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Aula 06
Carreira Jurídica 2022 (Curso Regular)
Direito Ambiental - Prof. Luis Carlos
Miranda
Autor:
Equipe Materiais Carreiras
Jurídicas, Luis Carlos Miranda de
Oliveira
02 de Janeiro de 2022
- - -
 
Sumário 
Aspectos Iniciais sobre as Unidades de Conservação ...................................................................................4 
1 - Origem das Categorias de Unidades de Conservação Brasileiras .........................................................4 
2 - A Sistematização do Regime Jurídico das Unidades de Conservação ....................................................7 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC .................................................................................8 
1 - Natureza Jurídica das Unidades de Conservação.................................................................................8 
2 - Criação e Extinção de Unidades de Conservação .................................................................................9 
3 - Pressupostos Necessários para Instituição de Unidades de Conservação ........................................... 13 
4 - Conceitos Essenciais Previstos no SNUC ............................................................................................ 20 
4.1 - Aspectos Iniciais ..............................................................................................................................................20 
4.2 - Recuperar e Restaurar.....................................................................................................................................22 
4.3 - Uso Direto e Indireto dos Recursos Ambientais ................................................................................................22 
4.4 - Zona de Amortecimento..................................................................................................................................22 
5 - Objetivos e Diretrizes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação ........................................... 26 
6 - Categorias de Unidades de Conservação .......................................................................................... 31 
6.1 - Grupos de Unidades de Conservação ...............................................................................................................31 
6.2- Unidades de Conservação de Proteção Integral ................................................................................................36 
6.3 - Unidades de Conservação de Uso Sustentável .................................................................................................45 
7 - Gestão das Unidades de Conservação .............................................................................................. 69 
7.1 - Plano de Manejo da Unidade de Conservação..................................................................................................69 
7.2- Mosaico de Unidades de Conservação e Gestão integrada ................................................................................73 
7.3 - Gestão Compartilhada com OSCIP ...................................................................................................................76 
7.4 - Reserva de Biosfera .........................................................................................................................................77 
7.5 - Populações Tradicionais e Unidades de Conservação ..............................................Erro! Indicador não definido. 
7.5 - Populações Tradicionais e Unidades de Conservação .......................................................................................79 
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7.6 - Regras para a Exploração de Bens e Serviços em Unidades de Conservação ......................................................81 
7.7 - Regras para introdução de espécies exóticas nas unidades de conservação ......................................................82 
7.8 - Regras para instalações de redes de abastecimento de água e de energia elétrica que passam pelas unidades de 
conservação ...........................................................................................................................................................82 
7.9 - Obrigações do Poder Público quanto à necessidade de informação ..................................................................83 
Compensação Ambiental ......................................................................................................................... 84 
1 - Principais normativos sobre a Compensação Ambiental.................................................................... 84 
2 - A Constitucionalidade do art. 36 da Lei 9.985/2000. ADI 3.378/DF .................................................... 86 
3 - Natureza Jurídica da Compensação Ambiental ................................................................................. 89 
4 - Execução da Compensação Ambiental ............................................................................................. 90 
5 - Destinação dos Recursos da Compensação Ambiental ...................................................................... 91 
6 - Cálculo da Compensação Ambiental................................................................................................. 92 
Legislação Destacada ............................................................................................................................... 97 
Legislação Ambiental ........................................................................................................................... 97 
Jurisprudência Destacada ................................................................................................................... 108 
Resumo ................................................................................................................................................. 111 
Questões Comentadas ........................................................................................................................... 115 
Magistratura......................................................................................................................................................... 115 
Promotor.............................................................................................................................................................. 122 
Procurador ........................................................................................................................................................... 124 
Outros .................................................................................................................................................................. 129 
Lista de Questões................................................................................................................................... 132 
Magistratura......................................................................................................................................................... 132 
Promotor.............................................................................................................................................................. 136 
Procurador ........................................................................................................................................................... 137 
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Outros ..................................................................................................................................................................140 
Gabarito ................................................................................................................................................ 142 
Magistratura......................................................................................................................................................... 142 
Promotor.............................................................................................................................................................. 142 
Procurador ........................................................................................................................................................... 143 
Outros .................................................................................................................................................................. 143 
 
 
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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 
ASPECTOS INICIAIS SOBRE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
1 - ORIGEM DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
BRASILEIRAS 
A política de gestão de Unidades de Conservação- UCs no Brasil apresentou diversos momentos em seu 
desenvolvimento, inicialmente fragmentário com a criação de determinadas categorias de UCs para atender 
os objetivos básicos de proteção de ecossistemas com finalidades específicas de satisfação das necessidades 
humanas (proteção de mananciais para abastecimento de água urbano, por exemplo), e, posteriormente, 
sistematizado por meio da instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação em que se 
estabeleceu critérios e normas para a criação, implementação e gestão dessas áreas a serem protegidas 
(Lei 9.985/2000). 
No âmbito internacional, é importante destacarmos a criação do Parque Nacional de Yellowstone, em 1872, 
nos Estados Unidos, área protegida cujas características básicas foram incorporadas aos modelos de parques 
nacionais que temos hoje nos diferentes ecossistemas do mundo. O fundamento básico para criação era a 
proteção dos ecossistemas para o usufruto das belezas cênicas existentes nesses espaços territoriais. Nessa 
linha, segundo Miguel Milano1 o Parque Nacional de Yellowstone teve como fundamento de sua existência 
a proteção ao meio ambiente vedando qualquer tipo de exploração econômica de seus recursos naturais. 
As características dessas áreas protegidas foram evoluindo com o tempo e local de sua instituição, iniciando 
um processo de incorporação de diferentes objetivos como a criação dos parques para fins científicos, bem 
como de proteção da biodiversidade. Ressalta ainda o autor que a União Internacional para a Conservação 
da Natureza (UICN) tem desempenhado um papel fundamental na dispersão das características dessas áreas 
naturais protegidas contribuindo significativamente no desenvolvimento de políticas públicas para diversos 
países e consolidando a definição e conceito dessas áreas. 
No Brasil, seguindo a tendência mundial, o Decreto-lei 23.793/34 (Código Florestal de 1934) foi o primeiro 
instrumento normativo protetivo das florestas, e de outros ecossistemas, que sistematizou a criação de 
espaços territoriais que deveriam ser protegidos em face de suas características bióticas e abióticas trazendo 
as figuras dos parques nacionais, das florestas nacionais, das florestas protetoras e das áreas de 
preservação permanente. Resultado disso, foi a criação do primeiro parque nacional brasileiro, o Itatiaia, 
em 1937, com área tangenciando os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo posteriormente criados 
 
 
1 Milano, Miguel Serediuk. Unidades de conservação – técnica, lei e ética para a conservação da biodiversidade. In: 
Direito ambiental das áreas protegidas – o regime jurídico das unidades de conservação. Coord. Antônio Herman 
Benjamin. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. 
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outros como: os Parques Nacionais do Iguaçu e o da Serra dos Órgãos no ano de 1939. A partir daí foram 
criados vários parques nacionais e florestas nacionais com base no Decreto-lei 23.793/34. 
Posteriormente, com o advento da Lei 4.771/65 (Código Florestal de 1965) foram instituídas as unidades de 
conservação de uso indireto como as Reservas Biológicas que não permitiam o uso dos bens ambientais 
nelas existentes, bem como as de uso direto como os Parques de Caça que permitam a exploração de alguns 
recursos naturais. 
Em 1981, a Lei 6.902/81, elencou novas categorias de unidades de conservação incluindo as Estações 
Ecológicas como áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinadas à realização de pesquisas 
básicas e aplicadas de Ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação 
conservacionista, bem como as Áreas de Proteção Ambiental destinadas a assegurar o bem-estar das 
populações humanas e conservar ou melhorar as condições ecológicas das referidas áreas. 
O Decreto 89.336/84 trouxe mais duas categorias de unidades de conservação as Reservas Ecológicas 
consideradas as áreas de preservação permanente mencionadas no artigo 18 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981 (revogado pela Lei do SNUC), bem como as Áreas de Relevante Interesse Ecológico definidas como 
aquelas que possuem características naturais extraordinárias ou abriguem exemplares raros da biota 
regional, exigindo cuidados especiais de proteção por parte do Poder Público. 
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, §1º, III, determinou ao Poder Público a incumbência de 
definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção. 
Outra categoria de unidade de conservação criada foi a Reserva Extrativista, instituída pelo Decreto 
98.897/90, sendo reconhecida como espaços territoriais destinados à exploração autossustentável e 
conservação dos recursos naturais renováveis, por população extrativista. 
Ao seu turno, o Decreto nº 98.914/1990, criou a modalidade de unidade de conservação denominada 
Reserva Particular do Patrimônio Nacional, o qual foi substituído em 1996 pelo Decreto no 1.922, 
considerada uma área de domínio privado a ser especialmente protegida, por iniciativa de seu proprietário, 
mediante reconhecimento do Poder Público, em face da relevante importância pela sua biodiversidade, ou 
pelo seu aspecto paisagístico, ou ainda por suas características ambientais que justifiquem ações de 
recuperação. 
Nesse contexto, diversas categorias de unidades de conservação foram criadas desde a década de 1930 até 
a década de 1990 apresentando diferentes regimes jurídicos protetivos desses espaços territoriais, isso sem 
considerar outras categorias de unidades criadas pelos Estados e pelos Municípios. Havia, assim, uma 
fragmentação de normas protetivas das unidades de conservação no Brasil com diversas categorias no 
âmbito federal, estadual e municipal, fato que exigiu uma norma geral que sistematizasse as regras de 
criação e gerenciamento desses espaços. Assim nasceu a Lei 9.985/2000, conhecida como Lei do Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. 
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(Prefeitura de Resende – RJ/Médico/CONSULPLAN – 2010) Sobre o turismo em Resende, analise: O 
Parque Nacional Itatiaia, localizado em Itatiaia e em Resende, é a mais antiga unidade de conservação 
do Brasil. 
Resposta. Item errado. Embora seja oficialmente a unidade de conservação mais antiga do Brasil 
(1937), sua localização abrange os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com território 
tangenciando os municípios de Alagoa, Bocaina de Minas, Itamonte, Itatiaia e Resende. 
2 - A SISTEMATIZAÇÃO DO REGIME JURÍDICO DAS UNIDADES DE 
CONSERVAÇÃO 
A Lei 9.985/2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC 
regulamentou a previsão constitucional do art. 225, §1º, III, estabelecendo critérios e normas para a criação, 
implantação e gestão das unidades de conservação, definindo unidade de conservação como o espaço 
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais 
relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob 
regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
A Lei do SNUC conseguiu organizar as diversas modalidades de unidades de conservação existente no Brasil 
padronizando o regime jurídico das unidades em duas categorias: unidades de conservação de proteção 
integral e unidades de conservação de uso sustentável. Nessa categorização, algumas unidades de 
conservação deixaram de existir, como as Reservas Ecológicas e as Florestas Protetoras, dentre outras que 
precisaram ser recategorizadas em face do advento da novel norma geral federal que disciplinou o regime 
jurídico das unidades de conservação. 
Nesse sentido, determinou a Lei do SNUC, em seu art. 55, que as unidades de conservação e áreas 
protegidas criadas com base nas legislações anteriores e que não pertençam às categorias nelas previstas 
serão reavaliadas, no todo ou em parte, no prazo de até dois anos, com o objetivo de definir sua destinação 
com base na categoria e função para as quais foram criadas. Essa reavaliação da unidade de conservação 
será feita mediante ato normativo do mesmo nível hierárquico que a criou. Assim, se uma Reserva Ecológica 
foi criada por lei, só poderá ser recategorizada dentre aquelas elencadas no SNUC, por outra lei, não havendo 
possibilidade de criação por decreto regulamentar. 
 
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SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO-
SNUC 
1 - NATUREZA JURÍDICA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
A Constituição Federal previu em seu art. 225, §1º, III: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
(...) 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, 
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua 
proteção; 
As Unidades de Conservação, conforme previsto no texto constitucional, têm natureza jurídica de espaços 
territoriais especialmente protegidos- ETEPs. Não podemos olvidar que as unidades de conservação são 
apenas mais uma das espécies de ETEPs, existindo outros com objetivo de proteção dos ecossistemas 
naturais como as Áreas de Preservação Permanente e a Área de Reserva Legal. 
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Corroborando esse entendimento, a Lei 9.985/2000 definiu, em seu art. 2º,I, unidade de conservação como 
sendo um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características 
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites 
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
Assim, as normas apresentadas fundamentam a natureza jurídica das UCSs. 
 
 
 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2011) O texto constitucional prevê a criação de espaços 
territoriais especialmente protegidos como forma de assegurar o exercício ao direito fundamental 
relacionado ao meio ambiente. Sobre espaços territoriais, unidades de conservação e o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação, assinale a opção correta. 
Os espaços territoriais previstos na CF dizem respeito apenas às porções do território nacional, isto é, 
pertencentes à União, não podendo atingir áreas estaduais ou municipais. 
Resposta. Item errado. A norma prevista na CF/88 (art. 225, §1º, III) é destinada ao Poder Público 
englobando qualquer uma das esferas de governo, federal, estadual ou municipal. Assim, o dever de 
criar espaços territoriais especialmente protegidos é norma geral cogente que obriga a todos os entes 
políticos. 
2 - CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
A norma constitucional do art. 225, §1º, III, obrigou o Poder Público a instituir por meio de ato próprio os 
espaços territoriais especialmente protegidos, neles incluídas as unidades de conservação. Regulamentando 
o dispositivo, o art. 22, do SNUC previu que as unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público 
(todos os entes), podendo ser Lei ou Decreto. Não há obrigatoriedade de que a UC seja crida por Lei, até 
porque a criação das unidades de conservação visa tutelar os recursos naturais e garantir a sadia qualidade 
de vida de todos, não havendo, em tese, prejuízo ao meio ambiente em suas diversas vertentes. 
Por outro lado, a tentativa de diminuir o grau de proteção anteriormente atribuído à UC é medida que exige 
reserva de Lei em sentido formal, mesmo que tenha sido criada por Decreto do Poder Executivo. É nesse 
sentido que o art. 225, §1º, III, da CF/88, definiu que a alteração e a supressão desses espaços só podem 
Unidade de Conservação Espaço Territorial Especialmente Protegido
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ocorrer através de lei. Assim, independentemente de a criação ter como origem Lei ou Decreto, a alteração 
e a supressão só poderão ser efetivadas mediante lei. A exigência de lei faz-se presente, conforme já 
sedimentado pelo STF na ADI 3.646, quando referida modificação implicar prejudicialidade ou retrocesso 
ao status de proteção já constituído naquela unidade de conservação, com o fito de coibir a prática de atos 
restritivos que não tenham a aquiescência do Poder Legislativo. 
Assim, é perfeitamente possível a não exigência de lei formal quando se pretende o incremento dos limites 
de uma unidade de conservação ou mesmo a recategorização de uma para outra de maior proteção, 
podendo tal pretensão ser efetivada por ato do poder público de hierarquia inferior ao de uma lei, mas 
devendo manter a simetria com a norma que criou a UC. Melhor dizendo, a ampliação dos limites de uma 
unidade de conservação (maior proteção), sem modificação dos seus limites originais, pode ser feita por 
instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, exigindo-se apenas, nos termos 
do §§ 2º e 6º, do art. 22, do SNUC, que seja realizada audiência pública préviaque permitam a coletividade 
identificar os acréscimos, dimensões e os novos limites da unidade de conservação. 
É importante frisar que não há vedação à diminuição ou mesmo à extinção da proteção de uma unidade de 
conservação ou de qualquer outro espaço territorial especialmente protegido, como no caso da realização 
de desafetação da unidade de conservação em que o bem de domínio público é subtraído à dominialidade 
pública para ser incorporado ao domínio privado do Estado ou do administrado. 
Por outro lado, exige-se lei em sentido formal para os atos tendentes a mitigar o grau de proteção 
anteriormente fixado na criação. Esse requisito formal deve ser atendido sob pena de inconstitucionalidade. 
Corroborando esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 4.717/DF, de Relatoria da 
Min. Cármen Lúcia2, sedimentou a tese de que é inconstitucional a redução ou a supressão de espaços 
territoriais especialmente protegidos, como é o caso das unidades de conservação, por meio de medida 
provisória por violação direta do art. 225, § 1º, III, da CF/88. 
 
 
 
2 STF. Plenário. ADI 4717/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018. 
 
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Cumpre assinalar que, no caso das unidades de conservação do tipo Reserva Particular do Patrimônio 
Nacional, a criação pode ser efetivada pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza - SNUC, sendo que, no âmbito federal, serão declaradas instituídas mediante 
portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, conforme 
fixado no Decreto 5.746/2006. Ocorre que com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade- ICMBio, pela Lei 11.516/2007, essa competência foi atribuída à referida Autarquia. 
 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2015) Acerca do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação e das normas relativas à criação, implantação e gestão dessas unidades, assinale a opção 
correta. 
(A)Admite-se a transformação parcial de unidade de conservação de uso sustentável em unidade de 
conservação de proteção integral, desde que por meio de lei e obedecidas as exigências de prévios 
estudos e consulta pública. 
(B)À luz do entendimento do STF, é vedada a criação pelo poder público de mais de um tipo de unidade 
de conservação a partir de um mesmo procedimento administrativo. 
(C)As populações tradicionais residentes, de maneira irregular, em unidades de conservação poderão 
continuar a exercer as mesmas atividades já realizadas nas áreas ocupadas quando da criação da 
unidade. 
Unidade de 
Conservação 
Criação 
Ato 
do Poder Público 
Lei 
Medida Provisória 
Decreto 
Extinção 
Lei 
Diminuição da 
Proteção 
Não cabe Medida 
Provisória 
(ADI 4.717/DF) 
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(D)O subsolo e o espaço aéreo, desde que contribuam para a estabilidade do ecossistema protegido, 
integram os limites das unidades de conservação. 
(E)As categorias de unidades de conservação de área de proteção ambiental e reserva particular de 
patrimônio natural devem contar com a delimitação de uma zona de amortecimento no seu entorno, 
cujo regime jurídico aplicável é o de uma limitação administrativa imposta aos proprietários, com vistas 
a minimizar os impactos negativos no interior da unidade de conservação. 
Resposta. Item D. O item A está incorreto porque a transformação de uma unidade de conservação de 
uso sustentável ( menor proteção ) em uma de proteção integral ( maior proteção) pode ser realizada 
por instrumento de mesma categoria da criação, não necessariamente por lei formal. O item B está 
incorreto, pois no julgamento do MS 25.347, de relatoria do Ministro 
Ayres Britto, ficou assentado que não há qualquer ilegalidade na criação de mais de um tipo de unidade 
de conservação da natureza a partir de um único procedimento administrativo, desde que haja debate 
sobre o tema nos estudos técnicos e nas consultas às populações interessadas. O item C está incorreto, 
tendo em vista que o §2o, do art. 42, da Lei do SNUC, estabelece que até que seja possível efetuar o 
reassentamento da spopulações tradicionais, serão estabelecidas normas e ações específicas 
destinadas a compatibilizar a presença das populações tradicionais residentes com os objetivos da 
unidade, sem prejuízo dos modos de vida, das fontes de subsistência e dos locais de moradia destas 
populações, assegurando-se a sua participação na elaboração das referidas normas e ações. O item D 
está correto, considerando que de acordo com o art. 24, da Lei do SNUC, o subsolo e o espaço aéreo, 
sempre que influírem na estabilidade do ecossistema, integram os limites das unidades de 
conservação. O item E está incorreto, já que nos termos do art. 25, da Lei do SNUC, as unidades de 
conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem 
possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2011) O texto constitucional prevê a criação de espaços 
territoriais especialmente protegidos como forma de assegurar o exercício ao direito fundamental 
relacionado ao meio ambiente. Sobre espaços territoriais, unidades de conservação e o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação, assinale a opção correta. 
A unidade de conservação pode ser criada por meio de lei ou decreto, e, em caso de abranger área 
particular, não se aplica a desafetação, pois o domínio não se transmite ao poder público, em nenhuma 
circunstância. 
Resposta. Item errado. Se a unidade de conservação for de posse e domínio público, é obrigatória a 
desapropriação dos imóveis particulares, como ocorre em uma Estação Ecológica. Por outro lado, se a 
undiade de conservação admite a presença de porpriedade privada, não haverá necessidade de 
desapropriação, como ocorre no caso das Áreas de Proteção Ambiental- APAs. 
(PGE-CE/Procurador do Estado/CESPE – 2008) A desafetação é o fato ou manifestação de vontade do 
poder público, mediante o qual o bem de domínio público é subtraído à dominialidade pública para 
ser incorporado ao domínio privado do Estado ou do administrado. Quanto às unidades de 
conservação, é correto afirmar que a desafetação 
(A)ou redução de limites pode ser feita mediante lei municipal ou medida provisória. 
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(B)que não implique redução de limites pode ser instituída por portaria. 
(C)que não implique redução de limites pode ser feita por decreto. 
(D)ou redução de limites pode ser feita por decreto. 
(E)ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei. 
Resposta. Item E. A desafetação total ou parcial de uma unidade de conservação (para ser convertida 
em bem dominical, passível de alienação) exige lei em sentido formal para sua efetivação, não sendo 
admitido o uso de Medida Provisória nos termos fixados pelo STF na ADI 4.717/DF. 
(PGE-PR/Procurador do Estado/COPS-UEL – 2011) A Constituição Federal de 1988 determina que o 
Poder Público crie, em todas as unidades da federação, espaços territoriais especialmente protegidos 
(ETEP), que somente por lei poderão ser alterados ou extintos. Sobre os ETEP, é correto afirmar: 
(A)são constituídos apenas pelas unidades de conservação, não sendo necessária a edição de lei formal 
para a extinçãodas demais categorias de espaços protegidos; 
(B)constituem gênero, que alberga todas as espécies de espaços protegidos, sendo necessária a edição 
de lei formal para qualquer alteração, inclusive as que acarretem uma maior proteção ao ambiente 
natural; 
(C)são constituídos apenas pelos chamados espaços de proteção específica, que abrangem todos os 
espaços ambientais, com exceção das unidades de conservação, e somente por lei formal poderão ser 
alterados, mesmo que para fornecer maior proteção ao ambiente natural; 
(D)constituem gênero, o que abrange todas as categorias de espaços protegidos, e demandam a edição 
de lei formal para a extinção ou alteração que acarrete uma perda, mesmo que parcial, de proteção do 
ambiente natural; 
(E)são constituídos somente pelas unidades de conservação e demandam a edição de lei formal para 
a extinção ou alteração que acarrete uma perda na proteção do ambiente natural. 
Resposta. Item E. O ETEP é gênero do qual são espécies as unidades de conservação, área de reserva 
legal, área de preservação permanente, terras indígenas, dentre outras, sendo necessário lei formal 
para alterações que impliquem a diluição da proteção anteriormente fixada, nos termos, do art. 225, 
§1º, III, da CF/88. 
3 - PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS PARA INSTITUIÇÃO DE 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
Vimos que a criação de uma unidade de conservação exige ato do poder público (art. 22, do SNUC) podendo 
ser lei, decreto regulamentar e até mesmo uma portaria no caso das RPPNs. Mas para motivar/fundamentar 
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o ato de instituição da unidade de conservação há necessidade de atendimento de dois requisitos fixados 
no §2º, do art. 22, da Lei do SNUC, quais sejam, os estudos técnicos e a consulta pública, vejamos: 
 
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de 
consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados 
para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 
§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obrigado a fornecer 
informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. 
§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta de que 
trata o § 2o deste artigo. 
 
Conforme se infere do §2º, a criação de uma UC deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta 
pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, 
cabendo ao órgão executor proponente de nova unidade de conservação elaborar os estudos técnicos 
preliminares e realizar, quando for o caso, a consulta pública e os demais procedimentos administrativos 
necessários à criação da unidade. 
Regulamentando o dispositivo, o Decreto 4.340/2002 determinou que o ato de criação de uma unidade de 
conservação deve indicar: a denominação, a categoria de manejo, os objetivos, os limites, a área da unidade 
e o órgão responsável por sua administração; a população tradicional beneficiária, no caso das Reservas 
Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável; a população tradicional residente, quando 
couber, no caso das Florestas Nacionais, Florestas Estaduais ou Florestas Municipais; e as atividades 
econômicas, de segurança e de defesa nacional envolvidas. 
Fixou ainda o regulamento que a denominação de cada unidade de conservação deverá basear-se, 
preferencialmente, na sua característica natural mais significativa, ou na sua denominação mais antiga, 
dando-se prioridade, neste último caso, às designações indígenas ancestrais. 
Em relação à audiência pública, esta é obrigatória por expressa determinação legal, podendo-se efetivar 
por reuniões públicas ou, a critério do órgão ambiental competente, outras formas de oitiva da população 
local e de outras partes interessadas, não podendo o poder púbico criar uma unidade de conservação sem 
a oitiva da população diretamente afetada pela criação da unidade cabendo ao órgão executor definir os 
locais e o número de audiências que serão realizadas, indicando, de modo claro e em linguagem acessível 
(informações adequadas e inteligíveis), as implicações para a população residente no interior e no entorno 
da unidade proposta. 
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Embora obrigatória sua realização, isso não implica dizer que as conclusões apresentadas na consulta sejam 
vinculantes ao Poder Público, ficando sempre a decisão final pela criação da unidade de conservação a cargo 
do chefe do Poder Executivo. 
Cumpre destacar, que qualquer ato tendente a alterar os limites territoriais de uma unidade de 
conservação, e não apenas de sua criação, deve ser precedido, por analogia ao previsto no §2º, do art. 
22, da Lei do SNUC, de audiência pública. 
A Lei do SNUC exclui a necessidade de audiência pública, e não dos estudos técnicos, para as unidades de 
conservação de proteção integral do tipo Reserva Biológica (ReBio) e Estação Ecológica (EsEc), considerando 
o elevado grau restritivo de uso dos atributos ambientais desses espaços, ficando, de certa forma, 
caracterizando o interesse público na preservação do meio ambiente. Embora haja o permissivo para não 
realização da audiência, poderá o órgão executor realizá-la, dentro de um juízo de conveniência e 
oportunidade, notadamente quando existirem populações tradicionais em suas áreas ou, embora nelas não 
inseridas, tenham no ciclo de sua subsistência a utilização dos recursos naturais existentes nessas UCs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REQUISITOS PARA CRIAÇÃO DE UCs 
 
 
A
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C
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aç
ão
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 P
o
d
er
 P
ú
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o
Deve Indicar:
Denominação
Categoria de manejo
Objetivos
Limites e Área
Órgão responsável
População Tradicional
Atividades Econômicas
Atividades de Segurança 
Nacional
Es
tu
d
o
s 
Té
cn
ic
o
s
Devem fazer o levantamento de todos os fatores ambientais, sociais e 
econômicos indicando a melhor categoria de unidade de conservação a ser 
criada pelo Poder Público.
A
u
d
iê
n
ci
a 
Pú
b
lic
a É obrigatória Para todas as UCs
Facultada Rebio e Esec
Aplica-se também
Alterações de 
limites
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(TJ-PR/Juiz Substituto/CESPE – 2019) Conforme a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), os requisitos necessários à criação de uma unidade 
de conservação, exceto no caso de estação ecológica ou reserva biológica, são 
(A)a publicação de lei autorizadora, a realização de estudos técnicos para identificação da localização, 
da dimensão e dos limites adequados da unidade, e a elaboração de licenciamento ambiental. 
(B)a edição de ato autorizador do Poder Executivo e a realização de estudos técnicos e de consulta 
pública para a identificação da localização, da dimensão e dos limites adequados da unidade. 
(C)a edição de ato autorizador do Poder Executivo, a elaboração de licenciamento ambiental, a 
realização de consulta pública e a verificação da existência de população tradicionalresidente no local. 
(D)a publicação de lei autorizadora, a elaboração de licenciamento ambiental, a identificação da 
dimensão e dos limites da unidade e a verificação da existência de população tradicional residente no 
local. 
Resposta. Item B. Os requisitos são os estudos técnicos preliminares e a realização de audiência 
pública, nos termos do art. 22, §2º, da Lei 9.985/2000. 
(MPE-RR/Promotor de Justiça Substituto/CESPE – 2017) Em 2008, o governo de determinado estado 
da Federação criou, por lei, uma estação ecológica e, por decreto, uma reserva biológica. Em ambos os 
casos, os estudos técnicos foram previamente realizados, mas não houve consulta pública. Anos 
depois, por lei específica, o governo reduziu os limites das unidades criadas. 
Considerando essa situação, assinale a opção correta. 
(A)Tanto a criação quanto a redução dos limites da reserva biológica poderiam ter sido feitas por 
decreto. 
(B)Para a criação de ambas as unidades, os estudos técnicos eram, de fato, necessários. 
(C)Tanto a criação quanto a redução dos limites da estação ecológica poderiam ter sido feitas por 
decreto. 
(D)Para a criação de ambas as unidades, a consulta pública era indispensável. 
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Resposta. Item B. O requisito que não pode ser dispensado pelo órgão executor é os estudos técnicos 
que servem de fundamento para a criação da unidade de conservação. Mas a realização da audiência 
pública não é obrigatória para todas as UCs, não se aplicando às estações ecológicas e às reservas 
biológicas. 
(BNDES/Direito/CESGRANRIO – 2013) Os instrumentos do Direito Ambiental são fundamentais para a 
garantia do direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo que 
a unidade de conservação da natureza deve ter sua criação precedida de consultas públicas, inclusive 
em relação às categorias voltadas para pesquisas científicas (estação ecológica e reserva biológica). 
Resposta. Item errado. Para as unidades de conservação do tipo estação ecológica e reserva biológica, 
a Lei do SNUC faculta ao órgão executor a possibilidade de realização de audiência pública (art. 22, 
§4º). 
(Petrobras/Advogado/CESGRANRIO – 2010) Considerando o que dispõe o Código Florestal e o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, analise as afirmações a seguir. 
É requisito indispensável para a criação de qualquer unidade de conservação a elaboração de estudos 
técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais 
adequados para a unidade. 
Resposta. Item errado. Nos termos do art. 22, §2º , da Lei do SNUC, a criação de uma unidade de 
conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a 
localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, sendo facultada para a criação de 
estações ecológicas e reservas biológicas (§4º). 
O SNUC admite o processo de recategorização (mudança na tipologia) de uma unidade de conservação. As 
UCs do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de 
Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde 
que obedecidos os procedimentos de consulta pública e de estudos prévios. Por outro lado, se a 
recategorização for de uma unidade de conservação de Proteção Integral (teoricamente mais protetiva) para 
uma de Uso Sustentável, só poderá ser feito por lei em sentido formal, independente do ato normativo que 
institui a unidade a ser recategorizada, por força do art. 225, §1º, III, da CF/88. 
 
 
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(Polícia Federal/Perito Criminal Federal/CESPE – 2018) Criado por decreto em novembro de 1961, o 
Parque Nacional de Brasília (PNB), com área superior a 40 ha, tem o objetivo de proteger os rios 
fornecedores de água potável à capital federal e de manter a vegetação em estado natural. 
A principal atração do parque são suas piscinas. Os visitantes, depois de pagarem uma taxa de visitação, 
têm acesso às piscinas, que se formaram a partir dos poços de água que surgiram às margens do 
córrego Acampamento devido à extração de areia feita antes da implantação de Brasília. 
O PNB teve seus limites alterados por lei, em março de 2006: perdeu uma área para um projeto 
habitacional na capital federal e ganhou novas áreas que ampliaram a unidade de conservação. 
A partir do texto apresentado, julgue o próximo item, relativo à criação, aos tipos e às alterações de 
unidades de conservação, de acordo com dispositivos da Lei n.º 9.985/2000. 
O PNB poderá ser transformado, total ou parcialmente, em área de proteção ambiental por meio de 
instrumento normativo de mesmo nível hierárquico daquele que o criou, desde que se obedeçam aos 
procedimentos de consulta estabelecidos em lei. 
Resposta: Item errado. A transformação de unidade de conservação de proteção integral (caso do 
PNB) para outro de uso sustentável (no caso da APA) só pode ser efetivada por meio de lei formal. 
(PGR/Procurador da República/PGR- 2011) ANALISE OS ITENS ABAIXO E RESPONDA EM SEGUIDA: 
Uso 
Sustentável 
Proteção 
Integral 
- Estudos Técnicos; 
- Audiência Pública; 
- Estudos Técnicos; 
- Audiência Pública; 
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De acordo com a legislação infraconstitucional, uma unidade de conservação de uso sustentável pode 
ser transformada em unidade de conservação de proteção integral por instrumento normativo do 
mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, devendo ser realizada, antes, consulta pública. 
Resposta. Item correto. Nos termos do art. 22, §5º, da Lei do SNUC, as unidades de conservação do 
grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de 
Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, 
desde que obedecidos os procedimentos de consulta pública. 
(TRF - 5ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2009) Com relação ao Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, assinale a opção correta. 
É possível a transformação, total ou parcial, de unidades de conservação do grupo de uso sustentável 
em unidades do grupo de proteção integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico 
do que criou a unidade, desde que se promova consulta pública que permita identificar a localização, 
a dimensão e os limites mais adequados para a unidade. 
Resposta. Item correto. Nos termos do art. 22, §5º, da Lei do SNUC, as unidades de conservação do 
grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de 
Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, 
desde que obedecidos os procedimentos de consulta pública. 
4 - CONCEITOS ESSENCIAIS PREVISTOS NO SNUC 
4.1 - Aspectos Iniciais 
Como na maioria das normas ambientais, a Lei do SNUC definiu conceitos fundamentais para fins de 
interpretação e melhor aplicação de suas regras. Nesse sentido, definiu o alcance de determinados termos 
como o uso direito e indireto dos bens ambientais, bem como a magnitude dos termos proteção integral e 
uso sustentável. Vejamos alguns dos principais conceitos apresentados no normativo. 
INSTITUTO JURÍDICO CONCEITO 
Unidade de 
Conservação 
Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, 
com característicasnaturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder 
Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial 
de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
Conservação da 
Natureza 
O manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a 
manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do 
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases 
sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as 
necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência 
dos seres vivos em geral. 
Manejo 
Todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da 
diversidade biológica e dos ecossistemas. 
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==22c5e1==
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Conservação in situ 
Conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e 
recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no 
caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham 
desenvolvido suas propriedades características. 
Diversidade Biológica 
A variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, 
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas 
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda 
a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. 
Recurso Ambiental 
A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar 
territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. 
Preservação 
Conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo 
prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos 
ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais. 
Proteção Integral 
Manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência 
humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais. 
Uso Indireto 
Aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos 
naturais. 
Uso Direto Aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais. 
Uso Sustentável 
Exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos 
ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade 
e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e 
economicamente viável. 
Extrativismo 
Sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de 
recursos naturais renováveis. 
Recuperação 
Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma 
condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original. 
Restauração 
Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais 
próximo possível da sua condição original. 
Plano de Manejo 
Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de 
uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas 
que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive 
a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. 
Zoneamento 
Definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos 
de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e 
as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de 
forma harmônica e eficaz. 
Zona de 
Amortecimento 
O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão 
sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os 
impactos negativos sobre a unidade. 
Corredores Ecológicos 
Porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de 
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da 
biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas 
degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua 
sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades 
individuais. 
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4.2 - Recuperar e Restaurar 
Dos conceitos apresentados, entendemos fundamental uma atenção mais detida quanto à diferença entre 
os institutos da recuperação e restauração. 
A ação de restaurar ecossistemas degradados, tem carga semântica própria em Direito Ambiental. A 
restauração objetiva restituir o ambiente antropizado ao status quo ante. Isso não implica dizer que essa 
restituição deva ser de 100%, mas, dependendo do caso concreto, a mais próxima possível de sua condição 
original. Ao seu turno, recuperar um ecossistema degradado, consiste em restituir esse ambiente a uma 
condição não degradada, que não precisa ser igual ou próxima da condição originária. Nessa linha, é 
importante o candidato lembrar que a CF/88 deu prioridade ao processo de restauração, objetivando ao 
máximo a restituição dos processos ecológicos ao seu estado original (art. 225, §1º, I, da CF/88). 
 
4.3 - Uso Direto e Indireto dos Recursos Ambientais 
Outro conceito que devemos ter atenção é o de uso direito ou indireto dos recursos naturais. Isso porque 
facilitará, em parte, a identificação se a unidade de conservação tem natureza de proteção integral ou de 
uso sustentável. Na de proteção integral só se admite o uso indireto dos recursos, vedando, como regra, 
consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. Podemos citar, a título de exemplo, como uso 
indireto dos atributos naturais a recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica 
e educação ambiental. 
4.4 - Zona de Amortecimento 
Outro conceito fundamental é o de zona de amortecimento. Esta é definida como uma área no entorno de 
uma unidade de conservação delimitando toda sua extensão, onde as atividades humanas estão sujeitas a 
normas e restrições específicas (limitações administrativas de uso e atividades), com o propósito de 
minimizar os impactos negativos que poderiam advir sobre a unidade de conservação. É uma espécie de 
buffer, isto é, uma área de segurança tamponada objetivando criar uma amortização entre as fronteiras 
físicas da unidade com a parte exterior, caracterizando verdadeiro espaço de transição. Busca-se proteger a 
UC do efeito de borda com a criação da zona de amortecimento. 
Restaurar: restituir o mais próximo possível da condição original.
Recuperar: restituir a uma situação que pode ser diferente da original.
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Nos dizeres do STJ3: 
[...] a Zona de Amortecimento se apresenta, na ótica jurídica, como espaço de transição ou 
tampão - verdadeira pele ecológica ou ecótono administrativamente induzido -, destinado a 
garantir a higidez da área protegida e reduzir a vulnerabilidade da biodiversidade do interior 
do fragmento delimitado a vetores externos, naturais ou antropogênicos. São 
perturbações multifacetárias, ora abióticas (umidade, luminosidade, temperatura, vento, fogo), 
ora bióticas (composição, estrutura, abundância e distribuição espacial de espécies da flora e 
fauna, influenciadas por alteração dos padrões físicos, químicos e biológicos do sistema). 
 
 
 
Importante frisar que a zona de amortecimento não faz parte da área denominada “unidade de 
conservação”, mas guarda com ela uma relação simbiótica, protetiva, limitando as atividades humanas a 
 
 
3 REsp 1406139/CE, Rel.Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/08/2014, DJe 07/11/2016. 
 
 
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e
 
 
 
 
 
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serem desenvolvidas em sua abrangência, considerando o regime jurídico diferenciado para essas áreas 
previstos na Lei do SNUC. 
A regra é que todas as unidades de conservação devam ter uma zona de amortecimento. Mas, o SNUC 
excepcionou duas unidades de conservação de uso sustentável dessa exigência, a Área de Proteção 
Ambiental-APA e a Reserva Particular do Patrimônio Nacional – RPPN (art. 25, da Lei do SNUC). Nesse 
ponto, peço ao candidato que entenda a “lógica” de não se exigir zona de amortecimento para esses 
territórios. Estudaremos que as RPPNs são instituídas em propriedades privadas, por iniciativa do 
proprietário. Nesse sentido, não há necessidade de onerá-lo ainda mais com a restrição de uso de área 
acarretada pela instituição de uma zona de segurança. Ademais disso, a instituição dessa área em função da 
existência da RPPN poderia atingir outras propriedades privadas, gerando obrigações para terceiros por 
iniciativa de um particular, fato que não encontra respaldo no ordenamento jurídico. 
As APAs, como veremos, admitem a existência de propriedades privadas e ocupação humana, não havendo 
necessidade de o Poder Público proceder à desapropriação, tendo como objetivos básicos disciplinar o 
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Na verdade, existem APAs 
que o índice de propriedades privadas e ocupação humana é muito grande, mas em face do potencial biótico 
e abiótico da área, resolveu o legislador tutela com restrição de uso pelo particular sem ter que retirá-lo de 
sua propriedade. Assim, não só pela presença da propriedade privada na região, que já foi onerada pela 
existência da unidade de conservação, resolveu o legislador, por questões de política ambiental, retirar esse 
encargo de instituir uma zona de amortecimento no entrono das APAs. 
 
 
 
O órgão responsável pela administração da unidade, que no âmbito federal é de atribuição do ICMBio, 
estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de 
amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. Cumpre destacar que os 
corredores ecológicos, diferentemente das zonas de amortecimento, não tem instituição obrigatória para 
as unidades, até por uma questão lógica, considerando que sua existência depende da caracterização de 
ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, capaz de possibilitar entre elas o 
fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas 
degradadas. 
 
Zona de 
Amortecimento 
Instituição 
Obrigatório para 
todas as UCs
Não se Aplica
APA
RPPN
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Quais os limites dessa zona de amortecimento? 
Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos poderão ser definidos no ato de criação 
da unidade ou posteriormente pelo órgão gestor da unidade no Plano de Manejo da UC fixando os limites 
da zona de amortecimento. A norma geral prevista na Resolução Conama 13/1990 que estabelecia o raio de 
10 Km no entorno da unidade com zona de amortecimento foi revogada pela resolução Conama 428/2010. 
Assim, se não definido no instrumento de constituição da unidade de conservação os limites da zona de 
amortecimento ou dos corredores ecológicos, cabe ao Plano de Manejo a delimitação desses espaços. 
Cumpre advertir que a área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral é considerada 
zona rural, para os efeitos legais e sua zona de amortecimento, uma vez definida formalmente, não pode ser 
transformada em zona urbana. 
 
(SEGEP-MA/Analista Ambiental/FCC – 2016) De acordo com a Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, zonas de amortecimento são: 
(A)As áreas com limites definidos pelo Poder Público, onde haverá manutenção dos ecossistemas livres 
de alterações causadas por interferência humana, admitindo apenas o uso indireto de atributos 
naturais. 
(B)As porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, 
possibilitando o fluxo de genes e movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e 
recolonização de áreas degradadas. 
(C)Os setores em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicas, 
estabelecendo meios e condições para que todos os objetivos da unidade sejam alcançados de forma 
harmônica. 
(D)Os espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de 
conservação e limites definidos. 
(E)O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. 
Resposta. Item E. Nos termos do art. 2º, XVIII, da Lei 9.985/2000. 
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(Prefeitura de Itupeva – SP/Procurador Municipal/FUNRIO – 2016) Nos termos da Lei no. 9.985-2000, 
o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade é 
denominado de: 
(A)área de manejo 
(B)unidade de conservação 
(C)zona de amortecimento 
(D)corredor ecológico 
(E)plano de zoneamento 
Resposta. Item C. Conceito de zona de amortecimento prevista no art. 2º, XVIII, da Lei 9.985/2000. 
(TRF - 4ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/TRF - 4ª REGIÃO – 2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale 
a alternativa correta. Acerca da Lei Federal nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza: 
Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento, que tem 
como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade. 
Resposta. Item errado. A regra é que todas as UCs necessitam implementar suas zonas de 
amortecimento. Ocorre que o SNUC prevê duas hipóteses em que não há necessidade de instituição, 
nos casos de RPPN e APA. 
(PGR/Procurador da República/PGR – 2011) ANALISE OS ITENS ABAIXO E RESPONDA EM SEGUIDA: 
Zona de amortecimento é o entorno de uma unidade de conservação onde atividades humanas 
sujeitam-se a normas e restrições especificas, com o propósito de minimizar impactos negativos sobre 
a unidade, não se exigindo tal delimitação em relação a áreas de proteção ambiental e reservas 
particulares do patrimônio natural. 
Resposta. Item correto. As UCs necessitam implementar suas zonas de amortecimento. Ocorre que o 
SNUC prevê duas hipóteses em que a instituição não é obrigatória, como nas RPPN e APA 
5 - OBJETIVOS E DIRETRIZES DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES 
DE CONSERVAÇÃO 
 
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A Lei 9.984/2000 previu os principais objetivos a serem atingidos pelo Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação visando a proteção dos ecossistemas e da diversidade biológica, promoção do 
desenvolvimento sustentável e apoioao desenvolvimento socioeconômico das populações tradicionais. 
Os princípios foram listados no art. 4º, em caráter meramente exemplificativo, mas que para fins de 
concurso, é importante fazermos uma leitura detida de cada um deles. Vejamos: 
▪ contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional 
e nas águas jurisdicionais; 
▪ proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; 
▪ contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; 
▪ promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; 
▪ promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de 
desenvolvimento; 
▪ proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 
▪ proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, 
arqueológica, paleontológica e cultural; 
▪ proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; 
▪ recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; 
▪ proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento 
ambiental; 
▪ valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; 
▪ favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com 
a natureza e o turismo ecológico; 
▪ proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e 
valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. 
É notório que a criação desses espaços tem como objetivos essenciais a proteção, recuperação do meio 
ambiente com a promoção do desenvolvimento sustentável visando manter o equilíbrio entre o 
desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e o fomento das atividades locais desenvolvidas pelas 
populações tradicionais. 
As principais diretrizes que devem reger o Sistema Nacional de Unidades de Conservação foram previstas no 
art. 5º, em que se vislumbra facilmente a ideia geral de caráter assecuratório de diversos bens jurídicos com 
a criação das UCs, como a garantia de que a UC tenha significativa representação de biodiversidade, 
cooperação com organizações não-governamentais no processo de gestão, bem como a necessidade de 
participação das populações tradicionais no processo de administração desses espaços. Assim, o SNUC deve 
ser regido por diretrizes, nos termos do art. 5º, que: 
 
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▪ assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam representadas amostras 
significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do 
território nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente; 
▪ assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da sociedade no 
estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de conservação; 
▪ assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das 
unidades de conservação; 
▪ busquem o apoio e a cooperação de organizações não-governamentais, de organizações privadas e 
pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação 
ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outras 
atividades de gestão das unidades de conservação; 
▪ incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabelecerem e administrarem 
unidades de conservação dentro do sistema nacional; 
▪ assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica das unidades de conservação; 
▪ permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in situ de populações das variantes 
genéticas selvagens dos animais e plantas domesticados e recursos genéticos silvestres; 
▪ assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de conservação sejam feitos de forma 
integrada com as políticas de administração das terras e águas circundantes, considerando as 
condições e necessidades sociais e econômicas locais; 
▪ considerem as condições e necessidades das populações locais no desenvolvimento e adaptação de 
métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais; 
▪ garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da utilização de recursos naturais 
existentes no interior das unidades de conservação meios de subsistência alternativos ou a justa 
indenização pelos recursos perdidos; 
▪ garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessários para que, uma vez criadas, 
as unidades de conservação possam ser geridas de forma eficaz e atender aos seus objetivos; 
▪ busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e respeitadas as conveniências da 
administração, autonomia administrativa e financeira; e 
• busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidades de conservação de 
diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas de amortecimento e 
corredores ecológicos, integrando as diferentes atividades de preservação da natureza, uso 
sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas. 
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(TJ-MA/Juiz/CESPE – 2013) Em relação ao SNUC, assinale a opção correta. 
Constitui diretriz do SNUC a busca do apoio de organizações não governamentais e de organizações 
privadas para a realização de pesquisas, sendo vedada a colaboração de pessoas físicas sem vínculo 
organizacional. 
Resposta. Item errado. É uma das diretrizes do SNUC a busca pelo apoio e a cooperação de 
organizações não-governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento 
de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, atividades de lazer e de turismo 
ecológico, monitoramento, manutenção e outras atividades de gestão das unidades de conservação. 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2009)O SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de 
conservação federais, estaduais e municipais. Os objetivos do SNUC incluem 
(A)a promoção da utilização comercial da biodiversidade no processo de desenvolvimento econômico 
do país. 
(B)a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais, bem como a proteção 
de paisagens naturais e pouco alteradas, de notável beleza cênica. 
(C)a contribuição para manter a diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e 
nas águas jurisdicionais, além da replicação das espécies ameaçadas de extinção por meio do processo 
de clonagem. 
(D)o estímulo à substituição dos insumos naturais pelos equivalentes sintéticos na produção dos 
fármacos industriais, bem como a regulação do uso e da ocupação do solo nas estações ecológicas. 
(E)o estímulo à utilização progressiva do bioma do cerrado na manutenção do equilíbrio ecológico da 
região central do país, além da proteção e recuperação dos recursos edáficos utilizados na produção 
de biocombustíveis. 
Resposta. Item B. O art 4º da Lei do SNUC tem como objetivos:I - contribuir para a manutenção da 
diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; II - 
proteger as espécies ameaçados de extinção no âmbito regional e nacional; III - contribuir para a 
preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; IV - promover o desenvolvimento 
sustentável a partir dos recursos naturais; V - promover a utilização dos princípios e práticas de 
conservação da natureza no processo de desenvolvimento; VI - proteger paisagens naturais e poucoEquipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
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alteradas de notável beleza cênica; VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, 
geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; VIII - proteger e recuperar 
recursos hídricos; IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X - proporcionar meios e 
incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XI - valorizar 
econômica e socialmente a diversidade biológica; XII - favorecer condições e promover a educação e 
interpretação ambiental, a recreação em contrato com a natureza e o turismo ecológico; XIII - proteger 
os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando 
seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. 
(DAE-Bauru/Engenheiro Ambiental/CONSESP – 2015) O Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza (SNUC) é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, 
estaduais e municipais. A contribuição para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos 
genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais constitui em 
(A)um de seus Objetivos. 
(B)um de seus Fundamentos. 
(C)um de seus Princípios. 
(D)uma de suas Diretrizes. 
(E)um de seus Conceitos. 
Resposta. Item A. Nos termos do art. 4º, I, da Lei do SNUC, contribuir para a manutenção da 
diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais é um de 
seus objetivos. 
(MPE-ES/Promotor de Justiça/VUNESP – 2013) É objetivo do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, conforme Lei n.º 9.985/2000. 
(A)proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica. 
(B)buscar proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidades de conservação de 
diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas de amortecimento e corredores 
ecológicos, integrando as diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos 
recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas. 
(C)buscar conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e respeitadas as conveniências da 
administração, autonomia administrativa e financeira. 
(D)oferecer apoio e a cooperação de organizações não governamentais, de organizações privadas e 
pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação 
ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outras 
atividades de gestão das unidades de conservação. 
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(E)assegurar a participação efetiva das populações l ocais na criação, implantação e gestão das 
unidades de conservação. 
Resposta. Item A. O item “A” está correto por ser um objetivo previsto expressamente no art. 4º, VI, 
da Lei do SNUC. Os demais itens representam diretrizes previstas no art. 5º, do mesmo normativo. 
6 - CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
6.1 - Grupos de Unidades de Conservação 
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC é integrado por todas as unidades de 
conservações do Brasil, sejam elas instituídas pela União, Estados/DF ou pelos Municípios cujo objetivo 
central e proteger determinados espaços constituídos de áreas biologicamente relevantes que apresentam 
uma grande variabilidade genética (diversidade biológica) que permita a preservação das espécies em 
consonância com o desenvolvimento sustentável. 
Para gerenciar o SNUC existem os órgãos integrantes do Sisnama previsto na Lei da Política Nacional do Meio 
Ambiente- PNMA. 
O Sisnama está divido em seis níveis político-administrativos, nos termos do art. 6º, da Lei da PNMA. Eis a 
norma: 
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção 
e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA, assim estruturado: 
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República 
na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os 
recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a 
finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua 
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente 
equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade 
de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as 
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 
1990) 
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto 
Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes 
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governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; 
(REdação dada pela Lei nº 12.856, de 2013) 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de 
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a 
degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização 
dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
Reforçando esse entendimento, o art. 6º, da Lei 9.985/2000, elencou os órgãos, com as respectivas 
atribuições, que serão responsáveis pelo implementação e gerenciamento do SNUC. São eles: 
▪ Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as 
atribuições de acompanhar a implementação do Sistema; 
▪ Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o Sistema; e 
▪ órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e 
municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as 
unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação. 
Cumpre destacar que o SNUC possibilitou que unidades de conservação estaduais e municipais, concebidas 
para atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser 
satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista na Lei do SNUC possam a ele ser integradas, 
excepcionalmente, a critério do Conama. 
Assim, todos os órgãos/entidades listadas participam da gestão das unidades de conservação existentes 
em nosso território, com grau de participação a depender de sua função precípua, consultiva ou executiva. 
Por outro lado, o órgão que efetivamente cuida da execução das políticas públicas ambientais dentro das 
unidades de conservação, são os órgãos ambientais executores federais, estaduais e municipais.Nessa 
quadra, em cada âmbito dos entes federativos teremos órgãos ou entidades específicas (como uma 
autarquia) para desempenhar a função de órgão gestor (executor) responsável pela implementação e 
administração das unidades de conservação. Vejamos o esquema abaixo: 
 
 
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Feitas essas considerações, o SNUC, trazendo verdadeira inovação legislativa, dividiu as unidades de 
conservação da natureza em dois grandes grupos, quais sejam, as unidades de proteção integral, de maior 
grau de proteção, totalizando 5 UCs, e as unidades de uso sustentável consubstanciadas em 7 UCs. Assim, 
hoje no território brasileiro há 12 categorias de unidades de conservação divididas nos grupos de proteção 
integral e de uso sustentável. 
 
 
As unidades de conservação de proteção integral, nos termos do art. 8º, da Lei do SNUC, são denominadas 
de: Estação Ecológica (EsEc); Reserva Biológica (ReBio); Parque Nacional (Parna); Monumento Natural 
(MoNa) e Refúgio da Vida Silvestre (ReViS). 
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Ao seu turno, as unidades de conservação do grupo de uso sustentável, nos termos do art. 14, da Lei 
9.985/2000, são: Área de Proteção Ambiental (APA); Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); Floresta 
Nacional (FloNa); Reserva Extrativista (ResEx); Reserva de Fauna ( ReFau); Reserva de Desenvolvimento 
Sustentável (RDS) e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 
 
 
 
 
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(Prefeitura de Maricá – RJ/Procurador do Município/COSEAC – 2018) De acordo com a Lei n o 
9.985/2000, que regulamenta o SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) e define os 
espaços territoriais especialmente protegidos, é considerada unidade de uso sustentável: 
(A) estação ecológica. 
(B)parque nacional. 
(C)refúgio de vida silvestre. 
(D)reserva de fauna. 
(E)monumento natural. 
Resposta. Item D. A reserva de fauna é uma unidade de conservação de uso sustentável (art. 14, V, do 
SNUC). As demais são unidades de conservação de proteção integral. 
6.2- Unidades de Conservação de Proteção Integral 
As unidades de conservação de proteção integral têm como objetivo básico preservar a natureza, mantendo 
os ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, sendo admitido apenas o uso 
indireto dos seus recursos naturais, com exceções dos casos previstos na Lei 9.985/2000. O SNUC previu, no 
art.8º, as cinco categorias de unidades de conservação de proteção integral, todas tendo como objetivo 
básico a preservação e o uso indireto dos recursos naturais. 
6.2.1- Estação Ecológica - EsEc 
O regime jurídico da Estação Ecológica- EsEc foi previsto no art. 9º, da Lei do SNUC, sendo uma unidade de 
conservação de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão 
desapropriadas. Nesse sentido, quando da criação da EsEc, se o ente instituidor perceber que existem 
propriedades privadas dentro dos seus limites, deverá intervir na propriedade expropriando o imóvel pelo 
processo de desapropriação. Isso porque na EsEc não se admite a presença de terras privadas. 
Os objetivos principais da EsEc são a preservação da natureza, típico de todas as UCs de proteção integral, 
e a realização de pesquisas científicas. A realização da pesquisa científica depende de autorização prévia do 
órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este 
estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 
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Na EsEc, é proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que 
dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. Na verdade, cabe ao Plano de Manejo 
estabelecer as normas que devem presidir o uso da área e fixar o seu zoneamento identificando aquelas em 
que se poderá fazer visitação pública para fins educacionais. 
Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas que visem um incremento na 
sua proteção, a busca pela restauração dos ecossistemas ou a prática de atividade com finalidade de pesquisa 
científica. Vejamos as possibilidades de intervenção humana na EsEc: 
▪ medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; 
▪ manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; 
▪ coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas; 
▪ pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples 
observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área 
correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e 
quinhentos hectares. 
Nas EsEc, embora sejam criadas com o objetivo de realização de pesquisas científicas, essa intervenção não 
poderá provocar impactos significativos aos ecossistemas da unidade de conservação. Nesse sentido, para 
subsidiar as pesquisas científicas só poderão ser feitas observações ou coletas controladas dos componentes 
do ecossistema, conforme regras estatuídas no Plano de Manejo ou em regulamento próprio de gestão da 
UC. Caso a pesquisa precise de um maior grau de intervenção nos atributos da EsEc, o SNUC previu limitações 
de área a ser explorada. 
Assim, verificado que a atividade de pesquisa poderá provocar impactos negativos acima dos fixados nos 
regulamentos, a exploração se limitará ao percentual de 3% da área da EsEc, sendo que, não poderá 
ultrapassar 1500 hectares (15.000.000 m2). 
 
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No Brasil, existem 94 estações ecológicas (3,9% de todas as UCs) totalizando 11.963.413,00 hectares de área 
protegida (1,4%), sendo 30 federais, 59 estaduais e 05 municipais4. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Estação Ecológica de 
Carijós (federal) que tem o objetivo de protege áreas de vegetação de manguezal 
e de restinga, assim como a fauna que as habitam na cidade de Florianópolis. Há 
possibilidade de visitação pública para fins de desenvolvimento de programas de 
educação ambiental, mobilização social e pesquisa científica nesta área. 
 
 
4 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(SLU-DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos/CESPE – 2019) Com relação aunidades de 
conservação, julgue o item que se segue. 
Estações ecológicas são unidades de posse e de domínio público, porém é vedada a desapropriação de 
áreas particulares que estejam dentro dos limites territoriais de uma estação ecológica se tais áreas 
forem preexistentes à criação dessa unidade de conservação. 
Resposta. Item errado. As EsEc são de posse e domínio públicos devendo as áreas particulares serem 
desapropriadas ( art. 9º, §1º, do SNUC). 
6.2.2- Reserva Biológica - ReBio 
O SNUC previu em seu art. 10 o regime jurídico da Reserva Biológica – ReBio sendo de posse e domínio 
públicos, devendo as áreas particulares incluídas em seus limites ser desapropriadas. A ReBio tem por 
objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem 
interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de 
seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio 
natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 
A visitação pública é, como regra, proibida, sendo admitida apenas com objetivo educacional de acordo com 
o plano de manejo ou regulamento específico da ReBio. Na verdade, cabe ao plano de manejo estabelecer 
as normas que devem presidir o uso da área e fixar o seu zoneamento identificando as áreas em que se 
poderá fazer visitação pública para fins educacionais. 
Admite-se também a pesquisa científica que dependerá de autorização prévia do órgão responsável pela 
administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas 
previstas no plano de manejo. 
Os regimes jurídicos da EsEc e da ReBio são muito próximos diferenciando um pouco nos objetivos para que 
foram criadas, sendo que a ReBio visa mais a proteção da biota e seus atributos, admitindo a pesquisa 
cientifica de forma subsidiária. 
A ReBio não permite a intervenção humana direta, mas da mesma forma que a EsEc, permite essa 
interferência objetivando a preservação, conservação e recuperação de sua biota. 
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No Brasil, existem 66 Reservas Biológicas (2,78% de todas as UCs) totalizando 5.623.776,00 hectares de área 
protegida (0,65%), sendo 31 federais, 27 estaduais e 08 municipais5. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Reserva Biológica 
Nascentes da Serra do Cachimbo localizada ao Sul do Pará tangenciando os 
municípios de Altamira e Novo Progresso. Tem por objetivo a proteção integral 
da biota e das nascentes dos rios Xingu e Tapajós, na Serra do Cachimbo. 
Unidade de conservação que, desde sua criação em 2005, ainda não possui 
Plano de Manejo. 
 
 
 
 
5 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(AGU/Procurador Federal/CESPE – 2010) Julgue os itens a seguir, no que se refere ao meio ambiente. 
A pesquisa científica a ser desenvolvida nas reservas biológicas não depende de autorização 
administrativa do órgão responsável pela unidade, mas apenas da observância das condições 
estabelecidas em regulamento. 
Resposta. Item errado. Para a realização de pesquisa científica em ReBio, há necessidade de 
autorização prévia do órgão ambiental competente, nos termos do art. 10, §3º, da Lei do SNUC 
6.2.3- Parque Nacional - ParNa 
O regime jurídico do Parque Nacional, da mesma forma que a ReBio e a EsEc, é de posse e domínio públicos, 
sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas. O ParNa tem como objetivo 
básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, 
possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e 
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
O parque será denominado de nacional se for criado pela União. Quando criado pelas demais unidades da 
federação, receberá nomes próprios. Nesse sentido, quando criado pelo Estado ou Município, serão 
denominados, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. 
Nesses parques a visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo 
da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas 
em regulamento. 
Quanto à pesquisa científica, depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da 
unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em 
regulamento. 
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No Brasil, existem 468 Parques (19,70% de todas as UCs) totalizando 36.440.493,00 hectares de área 
protegida (4,23%), sendo 74 federais, 222 estaduais e 172 municipais6. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar o Parque Nacional do 
Iguaçu localizado em 14 municípios: Capanema, Capitão, Leônidas 
Marques, Santa Lúcia, Lindoeste, Santa Tereza do Oeste, Diamante do 
Oeste, Céu Azul, Matelândia, Ramilândia, Medianeira, Serranópolis do 
Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. 
Tem por objetivo proteger amostra do bioma mata atlântica e conservação 
da paisagem das Cataratas do Iguaçu. Bastante utilizado com fins de 
turismo ecológico (uso indireto). 
 
 
 
 
 
 
6 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(MPE-SC/Promotor de Justiça/MPE-SC – 2019) As unidades de conservação de proteção integral, da 
categoria Parque Nacional, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, 
respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. 
Resposta. Item certo. Nos termos do art. 11, § 4o, da Lei 9.985/2000, as unidades da categoria dos 
parques, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque 
Estadual e Parque Natural Municipal 
6.2.4- Monumento Natural - MoNa 
O Monumento Natural é uma categoria de unidade de conservação de proteção integral que tem como 
objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Diferentemente da 
EsEc, ReBio e ParNa, o Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja 
possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local 
pelos proprietários. 
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência 
do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a 
coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo 
com o que dispõe a lei. 
A visitação pública está sujeita às condições e restriçõesestabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às 
normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. 
No Brasil, existem 59 Monumentos Naturais (2,48% de todas as UCs) totalizando 11.643.653,00 hectares de 
área protegida (0,02%), sendo 5 federais, 33 estaduais e 21 municipais7. 
 
 
7 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar o Monumento 
Natural do Rio São Francisco, localizado na divisa entre os estados de 
Alagoas, da Bahia e de Sergipe, com território distribuído pelos 
municípios de Delmiro Gouveia, Olho d'Água do Casado e Piranhas. Tem 
por objetivo preservar ecossistemas naturais de grande relevância 
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas 
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de 
recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
 
 
 
 
(MPE-SC/Promotor de Justiça/MPE-SC – 2019) A categoria de unidade de conservação de proteção 
integral, denominada Monumento Natural, não pode ser constituída por áreas particulares. 
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Resposta. Item errado. Nos termos do §1º, do art. 12, da Lei 9.985/2000, o Monumento Natural pode 
ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade 
com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. 
6.3 - Unidades de Conservação de Uso Sustentável 
As unidades de conservação da categoria de uso sustentável têm como objetivo básico compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
Visa-se com a criação desses tipos de áreas protegidas permitir que determinadas intervenções humanas 
possam ocorrer visando a exploração dos produtos naturais de forma a garantir o desenvolvimento 
sustentável. Assim, serão autorizadas permanência de particulares, de populações tradicionais, bem como o 
desenvolvimento de atividades de mineração, de exploração florestal e de exploração extrativista, desde que 
compatíveis com os objetivos de cada categoria de unidade de conservação e com seu plano de manejo. 
São sete categorias de unidades de conservação de uso sustentável: Área de Proteção Ambiental (APA); 
Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); Floresta Nacional (FloNa); Reserva Extrativista (ResEx); 
Reserva de Fauna ( ReFau); Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e a Reserva Particular do 
Patrimônio Natural (RPPN). 
6.3.1- Área de Proteção Ambiental-APA 
A Área de Proteção Ambiental é uma unidade de conservação de uso sustentável que tem uma área em 
geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos 
ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e 
tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e 
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 
A APA é constituída por terras públicas ou privadas, podem ser estabelecidas normas e restrições para a 
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental respeitados os limites 
constitucionais. 
As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão 
estabelecidas pelo órgão gestor da unidade, sendo que nas áreas sob propriedade privada, cabe ao 
proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e 
restrições legais. 
As unidades de uso sustentável apresentaram Conselho que pode ser consultivo ou deliberativo. O Conselho 
Consultivo é um órgão colegiado, integrante da estrutura administrativa das unidades de conservação, que 
tem como objetivo contribuir para a efetiva implantação e cumprimento dos objetivos de criação da 
Unidade de Conservação. 
A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho Consultivo presidido pelo órgão responsável por sua 
administração, que no âmbito federal é o ICMBio, e constituído por representantes dos órgãos públicos, de 
organizações da sociedade civil e da população residente regulamentado no Decreto 4.340/2002, tendo 
como competência primordial acompanhar a elaboração, implementação e revisão do Plano de Manejo da 
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unidade de conservação, bem como propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a 
relação com a população do entorno ou do interior da unidade. 
No Brasil, existem 362 Áreas de Proteção Ambiental (15,24% de todas as UCs) totalizando 129.818.264,00 
hectares de área protegida (5,44%), sendo 37 federais, 198 estaduais e 127 municipais8. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Área de Proteção 
Ambiental da Região Serrana de Petrópolis, localizada no Rio de 
Janeiro, que tem como objetivo principal o fomento a práticas 
sustentáveis que visam a melhoria da qualidade da população, a 
preservação do patrimônio cultural e histórico, a integridade dos 
recursos hídricos e a conservação da biodiversidade. 
 
 
 
 
 
 
8 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(TJ-AL/Juiz Substituto/FCC – 2015) A Área de Proteção Ambiental − APA é 
(A)um espaço territorial delimitado no interior das propriedades rurais destinado à proteção das 
nascentes. 
(B)uma Unidade de Conservação de Proteção Integral formada por uma pequena área dotada de 
notável valor paisagístico. 
(C)uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável formada por uma pequena área dotada de notável 
valor paisagístico. 
(D)uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável formada por uma área em geral extensa, com um 
certo grau de ocupação humana, dotada de atributos ambientais relevantes. 
(E)uma Unidade de Conservação de Proteção Integral formada por uma área em geral extensa, com 
um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos ambientais relevantes. 
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Resposta. Item D. Nos termos do art.15, da Lei 9.985/2000, a Área de Proteção Ambiental é uma área 
em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, 
estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das 
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(TRF - 2ª REGIÃO/Juiz Federal/TRF - 2ª Região – 2014) Em relação às áreas de proteção ambiental – 
APAS, assinale a opção correta: 
(A)São unidades de conservação de proteção integral que têm como objetivo básico a preservação de 
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica, possibilitando a realização de pesquisas 
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental e de recreação e 
turismo ecológico. 
(B)São unidades de conservação que admitem o uso residencial, mas que são incompatíveis com o 
exercício de qualquer atividade econômica. 
(C)São espaços especialmente protegidos cuja criação deve ser precedida da devida desapropriação, 
sendo vedado o exercício de atividade econômica, excetuada aquela conduzida pela população 
tradicional. 
(D)São unidades de conservação de uso sustentável nas quais são permitidas apenas a visitação pública 
e as atividades de ecoturismo. 
(E)São unidades de conservação de uso sustentável com certo grau de ocupação humana, dotadas de 
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida 
e o bem-estar das populações humanas, onde será permitido o exercício de atividade econômica desde 
que compatível com os atributos que justificaram sua criação. 
Resposta. Item E. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de 
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente 
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos 
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do uso dos recursos naturais, nos termos do art. 15, da Lei do SNUC. 
6.3.2- Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE 
A Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE, unidade de conservação de uso sustentável, é uma área em 
geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais 
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os 
ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a 
compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. 
A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas, podendo ser 
estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de 
Relevante Interesse Ecológico, respeitados os limites constitucionais. 
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No Brasil, existem 58 Áreas de Relevante Interesse Ecológico (2,44% de todas as UCs) totalizando 116.717,00 
hectares de área protegida (0,01%), sendo 13 federais, 30 estaduais e 15 municipais9. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Área de Relevante 
Interesse Ecológico da Serra da Abelha que está localizada no município 
de Vitor Meirelles (SC). Possui uma área de 4.251 hectares e tem milhares 
de araucárias centenárias. Ela faz parte dos remanescentes de Mata 
Atlântica de Santa Catarina e é um dos últimos redutos da araucária 
angustifólia. 
 
 
 
 
9 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2009) Conforme o SNUC, área de relevante interesse ecológico 
é aquela 
(A)que tem como objetivo básico a conservação dos recursos hídricos de grande relevância ecológica 
e beleza cênica, de forma a possibilitar a realização de atividades de lazer em contato com a natureza. 
(B)que objetiva proteger a reprodução dos pequenos répteis nas áreas alagadas, assegurando 
condições para a existência ou reprodução de insetos que esses répteis utilizam para a alimentação 
dos filhotes. 
(C)que corresponde à zona de amortecimento das florestas de preservação permanente. 
(D)onde é proibida a ocupação humana, já que essa área, em geral extensa, possui atributos faunísticos 
de rara beleza, especialmente importantes para a qualidade de vida e para o bem-estar das espécies 
migratórias; e seu objetivo básico é proteger a postura dos ovos das aves de arribação. 
(E)onde há pouca ou nenhuma ocupação humana, que possui características naturais extraordinárias 
ou que abriga exemplares raros da biota regional, e cujos objetivos são manter os ecossistemas 
naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a 
compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. 
Resposta. Item E. Nos termos do art.16, da Lei 9.985/2000, a Área de Relevante Interesse Ecológico é 
uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com 
características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como 
objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível 
dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. 
(AGU/Procurador Federal/CESPE – 2010) As áreas de relevante interesse ecológico podem ser 
constituídas por terras públicas e particulares, em uma área em geral de pequena extensão, com pouca 
ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abrigue 
exemplares raros da biota regional, e têm como objetivo manter os ecossistemas naturais de 
importância regional ou local, regulando o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo 
com os objetivos de conservação da natureza. 
Resposta. Item C. Nos termos do §1º, do art. 16, da Lei do SNUC, a Área de Relevante Interesse 
Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas. Embora o texto use o conectivo “ou” entende 
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doutrina balizada que a AIRE pode ser totalmente pública, totalmente privada ou mesmo a coexistência 
das propriedades públicas e privadas. 
6.3.3- Floresta Nacional-FloNa 
As unidades de conservação de uso sustentável da categoria de Florestas podem ser instituídas pela União, 
Estados/DF ou Municípios. Se criadas pela União, serão denominadas de Florestas Nacionais; se criadas pelos 
Estados serão denominadas de Florestas Estaduais e pelos Municípios de Florestas Municipais, mas sempre 
apresentarão o mesmo regime jurídico e regras previstas no art. 17, da Lei 9.985/2000. 
A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem 
como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase 
em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. São nas Florestas Nacionais (Estaduais e 
Municipais) que são viabilizadas as concessões florestais, modo de gestão indireta das florestas públicas por 
particular para exploração sustentável desses recursos. 
Os recursos florestais são os elementos ou características de determinada floresta, potencial ou 
efetivamente geradores de produtos ou serviços florestais. Os produtos florestais podem ser madeireiros e 
não madeireiros gerados pelo manejo florestal sustentável. Ao seu turno, os serviços florestais 
compreendem o turismo e outras ações ou benefícios decorrentes domanejo e conservação da floresta, não 
caracterizados como produtos florestais. 
A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites 
devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei, sendo admitida a permanência de populações 
tradicionais que a habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no 
Plano de Manejo da unidade. A FloNa admite a permanência de populações tradicionais e outros grupos 
humanos, organizados por gerações sucessivas, com estilo de vida relevante à conservação e à utilização 
sustentável da diversidade biológica. 
Quanto à visitação pública, esta é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da 
unidade pelo órgão responsável por sua administração, sendo que a pesquisa é permitida e incentivada, 
sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e 
restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento. 
A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua 
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, 
quando for o caso, das populações tradicionais residentes. 
 
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No Brasil, existem 108 unidades de conservação do tipo Florestas (4,55% de todas as UCs) totalizando 
31.402.251,00 hectares de área protegida (3,69%), sendo 67 federais (Florestas Nacionais), 41 estaduais 
(Florestas Estaduais) e nenhuma municipal10. 
A título de exemplo e melhor fixação podemos citar a Floresta Nacional do 
Tapajós, localizada no Oeste do Pará, que tem por objetivo o uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais, com acesso e promoção do uso 
sustentável dos recursos naturais pelos moradores da unidade. Além do 
Manejo Florestal destacam-se diversas iniciativas de uso sustentável com 
envolvimento comunitário, tais como: extração do látex, extração de óleos 
de andiroba e copaíba, produção do couro ecológico a partir do látex, 
móveis artesanais, comercialização de frutas in natura (açaí), produção de 
polpas e licores, produção de farinha, produção de mel, criação de peixes e turismo de base comunitária11. 
 
 
 
 
10 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
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11 ICMBio. Floresta Nacional do Tapajós. Disponível em http://www.icmbio.gov.br/flonatapajos. Acesso em 
07/01/2020. 
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(TJ-PA/ Juiz Substituto/FGV – 2009) Nos termos da Lei n.º 9.985/2000, a unidade de conservação que 
compreende uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como 
objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase 
em métodos para exploração sustentável de florestas nativas, é denominada: 
(A)Área de Proteção Ambiental. 
(B)Estação Ecológica. 
(C)Parque Nacional. 
(D)Floresta Nacional. 
(E)Monumento Natural. 
Resposta. Item D. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos 
florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas 
nativas, sendo admitida a permanência das populações tradicionais. 
(TRF - 3ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2011) Assinale a opção correta, no que diz respeito às áreas de 
preservação permanente e às unidades de conservação. 
As florestas nacionais, como áreas com coberturas florestais de espécies predominantemente nativas, 
são de posse e domínio públicos, devendo as áreas particulares nelas incluídas ser desapropriadas. 
Resposta. Item correto. Nos termos do art. 17, §1o, da Lei do SNUC, a Floresta Nacional é de posse e 
domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas 
de acordo com o que dispõe a lei. 
(AGU/Procurador Federal/CESPE – 2013) Considerando as legislações que disciplinam a proteção 
florestal e as unidades de conservação no Brasil, julgue os itens a seguir. 
As florestas nacional, estadual e municipal são consideradas unidades de conservação da natureza de 
posse e domínio públicos, em que se admite a permanência de populações tradicionais que nelas 
habitem, desde que obedecidas normas regulamentares e o respectivo plano de manejo. 
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Resposta. Item certo. Nos termos do art. 17, da Lei do SNUC, a Floresta Nacional é uma área com 
cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração 
sustentável de florestas nativas, sendo admitida a permanência das populações tradicionais. 
6.3.4-Reserva Extrativista-ResEx 
A Reserva Extrativista é uma unidade de conservação de uso sustentável consubstanciada em uma área 
utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, 
complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como 
objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável 
dos recursos naturais da unidade. 
A ResEx visa proteger o modo de vida das populações extrativistas permitindo não só a moradia dessas 
pessoas, como também o desenvolvimento de atividades de exploração dos recursos ambientais de modo 
sustentável. Essa exploração extrativista, a título de exemplo, pode ser visualizada pela coleta de sementes 
florestais, óleos de copaíba e andiroba, manejo florestal comunitário, produção de mel a partir de abelhas 
nativas, látex e castanha, entre outros produtos advindos da floresta. 
Quanto ao regime jurídico, a Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações 
extrativistas tradicionais conforme estabelecido em regulamentação específica, sendo que as áreas 
particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. Cumpre destacar que a posse e o uso das 
áreas ocupadas pelas populações tradicionais nas Reservas Extrativistas serão regulados por contrato. Esse 
documento é denominado de Contrato de Concessão de Direito Real de Uso – CCDRU em que são fixadas 
as regras básicas para usufruto da área dentro da ResEx. 
As populações tradicionais obrigam-se a participar da preservação, recuperação, defesa e manutenção da 
unidade de conservação, sendo que o uso dos recursos naturais pelas populações de que trata este artigo 
obedecerá às seguintes normas: (1) proibição do uso de espécies localmente ameaçadas de extinção ou de 
práticas que danifiquem os seus habitats; (2) proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração 
natural dos ecossistemas; (3) demais normas estabelecidas na legislação, no Plano de Manejo da unidade de 
conservação e no contrato de concessão de direito real de uso. 
A Reserva Extrativista, diferentemente das demais unidades já estudadas, será gerida por um Conselho 
Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de 
órgãos públicos, de organizaçõesda sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, 
conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. Cabe ao Conselho Deliberativo 
aprovar o Plano de Manejo da ResEx. 
Quanto à visitação pública, esta é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo 
com o disposto no Plano de Manejo da área. 
A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável 
pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em 
regulamento. 
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O objetivo principal das ResEx é a manutenção da população extrativista em sua área buscando o incentivo 
para o desenvolvimento do extrativismo originalmente desenvolvido por ela, fato que legitimou a proibição 
da exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional nas ResEx, que não são atividades 
típicas dessas comunidades necessárias ao desenvolvimento do meio de vida ou de sua cultura. 
Na mesma linha de raciocínio, a exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases 
sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva 
Extrativista, conforme o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. 
No Brasil, existem 95 Reservas Extrativistas (4,00% de todas as UCs) totalizando 15.459.858,00 hectares de 
área protegida (1,72%), sendo 66 federais, 29 estaduais e nenhuma municipal12. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Reserva 
Extrativista Chico Mendes localizado na porção sul do Estado do Acre, 
próximo à fronteira com o Peru e com a Bolívia. A Reserva Extrativista 
Chico Mendes foi uma das pioneiras na categoria. A unidade, criada 
em 1990, atualmente abriga cerca de 25 mil pessoas, que sobrevivem 
do extrativismo tradicional. A ResEx Chico Mendes tem como 
exploração principal a castanha, que hoje representa a principal 
atividade econômica das famílias extrativistas. Um percentual 
produtivo do látex no interior dá-se pela Fábrica de Preservativos 
Femininos - Natex, localizada no munícipio de Xapuri. 500 famílias estão no atendimento desta produção 
para a fábrica, que é a única no mundo a utilizar o látex de seringueiras nativas13. 
 
 
 
 
 
12 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
13ICMBio. Reserva Extrativista Chico Mendes. Disponível em http://www.icmbio.gov.br/portal/ 
populacoestradicionais/producao-e-uso-sustentavel/uso-sustentavel-em-ucs/239-reserva-extrativista-chico-mendes. 
Acesso em 07/01/2020. 
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(Câmara Legislativa do Distrito Federal/Consultor Legislativo/FCC – 2018) A Reserva Extrativista é 
uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no 
extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de 
pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, 
e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade, segundo a definição contida na Lei n° 
9.985/2000. Em relação a ela, 
(A)a exploração comercial de recursos madeireiros é expressamente vedada, ainda que precedida de 
licenciamento ambiental e realização de plano de manejo para recomposição da extração dos recursos 
ou compensação ambiental. 
(B)a gestão competirá ao Ministério do Meio Ambiente, e o plano de manejo será aprovado por um 
Conselho Deliberativo, constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da 
sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, sendo que a visitação pública é 
permitida, desde que compatível com os interesses locais. 
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(C)são autorizadas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística, desde que para fins 
esportivos, mas vedada a caça profissional, dependendo, em qualquer caso, de prévio licenciamento 
ambiental para a exploração dessa atividade. 
(D)a gestão dar-se-á por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua 
administração, e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil 
e das populações tradicionais residentes na área. 
(E)a Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas, sendo 
que as áreas particulares incluídas em seus limites não podem ser objetos de desapropriação, quando 
demonstrada a cadeia dominial de posse ou propriedade. 
Resposta. Item D. O item “A” está incorreto porque, nos termos do art. 18, §7º, a exploração comercial 
de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações especiais e 
complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em 
regulamento e no Plano de Manejo da unidade. O item “B” está incorreto, pois à administração das 
UCs cabe aos órgãos executores do SISNAMA ou o correspondente nos Estados e Municípios. O item 
“C” está incorreto considerando que são proibidas a exploração de recursos minerais e a caça 
amadorística ou profissional (§6º, do art. 18). O item “D” está correto tendo em vista que a Reserva 
Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua 
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil 
e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de 
criação da unidade. O item “E” está incorreto porque as áreas privadas inseridas na ResEx serão 
desapropriadas, nos termos do art. 18, §1º, da Lei do SNUC. 
6.3.5- Reserva de Fauna- ReFau 
A Reserva de Fauna é uma unidade de conservação de uso sustentável que tem uma área natural com 
populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para 
estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. 
A categoria das reservas de fauna surgiu com a lei do SNUC com o objetivo de substituir a categoria 
anteriormente existente de parques de caça. Na ReFau é proibindo o exercício da caça amadorística ou 
profissional. 
Quanto ao regime jurídico, a ReFau é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as 
normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. 
Por fim, a comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto 
nas leis sobre fauna e regulamentos. 
No Brasil, ainda não existem Reservas de Fauna registradas no Cadastro Nacional de Unidades de 
Conservação. 
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(ANP/Especialista em Regulação/CESPE – 2013) A Reserva da Fauna é uma unidade de conservação 
composta por uma área naturalcom populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, 
residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico 
sustentável de recursos faunísticos. 
Resposta. Item certo. Nos termos do art. 19, do SNUC, a Reserva de Fauna é uma área natural com 
populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas 
para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. 
6.3.6-Reserva de Desenvolvimento Sustentável-RDS 
 
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A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja 
existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo 
de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na 
proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. 
A RDS tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os 
meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos 
recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento 
e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. 
As populações tradicionais obrigam-se a participar da preservação, recuperação, defesa e manutenção da 
unidade de conservação, sendo que o uso dos recursos naturais pelas populações de que trata este artigo 
obedecerá às seguintes normas: (1) proibição do uso de espécies localmente ameaçadas de extinção ou de 
práticas que danifiquem os seus habitats; (2) proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração 
natural dos ecossistemas; (3) demais normas estabelecidas na legislação, no Plano de Manejo da unidade de 
conservação e no contrato de concessão de direito real de uso. 
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas 
em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da 
sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no 
ato de criação da unidade. 
As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável obedecerão às seguintes condições: 
▪ é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de 
acordo com o disposto no Plano de Manejo da área; 
▪ é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor relação 
das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à prévia autorização 
do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas 
e às normas previstas em regulamento; 
▪ deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a conservação; 
e 
▪ é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo 
sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao 
zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. 
O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de 
uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, sendo aprovado pelo Conselho Deliberativo 
da RDS. 
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No Brasil, existem 39 Reservas de Desenvolvimento Sustentável (1,64% de todas as UCs) totalizando 
11.244.678,00 hectares de área protegida (1,32%), sendo 02 federais, 32 estaduais e 05 municipais14. 
 
A título de exemplo e melhor fixação podemos citar a Reserva de 
Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras, localizada 
em Minas Gerais, que tem por objetivos: proteger as nascentes de 
córregos que se localizam na Reserva de Desenvolvimento 
Sustentável Nascentes Geraizeiras e abastecem a região; garantir 
acesso ao território tradicional pela população geraizeira local e 
promover o seu desenvolvimento socioambiental; bem como 
incentivar a realização de estudos voltados para a conservação e o 
uso sustentável do Cerrado. 
 
 
 
 
14 Ministério de Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4IiwidCI6IjJiM
jY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9. Acesso em 07.01.2020. 
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(PGM - Manaus – AM/Procurador do Município/CESPE – 2018) Com base na legislação aplicável ao 
SNUC e aos espaços territoriais especialmente protegidos, julgue o seguinte item. 
A reserva de desenvolvimento sustentável é um exemplo de unidade de conservação de proteção 
integral. 
Resposta. Item errado. A reserva de desenvolvimento sustentável pertence a categoria de unidades 
de conservação de uso sustentável nos termos do art. 14, VI, do SNUC. 
(MPE-PR/Promotor/MPE-PR – 2014) A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural 
que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração 
dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais 
e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade 
biológica. Em relação ao tema, assinale a alternativa correta: 
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(A)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção 
integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos e será aprovado pelo 
Ministério Público; 
(B)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável é vedada, em qualquer hipótese, a substituição da 
cobertura vegetal; 
(C)A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida pelas populações tradicionais residentes na 
área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade; 
(D)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável não poderá contemplar a 
possibilidade de visitação pública; 
(E)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico 
entre o tamanho da população e a conservação. 
Resposta. Item E. O item “A” está incorreto porque o Plano de Manejo da RDS definirá as zonas de 
proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado 
pelo Conselho Deliberativo da unidade e não pelo MP. O item “B” está incorreto, pois é admitida a 
exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a 
substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às 
limitações legais e ao Plano de Manejo da área (§5º, IV). O item “C” está incorreto considerando que a 
RDS será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração 
e constituído por representantesde órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das 
populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação 
da unidade. O item “D” está incorreto tendo em vista que, nos termos do §5º, I, do art. 20, do SNUC, é 
permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo 
com o disposto no Plano de Manejo da área. O item “E” está correto porque o desenvolvimento de 
atividades na Reserva de Desenvolvimento Sustentável deve ser sempre considerado o equilíbrio 
dinâmico entre o tamanho da população e a conservação (art. 20, §5º, III, do SNUC). 
6.3.7-Reserva Particular do Patrimônio Nacional-RPPN 
 
A Reserva Particular do Patrimônio Natural-RPPN já existia antes da criação do SNUC. Com o advento da Lei 
9.985/00, foi categorizada no grupo das unidades de conservação de uso sustentável. A RPPN é uma UC de 
posse e domínio privados, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. 
Foi regulamentada pelo Decreto 5.746/2006. 
Cumpre destacar que a iniciativa para criação de uma RPPN é ato voluntário do particular proprietário da 
área que demonstram um potencial para a conservação da biodiversidade. 
As obrigações do particular constarão de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que 
verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de 
Imóveis. 
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A propriedade continua sendo privada, mas terá um gravame que limitará o uso e gozo dos direitos sobre a 
propriedade. Nesse sentido, só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural a pesquisa 
científica e a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais, cabendo aos órgãos integrantes 
do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestar orientação técnica e científica ao proprietário de RPPN 
para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade. 
O Decreto 5.746/2006, definiu o regime jurídico das RPPNs no âmbito federal prevendo uma série de regras 
para instituição dessa categoria de UC. Vejamos resumidamente: 
▪ O proprietário interessado em ter seu imóvel, integral ou parcialmente, transformado em RPPN, 
deverá, no âmbito federal, encaminhar requerimento ao IBAMA (Hoje, ICMBio), solicitando a criação 
da RPPN, na totalidade ou em parte do seu imóvel apresentando uma série de documentos constante 
do art. 3º, do Decreto. 
▪ As RPPNs poderão ser criadas pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza - SNUC, sendo que, no âmbito federal, serão declaradas instituídas 
mediante PORTARIA do IBAMA (Hoje, ICMBio). 
▪ A área criada como RPPN será excluída da área tributável do imóvel para fins de cálculo do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de acordo com a norma do art. 10, § 1o, inciso II, da Lei 
no 9.393, de 19 de dezembro de 1996. 
▪ A partir da averbação do Termo de Compromisso no Cartório de Registro de Imóveis, ninguém mais 
poderá alegar o desconhecimento da RPPN. 
▪ A RPPN poderá ser criada em propriedade hipotecada, desde que o proprietário apresente anuência 
da instituição credora. 
▪ A RPPN poderá ser criada abrangendo até 30% de áreas para a recuperação ambiental, com o limite 
máximo de 1000 hectares, a critério do órgão ambiental competente, observado o parecer técnico 
de vistoria, sendo que os projetos de recuperação somente poderão utilizar espécies nativas dos 
ecossistemas onde está inserida a RPPN. 
▪ Não será criada RPPN em área já concedida para lavra mineira, ou onde já incida decreto de utilidade 
pública ou de interesse social incompatível com os seus objetivos. 
▪ A RPPN poderá ser criada dentro dos limites de Área de Proteção Ambiental-APA, sem necessidade 
de redefinição dos limites da APA. 
▪ O plano de manejo da RPPN deverá, no âmbito federal, ser aprovado pelo IBAMA (Hoje, ICMBio). 
▪ No processo de criação de RPPN, no âmbito federal, não serão cobradas do interessado taxas ou 
qualquer tipo de exação referente aos custos das atividades específicas do IBAMA. 
▪ Não é permitida na RPPN qualquer exploração econômica que não seja prevista em lei, no Termo de 
Compromisso e no plano de manejo, sendo admitida na RPPN a moradia do proprietário e 
funcionários diretamente ligados a gestão da unidade de conservação, conforme dispuser seu plano 
de manejo. 
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▪ No caso de empreendimento com significativo impacto ambiental que afete diretamente a RPPN já 
criada, o licenciamento ambiental fica condicionado à prévia consulta ao órgão ambiental que a 
criou, devendo a RPPN ser uma das beneficiadas pela compensação ambiental, conforme definido 
no art. 36 da Lei no 9.985, de 2000, e no art. 33 do Decreto no 4.340, de 2002. 
No Brasil, existem 953 RPPNs (40,11% de todas as UCs) totalizando 582.934,00 hectares de área protegida 
(0,07%), sendo 670 federais, 281 estaduais e 02 municipais. 
A título de exemplo e melhor fixação, podemos citar a Reserva 
Particular do Patrimônio Natural Salto Morato em Guaraqueçaba 
no Paraná, sendo criada e mantida pela Fundação Boticário. Foi 
criada no âmbito federal para conservar a biodiversidade e os 
processos ecológicos da Mata Atlântica, além de incentivar a 
pesquisa científica e a educação ambiental. Ela abriga 325 espécies 
de aves, 61 anfíbios, 55 peixes, 36 répteis e 93 mamíferos, algumas 
ameaçadas de extinção como jacutinga, macuco, onça-parda, 
cateto e jaguatirica. A biodiversidade da Salto Morato atrai 
pesquisadores e visitantes, que têm a sua disposição alojamento e 
um centro de pesquisa15. 
 
 
 
15 O ECO. O que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural. Disponível em: https://www.oeco.org.br/dicionario-
ambiental/28475-o-que-e-uma-reserva-particular-do-patrimonio-natural-rppn/. Acesso em 07/01/2020. 
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(TJ-SC/Juiz Substituto/FCC – 2017) O proprietário de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural − 
RPPN 
(A)não pode receber recursos advindos da compensação ambiental. 
(B)pode receber recursos advindos da compensação ambiental desde que em conjunto com o 
Município. 
(C)pode receber recursos advindos da compensação ambiental desde que o proprietário seja 
fiscalizado pelo Município. 
(D)pode receber recursos advindos da compensação ambiental, visto que a Reserva Particular do 
Patrimônio Natural − RPPN é uma unidade de conservação da natureza de proteção integral. 
(E)pode receber recursos advindos da compensação ambiental desde que sua unidade de conservação 
tenha sido afetada por um empreendimento de significativo impacto ambiental. 
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Resposta. Item E. No caso de empreendimento com significativo impacto ambiental que afete 
diretamente a RPPN já criada, o licenciamento ambiental fica condicionado à prévia consulta ao órgão 
ambiental que a criou, devendo a RPPN ser uma das beneficiadas pela compensação ambiental, 
conforme definido no art. 36 da Lei no 9.985, de 2000, e no art. 33 do Decreto no 4.340, de 2002. 
(TJ-AP/Juiz/FCC – 2014) Na Fazenda Santa Rita está regularmenteconstituída uma Reserva Particular 
do Patrimônio Natural. O imóvel foi adquirido por um grupo empresarial que pretende desconstituir a 
citada reserva para explorar comercialmente sua área. Isto 
(A)é permitido, desde que haja compensação ambiental no mesmo bioma. 
(B)é permitido, desde que haja compensação ambiental. 
(C)não é permitido, diante da impossibilidade de compensação ambiental. 
(D)somente será permitido até 2 anos da data de constituição da Reserva Particular do Patrimônio 
Natural e desde que haja compensação ambiental. 
(E)não é permitido, diante do caráter de perpetuidade da Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
Resposta. Item E. A exploração comercial não será possível ou mesmo a desconstituição do título de 
RPPN da área, considerando que essa unidade de conservação quando criada é gravada com 
perpetuidade, por intermédio de Termo de Compromisso averbado à margem da inscrição no Registro 
Público de Imóveis. 
 
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(TRF - 4ª REGIÃO/Juiz Federal/TRF - 4ª REGIÃO-2010) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa 
correta. 
I. A Lei 9.985/2000 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. As 
unidades integrantes do Sistema dividem-se em dois grupos, com características específicas, sendo 
que um deles é o grupo das unidades de Proteção Integral e o outro é o grupo das Unidades de Uso 
Sustentável. 
II. O Grupo das Unidades de Uso Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza, sendo 
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei 
9.985/2000. 
III. O Grupo das Unidades de Uso Sustentável, referido na Lei 9.985/2000, é constituído das Áreas de 
Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Florestas Nacionais, Reservas 
Extrativistas, Reservas de Fauna, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Reservas Particulares do 
Patrimônio Natural. 
IV. Segundo a Lei 9.985/2000, Parque Nacional é a unidade de conservação da natureza que tem como 
objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, 
possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividade de educação e 
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
V. Conforme a Lei 9.985/2000, as unidades de conservação, inclusive as Áreas de Proteção Ambiental 
e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, 
quando convenientes, corredores ecológicos. 
(A)Está correta apenas a assertiva V. 
(B)Estão corretas apenas as assertivas I e V. 
(C)Estão corretas apenas as assertivas I, II e V. 
(D)Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV. 
(E)Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV. 
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Resposta. Item D. O item I está correto porque a Lei 9.985/2000 instituiu o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação fixando dois grandes grupos desses espaços territorias especialmente 
protegidos, as undiades de uso sustentável e as de proteção integral ( art. 7o). O item II está incorreto, 
pois admite o uso sustentável dos recursos presentes nas unidades de conservação de uso sustentável, 
seja de forma direta ou indireta (art. 2o, IX e XI). O item está correto, tendo em vista que corresponde 
as unidades de conservação de uso sustentável prevista no art. 14, da Lei do SNUC. O item IV está 
corrreto, tendo em vista que o Parque Nacional é uma unidade de conservação da natureza que tem 
como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza 
cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividade de 
educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
O item V está incorreto porque, nos termos do art. 25, da Lei do SNUC, as unidades de conservação, 
exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma 
zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. 
(TRF - 4ª REGIÃO/Juiz Federal/TRF - 4ª REGIÃO-2010) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa 
correta. 
Podem ser constituídas de terras particulares: 
I. Área de proteção ambiental. 
II. Refúgio de vida silvestre. 
III. Reserva biológica. 
IV. Área de relevante interesse ecológico. 
V. Reserva extrativista. 
(A)Estão corretas apenas as assertivas I e V. 
(B)Estão corretas apenas as assertivas II e IV. 
(C)Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
(D)Estão corretas apenas as assertivas II, III e V. 
(E)Nenhuma assertiva está correta. 
Resposta. Item C. São unidades de conservação que podem ter propridades privadas: Área de 
Proteção Ambiental (pública e privada), Área de Relevante Interesse Ecológico (pública e privada), 
Reserva Particular do Patrimônio Natural ( só privada); Monumento Natural (pública e privada) e 
Refúgio da Vida Silvestre (pública e privada). 
(AL-GO/Procurador/CS-UFG – 2015) Unidades de conservação são espaços com características 
naturais relevantes, que têm a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e 
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ecologicamente viáveis das diferentes populações, hábitats e ecossistemas do território nacional. No 
contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, 
(A)as Unidades de Proteção Integral têm por objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o 
uso sustentável de parcela dos recursos naturais. 
(B)a permanência de populações tradicionais que habitam uma floresta nacional, quando de sua 
criação, é admitida, nos termos do regulamento e do plano de manejo da unidade. 
(C)a Reserva Biológica, de posse e domínio públicos, tem por objetivo a preservação da natureza e a 
realização de pesquisas científicas. 
(D)as Áreas de Proteção Ambiental e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural devem possuir 
uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. 
Resposta. Item B. O item “A” está incorreto porque as unidades de conservação de proteção integral 
visam o uso indireto dos recursos naturais. O item “B” está correto, pois nas Flonas é admitido a 
permanência de populações tradicionais. O item “C” está incorreto considerando que a Reserva 
Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em 
seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas 
de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. O item “D” 
está incorreto tendo em vista que não se exige zona de amortecimento para as APAs e RPPNs. 
7 - GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
7.1 - Plano de Manejo da Unidade de Conservação 
O Plano de Manejo é documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma 
unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e 
o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da 
unidade de conservação. Todas as unidades de conservação, sejam de proteção integral ou de uso 
sustentável devem dispor de um Plano de Manejo. 
O Planode Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os 
corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social 
das comunidades vizinhas. 
O Plano de Manejo da unidade de conservação deve ser elaborado pelo órgão gestor ou pelo proprietário 
(no caso das RPPNs), sendo aprovado em portaria do órgão executor, no caso de Estação Ecológica, Reserva 
Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, 
Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva de Fauna e Reserva Particular do 
Patrimônio Natural; ou por resolução do conselho deliberativo, no caso de Reserva Extrativista e Reserva 
de Desenvolvimento Sustentável, após prévia aprovação do órgão executor. 
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Em face do princípio do acesso à informação e participação popular na gestão do patrimônio ambiental, o 
Plano de Manejo aprovado deve estar disponível para consulta do público na sede da unidade de 
conservação e no centro de documentação do órgão executor. 
Nas unidades de conservação de uso sustentável, principalmente das Reservas Extrativistas, das Reservas de 
Desenvolvimento Sustentável, das Áreas de Proteção Ambiental e, quando couber, das Florestas Nacionais 
e das Áreas de Relevante Interesse Ecológico, a elaboração, atualização e implementação do Plano de 
Manejo, será assegurada a ampla participação da população residente. Melhor dizendo, nas unidades de 
conservação que admitem a permanência de populações tradicionais, é obrigatória a sua participação na 
construção do Plano de Manejo. 
O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da 
data de sua criação. Cumpre destacar que existem diversas unidades de conservação criadas pelo Poder 
Público que não apresentam Plano de Manejo, mesmo tendo transcorrido os 5 anos fixados na lei do 
SNUC. Em muitos casos, alega o ente criador a falta de recursos financeiros para sua elaboração, 
considerando a necessidade de se fazer estudos específicos para o mapeamento e zoneamento das áreas e 
entornos da unidade de conservação, fato que exige vultosos investimentos financeiros. 
Nesses casos, transcorrido o prazo de 5 anos, fica caracterizada a omissão do Poder Público na elaboração 
do plano de manejo e gestão de uma unidade de conservação considerando que se coloca em risco a própria 
integridade da área protegida, e constitui-se em violação do dever fundamental de proteção do meio 
ambiente, autorizando a sindicabilidade do Poder Judiciário. 
Outro ponto que pode ser previsto no Plano de Manejo são as regras para as atividades de liberação 
planejada e cultivo de organismos geneticamente modificados nas Áreas de Proteção Ambiental e nas zonas 
de amortecimento das demais categorias de unidade de conservação, observadas as informações contidas 
na decisão técnica da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio sobre: o registro de ocorrência 
de ancestrais diretos e parentes silvestres; as características de reprodução, dispersão e sobrevivência do 
organismo geneticamente modificado; o isolamento reprodutivo do organismo geneticamente modificado 
em relação aos seus ancestrais diretos e parentes silvestres; e situações de risco do organismo 
geneticamente modificado à biodiversidade. 
São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização 
em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos. Até que seja elaborado o 
Plano de Manejo, todas as atividades e obras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção 
integral devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva 
proteger, assegurando-se às populações tradicionais porventura residentes na área as condições e os meios 
necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais. 
 
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(PGE-BA/Procurador do Estado/CESPE – 2014) No que se refere ao princípio do usuário-pagador no 
âmbito do direito ambiental, entre outras normas ambientais, julgue os itens que se seguem. 
P
la
n
o
 d
e
 M
an
e
jo
Documento técnico Estabelece 
Zoneamento para uso da UC
Normas para manejo dos 
Recursos naturais
Elemento de Gestão da UC
Obrigatório
Todas as UCs
Participação das populações 
tradicionais
Abrange 
Área da UC
Zona de Amortecimento
Corredores Ecológicos
Cultivos de OGMs Permitido em:
zona de amortecimento das 
UCs
nas APAs e RPPNs
Elaborado
Órgão Gestor da UC ou 
Proprietário
Aprovado
Resolução do Conselho 
Deliberativo
Resex e RDS
Portaria Demais UCs
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Todas as unidades de conservação devem dispor de plano de manejo que preveja as modalidades de 
utilização em conformidade com os seus objetivos. 
Resposta. Item certo. Nos termos do art. 27, da Lei do SNUC, as unidades de conservação devem dispor 
de um Plano de Manejo, não fazendo qualquer exceção a necessidade de elaboração do documento. 
(MPE-SC/Promotor de Justiça/MPE-SC – 2013) Segundo a Lei 9.985/2000, o Plano de Manejo de uma 
unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de um ano a partir da data de sua criação. 
Resposta. Item errado. O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no 
prazo de cinco anos a partir da data de sua criação, conforme previsto no art. 27, §3º, da Lei 
9.985/2000. 
(PGE-SP/Procurador do Estado/FCC – 2009) De acordo com a Lei Federal no 9.985/2000, que institui 
o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, 
(A)na criação de novas Unidades de Conservação é dispensável a consulta pública quando se tratar de 
Unidades de Uso Sustentável. 
(B)referida norma fixa o conjunto de Unidades de Conservação de proteção integral e de uso 
sustentável, federais, estaduais e municipais, sendo vedada a inclusão no sistema de qualquer unidade 
de conservação com características diversas das referidas categorias. 
(C)as Unidades de Proteção Integral não admitem qualquer tipo de uso dos seus recursos naturais. 
(D)as Unidades de Conservação devem dispor de um Plano de Manejo, que abrangerá a área da 
unidade e sua zona de amortecimento. 
(E)as Áreas de Preservação Permanente são Unidades de Conservação de Proteção Integral. 
Resposta. Item D. O item “A” está incorreto porque a criação de uma unidade de conservação deve 
ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a 
dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento, não 
havendo exceção para as UCs de uso sustentável. O item “B” está incorreto, pois nos termos do 
parágrafo único do art. 6º, da Lei do SNUC, podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do 
Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a 
peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser satisfatoriamente 
atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas características permitam, em relação a 
estas, uma clara distinção. O item “C” está incorreto considerando que as UCs de proteção integral 
admitem o uso indireto (art. 7º, §3º, do SNUC). O item “D” está correto tendo em vista que todas as 
UCs devem ter plano de manejo quedeve abranger a área da UC, sua zona de amortecimento (em 
sendo o caso) e corredores ecológicos (casos existentes). O item “E” está incorreto porque as APAs são 
de uso sustentável. 
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7.2- Mosaico de Unidades de Conservação e Gestão integrada 
Mosaico de unidades de conservação (UC) é um modelo de gestão que busca a participação, integração e 
envolvimento dos gestores de UC e da população local na gestão das unidades de conservação que integram 
o mosaico. 
O mosaico se configura quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes 
ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, e a gestão do 
conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de 
conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o 
desenvolvimento sustentável no contexto regional. 
Esse modelo pode incluir unidades de conservação de diferentes categorias e de diferentes entes criadores. 
Nesse sentido é possível ter um mosaico com unidade de conservação de proteção integral como de uso 
sustentável, bem como unidades instituídas pela União combinando com unidades instituídas pelos Estados 
e Municípios. Não há limitações. Todas as combinações são possíveis. 
O mosaico de unidades de conservação será reconhecido em ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido 
dos órgãos gestores das unidades de conservação, devendo dispor de um conselho de mosaico, com caráter 
consultivo e a função de atuar como instância de gestão integrada das unidades de conservação que o 
compõem. Cumpre destacar que o mosaico de UCs não é uma categoria de unidade de conservação, mas 
apenas um modelo de gestão integrada. 
A composição do conselho de mosaico é estabelecida na portaria que institui o mosaico e deverá obedecer 
aos mesmos critérios estabelecidos para as demais UCs, tendo como presidente um dos chefes das unidades 
de conservação que o compõem, o qual será escolhido pela maioria simples de seus membros. 
São competências do concelho consultivo do mosaico: (1) elaborar seu regimento interno, no prazo de 
noventa dias, contados da sua instituição; (2) propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e 
otimizar: as atividades desenvolvidas em cada unidade de conservação, tendo em vista, especialmente: (a) 
os usos na fronteira entre unidades; (b)o acesso às unidades; (c)a fiscalização; (d)o monitoramento e 
avaliação dos Planos de Manejo; (e)a pesquisa científica; (f) a alocação de recursos advindos da compensação 
referente ao licenciamento ambiental de empreendimentos com significativo impacto ambiental; (g)a 
relação com a população residente na área do mosaico; (3) manifestar-se sobre propostas de solução para 
a sobreposição de unidades; e (4) manifestar-se, quando provocado por órgão executor, por conselho de 
unidade de conservação ou por outro órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, sobre 
assunto de interesse para a gestão do mosaico. 
Por fim, os corredores ecológicos, reconhecidos em ato do Ministério do Meio Ambiente, integram os 
mosaicos para fins de sua gestão. Na ausência de mosaico, o corredor ecológico que interliga unidades de 
conservação terá o mesmo tratamento da sua zona de amortecimento. 
Hoje no Brasil já foram reconhecidos 17 mosaicos de unidades de conservação pelo Ministério do Meio 
Ambiente. A título de exemplo, podemos citar o Mosaico do Jalapão, abrangendo as seguintes áreas 
localizadas nos estados do Tocantins e da Bahia, criado pela Portaria MMA/Nº 434/2016, constituído: 
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Sob a gestão do Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade - Instituto 
Chico Mendes. 
a) Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; b) Estação 
Ecológica Serra Geral do Tocantins; c) Área de Proteção Ambiental 
Serra da Tabatinga; d) Reserva Particular do Patrimônio Natural 
Catedral do Jalapão. 
Sob a gestão do Instituto Natureza de 
Tocantins-NATURATINS. 
a) Parque Estadual do Jalapão; b) Área de Proteção Ambiental do 
Jalapão. 
Sob a gestão da Instituto de Meio 
Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia-
INEMA. 
a) Estação Ecológica do Rio Preto; b) Área de Proteção Ambiental 
do Rio Preto. 
Sob a gestão da Secretaria de Municipal 
de Meio Ambiental de São Félix do 
Tocantins. 
Monumento Natural dos Canyons e Corredeiras do Rio Sono. 
Sob a gestão privada. Reserva Particular do Patrimônio Natural Catedral do Jalapão 
 
 
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(MPE-ES/Promotor de Justiça/CESPE – 2010) O texto constitucional prevê a criação de espaços 
territoriais especialmente protegidos, denominados unidades de conservação (UCs), como um dos 
instrumentos de tutela da natureza. Acerca desse tema, assinale a opção correta. 
(A)Para iniciar a exploração econômica de uma área de floresta, basta o proprietário rural averbar em 
cartório, na escritura pública, uma área mínima de reserva legal. 
(B)A criação de uma UC não exige consulta pública, pois é competência dos órgãos executores 
integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente em caráter exclusivo. 
(C)Na demarcação de qualquer UC, deve-se considerar o estabelecimento de corredores ecológicos e 
zonas de amortecimento. 
(D)Mosaico de UCs compreende uma justaposição ou superposição, reconhecida formalmente pelo 
Ministério do Meio Ambiente, de UCs de diversas categorias, seja públicas, seja privadas. 
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(E)Estação ecológica é uma UC de proteção integral com finalidade de preservar a biota e os demais 
atributos naturais, sendo vedada qualquer ingerência humana em seus limites. 
Resposta. Item D. O item “A”está incorreto porque a condição para supressão de vegetação em sua 
área depende, em regra, de autorização do órgão ambiental competente, não bastando o simples 
registro da reserva legal. O Item “B” está incorreto, pois a consulta pública é a regra antes da criação 
das unidades de conservação. O item “C” está incorreto tendo em vista que deve ser analisado no ato 
de criação a conveniência ou não dos corredores ecológicos, nos termos do art. 25, da Lei do SNUC. O 
item “D” está correto considerando que quando existir um conjunto de unidades de conservação de 
categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas 
ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e 
participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a 
presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no 
contexto regional. O item “E” está incorreto porque a Estação Ecológica tem como objetivo a 
preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas só podendo ser permitidas alterações 
dos ecossistemas no caso de medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados, bem 
como o manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica. 
7.3 - Gestão Compartilhada com OSCIP 
Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de InteressePúblico- OSCIP as pessoas jurídicas 
de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento 
regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias 
atendam aos requisitos instituídos pela Lei 9.790/99. 
Uma OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas atuando em áreas 
típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada 
sem fins lucrativos. Essa qualificação visa facilitar parcerias e convênios com todos os níveis de governo e 
órgãos públicos. 
A Lei 9.985/2000, autorizou que as unidades de conservação possam ser geridas por organizações da 
sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado 
com o órgão responsável por sua gestão. 
Essa gestão compartilhada de unidade de conservação por OSCIP é regulada por Termo De Parceria firmado 
com o órgão executor. Para isso a OSCIP deverá preencher os seguintes requisitos: (a) tenha dentre seus 
objetivos institucionais a proteção do meio ambiente ou a promoção do desenvolvimento sustentável; (b) 
comprove a realização de atividades de proteção do meio ambiente ou desenvolvimento sustentável, 
preferencialmente na unidade de conservação ou no mesmo bioma. 
A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público com representação no conselho de unidade de 
conservação não pode se candidatar à gestão da UC. 
A seleção da OSCIP é feita por meio de processo seletivo devendo ser publicado edital visando a gestão 
compartilhada, com no mínimo 60 dias de antecedência, em jornal de grande circulação na região da unidade 
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de conservação e no Diário Oficial, nos termos da Lei no 8.666/93. Cabe ao órgão executor, ouvido o conselho 
da unidade, definir os termos de referência para a apresentação de proposta pelas OSCIP. 
Por fim, a OSCIP deve encaminhar anualmente relatórios de suas atividades para apreciação do órgão 
executor e do conselho da unidade. 
7.4 - Reserva de Biosfera 
A Reserva da Biosfera é um modelo de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, 
adotado internacionalmente, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o 
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o 
desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. É reconhecida pelo 
Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB", estabelecido pela Unesco, organização da 
qual o Brasil é membro. 
Esse modelo de gestão é constituída por: (a) uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da 
natureza; (b) uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem 
em dano para as áreas-núcleo; e (c) uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo 
de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em 
bases sustentáveis. 
A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado, podendo ser integrada por 
unidades de conservação já criadas pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o 
manejo de cada categoria específica. 
A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições 
públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento 
e no ato de constituição da unidade. 
O gerenciamento das Reservas da Biosfera será coordenado pela Comissão Brasileira para o Programa "O 
Homem e a Biosfera" - COBRAMAB, de que trata o Decreto de 21 de setembro de 1999, com a finalidade de 
planejar, coordenar e supervisionar as atividades relativas ao Programa. 
O Decreto 4.340/2002 definiu competências à COBRAMAB, no sentido de apoiar a criação e instalar o 
sistema de gestão e coordenação da Rede Nacional de Reservas da Biosfera, sendo que a estrutura do 
sistema de gestão das reservas da biosfera foi definida da seguinte forma: 
▪ Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de apenas um Estado, o sistema de gestão será 
composto por um conselho deliberativo e por comitês regionais. 
▪ Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de mais de um Estado, o sistema de gestão será 
composto por um conselho deliberativo e por comitês estaduais. 
Compete aos conselhos deliberativos das Reservas da Biosfera: 
▪ aprovar a estrutura do sistema de gestão de sua Reserva e coordená-lo 
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▪ propor à COBRAMAB macro-diretrizes para a implantação das Reservas da Biosfera; 
▪ elaborar planos de ação da Reserva da Biosfera, propondo prioridades, metodologias, cronogramas, 
parcerias e áreas temáticas de atuação, de acordo como os objetivos básicos enumerados no art. 41 
da Lei no 9.985, de 2000; 
▪ reforçar a implantação da Reserva da Biosfera pela proposição de projetos pilotos em pontos 
estratégicos de sua área de domínio; e 
▪ implantar, nas áreas de domínio da Reserva da Biosfera, os princípios básicos constantes do art. 41 
da Lei no 9.985, de 2000. 
Compete aos comitês regionais e estaduais: apoiar os governos locais no estabelecimento de políticas 
públicas relativas às Reservas da Biosfera; e apontar áreas prioritárias e propor estratégias para a 
implantação das Reservas da Biosfera, bem como para a difusão de seus conceitos e funções. 
 
(TJ-PR/Juiz Substituto/CESPE – 2017) Com base na Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o SNUC, assinale 
a opção correta, acerca do Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação localizada no extremo 
oeste do estado do Paraná. 
Por ser unidade de conservação já constituída como parque nacional por ato do poder público, o 
parque em apreço não pode integrar reserva da biosfera. 
Resposta. Item errado. A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já 
criadas pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria 
específica, nos termos do §3º, do art. 41, da Lei do SNUC. 
(PGE-AM/Procurador do Estado/CESPE – 2016) Acerca de competências ambientais legislativas, ação 
popular e espaços territoriais especialmente protegidos, julgue o item a seguir. 
Segundo o SNUC, a reserva da biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado. 
Resposta. Item certo. Nos termos do art. 41, §2º, da Lei 9.985/2000, a Reserva da Biosfera é constituída 
por áreas de domínio público ou privado. 
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7.5 - Populações Tradicionais e Unidades de Conservação 
Povos e comunidades tradicionais são definidos legalmente como grupos culturalmente diferenciados e que 
se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam 
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e 
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (inciso I, do 
art. 3º Decreto 6.040 / 2007). 
As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja 
permitida serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo 
Poder Público, em local e condições acordados entre as partes. Cabeao Poder Público, por meio do órgão 
competente, priorizar o reassentamento das populações tradicionais a serem realocadas. 
Segundo o SNUC, são apenas três unidades de conservação que permitem a permanência de população no 
seu interior: a Floresta Nacional, a Reserva Extrativista e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável. Não há 
possibilidade de que as unidades de proteção integral tenham população tradicional, devendo as existentes 
serem indenizadas e realocadas. 
Como esse processo de reassentamento é lento e exige dispêndio de recursos, a Lei do SNUC determinou 
que o Poder Público estabeleça normas e ações específicas destinadas a compatibilizar a presença das 
populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem prejuízo dos modos de vida, das fontes 
de subsistência e dos locais de moradia destas populações, assegurando-se a sua participação na 
elaboração das referidas normas e ações. 
Enquanto não forem reassentadas, as condições de permanência das populações tradicionais em Unidade 
de Conservação de Proteção Integral serão reguladas por termo de compromisso, negociado entre o órgão 
executor e as populações, ouvido o conselho da unidade de conservação. Esse Termo deve indicar as áreas 
ocupadas, as limitações necessárias para assegurar a conservação da natureza e os deveres do órgão 
executor referentes ao processo indenizatório, assegurados o acesso das populações às suas fontes de 
subsistência e a conservação dos seus modos de vida. 
O termo de compromisso será assinado pelo órgão executor e pelo representante de cada família, assistido, 
quando couber, pela comunidade rural ou associação legalmente constituída. O prazo e as condições para o 
reassentamento das populações tradicionais estarão definidos no termo de compromisso. 
Cumpre destacar que as populações tradicionais residentes na unidade, no momento da sua criação, terão 
direito ao reassentamento, devendo o processo indenizatório respeitar o modo de vida e as fontes de 
subsistência das populações tradicionais, sendo que o valor das benfeitorias realizadas pelo Poder Público, 
a título de compensação, na área de reassentamento será descontado do valor indenizatório. 
Excluem-se ainda das indenizações referentes à regularização fundiária das unidades de conservação, 
derivadas ou não de desapropriação: as espécies arbóreas declaradas imunes de corte pelo Poder Público; 
expectativas de ganhos e lucro cessante; o resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros 
compostos; e as áreas que não tenham prova de domínio inequívoco e anterior à criação da unidade. 
 
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(TJ-PR/Juiz Substituto/CESPE – 2019) São unidades de conservação que admitem a habitação ou a 
permanência de populações tradicionais 
(A)as reservas extrativistas e as reservas de fauna. 
(B)as estações ecológicas e as reservas biológicas. 
(C)as reservas de desenvolvimento sustentável e as florestas nacionais. 
(D)as reservas de fauna e os parques nacionais. 
Resposta. Item C. As unidades de proteção integral não admitem a habitação ou a permanência de 
populações tradicionais. Quanto às de uso sustentável, o SNUC previu expressamente a possibilidade 
na ResEx, RDS e FloNa. 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2011) O texto constitucional prevê a criação de espaços 
territoriais especialmente protegidos como forma de assegurar o exercício ao direito fundamental 
relacionado ao meio ambiente. Sobre espaços territoriais, unidades de conservação e o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação, assinale a opção correta. 
No regime jurídico das unidades de conservação, não há previsão de tratamento às populações 
tradicionais habitantes de área a ser protegida pelo poder público. 
Resposta. Item errado. O art. 5o, dentre outras normas presentes na Lei do SNUC garantem regime 
jurídico próprio para as populações tradicionais nas Ucs onde a permanência é permitida devendo ser 
considerada as condições e necessidades das populações locais no desenvolvimento e adaptação de 
métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais; bem como meios de subsistência 
alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos pela criação da unidade quando a 
subsistência dependa da utilização de recursos naturais existentes no interior das unidades de 
conservação. 
(Prefeitura de Cuiabá – MT/Procurador Municipal/FCC – 2014) Um determinado Município possui um 
Parque Municipal ocupado parcialmente por populações tradicionais. Segundo o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), essas populações tradicionais 
(A)serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo 
Município em local e condições acordados entre as partes. 
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(B)permanecerão residindo no Parque, sem que sofram qualquer interferência. 
(C)serão realocadas sem direito a indenização. 
(D)serão indenizadas pelas benfeitorias e realocadas para zona de uso conflitante, segundo 
zoneamento estabelecido pelo plano de manejo do Parque. 
(E)permanecerão residindo no Parque pelo prazo máximo improrrogável de cinco anos. 
Resposta. Item A. Nos termos do art. 42, da Lei do SNUC, as populações tradicionais residentes em 
unidades de conservação nas quais sua permanência não seja permitida serão indenizadas ou 
compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e 
condições acordados entre as partes. 
 
 
(Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/CESPE – 2014) Considerando as normas que regem o 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
(SNUC), julgue os itens subsequentes. 
Como a floresta nacional é de posse e domínio públicos, todas as populações tradicionais que nela se 
encontrem deverão ser realocadas, sem direito à indenização quando ausente a demonstração de 
propriedade anterior à criação da unidade de conservação. 
Resposta. Item errado. Nos termos do art. 17, §2º, da Lei do SNUC, nas Florestas Nacionais é admitida 
a permanência de populações tradicionais que nela habitavam quando de sua criação, em 
conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. 
7.6 - Regras para a Exploração de Bens e Serviços em Unidades de Conservação 
Previu o SNUC que a exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços obtidos ou desenvolvidos 
a partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos ou culturais ou da exploração da imagem de unidade de 
conservação, dependerá de prévia autorização e sujeitará o explorador a pagamento, de acordo com os 
objetivos de cada categoria de unidade. Essa necessidade de autorização, por outro lado, não se aplica as 
unidades de conservação de domínio predominantemente particular como as APAs e as RPPNs. 
Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de conservação podem receber recursos ou 
doações de qualquer natureza, nacionais ou internacionais, com ou sem encargos, provenientes de 
organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem colaborar com a sua conservação, 
cabendo ao órgão gestor da unidade a administração dos recursos e estes serão utilizados exclusivamente 
na sua implantação, gestão e manutenção. 
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O uso de imagens de unidade de conservação com finalidade comercial será cobrado conforme estabelecidoem ato administrativo pelo órgão executor. Por outro lado, quando a finalidade do uso de imagem da 
unidade de conservação for preponderantemente científica, educativa ou cultural, o uso será gratuito. 
No processo de autorização da exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços de unidade de 
conservação, o órgão executor deve viabilizar a participação de pessoas físicas ou jurídicas, observando-se 
os limites estabelecidos pela legislação vigente sobre licitações públicas e demais normas em vigor. Essa 
autorização deve estar fundamentada em estudos de viabilidade econômica e investimentos elaborados 
pelo órgão executor, ouvido o conselho da unidade. 
7.7 - Regras para introdução de espécies exóticas nas unidades de conservação 
A inserção de espécies que não fazem parte do ciclo normal de um ecossistema, denominadas de espécies 
exóticas, pode trazer efeitos deletérios para o equilíbrio ecológico. De fato, hodiernamente, a introdução de 
espécies alienígenas (exótica) é uma das principais causas da diminuição da biodiversidade na natureza. 
É nesse sentido que o art. 31, da Lei do SNUC, proíbe, como regra, a introdução nas unidades de conservação 
de espécies não autóctones, melhor dizendo, veda a introdução de espécies animais ou vegetais que não 
são nativos da UC considerando a possibilidade de as espécies invasoras competirem diretamente ou 
indiretamente com as espécies autóctones. 
O SNUC, por outro lado, excluiu dessa regra as Áreas de Proteção Ambiental, as Florestas Nacionais, as 
Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável, assim como os animais e plantas 
necessários à administração e às atividades das demais categorias de unidades de conservação, de acordo 
com o que se dispuser em regulamento e no Plano de Manejo da unidade, bem como nas áreas particulares 
localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e Monumentos Naturais podem ser criados animais domésticos e 
cultivadas plantas considerados compatíveis com as finalidades da unidade, de acordo com o que dispuser 
o seu Plano de Manejo. 
7.8 - Regras para instalações de redes de abastecimento de água e de energia elétrica que 
passam pelas unidades de conservação 
A instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, energia e infraestrutura urbana em geral, em 
unidades de conservação onde estes equipamentos são admitidos depende de prévia aprovação do órgão 
responsável por sua administração, sem prejuízo da necessidade de elaboração de estudos de impacto 
ambiental e outras exigências legais. Essas regras se aplicam à zona de amortecimento das unidades do 
Grupo de Proteção Integral, bem como às áreas de propriedade privada inseridas nos limites dessas 
unidades e ainda não indenizadas. 
O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo abastecimento de água ou que faça uso de 
recursos hídricos, beneficiário da proteção proporcionada por uma unidade de conservação, deve contribuir 
financeiramente para a proteção e implementação da unidade, de acordo com o disposto em 
regulamentação específica. No mesmo sentido, órgão ou empresa, público ou privado, responsável pela 
geração e distribuição de energia elétrica, beneficiário da proteção oferecida por uma unidade de 
conservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e implementação da unidade, de acordo com 
o disposto em regulamentação específica. 
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7.9 - Obrigações do Poder Público quanto à necessidade de informação 
Dando efetividade ao direito à informação e a participação popular, determinou a Lei do SNUC a incumbência 
do Ministério do Meio Ambiente organizar e manter o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, 
com a colaboração do ICMBio e dos órgãos estaduais e municipais competentes. O Cadastro conterá os 
dados principais de cada unidade de conservação, incluindo, dentre outras características relevantes, 
informações sobre espécies ameaçadas de extinção, situação fundiária, recursos hídricos, clima, solos e 
aspectos socioculturais e antropológicos. 
O Ministério do Meio Ambiente divulgará e colocará à disposição do público interessado os dados constantes 
do Cadastro. Esse cadastro pode ser consultado no endereço eletrônico 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkOGM5NWQ4Iiwi
dCI6IjJiMjY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF9, onde poderão ser 
encontradas todas as unidades de conservação existentes no Brasil classificada por ente instituidor, 
categoria, área de proteção, bioma ou mesmo por ente federativo. Veja a imagem do site para melhor 
entendimento: 
 
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Outro desdobramento de aplicabilidade do princípio da participação popular, bem como do dever de prestar 
conta, é a obrigação de o Poder Executivo Federal submeter à apreciação do Congresso Nacional, a cada 02 
anos, um relatório de avaliação global da situação das unidades de conservação federais do País. 
Cabe também ao IBAMA elaborar e divulgar periodicamente uma relação revista e atualizada das espécies 
da flora e da fauna ameaçadas de extinção no território brasileiro, devendo incentivar os competentes 
órgãos estaduais e municipais a elaborarem relações equivalentes abrangendo suas respectivas áreas de 
jurisdição. 
Quanto ao tema, caberá ao IBAMA, excepcionalmente, permitir a captura de exemplares de espécies 
ameaçadas de extinção destinadas a programas de criação em cativeiro ou formação de coleções 
científicas, de acordo com o disposto nesta Lei e em regulamentação específica. 
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
1 - PRINCIPAIS NORMATIVOS SOBRE A COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
O instituto da compensação ambiental só passou a fazer parte do ordenamento jurídico nacional com a 
edição da Resolução Conama 10/1987 que previa, para fazer face à reparação dos danos ambientais 
causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas, a necessidade de implantação de uma Estação 
Ecológica pela entidade ou empresa responsável pelo empreendimento, preferencialmente junto à área, 
para as obras de grande porte, assim considerado pelo órgão licenciador com fundamento no RIMA. 
 
Na origem do instituto, tínhamos uma compensação por parte do empreendedor que visava a 
implementação das Estações Ecológicas e não de todas as unidades de conservação, sendo que essa 
obrigação só seria factível dos empreendimentos que provocassem destruição de florestas e outros 
ecossistemas tendo seu objeto bem mais restritivo que o atual. 
 
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Posteriormente, a Resolução Conama n.º 02/1996 ampliou o campo de atuação da compensação ambiental, 
exigindo a implantação de uma unidade de conservação de domínio público e uso indireto (proteção 
integral), preferencialmente uma Estação Ecológica, a critério do órgão licenciador, ouvido o empreendedor, 
para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros 
ecossistemas. Mas essa compensação só era exigida para os empreendimentos de relevante impacto 
ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente com fundamento do EIA/RIMA. 
 
Hodiernamente, a compensação ambiental tem previsão legal em duas leis fundamentais: a Lei 
9.985/2000 que disciplinou as características do instituto e a Lei 13.668/2018 que dispõe sobre a destinação 
e a aplicação dos recursos de compensação ambiental. 
 
O art. 36, daLei n.º 9.985/2000 (Lei do SNUC), disciplinou o instituto da compensação, sendo regulamentado 
pelo Decreto n.º 4.340/2002 e pela Resolução do Conama n.º 371/2006. A norma Legal adotou como critério 
para incidência do instituto da compensação ambiental somente aqueles empreendimentos de significativo 
impacto ambiental que exigem a elaboração, no processo de licenciamento ambiental, do EPIA/RIMA que 
deverão, como regra, apoiar a implementação e manutenção de unidades de conservação do grupo de 
proteção integral. Vejamos o caput do art. 36, da Lei do SNUC: 
Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto 
ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo 
de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a 
implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de 
acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei. 
No âmbito federal, buscando regulamentar as disposições do Decreto 4.340/2002, o IBAMA editou as 
Portarias ns.º 7/2004 e 44/2004 disciplinou à criação e implantação da Câmara de Compensação Ambiental 
e, por meio da Instrução Normativa n.º 47/2004 regulamentou a forma de gestão da compensação 
ambiental. 
Eis um resumo geral das principais normas, em ordem cronológica, referente à Compensação Ambiental: 
NORMA CONTEÚDO 
Resolução Conama 
nº 10/1987 
Previu o ressarcimento de danos ambientais causados por obras de grande porte, 
revogada pela Resolução Conama 02/1996. 
Resolução Conama 
nº 2/1996 
Previu o licenciamento de empreendimentos de relevante impacto ambiental teria 
que prever a implantação de uma unidade de conservação, preferencialmente 
uma estação ecológica. Revogada pela Resolução Conama 371/2006. 
Lei 
nº 9.985/2000 
Criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e estabeleceu a 
cobrança de compensação ambiental de impactos negativos, não mitigáveis, de 
empreendimentos de significativo impacto ambiental. 
Decreto 
nº 4.340/2002 
Criou a Câmara de Compensação Ambiental e definiu as ações prioritárias para 
aplicação dos recursos da compensação ambiental. 
Decreto 
nº 5.566/2005 
Deu ao órgão ambiental licenciador a atribuição de fixar o valor da compensação 
ambiental e estabeleceu o grau de impacto com base nos estudos de impacto 
ambiental (EIA). 
Resolução Conama 
nº 371/2006 
Fixou as diretrizes para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle dos 
gastos de recursos provenientes da compensação ambiental. 
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Decreto 
nº 6.848/2009 
Fixou o método para o cálculo da compensação ambiental e o teto máximo de 
0,5% do valor de referência do empreendimento. 
Portaria Conjunta MMA, 
Ibama e ICMBio 
nº 225/2011 
Criou o Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF), instância responsável 
por decidir pela divisão e finalidade dos recursos da compensação ambiental 
federal. É integrado por representantes do MMA, do Ibama e do ICMBio. 
Instrução Normativa 
Ibama 
nº 08/2011 
Regulamentou os procedimentos da compensação ambiental no âmbito federal. 
Lei 
nº 13.668/2018 
Autorizou o ICMBio a criar e administrar um fundo privado com os recursos da 
compensação ambiental federal, destinado às unidades de conservação federais, 
estaduais e municipais, bem como que fossem contempladas com esses recursos 
também as unidades de conservação de uso sustentável de posse e domínio 
público, em virtude de interesse público. 
 
 
2 - A CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 36 DA LEI 9.985/2000. 
ADI 3.378/DF 
Em termos de compensação ambiental, para fins de concurso público, é importante o candidato conhecer a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – STF quanto à constitucionalidade parcial do art. 36, da Lei do 
SNUC, julgado na ADI 3.378/DF, de Relatoria do Min. Carlos Brito16. 
 
A Confederação Nacional da Indústria – CNI, propôs ADI em desfavor do art. 36 e seus §§ 1º, 2º e 3º, todos 
da Lei nº 9.985/2000. Vejamos o dispositivo que prevê a compensação ambiental: 
Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto 
ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo 
de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a 
implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo 
com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei. 
§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode 
ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, 
sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto 
ambiental causado pelo empreendimento. (Vide ADIN nº 3.378-6, de 2008) 
 
 
16 ADI 3378, Relator. Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 09/04/2008, DJ 19-06-2008. 
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§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem 
beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, 
podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de conservação. 
§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de 
amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedido 
mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo 
que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da 
compensação definida neste artigo. 
A tese da inconstitucionalidade foi fundada na violação dos princípios: a) da legalidade; b) da “harmonia e 
independência dos poderes”; c) da razoabilidade e proporcionalidade, sustentando principalmente que a 
indenização, sem prévia mensuração e comprovação do dano, pode acarretar enriquecimento ilícito do 
Estado. 
O STF entendeu que a Lei 9.985/2000 criou, no seu art. 36, uma forma de compartilhamento das despesas 
com as medidas oficiais de específica prevenção ante empreendimentos de significativo impacto ambiental , 
sendo que esse compartilhamento ou compensação é de ser arbitrado pelo órgão ambiental licenciador. 
Essa forma de compartilhamento-compensação ambiental não ofende o princípio da legalidade, uma vez 
que foi a própria Lei nº 9.985/00 que previu o modo de financiar os gastos da espécie, bem como não 
vislumbrou nenhuma agressão a independência dos poderes previsto no art. 2º, da Carta Republicana, dado 
que o Poder Legislativo não delegou ao Poder Executivo a tarefa de criar obrigações e deveres aos 
administrados. 
Sustentou também que o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este a significar 
um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da 
atividade econômica. O fato de inexistir efetivo dano ambiental não significa isenção do empreendedor em 
partilhar os custos de medidas preventivas. Isto porque uma das vertentes do princípio usuário-pagador é a 
que impõe ao empreendedor o dever de também responder pelas medidas de prevenção de impactos 
ambientais que possam decorrer, significativamente, da implementação de sua empírica empreitada 
econômica. 
Entendeu o STF ainda que não houve desrespeito ao postulado da razoabilidade, tendo em vista que a 
compensação ambiental se revela um instrumento adequado à defesa e preservação do meio ambiente 
para as presentes e futuras gerações, não havendo outro meio eficazpara atingir essa finalidade 
constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que sempre resultam de um meio 
ambiente ecologicamente garantido em sua higidez. 
Por outro lado, entendeu a Corte Suprema que havia inconstitucionalidade na expressão "não pode ser 
inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento", prevista no § 
1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da compensação-compartilhamento é de ser fixado 
proporcionalmente ao impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla 
defesa, havendo prescindibilidade da fixação de percentual sobre os custos do empreendimento. 
Assim, podemos concluir pela constitucionalidade do instituto da compensação ambiental sem qualquer 
ofensa ao princípio da legalidade, razoabilidade ou mesmo da independência e harmonia dos poderes, mas, 
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por ofensa à proporcionalidade, o §1º, do art. 36, da Lei do SNUC, foi julgado inconstitucional por fixação 
prévia de limites de compensação (não podendo ser inferior a 0,5% do custos totais para implementação do 
empreendimento) sem a verdadeira mensuração dos impactos ambientais de cada empreendimento que 
deve ocorrer de acordo com o grau de impacto significativo negativo do empreendimento indicado no 
EPIA/RIMA. 
 
(TRF - 5ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2017) A Lei que instituiu o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza (Lei n.º 9.985/2000), em seu art. 36, estabelece a seguinte 
modalidade de compensação ambiental: nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos 
de significativo impacto ambiental, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção 
de unidade de conservação do grupo de proteção integral. 
Considerando essa informação, assinale a opção que apresenta o princípio que embasa tal previsão 
legal, conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). 
(A)função social da propriedade 
(B)usuário-pagador 
(C)preponderância do interesse público 
(D)solidariedade intergeracional 
(E)precaução 
Resposta. Item B. Para o STF, o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este 
a significar um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais 
derivados da atividade econômica. O fato de inexistir efetivo dano ambiental não significa isenção do 
empreendedor em partilhar os custos de medidas preventivas. Isto porque uma das vertentes do 
princípio usuário-pagador é a que impõe ao empreendedor o dever de também responder pelas 
medidas de prevenção de impactos ambientais que possam decorrer, significativamente, da 
implementação de sua empírica empreitada econômica. 
(TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2015) Dado que, em determinadas situações, o 
instrumento do licenciamento ambiental se relaciona com as unidades de conservação da natureza, 
assinale a opção correta de acordo com a legislação ambiental e sua jurisprudência. 
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A indicação, pelo órgão licenciador, do montante total a ser pago a título de compensação ambiental, 
à luz do entendimento do STF, deve ocorrer de acordo com o grau de impacto significativo negativo do 
empreendimento indicado no EIA e respectivo relatório (EIA/RIMA). 
Resposta. Item certo. No julgamento da ADI 3.378/DF, o STF reconheceu a constitucionalidade do 
instituto da compensação ambiental. Mas, por ofensa à proporcionalidade, o §1º, do art. 36, da Lei do 
SNUC, foi julgado inconstitucional por fixação prévia de limites de compensação ( não podendo ser 
inferior a 0,5% do custos totais para implementação do empreendimento) sem a verdadeira 
mensuração dos impactos ambientais de cada empreendimento que deve ocorrer de acordo com o 
grau de impacto significativo negativo do empreendimento indicado no EPIA/RIMA. 
3 - NATUREZA JURÍDICA DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
A natureza jurídica da compensação ambiental é controversa na doutrina não encontrando uniformidade 
quanto ao tema. Há três correntes doutrinárias que entendem tratar-se de: (1) preço público; (2) tributo; e 
(3) compensação econômica. 
O fundamento para aqueles que entendem a compensação ambiental como um preço público, é o fato de o 
empreendedor remunerar o Poder Público pela exploração ou pelo uso de um recurso ambiental que teria 
como titularidade o ente federativo uma espécie de compensação financeira pelo uso do patrimônio 
público, com a mesma natureza da Compensação Financeira pela Extração Mineral – CFEM, prevista no art. 
20 da Constituição Federal. 
Por outro lado, há argumentação em sentido oposto ao fundamento de que a compensação ambiental não 
objetiva a cobrança pelo uso de um bem público, pois o meio ambiente não é um bem do Poder Público 
(como visto neste curso), mas sim um direito fundamental de todos, de natureza difusa e transindividual cujo 
uso, independentemente da existência de dano ao meio ambiente, gera o dever de compartilhamento-
compensação que não necessariamente exige um pagamento de valores aos cofres públicos, mas o dever de 
apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação da natureza sendo uma obrigação que pode 
ser cumprida sem que recursos do empreendedor sejam recolhidos diretamente ao erário. 
Outra corrente doutrinária entende que a compensação ambiental teria natureza de tributo do tipo Taxa, 
seja pelo exercício regular do poder de polícia, seja pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, 
considerando que a compensação ambiental está inserida no âmbito do licenciamento ambiental como 
exercício do poder de polícia preventivo. Argumento contrário, aduz que a compensação ambiental não teria 
essa natureza, pois a taxa exige o exercício regular do poder de polícia tendo caráter retributivo, onde se 
amolda perfeitamente à taxa de licenciamento, esta sim, obrigação tributária para viabilizar o 
processamento do empreendimento. A compensação ambiental, ao seu turno, não se configura como uma 
retribuição pela prestação dos atividade / serviços específicos pelo Estado, mas sim uma forma de 
reparação/retribuição pelo uso dos bens ambientais. 
Entendemos que a natureza jurídica que deve ser ventilada em provas de concurso é aquela que defende a 
compensação ambiental como uma obrigação econômica de reparação pelo uso dos bens ambientais, 
dando efetividade ao princípio do usuário-pagador previsto no art. 4º, I, da Lei da PNMA (Lei 6938/81). Nesse 
sentido, cabe ao usuário a obrigação de pagar pela utilização dos recursos naturais, mesmo que não venha 
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provocar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, sendo a compensação ambiental uma decorrência desse 
princípio ambiental. Assim, a compensação ambiental tem natureza jurídica de obrigação econômica de 
reparação pelo uso do meio ambiente. 
 
4 - EXECUÇÃO DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
As normas que vigiam sobre compensação ambiental, no âmbito federal, obrigavam os empreendedores a 
executar diretamente as atividades de compensação ambiental nas unidades de conservação que foram 
indicadas pelo órgão ambiental gestor. A norma era de difícil aplicação, pois muitos empreendedores por 
falta de expertise ou mesmo conhecimento sobre o tema, já que não era o objeto principal da atividade da 
empresa, tinham dificuldades em efetivar a execução direta e poder cumprir as condicionantesdo 
licenciamento ambiental. 
 
Com as mudanças trazidas pela Lei 13.668/2018, o ICMBio foi autorizado a selecionar um banco oficial (como 
Banco do Brasil, Caixa Econômica ou Banco da Amazônia, por exemplo) para criar e gerir um fundo formado 
pelos recursos arrecadados com a compensação ambiental. Assim, os empreendedores poderão optar por 
depositar os recursos da compensação ambiental em uma instituição financeira oficial, quitando assim 
suas obrigações. 
 
Segundo destacado pelo ICMBio, as mudanças são decisivas para a consolidação de várias unidades de 
conservação, sendo que parte significativa deste montante será destinada à regularização fundiária das UCs 
e o restante deverá ser investido na implementação das unidades, tais como em melhoria da infraestrutura 
para a administração, proteção, pesquisa, educação ambiental, visitação, entre outros17. 
 
As novas regras trazidas pela edição da Lei 13.668/2018 autorizou o ICMBio a selecionar instituição financeira 
oficial para que esta crie e administre um fundo privado a ser integralizado com recursos oriundos da 
compensação ambiental destinados às unidades de conservação instituídas pela União. 
 
Assim, os recursos oriundos da compensação ambiental não são públicos, mas sim privados que não poderão 
passar pelos cofres da União cabendo ao órgão gestor das unidades de conservação federal (ICMBio), 
selecionar a instituição financeira, dispensada a licitação, que, além de gerir o fundo, será responsável pela 
execução, direta ou indireta, e pela gestão centralizada dos recursos de compensação ambiental, podendo, 
para a execução indireta, firmar contrato com instituições financeiras oficiais regionais. 
 
Para a União, a compensação ambiental se resumiu a uma obrigação de pagar, bastando ao empreendedor 
o regular pagamento. Nesse sentido, o depósito integral do valor fixado pelo órgão licenciador desonera o 
empreendedor das obrigações relacionadas à compensação ambiental. 
 
 
17 ICMBio. Presidente Sanciona Lei de Compensação Ambiental. Disponível em: 
http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/9658-presidente-sanciona-lei-da-compensacao-
ambiental. Acesso em 07/01/2020. 
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A gestão do fundo privado fica a cargo da instituição financeira oficial que poderá praticar todos os atos 
necessários para atingir os objetivos fixados no art. 36, da Lei do SNUC no sentido de promover e apoiar a 
implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral. Nesse sentido, 
poderá promover, inclusive, as desapropriações dos imóveis privados indicados pelo ICMBio que estejam 
inseridos na unidade de conservação destinatária dos recursos de compensação ambiental . 
 
Cumpre assinalar que a Lei 13.668/2018 autorizou que as regras de criação do fundo privado fossem 
estendidas aos órgãos executores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, no 
sentido de que todos os entes federativos poderão utilizar-se das regras de criação e gestão do fundo privado 
criado para o modelo federal. Mas isso não é obrigatório, podendo ainda os entes continuar a execução da 
compensação ambiental da forma como já exerciam. 
Por fim, os valores devidos a título de compensação ambiental serão atualizados pelo Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) a partir da data de fixação da compensação ambiental pelo 
órgão licenciador. 
Uma novidade importante também trazida pelo novel legislativo foi a possibilidade de a compensação 
ambiental, em virtude do interesse público, poder ser direcionada às unidades de conservação de posse e 
domínio públicos do grupo de Uso Sustentável, especialmente as localizadas na Amazônia Legal. Assim, não 
só as unidades de proteção integral poderão ser beneficiadas pela compensação, mas também as de uso 
sustentável de posse e domínio públicos (art. 36, §4º, da Lei do SNUC). 
 
5 - DESTINAÇÃO DOS RECURSOS DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
Os valores direcionados à compensação ambiental são de destinação vinculada. Só podem ser aplicados 
para apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, 
cabendo ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, 
considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser 
contemplada a criação de novas unidades de conservação desse grupo. 
 
Por outro lado, há regra especial que determina que quando o empreendimento afetar unidade de 
conservação específica ou sua zona de amortecimento, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção 
Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação ambiental. 
Como visto, com a edição da Lei 13.668/2018 foi inserido o §4º, no art. 36, da Lei 9.985/2000, ampliando as 
unidades de conservação que podem ser beneficiárias da compensação. Nesse sentido, poderá, em virtude 
do interesse público, ser cumprida em unidades de conservação de posse e domínio públicos do grupo de 
Uso Sustentável, especialmente as localizadas na Amazônia Legal. 
Poderão ser Destinatárias da Compensação: 
UC de Proteção Integral + UC afetada + UC Uso Sustentável de domínio público 
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As atividades de criação, apoio e manutenção de unidades de conservação sempre terão interesse público 
manifesto na necessidade de preservação do meio ambiente e, em sendo o caso, do desenvolvimento 
socioeconômico das populações tradicionais que habitam as unidades de conservação de uso sustentável. 
Assim, com a edição da norma, houve uma importante ampliação no campo de incidência para uso dos 
recursos oriundos da compensação ambiental. 
Definida as unidades de conservação que serão beneficiadas, os recursos da compensação ambiental devem 
ser aplicados em algumas linhas temáticas que devem obedecer uma ordem prioritária, conforme definido 
no art. 33, do Decreto 4.340/2002. Assim, a aplicação dos recursos da compensação ambiental nas unidades 
de conservação, existentes ou a serem criadas, deve obedecer à seguinte ordem de prioridade: (1) 
regularização fundiária e demarcação das terras (pois exigem um gasto significativo de recursos, 
notadamente nos casos de desapropriação); (2) elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo 
(considerando que muitas unidades e conservação da Amazônia Legal não apresentam plano de manejo e 
há um dispêndio elevado de recursos financeiros); (3) aquisição de bens e serviços necessários à 
implantação, gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área de amortecimento; 
(4) desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade de conservação; e (5) 
desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade de conservação e área de 
amortecimento. 
Nos casos de Reserva Particular do Patrimônio Natural, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre, 
Área de Relevante Interesse Ecológico e Área de Proteção Ambiental, quando a posse e o domínio não 
sejam do Poder Público, os recursos da compensação somente poderão ser aplicados para custear as 
seguintes atividades: (1) elaboração do Plano de Manejo ou nas atividades de proteção da unidade; (2) 
realização das pesquisas necessárias para o manejo da unidade, sendo vedada a aquisição de bens e 
equipamentos permanentes; (3) implantação de programas de educação ambiental; e (4) financiamento de 
estudos de viabilidade econômica para uso sustentável dos recursos naturais da unidade afetada. 
6 - CÁLCULO DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
 
Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA estabelecer 
o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião 
em que considerará, exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente, devendo o 
impacto causado ser levado em conta apenas uma vez no cálculo, sob pena de mensuração em dobro, em 
verdadeira distorção do instituto da compensação. Nesse mesmo diapasão, não serão incluídos no cálculo 
da compensação ambiental os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no 
procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos, bem como os encargos e custos 
incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com 
apólices e prêmios de seguros pessoais e reais. 
Ressalta ainda o Decreto que o cálculo deverá conter os indicadores do impacto gerado pelo 
empreendimento e das características do ambiente a ser impactado, podendo a compensação ambiental 
incidir sobre cada trecho, naqueles empreendimentos em que for emitida a licença de instalação por trecho. 
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O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor 
de Referência - VR, de acordo com a seguinte fórmula: 
CA = VR x GI 
Onde: 
CA = Valor da Compensação Ambiental; 
VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, 
não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no 
procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos causados pelo 
empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do 
empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios 
de seguros pessoais e reais; e 
GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5%. O 
EIA/RIMA deverá conter as informações necessárias ao cálculo do GI. 
Tendo presente que o VR tem por base o somatório dos investimentos necessários para implantação do 
empreendimento, as informações necessárias ao cálculo do VR deverão ser apresentadas pelo 
empreendedor ao órgão licenciador antes da emissão da licença de instalação, sendo que, nos casos em 
que a compensação ambiental incidir sobre cada trecho do empreendimento, o VR será calculado com base 
nos investimentos que causam impactos ambientais, relativos ao trecho. 
Caberá ao IBAMA realizar o cálculo da compensação ambiental. Da decisão que mensurou o valor devido a 
título de compensação ambiental, caberá recurso no prazo de 10 dias, conforme regulamentação a ser 
definida pelo órgão licenciador, devendo o recurso ser dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, 
se não a reconsiderar no prazo de 05 dias, o encaminhará à autoridade superior. O órgão licenciador deverá 
julgar o recurso no prazo de até 30 dias, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 
Fixado em caráter final o valor da compensação, o IBAMA definirá sua destinação, ouvido antes o gestor das 
unidades de conservação a serem beneficiadas, que no âmbito federal, é o ICMBio. 
O Decreto 4.340/2002 autorizou a instituição pelo Ministério do Meio Ambiente de uma Câmara de 
Compensação Ambiental, no âmbito federal, com a finalidade de estabelecer prioridades e diretrizes para 
aplicação da compensação ambiental, bem como avaliar e auditar, periodicamente, a metodologia e os 
procedimentos de cálculo da compensação ambiental efetivados pelo IBAMA, de acordo com estudos 
ambientais realizados e percentuais definidos. 
Compete ainda a Câmara propor diretrizes necessárias para agilizar a regularização fundiária das unidades 
de conservação, assim como estabelecer diretrizes para elaboração e implantação dos planos de manejo das 
unidades de conservação. 
Foi criada a Câmara Federal de Compensação Ambiental- CFCA, por meio da Portaria MMA nº 
416/2010, órgão colegiado pertencente a estrutura do MMA. 
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Nos termos da regulamentação, a CFCA possui caráter supervisor e tem por objetivo orientar o 
cumprimento da legislação referente à compensação ambiental oriunda do licenciamento ambiental 
federal. É composta por membros dos setores público e privado, da academia e da sociedade civil. 
Cumpre lembrar que a destinação dos recursos não é feita pela CFCA, mas pelo Comitê de Compensação 
Ambiental Federal- CCAF, órgão colegiado criado no âmbito do IBAMA, instituído pela Portaria Conjunta nº 
225, de 30 de junho de 2011. O CCAF é presidido pelo IBAMA, órgão licenciador federal, e conta com 
membros indicados pelo MMA e ICMBio. A principal atribuição do CCAF é deliberar sobre a divisão e a 
finalidade dos recursos oriundos da compensação ambiental federal para as unidades de conservação 
beneficiadas ou a serem criadas18. 
 
(TRF - 2ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2013) Acerca das disposições legais e doutrinárias sobre danos 
e impactos ambientais, assinale a opção correta. 
A compensação ambiental é uma contribuição financeira que aplica o princípio do usuário-pagador e 
pode ser implementada na forma de investimento na redução dos prováveis danos ao meio ambiente. 
Resposta. Item correto. A compensação ambiental tem natureza jurídica de obrigação financeira 
(contribuição financeira) resultante do uso dos bens ambientais, tendo como fundamento o princípio 
do usuário – pagador conforme assentado pelo STF no julgamento da ADI 3378/DF. 
(PGE-SP/Procurador do Estado/VUNESP – 2018) A Constituição Federal de 1988, ao incorporar a 
questão ambiental de forma ampla e expressa, trouxe para o seio do Supremo Tribunal Federal uma 
“pauta verde”. Assim, o destino de grandes temas ambientais também teve de ser enfrentado na Corte, 
como decorrência lógica da necessidade de concretização de seus comandos. 
Nesse contexto, sobre a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em matéria ambiental, assinale a 
alternativa correta. 
 
 
18 Ministério do Meio Ambiente. Câmara Federal de Compensação Ambiental. Disponível em: 
https://www.mma.gov.br/destaques/item/304-c%C3%A2mara-federal-de-compensa%C3%A7%C3%A3o-ambiental. 
html. Acesso em 10/01/2020. 
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O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a prefixação de um piso para a compensação 
ambiental devida pela implantação de empreendimento de significativo impacto ambiental, devendo 
os valores serem fixados proporcionalmente ao impacto ambiental, a partir do mínimo previsto na Lei 
n° 9.985/2000 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação). 
Resposta. Item errado. Na ADI 3378 DF, o STF assentou que o termo “não pode ser inferior a meio por 
cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento", previsto no § 1ºdo art. 36 
da Lei nº 9.985/2000 é inconstitucional. O valor da compensação-compartilhamento (retribuição 
financeira) deve ser fixado proporcionalmente ao impacto ambiental, após estudo em que se 
assegurem o contraditório e a ampla defesa. 
(PGE-PA/Procurador do Estado/PGE-PA – 2011) Assinale a alternativa INCORRETA: 
(A)É constitucional o dispositivo legal que obriga o empreendedor a apoiar a implantação e 
manutenção de unidade de conservação de proteção integral, pois este densifica o princípio usuário-
pagador, configurando um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custosambientais derivados da atividade econômica. 
(B)A compensação ambiental a ser exigida do empreendedor deverá ser fixada com fundamento no 
estudo de impacto ambiental, não podendo ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos 
para a implantação do empreendimento. 
(C)O montante da compensação deve ater-se àqueles danos inevitáveis e imprescindíveis ao 
empreendimento previsto no EIA/RIMA, não se incluindo aqueles que possam ser objeto de medidas 
mitigadoras ou preventivas. 
(D)A compensação ambiental e a indenização pelo dano ambiental têm natureza distinta, não havendo 
bis in idem na cobrança de indenização, desde que nela não se inclua a compensação anteriormente 
realizada ainda na fase de implantação do projeto. 
(E)Identificadas, em estudo de impacto ambiental, medidas suficientes para evitar a ocorrência do 
dano, não pode o licenciador desprezar tais medidas, substituindo-as por medida compensatória. 
Resposta. Item B. Os itens “A”, “C” e “D” estão corretos porque o STF, na ADI 3378/DF, julgou 
constitucional o art. 36 da Lei nº 9.985/2000, com redução de texto do §1º, sustentado que a 
compensação ambiental densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de 
assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade 
econômica, sendo a compensação ambiental um instrumento adequado à defesa e preservação do 
meio ambiente para as presentes e futuras gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa 
finalidade constitucional. Declarou a inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio 
por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento", no 1º do art. 36 da Lei 
nº 9.985/2000, devendo o valor da compensação-compartilhamento ser fixado proporcionalmente ao 
impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa (isso torna o 
item B incorreto). O item “E” está correto, pois existindo medidas mitigadoras do dano ao meio 
ambiente, o empreendedor é obrigado a adotá-las, não podendo ser substituídas por medidas 
compensatórias, sendo estas utilizadas quando da impossibilidade de mitigação do dano. 
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(MPE-BA/Promotor de Justiça Substituto/MPE-BA – 2018) No dia 16 de dezembro de 2004, a 
Confederação Nacional da Indústria (CNI) ajuizou perante o Supremo Tribunal Federal, a Ação Direta 
de Inconstitucionalidade (ADI) nº 3.378-6-DF, questionando a constitucionalidade do artigo 36, caput, 
e parágrafos 1º, 2º e 3º, da Lei Federal nº 9.985/00 (SNUC – Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação). Os dispositivos indigitados determinam que nos casos de licenciamento ambiental de 
empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental 
competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o 
empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do grupo 
de Proteção Integral, de acordo com as disposições de seus parágrafos, bem como do regulamento da 
Lei. 
Sobre o resultado do julgamento da ADI nº 3.378-6-DF: 
I - O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende 
o princípio da legalidade, dado haver sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos 
com as unidades de conservação da natureza. 
II - A decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.378-6-DF, estabelece que o art. 36 
da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, implicando em um mecanismo de assunção 
partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica, 
afastando a natureza tributária e ressarcitória/reparadora da compensação ambiental da Lei do SNUC. 
III - Competirá ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação, de acordo com a compostura do 
impacto ambiental a ser dimensionado no EIA/RIMA, não podendo o valor compensatório ser inferior 
a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, nos termos do § 
1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. 
IV - O valor da compensação-compartilhamento há de ser fixado proporcionalmente ao impacto 
ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa, sendo prescindível a 
utilização pelo órgão ambiental, de metodologia pautada no custo total para a implantação do 
empreendimento, como referência para o cálculo do valor a ser despendido pelo empreendedor. 
V - A decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.378-6-DF, estabelece que o valor 
da compensação-compartilhamento necessariamente deve considerar para o cálculo do valor da 
Compensação Ambiental (CA), a metodologia de fixação de percentual (GI – Grau de Impacto) sobre 
os custos do empreendimento (VR – Valor de Referência), como garantias mínimas de segurança 
jurídica e previsibilidade de custos aos empreendedores. 
A alternativa que contém a sequência correta, considerando V para verdadeiro e F para falso, é: 
(A)V-V-F-V-F. 
(B)V-V-V-F-F. 
(C)F-V-F-F-V. 
(D)V-F-F-F-V. 
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(E)Nenhuma das anteriores. 
Resposta. Item A. O item “I” está correto porque conforme assentado na ADI 3378, o 
compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende o 
princípio da legalidade, considerando que a própria lei previu o modo de financiamento dos gastos 
com as unidades de conservação da natureza. O item “II” está correto, pois o STF entendeu que o art. 
36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de 
assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade 
econômica. O item “III”está incorreto considerando que o teto mínimo de 0,5% foi julgado 
inconstitucional pelo STF. O item “IV” está correto tendo em vista que o STF entendeu que o valor da 
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao impacto ambiental, após 
estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa. O item “V” está incorreto porque a 
metodologia de cálculo foi prevista no Decreto 4.340/2002, não tendo feito a Corte Suprema qualquer 
referência ao cálculo no julgamento da ADI. 
(ANP/Especialista em Regulação/CESPE – 2013) O SNUC estabelece que apenas UC pertencentes ao 
Grupo de Proteção Integral podem ser beneficiárias de recursos oriundos da compensação ambiental 
estabelecida pelo art. 36 da Lei n.º 9.985/2000. 
Resposta. Item errado. A regra é que os valores oriundos da compensação ambiental sejam aplicados 
nas unidades de conservação de proteção integral, ressalvado os casos em que o empreendimento 
afete diretamente outras unidades de conservação ou suas zonas de amortecimentos, situação em que 
deverão ser contempladas pela compensação ambiental. Destaque-se também a alteração trazida pela 
lei 13.668/2018 que ventilou a possibilidade de a compensação ambiental, em virtude do interesse 
público, poder ser cumprida em unidades de conservação de posse e domínio públicos do grupo de 
Uso Sustentável, especialmente as localizadas na Amazônia Legal. 
 
LEGISLAÇÃO DESTACADA 
Senhores! Para sistematizar a legislação ventilada na presente aula, apresento os dispositivos abordados, 
bem como jurisprudência adicional. O objetivo é que possam revisá-los e fixá-los com o tempo, considerando 
que a maioria das provas de concurso exigem a literalidade das leis e o conhecimento da jurisprudência. 
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
Lei 9.985/2000 - SNUC 
 
(...) 
 
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Art. 3o O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC é constituído pelo conjunto das unidades 
de conservação federais, estaduais e municipais, de acordo com o disposto nesta Lei. 
(...) 
Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições: 
 I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as atribuições de 
acompanhar a implementação do Sistema; 
II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o Sistema; e 
III - órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, 
com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação 
federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação. (Redação dada pela Lei nº 11.516, 2007) 
Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama, unidades de conservação 
estaduais e municipais que, concebidas para atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de 
manejo que não possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas 
características permitam, em relação a estas, uma clara distinção. 
Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas: 
I - Unidades de Proteção Integral; 
II - Unidades de Uso Sustentável. 
§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto 
dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. 
§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso 
sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: 
I - Estação Ecológica; 
II - Reserva Biológica; 
III - Parque Nacional; 
IV - Monumento Natural; 
V - Refúgio de Vida Silvestre. 
Art. 9o A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. 
§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão 
desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
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§ 2o É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de 
Manejo da unidade ou regulamento específico. 
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está 
sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 
§ 4o Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de: 
I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; 
II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; 
III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas; 
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação 
ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por 
cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hectares. 
Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes 
em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de 
recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio 
natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 
§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão 
desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico. 
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está 
sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 
 
Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância 
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de 
educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão 
desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas 
estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. 
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está 
sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 
§ 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, 
Parque Estadual e Parque Natural Municipal. 
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Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande 
beleza cênica. 
§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os 
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. 
§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do 
proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do 
Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 3o A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas 
estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. 
Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições 
para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 
§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os 
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. 
§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do 
proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do 
Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas 
estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. 
§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgãoresponsável pela administração da unidade e está 
sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: 
I - Área de Proteção Ambiental; 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; 
III - Floresta Nacional; 
IV - Reserva Extrativista; 
V - Reserva de Fauna; 
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada 
de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-
estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo 
de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais 
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§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. 
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma 
propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental. 
§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão 
estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. 
§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo 
público, observadas as exigências e restrições legais. 
§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e 
constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, 
conforme se dispuser no regulamento desta Lei. 
Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma 
ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e 
tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas 
áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. 
§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas. 
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma 
propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico. 
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como 
objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para 
exploração sustentável de florestas nativas. 
§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem 
ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de sua 
criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. 
§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão 
responsável por sua administração. 
§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração 
da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento. 
§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração 
e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das 
populações tradicionais residentes. 
§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada, respectivamente, Floresta 
Estadual e Floresta Municipal. 
Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-
se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, 
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e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável 
dos recursos naturais da unidade. 
§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais conforme 
o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus 
limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua 
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das 
populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. 
§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no 
Plano de Manejo da área. 
§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela 
administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento. 
§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo. 
§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional. 
§ 7o A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações especiais 
e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em regulamento 
e no Plano de Manejo da unidade. 
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, 
residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de 
recursos faunísticos. 
§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites 
devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as 
normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. 
§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. 
§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto nas leis sobre 
fauna e regulamentos. 
Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja 
existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de 
gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da 
natureza e na manutenção da diversidade biológica. 
§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, 
assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e 
exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o 
conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. 
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§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em 
seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo com o disposto no art. 23 desta 
Lei e em regulamentação específica. 
§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade 
civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da 
unidade. 
§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável obedecerão às seguintes condições: 
I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o 
disposto no Plano de Manejo da área; 
II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor relação das populações 
residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela 
administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento; 
III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a conservação; e 
IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a 
substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e 
ao Plano de Manejo da área. 
§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de uso 
sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. 
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de 
conservar a diversidade biológica. 
§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que 
verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. 
§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: 
I - a pesquisa científica; 
II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; 
§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica e científica ao 
proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e 
de Gestão da unidade. 
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que 
permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em 
regulamento. 
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§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obrigado a fornecer informações adequadas e 
inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. 
§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta de que trata o § 2o deste artigo. 
§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em 
unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a 
unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. 
§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo 
acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, 
desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. 
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. 
(...) 
Art. 30. As unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com 
objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão 
(...) 
Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim 
considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo 
relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação 
do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.(Regulamento) 
§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode ser inferior a meio por 
cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão 
ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. (Vide ADIN nº 
3.378-6, de 2008) 
§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando 
as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de 
novas unidades de conservação. 
§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o 
licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável 
por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser 
uma das beneficiárias da compensação definida neste artigo. 
§ 4º A obrigação de que trata o caput deste artigo poderá, em virtude do interesse público, ser cumprida em unidades 
de conservação de posse e domínio públicos do grupo de Uso Sustentável, especialmente as localizadas na Amazônia 
Legal. (Incluído pela Lei nº 13.668, de 2018) 
(...) 
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e 
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o 
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desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento 
sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. 
§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por: 
I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza; 
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para as áreas-
núcleo; e 
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos recursos 
naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis. 
§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado. 
§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público, respeitadas 
as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica. 
§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições públicas, 
de organizações da sociedade civil e da população residente, conformese dispuser em regulamento e no ato de 
constituição da unidade. 
§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB", 
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro. 
(...) 
Art. 42. As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja 
permitida serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder 
Público, em local e condições acordados entre as partes. 
§ 1o O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o reassentamento das populações tradicionais a serem 
realocadas. 
§ 2o Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata este artigo, serão estabelecidas normas e ações 
específicas destinadas a compatibilizar a presença das populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade, 
sem prejuízo dos modos de vida, das fontes de subsistência e dos locais de moradia destas populações, assegurando-
se a sua participação na elaboração das referidas normas e ações. 
§ 3o Na hipótese prevista no § 2o, as normas regulando o prazo de permanência e suas condições serão estabelecidas 
em regulamento. 
(...) 
Art. 45. Excluem-se das indenizações referentes à regularização fundiária das unidades de conservação, derivadas ou 
não de desapropriação: 
 
III - as espécies arbóreas declaradas imunes de corte pelo Poder Público; 
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IV - expectativas de ganhos e lucro cessante; 
V - o resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros compostos; 
VI - as áreas que não tenham prova de domínio inequívoco e anterior à criação da unidade. 
 
Decreto 4.340/2002- Regulamento do SNUC 
 
 
(...) 
Art. 2o O ato de criação de uma unidade de conservação deve indicar: 
I - a denominação, a categoria de manejo, os objetivos, os limites, a área da unidade e o órgão responsável por sua 
administração; 
II - a população tradicional beneficiária, no caso das Reservas Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento 
Sustentável; 
III - a população tradicional residente, quando couber, no caso das Florestas Nacionais, Florestas Estaduais ou Florestas 
Municipais; e 
IV - as atividades econômicas, de segurança e de defesa nacional envolvidas. 
Art. 3o A denominação de cada unidade de conservação deverá basear-se, preferencialmente, na sua característica 
natural mais significativa, ou na sua denominação mais antiga, dando-se prioridade, neste último caso, às designações 
indígenas ancestrais. 
Art. 4o Compete ao órgão executor proponente de nova unidade de conservação elaborar os estudos técnicos 
preliminares e realizar, quando for o caso, a consulta pública e os demais procedimentos administrativos necessários 
à criação da unidade. 
Art. 5o A consulta pública para a criação de unidade de conservação tem a finalidade de subsidiar a definição da 
localização, da dimensão e dos limites mais adequados para a unidade. 
§ 1o A consulta consiste em reuniões públicas ou, a critério do órgão ambiental competente, outras formas de oitiva 
da população local e de outras partes interessadas. 
§ 2o No processo de consulta pública, o órgão executor competente deve indicar, de modo claro e em linguagem 
acessível, as implicações para a população residente no interior e no entorno da unidade proposta. 
(...) 
Art. 8o O mosaico de unidades de conservação será reconhecido em ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido 
dos órgãos gestores das unidades de conservação. 
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Art. 9o O mosaico deverá dispor de um conselho de mosaico, com caráter consultivo e a função de atuar como 
instância de gestão integrada das unidades de conservação que o compõem. 
§ 1o A composição do conselho de mosaico é estabelecida na portaria que institui o mosaico e deverá obedecer aos 
mesmos critérios estabelecidos no Capítulo V deste Decreto. 
§ 2o O conselho de mosaico terá como presidente um dos chefes das unidades de conservação que o compõem, o 
qual será escolhido pela maioria simples de seus membros. 
(...) 
Art. 12. O Plano de Manejo da unidade de conservação, elaborado pelo órgão gestor ou pelo proprietário quando for 
o caso, será aprovado: 
I - em portaria do órgão executor, no caso de Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento 
Natural, Refúgio de Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta 
Nacional, Reserva de Fauna e Reserva Particular do Patrimônio Natural; 
II - em resolução do conselho deliberativo, no caso de Reserva Extrativista e Reserva de Desenvolvimento Sustentável, 
após prévia aprovação do órgão executor. 
(...) 
Art. 22. Poderá gerir unidade de conservação a OSCIP que preencha os seguintes requisitos: 
I - tenha dentre seus objetivos institucionais a proteção do meio ambiente ou a promoção do desenvolvimento 
sustentável; e 
II - comprove a realização de atividades de proteção do meio ambiente ou desenvolvimento sustentável, 
preferencialmente na unidade de conservação ou no mesmo bioma. 
(...) 
Art. 31. Para os fins de fixação da compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985, de 2000, o Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA estabelecerá o grau de impacto a partir de 
estudo prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará, exclusivamente, 
os impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente. 
§ 1o O impacto causado será levado em conta apenas uma vez no cálculo. 
§ 2o O cálculo deverá conter os indicadores do impacto gerado pelo empreendimento e das características do 
ambiente a ser impactado. 
§ 3o Não serão incluídos no cálculo da compensação ambiental os investimentos referentes aos planos, projetos e 
programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos, bem como os encargos 
e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com 
apólices e prêmios de seguros pessoais e reais. 
§ 4o A compensação ambiental poderá incidir sobre cada trecho, naqueles empreendimentos em que for emitida a 
licença de instalação por trecho. 
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Art. 31-A. O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor 
de Referência - VR, de acordo com a fórmula a seguir: 
CA = VR x GI, onde: 
CA = Valor da Compensação Ambiental 
VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, não incluídos os investimentos 
referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de 
impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do 
empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais; e 
GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5%. 
(...) 
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e 
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o 
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimentosustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. 
§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por: 
I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza; 
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para as áreas-
núcleo; e 
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos recursos 
naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis. 
§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado. 
§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público, respeitadas 
as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica. 
§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições públicas, 
de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no ato de 
constituição da unidade. 
§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB", 
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro. 
JURISPRUDÊNCIA DESTACADA 
JURISPRUDÊNCIA DO STF 
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Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA N. 558/2012. CONVERSÃO NA LEI N. 
12.678/2012. INÉPCIA DA INICIAL E PREJUÍZO DA AÇÃO QUANTO AOS ARTS. 6º E 11 DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 
558/2012 E AO ART. 20 DA LEI N. 12.678/2012. POSSIBILIDADE DE EXAME DOS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA 
O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA NORMATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO. AUSÊNCIA DOS 
PRESSUPOSTOS DE RELEVÂNCIA E URGÊNCIA. ALTERAÇÃO DA ÁREA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO POR MEDIDA 
PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. CONFIGURADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE RETROCESSO 
SOCIOAMBIENTAL. AÇÃO PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE, JULGADA PROCEDENTE, SEM PRONÚNCIA DE 
NULIDADE. 
1. Este Supremo Tribunal manifestou-se pela possibilidade e análise dos requisitos constitucionais para a edição de 
medida provisória após a sua conversão em lei. 
2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal admite, em caráter excepcional, a declaração de inconstitucionalidade de 
medida provisória quando se comprove abuso da competência normativa do Chefe do Executivo, pela ausência dos 
requisitos constitucionais de relevância e urgência. Na espécie, na exposição de motivos da medida provisória não se 
demonstrou, de forma suficiente, os requisitos constitucionais de urgência do caso. 
3. As medidas provisórias não podem veicular norma que altere espaços territoriais especialmente protegidos, sob 
pena de ofensa ao art. 225, inc. III, da Constituição da República. 
4. As alterações promovidas pela Lei n. 12.678/2012 importaram diminuição da proteção dos ecossistemas 
abrangidos pelas unidades de conservação por ela atingidas, acarretando ofensa ao princípio da proibição de 
retrocesso socioambiental, pois atingiram o núcleo essencial do direito fundamental ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado previsto no art. 225 da Constituição da República. 
5. Ação direta de inconstitucionalidade parcialmente conhecida e, nessa parte, julgada procedente, sem pronúncia de 
nulidade. 
(ADI 4717, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 05/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 
DIVULG 14-02-2019 PUBLIC 15-02-2019) 
 
 
EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 22, caput e §§ 5º e 6º, da Lei nº 9.985/2000. Criação e 
modificação de unidades de conservação por meio de ato normativo diverso de lei. Ofensa ao art. 225, § 1º, III, 
da Constituição Federal. Não ocorrência. Improcedência da ação. 
1. A proteção do meio ambiente e a preservação dos biomas é obrigação constitucional comum a todos os entes 
da Federação (art. 23, VI e VII, CF/88). Para tanto, a Lei Fundamental dota o Poder Público dos meios necessários 
à consecução de tais fins, incumbindo-o, inclusive, da atribuição de definir, em todas as unidades da Federação, 
espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, conforme estabelece o art. 225, § 1º, 
inciso III, da Constituição. 
2. Constitucionalidade do art. 22, caput, da Lei nº 9.985/2000. A dicção do texto constitucional não provoca 
maiores problemas quanto à definição de ato normativo apto à instituição/criação de espaços territorialmente 
protegidos, dentre os quais se pode destacar as unidades de conservação regulamentadas pela Lei nº 9.985/2000. 
Tendo a Carta se referido à reserva de legislação somente como requisito de modificação ou supressão de 
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unidade de conservação, abriu margem para que outros atos do Poder Público, além de lei em sentido estrito, 
pudessem ser utilizados como mecanismos de instituição de espaços ambientais protegidos. Precedentes. 
3. A teor do art. 225, § 1º, inciso III, da Constituição Federal, a alteração e a supressão de espaços territoriais 
especialmente protegidos somente são permitidas por intermédio de lei. A finalidade da Carta Magna, ao fixar 
a reserva de legalidade, deve ser compreendida dentro do espírito de proteção ao meio ambiente nela insculpido. 
Somente a partir da teleologia do dispositivo constitucional é que se pode apreender seu conteúdo normativo. 
Nesse sentido, a exigência de lei faz-se presente quando referida modificação implicar prejudicialidade ou 
retrocesso ao status de proteção já constituído naquela unidade de conservação, com o fito de coibir a prática de 
atos restritivos que não tenham a aquiescência do Poder Legislativo. Se, para inovar no campo concreto e efetuar 
limitação ao direito à propriedade, a Constituição não requisitou do Poder Público a edição de lei, tanto mais não 
o faria para simples ampliação territorial ou modificação do regime de uso aplicável à unidade de conservação, a 
fim de conferir a ela superior salvaguarda (de proteção parcial para proteção integral). Por essa razão, não 
incidem em inconstitucionalidade as hipóteses mencionadas nos §§ 5º e 6º do art. 22 da Lei nº 9.985/2000, as 
quais dispensam a observância da reserva legal para os casos de alteração das unidades de conservação, seja 
mediante transformação da unidade de conservação do grupo de Uso Sustentável para o grupo de Proteção 
Integral, seja mediante a ampliação dos limites territoriais da unidade, desde que sem modificação de seus 
limites originais, exceto pelo acréscimo proposto. 
4. Ação direta julgada improcedente. 
(ADI 3646, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
262 DIVULG 29-11-2019 PUBLIC 02-12-2019) 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E 3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE 
JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE 
EMPREENDIMENTOS DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO § 1º DO 
ART. 36. 
1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende o 
princípio da legalidade, dado haver sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as 
unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação ao princípio da separação dos Poderes, 
por não se tratar de delegação do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos administrados. 
 
2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação, de acordo com a compostura do impacto 
ambiental a ser dimensionado no relatório - EIA/RIMA. 
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de 
assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica. 
4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade. Compensação ambiental que se revela como 
instrumento adequado à defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações, não 
havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade constitucional. Medida amplamente compensada pelos 
benefícios que sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua higidez. 
5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para 
a implantação do empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da compensação-
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compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao impacto ambiental, após estudo em que se assegurem 
o contraditório e a ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os custos do empreendimento. 
6. Ação parcialmente procedente. 
(ADI 3378, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 09/04/2008, DJe-112 DIVULG 19-06-2008 
PUBLIC 20-06-2008 EMENT VOL-02324-02 PP-00242 RTJ VOL-00206-03 PP-00993) 
 
RESUMO 
 
Apresentarei os principais temas destacados na aula para fins de revisão de última hora. Um olhar periódico 
sobre os resumos é uma tática de estudo importante, pois além de economizar tempo em rememorar as 
ideias principais sobre os temas, ajuda no processo de memorização e manutenção das informações em 
nosso cérebro por mais tempo. No entanto, não esqueça que em havendo dificuldades quanto ao 
entendimento do assunto, a melhor tática é a retomada dele diretamente nesta aula. 
 
1. ASPECTOS INICIAIS SOBRE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
➢ A política de gestão de Unidades de Conservação- UCs no Brasil apresentou diversos momentos em seu 
desenvolvimento, inicialmente fragmentário com a criação de determinadas categorias de UCs para 
atender os objetivos básicos de proteção de ecossistemas com finalidades específicas de satisfação das 
necessidades humanas (proteção de mananciais para abastecimento de água urbano, por exemplo), e, 
posteriormente, sistematizado por meio da instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
em que se estabeleceu critérios e normas para a criação, implementação e gestão dessas áreas a serem 
protegidas (Lei 9.985/2000). 
➢ Diversas categorias de unidades de conservação foram criadas desde a década de 1930 até a década de 
1990 apresentando diferentes regimes jurídicos protetivos desses espaços territoriais, isso sem 
considerar outras categorias de unidades criadas pelos Estados e pelos Municípios. Havia, assim, uma 
fragmentação de normas protetivas das unidades de conservação no Brasil com diversas categorias no 
âmbito federal, estadual e municipal, fato que exigiu uma norma geral que sistematizasse as regras de 
criação e gerenciamento desses espaços. Assim nasceu a Lei 9.985/2000, conhecida como Lei do Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. 
 
2. SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO-SNUC 
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➢ Natureza Jurídica das Unidades de Conservação: As Unidades de Conservação, conforme previsto no 
texto constitucional, têm natureza jurídica de espaços territoriais especialmente protegidos- ETEPs. Não 
podemos olvidar que as unidades de conservação são apenas mais uma das espécies de ETEPs, existindo 
outros com objetivo de proteção dos ecossistemas naturais como as Áreas de Preservação Permanente 
e a Área de Reserva Legal. 
➢ Criação e Extinção de Unidades de Conservação: A norma constitucional do art. 225, §1º, III, obrigou o 
Poder Público a instituir por meio de ato próprio os espaços territoriais especialmente protegidos, neles 
incluídas as unidades de conservação. Regulamentando o dispositivo, o art. 22, do SNUC previu que as 
unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público (todos os entes), podendo ser Lei ou 
Decreto. Não há obrigatoriedade de que a UC seja crida por Lei, até porque a criação das unidades de 
conservação visa tutelar os recursos naturais e garantir a sadia qualidade de vida de todos, não havendo, 
em tese, prejuízo ao meio ambiente em suas diversas vertentes. 
➢ Pressupostos Necessários para Instituição de Unidades de Conservação: o ato de instituição da unidade 
de conservação há necessidade de atendimento de dois requisitos fixados no §2º, do art. 22, da Lei do 
SNUC, quais sejam, os estudos técnicos e a consulta pública. 
➢ Categorias de Unidades de Conservação: o SNUC, trazendo verdadeira inovação legislativa, dividiu as 
unidades de conservação da natureza em dois grandes grupos, quais sejam, as unidades de proteção 
integral, de maior grau de proteção, totalizando 5 UCs, e as unidades de uso sustentável 
consubstanciadas em 7 UCs. Assim, hoje no território brasileiro há 12 categorias de unidades de 
conservação divididas nos grupos de proteção integral e de uso sustentável. As unidades de conservação 
de proteção integral, nos termos do art. 8º, da Lei do SNUC, são denominadas de: Estação Ecológica 
(EsEc); Reserva Biológica (ReBio); Parque Nacional (Parna); Monumento Natural (MoNa) e Refúgio da 
Vida Silvestre (ReViS). Ao seu turno, as unidades de conservação do grupo de uso sustentável, nos termos 
do art. 14, da Lei 9.985/2000, são: Área de Proteção Ambiental (APA); Área de Relevante Interesse 
Ecológico (ARIE); Floresta Nacional (FloNa); Reserva Extrativista (ResEx); Reserva de Fauna ( ReFau); 
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 
➢ Estação Ecológica – EsEc: O regime jurídico da Estação Ecológica- EsEc foi previsto no art. 9º, da Lei do 
SNUC, sendo uma unidade de conservação de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares 
incluídas em seus limites serão desapropriadas. Nesse sentido, quando da criação da EsEc, se o ente 
instituidor perceber que existem propriedades privadas dentro dos seus limites, deverá intervir na 
propriedade expropriando o imóvel pelo processo de desapropriação. Isso porque na EsEc não se admite 
a presença de terras privadas. 
➢ Reserva Biológica – ReBio: O SNUC previu em seu art. 10 o regime jurídico da Reserva Biológica – ReBio 
sendo de posse e domínio públicos, devendo as áreas particulares incluídas em seus limites ser 
desapropriadas. A ReBio tem por objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais 
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-
se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para 
recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 
➢ Parque Nacional – ParNa: O regime jurídico do Parque Nacional, da mesma forma que a ReBio e a EsEc, 
é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão 
desapropriadas. O ParNa tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande 
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o 
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a 
natureza e de turismo ecológico. 
➢ Monumento Natural – MoNa: O Monumento Natural é uma categoria de unidade de conservação de 
proteção integral que tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande 
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beleza cênica. Diferentemente da EsEc, ReBio e ParNa, o Monumento Natural pode ser constituído por 
áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da 
terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. 
➢ Refúgio da Vida Silvestre – ReViS: Refúgio da Vida Silvestre é uma unidade de conservação de proteção 
integral que tem como característica em seu regime jurídico, da mesma forma do MoNa, a possibilidade 
de ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade 
com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. Por outro lado, havendo 
incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do 
proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a 
coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada. 
➢ Área de Proteção Ambiental-APA: A Área de Proteção Ambiental é uma unidade de conservação de uso 
sustentável que tem uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de 
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida 
e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, 
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais 
➢ Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE: A Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE, unidade de 
conservação de uso sustentável, é uma área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma 
ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da 
biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e 
regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da 
natureza. 
➢ Floresta Nacional-FloNa: A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos 
florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas 
nativas. São nas Florestas Nacionais (Estaduais e Municipais) que são viabilizadas as concessões florestais, 
modo de gestão indireta das florestas públicas por particular para exploração sustentável desses 
recursos. 
➢ Reserva Extrativista-ResEx: A Reserva Extrativista é uma unidade de conservação de uso sustentável 
consubstanciada em uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência 
baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de 
animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas 
populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. 
➢ Reserva de Fauna- ReFau: é uma unidade de conservação de uso sustentável que tem uma área natural 
com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, 
adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos 
faunísticos. A categoria das reservas de fauna surgiu com a lei do SNUC com o objetivo de substituir a 
categoria anteriormente existente de parques de caça. Na ReFau é proibindo o exercício da caça 
amadorística ou profissional. 
 
➢ Reserva de Desenvolvimento Sustentável-RDS: A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área 
natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de 
exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições 
ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção 
da diversidade biológica. 
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➢ Reserva Particular do Patrimônio Nacional-RPPN: A Reserva Particular do Patrimônio Natural-RPPN já 
existia antes da criação do SNUC. Com o advento da Lei 9.985/00, foi categorizada no grupo das unidades 
de conservação de uso sustentável. A RPPN é uma UC de posse e domínio privados, gravada com 
perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Foi regulamentada pelo Decreto 
5.746/2006. Cumpre destacar que a iniciativa para criação de uma RPPN é ato voluntário do particular 
proprietário da área que demonstram um potencial para a conservação da biodiversidade. As obrigações 
do particular constarão de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a 
existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. 
 
 
3. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
 
➢ Principais normativos sobre a Compensação Ambiental: a compensação ambiental tem previsão legal 
em duas leis fundamentais: a Lei 9.985/2000 que disciplinou as características do instituto e a Lei 
13.668/2018 que dispõe sobre a destinação e a aplicação dos recursos de compensação ambiental. O art. 
36, da Lei n.º 9.985/2000 (Lei do SNUC), disciplinou o instituto da compensação, sendo regulamentado 
pelo Decreto n.º 4.340/2002 e pela Resolução do Conama n.º 371/2006. A norma Legal adotou como 
critério para incidência do instituto da compensação ambiental somente aqueles empreendimentos de 
significativo impacto ambiental que exigem a elaboração, no processo de licenciamento ambiental, do 
EPIA/RIMA que deverão, como regra, apoiar a implementação e manutenção de unidades de 
conservação do grupo de proteção integral. 
➢ A Constitucionalidade do art. 36 da Lei 9.985/2000. ADI 3.378/DF: a Corte Suprema entendeu que havia 
inconstitucionalidade na expressão "não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos 
para a implantação do empreendimento", prevista no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da 
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao impacto ambiental, após 
estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa, havendo prescindibilidade da fixação de 
percentual sobre os custos do empreendimento. 
➢ Natureza Jurídica da Compensação Ambiental: corrente majoritária é aquela que defende a 
compensação ambiental como uma obrigação econômica de reparação pelo uso dos bens ambientais, 
dando efetividade ao princípio do usuário-pagador previsto no art. 4º, I, da Lei da PNMA (Lei 6938/81). 
Nesse sentido, cabe ao usuário a obrigação de pagar pela utilização dos recursos naturais, mesmo que 
não venha provocar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, sendo a compensação ambiental uma 
decorrência desse princípio ambiental. Assim, a compensação ambiental tem natureza jurídica de 
obrigação econômica de reparação pelo uso do meio ambiente. 
➢ Execução da Compensação Ambiental: As novas regras trazidas pela edição da Lei 13.668/2018 
autorizou o ICMBio a selecionar instituição financeira oficial para que esta crie e administre um fundo 
privado a ser integralizado com recursos oriundos da compensação ambiental destinados às unidades de 
conservação instituídas pela União. Os recursos oriundos da compensação ambiental não são públicos, 
mas sim privados que não poderão passar pelos cofres da União cabendo ao órgão gestor das unidades 
de conservação federal (ICMBio), selecionar a instituição financeira, dispensada a licitação, que, além de 
gerir o fundo, será responsável pela execução, direta ou indireta, e pela gestão centralizada dos recursos 
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de compensação ambiental, podendo, para a execução indireta, firmar contrato com instituições 
financeiras oficiais regionais. 
➢ Destinação dos Recursos da Compensação Ambiental: Os valores direcionados à compensação 
ambiental são de destinação vinculada. Só podem ser aplicados para apoiar a implantação e manutenção 
de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, cabendo ao órgão ambiental licenciador 
compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando as propostas 
apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de 
novas unidades de conservação desse grupo. Por outro lado, há regra especial que determina que quando 
o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, mesmo 
que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação 
ambiental. Com a edição da Lei 13.668/2018 foi inserido o §4º, no art. 36, da Lei 9.985/2000, ampliando 
as unidades de conservação que podem ser beneficiárias da compensação. Nesse sentido, poderá, em 
virtude do interesse público, ser cumprida em unidades de conservação de posse e domínio públicos do 
grupo de Uso Sustentável, especialmente as localizadas na Amazônia Legal. 
➢ Cálculo da Compensação Ambiental: O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo 
produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR, de acordo com a seguinte fórmula: CA 
= VR x GI. Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – 
IBAMA, no âmbito federal, estabelecer o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto 
ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará, exclusivamente, os impactos 
ambientais negativos sobre o meio ambiente, devendo o impacto causado ser levado em conta apenas 
uma vez no cálculo, sob pena de mensuração em dobro, em verdadeira distorção do instituto da 
compensação. 
QUESTÕES COMENTADAS 
Magistratura 
1. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal Substituto/TRF - 2ª Região – 2017) Em relação às Unidades de 
Conservação é correto afirmar que: 
(A)O licenciamento de atividade desenvolvida em área de proteção ambiental federal é sempre de 
competência da União. 
(B)O resultado das consultas públicas prévias à criação de unidades de conservação só vincula o Poder 
Executivo quando houver participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a 
consulta seja feita com acompanhamento do Tribunal Regional Eleitoral. 
(C)A zona de amortecimento de uma unidade de conservação deve ter seus limites definidos, seja no ato de 
criação da unidade ou posteriormente. 
(D)Nas unidades de conservação de proteção integral não são permitidas atividades com finalidades 
lucrativas. 
(E)Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos residentes que 
façam parte da população tradicional abrigada pela reserva. 
Resposta. Item C. O Item “A” está incorreto, pois há regras específicas para o licenciamento em APAs previsto 
no art. 7º, XIV, “d” c/c art. 12 caput e parágrafo único, ambos da LC nº 140/2011. O item “B” está incorreto, 
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pois o resultado da audiência pública, independentemente da quantidade e da qualidade dos participantes, 
em nada altera o caráter apenas opinativa da participação popular. O item “C” está correto considerando 
que os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos, poderão ser definidas no ato de 
criação da unidade ou posteriormente. O item “E” está incorreto porque o art. 20, § 5º, I, da Lei 9.985/2000 
permite a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no 
Plano de Manejo da área. 
2. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal/TRF - 2ª Região – 2014) Em relação à extinção de reserva biológica 
estadual, assinale a alternativa correta: 
(A)Trata-se de ato discricionário do Poder Executivo. 
(B)Se a reserva foi criada por decreto pode ser extinta por decreto, se foi criada por lei somente a lei pode 
extingui-la. 
(C)A reserva biológica pode ser extinta por decreto, mas mediante realização de estudo prévio de impacto 
ambiental ao qual se dará ampla publicidade. 
(D)Reservas biológicas e da biosfera só podem ser extintas por emenda à convenção internacional da 
biodiversidade. 
(E)Reserva biológica só pode se extinta por lei do mesmo ente que a criou. 
Resposta. Item E. A extinção de uma unidade de conservação, independentemente de ser uma reserva 
biológica e do instrumento de sua criação ( lei ou decreto), exige lei formal para tanto, do mesmo ente 
instituidor, nos termos do art. 225, §1º, III, da CF/88. 
3. (TRF - 4ª/Juiz Federal/TRF - 4ª REGIÃO – 2010) Assinale a alternativa correta. 
A unidade de conservação, de posse e de domínio público federal, que tem como objetivo a preservação 
integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta 
ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as 
ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os 
processos ecológicos naturais, é denominada, pela Lei 9.985/2000, de: 
(A)Estação Ecológica. 
(B)Parque Nacional. 
(C)Floresta Nacional. 
(D)Reserva de Desenvolvimento Sustentável. 
(E)Reserva Biológica. 
Resposta. Item E. Nos termos do art. 10, da Lei do SNUC, a Reserva Biológica tem como objetivo a 
preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência 
humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas 
alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade 
biológica e os processos ecológicos naturais 
4. (TRF - 5ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2017) Uma área em geral extensa, com certo grau 
de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente 
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importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e que tem como objetivos 
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade 
do uso dos recursos naturais é considerada, pela legislação do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza, 
(A)unidade de uso sustentável da categoria área de relevante interesse ecológico. 
(B)unidade de uso sustentável da categoria reserva de desenvolvimento sustentável. 
(C)unidade de proteção integral da categoria área de relevante interesse ecológico. 
(D)unidade de proteção integral da categoria área de proteção ambiental. 
(E)unidade de uso sustentável da categoria área de proteção ambiental. 
Resposta. Item E. Nos termos do art. 15, da Lei do SNUC, a Área de Proteção Ambiental é uma área em geral 
extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou 
culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem 
como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 
5. (TJ-RS/Juiz de Direito Substituto/VUNESP – 2018) No que tange às unidades de conservação, 
assinale a alternativacorreta. 
(A)A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. 
(B)O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande 
relevância ecológica e beleza cênica. 
(C)Na Estação Ecológica não podem ser permitidas alterações dos ecossistemas. 
(D)O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso 
indireto dos seus recursos naturais. 
(E)A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem 
como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica. 
Resposta. Item E. O item “A” está incorreto porque a Reserva Biológica tem o objetivo da preservação 
integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou 
modificações ambientais. O item “B” está incorreto, pois o Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo 
proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou 
comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. O item “C” está incorreto considerando que 
na Estação Ecológica é permitida a interferência humana para restaurar ou recuperar os danos acarretados 
à unidade de conservação. O item “D” está incorreto tendo em vista que as unidades de uso sustentável é 
compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. O 
item “E” está correto porque a Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais 
e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. 
6. (TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/CESPE - 2015 - TJ-DFT) Com relação ao SNUC e ao Código 
Florestal, assinale a opção correta. 
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A reserva de biosfera não está prevista expressamente na lei que instituiu o SNUC, embora seja um modelo 
adotado internacionalmente. 
Resposta. Item errado. A reserva de biosfera foi prevista expressamente no art. 41, da Lei do SNUC. 
7. (TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2015) Dado que, em determinadas situações, o 
instrumento do licenciamento ambiental se relaciona com as unidades de conservação da natureza, 
assinale a opção correta de acordo com a legislação ambiental e sua jurisprudência. 
(A)Se o empreendimento de significativo impacto ambiental afetar a zona de amortecimento da unidade de 
conservação, o órgão licenciador deverá solicitar opinião do órgão ambiental responsável pela gestão da 
unidade. 
(B)No licenciamento ambiental de empreendimento causador de significativo impacto ambiental, o 
empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação de proteção 
integral a título de compensação ambiental. Esse apoio é feito mediante investimento, cujo montante deve 
pagar, no mínimo, meio por cento dos custos totais da implantação do empreendimento. 
(C)A indicação, pelo órgão licenciador, do montante total a ser pago a título de compensação ambiental, à 
luz do entendimento do STF, deve ocorrer de acordo com o grau de impacto significativo negativo do 
empreendimento indicado no EIA e respectivo relatório (EIA/RIMA). 
(D)Ao se aplicarem recursos de compensação ambiental na manutenção de unidades de conservação já 
criadas, devem-se priorizar as pesquisas sobre o manejo da unidade e área de amortecimento em relação à 
aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e proteção. 
(E)As atividades humanas no interior de unidades de conservação de uso sustentável, desde que compatíveis 
com os objetivos dessas unidades, devem ser precedidas de licenciamento ambiental. 
Resposta. Item C. O item “A” está incorreto porque nos termos do art. 36, §3º, quando o empreendimento 
afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento só poderá́ ser 
concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo 
que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação. O 
item “B” está incorreto, pois a fixação de teto mínimo foi julgado inconstitucional pelo STF. O item “C” está 
correto considerando que o STF fixou o entendimento de que o valor da compensação ambiental deve ser 
aferido pelo grau de impacto do empreendimento a ser aferido pelo órgão ambiental competente. O item 
“D” está incorreto porque deve-se priorizar o uso dos recursos da compensação com regularização fundiária 
e demarcação das terras; elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo; dentre outras (art. 33, da 
Lei do SNUC). O item “E” está incorreto tendo em vista que não há exigência de licenciamento ambiental, 
como regra, para as atividades desenvolvidas pelas populações tradicionais no interior das unidades de 
conservação. 
8. (TJ-PR/Juiz Substituto/CESPE – 2019) São unidades de conservação que admitem a habitação ou a 
permanência de populações tradicionais 
(A)as reservas extrativistas e as reservas de fauna. 
(B)as estações ecológicas e as reservas biológicas. 
(C)as reservas de desenvolvimento sustentável e as florestas nacionais. 
(D)as reservas de fauna e os parques nacionais. 
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Resposta. Item C. A lei 9.985/2000, previu a possibilidade de existência de populações tradicionais em três 
unidades de conservação, quais sejam, Flona, Resex e RDS. 
9. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal Substituto/TRF - 2ª Região – 2017) Em relação às Unidades de 
Conservação é correto afirmar que: 
(A)O licenciamento de atividade desenvolvida em área de proteção ambiental federal é sempre de 
competência da União. 
(B)O resultado das consultas públicas prévias à criação de unidades de conservação só vincula o Poder 
Executivo quando houver participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a 
consulta seja feita com acompanhamento do Tribunal Regional Eleitoral. 
(C)A zona de amortecimento de uma unidade de conservação deve ter seus limites definidos, seja no ato de 
criação da unidade ou posteriormente. 
(D)Nas unidades de conservação de proteção integral não são permitidas atividades com finalidades 
lucrativas. 
(E)Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos residentes que 
façam parte da população tradicional abrigada pela reserva. 
Resposta. Item C. O item “A” está incorreto porque, nos termos da Lei Complementar 140/2011, nas APAs 
deve-se seguir regras específicas que não, necessariamente, a do ente instituidor da unidade de conservação, 
nos termos do art. 7º, XIV, “d” c/c art. 12 caput e parágrafo único, ambos da LC nº 140/2011. O item “B” está 
incorreto, pois os resultados das consultas públicas não vinculam a administração pública quanto à criação 
das unidades de conservação. O item “C” está correto considerando que, como regra, as unidades de 
conservação precisam de uma zona de amortecimento para permitir uma transição entre a área protegida e 
a não protegida ambientalmente (buffer), embora existam unidades de conservação em que não se admitem 
tais áreas ( APAs e RPPN). O item “D” está incorreto tendo em vista que a lei do SNUC não veda as atividades 
lucrativas em unidades de conservação de proteção integral, como exemplo dos parques nacionais que 
cobram, em sua maioria, valores pela visitação, embora não seja o objetivo precípuo da UC.10. (TRF - 4ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/TRF - 4ª REGIÃO) Dadas as assertivas abaixo, assinale a 
alternativa correta. Acerca da Lei Federal nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza: 
I. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é composto pelas Unidades de Conservação 
Federais, Estaduais e Municipais. 
II. As Unidades de Conservação podem ser divididas entre Proteção Integral e de Uso Sustentável, e, em 
todas as situações, haverá a transferência do título de propriedade ao ente federativo que a instituiu. 
III. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por um órgão consultivo, o Conama; um 
órgão Central, o Ministério do Meio Ambiente; e um órgão executivo, que, para as Unidades de Conservação 
Federais, pode ser o Instituto Chico Mendes ou o Ibama. 
IV. Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento, que tem 
como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade. 
V. É permitida a ocupação das Unidades de Conservação para fins de pesquisa científica, independentemente 
de autorização do órgão gestor respectivo. 
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(A)Estão corretas apenas as assertivas I e II. 
(B)Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
(C)Estão corretas apenas as assertivas II e IV. 
(D)Estão corretas apenas as assertivas III e IV. 
(E)Estão corretas apenas as assertivas III e V. 
Resposta. Item B. O item “I” está correto porque o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza - SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, 
nos termos do art. 3º, da Lei do SNUC. O item “II” está incorreto, pois não há necessidade de transferência de 
título de propriedade para algumas categorias de unidades de conservação como no caso das RPPNs que são 
de posse e domínio públicos. O item “III” está correto considerando que o SNUC é gerido pelos: Órgão 
consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as atribuições de 
acompanhar a implementação do Sistema; pelo Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a 
finalidade de coordenar o Sistema; e pelos órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em 
caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as 
propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas 
respectivas esferas de atuação. O item “IV” está incorreto tendo em vista que as APAs e RPPNs não têm 
zonas de amortecimento, nos termos do art. 25, da Lei do SNUC. O item “V” está incorreto porque, embora 
a pesquisa seja permitida em praticamente todas as unidades de conservação, a autorização do órgão 
ambiental gestor da unidade é obrigatória nas de posse e domínio públicos. 
11. (TJ-DFT/Juiz/CESPE – 2016) De acordo com a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação (SNUC), assinale a opção correta. 
(A)Pode haver área particular localizada em unidade de conservação designada como Monumento Natural; 
nessas áreas, no entanto, não pode haver criação de animais domésticos nem plantio de qualquer espécie, 
sendo vedada essa autorização, se houver, no plano de manejo. 
(B)O parque nacional, a reserva de fauna, a estação ecológica e o refúgio de vida silvestre constituem 
exemplos, nos termos da lei, de unidades de proteção integral. 
(C)A presença de habitantes é inadmissível na floresta nacional, área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e de posse e domínio públicos. 
(D)As pesquisas científicas, realizadas em estação ecológica, que gerem impacto superior à simples 
observação ou à coleta controlada de componentes dos ecossistemas devem ocorrer em área 
correspondente a, no máximo, 3% da extensão total da unidade e até o limite de 1.500 hectares. 
(E)O subsolo e o espaço aéreo também integram os limites das unidades de conservação, e se consideram 
incluídos na proteção ambiental conferida à unidade, ainda que não constem no ato de criação ou no plano 
de manejo. 
Resposta. Item D. O item “A” está incorreto porque o Monumento Natural pode ser constituído por áreas 
particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos 
recursos naturais do local pelos proprietários. O item “B” está incorreto, pois a reserva de fauna é unidade 
de uso sustentável. O item “C” está incorreto considerando que a Floresta Nacional é uma área com 
cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração 
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sustentável de florestas nativas. O item “D” está correto tendo em vista que na Estação Ecológica só podem 
ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente 
seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos 
ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até 
o limite de um mil e quinhentos hectares, nos termos do art. 8º, § 4º, da Lei 9.985/2000. O item “E” está 
incorreto porque o subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na estabilidade do ecossistema, integram 
os limites das unidades de conservação (art. 24, da Lei do SNUC). 
12. (TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/CESPE – 2015) Com relação ao SNUC e ao Código Florestal, 
assinale a opção correta. 
(A)Não é permitido ao órgão ambiental licenciar empreendimento cujo estudo de impacto ambiental 
comprove que a atividade causará significativa degradação do meio ambiente. 
(B)O licenciamento de atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente prescinde, na 
esfera federal, de autorização do ICMBio, salvo se se tratar de unidade de conservação de proteção integral. 
(C)O manejo sustentável para exploração florestal eventual, limitada a vinte metros cúbicos, sem propósito 
comercial e para consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes. 
(D)É vedado o cômputo das áreas de preservação permanente no cálculo do percentual da reserva legal do 
imóvel. 
(E)A reserva de biosfera não está prevista expressamente na lei que instituiu o SNUC, embora seja um 
modelo adotado internacionalmente. 
Resposta. Item C. O item “A” está incorreto porque mesmo que o empreendimento cause significativo 
impacto ao meio ambiente poderá ser autorizado, mediante processo de licenciamento com elaboração de 
EPIA/RIMA. O item “B” está incorreto, pois, na esfera federal, exige-se autorização do ICMBio principalmente 
para as unidades de conservação de proteção integral. O item “C” está correto considerando que, nos termos 
do art. 23, do CFlor, o manejo sustentável para exploração florestal eventual sem propósito comercial, para 
consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes, devendo apenas ser 
declarados previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume explorado, limitada a 
exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos. O item “D” está incorreto tendo em vista que é admitido o 
cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde 
que sejam obedecidas algumas condições, como, por exemplo, a área a ser computada esteja conservada ou 
em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do 
Sisnama.O item “E” está incorreto porque a reserva de biosfera foi prevista no art. 41, da Lei 9.985/2000, 
sendo reconhecido como um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e 
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o 
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o 
desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. 
13. (TJ-GO/Juiz Substituto /FCC – 2015) O Estado X criou por Decreto um Parque Estadual, unidade de 
conservação da natureza de proteção integral segundo a Lei Federal no 9.985/2000. Passados 5 anos, 
editou-se um novo Decreto para desafetar parte da área deste Parque Estadual, reduzindo-se, assim, sua 
extensão territorial. O novo Decreto é 
(A)válido, pois não há impedimento legal para que o Ente Federativo que criou uma unidade de conservação 
possa alterar seus limites por meio de Decreto. 
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(B)válido, uma vez que a desafetação foi realizada pelo mesmo tipo de ato normativo que criou o Parque 
Estadual. 
(C)nulo, porque há expressa proibição legal para desafetar ou reduzir limites de qualquer unidade de 
conservação. 
(D)nulo, salvo se o Decreto contiver exposição de motivos. 
(E)nulo, uma vez que a desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita 
mediante lei específica. 
Resposta. Item E. O art. 22, da Lei 9.985/2000, fixou que as unidades de conservação são criadas por ato do 
Poder Público e sua desafetação ou redução dos limites só pode ser feita mediante lei específ ica. 
Promotor 
1. (MPE-SP/Promotor de Justiça Substituto/MPE-SP – 2017) Assinale a alternativa correta. 
A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo 
indispensável a consulta pública. 
Resposta. Item certo. São requisitos indispensáveis para criação de uma UC a realização de estudos técnicos 
e de audiência pública, ressalvado, neste último caso, para as estações ecológicas e reservas biológicas. 
2. (MPE-SC/Promotor de Justiça/MPE-SC – 2016) Estação Ecológica, Reserva Biológica, Floresta 
Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre são todas as categorias de unidade de 
conservação que compõem o grupo das Unidades de Proteção Integral, de acordo com o art. 8º da Lei n. 
9.985/00 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza). 
Resposta. Item errado. São unidades de conservação de proteção integral apenas: Estação Ecológica; 
Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; e Refúgio de Vida Silvestre. 
3. (MPE-PR/Promotor/MPE-PR – 2014) Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural 
que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos 
recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que 
desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. 
Em relação ao tema, assinale a alternativa correta: 
(A)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de 
uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos e será aprovado pelo Ministério Público; 
(B)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável é vedada, em qualquer hipótese, a substituição da cobertura 
vegetal; 
(C)A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida pelas populações tradicionais residentes na área, 
conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade; 
(D)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável não poderá contemplar a possibilidade 
de visitação pública; 
(E)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o 
tamanho da população e a conservação. 
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Resposta. Item E. O item “A” está incorreto porque o Plano de Manejo será aprovado pelo Conselho 
Deliberativo da UC. O item “B” está incorreto, pois nas RDS é admitida a exploração de componentes dos 
ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies 
cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. O item “C” 
está incorreto considerando que a RDS será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da 
sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no 
ato de criação da unidade. O item “D” está incorreto tendo em vista que é permitida e incentivada a visitação 
pública, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da 
área. O item “E” está correto porque, nos termos do art. 20, §2º, da Lei do SNUC, para o desenvolvimento 
das atividades desenvolvidas na RDS deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da 
população e a conservação. 
4. (MPE-MT/Promotor de Justiça/UFMT – 2014) Em relação ao regime jurídico de responsabilização 
civil em matéria ambiental, analise as proposições abaixo. 
A Lei N.º 9.985/2000, que trata das Unidades de Conservação, institui espécie de medida compensatória ao 
estabelecer que, nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto 
ambiental, com fundamento em EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e 
manutenção de unidade de conservação. 
Resposta. Item correto. Conforme o art. 36, da Lei 9.985/2000, nos casos de licenciamento ambiental de 
empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, 
com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é 
obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral . 
5. (MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/MPE-MS – 2018) Considere as assertivas a seguir: 
A cobrança pelo uso da água prevista na Lei de Recursos Hídricos e a compensação ambiental prevista na Lei 
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação são exemplos de aplicação prática do princípio do usuário-
pagador. 
Resposta. Item correto. Segundo o STF, no julgamento da ADI 3378/DF, o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 
densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da 
responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica. O fato de inexistir efetivo 
dano ambiental não significa isenção do empreendedor em partilhar os custos de medidas preventivas. Isto 
porque uma das vertentes do princípio usuário-pagador é a que impõe ao empreendedor o dever de também 
responder pelas medidas de prevenção de impactos ambientais que possam decorrer, significativamente, da 
implementação de sua empírica empreitada econômica. 
6. (PGM - Manaus – AM/Procurador do Município/CESPE – 2018) Julgue o próximo item, relativo a 
recursos hídricos e florestais. 
É vedado qualquer tipo de queima de vegetação no interior de unidades de conservação. 
Resposta. Item errado. Nos termos do art. 38, da Lei do SNUC, como regra, é proibido o uso de fogo na 
vegetação, exceto em situações específicas previstas no SNUC como o emprego da queima controlada em 
Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação 
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do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas 
características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo. 
 
Procurador 
1. (SEGEP-MA/Procurador do Estado/FCC – 2016) No processo de criação de uma Estação Ecológica 
(A)a consulta pública supre a eventual ausência de estudo técnico quando houver notório conhecimento 
acerca da relevância ambiental do território. 
(B)devem haver estudos técnicos e consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os 
limites mais adequados para a unidade. 
(C)o ato final será uma lei, pois Estação Ecológica somente pode ser criada por lei. 
(D)não é obrigatória a consulta pública. 
(E)o ato final será um decreto, pois Estação Ecológica somente pode ser criada por decreto. 
Resposta. Item D. O item “D” está correto considerando que, embora a regra seja a realização de audiência 
pública para criação de uma UC, para as estações ecológicas esse requisito é facultativo. Quanto aos demais 
itens, a criação da estação ecológica pode ser feita por ato normativo do Poder Público consubstanciado em 
lei, decreto ou mesmo medida provisória. 
2. (PGM/Procurador Municipal/FCC – 2010) A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
(ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. O Brasil, como um dos países megabiodiversos, já 
possui instrumentos para a preservação e conservação, que consideram ainda sua sociodiversidade. 
Diante da legislação constitucional e infraconstitucional pertinente, é correto afirmar: 
Com exceção da estação ecológica ou reserva biológica, para cuja criação não é obrigatória consulta pública, 
a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que 
permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para cada unidade de 
conservação. 
Resposta. Item correto. Nos termos do art. 22, §2º, da Lei do SNUC, para a criação de unidades de 
conservação são necessários estudos técnicos e a realização de consulta pública que permitam identificar a 
localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, ressalvadas, nos termos do §4º, as 
estações ecológicas e as reservas biológicas. 
3. (PGE-SP/Procurador do Estado/FCC – 2012) Considerado o disposto na Lei Federal no 9.985/00, que 
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, as seguintes categorias de unidades de 
conservação podem ser constituídas também por terras privadas, sem necessidade de desapropriação: 
(A)Área de Proteção Ambiental e Reserva Extrativista. 
(B)Refúgio de Vida Silvestre e Reserva Biológica. 
(C)Área de Relevante Interesse Ecológico e Estação Ecológica. 
(D)Refúgio de Vida Silvestre e Parque Nacional. 
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(E)Área de Relevante Interesse Ecológico e Área de Proteção Ambiental. 
Resposta. Item E. As APAs e as AIREs podem ser constituídas por terras privadas não havendo necessidade 
de desapropriação. A RPPN só admite terras privadas 
4. (PGE-GO/Procurador do Estado/PGE-GO – 2013) Sobre o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação (SNUC), é CORRETO afirmar que 
(A)nas áreas de proteção ambiental são permitidas a pesquisa científica e a visitação pública, nas condições 
estabelecidas pelo órgão gestor, no caso das áreas de domínio público, e, pelo proprietário, nas áreas 
privadas. 
(B)é obrigatória a realização prévia de estudos técnicos e de consulta pública para criação de toda unidade 
de conservação. 
(C)as unidades de conservação, exceto as reservas particulares do patrimônio natural e as reservas 
extrativistas, devem ter zona de amortecimento, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre 
a unidade. 
(D)é considerado uso direto, dentro das unidades de conservação, aquele que envolve coleta e uso apenas 
comercial dos recursos naturais. 
(E)a reserva da biosfera integra o grupo das unidades de conservação de proteção integral. 
Resposta. Item A. O item “A” está correto porque nas Ucs de domínio público cabe ao órgão gestor da 
unidade definir as regras básicas para visitação e pesquisa. Para as de domínio privado, cabe ao proprietário 
a autorização. O item “B” está incorreto, pois no caso de ReBio e EsEc não cabe a realização de audiência 
pública. O item “C” está incorreto considerando que as reservas extrativistas exigem zona de amortecimento. 
O item “D” está incorreto tendo em vista que o uso direto envolve coleta e uso, comercial ou não. O item 
“E” está incorreto porque a reserva de biosfera não é uma categoria de unidade de conservação, mas uma 
forma de gestão integrada de UCs. 
5. (PGM - Campo Grande – MS/Procurador Municipal/CESPE – 2019) Acerca de tutela processual do 
meio ambiente, de crimes ambientais e de espaços territoriais especialmente protegidos, julgue o item 
que se segue. 
As populações tradicionais residentes em unidades de conservação deverão ser, obrigatoriamente, 
realocadas pelo poder público e, por conseguinte, indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes 
no local onde habitavam. 
Resposta. Item errado. A depender da categoria da unidade de conservação, é possível a permanência das 
populações tradicionais, sem a necessidade de serem indenizadas ou compensadas, como nas ResEx e RDS. 
6. (PGE-SP/Procurador do Estado/FCC – 2009) Com o julgamento da ADI 3.378-6 DF, ajuizada pela 
Confederação Nacional da Indústria, pelo Supremo Tribunal Federal, a compensação ambiental de que 
trata o artigo 36 da Lei Federal no 9.985/2000 
(A)é exigida nos processos de licenciamento, independentemente do grau de impacto ambiental, sendo seu 
valor limitado a 0,5% do custo estimado para a implantação do empreendimento. 
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(B)é aplicável quando for constatada a ocorrência de dano ambiental, independentemente do grau de 
impacto decorrente da implantação do empreendimento, apurando-se o seu valor a partir do dano 
ambiental efetivamente ocorrido. 
(C)é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial 
impacto significativo, apurando-se o seu valor de acordo com o grau de impacto causado. 
(D)é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial 
impacto significativo, não podendo o seu valor corresponder a um percentual inferior a 0,5% do custo 
estimado para a sua implantação. 
(E)foi considerada inconstitucional, não mais podendo ser exigida pelo órgão ambiental competente nos 
processos de licenciamento ambiental. 
Resposta. Item C. A compensação ambiental só pode ser exigida, nos termos do art. 36, da Lei do SNUC, dos 
empreendimentos causadores de significativo impacto ambiental, devendo seu valor ser fixado 
proporcionalmente ao impacto ambiental resultante do empreendimento e não pelo valor com teto mínimo 
de 0,5% atribuído pelo § 1º, do art. 36, declarado inconstitucional pelo STF (ADI 3378), fato que tornam as 
demais alternativas incorretas. 
7. (Prefeitura de Londrina – PR/Procurador do Município/COPS-UEL – 2019) Sobre o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação, assinale a alternativa correta. 
(A)A Zona de Amortecimento é o documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais 
de uma unidade de conservação, se estabelecem o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos naturais. 
(B)As Unidades de Conservação, de acordo com a Lei nº 9.985/2000,dividem-se em dois grupos: de proteção 
absoluta e de uso sustentável. 
(C)As Unidades de Conservação poderão ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público, 
desde que estas tenham seus objetivos em consonância com os fins da unidade. 
(D)O Poder Público poderá suprimir por Decreto os espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, nos casos de urgente e relevante interesse público. 
(E)São exemplos de Unidade de Conservação, nos termos da Lei nº 9.985/2000, a Área de Proteção 
Permanente e a Reserva Legal. 
Resposta. Item C. O item “A” está incorreto porque a zona de amortecimento é uma área correspondendo 
ao entorno de uma unidade de conservação, sujeita à restrições específicas com o objetivo de minimizar os 
impactos negativos. O item “B” está incorreto, pois os grupos das unidades de conservação são de uso 
sustentável e de proteção integral. O item “C” está correto considerando que o art. 30, da Lei do SNUC, 
previu que as unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse 
público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável 
por sua gestão. O item “D” está incorreto tendo em vista que a supressão de espaços protegidos só pode 
ocorrer mediante a edição de lei formal (art. 225, §1º, III, da CF/88). O item “E” está incorreto porque a área 
de proteção permanente e a reserva legal são espaços protegidos, mas não são denominados de unidades 
de conservação. 
8. (ALERJ/Procurador/FGV – 2017) Diante da comprovada perda de biodiversidade e baixa qualidade 
do ar na região metropolitana do Rio de Janeiro, em grande parte gerados pela degradação da Mata 
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Atlântica, um projeto de lei é apresentado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, definindo que nas 
Unidades de Conservação de Proteção Integral no âmbito do Estado será admitido apenas o uso indireto 
dos seus recursos naturais, mantendo o ecossistema livre de alterações causadas pela interferência 
humana. 
É correto afirmar que esse projeto de lei: 
(A)não é válido, uma vez que a competência constitucional para editar normas gerais sobre conservação da 
natureza é da União Federal, possuindo o Estado apenas competência suplementar; 
(B)não é válido, uma vez que a Mata Atlântica é constitucionalmente definida como “patrimônio nacional”, 
tendo seu regime de proteção definido exclusivamente por normas federais; 
(C)é válido, sendo certo que as áreas integrantes das Unidades de Conservação de Proteção Integral serão 
desapropriadas e transformadas em propriedade pública, mediante justa e prévia indenização aos antigos 
proprietários; 
(D)é válido, sendo certo que a atividade humana terá que ser limitada à realização de pesquisa científica e à 
visitação pública para fins educativos; 
(E)é válido, sendo permitida a criação de novas Unidades de Conservação de Proteção Integral por lei ou 
decreto, mas a sua extinção somente pode se dar através de lei formal. 
Resposta. Item A. O projeto de lei é inválido, por ofender o art. 24, VI, da CF/88. Isso porque, no âmbito da 
competência legislativa concorrente, cabe à União a edição de normas gerais sobre proteção das florestas, 
biodiversidade e conservação da natureza e aos Estados/DF a competência para suplementar a norma 
federal (art. 24, §2º, da CF/88). A questão, ao tentar criar unidade de conservação com características gerais, 
entrou na competência atribuída à União (art. 24, §1º, da CF/88), considerando que já existe lei própria 
disciplinando tal matéria (Lei 9.985/2000). 
9. (PGE-MT/Procurador do Estado/FCC – 2016) A Floresta Estadual 
(A)não é uma unidade de conservação pertencente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza (SNUC). 
(B)é uma unidade de conservação do grupo das Unidades de Proteção Integral. 
(C)é uma unidade de conservação do grupo das Unidades de Uso Sustentável. 
(D)é um imóvel rural de propriedade do Estado sem qualquer relação com a defesa do meio ambiente. 
(E)pode ser constituída por propriedades privadas, que terão sua função social adequada aos objetivos do 
território especialmente protegido. 
Resposta. Item C. A Floresta Estadual é uma unidade de conservação de uso sustentável, nos termos do art. 
14, III c/c art. 17, §6º, ambos da Lei do SNUC. 
10. (Prefeitura de Trindade – GO/Procurador Municipal/FUNRIO – 2016) Em relação ao Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação, a afirmativa correta é: 
(A)Nas Unidades de Proteção Integral, cujo objetivo é a preservação da natureza, admite-se apenas o uso 
sustentável. 
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(B)Os Municípios integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC como 
órgãos executores, não tendo competência para instituir unidades de conservação. 
(C)Os Municípios, não obstante integrarem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – 
SNUC como órgãos executores, têm competência para instituir unidades de conservação apenas por 
intermédio de lei específica. 
(D)A Unidade de conservação é formada pelos espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as 
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com 
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. 
(E)O Parque Nacional tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais 
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as 
medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 
Resposta. Item D. O item “A” está incorreto porque nas unidades de proteção integral admite-se apenas o 
uso indireto dos recursos naturais (art. 7º, §1º, da Lei do SNUC). O item “B” e “C” estão incorretos, pois os 
municípios integram o SNUC, como órgãos executores, e têm competência para instituir, por lei ou decreto, 
qualquer uma das unidades de conservação prevista na Lei 9.985/2000. O item “D” está correto tendo em 
vista que, nos termos do art. 2º, da Lei do SNUC, as unidade de conservação são espaços territoriais e seus 
recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. O item “E” está incorreto considerando 
que o Parque Nacional, nos termos do art. 11, da Lei do SNUC, tem como objetivo básico a preservação de 
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de 
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de 
recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
11. (Prefeitura de Itupeva – SP/Procurador Municipal/FUNRIO – 2016) Nos termos da Lei no. 9.985-
2000, o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade é denominado 
de: 
(A)área de manejo 
(B)unidade de conservação 
(C)zona de amortecimento 
(D)corredor ecológico 
(E)plano de zoneamento 
Resposta. Item C. Nos termos do art.2º, XVIII, da Lei do SNUC, a zona de amortecimento é o entorno de uma 
unidade de conservação,onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com 
o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. 
12. (Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador do Município/FCC – 2016) NÃO é obrigatória a realização 
de consulta pública para criação de Unidade de Conservação/categoria: 
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(A)Estação Ecológica. 
(B)Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
(C)Área de Preservação Permanente 
(D)Parque Nacional. 
(E)Reserva Extrativista. 
Resposta. Item A. Nos termos do art. 22, §4º, da Lei do SNUC, na criação de Estação Ecológica ou Reserva 
Biológica não é obrigatória a consulta pública 
Outros 
1. (TCE-MS/Auditor de Controle Externo/PUC-PR – 2013) Considerando o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza, é CORRETO afirmar que: 
 
(A)as unidades de conservação só podem ser criadas por lei em sentido formal, um ato que deve ser 
obrigatoriamente precedido por estudos técnicos e consulta pública. 
(B)uma vez que não compete aos municípios a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, o 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é constituído apenas pelo conjunto de unidades 
de conservação federais e estaduais. 
(C)visando salvaguardar o princípio da proibição do retrocesso, a legislação ambiental brasileira veda 
expressamente a transformação de uma Unidade de Proteção Integral em uma Unidade de Uso Sustentável. 
(D)mediante instrumento normativo do mesmo nível hierárquico daquele que criou a unidade de origem, e 
desde que obedecidos os procedimentos de consulta pública, é possível transformar, total ou parcialmente, 
uma Área de Proteção Ambiental em uma Estação Ecológica. 
(E)as Unidades de Conservação da Natureza, a Floresta Amazônica, o Cerrado e o Pantanal são considerados 
patrimônio nacional e, portanto, integram o conceito de espaços territoriais especialmente protegidos. 
Resposta. Item D. O item “A” está incorreto porque as unidades de conservação podem ser criadas por ato 
do poder público, não havendo obrigatoriedade de que este ato seja uma lei. O item “B” está incorreto, pois 
o art. 225, §1º,III, da CF/88, atribui a todos os entes federativos a incumbência de criar os ETEPs. O item “C” 
está incorreto considerando que não há vedação para transformação de uma UC em outra, devendo apenas 
atender ao requisito de lei formal se for para reduzir o grau de proteção (recategorização menos protetiva). 
O item “D” está correto tendo em vista que é possível transformar uma APA (uso sustentável) em EsEc 
(proteção integral) usando do mesmo instrumento normativo utilizado para criação da APA, não sendo 
necessariamente lei, considerando que será dado um incremento na proteção ambiental com a criação dessa 
categoria. O item “E” está incorreto, pois não há previsão normativa de que as UCs sejam patrimônio 
nacional, embora sejam espaços territoriais especialmente protegidos, conforme art. 225, §1º,III, da CF/88. 
2. (Polícia Federal/Perito Criminal/CESPE – 2018) Criado por decreto em novembro de 1961, o Parque 
Nacional de Brasília (PNB), com área superior a 40 ha, tem o objetivo de proteger os rios fornecedores de 
água potável à capital federal e de manter a vegetação em estado natural. 
A principal atração do parque são suas piscinas. Os visitantes, depois de pagarem uma taxa de visitação, têm 
acesso às piscinas, que se formaram a partir dos poços de água que surgiram às margens do córrego 
Acampamento devido à extração de areia feita antes da implantação de Brasília. 
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O PNB teve seus limites alterados por lei, em março de 2006: perdeu uma área para um projeto habitacional 
na capital federal e ganhou novas áreas que ampliaram a unidade de conservação. 
A partir do texto apresentado, julgue o próximo item, relativo à criação, aos tipos e às alterações de unidades 
de conservação, de acordo com dispositivos da Lei n.º 9.985/2000. 
Caso tivesse ocorrido posteriormente ao advento da lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza (SNUC), a criação do PNB deveria ter sido precedida de estudos técnicos e de 
consulta pública. 
Resposta. Item certo. Qualquer UC criada após a edição do SNUC deve apresentar os estudos técnicos 
prévios e a realização de audiência pública, fato que na legislação anterior não se ventilava tal exigência, 
embora pudesse o órgão executor realizá-los. 
3. (IDAF-ES/Advogado/FUNCAB – 2010) Com base na Lei n° 9.985/00, que institui o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação da Natureza, analise as seguintes afirmativas. 
A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que 
permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade. 
Resposta. Item correto. Nos termos do art. 22, §2º , da Lei do SNUC, a criação de uma unidade de 
conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a 
localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade. 
4. (CPRM/Direito/CESPE – 2013) Tendo em vista as disposições da Lei n.º 9.985/2000, que instituiu 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, julgue os itens a seguir. 
Caso pretenda criar uma unidade de conservação, o poder público deve, previamente, promover estudos 
técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais 
adequados para a unidade. Esse processo de consulta é dispensável apenas na criação de estação ecológica 
ou reserva biológica. 
Resposta. Item correto. Nos termos do §2º, do art. 22, da Lei 9.985/2000, a criação de uma unidade de 
conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a 
localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, sendo facultado no caso de estação 
ecológica ou reserva biológica (§4º). 
5. (PC-PE/Delegado de Polícia/CESPE – 2016) As unidades de conservação 
(A)devem possuir um plano de manejo, com exceção das reservas particulares do patrimônio natural. 
(B)são constituídas de espaços territoriais e seus recursos naturais, com exceção das águas jurisdicionais. 
(C)de proteção integral devem ser de posse e de domínio públicos. 
(D)de uso sustentável devem ser de posse e de domínio privados. 
(E)devem possuir zonas de amortecimento, com exceção das áreas de proteção ambiental e das reservas 
particulares do patrimônio natural. 
Resposta. Item E. O item “A” está incorreto porque nos termos do art. 21, §3º, da Lei 9.985/2000, a RPPN 
deve ter plano de manejo para gestão da UC. O item “B” está incorreto, pois, nos termos do art. 2º, I, da Lei 
do SNUC, a unidade de conservação é um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com 
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objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. O item “C” está incorreto considerando que a modalidade de Refúgio de 
Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos 
da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. O item “D” está 
incorreto tendo em vista quepodem ter domínio apenas público ou privado, admitindo-se até uma 
combinação de ambos. O item “E” está correto porque a regra é que todas as UCs necessitam implementar 
suas zonas de amortecimento. Ocorre que o SNUC prevê duas hipóteses em que a instituição é facultativa, 
nos casos de RPPN e APA. 
6. (SLU-DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos/CESPE – 2019) Sandra é proprietária de um sítio 
natural raro e de grande beleza cênica e pretende utilizá-lo para aferir recursos advindos da visitação 
pública. No entanto, o governo local emitiu decreto que constituiu um monumento natural na área que 
envolve a propriedade de Sandra. 
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item seguinte. 
O reconhecimento do imóvel como monumento natural não impedirá os planos de Sandra, pois é possível a 
visitação nessa espécie de unidade de conservação. 
Resposta. Item certo. Nos termos do §§1º e 3º, do art. 12, da Lei 9.985/2000, o Monumento Natural pode 
ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a 
utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários, sendo que a visitação pública está 
sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo 
órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. 
7. (Câmara Municipal de Mariana – MG/Advogado/FUMARC – 2014) Analise as afirmativas abaixo 
sobre os princípios ambientais: 
A compensação ambiental decorre de aplicação do princípio do poluidor-usuário pagador, já a prestação de 
indenizar por danos ambientais fundamenta-se no princípio da responsabilidade ambiental. Por isso, não há 
duplicidade na cobrança de indenização desde que nela não se inclua a compensação anteriormente 
realizada ainda na fase de implantação do projeto. 
Resposta. Item correto. Segundo o STF, a compensação ambiental é decorrência do princípio do usuário-
pagador considerando a necessidade de compensação pelo uso dos bens ambientais independentemente 
da causação do dano ao meio ambiente. Por outro lado, doutrina balizada considera que esse princípio tem 
o mesmo matiz principiológico do princípio do poluidor-pagador, qual seja, a responsabilização jurídica e 
econômica pelos danos causados ao meio ambiente com o propósito de evitar que as externalidades 
negativas geradas pelas atividades de produção e consumo sejam suportadas pela sociedade. 
8. (AGU/Advogado da União/CESPE – 2015) Acerca da criação e da gestão de florestas públicas 
nacionais, julgue o item subsequente. 
A floresta nacional é unidade de conservação de uso sustentável, de posse e de domínio públicos, cuja 
criação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, 
a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, com vistas ao seu objetivo básico de uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais e pesquisa científica. 
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Resposta. Item correto. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais 
e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas, sendo a 
Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites 
devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
LISTA DE QUESTÕES 
Magistratura 
1. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal Substituto/TRF - 2ª Região – 2017) Em relação às Unidades de 
Conservação é correto afirmar que: 
(A)O licenciamento de atividade desenvolvida em área de proteção ambiental federal é sempre de 
competência da União. 
(B)O resultado das consultas públicas prévias à criação de unidades de conservação só vincula o Poder 
Executivo quando houver participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a 
consulta seja feita com acompanhamento do Tribunal Regional Eleitoral. 
(C)A zona de amortecimento de uma unidade de conservação deve ter seus limites definidos, seja no ato de 
criação da unidade ou posteriormente. 
(D)Nas unidades de conservação de proteção integral não são permitidas atividades com finalidades 
lucrativas. 
(E)Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos residentes que 
façam parte da população tradicional abrigada pela reserva. 
2. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal/TRF - 2ª Região – 2014) Em relação à extinção de reserva biológica 
estadual, assinale a alternativa correta: 
(A)Trata-se de ato discricionário do Poder Executivo. 
(B)Se a reserva foi criada por decreto pode ser extinta por decreto, se foi criada por lei somente a lei pode 
extingui-la. 
(C)A reserva biológica pode ser extinta por decreto, mas mediante realização de estudo prévio de impacto 
ambiental ao qual se dará ampla publicidade. 
(D)Reservas biológicas e da biosfera só podem ser extintas por emenda à convenção internacional da 
biodiversidade. 
(E)Reserva biológica só pode se extinta por lei do mesmo ente que a criou. 
3. (TRF - 4ª/Juiz Federal/TRF - 4ª REGIÃO – 2010) Assinale a alternativa correta. 
A unidade de conservação, de posse e de domínio público federal, que tem como objetivo a preservação 
integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta 
ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as 
ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os 
processos ecológicos naturais, é denominada, pela Lei 9.985/2000, de: 
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(A)Estação Ecológica. 
(B)Parque Nacional. 
(C)Floresta Nacional. 
(D)Reserva de Desenvolvimento Sustentável. 
(E)Reserva Biológica. 
4. (TRF - 5ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2017) Uma área em geral extensa, com certo grau 
de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente 
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e que tem como objetivos 
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade 
do uso dos recursos naturais é considerada, pela legislação do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza, 
(A)unidade de uso sustentável da categoria área de relevante interesse ecológico. 
(B)unidade de uso sustentável da categoria reserva de desenvolvimento sustentável. 
(C)unidade de proteção integral da categoria área de relevante interesse ecológico. 
(D)unidade de proteção integral da categoria área de proteção ambiental. 
(E)unidade de uso sustentável da categoria área de proteção ambiental. 
5. (TJ-RS/Juiz de Direito Substituto/VUNESP – 2018) No que tange às unidades de conservação, 
assinale a alternativa correta. 
(A)A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. 
(B)O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande 
relevância ecológica e beleza cênica. 
(C)Na Estação Ecológica não podem ser permitidas alterações dos ecossistemas. 
(D)O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso 
indireto dos seus recursos naturais. 
(E)A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem 
como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisacientífica. 
6. (TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/CESPE - 2015 - TJ-DFT) Com relação ao SNUC e ao Código 
Florestal, assinale a opção correta. 
A reserva de biosfera não está prevista expressamente na lei que instituiu o SNUC, embora seja um modelo 
adotado internacionalmente. 
7. (TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/CESPE – 2015) Dado que, em determinadas situações, o 
instrumento do licenciamento ambiental se relaciona com as unidades de conservação da natureza, 
assinale a opção correta de acordo com a legislação ambiental e sua jurisprudência. 
(A)Se o empreendimento de significativo impacto ambiental afetar a zona de amortecimento da unidade de 
conservação, o órgão licenciador deverá solicitar opinião do órgão ambiental responsável pela gestão da 
unidade. 
(B)No licenciamento ambiental de empreendimento causador de significativo impacto ambiental, o 
empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação de proteção 
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integral a título de compensação ambiental. Esse apoio é feito mediante investimento, cujo montante deve 
pagar, no mínimo, meio por cento dos custos totais da implantação do empreendimento. 
(C)A indicação, pelo órgão licenciador, do montante total a ser pago a título de compensação ambiental, à 
luz do entendimento do STF, deve ocorrer de acordo com o grau de impacto significativo negativo do 
empreendimento indicado no EIA e respectivo relatório (EIA/RIMA). 
(D)Ao se aplicarem recursos de compensação ambiental na manutenção de unidades de conservação já 
criadas, devem-se priorizar as pesquisas sobre o manejo da unidade e área de amortecimento em relação à 
aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e proteção. 
(E)As atividades humanas no interior de unidades de conservação de uso sustentável, desde que compatíveis 
com os objetivos dessas unidades, devem ser precedidas de licenciamento ambiental. 
8. (TJ-PR/Juiz Substituto/CESPE – 2019) São unidades de conservação que admitem a habitação ou a 
permanência de populações tradicionais 
(A)as reservas extrativistas e as reservas de fauna. 
(B)as estações ecológicas e as reservas biológicas. 
(C)as reservas de desenvolvimento sustentável e as florestas nacionais. 
(D)as reservas de fauna e os parques nacionais. 
9. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal Substituto/TRF - 2ª Região – 2017) Em relação às Unidades de 
Conservação é correto afirmar que: 
(A)O licenciamento de atividade desenvolvida em área de proteção ambiental federal é sempre de 
competência da União. 
(B)O resultado das consultas públicas prévias à criação de unidades de conservação só vincula o Poder 
Executivo quando houver participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a 
consulta seja feita com acompanhamento do Tribunal Regional Eleitoral. 
(C)A zona de amortecimento de uma unidade de conservação deve ter seus limites definidos, seja no ato de 
criação da unidade ou posteriormente. 
(D)Nas unidades de conservação de proteção integral não são permitidas atividades com finalidades 
lucrativas. 
(E)Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos residentes que 
façam parte da população tradicional abrigada pela reserva. 
10. (TRF - 4ª REGIÃO/Juiz Federal Substituto/TRF - 4ª REGIÃO) Dadas as assertivas abaixo, assinale a 
alternativa correta. Acerca da Lei Federal nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza: 
I. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é composto pelas Unidades de Conservação 
Federais, Estaduais e Municipais. 
II. As Unidades de Conservação podem ser divididas entre Proteção Integral e de Uso Sustentável, e, em 
todas as situações, haverá a transferência do título de propriedade ao ente federativo que a instituiu. 
III. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por um órgão consultivo, o Conama; um 
órgão Central, o Ministério do Meio Ambiente; e um órgão executivo, que, para as Unidades de Conservação 
Federais, pode ser o Instituto Chico Mendes ou o Ibama. 
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IV. Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento, que tem 
como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade. 
V. É permitida a ocupação das Unidades de Conservação para fins de pesquisa científica, independentemente 
de autorização do órgão gestor respectivo. 
(A)Estão corretas apenas as assertivas I e II. 
(B)Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
(C)Estão corretas apenas as assertivas II e IV. 
(D)Estão corretas apenas as assertivas III e IV. 
(E)Estão corretas apenas as assertivas III e V. 
11. (TJ-DFT/Juiz/CESPE – 2016) De acordo com a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação (SNUC), assinale a opção correta. 
(A)Pode haver área particular localizada em unidade de conservação designada como Monumento Natural; 
nessas áreas, no entanto, não pode haver criação de animais domésticos nem plantio de qualquer espécie, 
sendo vedada essa autorização, se houver, no plano de manejo. 
(B)O parque nacional, a reserva de fauna, a estação ecológica e o refúgio de vida silvestre constituem 
exemplos, nos termos da lei, de unidades de proteção integral. 
(C)A presença de habitantes é inadmissível na floresta nacional, área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e de posse e domínio públicos. 
(D)As pesquisas científicas, realizadas em estação ecológica, que gerem impacto superior à simples 
observação ou à coleta controlada de componentes dos ecossistemas devem ocorrer em área 
correspondente a, no máximo, 3% da extensão total da unidade e até o limite de 1.500 hectares. 
(E)O subsolo e o espaço aéreo também integram os limites das unidades de conservação, e se consideram 
incluídos na proteção ambiental conferida à unidade, ainda que não constem no ato de criação ou no plano 
de manejo. 
12. (TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/CESPE – 2015) Com relação ao SNUC e ao Código Florestal, 
assinale a opção correta. 
(A)Não é permitido ao órgão ambiental licenciar empreendimento cujo estudo de impacto ambiental 
comprove que a atividade causará significativa degradação do meio ambiente. 
(B)O licenciamento de atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente prescinde, na 
esfera federal, de autorização do ICMBio, salvo se se tratar de unidade de conservação de proteção integral. 
(C)O manejo sustentável para exploração florestal eventual, limitada a vinte metros cúbicos, sem propósito 
comercial e para consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes. 
(D)É vedado o cômputo das áreas de preservação permanente no cálculo do percentual da reserva legal do 
imóvel. 
(E)A reserva de biosfera não está prevista expressamente na lei que instituiu o SNUC, embora seja um 
modelo adotado internacionalmente. 
13. (TJ-GO/Juiz Substituto /FCC – 2015) O Estado X criou por Decreto um Parque Estadual, unidade de 
conservação da natureza de proteção integral segundo a Lei Federal no 9.985/2000. Passados 5 anos, 
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editou-se um novo Decreto para desafetar parte da área deste Parque Estadual, reduzindo-se, assim, sua 
extensão territorial. O novo Decreto é 
(A)válido, pois não há impedimentolegal para que o Ente Federativo que criou uma unidade de conservação 
possa alterar seus limites por meio de Decreto. 
(B)válido, uma vez que a desafetação foi realizada pelo mesmo tipo de ato normativo que criou o Parque 
Estadual. 
(C)nulo, porque há expressa proibição legal para desafetar ou reduzir limites de qualquer unidade de 
conservação. 
(D)nulo, salvo se o Decreto contiver exposição de motivos. 
(E)nulo, uma vez que a desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita 
mediante lei específica. 
Promotor 
1. (MPE-SP/Promotor de Justiça Substituto/MPE-SP – 2017) Assinale a alternativa correta. 
A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo 
indispensável a consulta pública. 
2. (MPE-SC/Promotor de Justiça/MPE-SC – 2016) Estação Ecológica, Reserva Biológica, Floresta 
Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre são todas as categorias de unidade de 
conservação que compõem o grupo das Unidades de Proteção Integral, de acordo com o art. 8º da Lei n. 
9.985/00 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza). 
3. (MPE-PR/Promotor/MPE-PR – 2014) Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural 
que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos 
recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que 
desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. 
Em relação ao tema, assinale a alternativa correta: 
(A)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de 
uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos e será aprovado pelo Ministério Público; 
(B)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável é vedada, em qualquer hipótese, a substituição da cobertura 
vegetal; 
(C)A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida pelas populações tradicionais residentes na área, 
conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade; 
(D)O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável não poderá contemplar a possibilidade 
de visitação pública; 
(E)Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o 
tamanho da população e a conservação. 
4. (MPE-MT/Promotor de Justiça/UFMT – 2014) Em relação ao regime jurídico de responsabilização 
civil em matéria ambiental, analise as proposições abaixo. 
A Lei N.º 9.985/2000, que trata das Unidades de Conservação, institui espécie de medida compensatória ao 
estabelecer que, nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto 
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ambiental, com fundamento em EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e 
manutenção de unidade de conservação. 
5. (MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/MPE-MS – 2018) Considere as assertivas a seguir: 
A cobrança pelo uso da água prevista na Lei de Recursos Hídricos e a compensação ambiental prevista na Lei 
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação são exemplos de aplicação prática do princípio do usuário-
pagador. 
6. (PGM - Manaus – AM/Procurador do Município/CESPE – 2018) Julgue o próximo item, relativo a 
recursos hídricos e florestais. 
É vedado qualquer tipo de queima de vegetação no interior de unidades de conservação. 
Procurador 
1. (SEGEP-MA/Procurador do Estado/FCC – 2016) No processo de criação de uma Estação Ecológica 
(A)a consulta pública supre a eventual ausência de estudo técnico quando houver notório conhecimento 
acerca da relevância ambiental do território. 
(B)devem haver estudos técnicos e consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os 
limites mais adequados para a unidade. 
(C)o ato final será uma lei, pois Estação Ecológica somente pode ser criada por lei. 
(D)não é obrigatória a consulta pública. 
(E)o ato final será um decreto, pois Estação Ecológica somente pode ser criada por decreto. 
2. (PGM/Procurador Municipal/FCC – 2010) A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
(ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. O Brasil, como um dos países megabiodiversos, já 
possui instrumentos para a preservação e conservação, que consideram ainda sua sociodiversidade. 
Diante da legislação constitucional e infraconstitucional pertinente, é correto afirmar: 
Com exceção da estação ecológica ou reserva biológica, para cuja criação não é obrigatória consulta pública, 
a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que 
permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para cada unidade de 
conservação. 
3. (PGE-SP/Procurador do Estado/FCC – 2012) Considerado o disposto na Lei Federal no 9.985/00, que 
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, as seguintes categorias de unidades de 
conservação podem ser constituídas também por terras privadas, sem necessidade de desapropriação: 
(A)Área de Proteção Ambiental e Reserva Extrativista. 
(B)Refúgio de Vida Silvestre e Reserva Biológica. 
(C)Área de Relevante Interesse Ecológico e Estação Ecológica. 
(D)Refúgio de Vida Silvestre e Parque Nacional. 
(E)Área de Relevante Interesse Ecológico e Área de Proteção Ambiental. 
4. (PGE-GO/Procurador do Estado/PGE-GO – 2013) Sobre o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação (SNUC), é CORRETO afirmar que 
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(A)nas áreas de proteção ambiental são permitidas a pesquisa científica e a visitação pública, nas condições 
estabelecidas pelo órgão gestor, no caso das áreas de domínio público, e, pelo proprietário, nas áreas 
privadas. 
(B)é obrigatória a realização prévia de estudos técnicos e de consulta pública para criação de toda unidade 
de conservação. 
(C)as unidades de conservação, exceto as reservas particulares do patrimônio natural e as reservas 
extrativistas, devem ter zona de amortecimento, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre 
a unidade. 
(D)é considerado uso direto, dentro das unidades de conservação, aquele que envolve coleta e uso apenas 
comercial dos recursos naturais. 
(E)a reserva da biosfera integra o grupo das unidades de conservação de proteção integral. 
5. (PGM - Campo Grande – MS/Procurador Municipal/CESPE – 2019) Acerca de tutela processual do 
meio ambiente, de crimes ambientais e de espaços territoriais especialmente protegidos, julgue o item 
que se segue. 
As populações tradicionais residentes em unidades de conservação deverão ser, obrigatoriamente, 
realocadas pelo poder público e, por conseguinte, indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes 
no local onde habitavam. 
6. (PGE-SP/Procurador do Estado/FCC – 2009) Com o julgamento da ADI 3.378-6 DF, ajuizada pela 
Confederação Nacional da Indústria, pelo Supremo Tribunal Federal, a compensação ambiental de que 
trata o artigo 36 da Lei Federal no 9.985/2000 
(A)é exigida nos processos de licenciamento, independentemente do grau de impacto ambiental, sendo seu 
valor limitado a 0,5% do custo estimado para a implantação do empreendimento. 
(B)é aplicável quando for constatada a ocorrência de dano ambiental, independentemente do grau de 
impacto decorrente da implantação do empreendimento, apurando-se o seu valor a partir do dano 
ambiental efetivamente ocorrido. 
(C)é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial 
impacto significativo, apurando-se o seu valor de acordo com o grau de impactocausado. 
(D)é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos causadores de potencial 
impacto significativo, não podendo o seu valor corresponder a um percentual inferior a 0,5% do custo 
estimado para a sua implantação. 
(E)foi considerada inconstitucional, não mais podendo ser exigida pelo órgão ambiental competente nos 
processos de licenciamento ambiental. 
7. (Prefeitura de Londrina – PR/Procurador do Município/COPS-UEL – 2019) Sobre o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação, assinale a alternativa correta. 
(A)A Zona de Amortecimento é o documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais 
de uma unidade de conservação, se estabelecem o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos naturais. 
(B)As Unidades de Conservação, de acordo com a Lei nº 9.985/2000, dividem-se em dois grupos: de proteção 
absoluta e de uso sustentável. 
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(C)As Unidades de Conservação poderão ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público, 
desde que estas tenham seus objetivos em consonância com os fins da unidade. 
(D)O Poder Público poderá suprimir por Decreto os espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, nos casos de urgente e relevante interesse público. 
(E)São exemplos de Unidade de Conservação, nos termos da Lei nº 9.985/2000, a Área de Proteção 
Permanente e a Reserva Legal. 
8. (ALERJ/Procurador/FGV – 2017) Diante da comprovada perda de biodiversidade e baixa qualidade 
do ar na região metropolitana do Rio de Janeiro, em grande parte gerados pela degradação da Mata 
Atlântica, um projeto de lei é apresentado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, definindo que nas 
Unidades de Conservação de Proteção Integral no âmbito do Estado será admitido apenas o uso indireto 
dos seus recursos naturais, mantendo o ecossistema livre de alterações causadas pela interferência 
humana. 
É correto afirmar que esse projeto de lei: 
(A)não é válido, uma vez que a competência constitucional para editar normas gerais sobre conservação da 
natureza é da União Federal, possuindo o Estado apenas competência suplementar; 
(B)não é válido, uma vez que a Mata Atlântica é constitucionalmente definida como “patrimônio nacional”, 
tendo seu regime de proteção definido exclusivamente por normas federais; 
(C)é válido, sendo certo que as áreas integrantes das Unidades de Conservação de Proteção Integral serão 
desapropriadas e transformadas em propriedade pública, mediante justa e prévia indenização aos antigos 
proprietários; 
(D)é válido, sendo certo que a atividade humana terá que ser limitada à realização de pesquisa científica e à 
visitação pública para fins educativos; 
(E)é válido, sendo permitida a criação de novas Unidades de Conservação de Proteção Integral por lei ou 
decreto, mas a sua extinção somente pode se dar através de lei formal. 
9. (PGE-MT/Procurador do Estado/FCC – 2016) A Floresta Estadual 
(A)não é uma unidade de conservação pertencente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza (SNUC). 
(B)é uma unidade de conservação do grupo das Unidades de Proteção Integral. 
(C)é uma unidade de conservação do grupo das Unidades de Uso Sustentável. 
(D)é um imóvel rural de propriedade do Estado sem qualquer relação com a defesa do meio ambiente. 
(E)pode ser constituída por propriedades privadas, que terão sua função social adequada aos objetivos do 
território especialmente protegido. 
10. (Prefeitura de Trindade – GO/Procurador Municipal/FUNRIO – 2016) Em relação ao Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação, a afirmativa correta é: 
(A)Nas Unidades de Proteção Integral, cujo objetivo é a preservação da natureza, admite-se apenas o uso 
sustentável. 
(B)Os Municípios integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC como 
órgãos executores, não tendo competência para instituir unidades de conservação. 
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(C)Os Municípios, não obstante integrarem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – 
SNUC como órgãos executores, têm competência para instituir unidades de conservação apenas por 
intermédio de lei específica. 
(D)A Unidade de conservação é formada pelos espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as 
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com 
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. 
(E)O Parque Nacional tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais 
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as 
medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 
11. (Prefeitura de Itupeva – SP/Procurador Municipal/FUNRIO – 2016) Nos termos da Lei no. 9.985-
2000, o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e 
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade é denominado 
de: 
(A)área de manejo 
(B)unidade de conservação 
(C)zona de amortecimento 
(D)corredor ecológico 
(E)plano de zoneamento 
12. (Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador do Município/FCC – 2016) NÃO é obrigatória a realização 
de consulta pública para criação de Unidade de Conservação/categoria: 
(A)Estação Ecológica. 
(B)Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
(C)Área de Preservação Permanente 
(D)Parque Nacional. 
(E)Reserva Extrativista. 
Resposta. Item A. Nos termos do art. 22, §4º, da Lei do SNUC, na criação de Estação Ecológica ou Reserva 
Biológica não é obrigatória a consulta pública 
Outros 
1. (TCE-MS/Auditor de Controle Externo/PUC-PR – 2013) Considerando o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza, é CORRETO afirmar que: 
(A)as unidades de conservação só podem ser criadas por lei em sentido formal, um ato que deve ser 
obrigatoriamente precedido por estudos técnicos e consulta pública. 
(B)uma vez que não compete aos municípios a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, o 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é constituído apenas pelo conjunto de unidades 
de conservação federais e estaduais. 
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(C)visando salvaguardar o princípio da proibição do retrocesso, a legislação ambiental brasileira veda 
expressamente a transformação de uma Unidade de Proteção Integral em uma Unidade de Uso Sustentável. 
(D)mediante instrumento normativo do mesmo nível hierárquico daquele que criou a unidade de origem, e 
desde que obedecidos os procedimentos de consulta pública, é possível transformar, total ou parcialmente, 
uma Área de Proteção Ambiental em uma Estação Ecológica. 
(E)as Unidades de Conservação da Natureza, a Floresta Amazônica, o Cerrado e o Pantanal são considerados 
patrimônio nacional e, portanto, integram o conceito de espaços territoriais especialmente protegidos. 
2. (Polícia Federal/Perito Criminal/CESPE – 2018) Criado por decreto em novembro de 1961, o Parque 
Nacional de Brasília (PNB), com área superior a 40 ha, tem o objetivo de proteger os rios fornecedoresde 
água potável à capital federal e de manter a vegetação em estado natural. 
A principal atração do parque são suas piscinas. Os visitantes, depois de pagarem uma taxa de visitação, têm 
acesso às piscinas, que se formaram a partir dos poços de água que surgiram às margens do córrego 
Acampamento devido à extração de areia feita antes da implantação de Brasília. 
O PNB teve seus limites alterados por lei, em março de 2006: perdeu uma área para um projeto habitacional 
na capital federal e ganhou novas áreas que ampliaram a unidade de conservação. 
A partir do texto apresentado, julgue o próximo item, relativo à criação, aos tipos e às alterações de unidades 
de conservação, de acordo com dispositivos da Lei n.º 9.985/2000. 
Caso tivesse ocorrido posteriormente ao advento da lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza (SNUC), a criação do PNB deveria ter sido precedida de estudos técnicos e de 
consulta pública. 
3. (IDAF-ES/Advogado/FUNCAB – 2010) Com base na Lei n° 9.985/00, que institui o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação da Natureza, analise as seguintes afirmativas. 
A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que 
permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade. 
4. (CPRM/Direito/CESPE – 2013) Tendo em vista as disposições da Lei n.º 9.985/2000, que instituiu 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, julgue os itens a seguir. 
Caso pretenda criar uma unidade de conservação, o poder público deve, previamente, promover estudos 
técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais 
adequados para a unidade. Esse processo de consulta é dispensável apenas na criação de estação ecológica 
ou reserva biológica. 
5. (PC-PE/Delegado de Polícia/CESPE – 2016) As unidades de conservação 
(A)devem possuir um plano de manejo, com exceção das reservas particulares do patrimônio natural. 
(B)são constituídas de espaços territoriais e seus recursos naturais, com exceção das águas jurisdicionais. 
(C)de proteção integral devem ser de posse e de domínio públicos. 
(D)de uso sustentável devem ser de posse e de domínio privados. 
(E)devem possuir zonas de amortecimento, com exceção das áreas de proteção ambiental e das reservas 
particulares do patrimônio natural. 
6. (SLU-DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos/CESPE – 2019) Sandra é proprietária de um sítio 
natural raro e de grande beleza cênica e pretende utilizá-lo para aferir recursos advindos da visitação 
pública. No entanto, o governo local emitiu decreto que constituiu um monumento natural na área que 
envolve a propriedade de Sandra. 
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item seguinte. 
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142 
143 
O reconhecimento do imóvel como monumento natural não impedirá os planos de Sandra, pois é possível a 
visitação nessa espécie de unidade de conservação. 
7. (Câmara Municipal de Mariana – MG/Advogado/FUMARC – 2014) Analise as afirmativas abaixo 
sobre os princípios ambientais: 
A compensação ambiental decorre de aplicação do princípio do poluidor-usuário pagador, já a prestação de 
indenizar por danos ambientais fundamenta-se no princípio da responsabilidade ambiental. Por isso, não há 
duplicidade na cobrança de indenização desde que nela não se inclua a compensação anteriormente 
realizada ainda na fase de implantação do projeto. 
8. (AGU/Advogado da União/CESPE – 2015) Acerca da criação e da gestão de florestas públicas 
nacionais, julgue o item subsequente. 
A floresta nacional é unidade de conservação de uso sustentável, de posse e de domínio públicos, cuja 
criação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, 
a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, com vistas ao seu objetivo básico de uso múltiplo 
sustentável dos recursos florestais e pesquisa científica. 
GABARITO 
Magistratura 
1. C 
2. E 
3. E 
4. E 
5. E 
6. ERRADO 
7. C 
8. C 
9. C 
10. B 
11. D 
12. C 
13. E 
Promotor 
1. CERTO 
2. ERRADO 
3. E 
4. CORRETO 
5. CORRETO 
6. ERRADO 
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143 
143 
Procurador 
1. D 
2. CORRETO 
3. E 
4. A 
5. ERRADO 
6. C 
7. C 
8. A 
9. C 
10. D 
11. C 
12. A 
Outros 
1. D 
2. CERTO 
3. CORRETO 
4. CORRETO 
5. E 
6. CERTO 
7. CORRETO 
8. CORRETO 
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