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Tema Pedagógico - Liderança - UNIASSELVI

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Prévia do material em texto

LIDERANÇA
Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Prof.ª Msc. Edna Mara Baars
TEMA PEDAGÓGICO
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Pró-Reitor da Pós-Graduação EAD: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel
Equipe Multidisciplinar da 
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
 Prof.ª Cláudia Regina Pinto Michelli
 Prof. Ivan Tesck
 Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2015
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Sumário
1. Apresentação .......................................................................7
2. Liderança ..............................................................................8
3. Liderança em Administração ...........................................10
4. Liderança em Educação ....................................................11
5. Teorias da Liderança .........................................................12
6. Estilos de Liderança ........................................................14
7. Tipos de Líder .....................................................................15
8. Líder Carismático ..............................................................15
9. Líder Transacional ............................................................17
10. Líder Transformacional .................................................18
11. As Características e Habilidades de Liderança .........19
12. As Competências da Liderança .....................................20
13. Referências .....................................................................24
7
 tema pedagógico
1. Apresentação
A liderança vem sendo estudada há muitos anos, vários estudiosos 
preocupam-se em delinear características, atitudes, influências e experiências 
que melhor definem o profissional cujas ações são efetivas diante dos objetivos 
organizacionais. 
A preocupação com a liderança é tão antiga quanto a história 
escrita: A república de Platão constitui um bom exemplo 
dessas preocupações iniciais ao falar da adequada educação e 
treinamento dos líderes políticos, assim como da grande parte 
dos filósofos políticos desde essa época procuraram lidar com 
esse problema. (FIEDLER apud BERGAMINI, 1994, p. 103).
Contudo, sua definição não é comum, como nos informam Bennis e Nanus 
(apud BERGAMINI, 1994, p. 103) “Assim como o amor, a liderança continuou a 
ser algo que todos sabiam que existia, mas ninguém podia definir”.
A escola e a sociedade do presente se deparam com mudanças significativas 
na sua forma de atuação, e os métodos que temos como adequados não 
produzem os resultados que desejamos. 
Os agentes da educação, mesmo recebendo uma formação que consideramos 
adequadas ao ambiente em que vivemos, não conseguem responder aos desafios 
que nos são impostos quanto às necessidades da sociedade. O momento atual 
nas escolas exige que todos os agentes da educação desenvolvam novas formas 
de ensinar. Assim, os professores devem procurar entender as necessidades 
atuais da sociedade e criar um futuro, a partir do momento presente que vivemos. 
O mesmo ocorre em organizações empresariais, os líderes precisam atender, 
ao mesmo tempo, os objetivos da organização e os objetivos dos colaboradores, 
traçando estratégias e métodos, visando ao futuro. 
Este é o papel esperado da liderança: criar um futuro promissor.
Este estudo visa definir liderança na concepção da pedagogia e da ciência 
administrativa, seus conceitos e linhas de atuação. Abordaremos, ainda, as 
principais características do líder e como podemos obter os melhores resultados 
pela utilização dessas características.
8
 tema pedagógico
2. Liderança
Muitos entendem a liderança como um dom para influenciar e motivar 
pessoas, de forma que realizem, com empenho e dedicação, atividades 
delegadas pelo líder.
Gruber (2001, p. 18) nos esclarece, dizendo que: 
Liderar significa compartilhar objetivos, ouvir sugestões, delegar 
poder, informar, debater, mobilizar esforços, transformar grupos 
em verdadeiras equipes. Consequentemente, o incentivo ao 
crescimento de pessoas torna-se pressuposto cada vez mais 
necessário, importante e valorizado. [...] O líder promove a 
verdadeira gestão participativa, que ultrapassa as fronteiras 
da empresa e amplia a interação com a sociedade. Como 
consequência, ocorre o aumento da competência profissional 
de cada colaborador. 
Para Kuczmarski (1999 apud SILVA, 2008, p. 5), liderança é o resultado 
de fazer com que as pessoas ajam por meio de um grupo. Isso requer que uma 
direção seja dada ao esforço do grupo e que o compromisso seja tomado por 
seus próprios membros. A autora considera que liderança é a responsabilidade 
por um grupo. 
Se não houver grupo, não há necessidade de líder. Em vista de todos 
trabalharem em grupos, todos precisam de habilidades de liderança. “A liderança 
aprendida é um processo contínuo. A pessoa não se torna repentinamente um líder, 
nem para de aprender as habilidades de liderança” (KUCZMARSKI, 1999, p. 181). 
O conceito do ambiente de trabalho como educador se baseia 
na ideia de que a liderança é responsabilidade de todos os 
membros do grupo e não apenas de um determinado elemento. 
A liderança é aprendida quando os indivíduos interagem em um 
grupo - quando relações pessoais são formadas e a confiança 
desenvolvida. Mas o grupo deve ser participativo, dar apoio e 
demonstrar constantemente esta confiança. A fim de facilitar 
o crescimento pessoal e o desenvolvimento da liderança, o
ambiente de trabalho deve ser aberto e receptivo. Ambientes
autocráticos não ensinam liderança. Pelo contrário, induzem
os membros do grupo a ações ou atitudes que quase sempre
refletem os interesses do líder, em detrimento dos interesses
grupais. (SILVA, 2008, p. 5).
Segundo Tannenbaum, Weschler e Massarik (1970), “Liderança é a 
influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo da 
comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos”. 
9
 tema pedagógico
A influência é uma força psicológica; abrange todas as maneiras 
pelas quais se introduzem mudanças no comportamento 
de pessoas ou de grupos e envolve conceitos como poder e 
autoridade. 
Palavras como influência, adeptos, colaboradores e outras 
similares resultam em uma importante condição para a 
liderança: o consentimento; que é diferente do tipo de obediência 
gerado pela autoridade formal, também definida como poder 
formal (Maximiano, 2005). Falando em poder, vamos explicar 
um pouco melhor sobre esta palavra tão forte e almejada por 
tantas pessoas, assim como de um tipo específico, que é o 
poder legítimo (autoridade). (SILVA, 2008, p. 6).
Veja as definições de liderança apresentadas nos dicionários Houaiss e 
Aurélio:
Liderança, segundo o dicionário Houaiss, é substantivo feminino, 
definido como:
1. Função, posição, caráter de líder.
2. Espírito de chefia, autoridade, ascendência.
3. Derivação por metonímia. Pessoa que possui esse espírito; líder.
O termo liderança, segundo o Dicionário Aurélio, é um 
substantivo feminino, definido como:
1. Função de líder.
2. Capacidade de liderar; espírito de chefia.
3. Forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita 
pelos dirigidos.
Fonte: Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/75318482/Apostila-
Competencias-de-Lideranca-2008>. Acesso em: 28 jun. 2015.
Considerando o texto supracitado, percebe-se que a liderança é exercida 
com uma equipe e através dela. Você será considerado líder se conseguir atrair 
seguidores, ninguém é líder de si mesmo. Para que sejamos considerados líderes, 
devemos ter seguidores. 
Diante das mudanças promovidas pela globalização, associadas às 
exigências de produção e competitividade, além dasincertezas do cenário 
10
 tema pedagógico
atual, passou-se a discutir com maior ênfase sobre liderança. Logo, no campo 
empresarial, existe uma preocupação constante com os rumos da organização, 
o que implica uma gestão cujos líderes trabalham em prol do desenvolvimento 
contínuo de sua equipe. Enquanto isso, no campo educacional, a preocupação 
é voltada ao sucesso educativo e à gestão participativa, o que implica uma 
educação básica encarada como responsabilidade de todos.
Ante o exposto, vamos conhecer um pouco sobre como se dá a liderança 
nos âmbitos empresarial e educacional. Vamos lá!
3. Liderança em Administração 
De acordo com John P. Kotter, os administradores de hoje precisam saber 
como liderar e como administrar, caso contrário, suas empresas não sobrevivem 
aos concorrentes. Após pesquisar sobre o assunto, ele verificou as seguintes 
distinções entre administração e liderança: 
A administração é mais formal e científica do que a liderança. Ela se baseia 
em habilidades universais, como o planejamento, a organização, a liderança e 
o controle. A administração é um conjunto de ferramentas e técnicas explícitas, 
baseadas no raciocínio e na experiência, que podem ser usadas em uma grande 
variedade de situações.
A liderança, ao contrário, implica ter uma visão do que a organização pode vir 
a se tornar. A liderança requer trazer à tona a cooperação e o trabalho em equipe 
de uma ampla rede de pessoas e manter motivadas as pessoas chave dessa 
rede, utilizando todos os tipos de persuasão.
Diante dessa diferenciação entre um administrador e um líder, veja o texto 
abaixo sobre a liderança nas empresas modernas:
Um líder de sucesso nas empresas modernas é aquele 
que conhece seus colaboradores um por um, confia em suas 
capacidades, sabe delegar e dar os feedbacks necessários à 
evolução, aperfeiçoamento e crescimento do grupo do qual faz parte. 
Esse líder sabe planejar ações e montar boas estratégias, sendo 
visionário e mensurando os resultados para que eles possam ser 
melhorados continuamente, primando sempre pela qualidade.
11
 tema pedagógico
Para ser esse líder, é preciso ter qualidades fundamentais, 
como respeito, flexibilidade, lealdade e capacidade de ouvir e aceitar 
as contribuições de sua equipe. É importante correr riscos, saber 
lidar com eles e com os erros que poderão ser cometidos. Além 
disso, é necessário assumir responsabilidades e ter competência 
para gerenciar e realizar suas tarefas de modo que satisfaça 
colaboradores e empresa.
Esse perfil de liderança se tornou valorizado a partir do momento 
que as exigências e as regras do mercado mudaram, estimuladas 
pela globalização e alta competitividade. Viu-se a necessidade de 
renovação dos modelos de liderança existentes. Hoje as empresas 
anseiam por equipes produtivas, eficientes e com capacidade de 
adaptação às mudanças, sendo essa uma das principais missões 
dos líderes atuais.
Fonte: Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/o-
que-e-lideranca-nas-empresas-modernas/>. Acesso em: 02 set. 2015.
4. Liderança em Educação
Atualmente a escola, bem como o sistema educativo, é o centro da atenção 
da sociedade, pois é importante tanto para o desenvolvimento quanto para a 
qualidade de vida e outras demandas sociais das crianças e das pessoas que 
circundam o âmbito escolar.
Essa realidade desafia os gestores escolares, pois exige deles novas 
atenções, conhecimentos, habilidades e atitudes que apontam para a necessidade 
de competências para a tomada de decisões. 
A partir do exposto, leia o texto abaixo sobre a liderança do gestor escolar:
A escola é uma organização que sempre precisou mostrar 
resultados - o aprendizado dos alunos. Porém, nem sempre eles são 
positivos. Para evitar desperdício de esforços e fazer com que os 
objetivos sejam atingidos ano após ano, sabe-se que é necessária 
a presença de gestores que atuem como líderes, capazes de 
12
 tema pedagógico
implementar ações direcionadas para esse foco. A concepção de que 
a liderança é primordial no trabalho escolar começou a tomar corpo 
na segunda metade da década de 1990, com a universalização do 
ensino público. A formação e a atuação de líderes, até então restritas 
aos ambientes empresariais, foram adotadas pela Educação e 
passaram a ser palavra de ordem para enfrentar os desafios. 
Na comunidade escolar, é recomendável que essa liderança 
seja exercida pelo diretor. Mas a educadora paranaense Heloísa 
Lück, diretora educacional do Centro de Desenvolvimento Humano 
Aplicado (Cedhap), em Curitiba, e consultora do Conselho Nacional 
de Secretários de Educação (Consed), vai além. Ela defende 
o estímulo à gestão compartilhada em diferentes âmbitos da 
organização escolar. Onde isso ocorre, diz ela, nasce um ambiente 
favorável ao trabalho educacional, que valoriza os diferentes talentos 
e faz com que todos compreendam seu papel na organização e 
assumam novas responsabilidades.
Fonte: Disponível em: <http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/
toda-forca-lider-448526.shtml>. Acesso em: 02 set. 2015.
5. Teorias da Liderança
A liderança gera grandes efeitos e benefícios, dessa maneira, é um tema que 
vem sendo amplamente estudado e treinado dentro das organizações, podendo ser 
natural ou adquirida. Ao longo dos anos, surgiram diferentes teorias da liderança, 
com o objetivo de entender, analisar e definir melhor como essa dinâmica funciona, 
quais circunstâncias que levam uma pessoa a se tornar um verdadeiro líder. 
Abaixo listamos as teorias que mais se destacam: 
Quadro 1 – Teorias da liderança
Teoria dos traços 
de personalidade
Defende que a posse de certos traços de caráter e de personalidade 
permitiria a certos homens acesso ao poder. Dessa forma, julgava-se ser 
possível encontrar traços de personalidade universais nos líderes que os 
distinguiam dos não-líderes. Bryman (1992) retrata três grandes tipos de 
traços que a literatura trata, fatores físicos, habilidades características 
e aspectos de personalidade. O que interessava aos pesquisadores da 
época era poder eleger dentre certos atributos quais os que melhor defi-
niriam a personalidade do líder. (SGANZERLA, 2004, s/p).
13
 tema pedagógico
Teoria contingencial 
ou situacional
Na sua forma mais simples, a tese situacional defende a ideia de que a 
situação faz surgir o líder necessário e conveniente; ou seja, os grupos 
escolheriam o líder ou líderes adaptados às suas necessidades. (SGAN-
ZERLA, 2004, s/p).
A abordagem caracterizada por Fiedler sugere que os estilos de lide-
rança são relativamente inflexíveis. Portanto, ou os líderes devem estar 
adequados a uma situação particular ou a situação deve ser mudada 
para se adequar ao líder. (SILVA, 2008, p. 14).
Teoria do Caminho 
- Meta
House e Mitchell (1974 apud ONO, 2006, p. 54-55) informam que o “pro-
pósito da teoria é o de explicar o relacionamento entre o comportamento 
do líder e a motivação de seus subordinados”. E “descrevem os quatro 
tipos de comportamento do líder considerados na teoria: liderança direti-
va, liderança apoiadora, liderança participativa e liderança orientada para 
o resultado”, detalhadas a seguir.
A liderança diretiva é caracterizada por um líder que deixa claro aos 
subordinados o que é esperado deles, proporciona orientação específica 
sobre o que deve ser feito e como isto deve ser realizado. 
A liderança apoiadora tem como característica um líder acessível, que 
se preocupa com o bem-estar e as necessidades de seus subordinados. 
Esse tipo líder realiza coisas para deixar o trabalho mais prazeroso, trata 
os membros como iguais e se coloca como amigável e acessível.
A liderança participativa é caracterizada por um líder que consulta seus 
subordinados, solicita suas sugestões e leva em consideração essas su-
gestões antes de tomar decisões.
A liderança orientada para o resultado é caracterizada por um líder que 
determina metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto 
desempenho,busca a melhoria continua do desempenho e demonstra 
alto grau de confiança de que os subordinados assumirão as responsabi-
lidades, dedicarão maiores esforços e cumprirão as metas desafiadoras.
Teoria Comporta-
mental
A abordagem comportamental se concentrou nas funções e nos estilos 
de liderança. Os pesquisadores descobriram que tanto as funções rela-
tivas às tarefas quanto às funções de manutenção do grupo devem ser 
realizadas por um ou vários membros do grupo, para que ele funcione 
bem. Estudos sobre os estilos de liderança distinguem, por um lado, uma 
estrutura orientada pela tarefa – autoritária ou de iniciação – visando à 
direção e produção e, por outro lado, um estilo centrado no empregado 
– democrático e participativo – dando apoio às suas necessidades e às 
necessidades de manutenção do grupo. Dessa forma, deduzia-se que 
os comportamentos poderiam se aprendidos. Assim, pessoas treinadas 
nos comportamentos de liderança apropriados seriam capazes de liderar 
com maior eficácia. (ACIOLY, 2007, p. 22).
Fonte: O autor.
14
 tema pedagógico
6. Estilos de Liderança 
O líder eficaz tem estilo pessoal adequado ao ambiente e aos subordinados. 
Cada grupo possui desempenho próprio, o que nos leva a concluir que não existe 
um estilo que se recomende como o melhor, todos têm prós e contras. Veja o 
artigo abaixo para outras conclusões. 
Uns mais amorosos, outros mais impositivos. Cada líder tem 
seu estilo bem particular de gerir pessoas. Na média, segundo 
pesquisa do Hay Group, os brasileiros tendem a ser mais coercitivos 
e democráticos na hora de coordenar seus subordinados.
Mas, afinal, existe o estilo perfeito de liderança? A resposta é, 
definitivamente, não. Para Caroline Marcon, gerente do Hay Group, o 
importante é a autenticidade. “Acima de tudo, o líder perfeito tem de 
ser autêntico”, diz. 
O autoconhecimento é fundamental para que fragilidades e 
fortalezas sejam administradas de forma eficiente, sem perder o 
foco. “Você pode até ter tendência a um perfil específico, mas tem de 
ter flexibilidade suficiente para aprender e incorporar outros estilos 
em caso de necessidade”, afirma. 
Fonte disponível em: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/pros-
e-contras-dos-6-estilos-de-lideranca>. Acesso 28 de maio.2015.
Os estilos de liderança são reconhecidos desde a Antiguidade clássica, 
assim como suas disfunções: o excesso de democracia (a demagogia) e a tirania 
(o abuso da autoridade), os quais são sintetizados no quadro 2. 
A principal teoria que explica a liderança através de estilos de comportamento 
é a que se refere à três estilos de liderança: autoritária, democrática e liberal 
(Chiavenato, 1993, p. 264), as quais destacaremos a seguir. 
15
 tema pedagógico
Quadro 2 – Estilos de Liderança
Autocrática Democrática Liberal (Laissez-faire)
O líder fixa as diretrizes, sem 
qualquer participação do grupo.
As diretrizes são debatidas e 
decididas pelo grupo, estimula-
do e assistido pelo líder.
Há liberdade completa para 
as decisões grupais ou indivi-
duais, com participação míni-
ma do líder.
O líder determina as providên-
cias e as técnicas para a exe-
cução das tarefas, cada uma 
por vez, à medida que se tor-
nam necessárias, e de modo 
imprevisível para o grupo.
O grupo esboça as providên-
cias e as técnicas para atingir 
o alvo, solicitando aconselha-
mento técnico ao líder quando 
necessário, passando a sugerir 
alternativas para o grupo esco-
lher, surgindo novas perspecti-
vas com os debates.
A participação do líder no de-
bate é limitada, apresentando 
apenas materiais variados 
ao grupo, esclarecendo que 
poderia fornecer informações 
desde que as pedissem.
O líder é dominador e “pesso-
al” nos elogios e nas críticas 
ao trabalho de cada membro.
O líder procura ser um mem-
bro normal do grupo. O líder é 
“objetivo” e limita-se aos “fatos” 
em suas críticas e elogios.
O líder não tenta avaliar ou 
regular o curso dos aconteci-
mentos. O líder somente co-
menta sobre as atividades dos 
membros quando perguntado.
Fonte: Silva (2008, p.11).
7. Tipos de Líder
Nesta seção, vamos estudar os tipos de líderes e suas habilidades para 
fazer frente aos desafios que enfrentamos no presente século. Destacaremos 
os três principais tipos, embora as pesquisas façam referência a outros, nos 
concentraremos nos mais importantes de nossa época.
8. Líder Carismático
O relacionamento interpessoal é uma ferramenta que os profissionais que 
exercem a função de liderança usam para alcançar seus objetivos. Carisma 
também é uma das características que encontramos nos grandes líderes da 
humanidade, como Martin Luther King, Nelson Mandela, entre outros. O líder 
carismático é admirado pela equipe e possui capacidade para atrair e motivar 
as pessoas para uma ação especifica, além disso, o líder carismático tem a 
habilidade de promover o crescimento pessoal e profissional dos liderados. 
16
 tema pedagógico
Os carismáticos possuem uma visão, e com isso estão dispostos 
a enfrentar e correr riscos com essa visão, os líderes carismáticos 
são sensíveis tanto as limitações ambientais quanto ás necessidades 
de seus liderados e demonstram comportamentos diferenciados 
dos comuns. Os líderes carismáticos iniciam articulando uma visão 
atrativa. Ele comunica suas expectativas de alto desempenho e 
expressa total confiança sobre seus liderados que certamente irão 
conseguir alcança-las. É através das palavras e ações, oferecendo 
um sistema diferenciado de valores a ser seguido pelos liderados.
Geralmente, o líder carismático submete – se a auto – sacrifícios 
e se engaja em determinados comportamentos não convencionais 
de modo que demonstrem coragem e convicção na sua visão. A 
liderança carismática correlaciona a altos índices de desempenho e 
satisfação plena ente os liderados. Alguns especialistas defendem 
que as pessoas podem obter um treinamento a fim de possuir um 
comportamento carismático e, dessa forma, desfruir dos benefícios 
de um líder carismático.
O carisma é apropriado quando a tarefa dos liderados acrescenta 
um componente ideológico ou até mesmo quando o ambiente está 
envolvido em certo grau de incerteza ou tensão. Isso é o reflexo de 
que o líder carismático surge através da política, na religião ou em 
determinados tempos de guerra, ou quando a empresa inicia – se 
sua vida nova enfrentando uma crise.
A liderança carismática, transformadora ou inspiradora são 
nomes utilizados aos líderes que oferecem como recompensa 
a própria realização da tarefa. Um líder carismático ao oferecer 
recompensas de conteúdo moral e ao possuírem seguidores fieis (ao 
contrário aos mercenários). O líder carismático faz seus seguidores 
superarem seus interesses próprios e trabalham exclusivamente na 
O líder carismático gera confiança, ele conhece suas habilidades e 
competências, para reconhecer os pontos que precisa melhorar. Esse tipo de 
líder possui habilidades bem desenvolvidas para se comunicar com os liderados, 
sabe usar palavras para cativar sua equipe e alcançar as metas estabelecidas. 
Em função da habilidade de comunicação, o líder carismático é bom ouvinte e 
conhece as necessidades de seus liderados e, dessa forma, alcança resultados 
com bastante frequência.
17
 tema pedagógico
realização da missão, causa e meta. Para chegar a esse grau de 
comprometimento e realização, os lideres fornecem atenção especial 
para as necessidades e potencialidades dos seus seguidores.
Fonte disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/
cotidiano/lideranca-carismatica/83465/>. Acesso 10 jul. 2015
9. Líder Transacional
A liderança transacional tem como foco a autoridade para recompensar a 
troca, e dessa maneira, leva o liderado a fazer o que deve ser feito. A liderança 
transacional aumenta constantemente o desempenho de uma organização 
e podemos entender que os líderes transacionais usam seus interesses e as 
necessidades primárias dos liderados para alcançar os objetivos da organização.A característica de relação entre líder e liderado é o interesse da troca. O 
líder oferece recompensa material, como aumentos de salário, em troca de um 
esforço maior do liderado para alcançar o objetivo ou meta da organização. 
A liderança transacional usa o conceito de que quando os liderados têm 
o desempenho esperado serão recompensados, quando não alcançam o 
desempenho esperado a recompensa é retida. Os líderes transacionais praticam 
gerenciamento por exceção. Eles não têm interesse em fazer mudanças para 
transformar o ambiente de trabalho, preferindo manter as coisas como elas são.
O estilo de liderança transacional contrapõe-se ao estilo 
carismático: “o líder transacional se utiliza da negociação, 
manipulação e promessa de recompensas para tentar induzir as 
pessoas sob seu comando”. Muitas situações de liderança são 
baseadas num entendimento entre o líder e os seus seguidores. 
Existe “um contrato social implícito indicando que se concordar 
com o que o líder deseja fazer, o seguidor terá certos benefícios, 
tais como remuneração melhorada ou a não demissão”. É o tipo de 
liderança mais comumente exercido nas organizações. O interesse 
dos liderados é o foco do líder transacional, que busca, através 
da necessidade de cada liderado, motivar sua equipe através de 
recompensas. O carisma, embora seja uma característica importante 
num líder, não define o sucesso ou não de sua liderança. 
18
 tema pedagógico
Embora o fator psicológico seja importante para a motivação de 
uma equipe no ambiente organizacional, a recompensa material também 
se faz necessária para suprir possíveis necessidades dos liderados.
Fonte disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/academico/
lideranca-carismatica-x-lideranca-transacional/71008/>. Acesso em: 03 set. 2015.
10. Líder Transformacional
Como o próprio nome diz, a liderança transformacional é caracterizada pela 
transformação do ambiente que o líder é capaz de promover. Esse líder tem como 
foco a solução de problemas e a mudança do comportamento dos liderados. É 
um referencial positivo e inspirador para os liderados. O líder transformacional 
conduz o processo de comprometimento organizacional através do empowerment 
dos funcionários para acompanhar as metas da organização.
O líder transformacional obtém o desempenho máximo de seus seguidores 
por ser capaz de levá-los a buscar metas de sucesso e desenvolver habilidades 
para solução de problema. A relação transformacional entre o líder e os seguidores 
é vista como estimulo mutuo incluindo carisma, e motivação.
Os líderes transformacionais alinham os valores e as normas da organização 
e, quando necessário, facilitam as mudanças. Os líderes inspiram os seguidores a 
alcançarem retornos extraordinários por providenciarem tanto significado quanto 
entendimento. Alinham objetivos e metas dos indivíduos e das organizações, 
atuam como mentores e fornecem suporte e treinamento.
A liderança transformacional é caracterizada pela presença 
de um líder capaz de transformar o ambiente e mudar a realidade 
de qualquer lugar por onde passa. Este é um líder capacitado 
para resolver problemas dos mais simples aos mais complexos, 
visionário, estrategista e comprometido com o desenvolvimento de 
seus liderados.
Independentemente da área de atuação, a liderança 
transformacional é capaz de modificar comportamentos e formar 
profissionais e pessoas melhores, tudo isso por meio de seus 
19
 tema pedagógico
exemplos e atitudes. O líder transformacional é um gestor que serve 
como um referencial positivo, cuja maneira com que ele trata as 
pessoas, resolve lacunas e alcança resultados é fonte e inspiração 
para todos.
Fonte: Disponível em: <http://www.jrmcoaching.com.br/blog/
conceito-de-lideranca-transformacional/>. Acesso em: 03 set. 2015.
11. As Características e 
Habilidades de Liderança 
Diversos pesquisadores já estudaram as habilidades, características ou atributos 
de liderança. Robert Katz, professor de Harvard, diretor de empresas e consultor, foi 
um dos primeiros a estudar as habilidades de liderança. Katz (1955) identificou três 
grupos de habilidades básicas que um líder deveria possuir. Habilidades essas que 
variavam de grau, conforme o nível de administração exercido. 
Vejamos as habilidades de liderança identificadas por Katz (1955):
1. Habilidades Técnicas - definidas como o entendimento 
e eficiência em uma atividade específica, que particularmente 
envolva métodos, processos, técnicas e procedimentos. Envolve 
conhecimento especializado, capacidade analítica e facilidade no 
uso de ferramentas e técnicas dentro de uma determinada disciplina. 
2. Habilidades Humanas – definidas como a capacidade 
que o líder deve ter para trabalhar efetivamente como membro 
de um grupo e para obter esforço cooperativo do grupo por ele 
liderado. A real habilidade em saber trabalhar com outras pessoas 
deve se tornar uma atividade contínua e natural, uma vez que a 
mesma envolve sensibilidade não só nos momentos de tomadas 
de decisões, mas também no dia-a-dia do comportamento de cada 
um. Para esta habilidade ser efetiva, a mesma deve ser natural e 
“inconscientemente” desenvolvida e, da mesma forma, de modo 
consistente, ser demonstrada em cada ação do indivíduo. 
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3. Habilidades Conceituais - consistem na capacidade de 
visualizar o empreendimento como um todo, isto é, reconhecer como 
as várias funções dentro da organização são interdependentes, 
e como mudanças em cada parte podem afetar todas as demais. 
Pode-se dizer que a habilidade conceitual incorpora considerações 
dos demais aspectos, técnico e humano. Ainda que o conceito de 
“habilidade” seja a capacidade de transformar conhecimento em 
ação, o líder deve ser capaz de transitar entre as três habilidades, 
ao desempenhar atividades técnicas (habilidades técnicas), ter 
entendimento e motivação em nível individual e de grupo (habilidades 
humanas), promover a coordenação e integração de todas as 
atividades da organização conduzindo para um objetivo comum 
(habilidade conceitual). 
Fonte: Katz (1955 apud SILVA, 2008, p. 16).
No texto citado podemos notar que o líder precisa de habilidades que o 
diferenciam do liderado. Um líder que possua pelo menos essas três habilidades 
terá maior probabilidade de sucesso no exercício da liderança, ou seja, alcançará 
as metas estabelecidas.
12. As Competências da Liderança 
De acordo com Decrane Jr. (1996), existem quatro atributos essenciais que, 
independente do estilo de liderança, estão presentes. São eles: 
a) Caráter - líderes verdadeiros são justos e honestos, e não 
apenas em virtude das leis e dos regulamentos; eles são éticos, 
abertos e fidedignos. Estes traços fundamentais e básicos se 
desdobram em outras características.
b) Visão - os líderes que serão seguidos conseguem despertar 
a imaginação, através da visão que leva além do que é conhecido 
hoje, e podem traduzi-la em objetivos claros. Líderes empresariais 
bem-sucedidos definem metas para realizar sua visão.
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c) Comportamento - embora os líderes devam se adaptar a 
circunstâncias específicas e constantemente mutáveis, os mais bem 
sucedidos demonstram um conjunto comum de comportamentos.
d) Confiança - um saudável grau de autoconfiança possibilita 
ao líder empreender difíceis iniciativas necessárias ao cumprimento 
das metas. Os líderes assumem riscos de forma responsável, riscos 
que se associam convenientemente a possíveis recompensas.
Fonte: Decrane Jr. (1996 apud SILVA 2008, p. 20).
Esses atributos, encontrados em verdadeiros líderes, são fundamentais 
em qualquer nível de responsabilidade. As principais competências do líder, 
que veremos a seguir, são aperfeiçoadas à medida que aumenta o grau de 
responsabilidade, e esses atributos auxiliam nesse processo.
Ser líder exige conhecimento, habilidades e atitudes que inspiram as pessoas 
a atingir os objetivos da organização. Por meio da liderança, é possívelextrair 
o melhor de cada pessoa, alcançando os melhores resultados. Bortolato (2012, 
s.p.) sugere doze importantes competências de um líder:
CRIE UMA VISÃO - O líder direciona, logo deve ter norte, visão. Ele deve 
traduzir estratégias mais complexas e de longo prazo em objetivos claros, 
factíveis. Deve mostrar onde e como cada membro relaciona-se e impacta 
no resultado final dos trabalhos.
INSPIRE OS OUTROS EM PROL DA VISÃO - Ao líder cabe, além de mostrar 
os benefícios do resultado do trabalho do grupo para a empresa, apontar e 
inspirar cada membro da equipe de forma única. A unicidade é extremamente 
motivadora. Reconhecer a singularidade de cada um e mostrar os benefícios 
do trabalho para cada membro inspira em prol da visão.
COMUNIQUE CLARAMENTE - Durante o exercício da liderança, comunicar 
claramente e de forma transparente e verdadeira é uma das tarefas mais 
importantes e que demandam mais atenção. O verdadeiro líder sabe disso 
e dedica parte de seu tempo para se comunicar com a equipe, fazer-se 
claro e ter certeza de que todos têm acesso às informações relevantes para 
a confecção do trabalho.
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MOTIVE AS PESSOAS - As pessoas precisam de doses extras de 
motivação, por mais que, muitas vezes, a motivação seja intrínseca. É 
claro que as pessoas se motivam por estímulos diferentes, dependendo do 
nível, idade, aspiração etc. Às vezes, para uma pessoa, o mais importante 
é um feedback; para outra, um reconhecimento em público; para outra, 
um prêmio, como uma viagem, por exemplo. As pessoas têm motivações 
diferentes. Descobrir a motivação de cada membro e trabalhar para que se 
sintam estimulados é uma das tarefas do bom líder.
DÊ FEEDBACK - Esta é a ferramenta mais importante em termos de 
desenvolvimento das pessoas. O feedback é comunicação que faço a 
alguém sobre a minha percepção de determinado comportamento. Quando 
faço isso com uma intenção genuína de desenvolvimento, de maneira 
específica e oportuna, normalmente o outro (seja subordinado, par ou até 
o chefe) entende e agradece, pois percebe que é para desenvolvimento ou 
para reforçar um comportamento positivo.
UTILIZE OS TALENTOS DE CADA UM - Uma das principais competências 
da boa liderança é identificar o que cada um faz de melhor e colocar a 
pessoa certa no lugar certo. Para isso, a prática da empatia e a conversa 
constante são importantes. Saber o que as pessoas fazem bem, como se 
sentem fazendo algo que gostam, e propiciar a prática de tarefas para as 
quais as pessoas têm talento, aumenta a motivação e a retenção, além 
de se ter um desempenho melhor nas atividades. Dependendo da rigidez 
da estrutura organizacional, isso pode ser mais difícil, mas, para um líder 
criativo, sempre há esta possibilidade.
CRIE UMA EQUIPE COESA - Para isso, o líder deve incentivar o trabalho em 
equipe e gerar um ambiente propício ao feedback. Ele tem de estar atento 
e não entrar de maneira alguma em armadilhas como fofocas da equipe. 
Precisa também saber como utilizar os talentos de cada um nos projetos, 
mesmo que o projeto não seja da área da pessoa. É óbvio que, para fazer 
isso, papéis e responsabilidades devem ser muito bem definidos na hora 
da delegação. Também é importante fazer um bom uso da comunicação. 
Sugiro reuniões semanais, assim o grupo sabe o que está acontecendo na 
área como um todo e, com o tempo, eles mesmos se oferecem para ajudar o 
colega com algo que têm talento e é parte da tarefa do outro.
SEJA O EXEMPLO - De nada adianta falar uma coisa e fazer outra. No 
exercício da liderança, as pessoas querem perceber congruência entre fala 
e ação. Elas sempre irão seguir ou se deixar abater pelas ações e não pela 
fala. Portanto, exerça o que fala. Isso fortalecerá sua imagem de líder.
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TOME DECISÕES - Esta é uma competência complexa no exercício da 
liderança. Para se tomar as decisões de forma acertada, você dependerá 
do número de informações que tem, da qualidade das mesmas, do tempo, 
das consequências de tomá-la de forma rápida e/ ou de tomá-la de forma 
errada. Tem de pensar também nas consequências de não tomá-la. Tudo 
isso deve ser ponderado na prática da tomada de decisão. Pelas minhas 
experiências, aconselho: não tomar a decisão no momento certo, em geral, 
traz mais malefícios do que tomá-la.
GERENCIE CONFLITOS - Conflitos são inerentes às relações humanas, 
afinal, as pessoas não veem os processos e as tarefas da mesma forma. A 
apresentação de opiniões diferentes ou posições antagônicas normalmente 
gera conflitos. Ao líder, cabe tirar o melhor do conflito, ou seja, melhorar 
uma ideia existente, alinhar expectativas diferentes. Mas o mais importante 
mesmo é saber conduzir o desfecho do conflito para um acordo.
RECONHEÇA - Muitos líderes não entendem a importância do 
reconhecimento, mas as pessoas gostam de ser valorizadas por aquilo que 
fazem. Já escutei muito em minha carreira: “Reconhecer para que, se eles 
não fizeram nada além da sua obrigação?”. Mas o reconhecimento é uma 
forma de humanizar a relação, de dizer percebi que você fez tal coisa e que 
gostei. É impressionante o poder do ato de reconhecer. No exercício da 
liderança, afirmo: os líderes que reconhecem as pessoas que os cercam 
têm mais presença e imprimem uma imagem mais forte e impactante.
CELEBRE AS VITÓRIAS - Por fim, afirmo que celebrar é também uma das 
competências de um bom líder. Reserve um tempo na sua agenda para 
demonstrar aos seus subordinados que buscar a meta é importante, mas 
comemorar a realização dela também o é. E aí, na celebração, é possível dar 
o tom do quanto àquela meta foi alcançada em equipe, ou se alguém teve 
um destaque em especial. É uma maneira de fortalecer o time e ainda criar 
um ambiente que os incite a querer sempre poder comemorar. Isso é ótimo, 
porque significa que as pessoas irão cada vez mais buscar resultados.
Na prática, podemos perceber o quão difícil é exercer todas essas 
habilidades. É preciso treinar, estabelecer planos de ação, com responsabilidades 
e datas, identificar os obstáculos que irá encontrar e superá-los. 
Desenvolver as competências da liderança é fundamental para sua 
caminhada profissional. Possibilita uma carreira longa e alcance de cargos que, 
sem essas competências, não alcançaria. 
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A seguir está o link de um vídeo de Simon Sinek, apresentado 
no programa TED Talks, que apresenta um modelo simples, mas 
poderoso para uma liderança inspiradora. Ele utiliza exemplos como 
a Apple, Martin Luther King, e os irmãos Wright. Assista, é muito 
interessante!
http://www.ted.com/talks/simon_sinek_how_great_leaders_
inspire_action?language=pt-br
13. Referências 
ACIOLY, Ana Paula Lovatel. Análise do estilo de liderança de gerentes de agências 
do Banco do Brasil e sua influência na manutenção e promoção da motivação dos 
funcionários. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Administração) 
Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Florianópolis, 2007. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/
bitstream/handle/10183/13934/000649699.pdf?...1>. Acesso em: 03 set. 2015.
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: A Administração do Sentido. Revista de 
Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 102-114, mai./jun. 1994
BORTOLATO, Cíntia. As doze competências da liderança. 2012. Disponível em: 
<http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/8266/as-doze-competencias-da-
lideranca.html#>. Acesso em: 27 jul. 2015.
DICKEL, Giovani André. Um estudo sobre a eficiência da liderança exercida pelos 
Administradores das Agências de Varejo do Banco do Brasil no município de 
Cascavel/PR. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Negócios 
Financeiros). Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas, 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. Disponível em: 
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/17509/000718467.pdf?...1>. 
Acesso em: 02 set. 2015.
GRUBER,Lucianne Secco. Liderança - habilidades e características do líder 
numa organização bancária: um estudo de caso. 2001. Dissertação (Mestrado 
em Engenharia). Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e 
Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Curitiba, 2001. Disponível 
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em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/81557/187818.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 02 set. 2015.
KATZ, Robert. Skills of na effective administrator. Harvard Business Review. 
Boston, 33 (January-February), 1955. P. 33-42.
ONO, Arnaldo Turuo. Teoria de liderança do caminho-meta: um estudo em 
busca de evidências na realidade brasileira. 2006. Dissertação (Mestrado em 
Administração de Empresas). Programa de Pós-graduação em Administração de 
Empresas, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2006. Disponível 
em: <http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/1/TDE-2007-07-24T072552Z-228/
Publico/Arnaldo%20Turuo%20Ono.pdf>. Acesso em: 03 set. 2015.
SGANZERLA, Roberto Cesar. A Liderança e Suas Principais Teorias. Academia de 
Talentos, v. 2. 2004. Disponível em: <http://www.academiadetalentos.com.br/novo/
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SILVA, Anicleide Pereira da. Apostila de Competências de Liderança. Aracaju: 
Faculdade Sergipana - FASER, 2008. Disponível em: <https://pt.scribd.com/
doc/75318482/Apostila-Competencias-de-Lideranca-2008>. Acesso em: 28 jun. 2015.

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