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Equipes de Alto Desempenho | 
Liderança 
www.cenes.com.br | 1 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA 
EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO 
 
CONTEÚDO 
PODER E LIDERANÇA 
CARISMÁTICA 
Equipes de Alto Desempenho | 
Liderança 
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Equipes de Alto Desempenho | 
Liderança 
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Sumário 
Sumário ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 
Liderança ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5 
Chefia e Autoridade ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7 
Chefia e Liderança ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7 
Liderança e Administração – Liderar e Administrar --------------------------------------------------------------------- 10 
Bases da Autoridade ------------------------------------------------------------------------------------------- 12 
Costumes ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 12 
Organização ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 13 
Carisma ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15 
Competência técnica ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 
Relações pessoais ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
Poder --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 18 
Poder Coercitivo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 18 
Poder de Recompensa ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 
Poder Carismático ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 
Poder de Competência ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 
Autoridade Formal --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 
Poder Racional Legal ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 
Liderança Carismática ----------------------------------------------------------------------------------------- 21 
Habilidades do Carisma --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
Empatia ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 24 
Comunicação Interpessoal ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 24 
Despertar Admiração ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
Suscitar Confiança ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 
Características da Liderança Carismática ----------------------------------------------------------------------------------- 25 
Liderança Transformacional e Transacional ------------------------------------------------------------- 27 
Liderança Transacional – Chefe ----------------------------------------------------------------------------------------------- 27 
Liderança Liberal ou Laissez-Faire -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 
Liderança Transformacional – Líder ----------------------------------------------------------------------------------------- 30 
Qualidades do Líder Transformacional -------------------------------------------------------------------------------------------------- 32 
Liderança e Prisma Multicultural --------------------------------------------------------------------------- 33 
Estilos de Liderança -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34 
Liderança Situacional ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34 
Liderança Democrática ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 36 
Equipes de Alto Desempenho | 
Liderança 
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Liderança Visionária ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38 
Líder e Liderança: Características e Habilidades ------------------------------------------------------- 38 
Inteligência Emocional ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 39 
Trabalho em Equipe e o Papel do Líder ------------------------------------------------------------------------------------- 40 
Ética na Liderança ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40 
Formando Líderes: o Papel dos Seguidores e a Sabedoria na Liderança ------------------------ 41 
Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------------ 45 
Lista de Figuras -------------------------------------------------------------------------------------------------- 45 
Lista de Quadros ------------------------------------------------------------------------------------------------ 46 
 
 
 
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Liderança 
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Liderança 
Existem várias definiçõespara o termo “liderança”, e a mais simples afirma que uma 
pessoa é um líder ou exerce liderança no momento em que consegue conduzir as 
ações ou exercer influência sobre o comportamento de outras pessoas. 
 
 
Figura 1 – Relação de liderança: líder e seguidor. 
Fonte: Adaptado de Antonio Cesar Amaru Maximiano (2000). 
 
Em alguns casos, não é somente um indivíduo que exercerá influência sobre outro, 
mas sim um grupo influenciando a outros grupos, dentro dos quais, 
independentemente da posição formal dos membros, poderá ocorrer maior ou menor 
influência de um ou alguns sobre outros, seja em razão das alianças formadas com 
colegas ou por conta da própria competência técnica. Ao partir desta definição como 
base, entende-se a liderança como um processo social, ou seja, uma relação entre 
pessoas, na qual estão inclusos o líder ou o grupo de líderes, e seus seguidores. 
 
Além desta noção, outros autores contribuem com diferentes definições de liderança, 
sendo elas: 
• A consecução de uma meta através da direção de colaboradores humanos, 
definindo o líder como aquele que consegue, com sucesso, comandar os 
colaboradores para atingir determinadas finalidades (Prentice, 1961). 
• Os líderes que conseguem induzir seguidores a alcançar determinados 
objetivos, cujos valores e motivações são representados através de 
necessidades, desejos, expectativas e aspirações, tanto dos seguidores como 
dos próprios líderes (Phillips, 1992). 
• O uso da influência não coerciva enquanto na direção de atividades dos 
membros do grupo, guiando-os à realização dos objetivos coletivos (Jago, 
1982). 
Seguidor Líder Influência 
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Liderança 
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Ainda, podemos citar a noção trazida por Douglas McGregor (1960), que explana o 
conceito de liderança não como sendo um atributo pessoal, mas sim como uma 
complexa junção das características do líder, das necessidades e atitudes dos 
liderados, das características organizacionais e também da tarefa e da situação social, 
política e econômica. 
 
 
Figura 2 – Conceito e características de liderança para McGregor. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
De maneira mais didática, podemos definir a liderança como o uso da influência, ou 
seja, um fenômeno social que depende da relação dos indivíduos em uma 
determinada situação. Dentro do uso da influência, se tem a utilização do poder, isto 
é, o meio pelo qual se vai influenciar o comportamento de outras pessoas. 
 
A influência nada mais é que fazer com que as pessoas façam aquilo que elas não 
fariam sem a presença de um líder, ou seja, se trata de ocasionar uma mudança de 
comportamento em um determinado indivíduo, sendo que o uso do poder é o 
principal instrumento. 
 
A liderança está fundamentada nas crenças dos seguidores a respeito das qualidades 
do líder e da sua vontade de segui-lo, buscando, assim, a missão que o líder 
representa. O líder resolve o problema do grupo, sendo a liderança limitada apenas 
pelo próprio grupo que o segue por acreditar ou precisar daquele líder. O Poder do 
Líder está nos próprios liderados, não sendo necessária a imposição. A liderança é um 
produto de vários fatores e não uma qualidade singular ou pessoal. 
Liderança
Características do 
líder
Necessidades e 
atitudes dos 
liderados
Características 
organizacionais e 
da tarefa
Situação social, 
política e 
econômica
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Liderança 
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Dentro do conceito de liderança, há algumas noções que se correlacionam e possuem 
diferenças muito pequenas. A seguir, veremos um pouco sobre cada uma delas. 
 
Chefia e Autoridade 
A chefia diz respeito a ter uma posição hierarquicamente superior aos demais 
indivíduos. Já a autoridade caracteriza o direito formal e legítimo que algo ou alguém 
tem para dar ordens, alocar recursos, tomar decisões e conduzir ações. 
 
Chefia e Liderança 
Assim como as noções de chefia e autoridade se confundem, o mesmo ocorre com as 
noções de chefia e liderança. O chefe é aquele focado em como fazer, executando 
atitudes impessoais e negociações coercitivas, evitando riscos e o envolvimento 
emocional. É aquele cujas ordens devem ser obedecidas a todo custo, já que ele ocupa 
uma posição maior na hierarquia e todos o respeitam. É aquele que, quando passa 
pelo corredor, todos abaixam a cabeça, isso faz parte do poder que ele possui, que o 
torna legítimo. Ele está por legitimidade naquela posição e os demais se submetem 
ao seu poder. Os chefes são aqueles responsáveis pela situação, que dirigem e são 
dirigidos, mas que não vão a lugar algum. 
 
Já a liderança, ela simplesmente surge. Há uma frase bastante conhecida que diz: “o 
líder de hoje não é o líder de amanhã”, isso significa que uma pessoa pode ser líder 
hoje e, a depender da situação, o seu colega será o líder no dia seguinte, afinal, o 
poder da liderança está nos liderados. Os líderes surgem conforme o momento, sendo 
focados nos pontos importantes das decisões, executando atitudes ativas e pessoais, 
buscando novas abordagens, medindo riscos em razão das oportunidades, 
demonstrando empatia e envolvimento. 
 
Bennis (1996) afirma que não basta que um líder faça bem-feito aquilo que faz, mas 
deve também buscar fazer aquilo que é certo. Um líder sem meta e sem visão NÃO É 
um líder, afinal, aquele que é líder deve refletir, estar disposto a correr riscos, tentar 
coisas novas, buscar sempre aprender mais e explorar seus erros. 
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O autor ainda cita algumas noções de autoconhecimento que podem ser praticadas 
por aquele que é ou pretende ser um líder, sendo elas: 
• Você é o seu melhor professor. 
• Aceite sua responsabilidade, não culpe ninguém. 
• Você pode aprender qualquer coisa que quiser. 
• O entendimento vem da reflexão sobre a experiência pessoal. 
 
Drucker (1996) é outro autor que discute o assunto, e afirma ser vital reconhecer que, 
quando a organização obtém sucesso, este deve ser atribuído ao líder, posto que sua 
personalidade se incorpora à cultura da organização. 
 
Desta maneira, este autor pontua que, enquanto recursos gerenciais podem ser 
ensinados, os recursos básicos da liderança, por sua vez, não podem, e devem ser 
aprendidos, afinal, o que um líder aprende e como ele usa disso para modificar aquilo 
que precisa é algo extremamente único. 
 
 
Líder 
 
• Tem a capacidade de atrair, agregar pessoas e influenciá-las. 
• Direciona e conduz um grupo de liderados. 
• Pode surgir naturalmente ou ser colocado nesta posição. 
 
Figura 3 – Características do líder. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
Vale lembrar que ser um chefe NÃO SIGNIFICA, necessariamente ser um líder, afinal, 
chefe é aquele que manda dentro do ambiente organizacional, e líder é aquele que 
influencia as pessoas. 
 
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Liderança 
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Chefia: ser chefe é ocupar uma posição hierarquicamente superior à de outras pessoas 
dentro da estrutura organizacional, possibilitando o uso de poder legítimo (Autoridade 
Formal) para forçar as pessoas a fazer o que quer. 
 
Liderança: ser um líder é guiar o comportamento das pessoas para que elas façam coisas 
que vão além dos seus próprios objetivos pessoais. É ter o poder de influenciar outra 
pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Comportamentos do chefe e do líder 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
A seguir, deixo com você um quadro comparativo com as principais características 
entre um Chefe e um Líder. Lembre-se que é um rol meramente exemplificativo e que 
outras características podem aparecer nas questões. Preocupe-se com absorver a 
essência do que é ser um chefe e o que é ser um líder, portanto não há necessidade 
de decorar esse rol. 
 
Diz: EU
Diz: VÁ
Procura 
culpados
Fiscaliza
Desmoraliza
Diz: nós
Diz: vamos
Assume 
responsabilidadesConfia
Acompanha
O CHEFE O LÍDER 
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Liderança 
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Quadro 1 – Características do chefe e do líder. 
CHEFE/GERENTE LÍDER 
Manda, dá ordens aos subordinados. Atua como facilitador das ações organizacionais. 
Exerce controle sobre os subordinados. Trabalha com base em mudanças. 
Responde aos questionamentos do funcionário. 
Antecipa-se aos questionamentos das pessoas e 
as incentiva. 
Estabelece limites para os funcionários. 
Potencializa as competências individuais no 
trabalho. 
Assegura a disciplina dos funcionários. Estimula a criatividade do grupo. 
Realiza avaliação de desempenho dos 
funcionários. 
Negocia ações e resultados com os membros da 
organização. 
Atua com base na estrutura hierárquica da 
organização. 
Atua com base nas situações que se apresentam. 
Tem visão de curto prazo. Tem visão de longo prazo. 
Preocupado com a eficiência, “fazer certo as 
coisas”. 
Preocupado com a eficácia e a efetividade, “fazer 
as coisas certas”. 
É uma “cópia” (copia pensamentos antigos e se 
inspira em outros comportamentos). 
É original (gera inspiração porque não usa o 
cargo para passar outra imagem) 
Tem visão limitada. 
É inovador (é a arte de transformar algo já 
existente em algo mais moderno). 
Pergunta “como” e “quanto”? Pergunta “o que” e “por quê?” 
Dá as limitações. Dá as origens. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
Liderança e Administração – Liderar e Administrar 
Bennis e Nanus (1998), afirmam que há uma grande diferença entre a administração 
e a liderança, o que, no entanto, não faz com que uma anule a importância da outra. 
Os autores pontuam da seguinte forma: 
• Administrar é ocasionar, assumir a responsabilidade, realizar e conduzir. 
• Liderar é guiar em direção, influenciar. 
 
Neste sentido, também se nota a diferença entre os gerentes e os líderes: os primeiros 
possuem o objetivo de manter a continuidade da organização, enquanto os segundos 
se voltam para as oportunidades de desenvolvimento organizacional existentes. 
Equipes de Alto Desempenho | 
Liderança 
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Bennis (1996) ainda afirma que, um líder possui a influência sobre a cultura de uma 
organização, evidenciando que é mais fácil estabelecer uma nova cultura do que 
mudar uma já fixada há tempos, no entanto, vale lembrar que tal mudança não é 
impossível. Assim, os líderes são caracterizados como aqueles indivíduos que 
conseguem implementar estratégias e criar uma cultura no ambiente organizacional, 
o que, como já sabemos, não é um processo simples, pois envolve ideias já 
estabelecidas e pode ocasionar conflitos. 
 
 
É importante que a organização compreenda que mudanças NÃO DEVEM ser observadas 
como inimigas, afinal, é através das transformações que as empresas podem voltar ao 
centro de suas atividades. 
 
Neste sentido, é um dever do líder ter criatividade e demonstrar interesse para com o 
que acontece aos colaboradores, permitindo que, nos momentos em que a 
organização já possua potencial para sobreviver, os valores e a cultura da empresa 
sejam transmitidos ao modelo conceitual dos subordinados. 
 
Quanto ao processo de construção da cultura, Drucker (2001) afirma que existem 3 
maneiras para que este processo ocorra, sendo elas: 
• O empresário contrata e mantém apenas os que pensam do mesmo modo que o deles. 
• Os subordinados passam por um processo de socialização e doutrinação conforme o 
modo de pensar. 
• O próprio comportamento é um modelo de papel que estimula os subordinados a se 
identificarem, internalizando crenças, premissas e valores. 
 
Desta forma, podemos afirmar que o comportamento de Líderes e Administradores 
se complementam, sendo o conjunto entre gerentes e líderes que possibilita às 
organizações o processo de mudança. 
 
Equipes de Alto Desempenho | 
Bases da Autoridade 
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Tendo esclarecidas estas noções básicas sobre liderança, podemos dar sequência ao 
nosso estudo. No próximo tópico, vamos estudar sobre as bases da autoridade, 
buscando entender quais são elas e como se definem suas características. 
 
Bases da Autoridade 
Autoridade, conforme postula Max Weber, define a probabilidade de uma ordem ou 
comando ser obedecido. O autor analisou 3 motivos pelos quais aquele que dá a 
ordem poderia ser obedecido, sendo tais motivos: 
• A tradição. 
• O carisma. 
• A burocracia. 
 
No entanto, conhecimentos contemporâneos possibilitam que sejam adicionados 
outros motivos: 
• As relações pessoais. 
• A competência técnica. 
 
 
Figura 5 – Bases da autoridade conforme Weber. 
Fonte: Adaptado de Antonio Cesar Amaru Maximiano (2000). 
 
Costumes 
A obediência aos costumes tem como base a crença na ordem social e em suas 
atribuições. É a chamada autoridade tradicional, que guia uma pessoa ou grupo social 
na obediência a outro, partindo da noção de que tal obediência é um hábito herdado 
de outras gerações. 
 
Autoridade
Tradição e 
costumes
Burocracia Carisma
Competência 
Técnica
Relações 
pessoais
Equipes de Alto Desempenho | 
Bases da Autoridade 
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A autoridade devida à tradição ou costumes é característica das seguintes situações: 
• Sociedades feudais. 
• Família. 
• Monarquias. 
• "Currais eleitorais" e coronelismo. 
• Empresas familiares nas quais a figura do patriarca, do grupo de fundadores ou do 
núcleo familiar é perpetuada através de hábitos administrativos que são passados 
entre as gerações de empregados. 
 
Quando falamos da tradição como sendo uma base da liderança, tem-se a noção de 
que é extrínseca ao líder, possibilitando que este, por sua vez, tome o fato de 
representar uma tradição como base para a sua capacidade de influenciar, como é o 
caso da aristocracia, por exemplo. 
 
É possível que a tradição seja combinada com outras formas de autoridade ou 
influência, como quando é feita com as habilidades pessoais, no caso de figuras 
públicas como os Papas, por exemplo, há muito tempo associados à uma permanente 
missão moral. 
 
Organização 
A organização pode ser considerada a principal base da autoridade na atualidade, 
posto que as organizações formais modernas, como o Estado, as forças armadas e as 
empresas privadas, tornam a liderança em cargos específicos de uma profissão. Tal 
transformação faz com que, no contexto das organizações formais contemporâneas, 
cada gerente seja o ocupante de uma posição (cargo) na hierarquia organizacional 
que os fornece o direito de ser obedecido e de tomar decisões, enquanto seguindo 
uma jurisdição definida por critérios de divisão do trabalho. 
 
A autoridade burocrática é também um fator extrínseco do líder, posto que é 
permanente ao cargo ocupado, mas temporária ao ocupante. Isso faz com que o 
ocupante perca, assim que se finda seu mandato, os poderes formais que eram a ele 
conferidos, momento a partir do qual tais poderes são transferidos ao sucessor do 
cargo. 
Equipes de Alto Desempenho | 
Bases da Autoridade 
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A organização manifesta sua autoridade, para além dos direitos determinados nos 
cargos, através dos regulamentos, que definem os comportamentos esperados, e da 
legislação social, que elabora obrigações adicionais. 
 
Tem-se a noção de que a autoridade para comandar é originada por um poder 
superior – o poder público ou a propriedade privada – a partir do qual o ocupante do 
cargo herda o direito de agir. Neste sentido, mesmo em governos totalitários ou 
ilegais, busca-se uma forma para assegurar tal delegação dos poderes concedidos 
pela sociedade, o que pode ocorrer ao fraudar eleições, promulgar leis que legitimam 
a tomada de decisões arbitrárias, utilizar propagandas para manipular o povo, entre 
outros meios. 
 
Assim, podemos dizer que, aos seus detentores, a autoridade formal concede o direito 
de usar a força, fator que é presente mesmo em governos democráticos ou legítimos, 
quedispõem de meios coercitivos utilizados na manutenção da ordem ou na 
implementação de decisões. 
 
A escola clássica da administração apresenta a noção de que os gerentes são 
obedecidos justamente por disporem da autoridade formal, no entanto, isso é um 
grande mito: de acordo com Chester Barnard (1938), o poder de punir e o direito de 
comandar NÃO SÃO fatores que asseguram que os subordinados trabalhem da 
maneira esperada pelo gerente, posto que a aceitação é um aspecto essencial ao 
funcionamento da autoridade. 
 
Assim, o autor propõe a teoria da aceitação da autoridade, por meio da qual a visão 
das organizações como sistemas é humanizada, tendo seu funcionamento entendido 
como dependente apenas da regulamentação, ao mesmo passo em que delega 
grande importância às habilidades que precisam ser desenvolvidas pelos gerentes, 
caso queiram ser eficazes. 
 
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Bases da Autoridade 
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Carisma 
De acordo com Weber, o carisma é a qualidade pessoal que desperta a devoção dos 
seguidores. É um conceito frequentemente associado à noção de dom divino, cuja 
descrição remete à imagem de um grande líder social, religioso ou político como o 
condutor de multidões de adeptos. 
 
Para além de tais noções, o carisma pode ser definido como qualquer tipo de 
influência que demonstre dependência em qualidades pessoais, não sendo atrelado à 
posição organizacional ou às tradições. Assim, dizemos que uma pessoa é carismática 
quando exerce uma influência marcante, causando impressão ou inspirando respeito. 
 
Quando combinados como bases da autoridade, o carisma e a organização 
possibilitam que seja feita uma distinção entre os líderes informais e os 
administradores formais (chefes). Como exemplo, podemos citar o dirigente sindicar 
e o presidente de determinada empresa. Entenda: 
 
 
A grande diferença entre um dirigente sindical, que mobiliza os empregados em uma 
greve ou manifestação contra determinada empresa, e o presidente empresarial, está no 
exercício do poder: enquanto o dirigente sindical exerce da liderança informal sobre os 
funcionários, visando a consecução da meta – realizar uma greve ou manifestação – o 
presidente empresarial exerce do poder ou autoridade formal sobre estes mesmos 
funcionários. 
 
É a clara diferença entre o líder e o chefe, afinal, a autoridade do dirigente sindical tem 
como base o interesse, por parte dos funcionários, em protestar contra a empresa, 
enquanto a autoridade do presidente empresarial é baseada na mera propriedade que 
este tem sobre a empresa. 
 
Vale lembrar que nem sempre o ocupante de uma posição de autoridade formal irá 
exercer liderança informal sobre os colaboradores, assim como nem sempre aquele 
que exerce liderança informal ocupará um cargo correspondente de autoridade 
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Bases da Autoridade 
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formal. Apesar disso, estes tipos de liderança e autoridade NÃO SÃO mutuamente 
exclusivos, posto que, frequentemente, é possível encontrar ocupantes de posições 
formais e que exercem grande liderança pessoal sobre os funcionários. 
 
 
Em diversos casos, a liderança informal é um fator que legitima a autoridade formal, algo 
que acontece quando se escolhe, através da participação pelo voto, um indivíduo para 
ocupar determinada posição de poder. 
 
No contexto organizacional, a capacidade de comandar com sucesso demanda ambos 
os componentes: a autoridade formal concedida pelo cargo ao ocupante e suas 
qualidades pessoais que o tornam em um líder. 
 
Competência técnica 
Uma das formas de influenciar o comportamento de outros indivíduos é através da 
superioridade do líder em determinado campo do conhecimento, seja ela real ou 
imaginária. Quando os seguidores acreditam que o líder possui certo tipo de 
conhecimento ou competência que seja superior ao que eles próprios possuem, então 
se deixam influenciar por ele. 
 
Quando pensamos sobre a autoridade dos gerentes e sobre a influência que exercem 
sobre um grupo, a competência técnica se torna um fator relevante, afinal, a liderança 
pode ser transferida entre os integrantes de um grupo conforme as tarefas exijam 
certas competências técnicas. 
 
Para além disso, entendemos a necessidade de competência técnica como sendo 
inversamente proporcional à posição do ocupante na cadeia de comando. Isso 
significa que quanto maior for a necessidade de comando que o cargo demanda, 
menor será a necessidade de competência técnica de seu ocupante. 
 
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Bases da Autoridade 
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Para que esta relação fique mais clara, basta pensar no contexto de uma empresa: é preciso 
que o dono seja extremamente competente no comando, mas não se faz necessário que 
tenha grandes competências técnicas. No entanto, quando pensamos sobre os 
funcionários desta mesma empresa, de nada lhes servem boas habilidades de comando, se 
não tiverem habilidades técnicas bem desenvolvidas, um fator chave para que executem o 
trabalho. 
 
Ainda, para o desempenho de determinados cargos gerenciais, a competência técnica 
NÃO É um requisito, afinal, o objetivo do gerente é de possibilitar o caminho a ser 
seguido por aqueles que gerencia, e não de fazer o seu trabalho. A exemplo, temos o 
caso de um treinador de esportes, que não precisa ter a capacidade técnica daqueles 
que treina, mas deve saber como guiá-los para que possam alcançar seus objetivos. 
 
Relações pessoais 
As relações pessoais que um sujeito cultiva afeta sua capacidade de influenciar 
pessoas, afinal, dependendo do tipo de relação que é mantida entre influenciador e 
influenciado, pode ser mais ou menos fácil exercer tal influência. 
 
Neste sentido, vale ao influenciador: 
• Cultivar uma relação de amizade com aquele que pretende influenciar. 
• Criar nos outros uma visão sobre si como uma pessoa de comportamento agradável. 
• Relacionar-se com pessoas importantes. 
• Cultivar a capacidade de manejar e compreender a estrutura organizacional de poder. 
• Ter ligações com as pessoas certas. 
 
A este tipo de autoridade, também podemos chamar de política ou networking. Vale 
lembrar que, em postos mais elevados dentro de uma hierarquia, ser capaz de fazer 
política é um fator-chave para a gerência contemporânea. 
 
Tendo claras as noções sobre as bases de autoridade, partimos para outro tópico que 
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Poder 
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está intimamente relacionado: o poder. A seguir, vamos estudar sobre os diferentes 
tipos de poder e suas características, buscando compreender sua funcionalidade 
prática. 
 
Poder 
Conforme as definições dadas por Max Weber, é possível definir poder como sendo 
a capacidade que algo ou alguém, tem de fazer com que alguém ou algo, faça alguma 
coisa, mesmo que ofereça resistência. Neste sentido, existem diversas formas possíveis 
para exercer o poder, sendo elas: 
 
Poder Coercitivo 
Neste tipo de poder, a influência sobre o comportamento de determinado indivíduo 
somente pode ser exercida por outro cujo cargo seja hierarquicamente superior ao 
deste primeiro, como é o caso de gerente e subordinado, por exemplo. Este tipo de 
Poder é normalmente utilizado para coagir alguém a realizar determinada ação. 
 
O poder coercitivo baseia-se na exploração do medo. O líder demonstra que poderá 
punir o subordinado que não coopera com suas decisões ou que adota uma postura 
de confronto ou indolência. As sanções podem ser desde a delegação de tarefas 
indesejáveis, passando pela supervisão de privilégios, até a obstrução do 
desenvolvimento do profissional dentro da organização. Pode ser exercido por meio 
de ameaças verbais ou não verbais, mas devido ao risco de as atitudes do líder serem 
qualificadas como assédio moral, o mais comum é retaliar o empregado, afastando-o 
de reuniões e eventos importantes, avaliando seu desempenho desfavoravelmenteou 
simplesmente demitindo-o. 
 
Esse tipo de poder pode gerar problemas relacionados à avaliação de desempenho, 
pois, embora se trate de uma avaliação técnica, especialista e racional, alguns líderes 
que se utilizam desse poder acabam envolvendo emoções e fazendo avaliações 
negativas em função de motivos pessoais. 
 
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Poder 
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Poder de Recompensa 
Neste tipo de poder, o indivíduo é induzido a exercer determinada ação em troca de 
uma recompensa, ou seja, ao realizar aquilo que é esperado, recebe determinada 
recompensa. No ambiente organizacional, podemos citar as possibilidades de 
aumento de salário, promoção, férias ou folga como exemplos. 
 
O poder de recompensa se baseia na exploração de interesses. A natureza humana 
é individualista, e, quase sempre, ambiciosa. Ao propor incentivos, prêmios e favores, 
o líder eleva o comprometimento da equipe, fazendo-a trabalhar mesmo sem 
supervisão. A recompensa pode ser pecuniária, ou seja, em dinheiro, ou mediante 
reconhecimento e felicitações públicas. 
 
O risco de se usar este expediente como principal artifício para exercício do poder é 
vincular a motivação das pessoas e sua eficiência a algum tipo de retorno palpável e 
de curto prazo, inclusive enfraquecendo a autoridade do líder. 
 
Poder Carismático 
Neste tipo de poder, faz-se o uso, principalmente, da afinidade existente entre os 
indivíduos, aproveitando-se desta afinidade para exercer influência sobre os outros, 
sendo necessário que haja uma interação humana. Baseia-se, ainda, na exploração 
da admiração, posto que o líder adota um estilo envolvente, enérgico e positivo, e, 
alcança a obediência porque seus liderados simplesmente gostariam de ser como ele. 
As pessoas o imitam e copiam com fidelidade de identificação. 
 
O líder carismático possui seguidores globais, pessoas que se comportam, falam e 
tentam ser iguais a ele. Uma pessoa NÃO PRECISA nascer com essa competência para 
se tornar um líder carismático, ele pode aprender a ser. Os políticos, por exemplo, 
fazem treinamento de carisma para conseguirem envolver a população com seu 
discurso e influenciá-las. 
 
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Poder 
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Poder de Competência 
Neste tipo de poder, o indivíduo busca uma associação sinérgica entre 
conhecimentos – saber teórico – habilidades – saber fazer – e atitudes – querer 
fazer. Tudo isso é combinado por aquele que exerce a influência sobre o sujeito, 
podendo ser facilmente notado no ambiente organizacional quando um subordinado 
– menos experiente – busca seu superior – mais experiente – para obter dele um 
norteamento. 
 
O poder de competência baseia-se no respeito, posto que o líder demonstra possuir 
conhecimentos e habilidades adequadas ao cargo que ocupa, além de atitudes dignas 
e assertivas. Pessoas que são vistas como especialistas numa determinada área podem 
influenciar as outras, fornecendo-lhes conhecimento ou esperando conformidade 
com seus desejos. Os subordinados reconhecem essa competência e a respeitam 
veladamente 
 
Autoridade Formal 
A Autoridade Formal está fundamentada em leis aceitas de comum acordo que criam 
as figuras de autoridade possuidoras de poder para comandar. O seguidor obedece 
às leis e regras que dão o poder ao cargo, características marcantes da Burocracia – 
também conhecida como Poder Racional Legal, que veremos logo a seguir – e não à 
pessoa que o ocupa, sendo estas leis e regras os instrumentos que orientam o convívio 
entre o grupo. 
 
A Autoridade Formal é limitada no tempo (é temporária) e no espaço, tendo sua área 
de atuação definida por limites, utilizando a força do cargo para impor obediência. Ela 
é um atributo singular que deriva das lei e regras. 
 
Poder Racional Legal 
Este tipo de poder é guiado por uma norma, regra, lei ou regulamento, sendo baseado 
na estrutura hierárquica de poder no contexto da organização. Enquanto no poder 
de competência o indivíduo é influenciado por aquele cujo conhecimento, habilidades 
e atitudes são superiores as dele, no poder racional legal tal influência é exercida 
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Liderança Carismática 
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somente em decorrência do fator hierárquico e normatizador, o que assume que um 
gerente, naturalmente, exerce influência sobre um subordinado, justamente por ser 
seu superior. 
 
A posição organizacional confere ao líder maior poder quanto mais elevada sua 
colocação no organograma da estrutura hierárquica. É uma autoridade legal e 
tradicionalmente aceita, porém não necessariamente respeitada. Um exemplo típico é 
o poder que emana do “filho do dono” que pode ser questionado, embora raramente 
contestado, se sua inexperiência for evidenciada. 
 
Já compreendemos sobre os conceitos básicos de liderança, elaboramos uma noção 
sobre as bases de autoridade e, agora, finalizamos nossa compreensão sobre o poder. 
A seguir, daremos continuidade com o assunto principal deste material: a liderança 
carismática. Vamos compreender sobre suas características e definições, 
estabelecendo uma relação entre a liderança carismática e as lideranças 
transformacional e transacional, elucidando suas diferenças e semelhanças. 
 
Liderança Carismática 
Se você já ouviu falar em carisma ou em liderança carismática, provavelmente a 
imagem de algum dos seguintes líderes veio à sua cabeça neste momento, não é 
mesmo? Muitos deles são citados como exemplos de liderança carismática, mas afinal, 
como podemos defini-la? 
 
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Liderança Carismática 
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Figura 6 – Líderes carismáticos. Da esquerda para a direita, de cima para 
baixo: Mahatma Gandhi, Steve Jobs, Margaret Thatcher, Barack Obama e 
Nelson Mandela. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
 
Dentro do conceito de liderança, tem-se a noção de liderança carismática, a partir da 
qual o líder possui atribuições dos seguidores, sendo visto como “herói” ou 
extraordinário na liderança. Os carismáticos estão dispostos a correr riscos, sendo 
sensíveis às necessidades dos liderados e limitações ambientais, ou seja, são líderes 
que exibem comportamentos diferentes dos comuns. Incialmente, articulam uma 
visão atrativa, comunicando expectativas de alto desempenho e expressando 
confiança nos liderados, oferecendo, assim, um novo sistema de valores a serem 
seguidos. 
 
O líder carismático se submete a autossacrifícios, geralmente engajando-se em 
comportamentos não convencionais, demonstrando convicção e coragem em relação 
à visão. Para além disso, a liderança carismática também está correlacionada com a 
satisfação entre os liderados e altos índices de desempenho. 
 
Muitos pesquisadores observam e debatem que uma das características dos líderes é 
o carisma. A palavra carisma é um vocábulo de origem latina, vindo da palavra 
charísma, que pode significar graça divina ou dom da natureza. Na definição 
constante no dicionário Houaiss, temos que o termo compõe a habilidade ou a 
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Liderança Carismática 
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capacidade que uma pessoa tem para despertar admiração e fascinar aqueles que 
estão ao seu redor. 
 
Geralmente, pessoas que são carismáticas são de maneira natural, sem que precisem 
forçar ou criar alguma estratégia. Esta noção reforça a ideia de que o carisma é, de 
fato, um dom especial que somente algumas pessoas possuem. No entanto, diversos 
especialistas afirmam que indivíduos podem ser treinados para demonstrar um 
comportamento carismático, obtendo assim os benefícios que a liderança carismática 
pode trazer, afinal, assim como qualquer outra competência, o carisma também pode 
– e deve! – ser desenvolvido naqueles que almejam uma posição de destaque como 
grandes líderes. 
 
No papel de liderança, o carisma faz com que os colaboradores apresentem respostas 
positivas e, consequentemente,maior dedicação. Neste sentido, um líder carismático 
deve demonstrar a capacidade para inspirar e fascinar, instigando, em outras pessoas 
ao seu redor, uma disposição para segui-lo. 
 
Maximiano (2004) afirma que, a liderança carismática, também chamada de 
transformadora ou inspiradora, consiste na oferta da própria realização da tarefa 
como recompensa, ou seja, não é uma recompensa física, mas sim que possui 
conteúdo moral. 
 
Algumas personalidades, como Nelson Mandela e Mahatma Gandhi, tinham a 
capacidade de instigar outras pessoas. No entanto, deve ficar entendido que não é 
necessário ter um nível tão elevado de carisma para que possa se beneficiar dessa 
habilidade. 
 
Assim como qualquer outro aspecto, o carisma também é formado por determinadas 
habilidades, indispensáveis para a sua composição e desenvolvimento. No próximo 
tópico, vamos definir quais são estas habilidades, elencando também as características 
de cada uma delas. 
 
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Habilidades do Carisma 
Ao analisar as principais características dos maiores exemplos que temos de líderes 
carismáticos, podemos identificar algumas habilidades primordiais que exercem este 
efeito, sendo elas: empatia, comunicação interpessoal, despertar admiração e suscitar 
confiança. Quando um indivíduo se foca em trabalhar tais habilidades, com bastante 
empenho, pode desenvolvê-las, tornando-as então em algo natural. Dentre as 
habilidades que compõem o carisma, estão: 
 
Empatia 
Um indivíduo capaz de se colocar no lugar do outro demonstra um enorme diferencial 
para exercer uma liderança carismática. Conseguir pensar nas outras pessoas antes de 
tomar alguma ação, colocando-se à disposição para ouvi-las, são aspectos que 
demonstram a consideração que se tem pelos colaboradores, fazendo com que se 
sintam únicos e especiais. 
 
Ao agir com empatia, o indivíduo líder consegue criar uma forte ligação com os 
liderados, provocando um sentimento de identidade que passa a instigá-los a seguir 
seu caminho. 
 
Comunicação Interpessoal 
O líder carismático é capaz de exercer uma comunicação clara, de forma a gerar 
empatia em seus interlocutores, praticando uma comunicação mais sincera e objetiva, 
o que torna os fluxos de trabalho mais céleres, aumentando a produtividade. 
 
Neste sentido, é através da fala que o líder consegue motivar os indivíduos que estão 
ao seu redor, sendo que, em decorrência da empatia que foi construída, suas palavras 
passam a ser mais valorizadas. 
 
Despertar Admiração 
O líder, quando bem visto pela equipe, passa a ser visto como um referencial, sendo 
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Liderança Carismática 
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admirado por aqueles que almejam alcançar o prestígio profissional e pessoal por ele 
possuído. 
 
Neste sentido, quando desperta admiração, o líder exerce um maior poder de 
influência sobre os liderados e colaboradores, tendo maiores chances de conseguir 
motivá-los a sempre buscar uma evolução. 
 
Suscitar Confiança 
Quando conquista a confiança dos colaboradores, o líder carismático demonstra a eles 
que, enquanto estiverem sob sua direção, poderão alcançar quaisquer que sejam os 
objetivos estabelecidos. 
 
 
Geralmente, o líder carismático vai se submeter a situações em que tenha que sacrificar a 
si mesmo, metaforicamente falando, engajando-se em certos comportamentos não 
convencionais, de tal forma que demostre convicção e coragem em sua visão. 
 
Tendo entendido este tópico, podemos dar sequência ao nosso estudo. A seguir, 
veremos especificamente sobre as características da liderança carismática, elencando 
os principais fatores que a ela estão relacionados. 
 
Características da Liderança Carismática 
A Liderança Carismática é tida como um fator correlacionado a altos índices de 
satisfação plena e bom desempenho entre os liderados. Neste sentido, o carisma se 
mostra como uma ferramenta apropriada sempre que a tarefa designada aos 
liderados acrescenta algum componente ideológico, ou ainda em situações em que o 
ambiente esteja envolvido em algum grau de incerteza ou tensão, demonstrando 
como um reflexo que o surgimento de um líder carismático muitas vezes se dá através 
da política, da religião ou durante tempos de guerra. 
 
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Liderança Carismática 
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Traduzindo para o contexto empresarial e das organizações, grandes líderes 
carismáticos normalmente surgirão em situações de dificuldade, seja no momento em 
que a empresa se lança ao mercado, ainda iniciando, ou quando, mesmo após 
estabelecida, enfrenta algum tipo de crises 
 
 
Os nomes “Liderança Transformadora” ou “Liderança Inspiradora” também são utilizados 
para designar uma liderança carismática. 
 
Os líderes carismáticos possuem seguidores fiéis, e fazem com que eles superem seus 
próprios interesses e passem a trabalhar exclusivamente para realizar a missão, causa 
e meta estabelecidos. Para que possa chegar a este nível de realização e 
comprometimento, é necessário que os líderes forneçam uma atenção especial às 
necessidades e potencialidades apresentadas pelos seguidores, afetando suas 
emoções, encorajando e inspirando, proporcionando uma nova visão sobre os 
problemas enfrentados. 
 
A Liderança Carismática, ainda, estabelece alguns padrões e valores, apresentando 
novas ideias e criando meios para guiar os esforços coletivos exercidos na formação 
e consecução metas. Neste sentido, o líder carismático deve incentivar seus 
seguidores apelando para as emoções e estimulando a identificação dos seguidores 
com o líder, incitando neles uma vontade de suprir seu interesse pessoal e seu 
desempenho passado, criando, desta forma, um comprometimento com os objetivos 
existentes. 
 
Dando sequência a este material, vamos estudar sobre as características e definições 
referentes aos tipos de liderança transformacional e transacional, identificando qual 
deles melhor se encaixa à liderança carismática. 
 
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Liderança Transformacional e Transacional 
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Liderança Transformacional e Transacional 
Liderança Transacional – Chefe 
O líder transacional é aquele que motiva ou conduz os seguidores na direção das 
metas, por meio de exigências das tarefas e do esclarecimento dos papéis, inspirando 
os liderados a transcender os interesses próprios para o bem da organização. 
 
Nesta forma de liderar, o gestor emite um comportamento de chefia, e não de 
liderança, pautando suas táticas, principalmente, por meio da obediência às regras e 
do cumprimento das metas que foram estabelecidas, além de compactuar com a ideia 
de conceder uma recompensa – noção de troca – que seja proporcional ao 
desempenho apresentado. 
 
Um gestor que segue este modelo de liderança não se preocupa em compreender as 
motivações que norteiam e que movem a equipe, tampouco procura antecipar-se aos 
problemas, seguindo, desta forma, o fluxo de funcionamento, buscando apenas 
cumprir com demandas. 
 
Maximiano (2004) afirma que o líder transacional apela às necessidades primárias dos 
seguidores, ao prometer recompensas em troca do trabalho dos liderados. Tais 
recompensas podem ser financeiras – se subdividem em diretas e indiretas – ou não 
financeiras. 
 
Neste sentido, como exemplo de recompensas financeiras diretas, podemos citar o 
salário direto, os prêmios e as comissões, sendo o salário o elemento MAIS 
IMPORTANTE das recompensas, posto que compõe a retribuição em dinheiro que é 
paga ao empregado em decorrência do cargo que exerce e dos serviços prestados. 
 
Já como exemplos de recompensas financeiras indiretas, podemos citar o salário 
indireto que se origina em acordos de trabalho, planos de serviços sociais e outros 
benefícios ofertados pela organização, como: 
• Férias. 
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Liderança Transformacionale Transacional 
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• Gratificações. 
• Gorjetas. 
• Horas extras. 
• Décimo terceiro salário. 
• Adicionais. 
 
Já quando falamos das recompensas não financeiras, entendemos como aquelas 
que afetam diretamente o desempenho do funcionário no contexto organizacional, 
sendo possível citar como exemplo: 
• Oportunidades de desenvolvimento ofertadas ao funcionário. 
• Reconhecimento. 
• Qualidade de vida no trabalho. 
• Autoestima. 
• Orgulho do trabalho e da empresa. 
• Promoções. 
• Liberdade e autonomia. 
 
Neste tipo de liderança, ocorrem: 
• Gestão por exceção passiva, quando se espera que algo aconteça para depois corrigir. 
• Gestão por exceção ativa, quando há a monitorização do desempenho e correção. 
• Recompensa contingente da obediência. 
• Trocas recíprocas. 
• Liderança laissez-faire ou liberal. 
 
Liderança Liberal ou Laissez-Faire 
O líder liberal parte do pressuposto de que as pessoas possuem um nível de 
maturidade elevado, a ponto de não precisarem tanto dele. Este estilo de liderança é 
moderno e somente funciona com equipes de nível de maturidade elevado. Neste 
contexto, a presença do líder pode parecer não fazer muito sentido. 
 
Tome por exemplo uma equipe em que trabalham pessoas maduras, de longo tempo 
de experiência dentro da empresa, que fizeram cursos e sabem o que devem fazer, ou 
aquelas que já estão no topo da carreira, que são muito antigas na empresa. Essas 
pessoas não precisam da presença constante do líder. O líder não vai ficar se 
preocupando com elas, pessoas que sabem como fazer as coisas dentro da empresa, 
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Liderança Transformacional e Transacional 
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ele vai se preocupar com os novatos, com aqueles que estão ingressando e crescendo 
na empresa. Ele entende que pode deixar o grupo à vontade sem a necessidade de 
acompanhamento constante. 
 
Esse estilo de liderança conta com a capacidade de autogestão da equipe. A 
liderança liberal, no entanto, NÃO SIGNIFICA ser um líder omisso, afinal, o líder ainda 
possui responsabilidades, como a organização, delegação de tarefas e motivação da 
equipe. Não há ausência de liderança, pois o líder está presente para ser consultado e 
para motivar sua equipe. 
 
Características da Liderança Liberal 
✓ Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com a participação 
mínima do líder; 
✓ A participação do líder no debate em grupo é para deixar claro que ele pode fornecer 
informações, desde que sejam solicitadas; 
✓ Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros fica totalmente a cargo 
do grupo. Absoluta falta de participação do líder; 
✓ O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos 
acontecimentos; 
✓ O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando 
perguntado. 
 
Vantagens e Desvantagens da Liderança Liberal 
Quadro 2 – Vantagens e desvantagens da liderança liberal. 
Vantagens 
 
Desvantagens 
Liberdade para a tomada de decisões. 
Baixa produtividade devido à falta de 
orientação, feedback e controle de qualidade 
do trabalho. 
Confiança no trabalho do liderado. Sentimento de falta de direcionamento. 
Descentralização e pouca burocracia. 
Individualismo e pouco respeito à figura do 
líder. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
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Liderança Transformacional e Transacional 
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Quando Utilizar a Liderança Liberal? 
Este estilo de liderança alcança bons resultados em equipes experientes, formada 
por profissionais especialistas e capazes de trabalhar com níveis altos de autonomia e 
responsabilidade. É importante também que as relações interpessoais sejam maduras 
e que a comunicação entre os membros da equipe seja muito eficaz. Além disso, o 
líder deve estar sempre acessível e presente, pronto para motivar a equipe quando 
necessário. 
 
Assim, podemos dizer que este estilo de liderança se faz muito presente em equipes 
autogerenciáveis, também chamadas de autodisciplinares, pois são justamente 
aquelas equipes que dispensam a figura do líder, posto que seus membros, pessoas 
altamente responsáveis e comprometidas, têm a capacidade de assumir as 
responsabilidades que, em um momento anterior, seriam designadas ao líder. 
 
Liderança Transformacional – Líder 
Este é o modelo de liderança ideal, afinal, o líder que o segue se mostra como um 
gestor que busca estimular uma alta performance da equipe com que trabalha, 
pautando-se em influenciar, inspirar, dar o exemplo e motivar. 
 
 
Lembre-se que a liderança transformacional é muito parecida com a liderança carismática. 
O principal fator que as difere e que você deve sempre associar à liderança carismática é a 
presença de seguidores. 
 
Para um gestor que segue este modelo, seus pilares de liderança sempre serão 
fundamentados nos seguintes fatores: 
• Confiança. 
• Respeito. 
• Colaboração. 
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• Comprometimento. 
 
Para além disso, muito presente neste tipo de liderança é a estimulação intelectual e 
a consideração individualizada, além das qualidades de carisma, lealdade, confiança e 
respeito, o que compõe uma liderança que inspira, ativando necessidades de ordem. 
 
Chopra (2002) acredita que a liderança é um conceito ilusório e misterioso, pois 
mesmo uma pessoa comum pode se tornar um grande líder na sociedade, como foi 
Gandhi um dia. Burns (1978) ressalta que os líderes transformacionais desenvolvem 
um trabalho para conscientizar seus seguidores e, ao mesmo passo, aumentar sua 
motivação, despertando neles necessidades de melhoria. Desta maneira, os 
seguidores passam a se identificar com o líder e seguir seus comandos. 
 
O líder transformacional é, portanto, aquele que busca conhecer as motivações 
individuais de cada um de seus liderados, buscando ainda compreender o perfil de 
cada, assim desenvolvendo suas estratégias. O potencial da equipe que lidera é 
aproveitado de maneira plena, mantendo uma sincronia entre contratante e 
contratados, sempre garantindo que sejam alcançados resultados satisfatórios para 
todos. 
 
Ao buscar tal compreensão individual acerca do perfil dos profissionais que compõem 
a equipe, é possível que o líder transformacional potencialize os talentos apresentados 
e, ao mesmo tempo, promova a correção de lacunas de conhecimento que se 
mostrem em qualquer momento, incentivando, desta forma, que os colaboradores 
complementem suas habilidades e conhecimentos entre si, explorando de forma 
correta o capital humano disponível e sempre alinhando as expectativas apresentadas 
pelos funcionários e aquelas apresentadas pela empresa. 
 
Desta forma, podemos dizer que a liderança transformacional é definida com base na 
habilidade do líder em: 
• Transformar o ambiente da organização. 
• Otimizar a atuação dos integrantes da equipe. 
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Liderança Transformacional e Transacional 
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• Estar sempre preparado e disposto para solucionar problemas e conflitos de maneira 
diplomática. 
• Fortalecer a coletividade. 
• Estimular o aprendizado. 
• Construir um bom clima colaborativo. 
 
Note que, antes de pensar sobre resultados imediatos, o foco do líder 
transformacional é desenvolver seus colaboradores, o que caracteriza este tipo de 
liderança como sendo, simultaneamente, estrategista, articulador e visionário. 
 
É por meio das atitudes e decisões que o líder toma que este pode se tornar uma 
fonte de inspiração e um referencial positivo a todos os outros colaboradores, 
desenvolvendo a capacidade de modificar comportamentos e de contribuir 
diretamente para formar profissionais que sejam mais capacitados e competentes. Ao 
demonstrar tantas qualidades, o gestor que é um líder transformacional consegue 
facilmente ganhar a confiançade toda a equipe, garantindo, desta forma, altos índices 
de engajamento e motivação. 
 
Qualidades do Líder Transformacional 
A liderança transformacional pode ser percebida facilmente quando evidenciamos 
algumas qualidades das quais o líder deve dispor. Dentre as principais, temos o 
carisma, a inspiração e a visão. A seguir, veremos um pouco sobre cada uma delas. 
 
Carisma 
Um líder transformacional é caracterizado por um profissional que desperta 
admiração e respeito de seus liderados, conquistando mais do que simples 
colaboradores: um líder transformacional é capaz de conquistar verdadeiros 
seguidores, através do carisma e do incentivo, garantindo um desempenho cada vez 
melhor do time. 
 
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Liderança e Prisma Multicultural 
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Inspiração 
Quando o líder se apresenta como um exemplo, consegue facilmente se tornar uma 
fonte de inspiração para toda a equipe com que trabalha, estando sempre em busca 
de grandes desafios e incitando o mesmo em sua equipe. São características de um 
líder inspirador: 
• Conhecimento técnico. 
• Poder de persuasão. 
• Capacidade de planejamento. 
• Comunicação interpessoal. 
• Humildade. 
• Empatia. 
• Bom humor. 
• Persistência. 
• Firmeza de propósito. 
 
Visão 
Um líder com visão consegue se antecipar e agir de maneira proativa, de tal forma 
que evita prejuízos, falhas e atrasos. Para tal, o líder deve estar sempre bem informado, 
buscando sempre compreender todos os processos e variáveis que influenciam e 
afetam o negócio. Tais atitudes lhe garantem uma panorâmica abrangente, fator 
necessário para que possa tomar decisões assertivas. 
 
Finalizando o entendimento sobre os tipos de liderança transacional e 
transformacional, passamos a buscar uma visão da liderança sob a noção de um 
prisma multicultural, o assunto do nosso próximo tópico. 
 
Liderança e Prisma Multicultural 
Os líderes não utilizam um único estilo de liderança, pois se adaptam à situação, à 
cultura e ao contexto em que estão inseridos, fatores importantes na determinação 
de qual estilo de liderança será mais eficaz. Frequentemente, o líder irá se deparar 
com limitações impostas por condições culturais, as quais determinam as expectativas 
dos liderados. 
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Liderança e Prisma Multicultural 
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Frente a isso, é necessário que, enquanto na liderança, o sujeito conheça os estilos 
que pode aplicar em seu trabalho, sabendo então reconhecer qual será a melhor 
forma de liderar a equipe com quem trabalha. Dando sequência, vamos estudar sobre 
os diferentes estilos de liderança possíveis de serem aplicados, construindo ainda, uma 
noção sobre o emprego da liderança visionária como uma forma de liderar. 
 
Estilos de Liderança 
Existem quatro modelos de liderança distintos, sendo eles o autocrático, o 
democrático, o liberal e o situacional. O primeiro centraliza todas as decisões em si; 
o segundo inclui, em parte, os colaboradores no processo decisório; o terceiro deixa 
que os próprios colaboradores decidam, por si só, as melhores soluções e caminhos 
para a empresa. 
 
Quanto aos modelos situacional e democrático, por serem mais complexos, optamos 
por reservar um tópico a cada um deles, assim possibilitando um entendimento mais 
aprofundado sobre seus conceitos. 
 
Liderança Situacional 
A teoria da Liderança Situacional começou a ganhar força através da teoria 
administrativa chamada de Contingencial, que afirma que NÃO HÁ uma única 
maneira de administrar, postulando que a administração depende da situação. Tal 
concepção se deu depois que alguns teóricos, durante uma viagem pelo mundo, 
conheceram diversas empresas e ficaram assustados com a ambiguidade da existência 
de empresas gerenciadas tanto de maneira tradicional e centralizada, como 
descentralizada, sendo que ambas faziam sucesso. 
 
Frente a isso, estes teóricos perceberam que não é mais possível estabelecer uma 
“receita de bolo”, ou seja, uma noção pronta de liderança e sucesso. É claro que, ao 
pensarmos sobre a liderança, a tendência é a descentralização e a flexibilidade, mas 
não se pode afirmar que o trabalho sempre deverá ser descentralizado. É neste cenário 
que a Teoria Contingencial adquire força. 
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Liderança e Prisma Multicultural 
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Teoria Contingencial e Liderança 
Dentro da Teoria Contingencial, fala-se sobre a liderança situacional ao afirmar que 
NÃO HÁ uma única maneira de administrar, entendendo que a liderança vai depender 
de três fatores: 
• Do líder, da sua capacidade de lidar com incertezas, da credibilidade e da confiança 
que ele passa. 
• Do liderado, subordinado e funcionário, se ele é responsável, se tem iniciativa, se tem 
proatividade e se está capacitado. 
• Da situação, do clima organizacional, de como as pessoas estão se sentindo, suas 
emoções, depende das pressões existentes na empresa e da complexidade das tarefas. 
 
A partir disso, é definida a melhor maneira de administração, seja ela autocrática, 
democrática ou liberal, sendo necessário, antes de definir o líder, analisar a situação. 
 
Teoria de Hersey e Blanchard 
Paul Hersey e Kenneth Blanchard também são teóricos situacionais, e afirmam que o 
líder vai depender da competência e do interesse do funcionário, tendo o líder o dever 
de suprir uma carência do funcionário, transmitindo informações e motivando-o de 
acordo com suas necessidades, sempre que for preciso. Ainda, os autores estabelecem 
quatro tipos diferentes de liderança, sendo elas: 
 
Quadro 3 – Tipos de liderança conforme Hersey e Blanchard. 
Líder Dedicado 
Se o funcionário não sabe fazer o trabalho, mas ele está motivado e quer fazer 
o trabalho, então o líder ideal para ele vai ser o líder dedicado. 
 
Líder Integrado 
Se o funcionário não sabe fazer o trabalho e não quer fazer, não tem interesse, 
então o líder vai ter que suprir essa carência, ensinando-o a fazer o trabalho e 
motivando-o. O líder ideal para esse funcionário é o líder integrado. 
 
Líder Relacional 
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Se o funcionário sabe fazer o trabalho, mas não quer fazer, não tem interesse, 
não está motivado, então o líder terá que suprir sua carência com motivação. 
Logo, o líder ideal será o Líder relacional. 
 
Líder Separado 
Se o funcionário sabe fazer o trabalho e tem interesse, então o líder pode se 
dedicar a outras coisas e dar autonomia para o funcionário. Logo, o líder ideal 
é o separado. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
A seguir, apresento um quadro de relação contendo um breve resumo sobre a teoria 
de Hersey e Blanchard, elencando as características – saber fazer (comportamento) e 
motivação (interesse) – com o tipo de liderança ideal. 
 
Quadro 4 – Quadro da relação comportamento x interesse x liderança, baseado na teoria 
de Hersey e Blanchard. 
Teoria de Hersey e Blanchard 
Comportamento Interesse Liderança 
Não Sim Dedicado 
Não Não Integrado 
Sim Não Relacionado 
Sim Sim Separado 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
Liderança Democrática 
Como vimos anteriormente, antes de definir qual é o melhor tipo de liderança a ser 
aplicada, faz-se necessário analisar a situação. No entanto, dentre os três estilos de 
liderança, entendemos que, na modernidade, o democrático é o mais indicado na 
gestão de pessoas atual, posto que tem vínculos com a linha humanista, gerando um 
líder que possui um comportamento imparcial e firme, que visa capacitar e enaltecer 
o desempenho, estabelecendo objetivos e cobrando na hora e quantidade certa. 
 
Os líderes que trabalham com esse estilo são abertos à participação, sugestões e 
contribuições da equipe, estando sempre preocupados com a satisfação, bem-estar e 
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motivação do time, buscando estimular os bons relacionamentos, a comunicação 
aberta e o desenvolvimento dos colaboradores. O foco é na equipe, e o líder faz parte 
dessa equipe. 
 
Características 
Adentrando mais a fundo neste estilo de liderança, podemos citar como suas 
características, as seguintes: 
• As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. 
• O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando 
aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou 
mais alternativas para o grupo escolher. 
• As tarefas ganham novas perspectivas com os debates. 
• A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de 
escolher seus companheiros de trabalho. 
• O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se 
muito de tarefas. 
• O líder é “objetivo” e limita-se aos fatos em suas críticas e elogios. 
 
Vantagens e Desvantagens 
Quadro 5 – Vantagens e desvantagens da liderança democrática. 
Vantagens 
 
Desvantagens 
Interação entre líderes e equipes. 
Os processos decisórios e de mudança 
podem ser lentos; 
Atenção à satisfação e motivação dos 
liderados, que geralmente são mais 
responsáveis e produtivos. 
Exigem um nível de maturidade alto e 
experiência da equipe. 
Valorização da contribuição de todos no 
time, maior comprometimento e 
responsabilidade dos membros. 
Risco de perda de controle de determinadas 
tarefas ou processos. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
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Quando utilizar a Liderança Democrática? 
Este estilo de liderança funciona muito bem em equipes com nível de maturidade 
elevado. Também é eficiente em situações em que o líder não se sente seguro para 
determinadas decisões e necessita de contribuições de outras pessoas. O estilo de 
liderança democrático é capaz de gerar novas ideias e inovações para o negócio, 
justamente por considerar a opinião do próximo. 
 
Liderança Visionária 
A liderança visionária consiste na capacidade do líder de propor uma visão clara, 
estimuladora e desafiadora. Através desta liderança, há a melhoria organizacional, 
posto que serve de direção para os processos da empresa. Além disso, este tipo de 
liderança articula e cria uma visão de futuro realista, tendo como ponto de partida a 
situação presente e buscando sempre o progresso. 
 
Um líder visionário demonstra 3 qualidades que se relacionam com a eficácia em seus 
papéis, sendo elas: 
• A capacidade de transmitir a visão para outras pessoas; 
• A habilidade para expressar a visão, não apenas verbalmente, mas através do 
comportamento; 
• A competência para estender a visão para diferentes contextos de situações e 
lideranças. 
 
Prosseguindo com nosso estudo, veremos sobre a relação do líder com a liderança, 
construindo uma noção sobre as características e habilidades que devem ser 
desenvolvidas naquele que pretende se tornar um líder. 
 
Líder e Liderança: Características e Habilidades 
Não tão distante de hoje, era muito comum pensar que ser líder estava atrelado à ideia 
de possuir um dom. No entanto, hoje sabemos que isso não é verdade, afinal, os 
líderes encontram oportunidades e desafios que os formam. 
 
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Conjuntamente com tais situações, sejam elas oportunas ou desafiantes, existem 
habilidades que o líder deve apresentar, sempre buscando desenvolvê-las e aprimorá-
las. A seguir, vamos estudar sobre cada uma delas. 
 
Inteligência Emocional 
A inteligência emocional é um fator que está relacionado ao desempenho no trabalho, 
sendo mais relevante em funções que demandam interação social. Algumas 
características referentes à inteligência emocional são frequentemente observadas em 
líderes bem-sucedidos, sendo elas: 
 
Quadro 6 – Características da inteligência emocional. 
Autogerenciamento 
Caracteriza a confiabilidade e a integridade, a capacidade do líder em lidar com 
a abertura para mudanças. 
 
Automotivação 
Caracteriza uma forte orientação para a conquista, um alto comprometimento 
organizacional e o otimismo. 
 
Autoconsciência 
Diz respeito à autoconfiança, senso de humor para a autocrítica e a realização 
de uma autoavaliação realista. 
 
Habilidades Sociais 
Diz respeito à capacidade de liderar esforços para a mudança, à competência 
na construção, à capacidade de persuasão e à liderança de equipes. 
 
Empatia 
É a habilidade em reter e gerar talentos, demonstrando sensibilidade para com 
os serviços prestados. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
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Trabalho em Equipe e o Papel do Líder 
A liderança ocorre gradativamente: na medida em que se formam as equipes, o papel 
do líder que orienta os membros sofre um aumento da importância. O desafio passa 
a ser um líder de equipe eficaz, o que pode ser atingido ao desenvolver habilidades, 
compartilhar informações, renunciar a autoridade quando necessário, confiar e 
compreender o momento correto para intervir. 
 
Os líderes devem dominar a compreensão de quando intervir e quando deixar a 
equipe sozinha, devendo focar seu trabalho em duas prioridades: administrar as 
fronteiras externas e facilitar o processo da equipe. 
 
Os líderes são, portanto, os elementos de ligação com os componentes externos, ou 
seja, a ligação com outras equipes internas, fornecedores e clientes. São 
solucionadores de problemas e administradores de conflitos, auxiliam quando os 
membros da equipe enfrentam dificuldades e, ainda, fazem o necessário para ajudar 
os membros a melhorar seu desempenho. 
 
Ética na Liderança 
Líderes transformacionais enaltecem a virtude moral, ao mesmo tempo em que 
tentam manipular os comportamentos dos liderados. O carisma possui também um 
componente ético: líderes carismáticos, sem a ética, podem vir a se utilizar do carisma 
em proveito próprio. Os líderes éticos, portanto, devem se utilizar do carisma de 
maneira construtiva, empregando a ética a fim de evitar situações como o abuso de 
autoridade. 
 
Para finalizar nosso material sobre liderança, vamos estudar sobre a formação do líder 
e a contribuição dos seguidores para o papel de liderança, partindo das noções 
apresentadas por Chopra, sobre os aspectos e etapas fundamentais para constituir um 
líder. 
 
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Sabedoria na Liderança 
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Formando Líderes: o Papel dos Seguidores e a Sabedoria na 
Liderança 
Chopra (2002) afirma que, ver e ouvir são os primeiros passos que um líder deve dar 
para conseguir seguidores, que, como vimos anteriormente neste material, 
fundamentam a liderança a partir das suas crenças sobre as qualidades do líder, 
configurando a sua vontade de segui-lo e de buscar a missão que ele representa. 
Neste sentido, o autor define, através do acrônimo da palavra “leaders” – inglês para 
líderes – os aspectos essenciais da liderança. São eles: 
 
Quadro 7 – Aspectos essenciais da liderança conforme Chopra. 
 
Look and listen, inglês para ver e ouvir. Deve ser feito de forma cronológica: 
• Com os sentidos, trabalhando como um observador imparcial que 
não julga previamente. 
• Com os sentimentos, obedecendo aos mais verdadeiros. 
• Com a alma, respondendo com criatividade e visão. 
 
 
Empowerment, inglês para delegar poder. Deve: 
• Partir de uma autorreferência responsiva ao feedback. 
• Ser independente da opinião de terceiros, seja ela positiva ou 
negativa. 
• Ser orientado pelo processo, não pelos resultados, possibilitando 
elevar o status de líder e dos seguidores. 
 
 
Awareness, inglês para ter consciência.Significa estar a par das seguintes questões: 
• Quem sou? 
• O que quero? 
• Qual é o propósito da minha vida? 
Ao postular estas questões para si próprio, o líder serve de inspiração aos seguidores. 
 
 
Doing, inglês para fazer. Engloba: 
• Orientar a ação, formando um modelo a ser seguido. 
• Assumir responsabilidade pelas promessas e persistir. 
• Ser capaz de comemorar e interpretar uma situação de maneira 
flexível e bem-humorada. 
 
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Emotional freedom and empathy, inglês para liberdade emocional e empatia. O líder 
deve: 
• Ir além do melodrama e da reação frente a crises. 
• Livrar-se da toxicidade emocional. 
• Buscar entender as necessidades profundas dos seguidores. 
 
 
Responsability, inglês para assumir responsabilidades. Significa: 
• Mostrar iniciativa e assumir riscos maduros. 
• Cumprir com o prometido. 
• Ter integridade e viver conforme valores internos. 
 
 
Synchronicity, inglês para ter sincronismo. É uma habilidade dominada, mesmo que de 
forma inconsciente, por todos os líderes, sendo definida como a capacidade de: 
• Encontrar reservas de energia e de criar a boa sorte. 
• Ir além dos resultados previstos e atingir um nível elevado. 
• Conectar necessidades a respostas da alma. 
Fonte: Núcleo Editorial Faculdade Focus. 
 
Assim, para ser um bom líder e exercer uma boa liderança, é necessário que, além de 
delegar o poder, o líder: 
• Saiba o que quer. 
• Tenha propósitos. 
• Saiba que imagem representa para as pessoas. 
• Tenha atitude. 
• Assuma responsabilidades, não as deixando apenas como promessas. 
• Tenha empatia, liberdade emocional e sincronismo. 
 
É fundamental que o líder aprenda a identificar as necessidades dos indivíduos com 
quem trabalha, buscando responder a cada uma delas, através da utilização das 
hierarquias das necessidades e respostas. A capacidade de atender a tais necessidades 
ao utilizar respostas certas pode, de acordo com Chopra (2002), sim, ser aprendida. 
 
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Figura 7 – Hierarquia das necessidades e respostas conforme Chopra. 
Fonte: Chopra (2002). Disponível em: <http://files.liderancaecoaching.webnode.com/200000007-
16e6817e00/alma%20de%20lideran%C3%A7a.pdf>. 
 
Chopra (2002), ainda afirma que somente aquele que for capaz de encontrar sabedoria 
em meio ao caos é que será lembrado como um grande líder. Neste sentido, Drucker 
(2001) explana que os líderes da atualidade encontrarão, cada vez mais, exigências 
mais complexas, em decorrência da gradativa expansão tecnológica na eficácia 
organizacional. 
 
Assim, para Drucker (2001), somente será um verdadeiro líder aquele indivíduo que 
souber enfrentar e vencer os desafios, lidando com as exigências de promover, viver 
e reforçar modelos, motivando os grupos na busca do objetivo. 
 
Portanto, podemos dizer que o futuro líder é aquele que demonstra possuir objetivos 
e propósitos claros, demonstrando, ainda, a capacidade de controlar os movimentos 
da organização, como a metáfora de um malabarista, que tem sob seu controle os 
objetos com os quais lida. 
 
 
Lembre-se que um líder é admirado pelo valor que traz à organização e é seguido 
voluntariamente. 
 
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Por fim, ao pensar sobre a temática da liderança e da formação de líderes, nota-se 
que é preciso considerar as qualidades de liderança que a própria pessoa demonstra, 
afinal, para que a direção de um outro indivíduo seja aceita de boa-vontade, é 
necessário um entendimento de que tal aceitação é positiva, quase uma rendição ao 
líder, permitindo-se ser liderado. 
 
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Referências Bibliográficas 
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Referências Bibliográficas 
BARNARD, Chester. The functions of the executive. Cambridge, Massachusetts: 
Harvard University, 1938. 
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– 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2009. 
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DRUCKER, P. F. O Líder do Futuro. São Paulo: Futura, 2001. 
FEUILLETTE, Isolde. RH: o novo perfil do treinador: como preparar, conduzir e avaliar 
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SOUSA, K. M. P. Recompensas Organizacionais. Psicologado, [S.l.]. (2013). Disponível 
em https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-organizacional/recompensas-
organizacionais. 
 
Lista de Figuras 
Figura 1 – Relação de liderança: líder e seguidor. ......................................................................... 5 
Figura 2 – Conceito e características de liderança para McGregor. ...................................... 6 
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Lista de Quadros 
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Figura 3 – Características do líder. ....................................................................................................... 8 
Figura 4 – Comportamentos do chefe e do líder .......................................................................... 9 
Figura 5 – Bases da autoridade conforme Weber. ..................................................................... 12 
Figura 6 – Líderes carismáticos. Da esquerda para a direita, de cima para baixo: 
Mahatma Gandhi, Steve Jobs, Margaret Thatcher, Barack Obama e Nelson Mandela.
 .......................................................................................................................................................................... 22 
Figura 7 – Hierarquia das necessidades e respostas conforme Chopra. .......................... 43 
 
Lista de Quadros 
Quadro 1 – Características do chefe e do líder. .......................................................................... 10 
Quadro 2 – Vantagens e desvantagens da liderança liberal. ................................................ 29 
Quadro 3 – Tipos de liderança conforme Hersey e Blanchard. ............................................ 35 
Quadro 4 – Quadro da relação comportamento x interesse x liderança, baseado na 
teoria de Hersey e Blanchard. ............................................................................................................. 36 
Quadro 5 – Vantagens e desvantagens da liderança democrática. .................................... 37 
Quadro 6 – Características da inteligência emocional. ............................................................ 39 
Quadro 7 – Aspectos essenciais da liderança conforme Chopra. ........................................ 41 
 
 
 
Equipes de Alto Desempenho | 
Lista de Quadros 
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	Sumário
	Liderança
	Chefia e Autoridade
	Chefia e Liderança
	Liderança e Administração – Liderar e Administrar
	Bases da Autoridade
	Costumes
	Organização
	Carisma
	Competência técnica
	Relações pessoais
	Poder
	Poder Coercitivo
	Poder de Recompensa
	Poder Carismático
	Poder de Competência
	Autoridade Formal

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