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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde Área de Histologia e Embriologia Características Gerais • Funções: • Condução e troca de gases • Funções protetoras - ar seco – umidificado por secreções glandulares e material particulado • Fonação • Olfação • Regulação da temperatura corporal • Excreção • Equilíbrio ácido-base • Pressão sanguínea – influenciada pela ativação do angiotensinogênio em angiotensina II por uma enzima de conversão nos pulmões e em outros órgãos. • Substâncias ativas- Histamina, prostaglandinas E e F – produzidas e lançadas na circulação pelos pulmões. • Substâncias ativas – Prostaglandinas, Serotonina, Bradicinina etc são removidas da circulação pulmonar pelos pulmões. • Pelos – capturam partículas estranhas grandes/narinas. • Cílios do epitélio do trato respiratório • Macrófagos alveolares. Pode ser divido em 3 porções: • Condutora – narinas até bronquíolos • Transição – bronquíolos respiratórios • Respiratória – ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos Condutora (extra e intrapulmonar) • Extrapulmonar: • Cavidade nasal • Nasofaringe • Laringe • Traqueia • Brônquios 1 arios Intrapulmonar: Brônquios 2 e 3 arios Brônquíolos 1 arios Bronquíolos terminais • Respiratória (Toda intrapulmonar): • Bronquíolos respiratórios • Ductos alveolares • Sacos alveolares • Alvéolos TRATO RESPIRATÓRIO Porção condutora Funções: • Condução do ar • Limpeza, umidificação e resfriamento ou aquecimento do ar • Olfação e fonação Porção Condutora 1-Cavidade nasal {Região vestibular {Região respiratória {Região olfatória • Seios paranasais • Órgão Vomeronasal 2- Nasofaringe 3- Laringe 4- Traqueia 5- Brônquios extra e intrapulmonares 6- Bronquíolos Porção Condutora • 1- Cavidade Nasal Condução, limpeza, umidificação e resfriamento ou aquecimento do ar. Olfação Vestíbulo ,Fossas nasais e Septos nasais • Dividida histologicamente em: • Região vestibular • Região respiratória • Região olfatória {Região vestibular (vestíbulo) • Ponto de transição entre a pele e mucosa da cavidade nasal • Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e vai se tornando mais delgado e menos queratinizado • Pigmentado • Na face cutânea são encontrados os pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas • Glândulas tubuloalveolares ramificadas (serosas e mistas) auxiliam na umidificação do ar {Região respiratória (fossas e septo nasal) • Membrana mucosa vestibular se transforma em membrana mucosa da região respiratória que reveste a maior parte da cavidade nasal • Epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes – umidifica e limpa o ar • Glândulas mistas tuboalveolares ramificadas, predominantemente serosas – glândulas nasais • Tecido conjuntivo -Tecido erétil – formado por cavidades vasculares e revestido por endotélio – resfria o ar ou o aquece • Tecido glandular- umidifica o ar Epitélio Respiratório: Epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes {Região Olfatória • Região dorsocaudal da cavidade nasal - reveste os cornetos etmoidais (etmoide) e conchas nasais • Epitélio colunar pseudoestratificado espesso • Responsável pelo odor ou olfato • 3 tipos celulares – células de sustentação/ basais/ Células olfatórias (neurosensoriais) Epitélio olfatório Seios paranasais • Espaços no interior dos ossos maxilar, frontal, etmoide e esfenoide do crânio, contínuos com a cavidade nasal • Epitélio cúbico, pavimentoso ou prismático pseudoestratificado ciliado • Este epitélio é sustentado por mucoperiósteo (mucosa + osso subjacente) http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/seios/histologia.htm Órgão vomeronasal Órgão de Jacobson • Estrutura tubular • Pares – parte rostral do septo nasal, dentro do revestimento mucoso • Cartilagem hialina (cartilagem vomeronasal) • Se abre no ducto incisivo que liga cavidade oral e nasal • Parte rostral – epitélio respiratório • Parte caudal – epitélio respiratório e olfatório • Glândulas serosas, mucosas e seromucosas • Receptor sensorial – feromônios – influenciam as funções hormonal, reprodutiva e sexual. 2 - Faringe{nasofaringe e orofaringe • Cavidade dorsal ao palato mole que conecta a cavidade nasal a laringe • Epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes ( respiratório ) • Lâmina própria-submucosa típica possuindo tonsilas e tecido linfático difuso ( tonsila faríngea) • Fibras elásticas frequentes no tecido conjuntivo • Glândulas tubuloalveolares ramificadas ( mucosas, serosas e mistas ) • Camada muscular composta de músculo esquelético em várias direções 3 - Laringe • Conexão entre faringe e traqueia – responsável pela fonação • Tubo muscular esquelético, reforçado por cartilagem hialina e elástica • Tecido pavimentoso estratificado (cordas vocais e epiglote) ou respiratório • Corpúsculos gustativos presentes na epiglote de algumas espécies • Lâmina própria-submucosa típica com quantidade variável de fibras elásticas, tecido linfático difuso e nodular está presente • Glândulas ramificadas tubuloalveolares mucosas • Camada muscular apresenta cartilagem 4 - Traqueia • Órgão tubular – estende-se da laringe até os brônquios primários extrapulmonares • Epitélio respiratório • Vários tipos celulares como: células basais, caliciformes, em escova, neuroendócrinas • Submucosa – tecido conjuntivo denso • Fibras elásticas predominam • Glândulas mucosas tubuloalveolares ramificadas e espiraladas • Músculo liso entre as extremidades abertas dos anéis de cartilagem hialina. Fragmento de Traqueia. Seta: Epitélio Respiratório; Asterisco: Glândulas; C: Anel traqueal (cartilagem hialina). https://s3.us-east-2.amazonaws.com/yalehistology/respiratory_system/trachea.jpg 5 - Brônquios extrapulmonares • Nascem na bifurcação da traqueia – carina • Estruturalmente semelhantes à traqueia PULMÕES • Porção Condutora: Brônquios intrapulmonares – secundários e (Glândulas brônquicas) Bronquíolos • Porção de Transição: Bronquíolos respiratórios • Porção Respiratória: Ductos e sacos alveolares Alvéolos Pulmões • Considerado glândula tubuloalveolar composta • Secreta dióxido de carbono através da superfície alveolar, trocando-o pelo oxigênio captado. • Troca facilitada pelas propriedades elásticas do pulmão • Extensa rede de fibras elásticas – contratilidade • 2 Hemipulmões – divididos em lobos – lóbulos - subdivisões - Lóbulos : Evidentes ruminantes e suínos Não muito definidas – Homem e cavalo Ausentes cães e gatos Pulmões • Pleura- revestimento visceral (espessa nos mamíferos de grande porte e fina em carnívoros) • Tecido conjuntivo do pulmão abaixo da pleura = fina camada de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas • Espaço interlobular – tecido conjuntivo reticular • Desenvolvimento completo é pós-natal Brônquios Intrapulmonares • É um sistema de ductos – continuação dos brônquios extrapulmonares • Lâmina própria da mucosa – fibras elásticas • Camada muscular- fibras musculares lisas • Cartilagem • Subdivididos em: primários/secundários e terciários – segundo sua ramificação, tamanho da luz e constituintes da parede. Brônquios Intrapulmonares • Epitélio prismático pseudoestratificado ciliado com células caliciformes • Lâmina própria típica mas com fibras elásticas • Camada mucosa pregueada – devido as fibras elásticas em orientação helicoidal • Tecido conjuntivo frouxo com glândulas mucosas ou seromucosas tubulares alveolares ramificadas • Anéis cartilaginosos que diminuem na transição entre os brônquios terciários e bronquíolos. BRÔNQUIO INTRAPULMONAR Brônquios Intrapulmonares • Glândulas brônquicas - mistura de células mucosas e serosas - Células serosas – secreção aquosa e rica em proteína - Células mucosas – secreção mucoide compostas por glicoproteínas e carboidratos - Se distribuem de acordo com infecção, irritação, estressee variam entre espécies Bronquíolos • Menor divisão do sistema da porção condutora • Epitélio da mucosa - cúbico simples ou epitélio prismático, sem células caliciformes • Nos bronquíolos primários - as células de revestimento são ciliadas, diminuindo ao longo dos bronquíolos distais Bronquíolos • Lâmina própria – fibras colágenas e elásticas primários/secundários/terciários • Muscular da mucosa contínua • Presença de glândulas = conjunto de glândulas e cílios formam o aparelho mucociliar protetor • Bronquíolos terminais – se dividem em vários bronquíolos respiratórios. https://i.pinimg.com/originals/3d/5c/c4/3d5cc480e8d06cc85ffbc55234c3eda9.jpg Bronquíolos Respiratórios • São responsáveis tanto pela condução, quanto pela troca de gases. • Epitélio - células cúbicas, algumas ciliadas. • As células cúbicas são interrompidas por alvéolos que se projetam para fora da parede do bronquíolo. • Lâmina própria com delicadas fibras colágenas e elásticas • Músculo liso presente - frouxamente organizado • Pouca frequência ruminantes e suínos/ pouco desenvolvidos nos equinos e homem/bem desenvolvido nos macacos e carnívoros Ductos alveolares/ Sacos alveolares/ Alvéolos • O pulmão possui milhares de alvéolos • O bronquíolo respiratório se divide em numerosos ductos alveolares • Ductos revestidos por alvéolos – Músculo liso, que se dividem e expandem perifericamente formando os sacos alveolares • Abertura comum dos sacos alveolares- átrio • Revestimento dos alvéolos – células de revestimento: Pneumócitos I e II Alvéolos • Onde ocorrem as trocas gasosas CO2 por O2 • Pneumócitos do tipo I: Principal célula de revestimento do alvéolo Pavimentosa com região perinuclear saliente Núcleo se projeta para a luz do alvéolo Manutenção da barreira entre o ar e o sangue Pneumócito tipo I Alvéolos • Pneumócitos tipo II Célula secretora do epitélio de revestimento alveolar Arredondada ou cúbica Potencial mitótico – fonte dos pneumócitos I e II Secreção de surfactantes – detergente que diminui a tensão superficial, estabiliza os alvéolos, garantindo que permaneçam de tamanho uniforme e reduz o trabalho de inspiração. • Os alvéolos apresentam uma certa tendência ao colabamento. Tal colabamento somente não ocorre normalmente devido à pressão mais negativa presente no espaço pleural, o que força os pulmões a se manterem expandidos. • O grande fator responsável pela tendência de colabamento dos alvéolos é um fenômeno chamado Tensão Superficial. A Tensão Superficial ocorre no interior dos alvéolos devido a grande quantidade de moléculas de água ali presente e revestindo, inclusive, toda a parede interna dos alvéolos. • A Tensão Superficial no interior dos alvéolos certamente seria bem maior do que já o é se não fosse a presença, nos líquidos que revestem os alvéolos, de uma substância chamada surfactante pulmonar. • O surfactante pulmonar é formado basicamente de fosfolipídios (dipalmitoil lecitina) secretado por células presentes no epitélio alveolar(Pneumócitos II) e nos bronquíolos terminais (células de Clara). A grande importância do surfactante pulmonar é sua capacidade de reduzir significativamente a tensão superficial dos líquidos que revestem o interior dos alvéolos e demais vias respiratórias. Os alvéolos e septo interalveolar mostram capilares sanguíneos e pneumócitos tipo I e tipo lI (área delimitada pelo tracejado). Alvéolos • Poros alveolares – distribuição de gases pressões resultantes entre os alvéolos • Transmissão interalveolar de líquidos e macrófagos • Macrófagos pulmonares – complementam o trabalho de proteção pulmonar juntamente com o fluido brônquico e o aparelho mucociliar. Corte de um pulmão fixado por injeção interalveolar de fixador. Observe no septo interalveolar estruturas trilaminares (pontas de seta) constituídas por uma membrana basal central e duas camadas muito finas de citoplasma de Pneumócito tipo I e de célula endotelial do capilar. Secreção de surfactante por um pneumócito tipo lI. O surfactante é um complexo lipoproteico sintetizado no retículo endoplasmático granuloso e no complexo de Golgi, que é armazenado temporariamente nos corpos lamelares. O surfactante é secretado continuamente por exocltose (setas) e forma um filme monomolecular de fosfolipídios sobre uma hipofase aquosa rica em proteínas. Junções oclusivas em tomo das margens dos pneumócitos impedem a passagem de líquido tecidual para o lúmen dos alvéolos. Sistema Respiratório das Aves • Trato respiratório inclui todas as estruturas descritas nos mamíferos com a adição da siringe. • Os anéis cartilaginosos da traqueia são completos e adquirem padrão de sobreposição e em algumas espécies como ganso e pato se ossificam • Siringe se localiza na junção entre a traqueia e os brônquios. Estrutura em forma de Y invertido • A siringe possui pregas vocais, responsáveis pela fonação • Pulmão – pequenos e diferentes do mamíferos • Não mudam de volume com a entrada ou saída do ar Sacos aéreos • Sacos aéreos são contínuos com os ductos do pulmão (maioria das aves possui 9) • Ventilação do pulmão – realizada pelos sacos aéreos que funcionam como foles – respiração abdominal – permite extrair mais oxigênio h tt p s: // w w w .c o la d aw eb .c o m /w p -c o n te n t/ u p lo ad s/ 2 0 1 5 /0 8 /t ro ca s- g as o sa s- av es .j p g BIBLIOGRAFIA CONSULTADA DI FIORE, M.S.H. Atlas de Histologia Normal de DI Fiore. 7ª Ed. 1984. Editora Guanabara Koogan. JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 13ª Ed. 2017. Editora Guanabara Koogan. SAMUELSON, Don A. Tratado de Histologia Veterinária. 1ª Ed. 2007. Editora Elsevier. Complementar: Bibliografías e imagens de acesso livre na internet https://www.fabra.edu.br/wp-content/uploads/2020/10/estudos-remotos.png
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