tornar pública, e vice-versa, conforme a necessidade do usuário. E) Após contratar um tipo de nuvem, os fornecedores não permitem a troca de modalidade. 3) A definição da propriedade da Computação da Nuvem que possibilita, por demanda temporária, a configuração automática de crescimento ou redução de recursos de poder computacional graças à tecnologia de compartilhamento virtual de hardware chama-se: A) Firewall. B) Interoperabilidade. C) Elasticidade. D) Política de segurança. E) Malware. 4) Marque a alternativa correta quanto às vantagens de contratar os Serviços de Computação na Nuvem: A) Retira totalmente a responsabilidade interna da empresa de realizar auditorias e revisões periódicas para assegurar se o cumprimento de políticas de backup e atualizações estão sendo atendidas pelo serviço de Data Center. B) Nenhum dos serviços depende da Internet para funcionar. Caso ela caia, o acesso aos serviços não ficarão comprometidos. C) Caso seja necessário o envio de arquivos grandes ou uso massivo de tráfego de dados, esse processamento dependerá inteiramente da banda de Internet contratada pelo usuário no Data Center, não prejudicando o uso dos serviços. D) Quando uma aplicação é disponibilizada na nuvem, não é necessário contratar e pagar por esse serviço. E) Com os serviços de nuvem, é possível, de acordo com a necessidade da empresa, exigir armazenamentoadicional, sendo que em alguns casos o armazenamento adicional necessário estará disponível em poucos minutos. 5) Segundo o Open Cloud Manifesto, é uma barreira de adoção de computação na Nuvem: I) Segurança. II) Interoperabilidade de dados e aplicações. III) Portabilidade de dados e aplicações. IV) Medição e monitoramento. V) Escalabilidade. Qual alternativa abaixo está correta? A) Apenas as afirmativas I e V estão corretas. B) Apenas as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. C) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas. D) Apenas a afirmativa I está correta. E) Todas as afirmativas estão corretas. Na prática A utilização dos computadores e da Internet nas pequenas e médias empresas (PMEs) tem se tornado fundamental em seu cotidiano. Os grandes avanços tecnológicos, que influenciam diretamente essas empresas, fazem com que os departamentos da TI precisem rapidamente se adaptar. Diante desses aspectos, torna-se fundamental usufruir de novas tecnologias capazes de contribuir para o negócio, tendo em vista que grande parte das PMEs não possuem departamentos específicos de TI. A solução para essas empresas seria avaliar as suas necessidades e contratar o serviço de Computação em Nuvem que melhor se encaixe em suas necessidades. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Como escolher um provedor de Cloud Neste link, você verá como escolher um provedor de Cloud. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Os 10 melhores provedores de armazenamento na nuvem, segundo o Gartner Aproximadamente 19% das organizações ao redor do mundo estão utilizando a computação na nuvem para produção de aplicações, enquanto outros 20% contratam serviços públicos de armazenamento na cloud, segundo estudo do Gartner. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Todas as histórias de sucesso de clientes Neste link, você poderá verificar mais sobre os cases da Amazon Web Services. Todas as histórias de sucesso de clientes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://cio.com.br/como-escolher-um-provedor-de-cloud/ https://itforum.com.br/noticias/os-10-melhores-provedores-de-armazenamento-na-nuvem-segundo-o-gartner/ https://aws.amazon.com/pt/solutions/case-studies/all/ Infográfico: A História de Cloud computing No Infográfico a seguir, você poderá saber mais sobre a história de Cloud computing. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Avaliando o uso da computação em nuvem na área de TI para pequenas e médias empresas brasileiras Neste estudo de caso, você verá como as PMEs têm se beneficiado da Computação na Nuvem. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fabiosilva.com.br/2014/10/28/infografico-a-historia-de-cloud-computing/ http://revistas.ung.br/index.php/computacaoaplicada/article/view/1404/1190 https ://aws.amazon.com/pt/solutions/case-studies/all /