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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA FERNANDO BATISTA NEVES RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I- FORMATO REMOTO Curso de Lic. em Química Macapá Setembro, 2021 Página | 2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA FERNANDO BATISTA NEVES RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I- FORMATO REMOTO Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina Estágio Supervisionado em Química I sob a orientação do Prof. Me. Agerdânio Andrade de Souza. Macapá Setembro, 2021 Página | 3 APRESENTAÇÃO Fernando Batista Neves Número de matrícula: 201622470006 Acadêmico/Estagiário Professor Me. Agerdânio Andrade de Souza Professor de Estágio/Supervisor Pedagógico Instituição Campo de Estágio: Escola Estadual Izanete Victor dos Santos Endereço: Avenida Coelho Neto, Paraíso, Santana-AP Raimundo Claudio Lima Rocha Diretor da Escola Campo Adriana Maciel Ferreira Professora Regente/Supervisor Técnico da Escola Campo Mês de estágio: agosto a setembro Distribuição das horas de estágio: Aulas síncronas e Assíncronas- orientações e reflexões da Prática (49 horas); Observação, coparticipação e regência síncronas e assíncronas no Ensino Médio (56 horas). TOTAL 105h Página | 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 2 METODOLOGIA .................................................................................................................. 7 3 DESENVOLVIMENTO DIO ESTÁGIO NA ESCOLA CAMPO ................................. 11 3.1 Identificação da Escola Campo ................................................................................... 11 3.2 Um pouco da história do colégio ................................................................................. 11 3.3 Organização das aulas .................................................................................................. 11 3.3 Sobre a observação, coparticipação e Regência ......................................................... 12 3.3.1 Período de Observação ............................................................................................ 12 3.3.2 Coparticipação nas atividades em sala .................................................................... 13 3.3.3 Regência de classe ................................................................................................... 14 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 16 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 17 ANEXOS ................................................................................................................................. 18 APÊNDICES ........................................................................................................................... 30 Página | 5 1 INTRODUÇÃO O período de estágio é indispensável para profissionalização docente, pois trata-se do momento que o graduando tem a oportunidade de vivenciar a realidade profissional no qual estará incluído futuramente, principalmente neste momento pandêmico, onde o ensino enfrenta diversos percalços. A importância do estágio justifica-se na necessidade da experiência, pois caso os licenciandos não vivenciem momentos reais da prática docente, será difícil relacionar a teoria adquirida na universidade com a prática de seu ambiente profissional. Assim, além de uma exigência acadêmica, é uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal, tornando-se um instrumento de integração entre a universidade, a escola e a comunidade (SANTOS & FILHO, 2009). A execução do Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura é garantida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) no 9394/96, a qual discorre sobre o estágio na Lei 11.788, em seu artigo 1º, na qual o estágio se concentra em um “ato educativo escolar supervisionado” que busca preparar o profissional em formação, o educando, para a atuação dentro das instituições de ensino e nas suas diferentes modalidades de ensino (BRASIL, 2008). Dessa forma, nota-se que os estágios auxiliam na formação do profissional da educação e na reflexão sobre as ações pedagógicas, uma vez que estimulam a busca e a aprendizagem de metodologias e abordagens que permitam a elaboração de conceitos e os articulem de uma melhor forma em diferentes situações, estabelecendo uma gama de possibilidades de significações conceituais (TESSARO e MACENO, 2016, p.34). Quanto ao estágio no ensino de Química, Tessaro e Maceno (2016) afirmam que essas experiências fortalecem a visão crítica dos estudantes sobre os modelos de ensino, e na sua avaliação sobre a pertinência ou não destes modelos para ensinar Química. Visto que, os licenciandos participam de atividades e de rotinas próprias do trabalho docente, o que permite a aprendizagem sobre diversos aspectos pedagógicos, curriculares, avaliativos, além do desenvolvimento de atividades educativas e a sua concretude por meio da regência e dos projetos de ensino planejados. Com isso, este relatório de estágio baseia-se no Projeto Político-Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), o qual trata do estágio supervisionado como uma disciplina constituída de atividades desenvolvidas no campo de ensino, e deve ser realizado em escolas públicas ou privadas do Estado. Assim, o estágio tem como principal objetivo proporcionar ao graduando vínculo com a prática profissional, Página | 6 permitindo o exercício da docência voltado para ensino médio da educação básica (PPC QUÍMICA, 2014). Em relação ao estágio no período pandêmico, temos como base o modelo de enfrentamento ao COVID-19, com diversas legislações publicadas no Brasil, dentre elas a Portaria no 343, de 17.3.2020, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Este momento é desafiador, pois essa modalidade de ensino a distância por meios digitais era uma exclusividade do ensino superior, e em meio à pandemia, as famílias, professores e alunos foram obrigados a se adequar e administrar essa nova modalidade de ensino aprendizagem (Barreto e Rocha, 2020, p. 5, 7). Entretanto, o uso dessas tecnologias na educação básica é um problema, porque as escolas não estão preparadas, e tiveram que se adaptar às novas tecnologias. Em contrapartida, há outro agravante, pois nem todos os alunos têm acesso à internet e sentem mais o impacto diante dessa mudança, logo torna-se evidente que a rede privada vai encontrar algumas soluções que demandam recursos financeiros, o que, para a escola pública, é muito mais difícil (Barreto e Rocha, 2020, p. 9). Assim, o presente trabalho relata vivências em período de estágio supervisionado do licenciando em química na instituição da rede pública estadual Escola Estadual Professora Izanete Victor dos Santos, localizada no bairro Paraíso, na cidade de Santana-AP. As atividades desenvolvidas na escola incluíram, observações das aulas ministradas através do WhatsApp, coparticipação e regência em turmas do terceiro, segundo e primeiro ano do ensino médio regular, e turmas da segunda e terceira etapa do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). Página | 7 2 METODOLOGIA O estágio supervisionado de química foi realizado em dois momentos, inicialmente coma desenvolvimento da disciplina no sentido orientador da prática pedagógica, através do estudo de pressupostos teóricos que orientam a prática de ensino, como os documentos da Base Nacional Comum Curricular e os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, e no desenvolvimento atividades como: micro aulas, tendo como proposta temática a fala dos alunos e problemas relacionados ao seu cotidiano; aula em grupo, com vista de desenvolver a capacidade de liderança e trabalho coletivo em uma sala de aula, além de apresentar as principais dificuldades relacionadas a esta prática; foram também realizadas resumos dos relatos dos professores que já atuam na área da química, sobre o que é ser professor e os principais desafios relacionados a esta prática. O segundo momento centrou-se na observação, no planejamento e na regência de aulas na escola campo. As observações, coparticipação na sala de aula, aconteceram nos dias de segunda, terça e quarta-feira, durante o período da noite, nas turmas 131, 132, 231 e 331 do ensino médio regular, e nas turmas 1301 e 2301 do Ensino Médio - EJA. Na segunda feira a professora iniciava o primeiro horário (19:00 - 20:00) na turma 1301, composta pela presença de 22 alunos; o segundo horário (20:00 - 21:00) era reservado a turma 231, composta pela presença de 20 alunos; o terceiro horário (21:00 - 22:00) era reservado a turma 131, composta pela presença de 23 alunos. Nas terças feiras a professora tinha apenas o segundo horário na turma 331, composta pela presença de 12 alunos. Na quarta feira as aulas aconteciam no primeiro e no segundo horário, nas turmas 132 (24 alunos) e 1301 (22 alunos) respectivamente. As observações e coparticipações das aulas foram todas realizadas através da plataforma de rede social WhatsApp, através do uso de vídeos upados na plataforma Youtube para que os alunos pudessem acompanhar a explicação dos conteúdos. Com relação a primeira atividade desenvolvida na disciplina de estágio I, com base no sorteio da ordem das apresentações, foi orientado que fosse dada uma aula remota, com duração de 5 minutos sobre algum conteúdo da química, mas que trouxesse a fala “fulano tem teta de porco” como abordagem do conteúdo. Assim, com base nessa proposta, buscou-se utilizar o tema da ginecomastia como problematização para estudo das funções oxigenadas, utilizando como metodologia a Abordagem Baseada em Problemas (ABP). De acordo com Borochovicius e Tassonia (2021) a Aprendizagem Baseada em Problemas consiste em um método de ensino e de aprendizagem com vistas a democratizar o conhecimento e o desenvolvimento de habilidades dos alunos através de atividades coletivas, Página | 8 cooperativas e colaborativas partindo de situações-problemas do seu cotidiano. Assim, a ABP de acordo com os autores, tem como principal característica a descentralização do conhecimento, onde o professor era visto como o único detentor de tal, e passa a entender o aluno como protagonista, ou seja, a ABP é uma metodologia centrada no aluno onde o professor possui o papel de mediador desse conhecimento, além de estimular o uso da interdisciplinaridade, se apropriando de uma ou mais ciência para entender o problema. Com base nessa metodologia, buscou-se utilizar como instrumento avaliativo a pesquisa bibliográfica, conforme as orientações seguem no APÊNDICE A. As reflexões (auto-reflexão) sobre a atividade em questão estão divididas em três momentos, no planejamento, na aplicação e nos pós aplicação da aula. Logo ao receber a proposta de metodologia para a aula em questão, me indaguei sobre como utilizar essas falas e contextualizá-las dentro do conteúdo de química. Ainda assim quis tomar o cuidado de não reproduzir as falas, a fim de evitar o constrangimento ou abrir margem para piadinhas, abordando o aumento da mama masculina a partir do nome científico, ginecomastia. Utilizei a ABP com vista de uma abordagem interdisciplinar, de tal forma que, em um contexto real de sala de aula, poderia conversar com a professora de biologia da escola e trabalhar os hormônios como eixo temático daquele bimestre. No momento da aplicação da aula, a maior dificuldade que senti foi na administração do tempo, o que ao meu ver, me obrigou a falar rapidamente, o que em contexto real, para aqueles que estão aprendendo pela primeira vez um conteúdo, poderia ser prejudicial. Ao fim da aula, percebi que da forma em ministrei a aula, a participação do aluno ficou em um segundo plano, permanecendo em um campo descritivo dos conceitos e das atividades. A consequência de tal abordagem é que, ao me questionar sobre como teria avaliado o aluno nessa aula de 5 min, não restou outra opção a não ser o comportamento. Acredito que esses últimos, são pontos que precisam ser melhor trabalhados por mim, para um aprimoramento da prática docente. A atividade proposta pelo professor da disciplina de estágio consistia ainda, em uma análise da regência dos outros colegas acadêmicos, conforme consta na ficha de observação do estágio (ANEXO A). A segunda atividade da disciplina de estágio consistiu em uma aula em conjunto, onde os acadêmicos, em aula, tiveram que designar três representantes para que ficassem como orientadores da aula em grupo. A atividade consistia em uma aula com abordagem metodológica de acordo com o novo Ensino Médio. Como representante/orientador da atividade em grupo, busquei primordialmente orientar os acadêmicos do grupo sobre o que era Página | 9 a BNCC e os PCNEM, e como elas estavam relacionadas ao novo ensino médio. Em seguida, via Google meet, busquei entender qual a maior dificuldade que os acadêmicos tinham no momento da execução de uma aula, e em grande maioria, a organização das ideias foi a mais citada. Em seguida e com base nas aulas de 5 min, foi solicitado aos alunos que escolhessem um dos temas para execução da aula em grupo e que justificassem a escolha. Posteriormente, e de acordo com o tema, buscamos junto a BNCC uma habilidade a ser desenvolvida em nossa aula. Trabalhando de forma interdisciplinar, a aula foi sobre as reações químicas no sistema digestivo humano e utilizamos a experimentação para trabalhar a passo a passo da química no sistema digestivo. Para Livramento et al., (2019) a experimentação é de suma importância para o processo de ensino e de aprendizagem pois cumpre um papel investigativo na formação do aluno. A aula não saiu conforme o planejado, parte dessa diferença está associada principalmente ao nervosismo dos colegas e a forma como a nossa aula foi estruturada, a ausência de algumas características da investigação cientifica tornaram a aula de cunho expositivo, uma vez que, de acordo com os autores acima, a experimentação deve “envolver relatos, discussões, ponderações e explicações”. De todo modo, nada é perdido no processo de aprendizagem, até mesmo os atos falhos. Após a apresentação dos três grupos, foi realizada a troca dos planos de aula para que agora, nosso grupo ficasse responsável de elaborar uma sobre o estudo da matéria e química da água. Para essa aula, a metodologia utilizada tratou-se de uma roda de conversa. A escolha dessa metodologia se deu pela liberdade e por conseguir juntar elementos, como o conhecimento prévio dos alunos, dentro do processo de construção do conhecimento, de acordo com Messeder (2018) essa abordagem permite “agregar o conhecimento químico às questões sociais para o empoderamento do público alvo através do conhecimento científico”. Assim, através do Google meet e a apresentação de slide, a aula seria uma discussão sobre a sobre o ciclo da água, a química e o meio ambiente e como isso está relacionado ao cotidiano do aluno. Diferentemente da primeira aula em grupo, nesta segunda, estávamos mais seguros do que iríamos trabalhar em aula por termos, em grupo, melhor discutido sobre a metodologia a ser adotada na aula.A última atividade proposta na disciplina de estágio foi relacionada aos relatos dos professores Dr. João Marcos Ferreira, Dr.a Adriana Leite e Dr.a Carla Estefani e dos discentes Adelson Batista e Carlos Eduardo. Os professores em seus relatos trataram principalmente dos Página | 10 desafios presentes em seu processo de formação enquanto futuros profissionais, relatando aspectos como a dificuldade financeira e a necessidade trabalhar e estudar simultaneamente, o desafio da prática pedagógica e a importância dessas disciplinas no currículo, o desafio que é ser mulher na área de exatas, entre outras. Quanto aos discentes, apresentaram principalmente os desafios de adaptar os conteúdos específicos da área de conhecimento da ciência com a realidade dos alunos. Página | 11 3 DESENVOLVIMENTO DIO ESTÁGIO NA ESCOLA CAMPO 3.1 Identificação da Escola Campo Nome da Instituição: Escola Estadual Professora Izanete Victor do Santos. Endereço: Avenida Coelho Neto, N° 828. Bairro: Paraíso, Santana-Ap. CEP: 68925000. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Amapá – Secretaria de Estado de Educação. 3.2 Um pouco da história do colégio A Escola foi inaugurada no dia 14 de março de 1994, com o nome de “Pré-Escolar Paraíso” sob a gestão do então governador Aníbal Barcelos, com o objetivo de atender as necessidades escolares do bairro Paraíso na modalidade do ensino pré-escolar. No entanto, em abril do mesmo ano, a direção da escola solicitou a troca do nome da escola em homenagem à falecida professora Izanete Victor dos Santos. O novo nome entrou em vigor no dia 11 de novembro de 1994 e a escola passou a atender alunos da primeira à quarta série do 1º Grau. De acordo com o Blog da escola (2014), em 1998, tendo em vista a crescente procura local, a Secretária de Educação implantou novas modalidades de ensino, diminuindo a oferta de vagas para o ensino fundamental e abrindo novas turmas de ensino médio e ensino supletivo, atualmente conhecido como o Ensino de Jovens e Adultos. Na atualidade, a escola atende alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA – Ensino Médio e Atendimento Educacional Especializado (AEE). 3.3 Organização das aulas Desde o início da pandemia e de acordo com as orientações da Secretaria de Educação Estadual, a escola utilizou de aulas síncronas e assíncronas como proposta de ensino durante o distanciamento social, uma vez que as atividades no local da instituição estavam inviabilizadas. Durante esse período, a professora utilizou da rede social WhatsApp para ministrar suas aulas, disponibilizando aos alunos vídeos, slides, textos, áudios, apostilas sobre o conteúdo a ser estudado, em alguns casos a plataforma de streaming Google Meet era utilizada, principalmente para acompanhamento e tirar dúvidas dos alunos acerca do assunto. Porém, com o avanço da vacinação contra o vírus, a instituição, a partir do início do mês de setembro, passou a atender os alunos na modalidade híbrida e apenas para algumas turmas. Página | 12 3.3 Sobre a observação, coparticipação e Regência 3.3.1 Período de Observação A observação das aulas remotas ocorre em diversos momentos ao longo de quase um mês em que estagiamos na escola durantes as 4 turmas do ensino médio regular e as duas turmas da 1ª e 2ª etapa do EJA. As aulas da professora ocorriam nas segundas, terças e quarta-feira, durante o período da noite. Como nesse horário eu estava trabalhando, geralmente realizava a observação a cerca das aulas após chegar em casa. De um modo geral, as aulas aconteciam pela rede social WhatsApp, pois muitos alunos não tem acesso a internet do tipo wifi, ficando limitado ao uso dos dados móveis. Dessa forma a professora buscava disponibilizar em suas aulas, um vídeo sobre o conteúdo feito upload no youtube, permitindo não somente a visualização no momento da aula, mas a posteriori, além disso, acompanhado ao vídeo, a professora sempre buscava disponibilizar uma atividade de fixação para os alunos, com o prazo de entrega estendido até a próxima semana/aula. Com base no grupo das turmas do WhatsApp pude notar que as turmas, tanto as do EJA quanto as do Ensino Médio regular tinham um quantitativo médio de 20 alunos por turma, no entanto, no decorre das aulas, a professora passava uma lista de frequência para que os alunos preenchessem com seu nome, e notei que, com exceção das turmas do ensino regular, poucos alunos acompanhavam as aulas. O que me indagou sobre a evasão escolar, principalmente no EJA. Grande parte dos alunos que compõem as turmas nessa modalidade de ensino, vivem uma realidade em que te tiveram que abandonar o estudo no tempo certo, devido a algum fator socioeconômico, e depois de anos, quando já adultos, tentam retornar ao ambiente escolar para concluir os estudos. De acordo com Silva et al., (2019) parte desses estudantes encaram a finalização de seus estudos como adequação ao mercado de trabalho ou como oportunidade de emancipação social, que devido a isso, é comum no início de um período letivo ver as turmas com bastantes inscritos e ao longo dos bimestres, acompanhar o número de alunos decair devido a evasão escolar. De acordo com Silva et al, (2019) a causa da evasão escolar geralmente está associada a incompatibilidade de horários de acordo com a necessidade de trabalhar e estudar, gerando um conflito na escolha de suas prioridades, e quando o aluno consegue se equilibrar entre os dois, acabam se sentindo cansados e desmotivados. Um ponto interessante é que, ainda que sejam ofertadas vagas suficientes para os alunos do EJA, a escolha do horário, quase sempre pela noite, nem sempre favorece os alunos a acompanharem as aulas. Se analisarmos com cuidado, podemos perceber que são poucas as escolas que oferecem vagas, geralmente Página | 13 localizadas nas regiões centrais do município, parte desses alunos moram em áreas periféricas, o retorno para casa acaba se tornando uma questão de insegurança para os alunos, ficando sujeitos a situações que podem ferir a sua integridade física e mental. No entanto, a escola durante o período da pandemia adotou o ensino remoto e restringiu as atividades presenciais nas dependências da escola, o que nos dá margem a outro possível motivo a evasão dos alunos ou ausência nas aulas. Ao chegar em casa, do trabalho, muitos alunos se deparam com as responsabilidades familiares e por vezes as priorizando, sem ter um momento único e direcionado ao entendimento do conteúdo trabalhado. Além disso, muitos adultos sentem dificuldades no manuseio das tecnologias atuais, como uso de smartphones e computadores, restringindo o acesso dessas pessoas no acesso ao conhecimento dos conteúdos trabalhados. Diversos são os fatores que podem contribuir para evasão escolar desse jovem ou adulto. O papel do professor é crucial para evitar a evasão, atuando de forma facilitadora e mediadora entre o interesse os estudantes e o desenvolvimento da disciplina (Silva et al., 2019). Nesse sentido, gostaria de ressaltar é o papel incentivador da professora da disciplina, atuando de forma significativa e acolhedora para que os alunos cumpram com seus deveres escolares, disponibilizando seu tempo dentro e fora da aula para que os alunos a procure em caso de dúvidas, revisando o conteúdo uma ou duas vezes para que os alunos compreendam os conteúdos da química. Outro ponto interessante é que a professora busca entender as dificuldades dos alunos na aprendizagem do conteúdo e antecipadamente solicita a elas para que sejam mais participativos devido ao grau de dificuldade do conteúdo. A observação desses aspectos nesse momento foi de importância impar no planejamento da aula em que tive oportunidade de ministrar, pois, como nunca havia estagiado na modalidade EJA, ou em uma escola com ensino pela parte da noite, pude visualizar a metodologia usada pela professora e conhecer o perfildos alunos presentes nas turmas. 3.3.2 Coparticipação nas atividades em sala A coparticipação ao longo do estágio se deu principalmente no auxilio prestado a professora no desenvolvimento das atividades de apoio e fixação do conteúdo para os alunos (APENDICE I). Esse momento, me propiciou a ter melhor conhecimento da formulação de questões e da abordagem a ser utilizada no comando das questões, além, através da professora percebi que as suas atividades estavam estruturadas de acordo com o nível de dificuldade do conteúdo, mas que buscasse enfatizar os principais conceitos dos conteúdos. Página | 14 Além disso, como não havia disponibilidade devido ao horário em que trabalho, em acordo com a professora, disponibilizei aos alunos os dias de terça-feira pelo turno da tarde, para que entrassem em contato comigo, caso houvesse alguma duvida ou precisasse de alguma explicação a mais sobre o conteúdo. 3.3.3 Regência de classe De forma resumida, após o período da observação em sala, e na medida em que ganhávamos maior confiança na turma através das atividades de coparticipação, avançamos para o momento da regência no estado, em conversa com a professora da disciplina, havíamos planejado a aplicação de aulas sobre equilíbrio químico, reações orgânicas de eliminação e de ligações químicas, no entanto, as atividades de regências do estágio foram interrompidas devido ao retorno hibrido das aulas nas escola, impossibilitando nosso acesso ao ambiente de ensino. Ainda assim, no dia 30 de agosto, eu e meu colega de estágio ficamos responsáveis pela aplicação de uma aula de revisão sobre o conteúdo de cinética química (APÊNDICE G) uma vez que os alunos, nos grupos da turma, os alunos se queixavam da dificuldade em resolver as atividades desse conteúdo. O primeiro desafio encontrado ainda no planejamento da aula, se deu na abordagem que utilizaríamos para a aula tendo em mente, o relato de experiencias anteriores da professora, onde nos informou que os alunos em geral, sentem maiores dificuldades no 2º ano do ensino médio devido ao currículo trabalhar majoritariamente conteúdo da físico-química, e que esse momento faz bastante uso de cálculos matemáticos. O relato da professora corrobora com a pesquisa desenvolvida por Paz e Pacheco (2010), onde relatam que não existe um único culpado para os desafios no processo de ensino e de aprendizagem da química no ensino médio, mas a falta de interesse de alguns alunos pode está relacionada, com a dificuldade de entender como a química está relaciona ao seu cotidiano e principalmente com a memorização de formulas e cálculos presentes nessa ciência. Nesse contexto, e com base na dificuldade observada nos alunos, decidimos utilizar a plataforma Google meet para realizar a aula, e utilizamos como abordagem metodológica a aula expositiva- dialogada. De acordo com Lopes (2012) a aula expositiva dialogada pode ser descrita com uma exposição de conceitos e com a participação ativa dos alunos no processo de construção do conhecimento. Nesse sentido, nosso objetivo com a aula era resolver algumas questões de cinética com alunos, contextualizando com situações cotidiano. Participaram da aula 7 alunos da turma do segundo ano regular. No entanto, ainda quando indagados sobre suas duvidas a cerca dos conteúdos, poucos alunos compartilharam Página | 15 suas dificuldades. Dos alunos que participaram, foi possível identificar que a maior parte das dificuldades deles estava associada a operação matemática e no entendimento do que aquele resultado ou outro significa no contexto da química. A aula de revisão não só foi importante pelo acréscimo no desempenho dos alunos nas atividades avaliativas sobre o conteúdo, como também me propiciou a refletir sobre a minha pratica docente. Acredito que uma abordagem através da experimentação traria aos alunos uma melhor visualização da química no universo micro para o universo macro, ajudando na compreensão dos conceitos da química. Página | 16 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio oportunizou vivenciar momentos indispensáveis para minha formação, pois trabalhar em formato remoto parecia algo distante no âmbito do estágio supervisionado, mas devido o período pandêmico em que estamos isso se tornou possível. O fato do estágio ter sido realizado em uma escola de área periférica, possibilitou perceber a dificuldade de alguns alunos em relação ao acesso à internet e como isso afeta a aprendizagem, fator que traz evidencias de como aflorou a desigualdade social com a pandemia. Página | 17 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARRETO, A. C. F; ROCHA, D. S. Covid-19 e Educação: Resistências, Desafios e(Im)Possibilidades. Revista Encantar - Educação, Cultura e Sociedade. Bom Jesus da Lapa, v.2, p. 01-11, 2020. BEZERRA, R, M; SANTOS, C. B. R; FLORENTINO, A. C. Projeto Político-Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química. Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, 2014. BOROCHOVICIUS, Eli; TASSONI, Elvira Cristina Martins. Aprendizagem baseada em problemas: uma experiência no ensino fundamental. Educação em Revista, v. 37, p. 22, 2021. BRASIL, Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008. Da definição, classificação e relações de estágio. Disponível em: http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/acesso_informacao/servidores/estagios/3- LEGISLACAO-DE-ESTAGIO.pdf. Acesso em 03 de junho de 2021. LIVRAMENTO, Paula Carolayne Cabral Do, et al., A importância da experimentação no ensino de química: um olhar para a contextualização através do conteúdo de combustão. Anais VI CONEDU. Campina Grande: Realize Editora, 2019. LOPES, Tania Oliveira. Aula expositiva dialogada e aula simulada: comparação entre estratégias de ensino na graduação em Enfermagem. Mestrado em Fundamentos e Administração de Práticas do Gerenciamento em Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. MESSEDER, Jorge Cardoso. Roda de conversa em espaços não formais: a química do cabelo e o empoderamento negro no ensino de química. v. 10, n. 24, p. 26, 2018. PAZ, Gizeuda de Lavor; PACHECO, Hilana de Farias. Dificuldades No Ensino- Aprendizagem De Química No Ensino Médio Em Algumas Escolas Públicas Da Região Sudeste De Teresina. [S. l.: s. n.], 2010. SANTOS FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. Revista Partes, 2009. SILVA, Rita de Cássia Santos da; SOUSA, Evanilde Almeida Araújo; QUEIROZ, Joane Mary Araújo de; et al. As causas da evasão escolar na EJA: uma concepção histórica. v. 1, n. 13, p. 18. TESSARO, P. S; MACENO, N. G. Estágio supervisionado em ensino de química. REDEQUIM, v 2, n 2, 2016. Página | 18 ANEXOS Página | 19 ANEXO A – FICHA DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR Página | 20 Página | 21 Página | 22 Página | 23 Página | 24 1 Página | 25 Página | 26 Página | 27 Página | 28 Página | 29 Página | 30 APÊNDICES APENDICE A – PLANEJAMENTO DA MICRO AULA SOBRE FUNÇÕES OXIGENADAS Página | 2 Página | 3 Página | 4 Página | 5 Página | 6 APENDICE B – SLIDE DE APLICAÇÃO DA MICRO AULA Página | 7 Página | 8 Página | 9 APENDICE C – PLANEJAMENTO DA AULA EM GRUPO I Página | 10 Página | 11 APENDICE D – SLIDE DA APLICAÇÃO DE AULA EM GRUPO I O QUE SÃO REAÇÕES QUÍMICAS? O QUE SÃO REAÇÕES QUÍMICAS? São substancias que sofrem transformações, onde temos uma nova organização dos átomos, dessa maneira a geração de novas moléculas. Porém, os átomos permanecem inalterados. REAGENTES → PRODUTOS Equação geral Página | 12 Transformação dos alimentos, que passam de substâncias grandespara substâncias menores, e são assimiladas pelo nosso organismo. COMO PODEMOS OBSERVAR O PROCESSO DIGESTIVO? Mecânica Química Onde as reações químicas estão presentes? PROCESSO DIGESTIVO MECÂNICO? Mastigação Deglutição Página | 13 PROCESSO DIGESTIVO MECÂNICO Movimentos no tubo digestivo AÇÃO DA AMILASE SALIVAR OU PTIALINA. Caso 1 Caso 2 Processo digestivo Químico Página | 14 OS MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS •Como e onde ocorrem os movimentos peristálticos ? O QUE SÃO E QUAL A FUNÇÃO DAS ENZIMAS DIGESTIVAS? • As enzimas são substâncias que aceleram as mais diversas reações químicas que ocorrem no organismo, desempenhando papel fundamental em seu pleno funcionamento. • No caso das enzimas digestivas, elas são proteínas que ajudam na quebra das moléculas de macronutrientes em pedaços menores, como as dos carboidratos, gorduras e outras proteínas. Desta forma, elas facilitam o processo de absorção dos nutrientes. ESCALA DE PH • A escala de pH é construída a partir de uma operação matemática envolvendo a concentração do íon hidrônio na solução. A Figura 1, mostra uma escala de pH de 0 a 14. • Figura 1. Escala de pH [Ambitrat, 2013] Página | 15 IMPACTO DE ALTERAR O PH • Função diferente dos órgãos a seu nível óptimo de pH. Por exemplo, o pepsina da enzima exige o baixo pH atuar e dividir o alimento, quando as enzimas no intestino exigirem o pH alto ou o ambiente alcalino funcionar. Similarmente, alguns aumentam ou a diminuição no pH do sangue pode conduzir a diversas desordens. DIGESTÃO NO INTESTINO CONHECENDO O INTESTINO DELGADO Página | 16 DUODENO E JEJUNO-ILEO • NO DUODENO SÃO LANÇADAS AS SECREÇÕES DO FÍGADO E DO PÂNCREAS • NO JEJUNO-ILEO SÃO ABSORVIDOS OS ALIMENTOS QUE INGERIMOS • BAILE: É A SECREÇÃO DO FÍGADO, ARMAZENADA NA VESÍCULA BILIAR, QUE É LANÇADA NO DUODENO ATRAVÉS DO DUCTO BILIAR COMUM. • SAIS PRESENTES NO BAILE: ÁGUA E BIRCABONATO DE SÓDIO. DUODENO QUAL É O MOTIVO DE QUE A SECREÇÃO DO FÍGADO, LANÇADA AO DUODENO, NÃO CONTÉM PRESENÇA DE ENZIMAS? DUODENO Página | 17 DUODENO • PORQUE a grande função da bile na digestão é emulsificar, ou seja, quebrar em ''pedaços'' menores as moléculas de lipídeos, para que as lipases, enzimas pancreáticas, possam atuar mais eficazmente sobre as moléculas de gordura. SUCO PANCREÁTICO Página | 18 PÂNCREAS É um órgão alongado, localizado atrás do estômago, na parte superior do abdome. Em suas laterais faz contato com o duodeno e com o baço. Observe o pâncreas possui ductos em seu interior, por onde passa o suco pancreático, desembocam no duodeno. PÂNCREAS Qual a função do pâncreas ? Ele produz tanto substâncias a serem “despejadas” no intestino- o suco pancreático- quanto substâncias a serem “despejadas” na corrente sanguínea- os hormônios. Perceba na imagem os vasos sanguíneos, para onde os hormônios pancreáticos são secretados. PÂNCREAS Página | 19 A secreção pancreática (suco) é formada basicamente por água, enzimas e bicarbonato. Enzimas- são substâncias que facilitam reações químicas. Por exemplo as enzimas pancreáticas permitem a “quebra” das moléculas de proteína, lipídio (gordura). Ex: Lipase, amilase e tripsina Bicarbonato- serve para neutralizar o PH ácido da secreção vinda do estômago. PÂNCREAS PÂNCREAS Página | 20 IMPORTÂNCIA DA MASTIGAÇÃO INTESTINO DELGADO ENTÉRICO O suco entérico (ou intestinal) é produzido pelas células da parede do intestino delgado. Em sua composição, existem muco e enzimas que deverão completar a digestão dos alimentos. As principais enzimas presentes são: • Sacarase, que atua na digestão da sacarose, liberando glicose e frutose; • Lactase, que atua na lactose (dissacarídeo presente no leite), desdobrando-a em galactose e glicose; • Maltase, que atua nas moléculas de maltose formadas na digestão prévia doa amido, liberando moléculas de glicose; • Nucleotidases, que atuam nos nucleotídeos formados na digestão dos ácidos nucléicos, liberando pentoses, fosfatos e bases nitrogenadas; • Peptidases, que atuam nos peptídeos, levando à liberação de aminoácidos. Página | 21 ABSORÇÃO DA ÁGUA PELO CORPO CONCLUINDO.... Imagine a situação em que uma pessoa está com aquela sensação de “azia”, e então resolve tomar um sonrisal para aliviar essa sensação. De forma este medicamento atua no organismo humano e como o conteúdo de química, especificamente as reações químicas estão envolvidos dentro desse processo? Atividade proposta: Página | 22 APENDICE E – PLANEJAMENTO DA AULA EM GRUPO II Página | 23 Página | 24 APENDICE F – SLIDE DE APLICAÇÃO DA AULA EM GRUPO II Estágio 1 - Química Estado da Matéria Universidade Federal do Amapá O estudo da água. Introdução Nesta aula vamos aprender sobre o estado da matéria, a química da água: ciclo, propriedades e importância para a sociedade. Verificar os conceitos atrelados ao estudo da matéria relacionados à química da água. A matéria pode ser definida como sendo tudo aquilo que tem massa e volume e ocupa um lugar no espaço. Portanto, a matéria é constituída de minúsculas partículas, que podem ser átomos, moléculas, íons e assim por diante. Matéria Página | 25 Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio representam a composição química da molécula da água. A Água Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio representam a composição química da molécula da água. • Tipo de ligação: Covalente • Ângulo 104,5° • Propriedade: Polar • Hibridização: Sp³ A Água Estado físico da Matéria O que diferencia um estado físico de outro é a organização dessas partículas, se elas estão mais próximas umas às outras ou mais afastadas, isto é, se estão mais agregadas ou menos agregadas. Página | 26 O ciclo da água O ciclo da água Página | 27 Bacia Hidrográfica Amazônica; Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia; Bacia Hidrográfica do São Francisco; Bacia Platina (Bacia do Paraná, do Paraguai e do Uruguai); Bacia Hidrográfica do Parnaíba; Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental; Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental; Bacia Hidrográfica Atlântico Leste; Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste; Bacia Hidrográfica Atlântico Sul; Bacias Hidrográficas Brasileiras O uso consciente da água O que podemos fazer para usar a água de forma consciente e sustentável? Considerações finais Na aula de hoje aprendemos sobre a matéria e seu estado físico, as propriedades da água e suas utilidades, o ciclo da água e o uso consciente da mesma. Utilizando a química para tratar de assuntos sociais que contribuem com a formação de cada aluno como cidadão. Estudar a química da água e a educação ambiental são de suma importância para a sustentabilidade e para garantir que o recurso natural seja abundante e próprio para consumo, garantindo assim a vida em nosso planeta. Página | 28 APENDICE G – PLANO DE AULA DA REVISÃO DE CINÉTICA Página | 29 Página | 30 APÊNDICE H – SLIDE DA AULA DE REVISÃO Professores: Fernando Batista Neves Gabriel dos Santos Baia AULA DE REVISÃO: CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Santana Agosto, 2021 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL PROFª. IZANETE VICTOR DOS SANTOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES 2.1 Catalisadores 2.2 Concentração dos reagentes 2.3 Temperatura 2.4 Superfície de contato 2.5 Pressão 2.6 Natureza dos reagentes 2.7 Luz (energia fotoquímica) e eletricidade (energia elétrica) 3 RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS 4 REFERÊNCIAS CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 2 ➢ O que é a Cinética Química? Pode serdescrita como a parte da química que estuda as velocidades, os fatores e mecanismos das reações químicas. (RUSSEL, 1994, p. 128). A + B → C + D Reagentes (Consumidos) → Produtos (Formados) Cloreto de Sódio • Exemplo: Reação de formação do Cloreto de Sódio (NaCl) H+ Cl- + Na+ OH- → NaCl + H2O CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 3 Página | 31 ➢ A velocidade média de uma reação química é a variação na quantidade de um reagente ou produto em um determinado intervalo de tempo. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Obtenção da velocidade média. ➢ Velocidade das reações • Reações rápidas; • Reações moderadas; • Reações lentas. Δ n = variação da concentração ( mol/L ). Δ t = intervalo de tempo. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 4 ➢ A Teoria das colisões considera que, para ocorrer uma reação entre moléculas de gás, é necessário que estas moléculas colidam entre si (RUSSEL, 1994, p. 154). CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência da Energia de ativação (Ea) na reação. • Energia de ativação (Ea): é a energia mínima necessária para que a formação do complexo ativado, e efetiva realização da reação. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 5 ➢ Catalisadores: são substâncias capazes de acelerar uma reação química, assim, a presença de um catalisador aumenta a velocidade da reação. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência de um Catalisador. 6 RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. Página | 32 ➢ Concentração dos reagentes: quando a concentração dos reagentes aumenta, a frequência de choques entre as moléculas também aumenta, acelerando a reação. Logo, quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade da reação. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência da Concentração. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 7 ➢ Temperatura: é uma medida de energia cinética, que corresponde ao grau de agitação das partículas. Quando a temperatura é alta, as moléculas estão mais agitadas, aumentando a velocidade da reação. Logo, quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência da Temperatura. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 8 ➢ Superfície de Contato: é a área de um reagente que fica exposta aos demais reagentes, como as reações precisam de contato entre os reagentes, logo quanto maior a superfície de contato, maior a velocidade da reação. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência da Superfície de Contato. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 9 Página | 33 ➢ Pressão: com o aumento da pressão, o espaço entre as moléculas diminui, fazendo com que tenham mais colisões, aumentando a velocidade da reação. Logo, quanto maior a pressão, maior a velocidade da reação. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Influência da Pressão. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 10 11 ➢ Natureza dos reagentes: quanto maior o número de ligações a serem rompidas e quanto mais forte elas sejam, menor será a velocidade da reação, e quanto maior o estado entrópico dos reagentes, mas rápida será a reação. ➢ Luz (energia fotoquímica) e eletricidade (energia elétrica): são pontos de energia para que a reação ocorra, logo, sob influência de intensidades luminosas e elétricas, maior a velocidade da reação. Exemplo: Fotossíntese e Fotólise. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. Vol. 2. 11 CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES ➢ EXERCÍCIO O gás NO reage com o gás O3 conforme a seguinte equação. NO (g) + O3 (g) ⇌ NO2 (g) + O2 (g) Estudos mostraram que, quando esses dois gases são colocados em um mesmo recipiente a 25 °C e 1 atm, cada molécula colide, em média, cerca de um bilhão de vezes por segundo com outras moléculas. Se todas essas colisões resultassem em formação de produto, a reação aconteceria em uma fração de segundo. Porém, não é isso que se observa empiricamente, sendo a reação muitíssimo mais lenta. Nesse caso, para que a reação aconteça, a simples colisão entre as moléculas não é suficiente; é necessário, também, que: a) um catalisador seja adicionado ao meio reacional. b) a colisão seja elástica e a massa de cada produto seja igual à massa de cada um dos reagentes. c) as moléculas colidam com energia potencial superior à energia de ativação. d) as moléculas colidam entre si com geometria favorável à formação do complexo ativado e com energia cinética suficiente. e) a energia de ativação da reação seja diminuída. 12 Página | 34 CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES ➢ EXERCÍCIO O mel contém uma mistura complexa de carboidratos, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais etc. O teor de carboidratos é de cerca de 70% da sua massa, sendo a glicose e a frutose os açúcares em maior proporção. A sua acidez é atribuída à ação da enzima glucose oxidase, que transforma a glicose em ácido glucônico e H2O2. Abaixo temos a equação química de decomposição do peróxido de hidrogênio, na qual temos a formação de água líquida e oxigênio gasoso. Utilizando os dados da tabela fornecida, calcule a velocidade média de decomposição do peróxido de hidrogênio entre 0 e 10 minutos. H2O2(aq) → H2O(l) + 1/2 O2(g) a) 2.10-4 mol.L–1.s–1 b) 3.10-4 mol.L–1.s–1 c) 4.10-4 mol.L–1.s–1 d) 5.10-4 mol.L–1.s–1 e) 3.10-2 mol.L–1.s–1 13 ➢ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATKINS, P.W., JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5ª ed., Porto Alegre: Ed. Bookman, 2012. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. Vol. 2. São Paulo: Mc Graw Hill Ltda, 1994. CINÉTICA QUÍMICA: FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DAS REAÇÕES 14 Página | 35 APENDICE I – PROPOSTA DE QUESTÕES PARA A ATIVIDADE AVALIATIVA Página | 36
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