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RELATORIO ESTAGIO III GESTÃO EDUCACIONAL 2022

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO PEDAGOGIA LICENCIATURA
Taísa Silveira Torres
RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO III GESTÃO EDUCACIONAL EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES.
Passos, MG
2022
Taísa Silveira Torres
RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO III GESTÃO EDUCACIONAL EM ESPAÇOS ESCOLARES E NÃO ESCOLARES.
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Gestão Educacional em Espaços Escolares e não Escolares. 
Tutora: Camila Rodrigues Gonçalves Machado
Passos, MG
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS.................................................. 5
3 ANALISE DO REGIME ESCOLAR................................................................. 6
4 ENTREVISTAS COM EQUIPE DIRETIVA..................................................... 7
5 OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SUPERVISÃO DA ESCOLA............ 8
6 OBSERVAÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA OU ADMINISTRATIVA......... 9
7 ELABORAÇÃO DE ATA DE REUNIÃO ESCOLAR...................................... 10
8 OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO ORIENTADOR/ SUPERVISOR OU PEDAGOGO DA ESCOLA.............................................................................. 11
9 ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO...........................12, 13, 14, 15, 16, 17
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 18
11 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO................................................................... 19
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 20
1 INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem como objetivo informar a respeito das experiências, realizações e impressões através do estágio referente a disciplina de Estágio Educacional e Espaços escolares e não escolares a fim de elucidar a diferença entre a teoria e a prática. O relato de todos os episódios narrados e comentados a seguir busca a sistematização das aprendizagens obtidas na referida disciplina.
 O trabalho aborda ainda as análises do papel do pedagogo e seus possíveis campos de atuação, o relatório aborda a educação bem como suas definições e o papel social da prática pedagógica presente para além da docência e do ambiente escolar, refletindo sobre a atuação desse profissional em locais como hospitais, museus, empresas, presídios, meios de comunicação e outros ambientes em há projeto com foco educativo. Este relatório apresenta as análises do papel do pedagogo feitas a partir de material como vídeos e leituras diversas. O pedagogo desempenha papel de orientador e supervisor dentro da instituição seja ela escola, hospitais, empresas, presídios e etc. O texto aborda ainda a educação formal, não formal e a informal.
 Os resultados do plano de trabalho ocorreram com êxito cumprindo o que foi estabelecido na observação e participação junto aos moldes de estágio em Gestão Escolar. Realizaram se as seguintes atividades: Visita a escola, com a carta de apresentação, Análise do Regimento Escolar com destaque para as atribuições do Corpo Diretivo e elaboração de texto referente a analise, Entrevistas com a equipe, Diretora, Coordenadora Pedagógica e Secretária, elaboração de texto referente às entrevistas, Observação da organização e supervisão da escola, Elaboração de ata do que foi discutido na reunião e quais foram os encaminhamentos, Observação da rotina da Supervisora/ Orientadora ou Pedagoga da escola, Apresentação do plano de ação com vistas ao combate ao racismo e evasão escolar.
2 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
 As leituras obrigatórias surgem como base de recomendações de escolas, por julgarem que determinado conteúdo contém requisitos necessários pra formação de alunos.
 O que faz que muitas escolas sugiram livros e paradidáticos de leitura obrigatória, que os professores deverão trabalhar com seus alunos.
 Esses materiais são disponibilizados de acordo com o avanço educacional dos alunos, bem como, suas respectivas faixas etárias.
 
3 ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR
 Com relação ao Regimento Escolar este deve ser implementado e sofrer atualizações sempre em observância da legislação vigente, garantindo de forma legal a participação dos mais variados segmentos representativos da Escola, é preciso que ele seja pautado pelo assessoramento do Serviço de Inspeção Escolar e também das Equipes Pedagógicas na esfera Central e Regional, posteriormente deve ser submetido à apreciação e aprovação do Colegiado da Escola, implementado e amplamente divulgado no contexto da comunidade escolar.
 O objetivo primordial do Regimento Escolar é promover a regulamentação e o funcionamento das Escolas. O Regimento implica numa espécie de constituição interna da instituição de ensino. Constitui a expressão formal da organização escolar, assegurando a regularidade legal dos atos escolares e tendo como resultante a autoridade da vida escolar.
 Com relação ao Regimento Escolar da Escola Municipal Professora Jalile Barbosa Calixto o mesmo se encontra atualizado e corretamente homologado a disposição da Supervisão Escolar.
4 ENTREVISTA COM EQUIPE DIRETIVA
 Em entrevista com a equipe diretiva constatou se que muitas vezes o trabalho da equipe gestora pode ser muito burocrático e pode encontrar muitas barreiras para que possa se desenvolver plenamente. A entrevista foi uma experiência única, e ao fim de tudo muito positiva que permitiu refletir e repensar o trabalho do gestor e do coordenador pedagógico frente à escola, desenvolvendo um trabalho voltado para interação e reflexão, embasados no diálogo frequente entre professores e corpo gestor que devem sempre acontecer nas reuniões pedagógicas.
 Com base nesses pressupostos, a tarefa do gestor escolar deve ser ativa e reflexiva, construindo se sobre a interação e o diálogo com os envolvidos, principalmente a administração acadêmica, educadores e educandos, para que a pratica educacional institucional mude e o ensino se qualifique.
 Em entrevista com a coordenadora pedagógica a mesma afirmou que as ações educacionais da escola estão alinhadas ao Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, de modo a primar pela educação de qualidade objetivando o desenvolvimento da criança em sua totalidade. A coordenadora afirmou que os professores se reúnem duas vezes por semana para atividades pedagógicas, onde são discutidos os melhores encaminhamentos a serem realizados junto aos alunos, assim como planejamento das atividades semanais.
 A coordenadora destacou que as reuniões são feitas em agrupamentos produtivos em 4 horas semanais, divididas em dois dias da semana.
 A coordenadora afirmou que os professores devem ter sempre em mente a necessidade de inovar educacionalmente principalmente em escolas e instituições como forma de melhorar a qualidade do ensino e aprimorar os processos e procedimentos educativos constitui se um processo contínuo. Uma vez que uma iniciativa de sucesso serve de inspiração e incentivo para realização de um novo projeto sempre visando a qualidade educacional e novas oportunidades para os alunos.
5 OBSERVAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA SUPERVISÃO E DA ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
 A supervisão escolar é composta por uma pedagoga com formação plena para o exercício da supervisão escolar que realiza as seguintes funções na Escola Municipal Professora Jalile Barbosa Calixto:
- Analisar a organização escolar em todos seus segmentos: Administrativo e Pedagógico;
- Mapear ações e planos de melhoria para a escola de acordo com o cenário encontrado;
- Realizar reuniões junto a equipe gestora e docente para expor diretrizes para planejamento e replanejamento de ações;
- Aprovar e fazer se cumprir o calendário escolar;
- Aprovar os projetos da escola, realizando intervenções, quando necessário;
- Acompanharos casos de alunos que necessitam de atendimento especializado (inclusão);
- Analisar e orientar na elaboração e andamento dos documentos principais da escola como: Plano Gestor, Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica, Projetos Educacionais, Regime Escolar, entre outros.
6 OBSERVAÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA OU ADMINISTRATIVA
 Na observação da reunião administrativa junto a secretaria escolar, foi analisado a importância da organização dos documentos dos alunos, da atualização de dados cadastrais e registros, das fichas individuais de alunos para controle de frequência, entre outros.
 A equipe gestora tratou também de horários e escala de férias de funcionários, onde deixou em observância que a escola necessita de atendimento durante os períodos manhã e tarde a toda comunidade escolar.
7 ELABORAÇÃO DE ATA DE REUNIÃO ESCOLAR
 Em observância em reunião de Conselho de Classe conduzida pela gestão da escola, a mesma ocorre em grupo de professores, onde cada um fala de sua sala de aula, expõe o andamento dos alunos de modo individual e, em caso de alunos com dificuldades de aprendizagem, ou outro problema, são feitos encaminhamentos e os pais são comunicados para que seja realizado um trabalho em parceria com a escola e se for o caso, junto a um especialista também.
 A ata de reunião escolar de Conselho de Classe é redigida pelo coordenador que durante a reunião faz os registros conforme a realidade e os resultados educacionais apresentados pelos professores. 
 A ata é assinada assim que o gestor dá por encerrada a reunião.
8 OBSERVAÇÃO DA ROTINA DO ORIENTADOR/ SUPERVISOR OU PEDAGOGO DA ESCOLA
 Observou se que a rotina da coordenadora pedagógica e também pedagoga da Escola Municipal Jalile Barbosa Calixto está ligada a equipe gestora e todos os membros da comunidade escolar havendo necessidade de discutir e elaborar algo em comum: um projeto, uma avaliação, um plano de atividades.
 A coordenadora pedagógica que também é a pedagoga da escola se reúne com a equipe docente para um trabalho conjunto e cada um expõe suas ideias, opiniões e reflexões sobre os temas abordados no cotidiano escolar. Há grande vantagem em conduzir este trabalho de forma estruturada, tirando o máximo proveito do tempo e do esforço investido por cada participante na reunião.
 Uma opção é o trabalho em subgrupos em razão das diversas vantagens para a condução das atividades. Nestes subgrupos a comunicação intensiva e direta ainda é possível, pois, cada um pode participar do dialogo sentindo se a vontade em suas manifestações e opiniões.
 O objetivo maior de dividir se em subgrupos no momento do planejamento e replanejamento é que grupos menores chegam a um consenso pleno sem esgotar o assunto, delimitando a área na qual o grupo como um todo continuará coordenado.
 A supervisora visita a escola quinzenalmente, faz termo de visita, analisa todos os documentos da secretaria escolar e também os pedagógicos. Em segundo faz os apontamentos:
· Cumprimento do calendário escolar;
· Quadro de funcionários e férias de cada um;
· Andamento e ajustes nos projetos pedagógicos da escola;
· Organização dos eventos a serem cumpridos;
· Encontros com os professores no ATPC.
 Conclui se então, que a partir da união destas gestões ligadas ao gerenciamento e o controle de qualidade são constituídas respostas as demandas sociais atuais formando um complexo de propostas inovadoras que façam da escola uma excelência em qualidade de ensino em todas as esferas de desenvolvimento que capacitem o indivíduo para a vida em sociedade.
9 Plano de ação
	Descrição da situação problema
	Apresentação 
Contextualização da situação problema:
Em determinado dia letivo na Escola municipal Professora Jalile Barbosa Calixto, escola de classe média baixa, no período matutino, a aluna foi agredida por um grupo de alunas do 5° Ano, por querer participar de uma atividade de Educação Física onde a mesma, por não atender aos requisitos do grupo, sendo negra, tendo cabelos curtos e enrolados, que não combinariam com a apresentação no dia do espetáculo de ginástica rítmica, apanhou das colegas levando um violento chute.
 O professor de Educação Física, desesperado, sem saber como mediar a atenção interrompeu sua aula chamando a professora mediadora de conflitos. Em seguida, adentrou a sala dos professores e pediu ajuda para nós professoras enquanto estávamos em momento de ATPC para ajuda lo a solucionar a situação, pois não sabia mais como lidar com esta sala de aula devido ao desrespeito com os demais colegas e principalmente com casos de Bullying e Racismo. Propuséssemos a ajudar
 
	 
	nosso colega e aos alunos por meio da elaboração de um projeto didático interdisciplinar que trabalhasse os Direitos Humanos e as Relações Étnico raciais, envolvendo os alunos do 5° Ano que são: ausência de valores; respeito ao próximo; conhecimento sobre Direitos Humanos; entre outros. Para que o projeto seja interdisciplinar ele deverá ser trabalhado em mais de uma disciplina. O projeto didático será denominado “Semeando o bem, você colherá também” será um trabalho orientado pela Coordenação Pedagógica da Unidade Escolar, com o objetivo de mapear e planejar ações de intervenção tomando por base as fragilidades da turma do 5° Ano após ter sido realizado o diagnóstico da clientela com maior afinco.
Analise do tema: 
Atrelando a situação vivenciada na Escola ao embasamento teórico que experimentamos nas leituras dos textos Direitos Humanos e Educação para as Relações Étnico raciais e o texto Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil de Sueli Carneiro, adentramos ainda mais na questão do desrespeito a diversidade cultural e aos Direitos Humanos e vimos o racismo ainda tão arraigado no Brasil em pleno século XXI. 
De acordo com Arroyo (2007) a realidade aponta que “(...) o sistema escolar esteja contaminando por estereótipos e preconceitos, sobretudo contra as culturas, religiosidades, memórias, identidades étnico raciais e contra os grupos que as representam”. O combate a qualquer tipo de conjunto de ações e reflexões que contrariem os direitos humanos passa a ser, na sociedade contemporânea, responsabilidade da escola. 
Essa se deve ao fato de que os direitos humanos não são respeitados nem mesmo no seu artigo 1°, cujo texto afirma que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com outros em espirito de fraternidade” (ONU, 1948). 
 
	Proposta de solução 
	De acordo com Carneiro (2011) o racismo é uma das formas de preconceito mais fortes no Brasil. “Uma das mais graves e, sobretudo, é a que provoca maior dano para todos os envolvidos. O racismo rebaixa a humanidade de todos, de quem pratica e de que, é vítima. Ele produz uma falsa consciência em algumas pessoas de superioridade em relação a outros seres humanos”.
Diante deste triste cenário este Trabalho de Conclusão de Curso trará um Projeto de Intervenção com o intuito de fazer da escola um espaço onde todos se sintam bem em ali estar e viver, onde se possam compartilhar as diferentes experiencias culturais e sociais dos diferentes sujeitos que participam da vida escolar, onde se faça valer a “diferença pela igualdade”.
 A escola está inserida em uma comunidade Quilombola, cujos alunos em sua grande maioria são negros e vindos de famílias carentes, não apenas de recursos financeiros, mas principalmente de afeto e conhecimento. 
É fato que ainda hoje vivemos em uma sociedade racista, o que faz com que nossos alunos negros sejam tomados por sentimentos de inferioridade, deixando assim de se valorizarem e automaticamente de respeitar as diferenças, o que reflete negativamente na aprendizagem. 
O Brasil nunca deu muita atenção para o povo Africano. O povo Africano nunca foi visto como algo no qual pudéssemos adquirir conhecimento, dividir, ou trocar ideias. No Brasil a cultura ficou marcada por se constituir como cultura branca, cristã e patriarcal.Desta forma, por muito tempo, se pensou e se defendeu que não havia muito o que aprender com outros povos. Agora é chegando o momento de reconhecer tudo isso e construir novos parâmetros, novos modelos e novos paradigmas. O sistema educacional pode contribuir de forma muito positiva nesse processo. Nossas escolas ainda continuam sendo espaço de discriminação e preconceito. 
Diante dessa realidade, elaborou se este Projeto Didático, que será uma ferramenta a ser utilizada no combate a discriminação manifestada no cotidiano escolar através de gestos, comportamentos e palavras, além de auxiliar na alfabetização dos alunos de forma prazerosa e sistemática evitando com isso a evasão escolar desse grupo diante de ações racistas. 
 
	Objetivos do plano de ação
	Objetivo Geral:
-Conscientizar os alunos sobre a importância do respeito dos direitos humanos, a cultura de diferentes grupos, contribuindo para a sua formação como cidadãos.
Objetivos Específicos:
-Respeitar a diversidade étnico racial no espaço escolar e na sociedade em geral;
-Elevar a autoestima do aluno negro, por meio de ações pedagógicas no cotidiano escolar;
-Erradicar com problema da evasão escolar por ações racistas e discriminatórias; 
	Abordagem teórico metodologia
	ETAPA1: Descrever no quadro atitudes que demonstrem as consequências da discriminação na escola para crianças negras e para crianças brancas.
ETAPA2: Desenhe no quadrado uma charge demonstrando uma forma de preconceito racial na escola onde você estuda.
ETAPA3: No desenho abaixo escreva uma frase sobre o preconceito racial.
ETAPA4: Descreva no balão quais as características que são associadas ao negro que você já ouviu falar (dizeres, piadas e outros), o que você acha disso, concorda ou discorda por quê? (cada aluno pode falar, deixando o livre).
ETAPA5: Cada um vai falar como se sentiu assistindo o vídeo.
ETAPA6: Cada um vai se posicionar diante do que viu no vídeo.
ETAPA7: Escreva uma frase sobre o preconceito racial.
ETAPA8: Formar uma história em quadrinho sobre o preconceito racial.
ETAPA9: Apresentar aspectos da cultura negra como forma de promover o respeito.
ETAPA10: Atividades envolvendo música, dança e culinária.
Escola, diversidade cultural e currículo
Antes de entrar na especificidade da questão do negro, é importante fazer algumas considerações mais gerais, para localizar a discussão sobre currículo, educação e diversidade cultural no amplo e complexo contexto da experiência humana. É sabido que a educação é um processo construtivo da humanidade, por isso está presente em toda e qualquer sociedade, e que a escolarização, em específico, é um dos recortes desse processo educativo mais amplo. Tanto nesse âmbito mais geral quanto na educação escolar, realizamos aprendizagens de naturezas mais diversas e construímos diferentes representações e valores. É nesse processo marcado pela interação contínua entre o ser humano e o meio que construímos o nosso conhecimento. (FERREIRA, 2003, p36) Sendo assim, tanto o desenvolvimento biológico quanto o domínio das práticas culturais existentes no nosso meio são imprescindíveis para a realização do acontecer humano. Este, enquanto uma experiencia que atravessa toda sociedade e toda cultura, não se caracteriza somente pela unidade do gênero humano, mas, sobretudo, pela riqueza da sua diversidade. (SKLIAR, 1997, p28). Diversidades de costumes, de raças/etnias, de comportamentos, de expressões, de gostos, de cultura, de crenças... E essa diversidade se manifesta na escola. O homem é produto de uma relação dialética com o meio, ou seja, constrói e é construído no contexto das relações com a natureza e com a vida social e, ao mesmo tempo, sofre interferências. (FERREIRA, 2003, p38). É nesse contexto que nós, seres humanos, lidamos com dilemas universais: o mistério da morte, a capacidade de fazer escolhas e, por conseguir, a possibilidade de errar. Nesse sentido, a caminhada da humanização pode ser entendida como o percurso da heteronomia para a autonomia, tanto do nível da história humana quanto do próprio indivíduo (FERREIRA, 2003, p39).
Nessa caminhada, vão sendo desenvolvidas potencialidades e definindo nossas vidas. Ou seja, nada está dado, por mais que assim possa parecer aos nossos olhos. A luta contra toda e qualquer forma de naturalização e estigmatização das diferenças tornou se um dever da humanidade, pois as experiências humanas já vividas e as que assistimos nesse início do século XXI têm nos revelado que a intolerância, o racismo e a discriminação, ou seja, formas negativas de lidar com as diferenças poderão nos levar a intensos processos de desumanização (SKLIAR, 1997, p28). 
De acordo com Skiliar (1997) é nessa trama que a diversidade cultural vai sendo tecida e construída e é também no meio dessa trama que ela deveria ser compreendida pelos educadores e educadoras ao refletirem, avaliarem e colocarem em prática o currículo escolar. Não se trata de uma discussão partidária, militante ou de um modismo educacional (embora possa ser conduzida dessa forma por alguns); antes, é uma responsabilidade profissional e ética daqueles/as que se dispõe a atuar no campo da educação escolar.
Não há como fugir dessa realidade. Pode até tentar fingir que “esse assunto não nos diz respeito”, mas a diversidade cultural continuará presente: na vida, de cada um, na escola, na vida dos nossos alunos, nos seus costumes, comportamentos, estética, estilos musicais, na sua cultura e nas suas trajetórias de vida. (FERRREIRA, 2003, p37).
FERREIRA (2003, p37) afirma que quanto mais se fingir que o trato pedagógico e ético da diversidade não é uma tarefa da escola e dos educadores, mais conflitosas e delicadas se tornarão as relações entre o “eu” e o “outro” no interior das escolas e no dia a dia das salas de aulas.
Apreender essa diversidade, conviver e enfrenta la parece ser um receio da pedagogia e da educação escolar. Por quê? Porque nós, professores/as, como profissionais, para lidar com a uniformidade e com a homogeneidade se esconde atrás do discurso da igualdade, o qual sempre encontrou grande aceitação entre os docentes, de todos os segmentos: progressistas, conservadores, de diferentes crenças e posições ideológicas. (SILVA, 2005, p23). 
Silva (2005) coloca que apesar de parecer familiar aos ouvidos, retoma se aqui o que já foi lido em outros artigos: o discurso da igualdade produzido na sociedade e, por conseguinte, na escola, possui diferentes interpretações ideológicas. Sendo assim, nunca é demais questionar: de que igualdade estamos falando? É a igualdade de direitos? É uma igualdade do ponto de vista religioso (somos todos iguais perante Deus)? É a igualdade sendo usada como sinônimo de homogeneidade (um único tratamento dos processos de ensino aprendizagem)? Ao falarmos em igualdade, estamos considerando a diversidade? Afinal, o que está por trás do discurso da igualdade presente na escola? E por que tanta ênfase na igualdade e tanto temor a diversidade? Parafraseando Skliar (1997), o discurso da igualdade que se perpetua no campo da educação não possibilita a aceitação do diverso, pois, na realidade, está apoiado numa visão etnocêntrica do homem e da humanidade.
Diante dessa realidade exposta por Skliar (1997) reflete se uma profunda desigualdade social, não é de se estranhar que os docentes se sintam muito mais seduzidos pelo discurso de “uma educação igual para todos” do que pela “pedagogia da diversidade”, pensando que, dessa forma, podem minimizar os agravantes advindos da desigualdade social, tornando a escola mais democrática. 
Porém, segundo Skliar (1997), a aceitação ingênua do discurso da igualdade, sem o mínimo de reflexão e questionamento sobre a real situação educacional dos diferentes segmentos sociais e étnicos da população, pode incorrer em uma série de equívocos e confusões.
A aceitação da diferença como exemplo da diversidade humana é um dos caminhos para a construção de um verdadeiro processo educativo (Skiliar, 1997). Sendo coerente com essa realidade, a nossa atuação pedagógica deve considerarque aqueles que participam do processo educativo se diferenciam quanto às formas de aprender, às trajetórias de vida, ao sexo, a classe, a idade, a raça, a cultura, às crenças, etc. Se estamos de acordo que a escola ainda não conseguiu comtemplar pedagogicamente essa diversidade, cabe nós a tarefa de repensar as práticas, os valores, os currículos e os conteúdos escolares a partir dessa realidade social, cultural e étnica tão diversa.
	Recursos
	Humanos
Alunos, professores, coordenador pedagógico, gestor escolar, palestrante sobre o assunto, pais e toda comunidade escolar.
Materiais
Papel, vídeo, revistas, cartazes, canetas hidrográficas, EVA, cds, DVS, flip shart, data show, pendrive, entre outros.
	Considerações finais
	É preciso desconstruir as narrativas preferidas e dominantes, rompendo com a trama que liga esse tipo de narrativa com as formas dominantes de contar histórias, a produção de identidades e subjetividades sociais hegemônicas. É preciso abrir aos alunos/as múltiplas possibilidades de leitura da vida, de expressão cultural, formas de ser e viver, maneiras e jeitos de sermos humanos. Para tal, a escola deve estar conectada com o mundo que a cerca rompendo com preconceitos e paradigmas arraigados primando pela igualdade de direitos e o respeito a diversidade cultural e racial.
10 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A realização do estágio constituí uma experiência única, singular no sentido de que é a oportunidade de adquirir uma orientação que faz o aluno repensar o fazer pedagógico, ensejando possibilidades e experiências através do convívio com outros profissionais já experientes na atuação docente, através de uma visão realística e concreta do dia a dia da escola.
 Repensar a prática pedagógica e gestora na atualidade e no cenário social brasileiro contemporâneo implica em levar em conta as novas respostas proferidas pela escola diante da realidade sociocultural do país. Em diversas ações, o sistema escolar tem realizado importantes desafios elevando se a uma condição de espaço criador de condições que ensejam a socialização e a produção do conhecimento no relacionamento entre educadores e educandos por meio de experiências pedagógicas que veem os sujeitos sociais e culturais em determinados contextos.
 É necessário que posturas sejam repensadas, processos, estratégias e técnicas didáticas do fazer pedagógico dos professores, mas é fundamental que haja recuperação do papel que os mesmos assumem na tarefa de educar, ou seja, com relação às suas finalidades.
 Ainda, o professor e/ou gestor tem que assumir uma postura legitimamente crítica frente ao seu trabalho associando teoria e prática para realizar a idealização de conceitos e definir critérios para poder escolher as estratégias de ensino que se mostrem mais adequadas e condizentes à realidade onde ele atua e respeitando as limitações e o potencial de seus alunos, não perdendo de vista que ele é o mediador na relação do aluno com o conhecimento escolar.
 Por conta disso, a prática docente encontra se envolta com pressupostos que não apenas antecedem assim como superam os aspectos didáticos pré definidos. Por isso, ao final desta conclusão é importante traçar o projeto de formação almejado e quais são os objetivos pretendidos a partir de uma ação pedagógica.
 Finalmente, é importante redefinir os aspectos que embasam as teorias de ensino, de aprendizagem à luz dos pressupostos do homem e de conhecimento que legitima toda a pratica educativa. Por conta disso, o papel do professor é de verdadeiro compromisso com o ensino, a educação e principalmente com seus alunos e sua formação.
 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVICH, Fanny. O professor não duvida! Duvida? São Paulo: Gente, 1998. Batista, Rosa. A rotina no dia a dia da creche: entre o proposto e o vivido. Trabalho apresentado na reunião anual da ANPED, em outubro/2001.
ALVES, N e GARCIA, R. L. A invenção da escola a cada dia. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
BEACH, R. E PEARSON, D. Changes in preservice teachers percepcions of conflits and tensions. Teaching and teacher Education, 14(3), 337-351, 1998. 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores: professores/pesquisadores; Ijuí: UNIJUÍ, 2000.
GENE, A. GIL, D. Três princípios básicos na formação do professor. Andicha Pedagógica, v. 18, 28-30, 1987.
CANTO, E. L.e TITO, M. P. Abordagem do cotidiano: Volume Único - 2 Grau.
Editora Moderna:
CARVALHO, A.M.P A influência das mudanças da legislação na formação dos professores: 300 horas de estágio supervisionado. Ciência e Educação, v.7, n.1, 113-122, 2001.

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