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Espaço não escolares e Gestão Educacional Passei direto

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2022 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 
2 RELA TO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS .................................................. 5 
3 ANALISE DO REGIME ESCOLAR ................................................................. 6 
4 ENTREVISTAS COM EQUIPE DIRETIVA ..................................................... 7 
5 OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA ............ 8 
6 OBSERVAÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA OU ADMINISTRATIVA ......... 9 
7 ELABORAÇÃO DE ATA DE REUNIÃO ESCOLAR ...................................... 10 
8 OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO ORIENTADOR/ SUPERVISOR OU 
PEDAGOGO DA ESCOLA ............................................................................. 11 
9 ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃ0 ........................... 12, 13, 14, 15, 16, 17 
1 O CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 18 
11 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ................................................................... 19 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÃFICAS ........................................ ........ ...... ..... 20 
5 OBSERVAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA SUPERVISÃO E DA 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA 
A supervisão escolar é composta por uma pedagoga com formação plena 
para o exercício da supervisão escolar que realiza as seguintes funções na 
Escola Municipal Professora Jallle Barbosa Calixto: 
•Analisara organização escolar em todos seus segmentos: Administrativo e 
Pedagôgico; 
- Mapear ações e planos de melhoria para a escola de acordo com o cenário 
encontrado; 
- Realizar reuniões junto a equipe gestora e docente para expor diretrizes para 
planejamento e replanejamento de ações; 
- Aprovar e razer se cumpnr o calendãrio escolar, 
- Aprovar os projetos da escola, realizando intervenções, quando necessário; 
- Acompanhar os casos de alunos que necessitam de atendimento 
especializado (inclusão); 
- Analisar e orientar na elaboração e andamento dos documentos principais da 
escola como: Plano Gestor, Proieto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica, 
Projetos Educacionais, Regime Escolar, entre outros. 
6 OBSERVAÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA OU ADMINISTRATIVA 
Na observação da reunião administrativa junto a secretaria escolar, foi 
analisado a importância da organização dos documentos dos alunos, da 
atualização de dados cadastrais e registros, das fichas individuais de alunos 
para controle de lrequência, entre outros. 
A equipe gestora tratou também de horários e escala de lérias de ( : 
luncionárlos. onde deixou em observánáa que a escola necessita de • 
atendimento durante os perlodos manhã e tarde a toda comunidade escolar. 
7 ELABORAÇÃO DE ATA DE REUNIÃO ESCOLAR 
Em observêncía em reunião de Conselho de Classe conduzida pela gestão 
da escola, a mesma ocorre em grupo de professores, onde cada um fala de 
sua sala de aula, expõe o andamento dos alunos de modo individual e, em 
caso de alunos com dificuldades de aprendizagem, ou outro problema, são 
feitos encaminhamentos e os pais são comunicados para que seja realizado 
um trabalho em parceria com a escola e se for o caso. junto a um especialista 
também. 
A ala de reunião escolar de Conselho de Classe é redigida pelo coordenador 
que durante o reuni5o foz os registros conforme o reohdode e os reoultodos 
educacionais apresentados pelos professores. 
A ata é assinada assim que o gestor dá por encerrada a reunião. 
8 OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO ORIENTADOR/ SUPERVISOR OU 
PEDAGOGO DA ESCOLA 
Observou se que a rotina da coordenadora pedagógica e também pedagoga 
da Escola Municipal Jalile Barbosa Callxto está ligada a equipe gestora e tod.os 
os membros da comunidade escolar havendo necessidade de discutir e 
elaborar algo em comum: um projeto, uma avaliação, um plano de atividades. 
A coordenadora pedagógica que também é a pedagoga da escola se reúne 
com a equipe docente para um trabalho conjunto e cada um expõe suas ideias, 
opíniões e reflexões sobre os temas abordados no cotidiano escolar. Hã grande 
vantagem em conduzir este trabalho de forma estruturada, tirando o máximo 
proveito do tempo e do esforço investido por cada participante na reunião. 
Uma opção é o trabalho em subgrupos em razão das diversas vantagens 
para a condução das atividades. Nestes subgrupos a comunicação Intensiva e 
direta ainda é possivel, pois, cada um pode participar do dialogo sentindo se a 
vontade em suas manifestações e opiniões. 
O objetivo maior de dividir se em subgrupos no momento do planejamento e 
replanejamento é que grupos menores chegam a um consenso pleno sem 
esgotar o assunto, delimitando a área na qual o grupo como um to<lo 
continuará coordenado. 
A supervisora visita a escola quinzenalmente, faz termo de visita, analisa 
todos os documentos da secretaria escolar e também os pedagógicos. Em 
segundo faz os apontamentos: 
Cumprimento do calendário escolar: 
Quadro de funcionários e fénas de cada um; 
Andamento e ajustes nos projetos pedagógicos da escola; 
Organização dos eventos a serem cumpridos; 
Encontros com os professores no ATPC. 
Conclui se então, que a partir da união destas ge.stões ligadas ao 
gerenciamento e o controle de qualidade são constituídas respostas as 
demandas sociais atuais formando um complexo de propostas inovadoras que 
façam da escola uma excelência em qualidade de ensino em todas as esferas 
de desenvolvimento que capacitem o individuo para a vida em sociedade. 
9 Plano de ação 
Descrição da situação problema Apresentação 
Contextualização da sit uação 
problema: 
Em determinado dia letivo na Escola 
municipal Professora Jalile Barbosa 
Callxto. escola de classe média 
baixa, no período matutino, a aluna 
foi agredida por um grupo de alunas 
do s• Ano, por querer participar de 
uma atividade de Educação Física 
onde a mesma, por não atender aos 
requisitos do grupo, sendo negra, 
tendo cabelos curtos e enrolados, 
que não combinariam com a 
apresentação no dia do espetáculo 
de ginástica rítmica, apanhou das 
colegas levando um violento chute. 
O professor de Educação Física, 
desesperado, sem saber como 
mediar a atenção interrompeu sua 
aula chamando a professora 
mediadora de conflitos. Em seguida, 
adentrou a sala dos professores e 
pediu ajuda para nõs professoras 
enquanto estávamos em momento 
de ATPC para ajuda lo a solucionar a 
situação, pois não sabia mais como 
lidar com esta sala de aula devido ao 
desrespeito com os demais colegas e 
pnncipalmente com casos de Bullying 
e Racismo. Propuséssemos a ajudar 
1 nosso colega e aos alunos por meio 
da elaboração de um projeto didático 
interdisciplinar que trabalhasse os 
Direitos Humanos e as Relações 
Étnico raciais, envolvendo os alunos 
do 5º Ano que são: ausência de 
valores; respeito ao próximo; 
conhecimento sobre Direitos 
Humanos; entre outros. Para que o 
projeto seja interdisciplinar ele 
deverá ser trabalhado em mais de 
uma disciplin.a. O projeto didático 
será denominado ·semeando o bem, 
você colhera também" serà um 
trabalho orientado pela Coordenação 
Pedagógica da Unidade Escolar, com 
o objetivo de mapear e planejar 
ações de intervenção tomando por 
base as fragilidades da turma do 5º 
Ano apôs ter sido realizado o 
diagnóstico da clientela com maior 
afinco. 
Analise do tema: 
Atrelando a situação vivenciada na 
Escola ao embasamento teórico que 
experimentamos nas leituras dos 
textos Direitos Humanos e Educação 
para as Relações Étnico raciais e o 
t.exto Racismo, Sexismo e 
Desigualdade no Brasil de Suell 
Carneiro, adentramos ainda mais na 
questão do desrespeito a diversidade 
cultural e aos Direitos Humanos e 
vimos o racismo ainda tão arraigado 
no Brasil em pleno século XXI. 
De acordo com Arroyo (2007) a 
realidade aponta que "( ... ) o sistema 
escolar esteja contaminando por 
estereótipos e preconceitos, 
sobretudo contra as culturas, 
religiosidades, memórias, identidades 
étnico raciais. e contra os grupos que 
as representam•. O combate a 
qualquer tipo de conjunto de açõese 
reRexões que contrariem os direitos 
humanos passa a ser, na sociedade 
contemporânea, responsabflidade da 
escola. 
Essa se deve ao fato de que os 
direitos humanos não são 
resoeitados rnem mesmo no seu 
artlgo 1 º, cujo texto afirma que 
"Todos os seres humanos nascem 
livres e iguais em dignidade e em 
direitos. Dotados de ra.zão e de 
consciência. devem agir uns para 
com outros em espirita de 
fraternidade" (ONU, 1948). 
Proposta de solução De acordo com Carneiro (2011) o 
racismo ê uma das formas de 
preconceito mais fortes no Brasil. 
"Uma das mais graves e, sobretudo, 
ê a que provoca maior dano para 
todos os envolvidos. O racismo 
rebaixa a humanidade de todos, de 
quem pratica e de que, é vitima. Ele 
produz uma falsa consciência em 
algumas pessoas de superioridade 
em relação a outros seres humanos". 
Diante deste triste cenário este 
Trabalho de Conclusão de Curso 
trará um Projeto de Intervenção com 
o intuito de fazer da escola um 
espaço onde todos se sintam bem 
em ali estar e viver, onde se possam 
compartílhar as diferentes 
experlencias culturais e sociais dos 
diferentes sujeitos que partlcipam da 
vida escolar, onde se faça valer a 
"diferença pela igualdade". 
A escola está inserida em uma 
comunidade Ouilombola, cujos 
alunos em sua grande maioria são 
negros e virnlos de familias carentes, 
não apenas de recursos financeiros. 
mas principalmente de afeto e 
conhecimento. 
É fato gue ainda hoje vivemos em 
U!Di! liQS.ii:dadi: ti!S.l!ila, Q QY!: faz 
com gue nossos alunos negros 
sejam tomados por sentimentos 
de..interioódade, .d.eixaruio..as.sim.. 
de se valorizarem e 
automaticam ente de resgeitat as 
diferenças, o gue reflete 
D!:Si!lllc'.il!D!:Dl!: Dil í!Ra!D!li~ggro, 
O Brasil nunca deu multa atenção 
para o povo Africano. O povo 
Africano nunca foi visto como algo no 
aual oudéssemos adaulrir 
Objetivos do plano de ação 
Abordaaem teõrico metodologia 
conhecimento, dividir, ou trocar 
ideias. No Brasil a culiura ficou 
marcada por se constituir como 
cultura branca, cristã e patriarcal. 
Desta forma, por multo tempo, se 
pensou e se defendeu que não havia 
mutto o que aprender com outros 
povos. Agora é chegando o momento 
de reconhecer tudo isso e construir 
novos parâmetros, novos modelos e 
novos paradigmas. O sistema 
educacional pode contribuir de forma 
muito positiva nesse processo. 
Nossas escolas ainda continuam 
sendo espaço de discriminação e 
preconceito. 
Diant.e dessa realidade, elaborou se 
este Projeto Didático, que será uma 
ferramenta a ser utilizada no 
combate a discriminação 
manifestada no cotidiano escolar 
através de gestos, comportamentos e 
palavras, além de auxiliar na 
alfabetização dos alunos de forma 
prazerosa e sistemâlica evitando 
com isso a evasão escolar desse 
nruno diante de acões racistas. 
Objetivo Geral: 
-Conscientizar os alunos sobre a 
importância do respeito dos direitos 
humanos. a cultura de diferentes 
grupos, contribuindo para a sua 
formação como cidadãos. 
Objetivos Específicos: 
-Respeitar a diversidade étnico racial 
no espaço escolar e na sociedade 
em geral; 
-Elevar a autoestlma do aluno negro, 
por meio de ações pedagógicas no 
cotidiano escolar; 
-Erradicar com problema da evasão 
escolar por ações racistas e 
discriminatõrias; 
1 ETAPA 1: Descrever no quadro -
atitudes que demonstrem as 
consequéncías da discriminação na 
escola para crianças negras e para 
crianças brancas. 
ETAPA2: Desenhe no quadrado uma 
charge demonstrando uma forma de 
preconceito racial na escola onde 
você estuda. 
ETAPA3: No desenho abaixo 
escreva uma frase sobre o 
preconceito racial. 
ETAPA4: Descreva no balão quais 
as caracteristicas que são 
associadas ao negro que você já 
ouviu falar (dizeres. piadas e outros) . 
o que você acha disso. concorda ou 
discorda por quê? (cada aluno pode 
falar. deixando o livre). 
ETAPAS: Cada um vai falar como se 
sentiu assistindo o vídeo. 
ETAPA6: Cada um vai se posicionar 
diante do que viu no vídeo. 
ETAPA7: Escreva uma frase sobre o 
preconceito racial. 
ETAPAS: Formar uma história em 
quadnnho :,obre o preconceito racial. 
ETAPAS: Apresentar aspectos da 
cultura negra como forma de 
promover o respeito. 
ETAPA 10: Atividades envolvendo 
música, dança e culinária. 
Escola, diversidade cultural e 
currículo 
Antes de entrar na especificidade da 
questão do negro. é importante fazer 
algumas considerações mais gerais, 
para localizar a discussão sobre 
currículo, educação e diversidade 
cultural no amplo e complexo 
contexto da experiência humana. É 
sabido que a educação é um 
processo construtivo da humanidade, 
por isso está presente em toda e 
qualquer sociedade. e que a 
escolarização, em especifico. é um 
dos recortes desse processo 
educativo mais amplo. Tanto nesse 
âmbito mais geral quanto na 
educação escolar, realizamos 
aprendizaaens de naturezas mais 
diversas e construimos diferentes 
representações e valores. É nesse 
processo marcado pela interação 
continua entre o ser humano e o 
meio que construimos o nosso 
conhecimento. (FERREIRA, 2003, 
p36) Sendo assim, tanto o 
desenvolvimento biológico quanto o 
dominio das práticas culturais 
existentes no nosso meio são 
imprescindiveis para a realização do 
aconteoer humano. Este, enquanto 
uma experiencia que atravessa toda 
sociedade e toda cultura, não se 
caracteriza somente pela unidade do 
gênero humano, mas, sobretudo, 
pela riqueza da sua diversidade. 
(SKLIAR. 1997, p26). Diversidades 
de costumes. de raças/etnias, de 
comportamentos. de expressões, de 
gostos, de cultura, de crenças ... E 
essa diversidade se manifesta na 
escola. O homem é produto de uma 
relação dialética com o meio, ou seja, 
constrói e é construido no contexto 
das relações com a natureza e com a 
vida social e, ao mesmo tempo, sofre 
interferências. (FERREIRA, 2003, 
p38). Ê nesse contexto que nós, 
seres humanos, lidamos com dilemas 
universais: o mistério da morte, a 
capacidade de fazer escolhas e, por 
conseguir, a possibilidade de errar. 
Nesse sentido, a caminhada da 
humanização pode ser entendida 
como o percurso da heteronomla 
para a autonomia, tanto do nível da 
história humana quanto do próprio 
individuo (FERREIRA, 2003, p39). 
Nessa caminhada, vão sendo 
desenvolvidas potencialidades e 
definindo nossas vidas. Ou seja, 
nada está dado, por mais que assim 
possa parecer aos nossos olhos. A 
luta contra toda e qualquer forma de 
naturalização e estigmatização das 
diferenças tomou se um dever da 
humanidade, pois as experiências 
humanas já vividas e as que 
assistimos nesse inicio do século XXI 
têm nos revelado que a intolerância. 
o racismo e a discriminação, ou seja, 
formas negativas de lidar com as 
diferenças poderão nos levar a 
intensos processos de 
desumanização (SKLIAR, 1997, 
p28). 
De acordo com Skiliar (1997) é nessa 
trama que a diversidade cultural vai 
sendo tecida e construída e é 
também no meio dessa trama que 
ela deveria ser compreendida pelos 
educadores e educadoras ao 
refletirem, avaliarem e colocarem em 
pràtica o currículo escolar. Não se 
trata de uma discussão partidària, 
militante ou de um modismo 
educacional (embora possa ser 
conduzida dessa forma por alguns); 
antes, é uma responsabilidade 
profissional e ética daqueles/as que 
se dispõe a atuar no campo da 
educação escolar. 
Não há como fugir dessa 
realidade. Pode até tentar fingir 
que "esse assunto não nos diz 
respeito", mas a diversidade 
cultural continuara presente: na 
vida, de cada um, na escola, na 
vida dos nossos alunos, nos seus 
costumes, comportamentos, 
estética, estilos musicais, na sua 
cultura e nas suas trajetórias de 
vida. (FERRREIRA, 2003, p37). 
FERREIRA (2003, p37) afirma que 
quanto mais se fingir que o trato 
pedagógico e éfico da diversidade 
não é uma tarefa da escola e dos 
educadores, mais conflitosas e 
delicadas se tomarão as relações 
entre o -eu· e o -outro· no inter1or das 
escolas e no dia a dia das salas de 
aulas. 
Apreender essa diversidade, conviver 
e enfrenta la parece ser um receioda 
pedagogia e da educação escolar. 
Por quê? Porque nós, 
professores/as, como profissionais, 
para lidar com a uniformidade e com 
a homoaeneidade se esconde atrás 
do discurso da igualdade, o qual 
sempre encontrou grande aceitação 
entre os docentes, de todos os 
segmentos: progressistas, 
conservadores, de diferentes crenças 
e posições ideológicas. (SILVA, 
2005, p23). 
Silva (2005) coloca que apesar de 
pare<:er familiar aos ouvidos, retoma 
se aqui o que jâ foi lido em outros 
artigos: o discurso da igualdade 
produzido na sociedade e, por 
conseguinte, na escola, possui 
diferentes interpretações ideológicas. 
Sendo assim. nunca é demais 
questionar. de que igualdade 
estamos fJ31ando? É a igualdade de 
direitos? E uma igualdade do ponto 
de vista religioso (somos todos Iguais 
perante Deus)? É a igualdade sendo 
usada como sinónimo de 
homogeneidade (um único 
tratamento dos processos de ensino 
aprendizagem)? Ao falarmos em 
igualdade, estamos considerando a 
diversidade? Afinal, o que está por 
trâs do discurso da igualdade 
presente na escola? E por que tanta 
ênfase na igualdade e tanto temor a 
diversidade? Parafraseando Skliar 
(1997), o discurso da igualdade que 
se perpetua no campo da educação 
não possibilita a aceitação do 
diverso. pois. na realidade, está 
apoiado numa visão etnocéntrica do 
homem e da humanidade. 
Diante dessa realidade exposta por 
Skllar (1997) reflete se uma profunda 
desigualdade social, não é de se 
estranhar que os docentes se sintam 
muito mais seduzidos pelo discurso 
de "uma educação igual para todos" 
do que pela "pedagogia da 
diversidade", pensando que, dessa 
forma, podem minimizar os 
agravantes advindos da 
desigualdade social. tornando a 
escola mais democrâtica. 
Porém, segundo Skllar (1997), a 
acelta,-J\o lnoênua do discurso da 
Recursos 
Considerações finais 
1 igualdade, sem o mínimo de reflexão 
e questionamento sobre a real 
situação educacional dos diferentes 
segmentos sociais e étnicos da 
população, pode incorrer em uma 
série de equívocos e confusões. 
A aceitação da diferença como 
exemplo da diversidade humana ê 
um dos caminhos para a construção 
de um verdadeiro processo educatívo 
(Skilíar, 1997). Sendo coerente com 
essa realidade. a nossa atuação 
pedagógica deve considerar que 
aqueles que participam do processo 
educativo se diferenciam quanto às 
formas de aprender, ás trajetórias de 
vida, ao sexo, a classe, a idade, a 
raça, a cultura, às crenças, etc. Se 
e~tamos de acordo que a escola 
ainda não conseguiu comtemplar 
pedagogicamente essa diversidade, 
cabe nós a tareia de repensar as 
práticas, os valores, os currículos e 
os conteúdos escolares a partir 
dessa realidade social, cultural e 
étnica tão diversa. 
Humanos 
Alunos, professores, coordenador 
pedagógico, gestor escolar, 
palestrante sobre o assunto, pais e 
toda comunidade escolar. 
Materiais 
Papel, vídeo. revistas, cartazes, 
canetas hidrográficas, EVA, cds, 
DVS, flip shart, data show. pendnve, 
entre outros. 
E preciso desconstruir as narrativas 
preferidas e dominantes, rompendo 
com a trama que liga esse tipo de 
narrativa com as formas dominantes 
de contar histórias, a produção de 
identidades e subjetividades sooais 
hegemónicas. É preciso abrir aos 
alunos/as múltiplas possibilidades de 
leitura da vida, de expressão cultural, 
formas de ser e viver, maneiras e 
1 
jeitos de sermos humanos. Para tal, 
a escola deve estar conectada com o 
mundo aue a cerca remoendo com 
1 preconceitos e paradigmas 
arraigados primando pela igualdade 
de direitos e o respeito a diversidade 
cultural e racial. 
preconceitos e paradigmas 
arraigados primando pela igualdade 
de direitos e o respeito a diversidade 
cultural e racial. 
A realização do estágio constitui uma experiência única, singular no sentido 
de que é a oportunidade de adquirir uma orientação que faz o aluno repensar o 
fazer pedagógico, ensejando possibilidades e experiências através do convívio 
com outros profissionais já experientes na atuação docente, através de uma 
visão realística e concreta do dia a dia da escola. 
Repensar a prática pedagógica e gestora na atualfdade e no cenário social 
brasileiro contemporaneo Implica em levar em conta as novas respostas 
proferidas pela escola diante da realidade sociocultural do país. Em diversas 
ações, o sistema escolar tem realizado importantes desafios elevando se a 
uma condição de espaço criador de condições que ensejam a socialização e a 
produção do conhecimento no relacionamento entre educadores e educandos 
por meio de experiências pedagógicas que veem os sujeitos sociais e culturais 
em determinados contextos. 
É necessário que posturas sejam repensadas, processos, estratégias e 
técnicas didáticas do fazer pedagógico dos professores, mas é fundamental 
que haja recuperação do papel que os mesmos assumem na tarefa de educar, 
ou seja, com relação às suas finalidades. 
Ainda, o professor e/ou gestor tem que assumir uma postura legitimamente 
crítica frente ao seu trabalho associando teoria e prática para realfzar a 
Idealização de conceitos e definir critérios para poder escolher as estratégias 
de ensino que se mostrem mais adequadas e condizentes à realidade onde ele 
atua e respeitando as limitações e o potencial de seus alunos, não perdendo de 
vista que ele é o mediador na relação do aluno com o conhecimento escolar. 
Por conta disso, a prática docente encontra se envolta com pressupostos 
que não apenas antecedem assim como superam os aspectos didáticos pré 
definidos. Por isso, ao final desta conclusão é importante traçar o projeto de 
formação almejado e quais são os objetivos pretendidos a partir de uma ação 
pedagógica. 
Finalmente, é importante redefinir os aspectos que embasam as teorias de 
ensino, de aprendizagem à luz dos pressupostos do homem e de 
conhecimento que legitima toda a pratica educativa. Por conta disso, o papel 
do professor é de verdadeiro compromisso com o ensino, a educação e 
principalmente com seus alunos e sua formação. ... ... 
ABRAMOVICH, Fanny. O professor não duvida! Duvida? São Paulo: Gente. 
1998. Batista. Rosa. A rotina no dia a dia da creche: entre o proposto e o 
vivido. Trabalho apresentado na reunião anual da ANPED, em outubro/2001. 
ALVES, N e GARCIA, R. L. A Invenção da escola a cada dia. Rio de Janeiro: 
DP&A, 2000. 
BEACH, R. E PEARSON, D. Changes in preS8fVice teachers percepcions of 
conflits and tenslons. Teaching and teacher Education, 14(3), 337-351, 1998. 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 5. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 1994. 
GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação, Porto Alegre: Artes 
Médicas Sul, 1999. 
MALDANER, O. A. A fonnação Inicial e continuada de professores: 
professores/pesquisadores; ljuí: UNIJUi, 2000. 
GENE, A. GIL, D. Três princípios básicos na fonnação do professor. Andicha 
Pedagógica, v. 18, 28-30, 1987. 
CANTO, E. L.e TITO, M. P. Abordagem do cotidiano: Volume único • 2 Grau. 
Editora Moderna: 
CARVALHO, A.M.P A influência das mudanças da legislação na formação dos 
professores: 300 horas de estágio supervisionado. Ciência e Educação, v.7, 
n.1, 113-122, 2001.

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