Buscar

Estudo sobre decisoes judicais, em especial decisao interlocutoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Breve estudo sobre usucaíão
Durante a tramitação de um processo, podemos acpomanhar os seguintes atos proferidos pelo juizo: despacho, decisão interlocutória ou sentença. Nesse estudo, irei me comentar mais a respeito as decisões interlocutórias, que me são tão interessantes.	
Atualmente, a legislação possui previsão de oito tipos de usucapião, cada um com requisitos específicos, são eles: Usucaapião Extraordinário (artigo 1.238 CC); 2) Ordinário(artigo 1.242. CC); 3) Especial Rural (artigo 191 CF e 1.239 CC); 4) Especial Urbano(artigo 183 CF e 1.239 CC); 5) Coletivo (artigo 10 Estatuto da Cidade Lei 10.257/2001), 6) Especial Familiar (artigo 1.240 – A CC); Usucapião de bens móveis - 7) Ordinário(artigo 1.260 CC); 8) Extraordinário(artigo 1.261 CC). Para que o direito de usucapião seja reconhecido, é necessário que haja uma decisão judicial ou procedimento extrajudicial em cartório de registro de imóveis.
Podemos compreender que tal definiçõa advém de criterio residual, a partir da exclusão daquilo que se entende por sentenças e decisões interlocutórias. Enquanto sentença é quando o juiz encerra a fase de conhecimento do procedimento comum, analisando ou não o mérito da ação, confirme § 1º do artigo 203 do CPC.
"João Baptista Monteiro afirma que o magistrado, durante todo o procedimento, se depara com inúmeras questões que devem ser resolvidas e que podem sofrer algumas classificações. A primeira delas as divide em atuais, quando o juiz deve conhecê-la de ofício ou o réu se contrapôs à afirmação do autor, e em potenciais, quando isso não ocorre. A segunda reparte as questões em de forma/processuais, quando dizem respeito ao objeto do processo, e de fundo/de mérito, que formam o mérito. Por fim, elas também podem ser classificadas em questões de fato e de direito.
(...)
Dando continuidade ao seu raciocínio, o autor lembra que, ainda quando o magistrado determina medidas de simples impulso processual, como a ordem de citação, a intimação para manifestação sobre documentos etc., ele se depara, ao menos, com a questão ligada à adequação da medida ao momento processual. Logo, há uma atividade mental de escolha e opção quando é proferido o mais simples pronunciamento do juiz, o despacho. "(grifei)
Por sua vez, conforme § 2º do artigo 203 do Códico de Processo Civil, decisão intrelocutória é o pronunciamento em que o magistrado decide questões que surgem durante o processo que muitas vezes não podem aguardar a decisão final, também chamadas de questões incidentes ou questões incidentais.
Existem dois tipos de deciões intrelocutórias: Decisão interlocutória simples: sendo o pronunciamento do juiz que encerra um conflito entre as partes, sem encerrar o processo, como exemplo vemos a decisão de previsão preventiva; Decisão interlocutória mista: que é pronunciamento do juiz que não resolve somente um conflito entre as partes, como também encerra uma etapa do processo, mas sem julgar seu mérito, como por exemplo a impronúncia. Embora ambos exemplos maias encontrados na área criminal, os acho bem ilustrativos. Diferente do CPC de 1973, que fazia a diferenciação das decisões de acordo com o conteúdo delas, o Novo CPC prevê que a decisão interlocutória é definida conforme o conteúdo e o momento em que ela é proferida. 
Existem dois recursos que podem combater questões resolvidas por decisão interlocutória: a apelação e o agravo de instrumento, que é o recurso cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra específicas decisões interlocutórias previstas em lei. O art. 1.015 do CPC veicula um elenco de decisões interlocutórias que comportam agravo de instrumento. As hipóteses de cabimento são taxativas, embora não estejam todas elas contidas nesse dispositivo. As principais hipóteses de cabimento são as previstas no dispositivo legal.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
O inc. XIII do art. 1.015 remete ainda a "outros casos expressamente referidos em lei". O que gerou debate acerca da interposição de agravo de instrumento contra decisão relacionada à definição de competência, a despeito de não previsto expressamente no rol do art. 1.015, que é um bom assunto para outro momento. 
Retornando o raciocínio inicial, extrai-se desse panorama que existem inúmeras outras questões resolvidas na fase cognitiva, mediante decisão interlocutória, que não comportam agravo de instrumento, pois não estão elencadas no rol do art. 1.015 nem há qualquer outra previsão legal expressa. Tais situações não são acobertadas pela preclusão, podendo ser suscitadas em preliminar de apelação ou nas contrarrazões:
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Além disso, existem várias hipóteses de interlocutórias as quais foram submetidas à regra geral da irrecorribilidade imediata, mas relativamente às quais se punham razões análogas às que justificaram o cabimento do agravo nos casos do art. 1.015 e de outras regras esparsas. Ou seja, são situações para as quais também teria sido plenamente justificável o cabimento do agravo. Há doutrinadores que defendem a aplicação extensiva das regras do art. 1.015 a esses casos. Mas não parece ser essa a solução adequada. 
Note-se existe muito a se estudar sobre decisões judicais, em especial as decisões intrelocutórias e eis minha breve contribuição para reflexão e incentivo ao estudo dos colegas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil: inteiramente estruturado à luz do novo CPC, de acordo com a Lei n. 13.256, de 4-2-2016. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo : Saraiva, 2016. 
- DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão, precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela.10. ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015.
- THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Procedimentos Especiais – vol. II. 50ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
- Código de Processo Civil, Lei Nº 13.105, de 16 de março de 2015.

Continue navegando