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Colelitiase

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Colelitíase 
DEFINIÇÃO: Vesícula é sede dos cálculos 
EPIDEMIOLOGIA PATOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO 
• Principal causa de hospitalização por doença 
gastrointestinal do mundo ocidental; 
• 10-15% da população; 
•↑prevalência com a idade (>60); 
• 10-20% desenvolvem sintomas em 5- 20 
anos; 
• Risco de dor/complicações: 1-4% 
A bile é composta por três substâncias: o 
colesterol, os sais biliares e lecitina. Juntos em 
qnts proporcionais mantêm a bile em estado 
líquido. 
Quando o colesterol ou os sais biliares são 
produzidos em excesso pelo fígado, há 
precipitação destas substâncias, junto com a 
hipomotilidade vesicular (por  da resposta a 
CCK), formando pequenos grânulos. 
Cálculos de colesterol (90%) e cálculos 
pigmentados: 
• Cálculos de colesterol: 
- Amarelados, únicos ou múltiplos - 1mm até 4 
cm; 
- Maioria misto: mais de 70% de colesterol e o 
restante formando por sais de cálcio, proteínas, 
fosfolipídios e sais biliares; 
→ A formação dos cálculos biliares se dá então 
através da presença de colesterol no gel de 
mucina, associados ao esvaziamento 
incompleto da VB. 
• Cálculos pigmentados: 
➢ Marrons: bilirrubinato de cálcio com 
colesterol e sais de Ca; 
- Estase biliar; 
- Infecção enterobacteriana; 
➢ Pretos: até 1 cm; 
- Hemólise crônica: desconjugação da BD 
secretada, que precipita na forma de 
bilirrubinato para formar cálculos; 
- Cirrose: conjugação deficiente de bilirrubina 
(↑BI); 
- Pancreatite. 
• 75% dos pcts são assintomáticos; 
• A maioria dos pcts sintomáticos apresentam: 
- Dor biliar em HD e epigastro; 
progressivamente intensa (aumentando até 1h), 
atinge seu platô e é aliviada gradativamente. 
- A dor pode estar associada à ingestão de 
alimentos gordurosos (20 a 40 min após); 
- Acompanhada, normalmente, de náuseas e 
vômitos; 
• Dores > 6h: suspeita de complicações 
 
• Exame físico geral; pode haver dor leve a 
moderada à palpação da VB durante o episódio 
agudo; 
• Exames laboratoriais geralmente normais; 
• USG de abdome: sensibilidade + especifidade: 
95% 
- Visualiza a VB com precisão; 
- Visualiza os ductos intra e extra hepáticos; 
• R-x: vesícula de porcelana (parede 
edemaciada ou calcificada) – visualiza 10-15% 
dos cálculos de colesterol e 50% dos 
pigmentares. 
FATORES DE RISCO 
• Obesidade: hipersecreção colesterol, torna 
bile supersaturada; 
• Dieta: relação com a ↓fibras, lentificação do 
trânsito intestinal; carboidratos refinados 
↑concentração biliar de colesterol; 
• Anemia hemolítica: precipitação da BI na 
árvore biliar; 
• Cirrose: 30% apresenta cálculos pretos; 
• Predisposição genética (↑2-4x risco); 
 • Desmotilidade vesicular. 
COMPLICAÇÕES 
• Colecistite aguda: se o cálculo permanecer no 
infundíbulo da vesícula ou no dúcto cístico gera 
uma obstrução -> inflamação -> dor intensa 
constante + febre; 
• Coledocolitíase: migração do cálculo para o 
ducto colédoco; 
• Vesícula hidrópica: o cálculo impactado no 
infundíbulo – paredes da VB se distendem; 
- Sinal de Couvoisier-Terrier +: icterícia 
associada à VB palpável. 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Colecistectomia: pcts sintomáticos e ptcs 
assintomáticos com VB de porcelana; 
• Tratamento expectante: pcts assintomáticos; 
 
 
Lidiely Mello

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