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;1 | UVA A ALTA A Na Roma do Cinquecento, o estado pontiÍicio tomara os rédeas do poder político. Os papas consideravam-se os herdeiros dos césares[..,] Hav:a expectativa geral de renovação da antiga glória do Tmpério Romano. Roma tornara-se o centro da civilização o'cidental,de grande influência intelectual, que se aprofundou com â Contra-Reforma. Roma é o centro dos enconffos diplomáticos, de um mercado monetario. A cúria era a maior potência Íinanceira. Assumiu no campo da arte a liderança, antes florentina. Foi no pontiÍicado de Júlio II que a arte assume um caráter romano, com o estabelecimento, em Roma, de Michelangelo, Rafael e outros, criando-se, a partir daí, aRoma monumental que coúecemos - único monumento idôneo da AIta Renascenga, A arte eclesiástica ostenta solenidade, majestade, poder e glória. 4_iig§_qg11§êfr_cll do sentimento cristão dá lugar a uma friera distante e à expressão de superioridade fisiôa e intelectual. A arte [tr.". refletir mais a glória cto papa do que u d* D"ur.. I-eáã-X $475-L521) - rro seu papado deu-se o cisma de Lutero - marca o auge da corte pontificia. Os dignatários da Igreja se interessam por arte em seus competidores paláoios suntuosos, Agostino Chigi é um rico banqueiro, patrono de Rafael,que, junto com outros, rivalizava o mecenato com a curia. Roma se torna um grande mercado de arte. A classe dominante em Roma se compõe de três grupos: a casa papal, os grandes banqueiros e mercadores ricos e, finalmente, famílias empobrecidas que ressuÍgem ao oasar seus filhos com herdeiros de cidadãos ricos, Michelangelo e Rafael (inimieos) trabalharam a maior parte do tempo para o Vaticano, criando as obras de maior peso artístico da época, Çom o estilo majestoso e grandiloqüente, impregnado de cultura e erudição, Estgsstilo afastp as grandes .mâssas, que haviam erlcontr4do maior proximidade çpm a arte no início da Renascença (séc. )trV), cóm Fra Angélico, Oonãiôilgg-outros. ...2 rytccrt.for Á Escola de Átenas, de Rafael, tem significado hermético para o povo. Essa arte, de apelo mais universal, era endereçada a um público menor, à elite. Antes de Leonardo, as figuras apresentavam algo de desgracioso, hirto e contrafeito. A fidelidade ao natural deixa a desejar, parecem artificiais. Os esforços naturalistas do sécXV so frutifiçarão no sécXll.'Define-se a bel.eza cgmo a lrarmonia de todas as partes. 0 qçr",á^a oç,t *"'$a- c-*Á4i%a6 á4 o'?e.a,<t',";'^t O estilo do Cinquecento é um aperfeiçoamento do estilo do Quatrocento, desenvolvendo-se continuamente como a sociedade conservadora. A arte reflete os ideais aristocráticos e conservadores: o autodgmí!!gr.q su-oressão das ppixÕes,.q. leprqsgão {a.e-spontaleidade. E ritu-re--q-.e{![içõo dâ ientim*rior, as tâgrimas, a expressão de dor ( o que vai reaparecer com Caravaggio, no início do Barroco), o torcer de mãos, o emocionalismo burguês. Enfrm. homens e santos se mostram Euper:homens (essa frasd §ublinhadá Tror*;. crirto a.i* de ser o mártir e está acima de toda fraqueza humana (é o Rei). Maria Çontempla o filho morto/sem Iágrimas, suprime__a_!-egqi? p]g-b-Éip Uedggção é o lpma. Uma.lo_qledqdç baqgqd-a 5ra idéla de autoridade e submissão favorecgrá a expressão e manifestação de disciplina e ordem em arte. A classe dominante verá a arte como símbolo da calma e estabilidade a que aspira. A B.enascença coloca allg_Il-'çrs acima da liberdade em arte, )"]('i: l-l!::i! iir. :.,-.,:i-i; i" : ir^..- ,/-)J 9;' ;.r r,'.',r/Í,.:r,i7,i.,. ,,"rrr. rl(.,-....th. .. I a *'n^Çfl Éori.,Ás iAA --- ..1-_- _.-i .-'-" 1Á* dàvisao;A obra de arte ex,pressa-à sua A aúe da AIta Renascença é secular[.,.] gera diferenças de valor semelhantes às que existem entre a elite e ss massas na sociedade humana. A elite cria a ficção de uma arte pennanentemente válida" "eternamente humana", porque quer pensar em sua influência e posição como algo intemporal, imperecível, imutável (como no Antigo Egito!- conclusão nossa). A tensão que existe entre qualidades espirituais e fisieas desaparece por complao. Os profetas, apóstolos, mártires e santos úo podem ser pessoas simples como no Quatrocento, mas personalidades ideais, Iivres e grandes, poderosas e dignas, austeras e solenes. A autoconfiança das figuras se express& também na natureza displicente de sua conduta (v. MonaLisa, com as mãos repousadas, descontraídas). A postura deve ser imperfurbável e natural. A austeridade determina a cor na pintura - a monocromia, A Alta Renascença sobreviveú apenes durante ünte anos. O MANEIRISMO O equlíbrio que encontrou e)cpressão artística no Cinquecento era mais um ideal e uma ficção do que uma realidade. Um estado de constante serenidade social nunca mais voltou a ser alcançado desde a Idade Média. A Itália perde a supremacia econômica, a lgreja sofre com a Reforma, o país é invadido por franceses e espanhóis, Roma é saqueada. O estado de ânimo predominante na ltália é de descalabro. Há um scntimento de insegurança que cria a ambivalência das relações dos artistas com a arte clássica. Dá-se a dissolução da regularidade e harmonia da arte clássica e a substituição da normatividade súpetpessoal por características mais subjetivas e mais sugestivas. Surge aüsão de um novo conteúdo espiritual tJa vida. O À{aneirismo é o estilo i. o primeiro preocupado com um cu e qüe encara as relaçõ es entre tradição e inovação eomo um probtema a ser solucionado por meios racionais(371). *[,..] a distorção das suas formas é a expressão do medo de que a forrna possa fracassar na luta com a vida e a arte esvaziar-se numa beleza sem alma"( 371). Há duas correntes opostas no Maneirismo: o espirit':alismo místico de El Greco e o naturalismo panteísta de Brueguel slt
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