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D I S T Ú R B I O S H I D R O E L ET R O L Í T I C O S + P OT Á S S I O Monitoria 7°p – Khilver Doanne A osmolaridade é mantida com base no equilíbrio do meio intra e extracelular. . . O SÓDIO é o principal soluto que equilibra a osmolaridade plasmática E o POTÁSSIO é o principal soluto que equilibra a osmolaridade IC Extracelular: bicarbonato, cloro, sódio Intracelular: proteínas, fosfato, potássio Monitoria 7°p – Khilver Doanne FÓRMULA DA OSMOLARIDADE PLASMÁTICA: Monitoria 7°p – Khilver Doanne Alguns valores de referência: Natremia normal: 140 mEq/L Glicemia normal: 90 mg/dl Ureia normal: 30 mg/dl Pondo na fórmula. . . A osmolaridade normal deve estar em torno de: 290, 280 mOsm/L Monitoria 7°p – Khilver Doanne QUEM REGULA A OSMOLARIDADE PLASMÁTICA?!? 1. Hormônio antidiurético – ADH 2. Centro da sede Monitoria 7°p – Khilver Doanne HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO OU ARGININA- VASOPRESSINA: Costuma ativar-se quando osmolaridade > 275 O ADH (néfron distal) nos protege contra hiperosmolaridade – nos permite conservar água livre! +++ADH / +++ urina concentrada Monitoria 7°p – Khilver Doanne SEDE: Neurônios no hipotálamo anterior – ativados quando osm. sérica > 290 mOsm/L (+ importante que ADH!!) Sempre precisamos produzir urina, logo, o auxílio do ADH se esgota... Neste momento ativo a “vontade de beber” água Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NA+ < 135 MEQ/L * O + comum em hospitalizados OBS.: não são distúrbios do sódio mas DA ÁGUA!!! Logo, a hiponatremia se trata do excesso de água no organismo!!! Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPOTÔNICA * Existem outros tipos, mas este é o mais importante Dividimos as causas em: 1. Hipovolêmicas; 2. Normovolêmicas; 3. Hipervolêmicas. Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPOTÔNICA 1. Com sódio urinário baixo: vômitos, diarreia, drenagem nasogástrica, hemorragias 2. Com sódio urinário alto: diuréticos tiazídicos, síndrome cerebral perdedora de sal (CSWS), hipoaldosteronismo (perdas renais) 3. Normovolêmica com diurese hipertônica? Hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal, SIAD 4. Com diurese hipotônica: polidipsia primária, ressecção transuretral de próstata, alcoolismo, desnutrição proteicocalórica Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPOTÔNICA HIPOVOLÊMICAS C/ SÓDIO URINÁRIO BAIXO Tratam-se de perdas extrarrenais! Sódio urinário < 20 mEq/L Intensa reabsorção tubular de sódio Hiponatremia secundária à insuficiência renal aguda pré-renal Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPOTÔNICA HIPOVOLÊMICAS C/ SÓDIO URINÁRIO ALTO Síndromes perdedoras de sal por via renal! Sódio urinário > 40 mEq/L Perdemos sódio por remédios (diuréticos tiazídicos – ñ reabsorvo sódio), síndrome cerebral perdedora de sal (hiperativação simpática com aumento da natriurese pressórica; secreção anômala BNP que estimula diretamente a perda de sódio pelos túbulos renais) e . . . Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPOTÔNICA HIPOVOLÊMICAS C/ SÓDIO URINÁRIO ALTO Síndromes perdedoras de sal por via renal! Sódio urinário > 40 mEq/L . . . E hipoaldosteronismo (na deficiência da aldosterona, há déficit de reabsorção de sódio; perco sódio na urina + líquido junto) REAÇÃO? Aumento ADH, urina concentra, + água livre no sangue= hiponatremia! Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA HIPERVOLÊMICA (?) CURSAM COM AUMENTO DA ÁGUA CORPORAL TOTAL!!! Marcadas pelo edema (pleural, ascite e pericárdico ou periférico) ICC e cirrose hepática: reduzem volume circulante efetivo. O líquido é retido no sistema venoso, interstício e serosas. ADH AUMENTA! IR: queda da TFG < 10-20%. Maior qtd de soltos tem q ser excretados por néfron funcionante. Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) COM DIURESE HIPERTÔNICA: insuficiência suprarrenal (IS 2°), hipotireoidismo e SIAD IS 2°: hipossecreção de ACTH pela hipófise. Hipocortisolismo (isolado) estimula a prod e lib do ADH. Hipotireoidismo: dim. do débito cardíaco levaria à liberação de ADH; dim. da TFG acumula água livre Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) SIAD 1. Secreção de ADH na ausência de estímulos hemodinâmicos ou osmóticos; 2. Reajuste do “osmostato” hipotalâmico 3. Resposta normal do ADH aos estados hipertônicos, seguida de falha em sua supressão 4. Secreção de ADH abolida, porém, com mutações de ganho de funções do ADH no túbulo coletor Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) SIAD Na SIAD há hiponatremia hipotônica em pacientes normovolêmicos. Hiperativação dos receptores ADH – urina inapropriadamente concentrada para o grau de hiponatremia. Osmolaridade urinária sempre > 100, geralmente > 300 mOsm/L. O ADH aumentado leva à hiper-hidratação e edema celular. Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) SIAD Como a volemia é mantida?!? Liberação do peptídeo natriurético atrial (PNA ou ANP) – mantém elevada excreção urinária de sódio. Excreção do ác. úrico também aumenta hipouricemia. Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) CAUSAS DE SIAD: Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) CAUSAS DE SIAD 1. Carcinoma broncogênico do tipo oat cell 2. Pós-operatório de cirurgias de grande porte – só hidrato o paciente com soluções hipotônicas? SF 0,9%? Hiponatremia!!! 3. Lesões do SNC e doenças pulmonares graves 4. Drogas associadas: carbamazepina, antidepressivos, neurolépticos, ocitocina, alguns antineoplásicos e substâncias ilícitas, como o ecstasy OBS.: DIFERENCIAR BEM ENTRE SIAD E CSWS!!! Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) OBS.: DIFERENCIAR BEM ENTRE SIAD E CSWS!!! Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA (?) COM DIURESE HIPOTÔNICA: ÚNICO GRUPO que cursa com OSMOLARIDADE URINÁRIA BAIXA Influxo de soluções hipotônicas, baixa ingesta líquida 1. Polidipsia primária: > 16 L excede a capacidade renal fisiológica de eliminação de água livre; 2. Cirurgia de Ressecção Transuretral de Próstata (RTUP): necessita de instilação volumosa de manitol (isotônica) ou glicina ou sorbitol (hipotônicas) para lavar a bexiga Monitoria 7°p – Khilver Doanne OK? COMO INICIAR A INVESTIGAÇÃO? 1. Exame clínico e cálculo da osmolaridade sérica Edema? Ascite? Causas hipervolêmicas!!! Osmolaridade urinária < 100 mOsm/L? realização de RTU, ou potomania ou desnutrição Hipovolemia? Sódio urinário baixo < 20 SIAD? Sódio urinário alto >40 Hipovolemia? Osmolaridade urinária >450 mOsm/L SIAD? Osmolaridade urinária entre 100-800 mOsm/L Monitoria 7°p – Khilver Doanne OK? COMO INICIAR A INVESTIGAÇÃO? Se o valor do sódio deixar dúvidas. . . Prova terapêutica com SORO FISIOLÓGICO! Se após infusão de 500-1.000 ml de SF 0,9%, em curto intervalo de tempo, houver redução na osmolaridade urinária, o diagnóstico é de hipovolemia! Se não houver esta redução, estamos diante de normovolemia!!! Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne E A PSEUDOHIPONATREMIA?!? NA HIPERGLICEMIA, o valor do sódio deve ser corrigido!! Na hiperglicemia a osmolaridade plasmática sobe ao ponto de puxar água de dentro das células diluindo o sódio sérico. A CADA 100 PONTOS de aumento na glicemia acima de 100 mg/dl, teremos 1,6 pontos para corrigir na natremia! Qual a natremia desse paciente corrigida? Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA Trato hiponatremia crônica assintomática? SIM A hiponatremia é aguda e sintomática? Não reponho com solução hipertônica (NaCl 3%) risco de Síndrome de Desmielinização Osmótica (SDO) Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA Trato hiponatremia crônica assintomática? SIM A hiponatremia é aguda e sintomática? Sim, mas não reponho com solução hipertônica (NaCl 3%) aberta!!! risco de Síndrome de Desmielinização Osmótica (SDO) Monitoria 7°p – KhilverDoanne TRATANDO A HIPONATREMIA HIPONATREMIA HIPOVOLÊMICA 1. Reposição volêmica com cristaloides soro fisiológico 0,9% (154 mEq/L); restaura a volemia, logo, para de estimular ADH Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA 1. Retirar medicações (inibidores de recaptação de serotonina, anticonvulsivantes, diuréticos tiazídicos) e tratar insuficiência suprarrenal e hipotireoidismo com reposição hormonal específica 2. Restrição hídrica + FUROSEMIDA 3. SIAD? Estimular ingestão de sódio Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA 3. SIAD? Nos casos refratários tentar adição de 30 g/dia de ureia na dieta obriga excreção de solutos na urina; REFRATÁRIO lançar mão de bloqueadores do receptor de vasopressina (os vaptanos – antagonistas do ADH): O conivaptan (Vaprisol®) bloqueia os receptores V2 e V1a; O tolvaptan (Samsca®) é um bloqueador seletivo do receptor V2 de vasopressina com efeito apenas sobre o parênquima renal. Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA HIPONATREMIA NORMOVOLÊMICA 3. SIAD? Nos casos refratários tentar adição de 30 g/dia de ureia na dieta obriga excreção de solutos na urina; AINDA NÃO FUNCIONOU? Demeclociclina (600-1.200 mg/dia) é um ATB que dessensibiliza o túbulo coletor ao ADH ou ainda carbonato de lítio (900-2.400 mg/dia) (mesmo efeito). Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA HIPONATREMIA HIPERVOLÊMICA Causas? ICC, cirrose. . . Restrição hídrica + furosemida Resumindo . . . HIPOVOLÊMICA: soro fisiológico 0,9% NORMOVOLÊMICA: restrição hídrica + furosemida; demeclociclina ou vaptanos; HIPERVOLÊMICA: restrição hídrica + furosemida Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! E SINTOMÁTICA! Aqui uso soluções hipertônicas! Caso clínico: Paciente de 50 anos, 60 kg, sexo masculino, com hiponatremia aguda pós-RTU de próstata, sódio = 110 mEq/L Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! Caso clínico: Paciente de 50 anos, 60 kg, sexo masculino, com hiponatremia aguda pós-RTU de próstata, sódio = 110 mEq/L REGRAS: aumentar a natremia de 1 a 2 mEq/L por hora nas primeiras 3h; após, elevar a natremia 0,5 mEq/L por hora até completar 24h; respeitar elevação máxima até 10 mEq/L nas primeiras 24h, ou 18 mEq/L nas primeiras 48h. Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! Caso clínico: Paciente de 50 anos, 60 kg, sexo masculino, com hiponatremia aguda pós-RTU de próstata, sódio = 110 mEq/L Solução salina a 3% (NaCl a 3%) 1° coisa: CALCULAR ÁGUA CORPORAL. . . Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! 1° coisa CALCULAR ÁGUA CORPORAL: HOMENS: peso x 0,6 MULHERES / HOMENS IDOSOS: peso x 0,5 MULHERES IDOSAS: peso x 0,45 Valor do déficit de sódio do paciente? Em 3 horasMÁX 3 MEQ/L Em 24 horasMÁX 10 MEQ/L Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! 2° coisa pôr na fórmula abaixo – Adrogué-Madias: REGRA: Solução 1L de NaCl 3% = 513 MEQ/L de sódio Fórmula: (Na + da solução – Na + do paciente) / água corporal + 1 Homem, 60kg, Na+ = 110 mEq/L (513 - 110) / (0,6 x 60) + 1 ___ / ___ + 1 = ___ + 1= ~__ MEQ / L solução Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! ~12 MEQ / L solução TOTAL!!! Em 3 horas? Em + 21 horas? Regras de 3!!! 12 MEQ ----- 1 l 3 MEQ -------X L? Resultado= QTD em L para 3 horas 12 MEQ --- 1 L 10 – 3=7 MEQ --- X L Resultado = QTD em L para 21 horas É bom reavaliar a cada 2-4H Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! Só tenho a fórmula de Adrogué-Madias? Não. . . Posso juntar a variação do sódio que eu quero + o cálculo de água corporal do paciente: Déficit Na= 0,6(homens) ou 0,5(mulher/homem idoso) x peso corporal x variação do sódio que desejo (∆Na) Em 3h vario de 1-2 mEq/H (posso fazer entre 3 e 6 mEq/l em 1 hora) Exemplo do cálculo: Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! Déficit Na= 0,6(homens) ou 0,5(mulher/homem idoso) x peso corporal x variação do sódio que desejo (∆Na) Em 3h vario de 1-2 mEq/H CASO CLÍNICO: Homem, 60 anos, 70kg, Na=113 Déficit Na= 0,6 x 70 x 3= 126mEq preciso dar 126mEq p/ esse paciente! 1g NaCl --- 17 mEq X g NaCl – 126 mEq Resultado? _____ g Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! CASO CLÍNICO: Homem, 60 anos, 70kg, Na=113 Déficit Na= 0,6 x 70 x 3= 126mEq preciso dar 126mEq p/ esse paciente! Resultado? 7,4 g. . . Não vou dar a medicação em grama! NaCl 3% = 3g / 100 ml PADRÃO 3G – 100ml 7,4g – Xml Resultado? 247ml (prescrevo 250ml) 250ml de NaCl 3% em 3 horas BIC Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATANDO A HIPONATREMIA AGUDA! DEU RUIM?!? PRECISA REVERTER?!? SÍNDROME DE DESMIELINIZAÇÃO OSMÓTICA?!? Estratégia de sodium relowering!!! Repor solução hipotônica= SG 5%, 6 ml/kg, em 2h + Desmopressina= 2 UI, IV ou SC, de 6/6h, podendo passar para 4 UI nos não respondedores Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPERNATREMIA= NA+ > 145 MEQ/L TODA HIPERNATREMIA É HIPERTÔNICA!!! Quase sempre, ocorre pela perda de água livre corporal. . . Logo: Hipernatremia = falta de água no organismo (desidratação hipertônica). Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPERNATREMIA= NA+ > 145 MEQ/L CAUSAS: 1. Perda de água livre ou de fluidos hipotônicos; 2. Incapacidade de ingerir ou ter acesso a líquidos Pacientes que tem sede e podem beber água não mantém a hipernatremia! Encontramos a hipernatremia geralmente em recém- natos, lactentes, idosos, pacientes intubados e indivíduos com rebaixamento da consciência ou pacientes gravemente enfermos e acamados. Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPERNATREMIA= NA+ > 145 MEQ/L . . . Tudo que me fizer perder água. . . Ou acumular + sódio. . . Vai causar o quadro! Em pacientes internados. . . Sempre pensar em diabetes insipidus! O diagnóstico diferencial é com diabetes mellitus e com polidipsia primária. Realizar teste de restrição hídrica com coleta de débito urinário, a osmolaridade ou densidade urinária e a natremia medidos a cada 1 hora. Se a poliúria permanecer, a osmolaridade ou densidade urinária continuarem baixas e surgir hipernatremia, o diagnóstico é diabetes insipidus Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPERNATREMIA= NA+ > 145 MEQ/L Para diferenciar entre DI central e DI nefrogênico, devemos dosar o ADH plasmático e administrar desmopressina intranasal (dDAVP, um análogo do ADH), na dose de 10 mcg. No DI central ocorre aumento > 50% na osmolaridade urinária (em geral com valor absoluto > 800 mOsm/L). No DI nefrogênico o aumento na osmolaridade urinária ou não ocorre ou é < 50%, e o ADH plasmático encontra- se aumentado. Monitoria 7°p – Khilver Doanne HIPERNATREMIA= NA+ > 145 MEQ/L . . . Resumindo O DI central deve ser tratado com reposição exógena de desmopressina (dDAVP). As doses são: desmopressina (dDAVP): 5-20 mcg intranasal, 2x/dia (fazer 2/3 da dose à noite, para evitar a noctúria). +++ restrição da ingesta de sal e proteína na dieta No diabetes insipidus nefrogênico, não adianta repor desmopressina!!! O tratamento se baseia na restrição de solutos da dieta (sal e proteína). Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATAMENTO DA HIPERNATREMIA REPOSIÇÃO DE ÁGUA LIVRE – pelo tubo digestivo Se for necessário reposição IV exclusiva: soro glicosado a 5% ou a salina hipotônica (0,2% ou 0,45%) (Pega soro (0,9%) tiro metade + substituo com água destilada) REGRA: solução hipotônica 0,45%= 77 MEQ/L De novo a fórmula: (Na + da solução – Na + do paciente) / água corporal + 1 Monitoria 7°p – Khilver Doanne TRATAMENTO DA HIPERNATREMIA REGRA: solução hipotônica 0,45%= 77 MEQ/L De novo a fórmula: (Na + da solução – Na + do paciente) / água corporal + 1 Caso clínico: 70 kg, Na+ = 160 mEq/L (77 -160) / (0,6 x 70) + 1= MEQ/L de solução . . . Repor sem pressa. . . E adicionar 10 ml/kg/diapor perdas insensíveis de água. Em salina a 0,2%: multiplico por 1,33; em salina 0,45%: multiplico tudo por 2; AVALIAR SEMPRE ENTRE 2-4H Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO – 3,5 – 5,5 Geralmente < 3 mEq/L (hipocalemia grave), tem sintomatologia. Vômitos, diarreia, alta drenagem nasogástrica, pela urina. . . Hipocalemia X. Achatamento da onda T X. Elevação da onda P X. Surgimento da onda U Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO – 3,5 – 5,5 Hipercalemia X. Achatamento da onda P X. Elevação da onda T X. QT some Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO – 3,5 – 5,5 TRATAMENTO Hipocalemia: causada por Ex.:furosemida, diuréticos A princípio, reposição por via oral, entre 40-80 mEq/dia. Se hipocalemia grave: preconiza-se a reposição intravenosa, infundindo-se 10-20 mEq/h até o potássio sérico chegar próximo a 3 mEq/L REFRATÁRIO?!? Dosar magnésio! Se ele estiver baixo, o potássio não se eleva nunca! reposição de sulfato de magnésio 2-3 g/dia. Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO – 3,5 – 5,5 TRATAMENTO Hipercalemia: glicoinsulina, nebulização com B-2 agonista, poliestirenossulfonato de cálcio (Sorcal®) Resina de “troca” Insulina regular 10 U + glicose a 50% 100 ml (ou SG a 10% 500 ml), via intravenosa, correr em 20-60min. Concomitantemente à glicoinsulinoterapia, realizar a infusão venosa de bicarbonato de sódio ECG alterados? Gluconato via intravenosa, infundidos em 2- 3min Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO – 3,5 – 5,5 TRATAMENTO Hipercalemia: Quando indicar a diálise?!? Duas situações: (1) quando o paciente não estiver urinando (anúria ou oligoanúria); e (2) quando a hipercalemia for grave e refratária às medidas convencionais. Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne GASOMETRIA ARTERIAL E D I S T Ú R B I O S Á C I D O - B A S E Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Base do sistema: bicarbonato Ácido do sistema: CO2 pCO₂ normal = 35-45 mmHg Conceitos. . . Buffer Base: total de bases presentes no fluido extracelular do paciente Base Excess: É a diferença entre o buffer base do paciente e o buffer base normal (48 mEq/L); se for + e maior que 3, significa um aumento de bases Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Quando tenho distúrbio + grave, penso em alcalose/acidose METABÓLICA!! Quando tenho distúrbio + leve, penso em alcalose/acidose RESPIRATÓRIA!!! OBS.: os metabólicos são os piores!! São mais intensos e costumeiramente não compensados. Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) O QUE AVALIAMOS NA GASOMETRIA ARTERIAL? pH, pCO₂ e HCO₃- ● Se o pH estiver ácido (acidemia), é porque existe uma acidose ● Se o pH estiver alcalino (alcalemia), é porque existe uma alcalose ● Se o pH estiver normal, de duas uma: ou não há distúrbio acido-básico, ou há dois distúrbios que se contrabalançam ("distúrbio misto") Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) O QUE AVALIAMOS NA GASOMETRIA ARTERIAL? ● pH ácido (< 7,35) Pode ser justificado pelo aumento da pCO2 (acidose respiratória) ou pela redução do HCO3- (acidose metabólica) ● pH alcalino (> 7,45) Pode ser justificado pela redução da pCO2 (alcalose respiratória) ou pelo aumento do HCO3- (alcalose metabólica). Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) TREINANDO: Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) A acidose metabólica ocorre por redução de HCO3- O organismo responde reduzindo a pCO2 – hiperventilação compensatória Por isso na acidose metabólica “pura” devemos encontrar HCO3- baixo e pCO2 baixa Excetuando-se os distúrbios leves, a resposta compensatória nunca é completa – não corrige o pH para a faixa normal, mas evita grande variação do Ph plasmático! Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Organizando as ideias. . . PRIMEIRO, olho o pH! Ex.: tá ácido/básico? Qual acidose/alcalose é? Se houver acidose respiratória (pCO2 alta) + acidose metabólica (HCO3- baixo), o pH encontra- se MUITO BAIXO!!! ACIDOSE MISTA!!! Exemplo: ● Gaso 6 pH = 7,05/pCO2 = 55 mmHg/HCO3- = 15 mEq/L. Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Exemplo de alcalose mista: ● Gaso 7 pH = 7,80/pCO2 = 20 mmHg/HCO3- = 30 mEq/L Ou ainda, os distúrbios podem se equilibrar: ● Gaso 8 pH = 7,42/pCO2 = 19 mmHg/HCO3- = 12 mEq/L. Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) VALORES DE REFERENCIA: BIC: 22 – 26 (24) PCO2: 35-45 FÓRMULAS: PCO2 esperada: (1,5 x BIC) + 8 +/- 2 Ânion-gap= SODIO – (CLORO + BIC) ; valor normal? 8-12 Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Acidose metabólica c/ ânion-gap alto? Intoxicação exógena Acidose metabólica c/ ânion-gap normal? hiperclorêmica Posso ter perdas digestivas: excesso de BIC Posso ter por perdas renais: uso espironolactona Monitoria 7°p – Khilver Doanne Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Acidose Tubular Renal ATR 1: reposição de bases na dose de 4-10 mEq/kg/dia (crianças) e 50-100 mEq/dia (adultos) com citrato de potássio ATR 2: A dose é de 10-15 mEq/kg/dia. A base de escolha é o citrato de potássio, por via oral (acidose de ânion-gap alto não tem reposição de bases indicada de rotina!) Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) Perda extrarrenal: vômitos ou diarreia (cloro urinário baixo) Perda renal: uso de diuréticos (cloro urinário alto) Intoxicações: nas intoxicações por salicilatos, metanol ou etilenoglicol, deve-se administrar NaHCO3 venoso Monitoria 7°p – Khilver Doanne DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE – PH (7,35 – 7,45) USO DE BIC VENOSO: Usado na acidose metabólica grave: pH <7,1/7,2 Déficit de BIC= 0,3 x peso x base excess 1°: chegar no pH 7,2 BIC desejado= 0,38 x PaCO2 achei o BIC desejado? 2°: déficit BIC= 0,5 x peso x (BIC desejado – BIC atual) Monitoria 7°p – Khilver Doanne
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