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São José dos Campos 2022 Cidade Ano PATRÍCIA GERMANO ARTUR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E OS PRINCIPAIS BIOMARCADORES UTILIZADOS. São José dos Campos 2022 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E OS PRINCIPAIS BIOMARCADORES UTILIZADOS. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina. Orientador: Regiane Costa PATRÍCIA GERMANO ARTUR PATRÍCIA GERMANO ARTUR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E OS PRINCIPAIS BIOMARCADORES UTILIZADOS. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ANHANGUERA EDUCACIONAL, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em BIOMEDICINA. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) São José dos Campos, 7 de dezembro de 2022 Dedico este trabalho a minha querida e amada mãe Ivanete Germano AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os professores que, ao longo desses quatro anos me acompanharam e me orientaram da melhor forma possível, transmitindo conhecimento de forma leve e extraordinária, possibilitando um aprendizado de extrema qualidade. Agradeço a professora Suzane, por estar sempre disponível para tirar dúvidas e me orientar da melhor forma possível sobre como redigir corretamente este trabalho, dando sugestões e apontando o que poderia ser melhorado. Agradeço aos meus colegas de turma, por muitas vezes compartilharem conhecimento e me auxiliarem em momentos de dificuldade. Agradeço ao meu noivo por ter me proporcionado todo o suporte que eu precisava, por ter caminhando lado a lado comigo e me amparado em momentos difíceis aos quais só nós sabemos o quão difíceis foram, mas no fim deu tudo certo e aqui estamos hoje. Enfim, por ultimo e não menos importante, agradeço a minha mãe, por sempre me apoiar e me incentivar, mesmo sem muitos recursos esteve sempre ao meu lado me ajudando, sem ela provavelmente eu não estaria onde estou hoje, obrigada mãe. “Todas as vitorias ocultam uma abdicação” (Simone de Beauvoir) ARTUR, Patrícia Germano. Infarto Agudo do Miocárdio e os principais biomarcadores utilizados. 2022. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Anhanguera, São José dos Campos, 2022. RESUMO Como é possível identificar se o paciente foi ou não acometido por um infarto. O principal objetivo aqui em questão foi apresentar os principais biomarcadores utilizados no diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio, assim como as vantagens e desvantagens disponibilizadas por ambos. Como método de pesquisa foi utilizado o modelo de revisão bibliográfica, redigida a partir de trabalhos encontrados virtualmente em portais como CAPES e SCIELO. Desde modo, como critério de inclusão foi utilizado trabalhos relacionados ao tema e datados de no máximo 10 anos, onde foram descartados aqueles aos quais haviam informações conflitantes e sem explicações claras e devidamente referenciadas. O conhecimento sobre o IAM e os marcadores expressados logo após início da isquemia miocárdica possibilitam um diagnóstico mais rápido e eficiente, uma vez que o Infarto agudo do miocárdio é a doença cardiovascular que mais mata no mundo. Os marcadores utilizados com maior frequência atualmente auxiliam na identificação precoce (sendo o caso da mioglobina que, mesmo não possuindo especificidade cardíaca é liberada rapidamente após qualquer lesão muscular e, somando sua alteração com os sintomas clínicos é possível confirmar ou descartar uma lesão cardíaca), diagnóstico tardio (sendo o caso da troponina I e T, a qual possui isoforma especifica para o tecido cardíaco porém é liberada mais lentamente e se mantem elevada por mais tempo, possibilitando a identificação tardia da doença) e infartos recorrentes (possibilitado pela isoenzima CK-MB da creatinoquinase, devido a sua meia vida curta). Estudos demonstram que a alteração dos marcadores cardíacos ocorre em sua maioria em pacientes do sexo masculino, no entanto caminha de forma contrária a mortalidade, que acomete mais pacientes do sexo feminino, fato este que ocorre principalmente pela sintomatologia e características artérias distintas. Palavras-chave: Infarto Agudo do Miocárdio. Marcadores bioquímicos mais utilizados no diagnóstico de IAM. Eficácia dos biomarcadores. Troponina Cardíaca. Mioglobina. CK e CK-MB. ARTUR, Patrícia Germano. Infarto Agudo do Miocárdio e os principais biomarcadores utilizados. 2022. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Anhanguera, São José dos Campos, 2022. ABSTRACT How is it possible to identify whether or not the patient has had a heart attack. The main objective in question here was to present the main biomarkers used in the diagnosis of Acute Myocardial Infarction, as well as the advantages and disadvantages offered by both. As a research method, the bibliographic review model was used, written from works found virtually in portals such as CAPES and SCIELO. Thus, as an inclusion criterion, works related to the topic and dated no more than 10 years were used, where those to which there was conflicting information and without clear and properly referenced explanations were discarded. Knowledge about AMI and the markers expressed soon after the onset of myocardial ischemia allow a faster and more efficient diagnosis, since acute myocardial infarction is the cardiovascular disease that kills the most in the world. The most frequently used markers currently help in early identification (this is the case of myoglobin, which, despite not having cardiac specificity, is released quickly after any muscle injury and, adding its change to the clinical symptoms, it is possible to confirm or rule out a cardiac injury), late diagnosis (this is the case of troponin I and T, which has a specific isoform for cardiac tissue but is released more slowly and remains elevated for a longer time, allowing the late identification of the disease) and recurrent infarctions (enabled by the creatine kinase CK-MB isoenzyme, due to its short half- life). Studies show that the alteration of cardiac markers occurs mostly in male patients, however, it goes against mortality, which affects more female patients, a fact that occurs mainly due to the symptoms and characteristics of different arteries. Keywords: Acute myocardial infarction. Biochemical markers most used in the diagnosis of AMI. Efficacy of biomarkers. Cardiac Troponin. Myoglobin. CK and CK- MB. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADP Adenosina difosfato AST/TGO Aspartato aminotransferase/ transaminase oxalacética ATP Adenosina trifosfato CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CEC Circulação extracorpórea CK Creatinoquinase CRM Cirurgia de revascularização do miocárdio cTn Troponina de origem cardíaca DM Diabetes Mellitus ECG Eletrocardiograma EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético (anticoagulante) ELISA Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay IAM Infarto Agudo do Miocárdio LDL Lipoproteínas de baixa densidade O2 Oxigênio PCR Proteína C reativa SCA Síndrome Coronariana Aguda SCIELO Scientific Electronic Library Online SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 2. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................................................................12 3. MARCADORES BIOQUÍMICOS ........................................................................ 15 3.1. TROPONINA ...................................................................................................... 16 3.2. ISOENZIMA CK-MB .......................................................................................... 17 3.3. MIOGLOBINA .................................................................................................... 18 4. ANÁLISE COMPARATIVA E INCIDENCIA/MORTALIDADE POR IAM ........... 20 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 23 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24 10 1. INTRODUÇÃO Dentre as principais causas de óbito ocasionadas por doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a mais predominante. Este fato se dá pela qualidade de vida da população, incluindo o crescimento exacerbado de doenças crônicas e tabagismo, além do sedentarismo e fatores como pré-disposição genética, aumentando consideravelmente as probabilidades de um IAM. Conhecer a doença, assim como seus fatores de risco e nível de gravidade é essencial para possibilitar um melhor diagnóstico e prognóstico, contribuindo e norteando sobre o melhor meio para tratamento e recuperação do paciente, com intuito de minimizar as sequelas e melhorar a qualidade de vida pós-infarto, além de auxiliar na prevenção de um futuro reinfarto ou diminuir as chances dos pacientes propícios a desenvolverem síndrome coronariana aguda com posterior evolução para IAM. Contudo, para diagnóstico e tratamento corretos, faz-se necessário a utilização de meios para detecção logo no início dos sintomas. A realização de um eletrocardiograma (ECG) pode auxiliar no diagnóstico, porém levando em consideração sua baixa taxa de detecção do IAM, o mesmo não é suficiente para determinar precisamente se o paciente foi acometido ou não pela disfunção do miocárdio, tornando a utilização de biomarcadores algo indispensável. A eficácia dos biomarcadores tem sido estudada há anos, tornando-os cada vez mais precisos e de extrema utilidade para diagnóstico e tratamento, não somente do IAM, mas de diversos problemas de saúde. No caso do Infarto, alguns marcadores são empregados, cada um com seus prós e contras, sendo os principais utilizados: Troponina (I e T), Mioglobina e a isoenzima da creatinoquinase (CK-MB). Compreender a patologia e importância dos marcadores bioquímicos para a detecção logo no início dos primeiros sintomas, assim como suas características e pontos positivos e negativos auxiliara na escolha do melhor biomarcador, mais preciso e sensível, sempre levando em consideração o quadro clinico do paciente e tempo desde o início dos primeiros sintomas, com intuito sempre de obter um diagnóstico o mais rápido possível e evitar consequente evolução exacerbada seguida de óbito. 11 O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica e todo seu conteúdo foi redigido com base em trabalhos, artigos científicos e publicações em revistas de saúde, todos disponíveis gratuitamente em formato virtual e em sites confiáveis como CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), além do Google acadêmico. A busca dos materiais para dissertação foi feita utilizando as seguintes palavras chave: “Infarto Agudo do Miocárdio”, “marcadores bioquímicos mais utilizados no diagnóstico de IAM”, “eficácia dos biomarcadores”, “Troponina Cardíaca”, “Mioglobina” e “CK e CK-MB”. Ao todo foram selecionados cerca de 30 (trinta) trabalhos relacionados ao tema, publicados nos últimos 10 (dez) anos, no idioma português e inglês, descartando aqueles onde havia conflito de informações e dados infundados. 12 2. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Popularmente conhecido como ataque cardíaco, trata-se da morte dos cardiomiócitos (células que compõem a fibra muscular do musculo cardíaco). O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre em sua grande maioria dos casos em decorrência de uma Síndrome Coronariana Aguda (SCA), quando é ocasionada uma obstrução total das artérias coronárias, em decorrência ao descolamento das placas ateroscleróticas presente nos vasos sanguíneos, o que desencadeia uma resposta imunológica com migração de leucócitos e plaquetas, com consequente formação de trombos. Os trombos causam embolia e impedem parcialmente ou totalmente o fluxo sanguíneo adequado e impedem o órgão em questão de receber oxigênio, o que acarreta em isquemia e posterior desenvolvimento de danos irreversíveis ao tecido (necrose) (BACELAR, 2012). Além das características apresentadas acima, que se referem ao IAM de tipo 1, temos ainda mais 4 tipos, sendo eles: tipo 2 - pode ser causado por anemia, arritmia cardíaca, desequilíbrio isquêmico ou hipertensão; tipo 3 – infarto fulminante, com morte súbita; tipo 4 – decorrente de uma angioplastia coronária e por fim temos o tipo 5 – decorrente de cirurgia de revascularização miocárdica por ponte de safena aorto-coronária (BORBA, 2016). O Diagnóstico do IAM em grande parte dos casos é um tanto complicado, pois os sintomas podem ser leves ou ausentes, levando o paciente a não procurar auxilio médico logo de imediato. Dentre as principais queixas e sinais relatados, temos como principais a dor no peito (desconforto ao qual é expresso em forma de pontadas, sensação de peso ou pressão na região), arritmia (batimentos cardíacos mais lentos ou mais acelerados que o normal), dispneia/insuficiência respiratória (relatada como falta de ar), dor no membro superior esquerdo acompanhado por dormência e irradiação para pescoço e mandíbula, fadiga e em casos mais graves, a parada cardiorrespiratória (PASSINHO, 2018). Geralmente um dos primeiros exames a ser solicitado logo de imediato para triagem emergencial é o eletrocardiograma (ECG), onde são analisados alguns sinais sugestivos de isquemia, alterações do segmento ST, inversão da onda T e presença ou não de ondas Q patológicas (FERREIRA, 2016). No entanto não é suficiente para uma identificação adequada, pois pode não detectar o problema logo 13 de imediato no primeiro exame realizado (cerca de 50% dos casos), sendo necessária a utilização de exames laboratoriais (OLIVEIRA; SANTOS; HOFFMANN, 2018?). O ecocardiograma com contraste fornece informações acerca do funcionamento do coração, em forma de imagens. É utilizado contraste não iodado a base de microbolhas e administrados via endovenosa periférica, com o intuito de realçar o sangue dentro das cavidades e vasos sanguíneos do coração, fato que contribui para avaliação de fatores de risco para doenças coronárias (TRINDADE, 2013). Busca-se a utilização sempre de procedimentos que sejam mais confortáveis para o paciente, no entanto em alguns casos onde não foi possível um prognóstico concreto, faz-se necessário a utilização de procedimentos invasivos para verificar a presença de lesão cardíaca, assim como a gravidade da mesma. Por meio de cateterismo (também chamado de angiografia), são capturadas imagens do interior da artéria, podendo ser avaliado a extensão das placas ateroscleróticas e o nível de obstrução da artéria (REGIS, 2017). Os pacientes que sofreram IAM devem receber acompanhamento médico com avaliações frequentes do ritmo cardíaco, para observar e avaliar risco de reinfarto e caso necessário, encaminha-lo para cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Tal intervenção refere-se à reconstrução dos vasos cardíacos, com objetivo de preservar as funções do miocárdio e aliviar as dores causadas pela redução do fluxo sanguíneo para o coração (angina). Procedimento o qual pode ser realizadoutilizando ou não a circulação extracorpórea (CEC), podendo ser feita de forma eletiva ou emergencial (CANTERO, 2012; VIANA, 2019?). Deste modo: Quando um indivíduo apresenta uma doença aterosclerótica coronariana (DAC- dano ou doença nos principais vasos sanguíneos do coração) a cirurgia de revascularização miocárdica deve ser indicada, proporcionando ao paciente a desobstrução de uma ou mais artérias, reestabelecendo a oferta do fluxo sanguíneo ao corpo. Dessa forma serão utilizados enxertos do corpo do paciente, como veia safena, artéria mamaria ou artéria radial, para que seja feita essa reconstrução (VIANA, 2019?). A qualidade de vida pós-infarto agudo do miocárdio torna-se desafiante e o nível dos agravos dependerá do tempo percorrido desde o aparecimento dos primeiros sintomas, até o atendimento hospitalar. No geral, as limitações físicas restringem os movimentos mais simples e em casos de pacientes mais velhos, as dificuldades são ainda maiores, sendo necessário auxilio de outras pessoas para 14 realizar atividades habituais do dia a dia. Além disso, a utilização de medicamentos para controlar níveis de colesterol no sangue, pressão arterial e coagulação sanguínea, juntamente com as limitações do paciente, impacta e muito na qualidade de vida dos mesmos, podendo acarretar em isolamento social e depressão (VARGAS, 2017). É evidente que qualquer pessoa esteja apta ao desenvolvimento de uma SCA, no entanto alguns fatores podem influenciar, como por exemplo, obesidade, hipertensão arterial, consumo excessivo de álcool e tabagismo, estresse, sedentarismo, Diabetes mellitus (DM) e pré-disposição genética, ambos aumentam significativamente as chances de desencadear a doença (MATHIONI, 2016). Alias, segundo informações disponibilizadas pelo site oficial do Hospital Israelita Albert Einstein (2016), o Diabetes Mellitus pode aumentar de 2 a 4 vezes as chances de um infarto. Para garantir um diagnóstico e conduta médica mais eficaz, a dosagem laboratorial de enzimas e proteínas cardíacas é necessária, tais como: Dentre os testes laboratoriais mais utilizados na rotina para o diagnóstico de IAM estão, Creatinina fosfoquinase (CK), Creatina fosfoquinase fração MB (CK-MB), Lactato desidrogenase (LDH), Aspartato aminotransferase (TGO/AST), Mioglobina e Troponina. Ainda, atualmente faz parte da rotina laboratorial o pedido de exames utilizados como pré-marcadores de risco cardíaco como Homocisteína e PCR ultrassensível (JARROS; JUNIOR, 2014, p. 5-13). Entretanto, serão abordados no próximo capítulo os marcadores bioquímicos utilizados com maior frequência, sendo eles: Troponinas Cardíacas I e T (cTnI e cTnT) e a isoenzima MB da Creatinoquinase (CK-MB), ambas especificas para musculatura cardíaca, além da Mioglobina que mesmo não tendo nenhuma especificidade, também é bastante utilizada devido sua alta sensibilidade e rápida liberação na circulação após a ocorrência do dano cardíaco (BORGES, 2019). 15 3. MARCADORES BIOQUÍMICOS Os marcadores bioquímicos são substâncias (geralmente proteínas) encontradas no organismo e que, em situações de estresse e lesão tecidual, é secretado na circulação, o que leva ao aumento sérico da substancia. São extremamente necessários e contribuem para um prognóstico correto e eficiente, podendo identificar danos musculares e isquemia miocárdica logo nas primeiras horas após início de sintomas, auxiliando no diagnóstico e monitoramento da evolução da doença e/ou resposta ao tratamento estabelecido (BOUWMAN, 2014) (SANTOS; et al., 2021). A escolha de um biomarcador é feita geralmente levando em consideração sua sensibilidade e especificidade, no entanto para um marcador ser considerado realmente “ideal” é necessário apresentar determinadas características além destas já citadas, sendo elas: rápida liberação na circulação; tempo de elevação longo o suficiente para diagnósticos tardios; dosagem precisa e rápida para diagnósticos de urgência (menos de 60 minutos); não estar presente na corrente sanguínea de pessoas saudáveis e; não ser influenciado por danos em outros órgãos (BOUWMAN, 2014). Segundo Cantelle e Lanaro (2011) os marcadores são a expressão bioquímica da lesão das fibras cardíacas e, com o avanço da medicina e das técnicas laboratoriais, é possível detectar se um indivíduo sofreu um infarto em um período entre 2 e 72 horas após o incidente, favorecendo consideravelmente no tratamento do paciente. Atualmente, não a um marcador bioquímico que seja considerado 100% perfeito e ideal, não sendo possível sua utilização como único meio para diagnóstico, devendo ser utilizado em conjunto com pelo menos mais outro marcador e/ou ECG (OLIVEIRA; SANTOS; HOFFMANN, 2018?). Serão apresentados a seguir os três biomarcadores utilizados frequentemente para auxiliar no diagnóstico de IAM e, no capitulo que se sucede será feita uma análise comparativa entre tais marcadores, visando compreender melhor a diferença entre ambos, assim como seus pontos positivos e negativos e como isso pode interferir no diagnóstico e, por fim, será citada também a principal diferença que faz com que mulheres sejam acometidas mais gravemente pela doença. 16 3.1. TROPONINA As troponinas são proteínas reguladoras da contração muscular, estando presentes tanto no musculo esquelético quanto no musculo cardíaco (OLIVEIRA; SILVA, 2017?). São divididas em três subunidades com funções especificas: as troponinas T (ligadas a miosina (tropomiosina)), troponinas I (inibidoras da actina) e troponinas C (ligadas ao cálcio e reguladoras da contração muscular), sendo troponinas T e I especificas e comumente utilizadas na detecção do IAM enquanto a troponinas C não é utilizada para tal diagnóstico pois se eleva em danos não somente do musculo cardíaco, como também do musculo esquelético (CANTELLE; LANARO, 2011) Através de estudos e testes de imunoensaio utilizando anticorpos (imunocromatografia), a identificação e utilização das troponinas cardíacas foram evoluindo. Atualmente no mercado existem testes rápidos ultrassensíveis para detecção de troponina, capazes de detectar valores inferiores a 0,5 ng/ml, apresentando alta sensibilidade e especificidade, com percentual de 98,6% e 99,2% respectivamente (ROCHA, 2015), tornando a troponina um dos melhores marcadores para detecção do IAM, sendo um excelente marcador para avaliação de risco em pacientes admitidos com sintomas de dor torácica irradiada para membro superior esquerdo (LIMA; RODRIGUES, 2022). No entanto, como sua elevação se mantem constante por um longo período, não é possível sua utilização para diagnostico de reinfarto dentro deste espaço de tempo, fazendo-se necessário a utilização em conjunto com um marcador bioquímico diferente para correta identificação (OLIVEIRA; SANTOS, 2017?). A concentração sérica de cTnT e cTnI (troponinas de origem cardíaca) se eleva entre 3 a 8 horas, tendo seu pico 18 horas após a lesão miocárdica , sendo este fato decorrente da ruptura da membrana dos cardiomiócitos com consequente extravasamento das troponinas presentes no citoplasma, mantendo-se elevada por cerca de 10 a 14 dias devido a liberação lenta das troponinas ligadas a miofibrilas, sendo assim são consideradas biomarcadores padrão ouro na detecção de IAM, por serem altamente especificas e sensíveis, se mantendo constante por bastante tempo (ASSIS; GODOY; at.al, 2017)(LABTESTES, 2019). Estudos demonstram a efetividade da troponinas cardíaca na detecção do infarto agudo do miocárdio, possibilitando um melhor diagnóstico/prognóstico, no 17 entanto foi constatado que seus valores também se elevam em patologias não cardiovasculares, como no caso da falência renal, sepse e acidente vascular cerebral (AVC) (VAZ; GUIMARAES; DUTRA, 2022). A medição dos níveis de troponina pode ser feita utilizando imunodetecção por fluorescência,utilizando o soro, plasma ou sangue total, coletado via punção venosa em tubo contendo como anticoagulante a heparina, EDTA ou citrato de sódio, devendo a amostra ser refrigerada a 8°C por no máximo dois dias; ou por punção digital com utilização imediata da amostra coletada (INVITRO,2021). 3.2. ISOENZIMA CK-MB A Creatinoquinase (CK) é uma enzima que atua como catalisadora da fosforilação da creatina, fato onde ocorre a adição de um grupo fosfato, oriunda da adenosina trifosfato (ATP), dando origem a fosfocreatina (rico em energia). A mesma está diretamente associada ao sistema contrátil ou de transporte e, a cada ciclo de contração muscular, ocorre o consumo de ATP e posterior formação de adenosina difosfato (ADP) (LIMA, 2014). A creatinoquinase (CK) possui três isoformas, sendo elas: Sendo um dímero, é constituída de duas cadeias distintas, chamadas M e B, que podem se combinar de três formas, criando as chamadas isoenzimas da CK: CK-BB, CK-MM e CK-MB, sendo a CK-BB encontrada no cérebro, raramente presente no sangue; CK-MM no músculo esquelético e CK-MB presente em quantidades consideráveis no miocárdio, sendo um indicador específico da lesão miocárdica, particularmente de IAM (OLIVEIRA; SILVA, 2017?, p.8). Apesar de a CK-MB estar presente em abundancia no miocárdio, sua elevação não se dá somente por IAM podendo a mesma situação ser proveniente de outros problemas cardíacos, como taquicardia e insuficiência cardíaca, além de que cerca de 1 a 2% da isoforma também pode ser encontrada no musculo esquelético e no cérebro (ROCHA; SILVA, 2012). A dosagem total de CK tem baixa especificidade para lesão cardíaca, pois seus valores abrangem todas suas isoformas, podendo facilmente estar elevado por lesões no cérebro ou no musculo esquelético, sendo sua utilização recomendada somente um conjunto com sua isoforma (ROCHA; SILVA, 2012). Em caso de suspeita de danos ao miocárdio é recomendada a solicitação da mensuração de CK- 18 MB massa, que avalia a concentração da substância no sangue e não sua atividade, sendo assim: “CK-MB pode ser mensurada tanto por sua atividade sérica, por meio de testes bioquímicos (CK-MB atividade), quanto por sua concentração total (CK-MB massa), por meio de ensaios imunométricos. Enquanto a dosagem de CK-MB determina a atividade da enzima, o teste de CK-MB massa detecta sua concentração, independentemente de sua atividade, o que torna o CK-MB massa mais confiável que os testes de CK-MB atividade. Desta maneira, o CK-MB massa apresenta melhor sensibilidade analítica, pois detecta enzimas ativas e inativas (FREITAS, 2015).” A concentração e intensidade da elevação de CK-MB dependerá da extensão do tecido lesado, se elevando entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, atingindo seu pico cerca de 24 horas após a lesão muscular, retornando aos seus níveis normais entre 48 e 72 horas. A determinação dos níveis séricos é feita por imunoinibição, utilizando anticorpos anti-humano que inibem completamente o monômero M, porém não afetam o monômero B. Sendo assim, é inibida totalmente a atividade da isoenzima CK-MM (musculo esquelético) e parcialmente a atividade da CK-MB (miocárdio). No entanto, como a forma CK-BB (cérebro) raramente é encontrada na circulação sanguínea, a determinação da quantidade do monômero B torna-se especifica para a forma CK-MB (CANTELLE; LANARO, 2011). 3.3. MIOGLOBINA Trata-se de uma proteína da família das globinas, se ligam ao oxigênio e realizam o transporte do mesmo até a mitocôndria, fornecendo O2 para o processo de respiração celular, presente em abundância no citoplasma das células. Não possui especificidade para o musculo cardíaco, no entanto, devido ao seu baixo peso molecular é a primeira proteína a se elevar durante uma lesão ao miocárdio, fato que ocorre devido à destruição celular e consequente liberação de seus componentes citoplasmáticos (JARROS; JUNIOR, 2014). Sua elevação ocorre cerca de 1-2 horas após o início da injuria tecidual tendo seu pico cerca de 6 horas e se mantendo detectável por até 24 horas após o desenvolvimento do dano muscular. Não possui isoformas como no caso da troponina e é considerado um marcador precoce para identificação ou exclusão de lesões musculares (musculo cardíaco ou esquelético), devido sua rápida liberação 19 na circulação, podendo ser detectada logo no início dos sintomas clínicos do paciente (SABINO, 2017). A mioglobina circulante proveniente de morte celular natural (apoptose) é filtrada nos glomérulos renais e posteriormente liberada na urina, tornando evidente que seus valores se elevam devido a danos renais que danificam a filtração glomerular, podendo ocasionar um falso positivo para IAM, deixando claro que apesar de ser um excelente marcador, é inespecífico e não deve em hipótese alguma ser utilizado como único método para diagnostico de lesão miocárdica, devendo sempre ser utilizado em conjunto com outros marcadores como, por exemplo, a isoenzima CK-MB e/ou troponinas cardíacas (ALENCAR, 2018). A determinação da quantidade de mioglobina sérica pode ser feita por meio de testes sorológicos imunoenzimáticos, geralmente ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), baseado em reações antígeno-anticorpo (JARROS, 2014). Deve-se ser coletada a amostra para análise no método convencional de punção venosa, podendo ser utilizado o soro (coletado em tubo seco) ou o plasma (coletado em tubo com anticoagulante EDTA ou heparina) (FORMIGA, 2016). 20 4. ANÁLISE COMPARATIVA E INCIDENCIA/MORTALIDADE POR IAM Apesar de ser um marcador de necrose miocárdica, a troponina não é especifica para IAM devendo ser associada aos sintomas e alterações no ECG, além de que seus valores de referência ainda são incertos e o percentil 99º varia entres os testes disponíveis, ficando entre 0,04 ng/ml e 0.5 ng/ml. Sua sensibilidade gira em torno de 33% nas primeiras duas horas, 50% entre 2/4 horas e 75% entre 4/8 horas, chegando a quase 100% após 8 horas subsequentes ao início da dor torácica, enquanto que sua especificidade não varia de acordo com o tempo, mantendo-se entre 83% e 98%. As vantagens da dosagem de CK-MB massa está na redução do tempo de processamento de amostra e liberação dos resultados, com maior sensibilidade, possibilitando uma intervenção mais rápida, sendo seu valor de referência igual ou inferior a 5 mg/L. Sua sensibilidade é maior do que as cTn, girando em cerca de 58% nas primeiras horas, no entanto, sua especificidade reduz de 95% para 75% após 12 horas. A maior vantagem da mioglobina em relação aos outros marcadores é sua alta sensibilidade, aparecendo rapidamente na circulação, com valor de referência entre 10 e 92 mg/L, no entanto por ser um componente celular eliminado pelos rins, sua sensibilidade é reduzida após 12 horas, além de que sua especificidade é muito baixa, sendo esta sua maior desvantagem (BOUWMAN, 2014) (BORGES; JESUS; MOURA, 2016). A CK-MB é encontrada na corrente sanguínea de pessoas saudáveis, em quantidades muito baixas e, mesmo que a distribuição de concentração da CK seja predominante no musculo cardíaco, cerca de 2% se encontra no musculo esquelético, podendo se elevar em caso de danos na musculatura esquelética, uma vez que a substancia também está presente em pequenas concentrações no intestino, diafragma, útero e próstata. Sendo assim, apesar de ser mais especifica que a mioglobina, a CK-MB também se eleva em caso de danos em outros tecidos, o que ocasionalmente acarreta em falso positivo, sendo esta sua maior desvantagem, porém em contrapartida devido sua meia-vida curta, pode ser utilizada em caso de reinfarto, o que não seria possível no caso da troponina que, por sua vez, não é encontrada na circulação de pessoas saudáveis, reduzindo a quase zero as chances de ocorrer um resultado falso positivo (SOUZA, 2016) (BORGES; JESUS;MOURA, 2016) (NUNES; FIGUEIREDO, 2018). 21 A mioglobina e a CK-MB são consideradas marcadores precoce para triagem emergencial de lesão ao musculo cardíaco, por se localizarem no citoplasma celular, sua liberação é mais acelerada, porém devido ao peso molecular, a CK-MB demora mais para aparecer na circulação por ser mais pesada, enquanto que a mioglobina aparece mais rapidamente por ser mais leve, ou seja, ter baixo peso molecular (BOUWMAN, 2014). Como se sabe a mioglobina não possui especificidade com o tecido cardíaco, porém é capaz de possibilitar o descarte e/ou confirmação de qualquer tipo de dano muscular, contudo, este fato associado com os dados clínicos auxilia no processo de diagnóstico de infarto do miocárdio (SABINO, 2017). Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2021), caso a dosagem de troponina ultrassensível (capaz de detectar concentrações menores que a troponina convencional) esteja disponível, não há necessidade de ser solicitado nenhum outro marcador, entretanto no caso de a mesma não estar disponível, recomenda-se a dosagem de troponina convencional, e se não disponível, deve-se ser solicitado CK-MB massa. Sendo a recomendação ideal: Os marcadores devem ser medidos na admissão do paciente e repetidos pelo menos uma vez, 6 a 9 horas após (preferencialmente 9 a 12 horas após início dos sintomas), caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada. Paciente com risco baixo (clínica e ECG) e com biomarcadores normais devem ser encaminhados para teste ergométrico após 9 a 12 horas em observação (NICOLAU; FILHO; PETRIZ. et. al., 2021, p.192). Vale ressaltar que caso seja possível a mensuração por troponina ultrassensível, a mesma deve ter sua mensuração sérica feita no momento da admissão, sendo necessária sua reavaliação após 1 ou 2 horas após a primeira medição, diferentemente dos demais marcadores (NICOLAU; FILHO; PETRIZ. et al., 2021). Em estudo executado por LIMA e VISMARI em um Laboratório de Análises Clinicas de São Paulo, durante período de três meses (2014), foram analisados exames de troponina e CK-MB realizados por 1084 pacientes, entre outubro e dezembro (593 do sexo masculino e 491 do sexo feminino) sendo constatado que a CK-MB se apresentou alterada em 41,74% (homens) e 19,6% (mulheres) enquanto que a troponina se alterou em 30,97% (homens) e 17,3% (mulheres). Neste mesmo trabalho é discutido acerca da diferença sintomatológica e laboratorial entre homens e mulheres diante um IAM, as mulheres no geral são mais assintomáticas e apresentam menos alterações no ECG e menor elevação dos marcadores de danos 22 cardíacos, fato este que pode ser comprovado pelo percentual obtido diante as análises dos resultados durante o período pré-determinado. Segundo ROCHA (2015), baseando-se na comparação entre dosagens de marcadores cardíacos realizados por paciente com suspeita de IAM de ambos os sexos, no verão e inverno em laboratório do interior de São Paulo, foi constatado que houve aumento de cerca de 10% na mortalidade por IAM em épocas mais frias. Além disso, o estudo também constatou que a maior incidência de resultado positivo para os marcadores cardíacos fora oriunda de exames realizados por pacientes do sexo masculino, porem em contrapartida, o maior número de óbitos foi registrado em pacientes do sexo feminino. Segundo o autor, tal fato não tem razões devidamente esclarecidas, porém um dos fatores importantes é que as mulheres demoram mais do que os homens para buscar auxilio médico. Já em outro estudo realizado, foi mencionado que a presença do hormônio estrógeno nas mulheres evita o acumulo de LDL, devido sua função vasodilatadora, porem durando a menopausa a concentração deste hormônio é reduzida e, somada as características cardiovasculares diferente das dos homens (com artérias e veias mais finas), faz com que o acumulo de LDL com formação de placas ateroscleróticas seja mais grave em mulheres. Além disso, foi constatado que mulheres apresentam sintomatologia diferente dos homens, ocorrendo geralmente queimação no estomago, náuseas e dor nas costas (geralmente irradiada para a nuca), o que não leva a suspeitarem de problemas cardíacos e com isso demoram mais para procurar ajuda médica (ANNA; et al., 2021). 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como foi dito, está revisão teve como foco principal a exposição das características gerais do Infarto agudo do Miocárdio, assim como os biomarcadores mais frequentemente utilizados, desenvolvendo uma breve, porém clara comparação entre ambos e apontando seus aspectos favoráveis e desfavoráveis para tal diagnóstico, além de enfatizar a relevância dos mesmos para um tratamento mais rápido e eficiente. Ficou evidente a importância de se compreender a disfunção que acomete gravemente o tecido cardíaco, levando a danos sérios e irreversíveis, podendo em muitos casos acarretar em óbito do paciente. Nem sempre os sintomas são expressados e, quando ocorrem são em sua maioria inicialmente leves, dificultando o tratamento imediato logo após os primeiros sinais, levando ao aumento da taxa de mortalidade pela doença. Tais circunstancias demonstram o quanto faz-se necessário a utilização de meios para diagnóstico o mais precocemente possível, possibilitando a melhora do quadro clinico e diminuição considerável das sequelas decorrentes do IAM. Os marcadores bioquímicos são essenciais em todo o processo hospitalar, desde o recebimento (onde é feita triagem de risco) até o tratamento correto e posterior alta clínica do paciente. Mesmo não existindo um marcador com todos os critérios para ser considerado totalmente perfeito, todos os utilizados atualmente são importantes, mesmo com suas limitações. Os biomarcadores citados quando utilizados em conjunto são capazes de disponibilizar diagnóstico precoce ou tardio (mioglobina e troponina respectivamente) e identificar infartos recorrentes (CK-MB). Foi constatado que mesmo a incidência de IAM ser mais elevada em pacientes do sexo masculino a mortalidade pelo mesmo fator ocorre com maior frequência em pacientes do sexo feminino, os sintomas e características arteriais são diferentes em ambos os sexos, influenciando não somente no diagnóstico como também na recuperação, sendo as mulheres acometidas mais gravemente pela enfermidade. Deste modo, faz-se necessário a exploração de tais diferenças, com o intuito de reduzir a mortalidade de mulheres por IAM possibilitando o conhecimento das pessoas (especialmente de mulheres) sobre os possíveis sintomas controversos e não sugestivos da doença. 24 REFERÊNCIAS ALENCAR, Taynara An de. A influência dos marcadores de lesão cardíaca no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. 2018. 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