ECS 2 - Hemograma e Gasometria Arterial

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HEMOGRAMA E 
GASOMETRIA ARTERIAL
Hemograma
■ Eritrograma;
■ Leucograma; e
■ Plaquetograma.
Hemograma
■ Principal exame hematológico;
■ O hemograma é o exame quantitativo e qualitativo das células do
sangue que permite identificar possíveis alterações quanto à
quantidade, à morfologia e à composição de elementos sanguíneos,
sendo realizado a partir de uma amostra de sangue venoso;
■ É necessário que esses elementos estejam com funcionamento
adequado para que o sangue possa executar suas importantes
funções, como transporte de gases, hormônio e nutrientes, defesa,
regulação da pressão, regulação térmica e coagulação.
■ Tecido sanguíneo
– Fase líquida
■ Plasma (água, eletrólitos, proteínas, hormônios e fatores de
coagulação);
– Fase sólida
■ Elementos (hemácias, leucócitos e plaquetas).
Eritrograma
■ Eritrograma avalia as hemácias, também chamados de
eritrócitos ou células vermelhas;
– A hemoglobina é uma proteína com pigmentação vermelha
que tem a capacidade de transportar oxigênio, além de ser
uma medida indireta do número de hemácias na circulação.
■ A contagem de hemoglobina é mensuração essencial na
determinação da capacidade do sangue em transportar oxigênio,
além de diagnosticar e classificar anemias.
Em geral, valores diminuídos no eritrograma estão associados a quadros de anemias que 
podem ser não hemolíticas (carenciais, aplásicas, por doença crônica ou perda de 
sangue) ou hemolíticas (hemoglobinopatias, deficiência enzimática ou de membrana, 
presença de parasitas ou doença autoimune). Valores aumentados são mais associados, 
principalmente, às policitemias.
Eritrograma
Vamos ver cada 
um desses?
Eritrograma
■ Hemácias (RBC)
– Contagem de eritrócitos;
– Homens adultos: 4,5 a 6,1 milhões/µL
– Mulheres adultas: 4 a 5,4 milhões/µL
■ Hemoglobina (HGB)
– Proteína contida no interior do eritrócito. Ligam-se à moléculas de
oxigênio;
– Homens adultos: 12,8 a 17,8 milhões/µL
– Mulheres adultas: 12,5 A 16,2 milhões/µL
■ Hematócrito (HCT)
– Proporção de hemácias dentro do volume sanguíneo. Como é uma
proporção, em uma perda sanguínea, o hematócrito pode estar
“normal”;
– Homens adultos: 39 a 53%
– Mulheres adultas: 36 a 48%
HCT = (VCM x 
eritrócitos)/10
HGB <7 = Transfusão 
sanguínea e UTI
Eritograma
■ VCM
– Volume corpuscular médio ou seja o Tamanho dos eritrócitos;
– Homens e mulheres adultos: 80 a 98 fl (fentolitros)
■ HCM
– Peso da hemoglobina dentro dos eritrócitos;
– Homens adultos: 26,8 a 32,9 pg (picogramas)
– Mulheres adultas: 26,2 a 32,6 pg (picogramas)
■ CHCM
– Concentração de hemoglobina nas hemácias;
– Homens e mulheres adultos: 30 a 36,5 g/dL
■ RDW
– Variação do tamanho da população eritrocitária;
– Homens e mulheres adultos: 11 a 16%
Utilizados 
para definição 
do tipo de 
anemia!
Eritrograma
■ Características morfológicas
Eritrograma
■ Alterações na contagem
– Anemia
■ Moderada: 10 a 7 g/dL;
■ Severa: inferior a 7 g/dL.
– Policitemia
■ Medula óssea estimulada a produzir eritrócitos extras, devido a 
baixos níveis de oxigênio sanguíneo (altas altitudes e DPOC, por 
exemplo).
– Características
■ Microcitose: : deficiência de ferro, intoxicação por chumbo e anemia 
ferropriva. Adaptação à baixa quantidade de hemoglobina
■ Macrocitose: deficiência de vitamina B12 e/ou de ácido fólico, 
alcoolismo, doença hepática, hipotireoidismo, recém nascidos.
22/10/2019
14/10/2019
Anemia Ferropriva 
ou Sangramento???
Leucograma
■ O leucograma avalia a contagem de leucócitos (células
brancas) e quantifica os cinco tipos os quais são
responsáveis pela defesa do organismo contra infecções
e importantes para diagnosticar leucemias e tais
infecções
– Os neutrófilos ficam encarregados da resposta imediata
dada pela fagocitose de organismos à infecção;
– Os linfócitos produzem anticorpos e mediadores celulares e
são responsáveis pela imunidade;
– Os monócitos têm função fagocitária, de processamento de
antígenos e imunidade;
– Os eosinófilos e os basófilos agem na defesa contra
infecções parasitárias e distúrbios.
Leucograma
Bastonetes e 
segmentados?
Os valores de referência do leucograma são um pouco mais 
baixos em populações negras que os apresentados abaixo 
(baseados em população caucasiana) e são de 3% a 4% 
mais altos em mulheres, de modo que essas informações 
(sexo, idade, etnia) são importantes no cadastro do paciente
Leucograma
■ Bastonetes
– Neutrófilos imaturos;
– Formato alongado do núcleo;
– Encontrados na medula óssea, onde estão
amadurecendo.
■ Segmentados
– Neutrófilos que ainda estão amadurecendo;
– Formato segmentado do núcleo;
– Presença de segmentados e bastonetes no sangue
indicam infecção bacteriana severa (relacionar com
os outros componentes!!)
Leucograma
■ Alterações na contagem
– Leucocitose
■ O grau de aumento é relacionado diretamente com a gravidade
do problema e inversamente com a condição imunológica do
indivíduo.
– Leucopenia
■ Já a leucopenia, que não é tão comum, pode ser causada por
infecção, supressão imunológica por doença ou tratamento e
doenças da medula óssea
Leucograma
■ Alterações na contagem
– Neutrófilos
■ Neutrofilia: gravidez, exercício físico, doenças inflamatórias agudas 
e crônicas, infecções bacterianas, uso de corticoide, pós-operatório, 
hemorragia, transfusão de sangue;
■ Neutropenia: doenças autoimunes (lúpus e artrite reumatoide, por 
exemplo), doença da medula óssea (leucemia e linfoma), 
quimioterapia, radioterapia, HIV.... Instabilidade emocional, 
preocupação excessiva, depressão, genética.
– Linfócitos
■ Linfocitose: aumento da adrenalina, convulsão, esplenectomia, 
infecções virais e respostas imunológicas;
■ Linfocitopenia: imunodeficiência. Acompanhada de neutrofilia: 
doenças inflamatórias/infecciosas graves e agudas (pneumonia e 
abdome agudo), sepse.
Leucograma
■ Alterações na contagem
– Eosinófilos
■ Eosinocitose: resposta imunológica a parasitoses, doença alérgica 
(asma), doença de pele, radioterapia;
■ Eosinopenia: corticoides, estresse e doenças infecciosas em geral.
– Basófilos
■ Basocitose: reações alérgicas, leucemia.
■ Basopenia: não existe, pois o limite inferior do valor de referência é 
zero.
– Monócitos
■ Monocitose: passageira (acompanha neutrofilia em processos 
inflamatórios), 2 a 3 dias após o infarto, depressão, invasões de 
material estranho (em geral);
■ Monocitopenia: incomum.
Plaquetograma
■ Avalia o número de plaquetas circulantes importantes
para a coagulação sanguínea. Estas são a reação de
primeira linha na ruptura do endotélio vascular;
■ Sua análise inclui a contagem e a medição de volume,
conhecida como volume plaquetário médio (VPM);
■ Alterações:
– Trombocitose: distúrbio de medula (neoplasia), hemorragia
aguda, neoplasia maligna, traumatismo grave, infecção e
inflamação crônica.
– Trombocitopenia: doenças da medula óssea, situações de
sepse, AIDS, leucemia, insuficiência renal, uso de heparina
ou na coagulação intravascular disseminada.
Plaquetograma
Gasometria Arterial
■ Analisa a concentração de íons de hidrogênio (H+) no
líquido extracelular (pH);
■ A avaliação da gasometria contempla a análise dessa
concentração e demonstra quando há desequilíbrio
ácido-básico (acidose ou alcalose);
■ Avalia capacidade pulmonar e renal, além de fornecer
dados sobre as condições de perfusão do paciente e
sinalizar sobre a possível origem desse desequilíbrio
(respiratória, metabólica ou mista).
– Pulmão: elimina dióxido de carbono;
– Rins: secreção de H+ e reabsorção de HCO3-.
Gasometria Arterial
H2O (água) + CO2 (gás carbônico) = H2CO3 (ácido 
carbônico)
Gasometria Arterial
■ pH – Concentração de H+;
■ pCO2 – Pressão parcial de dióxido de
carbono;
– Função ou disfunção ventilatória.
■ pO2 – Pressão parcial de oxigênio;
– Reflete absorção de oxigênio nos
pulmões
■ SO2 – Saturação de oxigênio;
– Quantidade de O2 transportado pela
hemoglobina, reflete a descarga de
O2 nos tecidos.
■ BE – Base Excess (BD ou EB, também);
■ HCO3-– Bicarbonato sérico.
– Tampão renal de ácido.
Gasometria Arterial
A alcalose metabólica pode ser resultante da perda 
de ácido gástrico (por vômito, p. ex.), hemorragia, 
uso de diuréticos, administração excessiva de 
bicarbonato de sódio e perdas excessivas de 
cloreto e sódio sem reposição.
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Gasometria Arterial
Referências bibliográficas
■ PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 7.ed. Guanabara Koogan, 2013.
■ SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 2. ed. Barueri, SP:
Manole, 2003. p. 403-473.
■ TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.