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Estágio II - Paper - Paula Ramella

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ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: Paula Ramella[footnoteRef:0] [0: Acadêmico do Curso de Licenciatura em Química; E-mail: paularamella@gmail.com.br ] 
Tutor externo: Antônio Onias Mesquita Veras[footnoteRef:1] [1: Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Química; E-mail: 100104473@tutor.uniasselvi.com.br] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
0845QUI/5 – Estágio Curricular Obrigatório III
14/06/2023
RESUMO 
O estágio tem como uma de suas incumbências nortear os acadêmicos dos desafios que irão fazer parte do seu cotidiano profissional. O presente trabalho tem o propósito de relatar as experiências desenvolvidas no processo de desenvolvimento do Estágio Supervisionado no ensino de química dentro da disciplina de ciências em turmas dos anos finais do Ensino Fundamental. As experiências desenvolvidas envolveram situações de ensino e aprendizagem em sala de aula de duas turmas do sexto ano do ensino fundamental, tendo como campo de estágio a Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera e atuação na disciplina de ciências. As atividades aconteceram a partir de observações participantes, sendo desenvolvido um diagnóstico sobre a realidade e cotidiano do trabalho pedagógico docente, e através de regência de aulas.
Palavras-chave: estágio supervisionado; ensino de química; metodologia de ensino. 
1 INTRODUÇÃO 
A disciplina de química, como mostram algumas pesquisas, por diversas vezes, é vista como um assunto que não desperta o interesse dos estudantes (ARAÚJO, 2022; BATISTA; CARVALHO; RIBEIRO, 2007; BRAATHEN, 2012; SANTOS, 2013). Pode-se atribuir o desinteresse pelos discentes a diversos fatores dentre os quais, o fato de grande parte das escolas não possuírem, ou não utilizarem laboratórios, nos quais poderiam ser realizadas as aulas experimentais, que se provaram eficientes para despertar interesse e curiosidade nos alunos. Para os estudantes é importante aliar a prática à teoria, o fato de se conhecer e entender a aplicação das teorias pode ajudar em muito o aprendizado dos discentes, envolvendo-os com os processos estudados (BATISTA; CARVALHO; RIBEIRO, 2007).
Devido ao exposto, justifica-se a escolha da análise a ser realizada no presente trabalho, que tem por objetivo promover uma reflexão a respeito do processo de ensino e aprendizagem da química dentro da disciplina de ciências em turmas dos anos finais do ensino fundamental. Este foi desenvolvido em uma escola da rede estadual do Rio Grande do Sul, localizada na Serra Gaúcha, em um pequeno município, com cerca de três mil habitantes, sendo a única escola de ensino médio da cidade. Esta trabalha em três turnos, tendo turmas desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, tem uma média de 20 estudantes por turma, sendo 90% destes na faixa etária ideal para a série em que estão. 
Como tema busca-se analisar as metodologias de ensino utilizadas, concentrando-se no ensino de química dentro da disciplina de ciências em duas turmas do sexto ano do ensino fundamental, para isso tem-se os seguintes objetivos:
· Identificar os métodos de ensino presentes nas aulas;
· Identificar os métodos de avaliação de aprendizagem utilizados;
· Identificar as possibilidades de aulas práticas no contexto dos conteúdos abordados e da estrutura da escola. 
O trabalho inicia apresentando uma fundamentação teórica, onde será apresentado um breve histórico do ensino de química no Brasil, quais seus objetivos segundo a Base Nacional Comum Curricular para as turmas finais do ensino fundamental e quais as metodologias de ensino são normalmente empregadas para atingir esses objetivos. Após isto, serão apresentadas as vivências durante as horas de estágio na instituição de ensino relatando como ocorreram as atividades, quais as práticas desenvolvidas nas observações e nas regências. Por fim, será apresentada uma reflexão sobre a ligação de teoria e prática, apontando as dificuldades e possibilidades encontradas durante a realização do estágio.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Química é uma ciência relativamente jovem e seus conhecimentos só foram introduzidos como disciplina escolar no final do século 19, sendo que, no sistema brasileiro de educação essa ciência começou a ser ministrada como disciplina regular somente a partir de 1931, com a reforma educacional ocorrida no primeiro governo de Getúlio Vargas (Lima, 2013).
Segundo Lima (2013), ao observar a forma de desenvolvimento do ensino de Química nas escolas do ensino básico brasileiro, percebe-se uma constante falta de interesse dos estudantes pelos conteúdos explorados nessa disciplina, notando-se que estes não percebem a ligação da química com seu cotidiano. Maldaner e Zanon (2007) apontam algumas limitações no ensino de química na educação básica como “a carência de experimentação e de relações com o cotidiano, a descontextualização, a fragmentação dos conteúdos, a desconsideração da História da Química”, entre outras.
O aprendizado de química vai além de conhecer suas teorias e conteúdos, para um aprendizado completo é preciso entender todos os processos e linguagens da área (MILARÉ, MARCONDES e REZENDE, 2014). Para tal, uma ferramenta que pode corroborar é a experimentação prática do que está sendo estudado em teoria, uma vez que a experimentação facilita a compreensão dos fenômenos e transformações que acontecem (TAHA, 2015).
Outro ponto que destaca as dificuldades apresentadas no ensino de química em séries finais do ensino fundamental é que, principalmente nas escolas da rede pública, o professor de Ciências da Natureza de sexto a nono ano é habitualmente um profissional licenciado em Ciências Biológicas (habilitação adequada na rede pública) (SEIXAS, CALABRÓ e SOUSA, 2017).
As orientações curriculares para o ensino fundamental divulgadas por meio da Base Nacional Comum Curricular, destacam que 
“Ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. Em outras palavras, aprender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania.” (BRASIL, 2018, p. 547) 
De maneira genérica, espera-se que o aluno do ensino fundamental aprenda a definir problemas, levantar e analisar informações, comunicar conclusões e efetuar intervenções. De forma específica, no que tange o aprendizado conectado à disciplina de química, denominado nos anos finais do ensino fundamental como Matéria e Energia, os tópicos a serem estudados são (BRASIL, 2018, p. 547):
· No 6° ano: misturas homogêneas e heterogêneas, separação de materiais, materiais sintéticos e transformações químicas;
· No 7° ano: máquinas simples, formas de propagação do calor, equilíbrio termodinâmico e vida na terra história dos combustíveis e das máquinas térmicas;
· No 8° ano: fontes e tipos de energia, transformação de energia, cálculo de consumo de energia elétrica, circuitos elétricos e uso consciente de energia elétrica;
· No 9° ano: aspectos quantitativos das transformações químicas, estrutura da matéria, radiações e suas aplicações na saúde.
O ensino de qualquer disciplina requer do profissional competente uma análise em busca de metodologias que possibilitem o alcance de uma aprendizagem significativa e que permita, principalmente, que o aluno reflita sobre o conhecimento adquirido e que ele mesmo consiga desenvolver as suas próprias conclusões sobre aquele assunto, não sendo somente uma ferramenta de propagação de conhecimentos prontos, mas sim uma forma de desenvolvimento de pensamento crítico (SOUZA, 2018).
Como justificativa para a ausência de inovação nas formas de ensino podemos apontar as suas condições de trabalho dos professores, que na maioria das vezes recebem grandes responsabilidadescom um alto número de alunos e também de turmas para alcançar uma carga horária satisfatória e ser melhor remunerado. Tem-se ainda as questões de infraestrutura das próprias escolas, que acabam por limitar a forma como os conteúdos são abordados, onde muitas vezes é difícil aplicar experimentos práticos em laboratórios, pois não há os equipamentos específicos para que esses experimentos possam de fato acontecer (BATITUCCI; CAMPOS; PAGEL, 2015).
Despertar o interesse dos alunos através de aulas expositivas, tornando a prática de ensino-aprendizagem mais proveitosa é o maior desafio da educação. Sabe-se que o contato com a experimentação científica possibilita aos alunos vivenciar na prática, de forma interativa, os conteúdos teóricos das aulas de ciências e química, buscando provocar a reflexão e a construção do seu conhecimento e assim permitindo que sejam capazes de fazer associações com o seu cotidiano (ALVES, LOURENÇO, SILVA; 2021). 
De acordo com Leite e Lima (2012), as práticas escolares atuais têm contribuído de modo exorbitante para a disseminação do pensamento de que a Química é uma disciplina cujos conteúdos são difíceis de serem apreendidos, além de seus conhecimentos não fazerem sentido na vida cotidiana do cidadão.
A partir desses dados, o objetivo deste trabalho é apresentar o resultado de uma investigação que buscou analisar o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos da disciplina de Ciências desenvolvido em uma escola estadual de ensino médio do Brasil. O intuito maior dessa pesquisa foi identificar os tipos de instrumentos utilizados e os métodos de ensino presentes nas aulas. De forma prática, durante a regência, buscou-se observar como aliar teoria e prática influenciam nas atitudes e no aprendizado dos alunos. 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O estágio sempre foi identificado como a parte prática dos cursos de formação de qualquer profissional, este vem a ser um alicerce para o acadêmico reconhecer o seu progresso de atuação futuramente, onde será visto todos os estudos realizados dentro da sala com todo o embasamento teórico explorado antes de adentrar no mesmo (LIMA; PIMENTA, 2018). 
O Estágio Supervisionado dá a oportunidade de testar na prática o aprendizado teórico que temos ao longo do curso, sendo possível colocar em teste os conhecimentos adquiridos e refletir sobre o que e como devemos melhorar para sermos bons profissionais, tendo como objetivo o constante processo de aprendizagem e aperfeiçoamento para assumir uma sala de aula como docente. Neste começamos a descobrir de fato as vantagens e os desafios de ser educador, sendo um momento de construção, de reflexão, de troca de saberes com a comunidade escolar. O estágio trouxe uma percepção maior do quanto é necessário o educador adotar algumas normas práticas para a direção de classe, entre elas o fato de que é preciso compreender as particularidades de cada aluno.
As atividades do estágio foram desenvolvidas na Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera, localizada no município de Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha. Foram feitas observações de aulas da disciplina de Ciências em duas turmas do 6° ano do ensino fundamental e posteriormente foi realizada regência em ambas turmas, a turma do 6° ano A contém 20 alunos, já a turma do 6° ano B contém 18 alunos.
A escola trabalha em três turnos, tendo turmas desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, tem uma média de 20 estudantes por turma, sendo 90% destes na faixa etária ideal para a série em que estão. A escola conta com professores, merendeiras, faxineiras, coordenadora pedagógica, supervisora educacional, secretária, vice-diretoras e diretora. 
A construção da escola é em um prédio antigo, contudo bem conservado, contando com 6 salas de aula, biblioteca, laboratório de química, laboratório de informática, 2 banheiros, cozinha, quadra esportiva, pátio com área de brinquedos para as crianças, sala dos professores, secretaria e sala da diretora. Apesar de antigo, o prédio sofreu algumas reformas para ter acessibilidade, sendo construída uma rampa de acesso. Todas as salas são equipadas com televisores, a escola possui também dois notebooks e dois projetores para uso comum dos professores. A professora da disciplina de ciências é licenciada em biologia e também é pedagoga, trabalha como professora na rede estadual do Rio Grande do Sul desde 2015.
As atividades de estágio foram desenvolvidas conforme o cronograma a seguir:
	Data
	Turno e Horário
	Detalhamento das Atividades
	04/04/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	05/04/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A
	11/04/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	12/04/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A
	18/04/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	19/04/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A
	25/04/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	26/04/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A
	02/05/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	03/05/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Observação de aula: 1 hora na Turma 6° ano A
	09/05/2023
	Tarde - 13h às 14h
Tarde - 15h às 17h 
	Regência: 1 hora na Turma 6° ano A e 2 horas na Turma 6° ano B
	10/05/2023
	Tarde - 14h às 15h 
	Regência: 1 hora na Turma 6° ano A 
	16/05/2023
	Tarde - 13h às 14h
	Regência: 1 hora na Turma 6° ano A 
Foi possível perceber durante o estágio que a professora da disciplina de ciências tem grande domínio sobre a turma, sendo capaz de aplicar as metodologias adequadas para garantir o ensino dos conteúdos definidos na Base Nacional Comum Curricular. 
Na observação participante houveram muitos elementos que envolvem o cotidiano escolar e que puderam ser observados e avaliados. Os métodos utilizados para o ensino pela professora foram a utilização do livro didático, a entrega de textos sobre o conteúdo com leitura conjunta com os alunos e explicação sobre o assunto, atividades de perguntas corrigidas em conjunto e atividades avaliativas no modelo prova sem e um trabalho prático para realizar apresentação. 
A professora criou um cronograma no início do ano com um resumo do planejamento de cada aula em cada turma, assim como de cada avaliação que pretende realizar. Os conteúdos programáticos para o primeiro trimestre nestas turmas são: substâncias puras, pontos de fusão e ebulição, densidade; misturas heterogêneas e homogêneas; métodos de separação de misturas; transformações químicas; e materiais sintéticos. 
Quanto aos discentes, podemos notar um perfil semelhante, com a grande parte dos alunos demonstrando ser curiosos, gostando de aprender, sendo participativos durante as aulas, o que podemos perceber de maior diferença entre os alunos é que alguns são muito focados e outros se dispersam com maior facilidade, demandando uma atenção maior por parte da docente. A relação aluno-professor sempre foi muito respeitosa, alguns alunos buscam sempre levantar discussões interessantes e relevantes, seja sobre o assunto das aulas ou sobre a rotina do dia a dia.
Após serem realizadas as 20 horas de observação de aulas, iniciou-se o período destinado a regência, os assuntos abordados nas 5 horas de regência foram densidade, transformações químicas e separação de misturas homogêneas. No início de cada aula foi realizada uma revisão teórica do tema abordado, mostrando como esses conceitos se aplicam em situações do dia a dia. A exploração dos conhecimentos prévios é importante para os professores, pois quando os mesmos conhecem as concepções dos seus alunos, facilita na elaboração de estratégias didáticasmais eficazes no processo de ensino aprendizagem.
A aplicação dos planos de aulas, disponíveis em anexo, seguiram a seguinte sequência: no dia 09 de maio houve a aplicação do plano de aula 3 no 6° ano A, e dos planos de aula 1 e 2 no 6° ano B, no dia 10 de maio houve a aplicação do plano de aula 4 no 6° ano A e por fim, no dia 16 de maio, houve a aplicação do plano de aula 5 também na turma do 6° ano A, completando dessa forma 5 horas de regência. 
Em ambas turmas foi possível realizar as atividades no tempo previsto, os alunos se apresentaram receptivos às práticas propostas, sendo participativos e curiosos. Durante as atividades, os alunos que apresentavam dúvidas as questionaram de forma organizada, seguindo as regras que já estavam pré-estabelecidas pela professora responsável pela disciplina. Ao final de cada aula todos foram capazes de demonstrar terem aprendido com as ações efetuadas e ficaram muito animados para terem mais aulas como as que tiveram naquele dia. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
Na observação das aulas fica claro que, o educador não é o único que sabe, nem o único que pode ensinar, mas pode assim o fazer junto com os demais sujeitos que fazem parte da realidade da escola numa troca simultânea de aprendizados e construções significativas, trazendo uma busca eterna pela construção dos saberes. Praticar uma pedagogia diferenciada é fazer com que, quando necessário, cada aluno seja recolocado ou reorientado para uma atividade pensada para ele. Para chegar a isso, deve-se compreender o que se passa em sua mente, ou seja, entrar em relação, instaurar um diálogo sobre o saber e a aprendizagem (PERRENOUD, 2000).
Nesta experiência percebi quão vasto pode ser o universo da educação, como diferentes formas de abordar a turma mudam o resultado final, sendo necessário muito conhecimento para ter um domínio de turma e prender a atenção dos alunos. Percebe-se que, a abordagem da professora responsável pela disciplina mantém os alunos motivados e engajados com o estudo do conteúdo, assim como, reflete na forma como estes se comportam a todos os momentos dentro de sala de aula. 
Dessa forma, e pelo resultado visível ao observar a turma, é notável o esforço contínuo da docente para obter o melhor resultado possível dentro das ferramentas disponibilizadas pela instituição, buscando reparar as falhas de aprendizagem que podem ser notadas no decorrer das aulas, se colocando à disposição para tirar dúvidas dos alunos e os deixando confortáveis para trazer essas discussões a sala de aula. 
Por fim, durante a experiência como docente, foi possível identificar a possibilidades da utilização de aulas práticas no contexto dos conteúdos abordados, sendo estas feitas dentro do ambiente da própria sala de aula, contudo com materiais externos à escola, pois esta não tem os materiais necessários para as práticas escolhidas. Provou-se verdadeira a premissa de Taha (2015) de que a experimentação prática facilita a compreensão dos fenômenos e transformações que acontecem, pois os alunos conseguiram assimilar muito mais a teoria vendo como esta acontece na prática, criando um contexto para o que viam nos livros e não somente decorando o que liam. 
REFERÊNCIAS
ALVES, Janaína Gonçalves de Souza; LOURENÇO, Rafael Willian de; SILVA, Ana Paula Rodrigues da. Por uma aprendizagem significativa: metodologias ativas para experimentação nas aulas de ciências e química no Ensino Fundamental II e Médio. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 35037-35045, 2021.
ARAÚJO, Regina Maria de Sousa. Aprendizagem cooperativa: uma alternativa para o processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Química. Monografia (Graduação em Licenciatura em Química) — Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Picos, 2022.
BATISTA, Ana Paula De Lima; CARVALHO, Hudson Wallace Pereira de; RIBEIRO, Claudia Maria. Ensino e aprendizado de química na perspectiva dinâmico-interativa. Experiências em ensino de ciências, v. 2, n. 3, p. 34-47, 2007.
BATITUCCI, Maria do Carmo Pimentel; CAMPOS, Luana Morati; PAGEL, Ualas Raasch. Metodologias e práticas docentes: uma reflexão acerca da contribuição das aulas práticas no processo de ensino-aprendizagem de biologia. Experiências em ensino de ciências, v. 10, n. 2, p. 14-25, 2015.
BRAATHEN, Christian. Aprendizagem mecânica e aprendizagem significativa no processo de ensino-aprendizagem de Química. Revista eixo 1.1, 2012: 63-69.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
LIMA, José Ossian Gadelha de. Do período colonial aos nossos dias: uma breve história do Ensino de Química no Brasil. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, PR, v. 12, n. 140, p. 71-79, 2013.
LIMA, Maria Socorro Lucena; PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e docência. Cortez Editora, 2018.
LEITE, Luciana Rodrigues; LIMA, José Ossian Gadelha de. O processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Química: o caso das escolas do ensino médio de Crateús/Ceará/Brasil. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias, Buenos Aires, v. 7, n. 2, p. 72-85, 2012.
MALDANER, Otavio Aloisio; ZANON, Lenir Basso. Fundamentos e Propostas de Ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. Ijuí: Unijuí, 2007.
MILARÉ, Tathiane; MARCONDES, Maria Eunice Ribeiro; REZENDE, Daisy de Brito. Discutindo a Química do Ensino Fundamental Através da Análise de um Caderno Escolar de Ciências do Nono Ano. Química Nova na Escola, v. 36, n. 3, p. 231-240, 2014
SANTOS, Anderson Oliveira, et al. Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia plena 9.7 (b), 2013.
SEIXAS, Rita Helena Moreira; CALABRÓ, Luciana; SOUSA, Diogo Onofre. A Formação de professores e os desafios de ensinar Ciências. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 289-303, 2017
SOUZA, Jose Raimundo Trindade. Práticas Pedagógicas em Química: oficinas Pedagógicas para o Ensino de Química. 1º edição, AEDI, Belém/PA, 2018.
TAHA, Marli Spat. Experimentação como ferramenta pedagógica para o ensino de ciências. 2015
ANEXO I
Registro de Frequência
ANEXO II
PLANOS DE AULAS
PLANO DE AULA 1
Dados de identificação da Instituição Concedente 
Nome da escola: Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera
Diretor(a): Beatriz Marchetto Sganzerla 
Coordenador(a): Raquel Marchetto 
Tempo da aula: 1 hora		 Período: Tarde
Turma/Ano: 6° Ano
Nome do(a) Estagiário(a): Paula Ramella
Conteúdo: Densidade
Objetivos: Identificar a atuação da densidade dos materiais por meio de práticas relacionadas ao tema. Perceber a influência do volume na variação da densidade. 
Recursos: Jarro transparente contendo água; três bexigas; água, óleo e álcool; bola de isopor; pedaço de vidro; bolinha de gude; chapa pequena de metal (tampa de pote de vidro); pedaço de madeira; dois copos; areia; pedriscos; óleo usado de cozinha (deve ser usado para se evitar o desperdício de óleo novo); balança.
Sequência didática: 
Revisão teórica do tema abordado a densidade de forma teórica e mostrando como esses conceitos se aplicam em situações do dia a dia. 
Prática na seguinte sequência:
Encher um dos copos com areia e o outro com os pedriscos. Os copos precisam ter o mesmo volume e estar cheios completamente. Pesar cada copo na balança e verificar, com os alunos, qual tem a maior massa
Jogo do “Afunda ou não Afunda”: Dividir a turma em duas equipes, para a competição. Jogar os vários materiais apresentados, um de cada vez, no aquário para ver qual afunda e qual não afunda. Para tal, deve-se, antes, perguntar a hipótese de cada equipe e aquela que acertar marca pontos (podendo ser uma delas, nenhuma ou ambas); Colocar o álcool, o óleo e a água dentro das bexigas, para que se possa verificar os seus resultados. 
Para a explicação do que seria densidade, utiliza-se os copos para mostrar que esta propriedade está relacionada com a relação área/volume de um corpo. Ao pesar ambos os copos, verifica-se que o que contém os pedriscos tem menor massa do que o que contém areia. Como ambos têmo mesmo volume, pode-se dizer, em uma analogia, que o copo com areia é mais denso que o copo com pedriscos.
No momento do jogo, entre os materiais a serem demonstrados, intercalam-se explicações sobre densidade e/ou pede para os alunos explicarem porque boiou ou afundou, reforçando os conceitos da aula.
Dos materiais apresentados, aqueles que afundam são: a bola de gude, o pedaço de vidro e a chapa de metal. No entanto, para o pedaço de vidro é interessante colocá-lo tanto na posição horizontal, em relação à superfície d’água, quanto na posição vertical. Isto porque, quando colocado verticalmente, o vidro tende a chegar ao fundo mais rápido do que quando colocado horizontalmente. Neste caso, pode se tratar das forças exercidas pelo fluido, como o empuxo. Já os materiais que boiam são: o pedaço de madeira, a bexiga com óleo, a bexiga com álcool, a bexiga com água e a bolinha de isopor. Porém, a bexiga com água, permanece boiando sob a superfície d‘água, pois tem a mesma densidade do fluido do aquário, já que este também é água.
Na experimentação com óleo de cozinha usado é possível mostrar a bexiga com água afundando neste líquido. Esta atividade é ideal para se mostrar o inverso da experimentação anterior, e mais habitual, do óleo boiando na água. Esta atividade também estimula o raciocínio inverso dos alunos. Caso possível, podemos colocar na jarra água e óleo, formando uma mistura bifásica. Nesta, a bexiga com água irá afundar na camada de óleo, mas permanece boiando na camada de água.
Avaliação: Efetuar questionamentos sobre o assunto ao final da aula para identificar se os conceitos sobre densidade foram apreendidos. Observar durante a prática a interação dos estudantes com o conteúdo. 
Referências: 
FONSECA, Fernanda Buck; FRATONI, Rafael de Oliveira; MARTINS, Bruno Reis. Aula Prática: Densidade. NUEPE - UFPR. Disponível em <https://nuepe.ufpr.br/blog/wp-content/uploads/2016/09/Aula-Densidade-PIBID-UFPR.pdf>, acesso em 08/04/2023.
PLANO DE AULA 2
Dados de identificação da Instituição Concedente 
Nome da escola: Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera
Diretor(a): Beatriz Marchetto Sganzerla 
Coordenador(a): Raquel Marchetto 
Tempo da aula: 1 hora		 Período: Tarde
Turma/Ano: 6° Ano
Nome do(a) Estagiário(a): Paula Ramella
Conteúdo: Densidade
Objetivos: Identificar como a composição da substância afeta sua densidade.
Recursos: Copo transparente, ovo, proveta graduada, densímetro, água, sal, açúcar, balança de cozinha.
Sequência didática: 
Iniciar a aula com uma explicação sobre substância pura e mistura, abordar demais questões teóricas referente a isto, observando que pequenas alterações na composição do líquido interferem em sua densidade. 
Na experimentação prática, iniciar com um experimento simples para retratar esse efeito: colocar um ovo de galinha em água. Quando a água está pura, o ovo afunda no recipiente, indicando que possui uma maior densidade. Porém, ao se adicionar sal, que é uma substância miscível em água e também mais densa, a mistura homogênea de água e sal ficará com maior densidade, fazendo o ovo flutuar.
	Dar sequência a experimentação através de testes com 6 amostras de misturas com quantidades diferentes de água e sal ou de água e açúcar, medindo sua densidade com o densímetro, verificando seu peso e volume para efetuar o cálculo da densidade. 
Avaliação: Efetuar questionamentos sobre o assunto ao final da aula para identificar se os conceitos foram apreendidos. Observar durante a prática a interação dos estudantes com o conteúdo. 
Referências: 
NOVAIS, Stéfano Araújo. Densidade. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/densidade.htm>. Acesso em 08 de abril de 2023.
PLANO DE AULA 3
Dados de identificação da Instituição Concedente 
Nome da escola: Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera
Diretor(a): Beatriz Marchetto Sganzerla 
Coordenador(a): Raquel Marchetto 
Tempo da aula: 1 hora		 Período: Tarde
Turma/Ano: 6° Ano
Nome do(a) Estagiário(a): Paula Ramella
Conteúdo: Transformações Químicas
Objetivos: Investigar transformações que geram mudanças na composição da matéria e identificar que tais mudanças são transformações químicas. Perceber a diferença entre transformação química e transformação física da matéria. Os alunos deverão, ao final desta sequência, conceituar transformação, classificar as transformações em físicas ou químicas e caracterizar as transformações físicas e as transformações químicas.
Recursos: Uma forma de alumínio, isqueiro, colheres, copos plásticos transparentes, comprimido efervescente, folha de papel. 
Sequência didática: 
Iniciar a aula com uma explicação sobre transformações químicas, abordar demais questões teóricas referente a isto, observando as diferenças entre transformação química e transformação física da matéria. Questionar aos alunos quais transformações de matéria eles veem em seu cotidiano. 
Fazer a seguinte demonstração: mostrar uma folha de papel sulfite aos alunos. Em seguida, amassar a folha e perguntar a eles: O que mudou? Espera-se que eles respondam que o papel mudou de forma, que ficou amassado. Conduzir a conversa de forma a mostrar que o material continua sendo o papel, mas que agora o mesmo encontra-se amassado (desamassar o papel enquanto a discussão acontece). Após isso, colocar o papel dentro de uma forma de alumínio e, com o auxílio de um isqueiro ou um palito de fósforo, queimar o papel. 
Perguntar aos estudantes: E agora? O que aconteceu com o papel?. Direcionar a discussão de maneira que eles percebam que houve uma transformação em que a composição do material mudou e que agora não se tem mais o papel como ele existia antes. 
No experimento seguinte colocar água em um dos copos plásticos transparentes até a metade, adicionar uma colher de açúcar e mexer até que a mistura apresentar aspecto homogêneo. Em seguida, em outro copo transparente, adicionar água até a metade e colocar metade de um comprimido efervescente. Aguardar até que todo o comprimido tenha se dissolvido. Verificar com os estudantes as hipóteses/explicações para justificar o fato de que o comprimido efervescente e o açúcar “desapareceram” ao se misturarem com a água. Pedir aos alunos que escrevam no caderno o procedimento realizado em cada copo e as observações feitas. Por exemplo: “procedimento 1: adicionou-se uma colher de açúcar a um copo com água e não se observaram mudanças visuais na solução; procedimento 2: adicionou-se um comprimido efervescente a um copo com água e observou-se a formação de bolhas”. 
Propor uma discussão entre os estudantes sobre as observações que fizeram e as hipóteses/explicações levantadas para explicar o que observaram. Após a discussão, fazer os esclarecimentos necessários. Comentar que os procedimentos mostrados são exemplo de transformação da matéria. Antes de dar continuidade à aula, explicar o conceito de matéria (é tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar no espaço, ou seja, quase tudo no Universo pode ser classificado como matéria). 
Esclarecer que as transformações da matéria são classificadas em físicas e químicas. As primeiras estão relacionadas às mudanças físicas da matéria, como mudança de forma, tamanho, aparência e estado físico. No caso da dissolução do açúcar, não houve nenhuma mudança nas substâncias envolvidas na mistura, o açúcar apenas se dissolveu na água. Em outras palavras, suas características químicas (de constituição) continuaram as mesmas. As transformações químicas, por sua vez, produzem substâncias com nova composição, e é possível identificar a formação delas por meio de evidências macroscópicas. No caso da dissolução do comprimido efervescente, a formação de bolhas é indício de que houve uma transformação química, pois ocorreu a formação de novas substâncias. Além da formação de bolhas, existem outros indícios que podem indicar uma transformação química, como a presença de chama, a liberação de calor e/ou coloração. Entretanto, cabe destacar que nem sempre a mudança de coloração indica a ocorrência de uma transformação química;é o que acontece quando se dissolve um corante em água ou quando se misturam líquidos de cores diferentes
Avaliação: Efetuar questionamentos sobre o assunto ao final da aula para identificar se os conceitos foram apreendidos. Observar durante a prática a interação dos estudantes com o conteúdo.
Referências: 
BORELI, Fábio Henrique. Plano de aula: Transformações Químicas. Nova Escola. Disponível em <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/6ano/ciencias/transformacoes-quimicas/1922>, acesso em 08/04/2023
CANTO, Eduardo Leite do; CANTO, Laura Celloto. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. Manual do professor. São Paulo: Moderna, 2018
OLIVEIRA, Olga Maria Mascarenhas de Faria; SCHLÜNZEN JUNIOR, Klaus; SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya (Orgs.). et al. Química. São Paulo: Cultura Acadêmica: Universidade Estadual Paulista: Núcleo de Educação a Distância, 2013, p. 176-177, disponível em <https://bit.ly/2FpLjiw>, acesso em 08/04/2023.
PLANO DE AULA 4 
Dados de identificação da Instituição Concedente 
Nome da escola: Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera
Diretor(a): Beatriz Marchetto Sganzerla 
Coordenador(a): Raquel Marchetto 
Tempo da aula: 1 hora		 Período: Tarde
Turma/Ano: 6° Ano
Nome do(a) Estagiário(a): Paula Ramella
Conteúdo: Transformações Químicas
Objetivos: Investigar transformações que geram mudanças na composição da matéria e identificar que tais mudanças são transformações químicas. Perceber a diferença entre transformação química e transformação física da matéria 
Recursos: Lista de exercícios.
Sequência didática: 
	Revisão sobre transformação química e aplicação de lista de exercícios sobre o tema, aguardar todos os alunos concluírem a lista de exercícios e posteriormente efetuar correção.. 
Avaliação: Observação e análise do envolvimento dos estudantes com as atividades realizadas.
Referências: 
CANTO, Eduardo Leite do; CANTO, Laura Celloto. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. Manual do professor. São Paulo: Moderna, 2018
Lista de exercícios:
1) Faça a associação correta entre a coluna A e a coluna B: 
Coluna A: 
(I) fenômenos físicos 
(II) fenômenos químicos 
Coluna B:
A. ( ) Amassar um papel; 
B. ( ) Amassar uma latinha de alumínio;
C. ( ) Quebrar um copo de vidro; 
D. ( ) Ferver a água; 
E. ( ) Dissolução do açúcar em água; 
F. ( ) Alimento decompondo-se no lixo; 
G. ( ) Congelamento da água; 
H. ( ) Queima do carvão; 
I. ( ) Produção de queijo a partir do leite; 
J. ( ) Transformação de tecido em roupas; 
K. ( ) Triturar o carvão para obter o carvão ativo; 
L. ( ) Aquecer uma panela de alumínio; 
M. ( ) Queima de papel; 
N. ( ) Queima de combustíveis no motor dos automóveis; 
O. ( ) Azedamento do leite; 
P. ( ) Corte de um bolo; 
Q. ( ) Digestão de alimentos; 
R. ( ) Enferrujamento de uma palha de aço.
2) Quando a matéria sofre uma transformação qualquer, diz-se que ela sofreu um fenômeno, que pode ser físico ou químico. Nesse sentido considere as seguintes transformações: 
— derretimento das geleiras; 
— degradação dos alimentos no organismo; 
— ação de um medicamento no organismo; 
— produção de energia solar. 
Com relação a essas transformações, é correto afirmar: 
a) Todas são fenômenos químicos. 
b) Todas são fenômenos físicos.
c) O derretimento das geleiras e a degradação dos alimentos no organismo são fenômenos químicos. 
d) A ação de um medicamento no organismo e a produção de energia solar são fenômenos físicos. 
e) O derretimento das geleiras e a produção de energia solar são fenômenos físicos. 
3) Os fenômenos físicos são caracterizados por não alterarem a natureza da matéria. Sendo assim,
a) não ocorrem mudanças nas propriedades físicas, apenas nas propriedades químicas.
b) apenas as propriedades gerais são modificadas.
c) a forma, o tamanho, a aparência e o estado físico podem mudar, mas a composição não.
d) novas substâncias podem ser formadas, pois o rearranjo dos átomos no material é uma transformação física.
4) Observe as situações a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Triturar grãos de café
II. Transformar barra de cobre em fios
III. Queimar uma folha de papel
IV. Explosão de fogos de artifício
V. Apodrecimento da casca de banana
Em quais situações ocorrem a formação de novas substâncias, que evidenciam a ocorrência de fenômenos químicos?
a) I, II e III
b) III, IV e V
c) I, III e V
d) I, II e IV
PLANO DE AULA 5
Dados de identificação da Instituição Concedente 
Nome da escola: Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera
Diretor(a): Beatriz Marchetto Sganzerla 
Coordenador(a): Raquel Marchetto 
Tempo da aula: 1 hora		 Período: Tarde
Turma/Ano: 6° Ano
Nome do(a) Estagiário(a): Paula Ramella
Conteúdo: Separação de misturas homogêneas.
Objetivos: Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas homogêneos a partir da identificação de processos de separação de materiais. Associar o processo de destilação fracionada com a separação das diferentes frações do petróleo. 
Recursos: Texto impresso das atividades complementares.
Sequência didática: 
Iniciar apresentando o título da aula: Destilação fracionada e o petróleo e comentar com os alunos que eles verão aspectos sobre a destilação fracionada e o uso dessa técnica de separação de misturas no processo de refino do petróleo.
Introduzir ao tema apresentando que vários produtos do nosso dia a dia são derivados do petróleo como gás de cozinha, gasolina e asfalto e questionando: “O que é e de onde vem o petróleo?”, “Como será que são obtidos esses produtos?”, “Vocês conhecem outros materiais que vêm do petróleo?” e por fim “Qual a relação existe entre a destilação e o petróleo?”. 
Para a parte prática	formar cinco grupos na sala e distribuir os materiais anexos entre os grupos. O tempo total do Mão na Massa é de 30 minutos, sendo 9 minutos para a leitura e discussão do material, 6 minutos para o preenchimento da coluna de destilação e 15 minutos para a realização das apresentações. Orientar os alunos a ler o material e discutir sobre ele com o respectivo grupo. Com base na leitura, orienta-los a preencher, juntos, a coluna de destilação, indicando a posição em que cada fração do petróleo é coletada. Pedir para que os grupos defina o critério que estão utilizando para fazer essas indicações. Após o término da atividade cada grupo deverá apresentar a coluna de destilação para a turma
Após as apresentações, deve-se conduzir o preenchimento coletivo da coluna de destilação, de modo que fique claro que o critério utilizado para estabelecer a ordem de separação das diferentes frações é a temperatura de ebulição. Estimular os alunos a indicarem o local correto de cada fração. 
Retomar a questão disparadora: “Qual a relação existente entre a destilação e o petróleo?”. Retomar também as hipóteses levantadas quando a questão foi proposta, no início da aula. Certificar-se de que os alunos relacionaram a destilação fracionada à separação das diferentes frações do petróleo, e que essa separação está fundamentada na diferença de temperatura de ebulição das frações. Caso algum aluno questione o motivo das diferentes frações possuírem diferentes temperaturas de ebulição, explicar que a temperatura de ebulição está relacionada com a massa da fração, e que quanto maior a massa da fração do petróleo, maior é a temperatura de ebulição. 
Propor uma resposta coletiva para a questão: a relação existente entre a destilação e o petróleo é que a separação dos diferentes constituintes do petróleo é feita por meio de destilação fracionada, processo em que as diferentes frações do petróleo, como GLP, gasolina e querosene são separadas de acordo com suas temperaturas de ebulição e coletados em diferentes pontos da coluna de destilação
Avaliação: Efetuar questionamentos sobre o assunto ao final da aula para identificar se os conceitos foram apreendidos. Observar durante a prática a interação dos estudantes com o conteúdo.
Referências: 
BORELI, Fábio Henrique. Plano de aula: Destilação fracionada e o petróleo. Nova Escola. Disponível em <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/6ano/ciencias/destilacao-fracionada-e-o-petroleo/2966>,acesso em 09/04/2023
Texto base para a atividade.
	Petróleo 
O petróleo, material formado ao longo de milhões de anos a partir de animais e vegetais mortos que foram soterrados, é composto por diversas substâncias. Embora a sociedade utilize uma variedade de produtos vindos do petróleo, não há aplicações relevantes que o utilizam diretamente da forma como ele é extraído da Natureza. Para ser melhor aproveitado, o petróleo passa por alguns processos de separação de misturas, como a decantação – que tem por objetivo separar o petróleo da água salgada –, a filtração – que elimina resíduos sólidos, como areia – e a destilação fracionada. 
Destilação Fracionada 
A destilação é um processo de separação de misturas utilizado para separar substâncias que possuem diferentes temperaturas de ebulição. A destilação fracionada se baseia no mesmo princípio, mas utiliza uma coluna de fracionamento, que promove uma melhor separação dos diferentes componentes de uma mistura. Essa técnica é utilizada na separação dos diferentes constituintes do petróleo, que passa pela coluna de fracionamento, onde são separados, na parte superior, os constituintes com menores temperaturas de ebulição, e na parte inferior, aqueles que possuem maiores temperaturas de ebulição. Em diferentes pontos da coluna de fracionamento são coletados diferentes constituintes do petróleo, denominados frações. 
Diferentes constituintes do petróleo: 
Gasolina 
Combustível utilizado em automóveis. É formado por uma mistura de substâncias que possuem temperatura de ebulição média de 120ºC. É uma das frações do petróleo mais utilizadas atualmente devido à alta demanda por combustíveis veiculares. 
Óleo Diesel 
Combustível utilizado para transporte de cargas, passageiros e em embarcações. É formado por uma mistura de substâncias que possuem temperatura de ebulição média de 270ºC. 
Querosene 
Combustível utilizado para aviação. É formado por uma mistura de substâncias que possuem temperatura de ebulição média de 170ºC.
GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) 
Também conhecido como gás de cozinha, está presente na grande maioria dos lares brasileiros. É formado por uma mistura de substâncias que possuem temperatura de ebulição média de 20ºC. 
Asfalto 
Utilizado para pavimentação de ruas e estradas, é considerado um resíduo do processo de separação do petróleo. É composto por uma mistura de substâncias que não passa para o estado gasoso mesmo em temperaturas bastante elevadas. 
Óleo combustível (gasóleo pesado) 
Utilizado como combustível em indústrias. É formado por uma mistura de substâncias que são coletados na coluna de destilação em temperaturas próximas a 600ºC. 
Nafta 
Fração do petróleo utilizada como matéria-prima na indústria química para produção de outros materiais. É formado por uma mistura de substâncias que possuem temperatura de ebulição média de 70ºC.
Coluna de destilação
Preencha a coluna de destilação abaixo, indicando a temperatura e a posição em que cada uma das frações do petróleo é coletada:
Coluna de destilação corretamente preenchida

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