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Diuréticos poupadores de potássio

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Os diuréticos poupadores de potássio são um
tipo de medicamento usado para tratar
condições como hipertensão (pressão alta) e
edema (acúmulo anormal de líquidos no
corpo). Eles atuam promovendo a eliminação
de líquidos e sais do corpo através da urina,
mas ao contrário de outros tipos de diuréticos,
os diuréticos poupadores de potássio
minimizam a perda de potássio no processo.
Os diuréticos convencionais, como os
diuréticos de alça e os diuréticos tiazídicos,
tendem a aumentar a excreção de potássio na
urina, o que pode levar a níveis baixos de
potássio no corpo, conhecidos como
hipocalemia. Isso pode causar complicações,
como fraqueza muscular, arritmias cardíacas e
outros problemas de saúde.
Os diuréticos poupadores de potássio, por
outro lado, ajudam a conservar o potássio no
organismo, evitando sua excreção excessiva na
urina. Eles podem ser especialmente úteis em
pacientes que estão em risco de hipocalemia
devido ao uso de outros diuréticos ou que têm
condições médicas que requerem níveis
adequados de potássio no corpo.
hipertensão, especialmente quando outros
tipos de diuréticos (como os diuréticos de
alça ou os tiazídicos) podem causar perda
excessiva de potássio. Eles ajudam a
controlar a pressão arterial sem levar a
níveis perigosamente baixos de potássio.
Insuficiência cardíaca congestiva: Em
pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva, os diuréticos poupadores de
potássio podem ser usados para tratar o
acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos,
conhecido como edema. Eles auxiliam na
eliminação do excesso de líquidos sem
levar à perda excessiva de potássio, o que
pode ser prejudicial para a função cardíaca.
Hipocalemia: Os diuréticos poupadores de
potássio também podem ser usados para
tratar a hipocalemia, que é uma condição
caracterizada por níveis anormalmente
baixos de potássio no sangue. Isso pode
ocorrer como resultado do uso de outros
medicamentos diuréticos ou devido a
certas condições médicas.
Síndrome de Conn: Esta é uma condição
em que as glândulas adrenais produzem
excesso de aldosterona, um hormônio que
pode levar à retenção de sódio e à excreção
excessiva de potássio. Diuréticos
poupadores de potássio podem ser usados
para controlar os desequilíbrios eletrolíticos
causados por essa condição.
Uso combinado com outros diuréticos: Em
algumas situações, os diuréticos
poupadores de potássio podem ser
prescritos em conjunto com outros tipos de
diuréticos para compensar a perda de
potássio causada por esses medicamentos
mais potentes.
diuréticos poupadores 
de potássio
conceito
uso clínico
Os diuréticos poupadores de potássio têm
várias aplicações clínicas importantes
devido à sua capacidade de ajudar a
manter níveis adequados de potássio no
organismo, ao mesmo tempo em que
tratam condições médicas como
hipertensão e edema. Aqui estão algumas
das principais situações em que os
diuréticos poupadores de potássio podem
ser utilizados:
Hipertensão (pressão alta): Os diuréticos
poupadores de potássio podem ser
prescritos como parte do tratamento para 
Luã Cunha
Inibidores da aldosterona: Esses
medicamentos atuam bloqueando a ação
do hormônio aldosterona, que
normalmente estimula a reabsorção de
sódio (sal) nos rins e a excreção de potássio.
Ao inibir a aldosterona, esses diuréticos
ajudam a reter potássio e eliminar sódio.
Antagonistas dos canais de potássio:
Esses medicamentos interferem nos canais
de potássio nos túbulos renais, reduzindo a
excreção de potássio na urina.
Existem duas principais classes de diuréticos
poupadores de potássio:
Os diuréticos poupadores de potássio
podem interagir com outros
medicamentos e substâncias, o que pode
afetar sua eficácia e segurança. Algumas
interações medicamentosas importantes a
serem consideradas incluem:
Inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina) e antagonistas dos
receptores de angiotensina II (ARA-II):
Quando usados em combinação com
diuréticos poupadores de potássio, como a
espironolactona, os inibidores da ECA e os
ARA-II podem aumentar o risco de
hipercalemia (níveis elevados de potássio
no sangue). Isso ocorre porque essas
classes de medicamentos já podem causar
retenção de potássio. Portanto, a
combinação pode resultar em um acúmulo
excessivo de potássio, o que é
potencialmente perigoso.
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs):
A combinação de diuréticos poupadores de
potássio com AINEs pode aumentar o risco 
interações medicamentosas
Luã Cunha
classificação Antagonistas dos canais de potássio(como a amilorida e a triantereno): Esses
medicamentos atuam bloqueando canais
de íons de sódio e potássio nos túbulos
renais. Isso interfere diretamente na
reabsorção de sódio e potássio. Ao
bloquear a entrada de sódio nos túbulos
renais, esses diuréticos reduzem o
gradiente elétrico que normalmente
impulsiona a excreção de potássio. Como
resultado, menos potássio é eliminado na
urina.
Em ambos os casos, os diuréticos poupadores
de potássio ajudam a manter o equilíbrio
adequado entre sódio e potássio nos rins,
contribuindo para a regulação do equilíbrio
eletrolítico do corpo. mecanismo de ação
Inibidores da aldosterona (como a
espironolactona e a eplerenona): Esses
medicamentos atuam competitivamente
nos receptores de aldosterona nos túbulos
renais. A aldosterona normalmente se liga
a esses receptores, estimulando a
reabsorção de sódio e a eliminação de
potássio na urina. Ao inibir os receptores de
aldosterona, os diuréticos poupadores de
potássio reduzem a reabsorção de sódio e,
consequentemente, diminuem a excreção
de potássio. Isso ajuda a manter os níveis
de potássio adequados no corpo.
Os diuréticos poupadores de potássio atuam
principalmente através do bloqueio da ação da
aldosterona, um hormônio produzido pelas
glândulas adrenais (suprarrenais) que
desempenha um papel crucial na regulação
dos níveis de sódio e potássio nos rins. Ao
bloquear a aldosterona, esses diuréticos
ajudam a preservar o potássio no corpo,
evitando sua excreção excessiva na urina.
Existem dois principais tipos de diuréticos
poupadores de potássio, cada um com seu
próprio mecanismo de ação:
de hipercalemia, uma vez que alguns AINEs
podem interferir na excreção de potássio
pelos rins.
Outros diuréticos: O uso concomitante de
outros diuréticos, como os diuréticos de
alça e os tiazídicos, pode aumentar o risco
de hipercalemia, uma vez que esses
diuréticos tendem a causar perda de
potássio. A combinação de diuréticos
poupadores de potássio com outros
diuréticos requer supervisão médica
cuidadosa.
Suplementos de potássio e substitutos do
sal: O uso de suplementos de potássio ou
substitutos do sal contendo potássio em
conjunto com diuréticos poupadores de
potássio pode levar a um excesso de
potássio no organismo, resultando em
hipercalemia.
Digoxina: A hipercalemia causada pela
combinação de diuréticos poupadores de
potássio com a digoxina (um medicamento
usado para tratar condições cardíacas)
pode aumentar o risco de arritmias
cardíacas.
Outras interações: Alguns medicamentos,
como certos antibióticos (por exemplo,
trimetoprima), antiarrítmicos e
medicamentos para diabetes (como a
insulina), podem interagir com diuréticos
poupadores de potássio e afetar os níveis
de potássio no corpo.
Luã Cunha
Absorção: Os diuréticos poupadores de
potássio podem ser administrados por via
oral na forma de comprimidos ou cápsulas.
A absorção desses medicamentos ocorre
principalmente no trato gastrointestinal, e
o início da ação pode variar dependendo
do medicamento específico. Por exemplo, a
espironolactona é absorvida de forma
relativamente lenta, enquanto a amilorida
é absorvida mais rapidamente.
Distribuição: Após a absorção, os diuréticos
poupadores de potássio são distribuídos
para os tecidos do corpo através da
corrente sanguínea. Eles têm a capacidade
de se ligar a proteínas plasmáticas, o que
pode influenciar sua disponibilidade e
duração de ação.
Metabolismo: A maioria dos diuréticos
poupadores de potássio passa por
processos metabólicos no fígado. Por
exemplo, a espironolactona é metabolizada
em seu metabólito ativo, a canrenona. A
eplerenona,outro diurético poupador de
potássio, é convertida a um metabólito
inativo, o qual é excretado principalmente
na urina.
Eliminação: A excreção dos diuréticos
poupadores de potássio e seus metabólitos
ocorre principalmente através dos rins. Eles
são excretados na urina, juntamente com
outros produtos do metabolismo corporal.
O tempo necessário para a eliminação
pode variar, influenciado pelas
propriedades específicas do medicamento
e pelo estado de saúde do paciente.
Meia-vida: A meia-vida é o tempo que leva
para que metade da dose de um
medicamento seja eliminada do corpo. A
meia-vida dos diuréticos poupadores de
potássio pode variar de acordo com o
medicamento específico. Por exemplo, a
meia-vida da espironolactona é relativame-
farmacocinética
A farmacocinética dos diuréticos
poupadores de potássio refere-se ao estudo
do processo de absorção, distribuição,
metabolismo e eliminação desses
medicamentos no organismo. Aqui estão
alguns aspectos da farmacocinética dos
diuréticos poupadores de potássio:
nte longa, o que significa que seus efeitos
podem persistir por um período
prolongado após a administração.
Luã Cunha
Hipotensão ortostática: Em algumas
situações, os diuréticos poupadores de
potássio podem causar queda da pressão
arterial ao mudar de posição (hipotensão
ortostática), levando a tonturas ou
desmaios.
Distúrbios hormonais: A espironolactona,
em particular, pode afetar os níveis
hormonais devido ao seu efeito de bloqueio
nos receptores de aldosterona. Isso pode
causar irregularidades menstruais em
mulheres e outros efeitos hormonais
indesejados.
Agravamento da função renal: Em
pacientes com função renal
comprometida, os diuréticos poupadores
de potássio podem ter um impacto
negativo na função renal, levando a um
acúmulo excessivo de potássio.
Reações alérgicas: Embora raras, as reações
alérgicas aos diuréticos poupadores de
potássio podem ocorrer, incluindo
erupções cutâneas, coceira e inchaço.
efeitos adversos
Os diuréticos poupadores de potássio
podem apresentar efeitos adversos, assim
como qualquer outro medicamento. É
importante estar ciente desses efeitos ao
considerar o uso desses medicamentos.
Alguns dos efeitos adversos mais comuns
associados aos diuréticos poupadores de
potássio incluem:
Hipercalemia: Esse é um dos principais
riscos associados aos diuréticos
poupadores de potássio. Como esses
medicamentos evitam a excreção de
potássio pelos rins, há um risco aumentado
de acúmulo excessivo de potássio no
sangue, levando a complicações cardíacas
e neuromusculares. É importante
monitorar os níveis de potássio no sangue
regularmente enquanto se está em
tratamento com esses medicamentos.
Distúrbios eletrolíticos: Além da
hipercalemia, os diuréticos poupadores de
potássio podem afetar outros eletrólitos,
como sódio e magnésio. Isso pode causar
desequilíbrios eletrolíticos, afetando o
funcionamento adequado do sistema
nervoso, músculos e coração.
Ginecomastia (crescimento das mamas
em homens): A espironolactona, um
diurético poupador de potássio, pode levar
ao desenvolvimento de ginecomastia em
homens devido ao seu efeito
antiandrogênico, que interfere na ação dos
hormônios masculinos.
Distúrbios gastrointestinais: Efeitos
adversos gastrointestinais, como náuseas,
vômitos e diarreia, podem ocorrer com o
uso de diuréticos poupadores de potássio.
REFERÊNCIAS
GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Goodman &
Gilman – As Bases Farmacológicas da
Terapêutica. 12. ed. Porto Alegre, RS: AMGH
Ed., 2012.
DELUCIA, R.; OLIVEIRA-FILHO, R. M.; PLANETA,
C. S.; GALLACCI, M.; AVELLAR, M.C.W., (Eds).
Farmacologia integrada. 3. ed. Rio de Janeiro:
Revinter, 2007. 701p. 
GOLAN, DE. Princípios de farmacologia: a
base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
RANG, HP; DALE, MM; RITTER, JM; FLOWER, RJ
(eds) Farmacologia. 7. ed., Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.

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