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Introdução à Assistência Farmacêutica Aula 5 - Política Nacional de Medicamentos INTRODUÇÃO Nesta aula, analisaremos a tão importante Política Nacional de Medicamentos (PNM): um documento o�cial que expressa o compromisso do governo com a promoção do uso racional dos medicamentos essenciais à população e do acesso a eles. Bons estudos! OBJETIVOS Identi�car a necessidade de elaboração da PNM para �ns de atendimento às diretrizes éticas e operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS); Reconhecer os objetivos, as diretrizes e as prioridades da PNM. OBJETIVOS, DIRETRIZES E PRIORIDADES Fonte da Imagem: Oxy_gen / Shutterstock A Lei nº 8.080/1990, que estudamos anteriormente, estabelece como campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) a “formulação da política de medicamentos [...] de interesse para a saúde [...]” (Artigo 6º, Inciso VI). Com a criação da Portaria nº 3.916/1998 (glossário), foi aprovada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), que explicita uma série de decisões de caráter geral adotadas pelo poder público em direção às linhas estratégicas de atuação na área de medicamentos. Esse documento é parte essencial da Política Nacional de Saúde do Brasil e um dos elementos fundamentais para: A efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições de assistência à saúde da população; A consolidação do SUS; A viabilização de um componente muito importante para esse serviço de assistência – a cobertura farmacológica. Saiba Mais , Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), , Lista de medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. Trata-se de um instrumento mestre para as ações de assistência farmacêutica no SUS – uma das estratégias da PNM para promover o acesso a medicamentos, bem como seu uso seguro e racional. Essa estratégia foi adotada há mais de 25 anos, em 1978, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e continua norteando toda a política de medicamentos dessa entidade e de seus países membros., , Fonte: CONSELHO Federal de Farmácia. Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (CEBRIM). Apoio ao Estado. Disponível aqui (http://www.cff.org.br/pagina.php?id=140) Acesso em: 25 fev. 2016., , Uso racional de medicamentos, , Processo que compreende: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html http://www.cff.org.br/pagina.php?id=140 • A prescrição apropriada de medicamentos; • Sua disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; • Sua dispensa em condições adequadas; • O consumo de medicamentos e�cazes, seguros e de qualidade nas doses indicadas, nos intervalos de�nidos e no período de tempo determinado. ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL A PNM estabelece mecanismos e compromissos que viabilizam o fomento à cooperação técnica, cientí�ca e tecnológica. Dessa forma, essa política de�ne as responsabilidades das esferas de governo no âmbito do SUS. Listamos, a seguir, tais responsabilidades e a esfera a que correspondem. Fonte da Imagem: {"__cnt":0} GESTOR FEDERAL Fonte da Imagem: GESTOR FEDERAL Cabe, fundamentalmente, à esfera federal a implementação e a avaliação da PNM, além dos seguintes deveres: a) Prestar cooperação técnica e �nanceira às demais instâncias do SUS no desenvolvimento das atividades relativas a essa política; b) Estabelecer normas e promover a assistência farmacêutica nas três esferas de governo; c) Apoiar a organização de consórcios destinados à prestação da assistência farmacêutica ou estimular a inclusão desse tipo de assistência como objeto de consórcios de saúde; d) Promover o uso racional de medicamentos junto à população, aos prescritores e aos dispensadores; e) Incentivar a revisão das tecnologias de formulação farmacêutica; f) Proporcionar a dinamização de pesquisas na área farmacêutica – em especial aquelas consideradas estratégicas para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico; g) Estimular a disseminação de experiências e de informações técnico-cientí�cas; h) Implementar programa especí�co de capacitação de recursos humanos voltados para o desenvolvimento dessa política; i) Coordenar e monitorar os sistemas nacionais básicos para a PNM – tais como o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) e o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (SNLSP); j) Impulsionar a reestruturação da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), dotando-a das condições necessárias ao cumprimento dessas responsabilidades, especialmente no tocante à garantia de segurança e qualidade dos medicamentos; k) Desenvolver a sistematização do arcabouço legal da vigilância sanitária, adequando-o aos princípios e às diretrizes do SUS, bem como ao atual momento da descentralização da gestão; l) Propor a atualização da legislação de vigilância sanitária; m) Executar atividades de controle da qualidade de medicamentos; n) Instigar a revisão periódica e a atualização contínua da RENAME e sua divulgação, inclusive via internet; o) Providenciar a elaboração, a divulgação e a utilização do Formulário Terapêutico Nacional (FTN); p) Fomentar a atualização permanente da Farmacopeia Brasileira; (glossário) q) Acompanhar e divulgar o preço dos medicamentos – em especial daqueles constantes da RENAME; r) Destinar recursos para a aquisição de medicamentos mediante o repasse fundo a fundo para estados e municípios, de�nindo, para tanto, critérios básicos; s) Criar mecanismos que vinculem a transferência de recursos ao desenvolvimento de um modelo adequado de atenção à saúde; t) Suscitar a revisão, a atualização e o ajuste diferenciado do grupo de medicamentos incluídos na composição dos custos dos procedimentos relativos à assistência hospitalar e ambulatorial; u) Adquirir e distribuir produtos em situações especiais, identi�cadas por ocasião das programações; v) Orientar e assessorar os estados e municípios em seus processos de aquisição de medicamentos essenciais, contribuindo para que essa aquisição esteja consoante à realidade epidemiológica e para que seja assegurado o abastecimento de forma oportuna, regular e com menor custo; w) Orientar e assessorar os estados e municípios em seus processos relativos à dispensação de medicamentos. Fonte da Imagem: {"__cnt":0} GESTOR ESTADUAL http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm Fonte da Imagem: GESTOR ESTADUAL Em caráter suplementar, a esfera estadual tem como dever formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde, além de: a) Coordenar o processo de articulação intersetorial em seu âmbito, tendo em vista a implementação da PNM; b) Promover a formulação da política estadual de medicamentos; c) Prestar cooperação técnica e �nanceira aos municípios no desenvolvimento de suas atividades e ações relativas à assistência farmacêutica; d) Coordenar e executar a assistência farmacêutica em seu âmbito; e) Apoiar a organização de consórcios intermunicipais de saúde destinados à prestação da assistência farmacêutica ou estimular a inclusão desse tipo de assistência como objeto de consórcios de saúde; f) Estimular o uso racional de medicamentos junto à população, aos prescritores e aos dispensadores; g) Assegurar a adequada dispensação dos medicamentos, incentivando o treinamento dos recursos humanos e a aplicação das normas pertinentes; h) Participar da promoção de pesquisas na área farmacêutica – em especial aquelas consideradas estratégicas para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico –, bem como do incentivo à revisão das tecnologias de formulação farmacêuticas; i) Investir no desenvolvimento de recursos humanos para a gestão da assistência farmacêutica; j) Coordenar e monitorar o componente estadual de sistemas nacionais básicos para a PNM – tais como SNVS, SNVE e SNLSP; k) Implementar as ações de vigilância sanitária sob sua responsabilidade; l) De�nir a relação estadual de medicamentos com base na RENAME e em conformidade com o per�l epidemiológico do Estado; m) De�niro elenco de medicamentos que serão adquiridos diretamente pelo Estado, inclusive aqueles de dispensação em caráter excepcional, tendo por base critérios técnicos e administrativos; n) Utilizar, prioritariamente, a capacidade instalada dos laboratórios o�ciais para o suprimento das necessidades de medicamentos do Estado; o) Investir em infraestrutura das centrais farmacêuticas, visando garantir a qualidade dos produtos até sua distribuição; p) Receber, armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda; q) Orientar e assessorar os municípios em seus processos de aquisição de medicamentos essenciais, contribuindo para que essa aquisição esteja consoante à realidade epidemiológica e para que seja assegurado o abastecimento de forma oportuna, regular e com menor custo; r) Coordenar o processo de aquisição de medicamentos pelos municípios, visando assegurar o contido no item anterior e, prioritariamente, utilizar a capacidade instalada dos laboratórios o�ciais. Fonte da Imagem: {"__cnt":0} GESTOR ESTADUAL Fonte da Imagem: werbeantrieb / Shutterstock GESTOR MUNICIPAL Caberá à Secretaria de Saúde ou correspondente os seguintes deveres: a) Coordenar e executar a assistência farmacêutica em seu respectivo âmbito; b) Associar-se a outros municípios por meio da organização de consórcios, tendo em vista a execução da assistência farmacêutica; c) Promover o uso racional de medicamentos junto à população, aos prescritores e aos dispensadores; d) Treinar e capacitar os recursos humanos para o cumprimento das responsabilidades do município no que se refere à PNM; e) Coordenar e monitorar o componente municipal de sistemas nacionais básicos para a essa política – tais como SNVS, SNVE e SNLSP; f) Implementar as ações de vigilância sanitária sob sua responsabilidade; g) Assegurar a dispensação adequada dos medicamentos; h) De�nir a relação municipal de medicamentos essenciais com base na RENAME, a partir das necessidades decorrentes do per�l nosológico da população; i) Assegurar o suprimento dos medicamentos destinados à atenção básica à saúde de sua população, integrando sua programação àquela que se refere ao Estado, e visando garantir o abastecimento de forma permanente e oportuna; j) Adquirir, além dos produtos destinados à atenção básica, outros medicamentos essenciais que estejam de�nidos no Plano Municipal de Saúde como responsabilidade concorrente do município; k) Utilizar, prioritariamente, a capacidade dos laboratórios o�ciais para o suprimento das necessidades de medicamentos do Município; l) Investir na infraestrutura de centrais farmacêuticas e das farmácias dos serviços de saúde, visando assegurar a qualidade dos medicamentos; m) Receber, armazenar e distribuir adequadamente os medicamentos sob sua guarda. ATIVIDADE Chegou a hora de exercitar o que você aprendeu! Correlacione a atividade do farmacêutico com a atividade da PNM. Resposta Correta Glossário
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