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Acessibilidade em MuseusAcessibilidade em Museus Sumário Apresentação ..........................................................................................................3 Recursos e adaptações físicas .................................................................................4 Roteiro de visita/circulação acessível ....................................................................12 Encerramento ........................................................................................................15 Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 3 Apresentação Olá! Neste módulo, vamos estudar os recursos e as adaptações físicas aplicados aos es- paços de uso público e ao ambiente dos museus. Vamos prosseguir? Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 4 Recursos e adaptações físicas As adequações para garantia de acesso físico nos espaços de uso público e nos mu- seus têm se tornado mais frequentes, uma vez que a legislação federal, em especial os decretos-leis, e a fiscalização da regulamentação deles junto às instâncias do Ministério Público têm garantido o cumprimento ao menos das adequações de aces- sibilidade física. A vantagem dessas adequações é a fácil identificação, pois configuram mudanças físicas e visuais na estrutura original dos museus e edifícios históricos. O uso destes recursos beneficiam os visitantes com a eliminação de barreiras de acesso comuns em seu cotidiano. Essas adequações geralmente são: Escadas que se transformam em rampas ou dão lugar a elevadores. Foto: Museu Bicentenário da Casa Rosada, Buenos Aires, Argentina Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 5 Sanitários acessíveis com maior espaço e mobiliário adaptado. Foto: Sanitário acessível no Museu Regional de Caeté, MG Aplicação de pictograma de acessibilidade universal. Foto: Museu Madinat Al Zahara – Córdoba, Espanha Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 6 Mobiliário de exposição e áreas de recepção e atendimento aos visi- tantes com altura diferenciada. Foto: Exposição no Museu Nacional de Belas Artes, RJ Vagas de estacionamento reservadas a pessoas com mobilidade re- duzida e idosos identificadas com placas e pictogramas de acessi- bilidade, com maior espaço e área de transferência “zebrada”. As adequações físicas, além de visíveis, são amplamente utilizadas por outros visi- tantes, que se beneficiam dos espaços acessíveis para a superação de suas próprias limitações de locomoção, consequentes de condições permanentes ou temporárias (mobilidade reduzida, idade avançada, gestação, fratura e torção de membros inferio- res, sequelas de acidentes vasculares cerebrais e presença de acompanhantes muito pequenos, como bebês em carrinhos ou idosos em cadeira de rodas). Os recursos e adaptações físicas melhoram o acesso e a experiência de grande parte dos visitantes do museu por proporcionarem a livre circulação e acesso aos serviços, exposições e programas permanentes e temporários. No Brasil, existe a Norma Brasileira de Acessibilidade – NBR 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esse documento é revisado a cada dois anos com o objetivo de tornar seu entendimento mais claro. Foi regulamentada em 2004 pelo Decreto - Lei nº 5.296/2004. http://ead.museus.gov.br/pluginfile.php/3095/mod_scorm/content/2/Norma_brasileira_ABNT_NBR_950.pdf Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 7 Foto: Rampas e escadas nos diversos acessos ao Museu Guggenheim de Bilbao – Bilbao, Espanha De acordo com a Norma Brasileira de Acessibilidade, para atender pessoas com deficiência, é necessário garantir ao menos os seguintes requisitos: § As rampas devem estar de acordo com as diretrizes da norma, respei- tando as inclinações e extensões máximas e, quando necessário, co- locar patamares e corrimãos. Suge- rimos sempre trabalhar com arqui- tetos que conheçam a norma e já tenham executado projetos acessí- veis; § O deslocamento entre os pavimen- tos deve ser feito por elevadores com tamanho e sinalização adequados, segundo a norma; e § Os pisos e as passarelas devem ser planos, lisos e antiderrapantes; § A mobilidade nos espaços deve ser fácil e com corredores amplos. Para espaços de lazer e cultura, a indicação da largura mínima nas áreas de circulação é de 1,20 metro, preferencialmente 1,50 metro, respeitando o espaço que ocupa uma pessoa em cadeira de rodas e seu acompanhante; Foto: Instalação de patamares e corrimão em escada externa no Museu Regional de Caeté Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 8 § O início e o fim de todas as rampas e es- cadas devem estar sinalizados com piso podotátil alerta. Estas devem ter corri- mãos dos dois lados, com duas alturas, para facilitar o uso por pessoas de baixa estatura, e todos os degraus devem ter faixa antiderrapante; § As portas devem ter largura suficiente para passagem de pessoas em cadeiras de rodas (manual e motorizada) – a largu- ra indicada para áreas de lazer e espaços culturais é de, no mínimo, 1 metro; § As bancadas de balcões, bilheterias, mesas de apoio, telefones públicos e áreas de atendimento em restaurantes, cafeterias e de fruição devem estar a uma altura apropriada para pessoas em cadeiras de rodas. Segundo a NBR 9050, essa altura deve ser de, aproximadamente, 80 centímetros a partir do chão. Além destas recomendações, é necessário garantir que a equipe do museu tenha atitudes acessíveis relacionadas à circulação e ao uso dos serviços, por exemplo: § Disponibilizar assentos de descanso em quantidade adequada nos espaços de espera, convivência e exposição; § Oferecer cadeiras de rodas e carrinhos motorizados para uso interno; § Capacitar a equipe para agir proativamente diante das diferentes ne- cessidades de acesso das pessoas com deficiência e mobilidade redu- zida; § Reservar ao menos um sanitário acessível, com trocadores adaptados em cada andar da edificação (pessoas com deficiência física e mobi- lidade reduzida também têm filhos e netos e podem precisar usar o trocador durante a visita ao museus); § Manter o sanitário acessível sempre destrancado e pronto para o uso. Exemplo Foto: Espaços amplos e livre em exposição no Museu Histórico Nacional Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 9 Vamos conferir alguns exemplos ilustrativos de espaços que promovem a acessibi- lidade. Victoria and Albert Museum – Londres – rampa de acesso para pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida junto à escadaria da edificação histórica Museu Casa La Barbera des Aragones – Vila Joiosa, Espanha – elevador interno acessível que proporciona acesso físico à edificação histórica tombada Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 10 Entrada principal acessível com rampa no Vilamuseu – Vila Joiosa, Espanha Pictograma/símbolo para sanitário familiar acessível (que deve oferecer o trocador de bebê em altura adequada para uso de pessoas em cadeira de rodas) Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 11 Layout de vaga reservada para veículos de pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida Guarda-volumes acessível, com área de aproximação de cadeiras de rodas em altura adequada e com espaço e recuo inferior – Vilamuseu, Vila Joiosa, Espanha Além do espaço físico de uso comum, é necessário considerar que as exposições pre- cisam ser criadas e/ou adaptadas a partir de projetos expográficos que contemplem: § Diretrizes de acessibilidade física, garantindo áreas de circulação adequadas a pessoas em cadeira de rodas e usuárias de equipamentos de locomoção; § Mobiliário expositivo (vitrines, mesas e displays) com altura e inclinações adequadas à visualização de pessoas em cadeira de rodas, com baixa estatura e crianças pequenas; § Eliminação de desníveis e obstáculos na área de circulação; e § Uso de revestimentos lisos e antiderrapantes no piso. Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 12 Adequações arquitetônicas para exposições baseadas no Desenho Universal podem ser resumidas em: § Projeto arquitetônicoe expográfico livre de barreiras de acesso, circulação e fruição; § Sinalização e informação multimodal (sonora, gráfica, tátil e símbolos), com contraste e tamanhos que proporcionem acuidade adequada para leitura; § Equipamentos de informação e comunicação de fácil manuseio e entendimento; § Mobiliário que considere as diferenças dos indivíduos (estaturas baixas, pes- soas em cadeiras de rodas, crianças, pessoas com problemas de locomoção e visão); § Sinalização podotátil (direcional para rotas e alerta para mudança de trajeto, obstáculos e áreas de interação); § Sinalização de espaços tátil e visual (caracteres ampliados e alto contraste); § Sinalização auditiva; § Rota de circulação livre de barreiras aéreas e com área de rastreamento; § Design de espaço com elementos arquitetônicos em cores contrastantes (ex. piso claro, mobiliário escuro, painel escuro e plotagem clara); e § Iluminação difusa e que proporcione conforto visual. Roteiro de visita/circulação acessível Confira alguns exemplos de recursos e espaços acessíveis. Exemplos: Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 13 Espaço expositivo acessível do Centro de Memória Dorina Nowill (piso tátil, mobiliário em altura adequada, iluminação difusa e uso de cores contrastantes nos elementos) – Fundação Dorina Nowill para Cegos, São Paulo Espaço expositivo acessível da exposição Ocupação Ilê Aiyê (contraste nas cores dos elementos, piso tátil e áreas de circulação com espaço adequado)– Instituto Itaú Cultural, São Paulo Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 14 Bancos de alumínio portáteis de livre uso nas exposições – Victoria and Albert Museum Módulo 4 – Recursos e adaptações físicas 15 Encerramento Encerramos mais um módulo do curso de Acessibilidade em Museus. Esperamos você no Módulo 5, que irá tratar dos Recursos sensoriais e educacionais. Até mais! _GoBack Apresentação Recursos e adaptações físicas Roteiro de visita/circulação acessível Encerramento
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