Buscar

1 - Gametogênese e 1 e 2 semana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRANSCRIÇÃO BASES 2 – INTRODUÇÃO A EMBRIOLOGIA, 1ª E 2ª SEMANA 
 COMO ESTUDAR EMBRIOLOGIA: 
- Quais eventos caracterizam o início do período 
- O que ocorre nesse período 
- Evento que caracteriza o final (de cada semana de gestação) 
 
 GAMETOGÊNESE 
 
 ESPERMATOGÊNESE: Acontece dentro do testículo masculino, onde há células germinativas próximo ao 
epitélio dos túbulos seminíferos. Existem três tipos celulares nos túbulos seminíferos: células germinativas 
(espermatogônias, espermatócito I, espermatócito II, espermátide e os espermatozoides), células de Sertoli 
(sustentação das células germinativas, proteção) e células intersticiais (de Leydig – produção do hormônio 
masculino, testosterona). As espermatogônias sofrem divisões celulares e se diferenciam até a formação do 
gameta masculino. Essa formação é completa, diferente da formação do gameta feminino que é incompleta. 
GLANDULAS ANEXAS (atuam em prol do espermatozoide) 
- Próstata: fica abaixo da bexiga e secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e o pH ácido da 
vagina, também ativa os espermatozoides. Liberado antes do liquido seminal; 
- Vesícula seminal: produz um liquido que age como fonte de energia para a produção de ATP no processo de 
deslocamento dos espermatozoides. É liberado junto com o esperma e gametas, e é rico em frutose; 
- Glândula bulbouretral (de Cooper): Também limpa o canal da uretra para passagem do espermatozoide e tem como 
função principal a lubrificação do pênis durante o ato sexual. 
A ESPERMATOGÊNESE é dividida em quatro etapas: período de multiplicação/germinativo, crescimento, 
maturação e espermiogênese (a ovogênese, na mulher, só possui as três primeiras). 
PERÍODO GERMINATIVO: A partir da puberdade, as espermatogônias sofrem mitoses sucessivas, se dividindo 
e multiplicando em milhões de células. Uma espermatogônia sofre duas mitoses e forma quatro espermatogônias 
geneticamente idênticas. No PERÍODO DE CRESCIMENTO, cada uma das quatro aumentam o seu volume 
citoplasmático (secretam substancias que compõem o citoplasma e a membrana celular), mudam sua morfologia e 
passam a ser chamados de espermatócitos primários (Espermatócito I). 
Começa a MATURAÇÃO, 
onde cada espermatócito I sofre a 
primeira meiose (reducional -> 2n 
vira n) e passa a ser denominado 
espermatócito II, que sofre a meiose 
II formando duas células também 
haploides, as espermátides. Essa 
divisão completa (meiose completa) 
e formação das espermátides marca 
o final do período de maturação. 
Terminada a maturação, 
começa a ESPERMIOGÊNESE, onde a 
célula passa por uma metamorfose 
para se tornar espermatozoide. 
UMA ESPERMATOGONIA FORMA 16 
ESPERMATOZOIDES. 
A espermátide perde parte do volume citoplasmático, a membrana plasmática acompanha o flagelo em 
formação até certo ponto, as mitocôndrias se autoduplicam a ficam concentradas na região intermediaria do flagelo 
e o complexo de Golgi se altera formando o acrossomo, na cabeça do espermatozoide, que contém enzimas que 
auxiliam o gameta masculino na fecundação: 
A hialuronidase atua na corona radiata, degenerando essa primeira barreira do gameta feminino formada por 
células foliculares. A corona radiata é completamente degenerada com a liberação dessas enzimas. 
A esterase, acrosina e neuraminidase vão agir na zona pelúcida, estrutura formada por glicoproteínas (ZPA, 
ZPB e ZPC), que serve de barreira química para o gameta feminino. A zona pelúcida não degenera, as enzimas só 
conseguem abrir um espaço no ponto onde o espermatozoide a toca. Ela persiste até o final da primeira semana de 
desenvolvimento. 
 
 OVOGÊNESE: A produção do gameta feminino começa na vida intrauterina. A mulher já nasce com uma 
quantidade de gametas pré-formados e na puberdade começa a ovulação. No período fetal ocorrem os períodos 
germinativo e de crescimento. As ovogônias também sofrem mitoses, formando novas ovogônias que aumentam de 
tamanho e formam ovócitos I no período de crescimento. (Uma ovogônia sofre duas mitoses e forma 4 ovogônias). 
A partir da puberdade (maturidade sexual) acontece a maturação, onde o ovócito I (diploide - 2n) sofre a 
primeira meiose e se divide em ovócito II e primeiro corpo polar, células geneticamente e morfologicamente 
diferentes, haploides (n). Tanto o polócito I quanto o ovócito II sofrem meiose II, sendo esta incompleta. A célula 
para na metáfase II, por isso continua sendo chamada de ovócito II, precisando do gameta masculino para terminar a 
divisão celular. O espermatozoide não precisa penetrar na célula para isso, basta que ele toque na zona pelúcida. 
Enquanto as enzimas do acrossomo estão atuando na zona pelúcida, o ovócito II passa a ser chamado de óvulo. UMA 
OVOGÔNIA FORMA 4 GAMETAS FEMININOS. 
 A função do 
polócito seria 
nutrição, pois ele 
passa mais da metade 
do seu citoplasma 
para o gameta 
feminino. 
Independente da 
fecundação ou não, 
ele vai ser 
degenerado. 
 
 
 
 
 
 
 
O ovário possui folículos ovarianos primários/imaturos em volta do ovócito II, que é estimulado por 
hormônios até chegar ao estágio de folículo ovariano secundário/maturo. O tamanho do gameta feminino aumenta 
consideravelmente, a quantidade de células foliculares também aumenta e forma-se uma cavidade – o antro – onde 
fica o liquido folicular. O folículo ovariano secundário também possui uma camada externa de musculo liso (2 a 3 
camadas de células), a teca. 
Os hormônios que atuam no amadurecimento do folículo ovariano são o FSH e o LH. Os dois atuam 
estimulando a ovulação, principalmente o LH, contraindo a teca. Há uma pressão intrafolicular, forma-se uma 
saliência (estigma) na parede externa do folículo, que se rompe e libera o ovócito juntamente com o liquido folicular, 
que é sugado pelas fimbrias da tuba uterina. Algumas células foliculares (que produzem estrogênio) vão junto com o 
ovócito, formando a corona radiata. Outras permanecem para formar o corpo lúteo, que produz estrogênio e 
progesterona. 
- Zona pelúcida: glicoproteínas, ZPA, ZPB, ZPC, que atua protegendo o gameta feminino. 
- Corona radiata: várias camadas de células foliculares, fornece moléculas precursoras de 
macromoléculas que 
serão sintetizadas no interior do ovócito II. 
- Grânulos corticais: “Reação cortical”. Liberam uma substância que altera a polaridade da zona 
pelúcida, formando uma membrana de fertilização que impede que outros espermatozoides entrem no óvulo. 
- FSH: estimula o amadurecimento do folículo ovariano, aumentando o tamanho do gameta e a 
quantidade de células foliculares e a ovulação. 
- LH: atua na ovulação e na formação do corpo lúteo, que produz a progesterona. 
- Gêmeos idênticos: o embrioblasto, já no útero, se divide em dois grupos celulares e cada um forma 
um novo embrião. 
 
 
Apesar do espermatozoide ser completamente formado na espermatogênese, ele ainda não está apto para a 
fecundação, precisando passar por um processo de capacitação, onde aumenta seu movimento flagelar para ganhar 
mais velocidade, com secreções da glândula uterina, tanto no útero quanto nas tubas uterina. A cobertura da 
membrana plasmática e do acrossomo é limpa (das glicoproteínas e proteínas seminais do homem), alterando a 
permeabilidade para ocorrer a reação acrossômica (liberação das enzimas). 
CAPACITAÇÃO DO ESPERMATOZOIDE: 
- Remoção da cobertura glicoproteica e proteínas seminais da superfície do acrossomo e alteração dos 
componentes do espermatozoide (proteínas receptoras, proteínas canais...); 
- Canais de cálcio abrem-se pela ação da progesterona, o cálcio entra na membrana do flagelo e se liga 
à calmodulina, o que provoca o aumento do batimento flagelar; 
- Aumenta a produção do AMP cíclico e ativação da proteína cinase A, que fosforila a flagelina 
provocando uma hiperatividade do flagelo. 
 
 FASES DA FECUNDAÇÃO 
 
Passagem do espermatozoide pela corona radiata e zona pelúcida,pela reação acrossômica > Fusão das 
membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide (cabeça e cauda entram) > reação cortical > término da 2ª 
divisão meiótica e formação do pró-núcleo feminino + formação do pró-núcleo masculino (a cauda degenera dentro 
do óvulo) > os dois pró-núcleos se unem, formando o zigoto. 
A fecundação acontece na ampola da tuba uterina. 30h depois da fecundação, o zigoto começa a sofrer mitoses 
sucessivas (o ciclo celular é alterado para as fases G1 e G2 não gerarem volume citoplasmático), que forma células 
progressivamente menores (blastômeros). O zigoto se chama mórula no estágio de 12 a 32 blastômeros, envolvidos 
por uma camada achatada de trofoblasto, 3 a 4 dias após a fecundação. Tudo isso acontece enquanto o zigoto se 
movimenta pela tuba uterina por meio de batimentos ciliares e movimentos peristálticos das tubas até o útero. 
Formação do blastocisto: glândulas uterinas liberam uma secreção que degenera a zona pelúcida, invade a 
mórula e forma uma cavidade (cavidade blastocistica) com duas camadas: uma que reveste, o trofoblasto, que vai 
originar a placenta embrionária; e o embrioblasto, que vai formar o embrião. É importante remover a zona pelúcida 
nesse estágio para poder ocorrer a fixação do blastocisto no endométrio, já que para implantação primeiro é 
necessário que ocorra interação entre glicoproteínas adesivas da membrana plasmática do endométrio em 
associação caderinacaderina com as glicoproteínas do trofoblasto. Essa implantação ocorre seis dias após a 
fecundação. 
Blastocisto inicial x Blastocisto tardio: o inicial ainda possui uma camada zona pelúcida em degeneração, 
cavidade blastocística em formação e o embrioblasto ainda está se modificando. 
 
 PRIMEIRA SEMANA DE GESTAÇÃO 
 
O QUE CARACTERIZA O INÍCIO: Fecundação e formação do zigoto 
O QUE OCORRE DURANTE: clivagem do zigoto em deslocamento ao longo da tuba e formação da mórula O 
QUE CARACTERIZA O FINAL: A formação do blastocisto (trofoblasto e embrioblasto). 
 
Após a implantação do blastocisto no epitélio do útero, o trofoblasto se diferencia em duas camadas: 
citotrofoblasto (camada interna de células mononucleadas mitoticamente ativas que forma novas células para a 
camada externa) e sinciciotrofoblasto (camada externa constituída por massa protoplasmática multinucleada 
formada pela fusão celular, que vai aumentando e invadindo o endométrio à medida que as células vão se 
multiplicando). O sinciciotrofoblasto libera metaloproteinases que vão favorecer essa invasão do blastocisto no 
endométrio receptor. Ele se funde e rompe os vasos sanguíneos, o sangue então extravasa para lacunas ou redes 
vasculares dentro do sinciciotrofoblasto, importantes para a nutrição das células embrionárias. O processo de 
implantação acontece simultaneamente a alterações morfológicas de células que irão dar origem ao embrião, mas 
caracteriza o inicio da segunda semana de gestação. 
O mecanismo molecular de implantação envolve a sincronização entre o blastocisto invasor e o endométrio 
receptivo. Microvilosidades das células endometriais, moléculas celulares de adesão, citocinas, prostaglandinas, 
genes homeobox (impedem a rejeição pela mãe), fatores de crescimento e metaloproteinases de matriz tornam o 
endométrio receptivo. As células de tec. conjuntivo em torno da massa em proliferação acumulam glicogênio e 
lipídeos, assumindo aspecto poliédrico e células deciduais degeneram no local de penetração do sinciciotrofoblasto. 
O sinciciotrofoblasto é o responsável pela produção do HCG, que estimula o corpo lúteo a produzir hormônio 
(progesterona). Após 12 dias de fecundação, ele já passa a envolver o concepto e a ser encontrado totalmente 
dentro do endométrio, estabelece uma primeira circulação placentária ao romper vasos endometriais. 
São formados a cavidade amniótica, o âmnio (forma o revestimento epitelial do cordão umbilical quando for 
formado), o disco embrionário (placa bilaminar que origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e 
órgãos do embrião) e o saco vitelínico primitivo (desempenha papel na transferência de nutrientes para o embrião 
durante a segunda e terceira semana e a partir da quarta semana é incorporado como intestino primitivo). 
O líquido amniótico desempenha papel no crescimento e desenvolvimento fetais, nutrindo o feto. Quando o 
hipoblasto forra a cavidade blastocistica, a cavidade passa a se chamar exoceloma. O disco embrionário é dividido 
em duas camadas: o epiblasto, voltado para a cavidade amniótica e o hipoblasto, voltado para o blastocisto. As 
células do epiblasto se diferenciam em amnioblastos, que revestem a cavidade amniótica e produzem o líquido 
amniótico. 
Células do citotrofoblasto se multiplicam em pontos específicos e formam saliências que invadem o 
sinciciotrofoblasto, formando vilosidades que irão também estabelecer a nutrição do feto. Em espaços entre essas 
vilosidades será formada a placenta. Forma-se o córion e o saco coriônico, o córion é formado por mesoderma 
somático (forma a cavidade do exoceloma) e mesoderma esplâncnico (que reveste o saco vitelínico). É ele que vai 
originar a ligação entre o embrião e a parede da placenta, através do cordão umbilical (pedículo umbilical em 
formação). Mesoderma somático + citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto formam o córion. O saco coriônico é toda a 
região onde o embrião vai se desenvolver. 
* Esse "somatico" e "esplancnico" são mesoderma extraembrionario. As células do endoderma do saco vitalínico 
formam o mesoderma extraembrionario, que circunda o amnio e saco vitalínico. Assim, forma o amnio, disco 
bilaminar e saco vitelinico. Se formam espaços dentro desse mesoderma, que se unem e formam o celoma 
extraembrionario. Esse celoma que vai separar o mesoderma em duas camadas: "Mesoderma extraembrionario 
somatico" e "mesoderma extraembrionario esplancnico" 
- Placa pré-cordal: determina uma região importante da cabeça. Alguns autores determinam esse evento como 
final da segunda semana. Consideraremos como um evento da terceira. 
 
 SEGUNDA SEMANA DE GESTAÇÃO 
 
O QUE CARACTERIZA O INÍCIO: Nidação (implantação do blastocisto no endométrio) 
O QUE OCORRE DURANTE: Formação da cavidade amniótica, âmnio, disco embrionário e saco vitelínico 
primitivo. 
O QUE CARACTERIZA O FINAL: Formação de vilosidade coriônica primária e secundária.

Continue navegando