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Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 1 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 1 Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica Carlos Basílio Pinheiro – Universidade federal de Minas Gerais Wagner Corradi Barbosa – Universidade federal de Minas Gerais APÓS O ESTUDO DESTE TÓPICO VOCÊ DEVE SER CAPAZ DE • Entender a máquina de Carnot; • Eficiência da máquina de Carnot; • Coeficiente de performance do refrigerador de Carnot • Relacionar o Ciclo de Carnot com a 2ª Lei da Termodinâmica; • Terceira Lei da termodinâmica Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 2 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 LOCALIZAÇÃO DO ITEM NOS CAPÍTULOS E LIVROS Ci cl o de C ar no t e S eg un da L ei d a T er m od in â m ic a LIVRO AUTORES EDIÇÕES SEÇÕES Física II Addison-Wesley Sears, Zemansky, Young Freedman; 10ª. 18.1 –18.9 Física 2 LTC Sears, Zemansky, Young 2ª. 19.1 – 19.10 Física 2 Livros Técnicos e Científicos S.A Resnick, Halliday, Krane 4ª. 26.1 – 26.9 Física 2 Livros Técnicos e Científicos S.A Resnick, Halliday, Krane 5ª. 24.1 – 24.6 The Feynman Lectures on Physics; Vol. I Feynman, Leighton, Sands 6ª. 44.2-44.6 Fundamentos de Física, vol.2 Livros Técnicos e Científicos S.A Halliday, Resnick 3ª. 22.1 – 22.12 Física 2 Editora Makron Books do Brasil Keller, Gettys, Skove 1ª. 19.1–19.6 Curso de Física, vol.2 Ed. Edgard Blücher Moysés Nussenzveig 3ª. 10.1–10.5 10.7 – 10.9 Física, vol.1b Ed. Guanabara Tipler 2ª. 19.1–19.10 Física, vol.2 Ed. Guanabara Tipler 3ª. 17.1–17.7 Física, vol.2 Ed. Guanabara Tipler 5ª. 19.1–19.9 Física, vol.2 Livros Técnicos e Científicos S.A Alaor S. Chaves 1ª. 8.1 –8.15 Física, Fundamentos e Aplicações, vol.2 Editora McGraw Hill Eisberg e Lerner 1ª. 19.4 –19.9 Física 2 Livros Técnicos e Científicos S.A R. A. Serway 3ª. 22.1 – 22.10 Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 3 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 As seguintes convenções serão adotadas nos Guias de Estudo QH ou QA ou Qentra Calor associado à fonte quente QC ou QB ou Qsai Calor associado à fonte fria TC ou TB Temperatura da fonte fria TH ou TA Temperatura da fonte quente Q > 0 Calor entrando na máquina ou sistema Q < 0 Calor saindo da máquina ou sistema W > 0 Trabalho realizado pelo Sistema e que corresponde a aumento de volume W < 0 Trabalho realizado sobre o Sistema e que corresponde a decréscimo de volume Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 4 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 1.1 Introdução Nas unidades anteriores, tivemos a oportunidade de ver que a Lei Zero da Termodinâmica conduzia ao conceito de temperatura. O conceito de temperatura conduziu ao conceito de energia interna. Por sua vez, a energia interna fundamenta o estabelecimento da Primeira Lei da Termodinâmica. A Primeira Lei da Termodinâmica em essência é baseada no principio da conservação de energia, isto é, pensando de maneira global, a energia total do Universo é constante mas constituída de diversas formas de energia as quais podem ser convertidas de uma forma para outra. Acontece que a natureza e os sistemas termodinâmicos criados pelo Homem admitem conversões energéticas de um sentido para o outro, na maioria dos casos, não permitindo que conversões reversas sejam realizadas. Por exemplo, a energia química de um combustível quando convertida para calor, jamais voltará a ser a energia química que era antes da combustão. Isto nos leva a pensar que existe uma ordem de conversão energética e que também existe um limite para tais conversões. A Segunda Lei da Termodinâmica trata basicamente do conceito de eficiência nas conversões energéticas e de sua consequência principal que é o conceito de entropia. De uma maneira muito simples, a entropia é uma grandeza macroscópica que caracteriza o número de estados (configurações) possíveis de um sistema termodinâmico. 1.2 Ciclo de Carnot Em uma máquina térmica de potência é desejável que o trabalho líquido realizado seja o máximo possível e que a energia térmica perdida no ciclo seja a mínima possível. Com base nisto, introduzimos o conceito de Eficiência de uma máquina térmica definida como: 𝑒 = 𝑊$ 𝑄& = 1 − ) 𝑄* 𝑄& ) (1.1) Um bom refrigerador é aquele que retira muito calor da fonte fria em pouco tempo e que gasta a menor energia ou trabalho para realizar esta operação. Ou seja, o desempenho do refrigerador deve ser diretamente proporcional à QC e inversamente proporcional à W. Em analogia com o rendimento térmico, avaliamos um refrigerador em termos do Coeficiente de Performance (também chamado Coeficiente de Desempenho) Kp, definido por: 𝐾- = |𝑄*| 𝑊 = |𝑄*| |𝑄&| − |𝑄*| (1.2) Os enunciados de Kelvin-Planck e de Clausius sobre operação de máquinas térmica e geladeira atestam que é impossível haver máquina térmica de potência com rendimento de 100 % assim como é impossível haver refrigerador com coeficiente de desempenho infinito. A pergunta que se faz é: qual é o limite de eficiência ou rendimento para uma máquina térmica de potência e qual o limite possível do coeficiente de desempenho para um refrigerador? O engenheiro francês Nicolas Leonard Sadi Carnot (1796 - 1832) em respondeu estas perguntas em 1824 da seguinte forma: Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 5 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Nenhuma máquina térmica trabalhando entre dois reservatórios térmicos pode ser mais eficiente do que uma máquina térmica reversível trabalhando entre os dois reservatórios. Entendemos como reversível um processo ou ciclo termodinâmico aquele o qual uma vez ocorrido pode ser invertido sem deixar qualquer tipo de vestígio no sistema e na vizinhança. Vamos analisar o que faz um processo termodinâmico ser reversível ou irreversível. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, o calor é transferido naturalmente de um objeto quente para um objeto frio e não ao contrário. Portanto, a transferência de calor não é um processo reversível. O atrito pode transformar trabalho mecânico em energia interna, na forma de calor, mas jamais o atrito pode transformar energia interna em trabalho mecânico. Portanto a conversão de trabalho em energia interna pelo atrito não é um processo reversível. Para que um processo possa ser enquadrado como reversível é necessário que ele passe incondicionalmente pelos mesmos estados termodinâmicos caracterizados por suas variáveis de estado tanto na ida do processo de um estado termodinâmico inicial para o final quanto na ordem inversa. Convenhamos que isto na prática é impossível. Em resumo, processo reversível é uma idealização criada por Carnot. O que os projetistas de máquinas térmicas fazem é aperfeiçoar as máquinas térmicas para que tenham rendimento o mais próximo possível daquilo que seria o ideal estabelecido por Carnot. Vamos analisar o que foi estabelecido por Carnot observando Figura 1.1. Esta figura apresenta uma máquina térmica do tipo comum de geração de energia elétrica através de turbina a vapor operando no sentido horário. Na mesma figura é esquematizado um refrigerador que opera no sentido inverso ao da máquina térmica. Admitamos, para o caso da máquina térmica, o fluido de trabalho seja, por exemplo, vapor de água. Calor é transferido da fonte de alta temperatura para a água na caldeira. Para esse processo ser reversível, é necessário que a temperatura da água seja infinitesimalmente mais baixa do que a da fonte quente. Isso também significa que a temperatura da água deve permanecer constante, pois a temperatura da fonte se mantém constante. Portanto, o primeiro processodeste ciclo é isotérmico reversível. O processo seguinte ocorre na turbina. Não há troca de calor (idealmente o que se espera de uma turbina) e é portanto adiabático reversível, durante o qual a temperatura do fluido de trabalho vai desde a temperatura da fonte quente até a temperatura da fonte fria. No processo seguinte, o fluido de trabalho cede calor para fonte de baixa temperatura. Este processo deve ser isotérmico reversível no qual a temperatura do fluido de trabalho é ligeiramente (infinitesimalmente) maior do que a temperatura da fonte fria. Neste processo isotérmico reversível, o vapor que saiu da turbina é condensado. Figura 1.1: Representação de uma máquina térmica de potência reversível que pode também trabalhar como refrigerador. Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 6 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 No último estagio deste ciclo, o processo é adiabático reversível no qual a temperatura no fluido de trabalho vai da temperatura da fonte fria até a temperatura da fonte quente. Na Figura 1.1 este processo é realizado pela bomba. Como o ciclo de uma máquina térmica perfeita, isto é, ciclo de Carnot, todos os processos podem ser invertidos transformando a máquina térmica em um refrigerador. O ciclo do refrigerador na Figura 1.1 é indicado pelas linhas tracejadas. A temperatura do fluido de trabalho no evaporador deve ser ligeiramente menor do que na fonte fria e no condensador infinitesimalmente maior do que a do reservatório para que os processos sejam considerados reversíveis. Se fosse colocado no diagrama o ciclo de Carnot para uma máquina térmica seria representado conforme indicado na Figura 1.2. Figura 1.2: Representação no diagrama pV do ciclo de Carnot, para uma máquina térmica. Independente do fluido de trabalho, o ciclo de Carnot consiste dos seguintes processos reversíveis: 1. Um processo isotérmico reversível no qual o calor é transferido da fonte quente ou para a fonte quente, se o ciclo for de maquina térmica ou refrigerador; 2. Um processo adiabático reversível na qual o Fluido de trabalho se expande ou se comprime variando a temperatura desde a temperatura da fonte quente até a temperatura da fonte fria ou vice versa; 3. Um processo isotérmico reversível no qual o calor é transferido para (se for máquina térmica) o reservatório frio ou do reservatório frio, se for refrigerador; 4. Um processo adiabático reversível no qual a temperatura do fluido de trabalho passa daquela da fonte fria para aquela da fonte quente ou vice versa. Uma maneira de calcular o rendimento do ciclo de Carnot é escolher um fluido de trabalho sobre o qual já temos experiência, por exemplo, o gás ideal, daí então calcular, em cada um dos processos da máquina térmica ou refrigerador de Carnot, os calores trocados e os trabalhos realizados (supondo, claro, que a variação total da energia interna no ciclo é nula). No processo a®b Figura 1.2, como é isotérmico, o calor trocado com a fonte quente é: Q0 = W23 = nRT0 ln V3 V2 (1.3) Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 7 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 No processo c®d, como também é isotérmico, o calor transferido para a fonte fria é colocado em módulo, Q9 = W:; = nRT9 ln V: V; (1.4) Em termos da Segunda Lei da Termodinâmica, o rendimento de uma máquina térmica é dado pela equação (1.1) Logo, e92=>?@ = 1 − ) Q9 Q0 ) = 1 − T9 ln (V: V;)⁄ T0 ln(V3 V2)⁄ (1.5) Podemos determinar as razões Vb/Va e Vc/Vd usando a expressão para a expansão adiabática na seguinte forma: T0V3 DEF = T9V: DEF (1.6) e de maneira análoga: T0V2 DEF = T9V; DEF (1.7) Dividindo (1.6) por (1.7) chegamos a: G V3 V2 H DEF = G V: V; H DEF (1.8) logo, G V3 V2 H = G V: V; H (1.9) Desta forma, o rendimento de uma máquina térmica reversível, ou máquina térmica de Carnot, é: e92=>?@ = 1 − ) Q9 Q0 ) = 1 − T9 T0 (1.10) Se a sequência fosse calculada para um refrigerador reversível teríamos o coeficiente de desempenho, dado por: K92=>?@ = T9 T0 − T9 (1.11) As equações (1.10) e (1.11) nos leva a concluir que o rendimento de uma máquina térmica ou o desempenho de um refrigerador que opera sob o ciclo de Carnot independe da substancia de trabalho e sim depende apenas das temperaturas das fontes em que está trabalhando. O Teorema de Carnot que relaciona rendimento de máquinas e coeficiente de performance de refrigeradores à Segunda Lei da Termodinâmica diz que: O rendimento de qualquer máquina térmica que opere entre duas temperaturas especificadas não pode exceder jamais o rendimento de uma máquina de Carnot que opere entre essas mesmas temperaturas extremas. Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 8 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 O coeficiente de performance de qualquer refrigerador que opere entre duas temperaturas especificadas não pode exceder jamais o coeficiente de performance de um refrigerador de Carnot que opere entre essas mesmas temperaturas extremas. Se, por hipótese, uma máquina térmica opera em um ciclo composto inteiramente de processos reversíveis, seu rendimento será igual ao rendimento de uma Máquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas. Se o ciclo de operação da máquina por parcialmente irreversível, uma parte da energia transferida em cada ciclo será perdida, por exemplo, por atrito e não poderá ser recuperada para realizar trabalho útil. De maneira semelhante, se um refrigerador opera em um ciclo composto inteiramente de processos reversíveis, seu coeficiente de performance será igual ao coeficiente de performance de um Refrigerador de Carnot operando entre as mesmas temperaturas. Resumidamente, para uma máquina térmica ou refrigerador qualquer temos: e ≤ e92=>?@ K ≤ K92=>?@ (1.12) Exemplo 1: A turbina de uma usina termoelétrica recebe vapor de uma caldeira a 520 °C e o injeta em um condensador a 100 °C. Qual é a máxima eficiência possível? e92=>?@ = 1 − T: T0 = 1 + (100 + 273)K (520 + 273) K = 0,53 = 53% Exemplo 2: Uma bomba de calor é um aparelho que pode aquecer uma casa agindo como um refrigerador, retirando calor do exterior, fazendo algum trabalho e descarregando calor no interior da casa. Suponha que o exterior esteja a -10 oC e desse manter o interior da casa a 22 oC . É necessário entregar calor ao interior a uma taxa de 16 kW (16 kJ a cada segundo) para compensar as perdas de calor normais. Qual deve ser a taxa mínima de energia na forma de trabalho fornecida à bomba de calor. K92=>?@ = T: T0 − T9 = (273 − 10)K (22 + 273)K − (−10 + 273) K = 8,22 Q0 = 16 kJ KW = Q: Q0 − Q9 Qc = KQ0 K + 1 = 8,22 × 16 9,22 = 14,3 kJ W = Q0 − Q9 = 16 kJ − 14,3 kJ = 1,7 kJ Logo, a taxa mínima de energia entregue à bomba de calor deve ser 1,7 kW Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 9 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Exemplo 3: Um cientista afirma ter desenvolvido quatro máquinas, todas operando entre 400 K e 300 K. Verifique se estas máquinas violam a primeira ou a segunda lei da termodinâmica. Os dados por ciclo para cada máquina são os seguintes. Máquina Qh (J) Qc (J) W (J) Máquina Qh (J) Qc (J) W (J) A 200 175 40 C 600 200 400 B 600 200 400 D 100 90 10 A eficiência de uma máquina de Carnot operando entre as temperaturas sugeridas é: e92=>?@ = 1 − \] \^ = 1 − _`` a b`` a = 0,25 = 25% Máquina Qh (J) Qc (J) W (J) Qh=W+Qc 1o Lei e=W/Qh 2o Lei A 200 175 40 215 Qh ≠ W+Qc 40/200=0,20 OK B 600 200 400 600 OK 400/500=0,80 e>ecarnot C 600 200 400 600 OK 400/600=0,67 e>ecarnot D 100 90 10 100 OK 10/100=0,10 OK A máquina A viola a 1o lei da termodinâmica e as máquinas B e C violam a 2o lei da termodinâmica. Das máquinas sugeriaspelo cientista, apena a máquina D poderia ser construída! Exemplo 4: A figura do problema mostra um ciclo realizado sobre 1 mol de gás ideal monoatômico. (a) Calcule o trabalho realizado por ciclo. (b) Calcule a entrada de calor durante a expansão abc. (c) Calcule o rendimento de uma máquina que opere segundo este ciclo. (c) qual seria o rendimento de uma máquina de Carnot operando entre as temperaturas extremas deste ciclo. (d) Uma máquina operando segundo o ciclo mostrado poderia ser construída? p1=2p0 V1=2V0, P0=1,01 x 105 Pa, V0=0,0225 m3. Logo, usando a primeira lei da termodinâmica DU=Q-W, podemos construir um diagrama com os as relações energéticas (energia interna, calor e trabalho) envolvendo os processos indicado. Podemos calcular os valores de T em cada estado ou escrever a tabela usando apenas os valores de pressão e volume em cada estado. Assim, Processo DU (J) Q (J) W (J) Isovolumétrico ab nCv(Tb -Ta)= Cv V0(P1 –P0)/R Cv V0(P1 –P0)/R 0 Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 10 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Isobárico bc nCv(Tc –Tb)= Cv P1(V1 –V0)/R CpP1(V1 –V0)/R P1(V1-V0) Isovolumétrico cd nCv(Td –Tc)= Cv V1(P0 –P1)/R Cv V1(P0 –P1)/R 0 Isobárico da nCv(Ta –Td)= Cv P0(V0 –V1)/R CpP0(V0 –V1)/R Po(V0-V1) Ciclo abc 0 (V1 –V0)(P1 –P0) (V1-V0)(P1-P0) T2 = P2V2 nR = P̀ V` nR = 1,01 × 10d Pa × 0,0225 m_ 8,314 = 273,3 K T3 = 2 P̀ V` nR = 546,7 K; T: = 4 P̀ V` nR = 1093,4 K; T; = 4 P̀ V` nR = 546,7 K Completando o quadro, usando os valores de Cv=3/2R e Cp=5/2R (gás monoatômico) temos: Processo DU (J) Q (J) W (J) Isovolumétrico ab 3408 3409 0 Isobárico bc 6818 11362 4545 Isovolumétrico cd -6818 -6818 0 Isobárico da -3408 -5680 -2272 Ciclo abc 0 2273 2273 O rendimento do processo será dado por: e = W Q0 = G 2273 14771H = 0,154 = 15,4% O rendimento de uma máquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas extremas seria. e92=>?@ = 1 − T: T0 = 1 − 273,3 1093,4 = 0,75 = 75% Como e < eCarnot, uma máquina operando com este ciclo pode ser construída. 1. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: CICLO DE CARNOT 1.1 Sobre o Ciclo de Carnot marque V ou F: ( ) tem a eficiência mínima permitida pela 2ª lei. ( ) O equilíbrio térmico e mecânico deve ser sempre mantido, para que os processos sejam reversíveis. ( ) invertendo o sentido do ciclo do refrigerador temos a máquina térmica ( ) impõe um limite de eficiência para uma máquina real. ( ) é composto por quatro processos reversíveis. ( ) a substância de trabalho é necessariamente um gás ideal. ( ) é um ciclo idealizado no qual se poderia converter calor integralmente em trabalho. ( ) a eficiência independe das temperaturas das fontes. Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 11 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 ( ) o Coeficiente de performance é o máximo possível. ( ) é o ciclo de maior potência. ( ) a variação da energia interna da substância de trabalho é nula. ( ) funciona bem quando TH=TC. 1.2 O diagrama representa o ciclo de Carnot. Identifique nele os quatro processos e descreva o que ocorre com a substância de trabalho em cada um deles. 1.3 A eficiência em uma máquina de Carnot (a) é sempre maior ou igual a 1; (b) Aumenta com a diferença de temperatura entre as fontes fria (T9) e quente (T0); (c) depende da potência da máquina; (d) aumenta quando a temperatura da fonte fria se aproxima do zero absoluto. 1.4 No ciclo de Carnot, a substância de trabalho tem que ser um gás ideal? Justifique 1.5 Mostre que o rendimento em um ciclo de Carnot operando com um gás ideal é dado por e = 1 − Q: Q0 = 1 − T: T0 2. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: MÁQUINA DE CARNOT 2.1 Para qual diferença de temperatura a máquina de Carnot teria eficiência máxima? E eficiência mínima? 2.2 Por que razão uma máquina real não pode superar a eficiência da máquina térmica de Carnot? 2.3 Uma máquina de Carnot opera entre duas fontes com as temperaturas TH=300K e TC=200K. (a) Qual o seu rendimento? (b) Se forem absorvidos 100 J de calor da fonte quente por ciclo, qual o trabalho realizado pela máquina? (c) Quanto calor a máquina descarrega, por ciclo? 2.4 Uma máquina térmica remove 200 kJ de calor de uma fonte quente a 500 K em cada ciclo e fornece calor a uma fonte fria a 200K. sua eficiência é de 85% da de um motor de Carnot funcionando entre os mesmos reservatórios. (a) Qual é o rendimento desta máquina? (b) Qual é trabalho realizado em cada ciclo? (c) Qual é o calor perdido em cada ciclo? 2.5 Suponha que um motor de Carnot opere entre TC= 300K e TH=400K. Determine a eficiência do motor. (a) Se Q0=0,160J para cada ciclo, qual é o valor de |Q:|. (b) Qual é o valor de Wciclo? 2.6 O ciclo do refrigerador de Carnot: (a) é formado por etapas irreversíveis (b) tem um coeficiente de performance menor que 1 (c) a diferença de temperatura das fontes quente e fria devem ser grandes. (d) tira calor da fonte fria e joga na fonte quente, com o menor trabalho possível. Qh,$Th$ Qc,$Tc$ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 12 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 2.7 A potência de uma geladeira é de 370 W (a) Qual a quantidade máxima de calor que a geladeira é capaz de remover em 1 minuto se a temperatura interna é de 0ºC e a temperatura ambiente é de 20 ºC? (b) Se o coeficiente de performance da geladeira é de 70% do de um refrigerador de Carnot, qual é a quantidade de calor que é capaz de remover em 1 min? 2.8 Um freezer funciona à temperatura TC = - 23ºC. A temperatura do ar na cozinha é TH =27ºC. Como o isolamento térmico não é perfeito, o calor entra no freezer a uma taxa de 50 W. Determine a potência do motor necessária para manter a temperatura do freezer. 2.9 Considere a seguinte alegação: “Essa bomba térmica fornecerá calor para sua residência a uma taxa de 40.000 Btu/h, utilizando apenas 1kW de energia elétrica. Essas cifras supõem uma temperatura interna de 21ºC e uma temperatura externa de - 7ºC. Você compraria essa bomba? Corrobore com cálculos a sua resposta. 2.10 Carnot propôs que o rendimento de qualquer máquina térmica que opere entre duas temperaturas especificadas, não pode exceder jamais o rendimento de uma máquina de Carnot que opere entre essas mesmas temperaturas. (a) Suponha que exista uma máquina X cujo rendimento eh > e92=>?@. Acople a máquina X a um refrigerador de Carnot para mostrar que a combinação seria equivalente a um refrigerador perfeito, violando o enunciado de Clausius da 2ª Lei da Termodinâmica. (b) Suponha que exista um refrigerador X cujo coeficiente de performance seja Kph > Kp92=>?@. Acople um refrigerador X a uma máquina de Carnot para mostrar que a combinação seria equivalente a uma máquina perfeita, violando o enunciado de Clausius da 2ª Lei da Termodinâmica. 1.3 Escala Kelvin e Terceira Lei da Termodinâmica A Lei Zero da Termodinâmica estabelece a base para o conceito de temperatura, entretanto para sua medição era necessária a adoção de uma escala de temperatura a qual era função do tipo de substancia termométrica e do tipo de termômetro a ser usado. Mais conveniente, como também já vimos naquele capítulo, seria adotar uma escala de temperatura independente de qualquer substância termométrica e também de qualquer termômetro. Neste caso, a escala desejada é a escala absoluta de temperatura. Na seção anterior, vimos que o rendimento de uma máquina térmica reversível, que segue o ciclo de Carnot, independe da substancia de trabalho e depende somente das temperaturas das fontes quente e fria entre as quais a máquina trabalha. A escala termodinâmica de temperatura que deduziremos a partir de agora se fundamenta na ideia da máquina térmica reversível. O rendimento de uma máquina térmica real conformea equação (1.1) é dado por: e = Wl Q0 = 1 − ) Q: Q0 ) (1.13 e o rendimento de uma máquina reversível trabalhando entre as temperaturas TA e TB é dado por: e92=>?@ = 1 − T9 T0 (1.14) Se a máquina térmica real for uma máquina reversível a razão entre as temperaturas dos reservatórios é igual à razão entre os calores absorvido e rejeitado pela máquina térmica reversível operando entre essas temperaturas, ou seja, Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 13 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 T9 T0 = ) Q9 Q0 ) (1.15) A partir da equação (1.15) podemos definir a escala termodinâmica de temperatura. Vimos, na Unidade 1, a definição da escala Kelvin para temperaturas pela expressão: T = 273,16 K X X@= (1.16) Vimos também naquela unidade que o uso do termômetro de gás à volume constante conduzia à definição de temperatura absoluta e na condição extrapolada para pressão zero, qualquer gás real dentro do termômetro se comportava como gás ideal. Para qualquer que seja a propriedade termométrica da escala Kelvin, o termômetro usado deveria ser calibrado no ponto triplo da água e de acordo com a Décima Conferência Internacional de Pesos e Medidas, realizada em 1954, adotou- se para a temperatura do ponto triplo da água o valor de 273,16 K. Para completar a definição da escala termodinâmica de temperatura, colocamos na equação (1.16) os calores trocados como a propriedade termométrica X, na forma: T = 273,16 K Q Q@= (1.17) Desta forma a equação (1.17) representa a escala termodinâmica de temperatura que usa o calor como propriedade termométrica, o qual independe da substancia termométrica usada para medir a temperatura. No caso de o termômetro de gás à volume constante trabalhar com gás ideal, se existisse realmente, ele indicaria sempre a temperatura termodinâmica ou a temperatura Kelvin. Em resumo, a escala de temperatura do gás ideal e a escala termodinâmica de temperatura são idênticas à escala Kelvin de temperatura. A equação (1.17) dá um sentido sobre a inatingibilidade do zero absoluto. O sentido do zero absoluto pode ser entendido considerando-se uma máquina reversível de Carnot que recebe uma quantidade de calor de uma fonte quente. À medida que a temperatura de rejeição de calor na fonte fria diminui, o trabalho consequentemente aumenta e a quantidade de calor rejeitado diminui. No limite, o calor rejeitado é zero e a temperatura do reservatório correspondente a este limite é o zero absoluto. A necessidade de se usar uma máquina térmica reversível para atingir o zero absoluto prova que o zero absoluto é inatingível porque na prática não existe máquina térmica reversível e sim uma idealização dela, portanto o zero absoluto também é uma idealização. De maneira análoga, no refrigerador reversível de Carnot, a quantidade de trabalho necessário para produzir um determinado efeito refrigerante aumenta à medida que a temperatura do espaço refrigerado diminui. O zero absoluto representa a temperatura limite que pode ser atingida e a quantidade de trabalho necessário para produzir um efeito frigorífico finito tende para o infinito quando a temperatura da substancia da qual se retira calor tende a zero. Novamente, o zero absoluto não é atingível. 3. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: ESCALA KELVIN E TERCEIRA LEI DA TERMODINÂMICA 3.1 A eficiência de um ciclo de Carnot não depende da natureza da substância operante, isto é: e = n^E|n]| n^ = 1 − \] \^ = f(T0,T9)= logo, p n] n^ p = f(T0, T9). Em 1848, William Thompson, mais tarde, Lord Kelvin, propôs que f(T0, T9) fosse igual a Θ0 Θ9r .As quantidades Θ são chamadas de Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 14 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 temperaturas termodinâmicas e seriam independentes de qualquer substância específica. As temperaturas termodinâmicas Θ têm o mesmo significado que as temperaturas T definidas pelos termômetros de gás à volume constante à baixas pressões. (a) Para o ciclo de Carnot usando um gás ideal, como mostrado na figura abaixo, calcule Q0 para 1 kmol de gás em função de Va, Vb e Th. (b) Calcule Q9 em função de Vc, Vd e TC. (c) Com auxílio da equação T2V2DEF = T;V;DEF prove que st su = sv sw . (c) Mostre que n^ nv = \^ \v = x^ x] , ou seja, que as temperaturas dos termômetros de gás a volume constante à baixas pressões sejam as mesmas que as temperaturas termodinâmicas de Kelvin. 3.2 Pode-se dizer que a entropia do estado de equilíbrio de qualquer sistema tende a zero quando a temperatura tende para o zero absoluto. (a) Represente uma sequência de ciclos de Carnot, em um diagrama p x V e discuta o que aconteceria se você fosse cada vez mais resfriando o sistema. Como isto se relaciona com a 3ª. Lei da Termodinâmica. (b) Represente uma sequência de ciclos de Carnot, em um diagrama T x S e discuta o que aconteceria se você fosse cada vez mais resfriando o sistema. (c) Como os resultados dos dois itens anteriores levam à 3ª. Lei da Termodinâmica? 1.4 Exercício de Fixação 1.4.1 Identifique os ciclos representados abaixo: 1.4.2 Qual é o trabalho necessário para extrair 10 J de calor a) De um reservatório a 7 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? b) De um reservatório a -73 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? c) De um reservatório a -173 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? d) De um reservatório a -223 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? Qh,$Th$ Qc,$Tc$ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 15 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 1.4.3 Um motor de combustão interna a gasolina pode ser representada aproximadamente pelo ciclo mostrado no figura. Suponha um gás ideal diatômico e utilize uma taxa de compressão de 4:1 (Vd= 4Va). Suponha que pb= 3pa. a) Determine a pressão e a temperatura em cada um dos vértices do diagrama pV em termos de pa e Ta. b) Calcule o rendimento deste ciclo Otto. 1.4.4 Em um ciclo de Carnot, a expansão isotérmica de um gás ideal se dá a 412 K e a compreensão isotérmica a 297 K. Durante a expansão, 2090 J de energia térmica são transferidos para o gás. Determine: a) O trabalho realizado pelo gás durante a expansão isotérmica b) O calor rejeitado pelo gás durante a compressão isotérmica. c) O trabalho realizado sobre o gás durante a compressão isotérmica. 1.4.5 Um inventor alega que desenvolveu uma bomba de calor capaz de transferir calor de um lago a 3,0º C para um edifício a 35 oC, a taxa de 20 Kw, utilizado apenas 1,9 KW de energia elétrica. Como você consideraria esta proposta? 1.4.6 Um inventor alega ter desenvolvido uma máquina que em cada ciclo 2,60 x 108 J de calor a uma temperatura de 400K realiza um trabalho mecânico de 42,0 kWh e rejeita calor a uma temperatura de 250 k. Você investiria dinheiro para comercializar esta máquina? Justifique sua resposta. 1.5 Problemas 1.5.1 Uma máquina de Carnot que funciona entre as temperaturas T1 e T2 opera um refrigerador de Carnot entre as temperaturas T3 e T4 (ver figura). Determine a razãoQ_ QF⁄ em termos das quatro temperaturas. Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 16 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 1.5.2 É usada uma bomba térmica para aquecer uma casa mantendo a temperatura interna de 20 oC. a) Compare seu coeficiente de performance ideal para os casos em que a temperatura externa for de -10 oC e de 10 oC; b) Compare o coeficiente de performance desta bomba térmica com o de um refrigerador de Carnot. 1.5.3 Mostre que a eficiência do ciclo de Stirlingidealizada mostrado na figura abaixo, no qual trocas de calor ocorrem apenas nas transformações isotérmicas 1 e 3, é igual a do ciclo de Carnot. RESPOSTAS: Atividades de auto avaliação QH ou QA ou Qentra Calor ligado a fonte quente QC ou QB ou Qsai Calor ligado a fonte fria TC ou TB Temperatura da fonte fria TH ou TA Temperatura da fonte quente Q > 0 Calor entrando na máquina ou sistema Q < 0 Calor saindo da máquina ou sistema W > 0 Trabalho realizado pelo sistema W < 0 Trabalho realizado sobre o sistema 4. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: CICLO DE CARNOT 4.1 Sobre o Ciclo de Carnot marque V ou F: ( F ) tem a eficiência mínima permitida pela 2ª lei. O ciclo de Carnot é um modelo idealizado no qual não há perdas por processos irreversíveis possibilitando a máxima eficiência. ( V ) o equilíbrio térmico e mecânico devem ser sempre mantidos, para que os processos sejam reversíveis. A irreversibilidade de um processo termodinâmico está relacionada com a dissipação de calor, portanto se a dissipação ocorrer não poderemos falar em eficiência máxima. ( V ) invertendo o sentido do ciclo do refrigerador temos a máquina térmica. Os ciclos do refrigerador e da máquina térmica são idênticos, exceto pelo sentido. Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 17 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 ( V ) impõe um limite de eficiência para uma máquina real. Nenhuma máquina real operando entre a mesma diferença de temperatura pode ultrapassar nem sequer se igualar a eficiência da máquina de Carnot. ( V ) é composto por quatro processos reversíveis. Para garantir que não haja troca de calor com diferença finita de temperatura. ( F ) a substância de trabalho é necessariamente um gás ideal. A eficiência do ciclo de Carnot independe da substância de trabalho. ( F ) é um ciclo idealizado no qual se poderia converter calor integralmente em trabalho. É impossível mesmo para o ciclo idealizado de Carnot, converter INTEGRALMENTE calor em trabalho. A segunda lei diz sobre a disponibilidade da energia. O teorema de Carnot mostra quais são os limites dessa disponibilidade. ( F ) a eficiência independe das temperaturas das fontes. O aumento da diferença de temperatura entre as fontes, aumenta a eficiência do ciclo. Mas a mesma variação de temperatura para valores de temperatura mais altos diminui a eficiência. ( V ) o Coeficiente de performance é o máximo possível. Sim pois o refrigerador de Carnot retira calor da fonte fria com o mínimo trabalho necessário. ( V ) é o ciclo de maior potência. A eficiência do ciclo de Carnot pode ser dada como: e = y z { z r = P Hr (onde P é a potência e H a taxa de transferência de calor), portanto quanto maior a potência, maior é a eficiência. ( V ) a variação da energia interna da substância de trabalho é nula. ao longo do ciclo, a substância de trabalho tem sua temperatura variada através de dois processos adiabáticos, mas as variações têm mesmo módulo e sinais contrários, portanto um compensa o outro. Assim ela sofre não variação de energia interna em um ciclo completo. ( F ) funciona bem quando TH=TC Se as duas fontes estiverem à mesma temperatura, não há funcionamento da máquina. 4.2 O diagrama representa o ciclo de Carnot. Identifique nele os quatro processos e descreva o que ocorre com a substância de trabalho em cada um deles. Qh,$Th$ Qc,$Tc$ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 18 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Processos Descrição a – b Isotérmica Expansão isotérmica do gás à temperatura TH absorvendo um calor QH. b – c Adiabática Expansão adiabática até que a temperatura caia para TC c – d Isotérmica Compreensão isotérmica na TC rejeitando calor QC d – a adiabática Compressão adiabática retorno ao estado inicial na temperatura TH 4.3 A eficiência em uma máquina de Carnot (a) é sempre maior ou igual a 1. (b) aumenta com a diferença de temperatura entre as fontes fria e quente. (c) depende da potência da máquina. (d) aumenta quando a temperatura da fonte fria se aproxima do zero absoluto. b) Aumenta com a diferença de temperatura entre as fontes fria (T9) e quente (T0). A eficiência de uma máquina de Carnot, é dada por 𝑒} = (𝑇& – 𝑇*) 𝑇&r , portanto quanto maior a diferença entre maior a eficiência. 4.4 No ciclo de Carnot, a substância de trabalho tem que ser um gás ideal? Justifique Não, a eficiência de uma máquina de Carnot independe da substância de trabalho. De fato a eficiência de uma máquina de Carnot depende apenas das temperaturas extremas de operação da máquina. 4.5 Mostre que o rendimento em um ciclo de Carnot operando com um gás ideal é dado por 𝑒 = 1 − 𝑄* 𝑄&r = 1 − 𝑇* 𝑇&r Como e B a HabH V V nRTWQ ln== d C C c d CcdC V V nRT V V nRTWQ lnln -=== 0<\< Ccd QVV CC QQ -= a b d C H C H C V V V V T T Q Q ln ln ÷÷ ø ö çç è æ -= 11 -- = gg CCbH VTVT 11 -- = gg dCaH VTVT 1 1 1 1 - - - - = g g g g d C a b V V V V d C a b V V V V =\ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 19 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 4.6 5. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: MÁQUINA DE CARNOT 5.1 Para qual diferença de temperatura a máquina de Carnot teria eficiência máxima? E eficiência mínima? O aumento da diferença de temperatura entre os reservatórios quentes e frios, aumenta a eficiência da máquina térmica. Quanto mais próximas são as temperaturas dos reservatórios, menor é a eficiência. 5.2 Por que razão uma máquina real não pode superar a eficiência da máquina térmica de Carnot? A máquina térmica de Carnot é uma idealização na qual não ocorre nenhum processo irreversível. Em uma máquina real é impraticável um ciclo sem processos irreversíveis. 5.3 Uma máquina de Carnot opera entre duas fontes com as temperaturas TH=300K e TC=200K. (a) Qual o seu rendimento? (b) Se forem absorvidos 100 J de calor da fonte quente por ciclo, qual o trabalho realizado pela máquina? (c) Quanto calor a máquina descarrega, por ciclo? a) ou seja 33% b) c) 5.4 Uma máquina térmica remove 200 kJ de calor de uma fonte quente a 500 K em cada ciclo e fornece calor a uma fonte fria a 200K. sua eficiência é de 85% da de um motor de Carnot funcionando entre os mesmos reservatórios. (a) Qual é o rendimento desta máquina? (b) Qual é trabalho realizado em cada ciclo? (c) Qual é o calor perdido em cada ciclo? H C H C T T Q Q -= H C H C T T Q Q = H CH c Q QQ e + = H CH c T TT e + = H C c T T e -=1 H C c T T e -=1 =1− 200 300 = 0,333 e = W QH ∴W = e QH = 0,333×100 = 33,3J QC =QH − W =100−33,3= 66, 7J Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 20 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 (a) A máquina proposta tem 85% dessa eficiência da máquina de Carnot, ou seja b) c) O calor liberado para a fonte fria é: 5.5 Suponha que um motor de Carnot opere entre TC= 300K e TH=400K. Determine a eficiência do motor. (a) Se QH=0,160J para cada ciclo, qual é o valor de (b) Qual é o valor de Wciclo? a) , ou seja 25%, logo 5.6 O ciclo do refrigerador de Carnot: (a) é formado por etapas irreversíveis (b) tem um coeficiente de performance menor que 1 (c) a diferença de temperatura das fontes quente e fria devem ser grandes. (d) tira calor da fonte fria e joga na fonte quente, com o menor trabalho possível. (d) tira calor da fonte fria e joga na fonte quente, com o menor trabalho possível. 𝐾 = 𝑄* 𝑊r , portanto a máquina mais eficiente é aquela que usa o menor trabalho possível (𝑊) para transportar 𝑄} unidades de calor da fonte fria para a fonte quente. 5.7 A potência de uma geladeira é de 370W. Qual a quantidade máxima de calor que a geladeira é capaz de remover em 1 minuto se a temperatura interna é de 0 oC e a temperatura ambiente é de 20 oC? (b) Se o coeficiente de performance da geladeira é de 70% do de um refrigerador de Carnot, qual é a quantidade de calor que é capaz de remover em 1 min? a) Encontrando o Coeficiente de performance da geladeira Calculo de QC, ou seja do calor retirado da fonte fria (por segundo) 𝐾 = 𝑄* 𝑊r ∴ 𝑄* = 13,65 × 370 = 5050 𝑗/𝑠 Para encontrar o calor retirado da geladeira em 1 minuto: por minuto de operação. b) = 5.8 Um freezer funciona à temperatura TC = - 23ºC. A temperatura do ar na cozinha é TH =27ºC. Como o isolamento térmico não é perfeito, o calor entra no freezer a uma taxa de 50 W. Determine a potência do motor necessária para manter a temperatura do freezer. ec =1− TC TH =1− 200 500 = 0,6 51,0=me W = e QH = 0,51×200 =102J QC = W + QH = 200−102 = 98J CQ ec =1− TC TH =1− 300 400 = 0,25 ec =1− QC QH ∴0,25=1− QC 0,160J ⇒ QC = 0,120J W = eC QH = 0,25×0,160 = 0,04J Kp Carnot = TC TH −TC = 273 20 =13,65 5050,5J ×60s = 303kJ QC Geladeira = 0, 7QC Carnot = 0, 7×303kJ = 212kJ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 21 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 5.9 Considere a seguinte alegação: “Essa bomba térmica fornecerá calor para sua residência a uma taxa de 40.000 Btu/h, utilizando apenas 1kW de energia elétrica. Essas cifras supõem uma temperatura interna de 21ºC e uma temperatura externa de - 7ºC. Você compraria essa bomba? Corrobore com cálculos a sua resposta. Inicialmente é necessário converter os dados para a mesma unidade:. 1 Btu equivale a 1055J, portanto 40.000 Btu equivalem a 4,22x107 J. Temos então o calor entrando na fonte quente a uma taxa de ou seja 11,7 kJ/s. É dado no problema que a energia utilizada para realizar trabalho é de 1 kW, ou seja de 1000 J/s. Conhecendo QH e W podemos facilmente encontrar o QC: Pode-se agora calcular o coeficiente de performance: Para sabermos se esse valor de coeficiente de performance é possível, devemos calcular o coeficiente de performance do refrigerador de Carnot operando nos mesmos limites de temperatura: A máquina propõe um rendimento melhor que o de Carnot, e isso não é possível, portanto a alegação do vendedor é falsa. 5.10 Carnot propôs que o rendimento de qualquer máquina térmica que opere entre duas temperaturas especificadas, não pode exceder jamais o rendimento de uma máquina de Carnot que opere entre essas mesmas temperaturas. Suponha que exista uma máquina X cujo rendimento Acople a máquina X a um refrigerador de Carnot para mostrar que a combinação seria equivalente a um refrigerador perfeito, violando o enunciado de Clausius da 2ª Lei da Termodinâmica. Suponha que exista um refrigerador X cujo coeficiente de performance seja Acople um refrigerador X a uma máquina de Carnot para mostrar que a combinação seria equivalente a uma máquina perfeita, violando o enunciado de Clausius da 2ª Lei da Termodinâmica. Suponha que a máquina X extrai do reservatório de e entrega no reservatório de . O refrigerador de Carnot retira e entrega . Portanto a máquina combinada tem Pois cada aparelho tem Kp = TC TH −TC = 250 50 = 5 P = ΔQC Δt Kp = 50 / 5=10W hJx /102,4 7 QC =QH −W =11, 7−1=10, 7 Kp = QC W = 10, 7 1 =10, 7 Kp Carnot = TC TH −TC = 266 294− 266 = 9,5 eX > eCarnot KpX > KpCarnot X HQ HT X CQ CT C CQ CHQ X C C C MC C C H X H MC H QQQ QQQ -= -= Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 22 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Como é interno, portanto: Assim teríamos um refrigerado perfeito pois Isso viola a segunda lei da termodinâmica. Pela Hipótese Supondo a igualdade dos trabalhos, pois são internos portanto e teríamos um refrigerador perfeito já que fluiria calor de Para sem e isso viola a segunda lei da termodinâmica. Suponha que exista um refrigerador X cujo coeficiente de performance seja Acople um refrigerador X a uma máquina de Carnot para mostrar que a combinação seria equivalente a uma máquina perfeita, violando o enunciado de Clausius da 2ª Lei da Termodinâmica. Pela hipótese de que C C C H C X C X H X QQW QQW -= -= W CW WW = C C C H X C X H QQQQ -=- C C X C C H X H QQQQ -=- MC C MC H QQ = MC C MC H MC QQW -= 0=MCW CX ee > C H C X H X Q W Q W > CW WW = C H X H Q W Q W > 0>- XH C H QQ 0>- MCHQ 0< MC HQ 0<= MC H MC C QQ CT HT W CX KpKp > CC C C H XX C X H WQQ WQQ += += CX KK > C C C X X C W Q W Q > Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 23 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 a Máquina de Carnot gastaria menos trabalho do que é fornecido a ela. Se Logo Se isso ocorresse teríamos uma máquina perfeita, pois significaria transformação integral de em sem rejeitar para o ambiente. 6. ATIVIDADES PARA AUTO AVALIAÇÃO: ESCALA KELVIN E TERCEIRA LEI DA TERMODINÂMICA 6.1 A eficiência de um ciclo de Carnot não depende da natureza da substância operante, isto é: 𝑒 = {�E|{�| {� = 1 − �� �� = 𝑓(𝑇&, 𝑇*)= logo, p {� {� p = 𝑓(𝑇&, 𝑇*). Em 1848, William Thompson, mais tarde, Lord Kelvin, propôs que 𝑓(𝑇&, 𝑇*) fosse igual a Θ& Θ*r . As quantidades Θ são chamadas de temperaturas termodinâmicas e seriam independentes de qualquer substância específica. As temperaturas termodinâmicas Θ têm o mesmo significado que as temperaturas T definidas pelos termômetros de gás à volume constante à baixas pressões. (a) Para o ciclo de Carnot usando um gás ideal, como mostrado na figura abaixo, calcule 𝑄& para 1 kmol de gás em função de Va, Vb e Th. (b) Calcule 𝑄* em função de Vc, Vd e TC. (c) Com auxílio da equação T�𝑉��EF = T�𝑉��EF prove que �� �� = �� �� . (c) Mostre que {� {� = �� �� = x� x� , ou seja, que as temperaturas dos termômetros de gás a volume constante à baixas pressões sejam as mesmas que as temperaturas termodinâmicas de Kelvin. C C C H C C X C X H X C QQ Q QQ Q - > - C C X C QQ = XC WW > C C X C QQ = XCC H C H CC H XX H WWQQ WQWQ -=- -=- MCMC H WQ = 0=- MCMCH WQ 0=MCCQ MC HQ MCW MCCQ Qh,$Th$ Qc,$Tc$ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 24 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Para o ciclo de Carnot usando um gás ideal, como mostrado na figura ao lado, calcule para 1 mol de gás em função de VK, VL e TH. b) Calcule em função de VN, VM e TC. c) Com auxílio da equação prove que Como e d) Mostre que , ou seja, que as temperaturas dos termômetros de gás a volume constante à baixas pressões sejam as mesmas que as temperaturas termodinâmicas de Kelvin. Portanto, como mostramos ser uma função só das temperaturas . Logo, temos que 6.2 Pode-se dizer que a entropia do estado de equilíbrio de qualquer sistema tende a zero quando a temperatura tende para o zero absoluto. (a) Represente uma sequência de ciclos de Carnot, em um diagrama p x V e discuta o que aconteceria se você fosse cada vez mais resfriando o sistema. Como isto se relaciona com a 3ª. Lei da Termodinâmica. (b) Represente uma sequência de ciclos de Carnot, em um diagrama T x S e discuta o que aconteceria se você fosse cada vez mais resfriando o sistema. c) Como os resultados dos dois itens anteriores levam à 3ª. Lei da Termodinâmica? HQD L K HKLH V VnRTWQ ln==D CQD N M C M N CMNC V VnRT V V nRTWQ lnln -===D 11 -- = gg iiff VTVT N M K L V V V V = 11 -- = gg MCLH VTVT 11 -- = gg NCKH VTVT 1 1 1 1 - - - - = g g g g N M K L V V V V N M K L V V V V =\ C H C H C H T T Q Q Q Q == DD 0<D\< CMN QVV CC QQ D-=D L K N M H C H C V V V V T T Q Q ln ln ÷÷ ø ö çç è æ -= D D H C H C T T Q Q -= D D H C H C T T Q Q = D D ( ) H C CH C H T T TTF Q Q =-= D D || H C H C T T = Q Q Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 25 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 a) Ao abaixar a temperatura a área do ciclo vai ficando cada vez menor. No limite verifica-se uma situação onde seria retirado calor em um ciclo sem uma mudança de temperatura b) Cada área corresponde ao calor Q retirado do sistema. No limite de resfriamento teríamos um processo isotérmico sem uma correspondente diminuição da entropia c) Não é possível atingir o zero absoluto através de um número finito de processos termodinâmicos. RESPOSTAS: Exercícios de Fixação 1.4.1 Identifique os ciclos representados abaixo: Ciclo Diesel Ciclo de Carnot Ciclo Otto Ciclo Stirling 1.4.2 Qual é o trabalho necessário para extrair 10 J de calor a) utiliza o ciclo de Carnot? b) De um reservatório a -73 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? c) De um reservatório a -173 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 26 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 d) De um reservatório a -223 oC e transferi-lo para outro a 27 oC por meio de um refrigerador que utiliza o ciclo de Carnot? a) logo, b) logo, c) logo, d) logo, 1.4.3 Um motor de combustão interna a gasolina pode ser representado aproximadamente pelo ciclo mostrado no figura. Suponha um gás ideal diatômico e utilize uma taxa de compressão de 4:1 (Vd= 4Va). Suponha que pb= 3pa. c) Determine a pressão e a temperatura em cada um dos vértices do diagrama pV em termos de pa e Ta. d) Calcule o rendimento deste ciclo Otto. a) Estado a: Estado b ; ; Estado c ; ; Como b-c e d-a são transformações adiabáticas, = constante, então Kp Carnot = TC TH −TC = 280 300− 280 = 280 20 =14 W = QC Kp Carnot = 10 14 = 0, 7J Kp Carnot = TC TH −TC = 200 300− 200 = 200 100 = 2 W = QC Kp Carnot = 10 2 = 5J Kp Carnot = TC TH −TC = 100 300−100 = 100 200 = 0,5 W = QC Kp Carnot = 10 0,5 = 20J Kp Carnot = TC TH −TC = 50 300− 50 = 50 250 = 0,2 W = QC Kp Carnot = 10 0,2 = 50J nR VP T aaa = aB PP 3= nR VP T bbb = a aa b TnR VP T 3 3 == 4 B C PP = g4 3 a C P P = ( ) aC TT 14,3 -= g pV γ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 27 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 e portanto Estado d Como se trata de um gás diatômico, sabemos que Estado Pressão Temperatura A Pa Ta=PaV0/nR B 3Pa 3Ta C 0,43 Pa 1,72 Ta C 0,14 Pa 0,57 Ta b) 1.4.4 Em um ciclo de Carnot, a expansão isotérmica de um gás ideal se dá a 412 K e a compreensão isotérmica a 297 K. Durante a expansão, 2090 J de energia térmica são transferidos para o gás. Determine: d) O trabalho realizado pelo gás durante a expansão isotérmica e) O calor rejeitado pelo gás durante a compressão isotérmica. f) O trabalho realizado sobre o gás durante a compressão isotérmica. Resposta a) Numa transformação isotérmica ∆U=0 gg CCbb VpVp = gg aCaa VpVp 43 = g43 Ca pp = g4 3 a C P P = gg ddaa VpVp = gg )4( adaa VpVp = g4da pp = g-= 4ad pp a aadd d TnR VP nR VP T g g - - === 14 44 4,1=g eOtto =1− 1 rγ−1 =1− 1 40,4 = 0, 42 JQW H 2090==\ Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 28 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 b) c) Para a compressão isotérmica 1.4.5 Um inventor alega que desenvolveu uma bomba de calor capaz de transferir calor de um lago a 3,0º C para um edifício a 35ºC, a taxa de 20 Kw, utilizado apenas 1,9 KW de energia elétrica. Como você consideraria esta proposta? Calculando o coeficiente de performance da bomba do inventor A proposta é inviável. Nenhum refrigerador pode ter coeficiente maior que o refrigerador de Carnot, trabalhando nos mesmos extremos de temperatura, portanto há algum equívoco nas informações do inventor. 1.4.6 Um inventor alega ter desenvolvido uma máquina que em cada ciclo 2,60 x 108 J de calor a uma temperatura de 400K realiza um trabalho mecânico de 42,0 kWh e rejeita calor a uma temperatura de 250 k. Você investiria dinheiro para comercializar esta máquina? Justifique sua resposta. Resposta A eficiência alegada da máquina é de Contudo a eficiência máxima da máquina térmica operando entre aquelas temperaturas é dada por Logo a máquina proposta viola a segunda lei. RESPOSTAS: Problemas 1.5.1 Uma máquina de Carnot que funciona entre as temperaturas T1 e T2 opera um refrigerador de Carnot entre as temperaturas T3 e T4 (ver figura). Determine a razão Q_ QF⁄ em termos das quatro temperaturas. TC TH = QC QH ∴QC =QH TC TH = 2090 297 412 ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟=1506J JQW c 1506== 5,10 9,1 20 === W Q K Cp ( ) 6,736 276 =Þ - = CH C carnot TT T Kp %.58 1060.2 1051.1 8 8 = Jx Jx %.38 400 2501 =-= K Kecarnot Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 29 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 Para a Máquina de Carnot temos: como temos: Para o Refrigerador de Carnot, temos: Então: Se e eCarnot = W Q1 21 QQW += eCarnot = Q1 +Q2 Q1 eCarnot =1+ Q2 Q1 1 2 1 2 T T Q Q -= eCarnot =1− T2 T1 Kp Carnot = Q3 W = Q 3 Q4 −Q3 Kp Carnot = T3 T4 −T3 eCarnot = W Q1 Kp Carnot = Q3 W W = eCarnotQ1 W Q W 3= eCarnotQ1 = Q3 Kp Carnot Q3 Q1 = eCarnotKp Carnot Ciclo de Carnot e Segunda Lei da Termodinâmica 30 _____ Pinheiro & Corradi - Fundamentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica - 26/05/2023 1.5.2 É usada uma bomba térmica para aquecer uma casa mantendo a temperatura interna de 20ºC. (a) Compare seu coeficiente de performance ideal para os casos em que a temperatura externa for de -10 oC e de 10 oC; (b) Compare o coeficiente de performance desta bomba térmica com o de um refrigerador de Carnot. Quando o ambiente externo está a -10ºC ou seja 263 K Quando o ambiente externo está a 10ºC ou seja 283 K 1.5.3 Mostre que a eficiência do ciclo de Stirling idealizada mostrado na figura abaixo, no qual trocas de calor ocorrem apenas nas transformações isotérmicas 1 e 3, é igual a do ciclo de Carnot. QF = WF = nRTF ln G V� Vb H Q_ = W_ = −nRT_ ln G V� Vb H e = ) W QF ) = |WF| − |W_| |WF| = nR ln�V�Vb � (TF − T_) nRTF ln � V� Vb � = (TF − T_) TF = e = e92=>?@ = 1 − T_ TF Ou seja, a eficiência de uma máquina operando segundo o ciclo Stirling idealizada, no qual trocas de calor ocorrem apenas nas transformações isotérmicas, é igual a do ciclo de Carnot ÷÷ ø ö çç è æ -÷ ÷ ø ö çç è æ -= 34 3 1 2 1 3 1 TT T T T Q Q Kp Carnot = TC TH −TC Kp Carnot = 263 30 = 8, 7 Kp Carnot = 283 10 = 28,3
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