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TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 
O sistema tarifário de energia elétrica é um conjunto de normas e regulamentos que tem por finalidade 
estabelecer o valor monetário da eletricidade para as diferentes classes e subclasses de unidades 
consumidoras. O órgão regulamentador do sistema tarifário vigente é a Agência Nacional de Energia 
Elétrica – ANEEL, autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério das Minas e Energia – MME 
DEFINIÇÕES E CONCEITOS 
Para facilitar a compreensão dos conceitos e definições que virão a seguir, suponha a curva de carga apresentada 
pela Figura 4.1. Estas curvas representam as potências médias medidas em intervalos de 15 em 15 minutos de 
uma unidade consumidora. 
 
Energia Elétrica Ativa: É o uso da potência ativa durante qualquer intervalo de tempo, sua unidade usual 
é o quilowatt-hora (kWh). Uma outra definição é energia elétrica que realmente produz trabalho 
Energia Elétrica Reativa: É a energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos 
elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em 
quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh). 
Energia Elétrica Aparente: É aquela que a concessionária realmente fornece ao consumidor, expressa 
em quilovolt-ampère-hora (kvah). 
Demanda: É a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela 
parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo 
especificado. Assim, esta potência média, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo 
(kvar), respectivamente. Pode ser calculada, por exemplo, dividindo-se a energia elétrica absorvida pela 
carga em um certo intervalo de tempo ∆t, por este intervalo de tempo ∆t. Os medidores instalados no 
Brasil operam com intervalo de tempo ∆t = 15 minutos . 
Demanda Máxima: É a demanda de maior valor verificado durante um certo período (diário, mensal, 
anual etc.). Ver Figura 4.2. 
Demanda Média: É a relação entre a quantidade de energia elétrica (kWh) consumida durante certo 
período de tempo e o número de horas desse período. Ver Figura 4.2. 
 
Demanda Medida: É a maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no 
intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). 
Considerando um ciclo de faturamento de 30 dias, tem-se 720 horas e 2880 intervalos de 15 min. 
Demanda Contratada: É a demanda acertada via contrato pelo consumidor e a concessionária 
Fator de Carga: O Fator de Carga (FC) é a razão entre a demanda média (DMED) e a demanda máxima 
(DMAX) da unidade consumidora, ocorridas no mesmo intervalo de tempo (∆t) especificado. Obs: O FC 
pode ser calculado considerando um dia, uma semana, um mês, etc. 
 
Fator de Potência: O Fator de Potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a energia elétrica 
aparente (que é a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétrica ativa e reativa). 
Horários de Ponta: O horário de ponta (P) é o período definido pela distribuidora e composto por 3 (três) 
horas diárias consecutivas, compreendidas entre 17h e 22h; exceção feita aos sábados, domingos e dias 
de feriados. 
Horário Fora da Ponta: O horário fora de ponta (F) é o período composto pelo conjunto das horas diárias 
consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta. 
Estes horários são definidos pela concessionária em virtude, principalmente, da capacidade de 
fornecimento que a mesma apresenta 
Períodos Úmido: O período Úmido (U) corresponde ao período de 05 (cinco) ciclos de faturamento 
consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a 
abril do ano seguinte; é, geralmente, o período com mais chuva. 
Períodos Seco: O período Seco (S) corresponde ao período de 07 (sete) ciclos de faturamento 
consecutivos iniciando-se em maio e finalizando-se em novembro de cada ano; é, geralmente, o período 
com pouca chuva. 
Estes períodos guardam, normalmente, uma relação direta com os períodos onde ocorrem as variações 
de cheias dos reservatórios de água utilizados para a geração de energia elétrica. 
TENSÃO DE FORNECIMENTO 
 Os consumidores são divididos em dois grandes grupos, quanto á tensão de fornecimento: 
Grupo A: são os consumidores atendidos em alta tensão, acima de 2300 volts, como indústrias, 
shopping centers e alguns edifícios comerciais. 
Grupo B: unidades consumidoras atendidas em tensão abaixo de 2.300 volts. Em geral, estão nesta 
classe as residências, lojas, agências bancárias, pequenas oficinas, edifícios residenciais, grande parte 
dos edifícios comerciais e a maioria dos prédios públicos federais, uma vez que, na sua maioria são 
atendidos nas tensões de 127 ou 220 volts. 
FORMAÇÃO DO CUSTO INDUSTRIAL PARA O BRASIL 
 
No setor elétrico brasileiro existem dois ambientes de contratação de energia elétrica: 
 
- Ambiente de Contratação Livre (ACL): onde estão os consumidores LIVRES ou especiais, que podem 
escolher sua fornecedora entre comercializadoras e geradoras. Apesar de representarem quase 25% do 
consumo total de energia elétrica, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 
- CCEE1, apenas 0,4% dos consumidores industriais estão no mercado livre 
 
- Ambiente de Contratação Regulada (ACR): onde se encontram os chamados consumidores CATIVOS, 
que compram obrigatoriamente energia com a distribuidora concessionária local. Os dados também são 
disponibilizados de forma desagregada, possibilitando uma quebra do custo da energia elétrica em seus 
principais componentes (geração, transmissão e distribuição, encargos setoriais e perdas técnicas e não 
técnicas). Este estudo aborda apenas o mercado cativo (ACR). 
 
GRUPO A 
 Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 
kV, ou atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela 
a tarifação é binômia, ou seja, os consumidores são cobrados tanto pela energia que consomem, medida 
em quilowatt-hora (kWh) quanto pela potência contratada junto à distribuidora, medida em quilowatt 
(kW) e subdividido nos seguintes subgrupos: 
a) subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV; 
b) subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV; 
c) subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV; 
d) subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV; 
e) subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; e 
 f) subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema subterrâneo de 
distribuição. 
 
Critérios de Enquadramento 
 Os critérios de enquadramento na modalidade de tarifa convencional ou horossazonal aplicam-se às 
unidades consumidoras atendidas pelo Sistema Interligado Nacional – SIN conforme as condições 
apresentadas a seguir, estabelecidas na Resolução ANEEL no 414. 
I – na modalidade tarifária horossazonal azul, aquelas com tensão de fornecimento igual ou superior a 
69 kV; 
II - na modalidade tarifária horossazonal azul ou verde, de acordo com a opção do consumidor, aquelas 
com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada igual ou superior a 300 kW; e 
III - na modalidade tarifária convencional, ou horossazonal azul ou verde, de acordo com a opção do 
consumidor, aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada inferior a 300 
kW. 
A tarifa convencional é aplicada considerando-se o seguinte: 
I – para o grupo A: 
a) tarifa única de demanda de potência (kW); 
b) Tarifa única de consumo de energia (kWh). 
 
A tarifa horossazonal azul é aplicada considerando-se o seguinte: 
I – para a demanda de potência (kW): 
a. uma tarifa para horário de ponta (P); e 
b. uma tarifa para horário fora de ponta (F). 
II – para o consumo de energia (kWh): 
a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU); 
b. uma tarifa para horário forade ponta em período úmido (FU); 
c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e 
d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS). 
 
 A tarifa horossazonal verde é aplicada considerando-se o seguinte: 
I – para a demanda de potência (kW), uma tarifa única; e 
II – para o consumo de energia (kWh): 
a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU); 
b. uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU); 
c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e 
d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS). 
 
 
 
 
 
 
GRUPO B 
 Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, ou, 
ainda, as tarifas são monômias, o que significa que seus integrantes são cobrados apenas pela energia 
que consomem, medida em quilowatthora (kWh) independentemente da potência demandada e 
subdividido nos seguintes subgrupos: 
a. Subgrupo B1 – residencial 
- Residencial baixa renda; 
- Residencial baixa renda Indígena; 
- Residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência social; 
- Residencial baixa renda multifamiliar. 
 
b. Subgrupo B2 - rural; 
- agropecuária rural: instalações elétricas de poços de captação de água; serviço de 
bombeamento de água destinada à atividade de irrigação. 
- residencial rural; 
- cooperativa de eletrificação rural; 
- agroindustrial; 
- serviço público de irrigação rural; 
 
c. Subgrupo B3 - demais classes 
- Industrial, Comércio, Serviços e outras atividades, 
- Serviço Público, 
- Poder Público e 
- Consumo Próprio 
 
d. Subgrupo B4 - Iluminação Pública: 
- Redes de distribuição 
- Bulbo de lâmpadas 
 
 Bandeiras Tarifárias, que apresenta as seguintes modalidades: verde, amarela e vermelha – as 
mesmas cores dos semáforos – e indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser 
repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade. Cada 
modalidade apresenta as seguintes características: 
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo; 
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 
0,01463 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;( R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos) 
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 
0,04469 para cada quilowatt-hora kWh consumido. (R$ 4,50 a cada 100 kWh consumidos) 
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo 
de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido. (R$ 6,30 a cada 100 kWh consumidos) 
 
Tarifa Branca é uma nova opção tarifária para as unidades consumidoras atendidas em baixa tensão 
(127, 220, 380 ou 440 Volts), chamado de grupo B. 
Podem aderir à Tarifa Branca os consumidores das classes: 
- Residencial: denominada subgrupo B1; 
- Rural: denominada subgrupo B2; e 
- Industrial, Comércio, Serviços e outras atividades, Serviço Público, Poder Público e Consumo Próprio: 
denominada subgrupo B3. 
 
Essa tarifa não está disponível para os consumidores da subclasse Residencial Baixa Renda que recebem 
benefício tarifário. A Tarifa Branca também não se aplica para a Iluminação Pública (subgrupo B4). 
 
Diferente da modalidade Convencional, que tem um único valor de tarifa, a Tarifa Branca possui valores 
diferentes ao longo do dia. 
 
Nos dias úteis, temos 3 valores de tarifa, aplicados de acordo com os períodos (postos): 
- Ponta: tarifa mais elevada; 
- Intermediário: tarifa de valor intermediário; e 
- Fora Ponta: tarifa de valor menor. 
Nos fins de semana e feriados nacionais, o valor é sempre da tarifa Fora de Ponta. 
 
A Tarifa Fora de Ponta tem valor inferior ao valor da Tarifa Convencional. Isso faz com que a Tarifa Branca seja 
indicada para quem consegue concentrar seu consumo no período fora de ponta dos dias úteis e nos fins de 
semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ICMS: Cobrança e sua Aplicação 
 O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS incidente sobre o fornecimento de energia elétrica 
é um imposto onde as suas alíquotas são definidas em lei estadual. 
O ICMS é devido por todos os consumidores. O cálculo do ICMS é efetuado de forma onde o montante do imposto 
integra a sua própria base de cálculo (cálculo por dentro). 
 
 
Onde: 
F = Fornecimento 
X = Alíquota / 100 
 
 
 
 
MERCADO LIVRE 
Conceitos: 
- Até alguns anos atrás a geração, a transmissão, que compreende o transporte de energia das usinas 
até as concessionárias, a distribuição e a venda de energia elétrica eram feitas por empresas federais ou 
estaduais que detinham monopólio em todas as etapas do fornecimento de energia elétrica. 
- Desta forma, a partir do momento em que o cliente se instalava em determinada localidade, tudo o 
que envolvia energia elétrica estava submetido à legislação vigente, em que a concessionária conectava 
o cliente e não havia negociação de preços. 
- A legislação atual estabelece que uma unidade consumidora entendida como ponto de medição, que 
poderá optar por ser “livre” quando cumprir seu contrato de fornecimento vigente com a concessionária 
local e deverá atender a uma das condições abaixo: 
 *Ser atendido com tensão igual ou superior a 69 kV e ter demanda de, no mínimo, 3 MW 
 * Ter demanda de, no mínimo, 3 MW e ter sido ligado após 08 de Julho de 1995, 
independentemente da tensão de fornecimento 
 * Ter demanda de, no mínimo, 500 kW, com qualquer tensão de fornecimento, podendo comprar 
energia diretamente de "pequenas centrais hidrelétricas – PCHs" ou de outras fontes, tais como eólica, 
biomassa ou solar.

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