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Emanuella Barros Estudo Dirigido - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (AV1) 1) Fale sobre os principais acontecimentos relacionados com a estruturação da Assistência Farmacêutica (AF)? · 1997 - Desativação da CEME · 1998 – Política Nacional de Medicamentos (PNM): Segurança, eficácia e qualidade; promoção do uso racional; acesso universal aos medicamentos essenciais. · 1999 - ANVISA (Lei nº 9782): Órgão responsável pela fiscalização do controle de qualidade na fabricação dos medicamentos. · 1999 - Lei dos genéricos (Lei nº 9787): Ofertar medicamentos de qualidade e de baixo custo -> garantir o acesso da população: determinou que as aquisições de medicamentos e as prescrições médicas no âmbito do SUS adotarão obrigatoriamente a DCB. · 2003 - Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) · 2004 - Programa Farmácia Popular do Brasil · 2004 - Política Nacional de AF (PNAF) 2) Quais políticas estão relacionadas com a Assistência Farmacêutica (AF)? Políticas de medicamentos, de ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde 3) Quando a Política Nacional de Medicamentos (PNM) foi criada e qual o seu propósito? Em 1998, após um processo participativo, a Política Nacional de Medicamentos (PNM) foi aprovada e publicada em portaria. O seu propósito precípuo é o de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais. Ela veio substituir a estratégia da Central de Medicamentos (CEME), que foi extinta em 1997. Com a sua elaboração houve uma ampliação na garantia de acesso dos usuários para o tratamento gratuito de todas as morbidades. 4) Qual(is) a(s) principal(is) diretriz(es) da PNM? Explique-as. Suas principais diretrizes são o estabelecimento da relação de medicamentos essenciais, a reorientação da assistência farmacêutica, o estímulo à produção de medicamentos e a sua regulamentação sanitária. 1. Adoção de relação de medicamentos essenciais: · “Integram o elenco dos medicamentos essenciais aqueles produtos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população”. · “meio fundamental para orientar a padronização, quer da prescrição, quer do abastecimento de medicamentos, principalmente no âmbito do SUS, constituindo, assim, um mecanismo para a redução dos custos dos produtos”. · Atualização contínua da RENAME. 2. Regulamentação sanitária de medicamentos: · Questões relativas ao registro de medicamentos e à autorização para o funcionamento de empresas e estabelecimentos, bem como as restrições e eliminações de produtos que venham a revelar-se inadequados ao uso, na conformidade das informações decorrentes da farmacovigilância. · Promoção do uso de medicamentos genéricos: A apresentação da denominação genérica nas embalagens, rótulos, bulas, prospectos, textos e demais materiais de divulgação e informação médica. · As ações de vigilância sanitária serão gradualmente descentralizadas e transferidas à responsabilidade executiva direta de estados e municípios. · ANVISA 3. Reorientação da assistência farmacêutica; · A reorientação do modelo de assistência farmacêutica (...) deverá estar fundamentada: na descentralização da gestão; na promoção do uso racional dos medicamentos... · A assistência farmacêutica no SUS, englobará as atividades de seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição, controle da qualidade e utilização - nesta compreendida a prescrição e a dispensação. · A definição de produtos a serem adquiridos e distribuídos deverá considerar três pressupostos básicos, de ordem epidemiológica, a saber: - Doenças que configuram problemas de saúde pública, - Doenças consideradas de caráter individual - Não disponíveis no mercado. 4. Promoção do uso racional de medicamentos; · implementação da RENAME. · campanhas educativas. · registro e uso de medicamentos genéricos. · Formulário Terapêutico Nacional. · Farmacoepidemiologia, Farmacovigilância e Farmacoeconomia**. · Processo educativo dos usuários e consumidores referentes à: Automedicação; Interrupção; Troca da medicação prescrita; Necessidade da receita médica, no tocante à dispensação de medicamentos tarjados 5. Desenvolvimento científico e tecnológico; · O contínuo desenvolvimento e capacitação do pessoal envolvido nos diferentes planos, programas e atividades que operacionalizarão a Política Nacional de Medicamentos deverão configurar mecanismos privilegiados de articulação intersetorial de modo a que o setor saúde possa dispor de recursos humanos em qualidade e quantidade – cujo provimento, adequado e oportuno, é de responsabilidade das três esferas gestoras do SUS. 6. Promoção da produção de medicamentos; · Com referência aos medicamentos genéricos, o Ministério da Saúde, em ação articulada com os demais ministérios e esferas de Governo, deverá estimular a fabricação desses produtos pelo parque produtor nacional, em face do interesse estratégico para a sociedade brasileira, incluindo, também, a produção das matérias-primas e dos insumos necessários para esses medicamentos. 7. Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos; · O processo para garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos fundamentam-se no cumprimento da regulamentação sanitária, destacando-se as atividades de inspeção e fiscalização. · Para o exercício dessas ações, a Secretaria de Vigilância Sanitária implementará e consolidará roteiros de inspeções aplicáveis à área de medicamentos e farmoquímicos. · A reestruturação, a unificação e o reconhecimento nacional e internacional da Rede Brasileira de Laboratórios Analítico-Certificadores em Saúde – REBLAS 8. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. · O contínuo desenvolvimento e capacitação. 5) Quais conceitos estão relacionados com a PNM? · A Política Nacional de Medicamentos, como parte essencial da Política Nacional de Saúde, constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições da assistência à saúde da população. · A Lei n.º 8.080/90, em seu artigo 6o, estabelece como campo de atuação do Sistema Único de Saúde - SUS - a "formulação da política de medicamentos (...) de interesse para a saúde (...)" · Tem o dever desafiador de assegurar o acesso aos medicamentos á população, resguardando os princípios de equidade e justiça social, garantindo a disponibilidade de produtos seguros, eficazes e de qualidade e promovendo o uso racional por parte dos profissionais de saúde e usuários. 6) Como a Assistência Farmacêutica deve ser compreendida? · Como política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, tendo como alguns dos seus eixos estratégicos, a manutenção, a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica na rede publica de saúde e a qualificação de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde. · “O conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população”. (Resolução nº 338 de 06 de maio de 2004 do CNS) · As ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica; · É a interação direta do farmacêutico com o usuário 7) Quanto a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF),em que âmbito foi construída e quais seus principais pontos? De antemão, os princípios norteadores da Política Nacional de Assistência Farmacêutica envolvem direitos e garantias fundamentais. Desse modo, a base dessa política é a promoção da saúde dos brasileiros, embasada na equidade, universalidade e integralidade previstas na Constituição Federal. Art. 2º - A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os seguintes eixos estratégicos: · I - A garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui, necessariamente, a Assistência Farmacêutica; · II - Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS; · III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção; · IV - Descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação da fragmentação em programas desarticulados; · V - Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos; · VI - Modernização e ampliar a capacidade instalada e de produção dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos; · VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica; · VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção; · IX - Implementação de forma intersetorial, e em particular, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS. · X - definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País; · XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade. · XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos; · XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. 8) A PNAF é parte integrante de qual política? Da Política Nacional de saúde, envolvendo um conjunto de ações voltadas a promoção, proteção e recuperação da saúde e garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade. 9) As ações da Assistência Farmacêutica envolvem aqueles referentes a quais áreas? As ações de assistência farmacêutica envolvem aqueles referentes á Atenção farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integra á equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. 10) Quais as fontes de recursos para financiamento do SUS? O financiamento do SUS é oriundo de recursos financeiros do Orçamento da Seguridade Social, além de recursos da União, dos Estados, dos Municípios e de outras fontes. · Federal · Estadual · Municipal 11) Quais os blocos de financiamento no âmbito no SUS? As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também foram modificadas pelo Pacto pela Saúde, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de financiamento: · Atenção primaria · Atenção especializada · Assistência Farmacêutica · Vigilância em saúde · e Gestão do SUS 12) O que significa CIT, CIB e CIR e o que fazem? · Comissão Intergestores Tripartite (CIT): um espaço de articulação e expressão das demandas dos gestores federais, estaduais e municipais. · Comissões Intergestores Bipartite (CIB): é o fórum de negociação entre o Estado e os Municípios na implantação e operacionalização do Sistema Único de Saúde, SUS. · Caderneta de Inscrição e Registro (CIR): Cabe às CIR a pactuação, organização e o funcionamento em nível regional das ações e serviços de saúde integrados na rede de atenção à saúde – RAS. 13) Quais os componentes da Assistência Farmacêutica? A Assistência Farmacêutica (AF) no Sistema Único de Saúde (SUS) é estruturada em três Componentes: Básico, Estratégico e Especializado. 14) Cite 8 etapas existentes na Assistência Farmacêutica. · Investigação e desenvolvimento · Ensaios clínicos · Autorização de introdução no mercado · Fabrico · Distribuição · Prescrição · Dispensa · Utilização 15) Faça um quadro comparativo sobre os componentes da Assistência Farmacêutica, seus financiamentos e insumos envolvidos. COMPONENTES FINANCIAMENTOS INSUMOS Componente Básico da Assistência Farmacêutica · Relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da Atenção Básica à Saúde. · Dispensação ocorre nas farmácias das unidades básicas de saúde. · Financiamento (União /Estado /Município) Doenças de alta prevalência que acometem a população e que necessitam de cuidados de baixa complexidade tecnológica. Ex.: Captopril, Insulina NPH, anticoncepcionais orais e injetáveis, DIU. Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) · Grupo de agravos específicos, agudos ou crônicos. Ex.: Doenças negligenciadas (Malária, chagas); Sangue e Hemoderivados; imunobiológicos. · Financiamento é da União Albendazol, ácido fólico, Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) · Tratamento de agravos (doença rara ou de baixa prevalência; Doença prevalente; · Co-financiado pelos Estados e Distrito Federal. Elevado valor unitário ou pela cronicidade do tratamento tornam-se excessivamente caros
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