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Análise de Custos e Lucro

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ANÁLISE ESTRATÉGICA DE 
CUSTOS 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Allan Marcelo de Oliveira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá, querido(a) aluno(a), chegamos a nossa quinta aula de Análise 
Estratégica de Custos e cada vez mais vamos aprofundando nosso 
conhecimento acerca dos custos. Vamos iniciar esta aula tratando de análise de 
custo, volume e lucro e vamos verificar como o lucro se comporta com a 
ocorrência de alterações no volume produzido, com tal alteração impactando na 
alocação dos custos, em especial os custos fixos. 
Na sequência do conteúdo, vamos abordar o conceito de ponto de 
equilíbrio, que de forma bem simples podemos dizer que é o momento em que 
a margem de contribuição em função da quantidade produzida é igual ao valor 
total dos gastos fixos da organização. Dentro da aplicação do ponto de equilíbrio, 
vamos verificar o contábil, o econômico e o financeiro, cada um fornecendo um 
tipo de informação para a entidade. 
O terceiro assunto de nossa aula é a margem de segurança e 
alavancagem operacional. A margem de segurança é utilizada para calcular o 
quanto a empresa está operando acima do ponto do equilíbrio, podendo, se for 
o caso, reduzir esse volume da margem de segurança, sem que chegue na zona 
do prejuízo. Já a alavancagem operacional é focada em explicar quanto o lucro 
aumenta em função da elevação do volume produzido, partindo de um 
determinado ponto de análise. 
O penúltimo assunto que vamos trabalhar na aula são as possíveis 
implicações no ponto de equilíbrio que advêm de alterações dos custos, pois 
devemos ter em mente que, alterando os custos utilizados para o cálculo do 
ponto de equilíbrio, teremos impacto que deve ser apurado para a melhor gestão 
dos custos. O último assunto a ser tratado nesta aula serão algumas 
considerações adicionais relacionadas ao ponto de equilíbrio e à análise de 
custo, volume e lucro. 
CONTEXTUALIZANDO 
No início da industrialização, buscava-se sempre aumentar a produção, 
pois até então produzir era sinônimo de venda. Porém, com a evolução dos 
processos indústrias, e apurações de custos sendo implementadas, faz-se 
necessário que as empresas evoluam também. Algo que devem saber é que não 
necessariamente uma maior quantidade produzida trará maior lucro, pois as 
 
 
3 
empresas devem saber utilizar sua estrutura da melhor forma possível. Então, 
às vezes é necessário elevar o volume de produção de um determinado produto, 
em outros momentos deve ser reduzido o volume dele, elevando a quantidade 
do outro, e assim por diante. A gestão das empresas deve levar em conta que 
sua estrutura de produção é composta por custos fixos, que devem ser utilizados 
para obter maior resultado, então é preciso realizar um planejamento adequado 
da produção, sendo esse processo facilitado pelo conhecimento de informações 
fornecidas pela análise de custos, até porque partindo dos custos é que vamos 
formar o preço de venda, então o processo de apuração deve ter o máximo de 
acurácia, refletindo a realidade e visando a maximização dos resultados da 
entidade. Mostra-se a relevância de atuar com maior conhecimento sobre os 
custos de produção, bem como sobre suas variações e seus métodos de 
verificação. Então, caro(a) aluno(a), vamos estudar com afinco para que você se 
torne um(a) profissional capaz de fazer a diferença atuando na área de custos 
das empresas. 
TEMA 1 – ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO 
Entender como é o comportamento dos custos e do lucro na ocorrência 
da variação do volume da produção denomina-se análise custo-volume-lucro 
(CVL) (Jiambalvo, 2002). O mesmo autor ainda relata que, para que tal análise 
possa ser efetiva, é preciso compreender o comportamento dos custos com a 
alteração do nível de atividade. 
Estudar o CVL mostra-se salutar por essa técnica atuar de forma analítica, 
buscando o entendimento das variações de custos e lucros em função da 
alteração do volume produzido e vendido da organização. De maneira bem clara, 
podemos perceber que, se alterarmos nosso volume de produção, vamos alterar 
o lucro e, muito provavelmente, o custo unitário devido a alocação dos custos 
fixos. 
1.1 Custos fixos 
Como já vimos em aulas anteriores, os custos fixos permanecem 
constantes, independente do volume produzido. No entanto, Martins (2010) 
ressalta que os custos fixos permanecerão fixos dentro de um limite de oscilação 
da produção, após isso podem se alterar, não exatamente de maneira 
 
 
4 
proporcional à produção. Como exemplo, podemos observar o valor da 
supervisão da produção, que se mantém fixo dentro da utilização de metade da 
capacidade produtiva da fábrica, e, após elevação da produção utilizando a 
capacidade ociosa, esse custo de supervisão poderá se elevar em algum 
percentual pela necessidade de mais supervisores ou até mesmo dobrar. 
Martins (2010) nos traz um exemplo mais claro de que a existência de 
uma planta parada, sem atividade, possui custos fixos (vigia, lubrificação das 
máquinas, depreciação etc.). Para deixar essa planta pronta para funcionar, 
mesmo que com uma capacidade pequena, há a ocorrência de um aumento dos 
custos fixos, como chefias, mecânicos, almoxarifes, entre outros. Esses custos 
suportarão até um certo volume da atividade. Após isso, será necessário um 
volume maior de mão de obra, o que vai alterar o valor do custo fixos, e tudo isso 
acontece em função da alteração do volume da produção, sendo que a elevação 
dos custos fixos poderá ser em maior ou menor percentual do que o aumento do 
volume. Vejamos dois gráficos que mostram essa alteração dos custos fixos. 
Gráfico 1 – Alteração dos custos fixos 
 
Fonte: Martins (2010). 
Podemos ver, inicialmente, uma situação do custo fixo constante com um 
volume de atividade. Enquanto isso, no segundo caso, vemos que o custo varia 
com a elevação do volume da atividade, porém não é de forma proporcional, e 
sim em aumentos específicos. Então, vemos que, ao elevar-se o volume de 
produção, no caso da necessidade de elevar a capacidade da produção, teremos 
elevação dos custos fixos. 
 
 
5 
1.2 Custos variáveis 
Tratamos anteriormente sobre os custos variáveis, que são aqueles que 
variam proporcionalmente ao volume de produção. Dependendo da empresa, os 
únicos custos que são realmente variáveis são as matérias-primas (Martins, 
2010). O autor ainda complementa que a mão de obra direta tende a crescer 
com volume de produção, porém, em alguns casos, não é de forma proporcional. 
Martins (2010) relata a seguinte situação de mão de obra: os funcionários 
têm 8 horas para produzir 60 unidades, porém poderiam produzir em 6 horas, 
mas gastam 8 trabalhando com calma, desde que o volume por hora não esteja 
condicionado a horas máquinas. Elevando o volume para 80 unidades, poderá 
ser atendido o volume nas mesmas 8 horas; elevando para 90 unidades, talvez 
o tempo seja superior a 9 horas, devido ao cansaço, que faz a produtividade ser 
reduzida. Portanto, é necessário sempre verificar se a mão de obra direta será 
um custo variável efetivamente, e o volume de produção pode mudar sua 
classificação. 
Vejamos o gráfico clássico dos custos variáveis e outra vertente que pode 
representá-los. 
Gráfico 2 – Custos variáveis 
 
Fonte: Martins (2010). 
Como podemos ver, a elevação do volume eleva os custos variáveis, 
podendo ser de maneira proporcional ou, em outros casos, sem uma proporção 
perfeita, como no gráfico da direita. 
 
 
6 
1.3 Custos totais 
Verificamos como podem se comportar os custos fixos e os custos 
variáveis individualmente quando se altera o volume da produção. Agora, vamos 
verificar a situação dos custos totais. 
Gráfico 3 – Custos totais 
 
Fonte: Martins, 2010. 
Como podemos ver, quando a empresa não oscila tanto o volume da 
atividade, teremos o resultado de (e), que é considerado o gráfico clássico da 
atividade, enquanto o (f) evidencia a situação de que o volumealterado de forma 
abrupta impacta nos custos fixos e variáveis. Em (f), se olharmos o destaque do 
volume entre 40% e 90%, o gráfico mostra uma relação linear, porém, inferior a 
40% ou superior a 90% do volume, a alteração no comportamento dos custos 
fica mais evidente, por isso a relevância do estudo da variação do CVL. 
Além do volume, outras variáveis podem interferir no CVL. Uma delas é a 
mudança dos preços dos itens. Por exemplo, pode haver a manutenção do 
volume, porém uma elevação no valor dos custos fixos, como reajuste de 
aluguel. No caso dos custos variáveis, também pode haver alteração que implica 
no CVL, por exemplo o aumento do preço de alguma MP. 
A alteração no CVL pode ocorrer pela mudança do volume da produção 
ou de valores dos custos da produção devido a reajustes. Vejamos como seria 
a alteração dos valores em forma de gráfico. 
 
 
7 
Gráfico 4 – Alteração dos valores 
 
Fonte: Martins (2010). 
Vemos em (h) que, ao se elevar o custo fixo, a reta sobe conforme as 
flechas, enquanto em (i), no caso do custo variável, a reta vai se inclinar 
conforme as flechas. 
Podemos ver que analisar o CVL é tarefa importante na empresa, pois só 
assim haverá um entendimento dos motivos de o custo unitário ter se alterado 
ou até mesmo de o lucro se elevar ou reduzir. Conhecer as variações dos custos 
propicia a oportunidade de melhorar sua gestão. 
TEMA 2 – PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO 
O ponto de equilíbrio, ou ponto de ruptura, surge da combinação de custos 
totais, despesas totais e receitas totais (Martins, 2010). Essa combinação 
acontece quando o valor total da margem de contribuição é igual ao valor 
somado do total de custos fixos e despesas fixas (Padoveze, 2013). 
Dessa maneira, existirá um equilíbrio entre receitas totais e gastos totais 
(Schier, 2011). Podemos observar que o ponto de equilíbrio é um momento 
importante para a organização, pois esta já conseguiu arcar com seus gastos 
fixos, podendo dizer que, a partir desse momento, a cada nova venda, o lucro se 
elevará no valor da margem de contribuição unitária. Em outras palavras, ao 
atingir o ponto de equilíbrio, a entidade não apresentará prejuízo operacional, e 
cada venda incremental lhe proporcionará lucros operacionais. 
O ponto de equilíbrio é utilizado para tomadas de decisões principalmente 
no curto prazo, pois evidencia qual é o limite mínimo de venda para atingir o 
equilíbrio. O conceito de ponto de equilíbrio divide-se em ponto de equilíbrio 
 
 
8 
contábil, econômico e financeiro, conforme vamos ver na sequência. Para o 
ponto de equilíbrio, não são considerados os valores de tributos sobre o lucro: 
trata-se de técnica para avaliar o resultado operacional bruto, sem considerar o 
impacto das decisões financeiras. 
2.1 Ponto de equilíbrio contábil 
O ponto de equilíbrio contábil (PEC) consiste no momento em que a 
receita será igual ao valor dos custos fixos e das despesas fixas. O cálculo pode 
ser feito para encontrar o ponto de equilíbrio em quantidade a ser vendida ou em 
valor de receita. Temos as seguintes equações para o cálculo desse ponto de 
equilíbrio: 
𝑃𝐸𝐶𝑞 = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹
𝑀𝐶𝑢$
 
ou 
𝑃𝐸𝐶$ = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹
𝑀𝐶𝑢%
 
Em que: 
PECq: ponto de equilíbrio contábil em quantidade. 
PEC$: ponto de equilíbrio contábil em valor de receita. 
MCu$: margem de contribuição unitária em valor. 
MCu%: margem de contribuição unitária em percentual. 
CF: custos fixos. 
DF: despesas fixas. 
O PEC pode ser representado graficamente para nosso melhor 
entendimento. 
 
 
 
9 
Gráfico 5 – Ponto de equilíbrio contábil 
 
Fonte: Martins, 2010. 
Podemos ver a área grifada como zona de prejuízo, porém, depois que o 
ponto de equilíbrio é alcançado, abre-se uma zona de lucro, pois, como esta 
evidenciado, o valor dos custos e despesas fixos já foi “pago”. Então, depois de 
arcar com o total de gastos, apenas será deduzida a parcela de gastos variáveis 
para chegar-se ao lucro. 
Para podermos ter uma melhor visão sobre PEC, vamos verificar um 
exemplo com os seguintes dados: 
Preço de venda: $ 1.500,00 por unidade 
Custos e despesas variáveis: $ 900,00 por unidade 
Margem de contribuição: $ 600,00 por unidade (600/1.500=0,4=40%) 
Custos fixos, exceto depreciação: $ 180.000,00 
Depreciações: $ 50.000,00 
Despesas administrativas e comerciais: $ 40.000,00 
Total de custos e despesas fixas: $ 270.000,00 
Aplicando as equações, temos: 
𝑃𝐸𝐶𝑞 = 
270.000
600
= 450 𝑃𝐸𝐶$ = 
270.000
0,4
= 675.000 
Então, vemos que é preciso vender 450 unidades de produto para atingir 
o PEC e que a receita necessária é de $ 675.000,00, conforme o Quadro 1: 
Quadro 1 – Verificação do PEC 
Receita 450 x 1.500 $ 675.000,00 
Custos e despesas variáveis 450 x 900 ($ 405.000,00) 
Margem de contribuição 450 x 600 $ 270.000,00 
Custos e despesas fixas ($ 270.000,00) 
Resultado $ 0,00 
 
 
10 
Pode-se, assim, montar uma demonstração de resultado simplificada para 
conferir se o PEC está correto. Apenas não são considerados para o cálculo do 
PEC os valores de despesas financeiras ou custos de oportunidade. 
2.2 Ponto de equilíbrio econômico 
A diferença para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico (PEE) é que, 
no caso dele, deverão ser consideradas as metas de lucro da empresa, que 
representam a expectativa de retorno dos acionistas. Nesse cálculo, considera-
se de maneira mais próxima o valor do lucro que se almeja, para então atingir as 
vendas necessárias para alcançar o lucro desejado. Aos gastos fixos é somado 
o valor do lucro desejado. 
𝑃𝐸𝐸𝑞 = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑀𝐶𝑢$
 
ou 
𝑃𝐸𝐸$ = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹 + 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑀𝐶𝑢%
 
Em que: 
PEEq: ponto de equilíbrio econômico em quantidade. 
PEE$: ponto de equilíbrio econômico em valor de receita. 
MCu$: margem de contribuição unitária em valor. 
MCu%: margem de contribuição unitária em percentual. 
CF: custos fixos. 
DF: despesas fixas. 
Lucro esperado: valor de lucro esperado pelos acionistas como retorno. 
Considerando os mesmos dados anteriores, supondo que o valor 
desejado de lucro é de $ 18.000,00, chegaríamos ao valor de $ 288.000,00 e 
teríamos o seguinte cálculo: 
𝑃𝐸𝐸𝑞 = 
288.000
600
= 480 𝑃𝐸𝐸$ = 
288.000
0,4
= 720.000 
Então, vemos que é necessário vender 480 unidades de produto para 
atingir o PEE e que a receita necessária é de $ 720.000,00, conforme o Quadro 
2: 
Quadro 2 – Verificação do PEE 
Receita 480 x 1.500 $ 720.000,00 
Custos e despesas variáveis 480 x 900 ($ 432.000,00) 
Margem de contribuição 480 x 600 $ 288.000,00 
 
 
11 
Custos e despesas fixas ($ 270.000,00) 
Resultado $ 18.000,00 
Novamente, monta-se a demonstração de resultado simplificada para 
verificar a adequação do PEE. 
2.3 Ponto de equilíbrio financeiro 
Por fim, o ponto de equilíbrio financeiro (PEF) vai considerar para o cálculo 
apenas os custos e as despesas fixas que foram desembolsadas, ou seja, 
valores de depreciação, amortização ou exaustão não são considerados para o 
cálculo. 
𝑃𝐸𝐹𝑞 = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹 − 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑀𝐶𝑢$
 
ou 
𝑃𝐸𝐹$ = 
𝐶𝐹 + 𝐷𝐹 − 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑀𝐶𝑢%
 
Em que: 
PEFq: ponto de equilíbrio financeiro em quantidade 
PEF$: ponto de equilíbrio financeiro em valor de receita 
MCu$: margem de contribuição unitária em valor 
MCu%: margem de contribuição unitária em percentual 
CF: custos fixos 
DF: despesas fixas 
Considerando os dados anteriores, em que a depreciação é de $ 
50.000,00, retirando-a do cálculo, o total de gastos fixos é de $ 220.000,00. 
𝑃𝐸𝐹𝑞 = 
220.000
600
= 366,67 𝑃𝐸𝐹$ = 
220.000
0,4
= 550.000 
Então, vemos que é necessário vender 366,67 unidades de produto para 
atingir o PEF e que a receita necessária é de $ 550.000,00, conforme o Quadro 
3. 
Quadro 3 – Verificação do PEF 
Receita 366,67 x 1.500 $ 550.000,00Custos e despesas variáveis 366,67 x 900 ($ 330.000,00) 
Margem de contribuição 366,67 x 600 $ 220.000,00 
Custos e despesas fixas desembolsáveis ($ 220.000,00) 
Resultado $ 0,00 
 
 
12 
Como podemos perceber, mais uma vez o nosso cálculo está correto 
conforme cálculo simplificado do resultado, e vemos como é importante o cálculo 
do ponto de equilíbrio para fornecer informação a gestão da entidade. 
TEMA 3 – MARGEM DE SEGURANÇA E ALAVANCAGEM OPERACIONAL 
3.1 Margem de segurança 
Bornia (2010) define margem de segurança como o excedente de vendas 
que supera a quantidade do ponto de equilíbrio. Então, podemos dizer que esse 
excedente pode ser reduzido sem que a empresa tenha um prejuízo. 
Para o cálculo da margem de segurança, é utilizada a seguinte equação: 
𝑀𝑆 = 
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 − 𝑃𝐸
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
 
Em que: 
MS: margem de segurança 
Vendas: quantidade vendida 
PE: quantidade do ponto de equilíbrio 
Referente a quantidade do ponto de equilíbrio, o gestor pode optar pelo 
contábil, econômico ou financeiro, conforme a necessidade. 
Utilizando essa equação, pode-se comparar de maneira simples e ágil 
quanto das vendas poderiam ser reduzidas sem ter prejuízo. É claro que reduzir 
vendas não é o pensamento, porém, no caso de os clientes começarem a 
comprar menos, o planejamento usará as informações da margem de segurança 
para tomar decisões melhores. 
Vejamos um exemplo: 
Preço de venda: $ 1.500,00 por unidade. 
Custos e despesas variáveis: $ 900,00 por unidade. 
Margem de contribuição: $ 600,00 por unidade. 
Total de custos e despesas fixas: $ 270.000,00. 
Quantidade vendida: 500 unidades. 
𝑃𝐸𝐶𝑞 = 
270.000
600
= 450 𝑀𝑆 = 
500−450
500
= 0,1 = 10% 
Nesse caso, a margem de segurança da entidade é de 10%. Podemos 
dizer que a empresa opera com uma margem de segurança de 10%, ou de 50 
unidades de produto. Então, a empresa poderia ter uma redução de até 10% da 
quantidade vendida sem ter prejuízo. Obviamente, a empresa não vai esperar 
 
 
13 
toda a redução para tomar atitudes, vai tomar providências conforme a redução 
for sendo percebida, trabalhando dentro da margem de segurança para tomar 
providências e melhorar a situação para o próximo período. 
3.2 Alavancagem operacional 
A alavancagem operacional acontece quando é elevada a quantidade 
vendida em um percentual, porém o lucro se eleva em percentual superior. A 
elevação do lucro em percentual maior do que o percentual do volume se dá 
devido a diluição dos custos fixos pela maior quantidade de produtos. 
Vejamos como ficaria o caso de uma empresa que vendia 500 unidades 
e pretende passar a vender 550 unidades: 
Preço de venda: $ 1.500,00 por unidade. 
Custos e despesas variáveis: $ 900,00 por unidade. 
Margem de contribuição: $ 600,00 por unidade. 
Total de custos e despesas fixas: $ 270.000,00. 
Quadro 4 – Dados para cálculo de alavancagem operacional 
Quantidade vendida 500 unidades 550 unidades 
Receita $ 750.000,00 $ 825.000,00 
Custos e despesas variáveis ($ 450.000,00) ($ 495.000,00) 
Margem de contribuição $ 300.000,00 $ 330.000,00 
Custos e despesas fixas ($ 270.000,00) ($ 270.000,00) 
Lucro $ 30.000,00 $ 60.000,00 
Podemos verificar que o volume era de 500 unidades e foi para 550 
unidades, assim o aumento é de 10% (550/500=1,1-1=0,1=10%), já o lucro teve 
uma elevação de 100% (60.000/30.000=2-1=1=100%), então temos aumento de 
10% em volume e de 100% em lucro. Para calcular o grau de alavancagem, 
vamos utilizar a seguinte equação: 
𝐴𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
 
Utilizando as informações obtidas, temos: 
𝐴𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 
100%
10%
= 10 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 
Temos uma alavancagem de 10 vezes, então, a cada 1% que o volume 
variar, o lucro vai variar em 10%, ou seja, em 10 vezes. Salienta-se que tal 
situação só pode ser considerada constante se partirmos do volume inicial de 
 
 
14 
500 unidades; se alterarmos para outra quantidade, a alavancagem vai se 
alterar. 
Vamos ver com outros valores para perceber a diferença. 
Quadro 5 – Dados para cálculo da alavancagem operacional 
Quantidade vendida 530 unidades 550 unidades 
Receita $ 795.000,00 $ 825.000,00 
Custos e despesas variáveis ($ 477.000,00) ($ 495.000,00) 
Margem de contribuição $ 318.000,00 $ 330.000,00 
Custos e despesas fixas ($ 270.000,00) ($ 270.000,00) 
Lucro $ 48.000,00 $ 60.000,00 
Agora, o volume era de 530 unidades e foi para 550 unidades, então o 
aumento é de 3,77% (550/530=1,0377-1=0,0377=3,77%). Já o lucro teve uma 
elevação de 25% (60.000/48.000=1,25-1=0,25=25%). Fica assim: 
𝐴𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 
25%
3,77%
= 6,63 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 
Nessa situação, a cada 1% de aumento do volume vendido, o lucro se 
eleva em 6,63%. Sempre que alteramos a base de mensuração da alavancagem 
operacional, termos uma alavancagem diferente, então é bom estar atento a 
essas situações no momento de calcular a alavancagem operacional da 
entidade. 
TEMA 4 – IMPLICAÇÕES DA APROPRIAÇÃO DE CUSTOS SOBRE O PONTO 
DE EQUILÍBRIO 
Como vimos, caro(a) aluno(a), o cálculo de ponto de equilíbrio demonstra, 
em determinado momento, qual será o ponto em que o lucro será zero. Para 
isso, utilizamos os valores dos custos fixos e despesas fixas, que são divididos 
pelo valor da margem de contribuição. Então, qualquer alteração nos valores dos 
custos, sejam fixos ou variáveis, vai resultar em alteração no ponto de equilíbrio. 
Vejamos como isso pode acontecer com um exemplo retirado da obra de Martins 
(2010): 
Custos variáveis + despesas variáveis: $ 1.000,00/un. 
Custos fixos + despesas fixas: $ 600.000,00/mês. 
Preço de venda: $ 1.500,00/un. 
Com esses dados alinhados, a empresa possui um PEC de 1.200 
unidades (600.000/500). Então, vamos imaginar que 70% dos gastos fixos são 
 
 
15 
referentes a folha de pagamento. Se essa folha tiver um aumento de 40%, como 
ficaria o PEC? 
600.000 x 70% = 420.000 (folha de pagamento). 
420.000 x 40% = 168.000 (acréscimo). 
O novo PEC é de: (600.000+168.000)/500 = 1.536 unidades. 
Os gastos fixos se elevaram em 28% (168.000/600.000=0,28) devido ao 
aumento da folha de pagamento, enquanto o ponto de equilíbrio também se 
elevou em 28% (336/1.200=0,28). Isso seria uma coincidência? 
Não se trata de coincidência, pois, efetivamente, a cada 1% dos gastos 
fixos que forem elevados, o ponto de equilíbrio também vai se elevar em 1%. 
Então, o novo ponto de equilíbrio sempre será igual ao anterior acrescido do 
mesmo percentual em que foram elevados os gastos fixos. 
Caso ocorra alteração de custos e despesas variáveis, podemos utilizar a 
mesma conclusão obtida das alterações dos gastos fixos? Não! 
Com a alteração dos gastos variáveis, a abordagem precisa ter outro 
ponto de visão, pois vai impactar no valor da margem de contribuição. Então, 
vejamos um exemplo retirado da obra de Martins (2010): 
Custos variáveis + despesas variáveis: $ 400,00/un. 
Custos fixos + despesas fixas: $ 1.200.000,00/mês. 
Preço de venda: $ 600,00/un. 
Com esses dados, temos o PEC de 6.000 unidades (1.200.000/200). E se 
os custos e as despesas variáveis aumentassem em 30%, como ficaria o novo 
PEC? 
400 x 30% = 120. 
O novo PEC é de: 1.200.000/80 = 15.000 unidades. 
Os custos e as despesas variáveis se elevaram em 30%, enquanto o PEC 
se elevou em 150%. Tal disparidade ocorre principalmente se observarmos a 
margem de contribuição, que foi reduzida em 60% (120/200=0,6), devido ao 
aumento dos custos e das despesas variáveis. 
Como o PEC é calculado dividindo os custos e as despesas fixas pela 
margem de contribuição, quanto mais for reduzida a margem de contribuição 
devido a alteração dos gastos variáveis, maior será a elevação do PEC. 
Para chegarmos ao novo ponto de equilíbrio, podemos utilizar a variação 
do valor da margemde contribuição, dividindo o valor da margem de contribuição 
 
 
16 
antes da alteração nos custos fixos (MC1) pelo valor da margem de contribuição 
depois da alteração dos custos variáveis (MC2), conforme o cálculo a seguir: 
MC1/MC2 200/80=2,5. 
O resultado da divisão das margens de contribuição, nesse caso 2,5, será 
multiplicado pelo PEC anterior, resultando no novo PEC: 
6.000 x 2,5 = 15.000 unidades. 
Obteríamos o mesmo resultado se tivéssemos aplicado a equação do 
PEC. 
Sempre que acontecerem variações de custos ou despesas, fixos ou 
variáveis, teremos impactos no cálculo do ponto de equilíbrio, cabendo sempre 
ao contador estar atento a tais situações para que possa tomar as devidas 
providências e informar à gestão. 
Vimos a importância do cálculo do ponto de equilíbrio, bem como que seu 
resultado é utilizado para margem de segurança, e agora abordamos a alteração 
do ponto de equilíbrio quando se alteram os custos. E você, caro(a) aluno(a), 
deve sempre estar atento(a) a isso, pois são pontos muito importantes para a 
análise do custos-volume-lucro. 
TEMA 5 – CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS SOBRE PONTO DE EQUILÍBRIO E 
ANÁLISE CVL 
Caro(a) aluno(a), vamos ver agora algumas situações adicionais 
relacionadas aos conceitos vistos em nossa aula. Aspectos da análise CVL 
podem impactar de maneiras diferentes em cada empresa, muito em decorrência 
da estrutura de custos de cada organização. Conforme for a estrutura de custos 
fixos e variáveis, a análise CVL será alterada. Vamos ver uma situação exemplo 
retirada da obra de Martins (2010) que mostra essas variações em três 
empresas. 
Quadro 6 – Variação de CVL 
Empresa X Y Z 
Custos e despesas fixos 150.000,00/mês 210.000,00/mês 240.000,00/mês 
Mão de obra indireta 100.000,00/mês 100.000,00/mês 80.000,00/mês 
Depreciação 20.000,00/mês 60.000,00/mês 85.000,00/mês 
Despesas diversas 30.000,00/mês 50.000,00/mês 75.000,00/mês 
Custos e despesas variáveis 900,00/un 700,00/un 600,00/un 
Matéria-prima 300,00/un 300,00/un 300,00/un 
Embalagens 100,00/un 100,00/un 100,00/un 
Mão de obra direta 400,00/un 150,00/un 40,00/un 
Despesas de venda 100,00/un 150,00/un 160,00/un 
 
 
17 
Preço de venda 1.400,00/un 1.400,00/un 1.400,00/un 
Margem de contribuição 500,00/un 700,00/un 900,00/un 
PEC 300 un 300 un 300 un 
A empresa Y é mais mecanizada que a X, por isso possui mais custos e 
despesas fixas, enquanto a Z é a mais mecanizada de todas, justificando assim 
o maior valor de custos e despesas fixas. Tal situação também justificativa os 
custos variáveis menores com mão de obra direta quando existe maior 
automação. 
Com as informações das três empresas, sabendo que o ponto de 
equilíbrio é de 300 unidades para todas, vamos ver no Quadro 7qual seria o 
resultado das empresas simulando alguns volumes vendidos: 
Quadro 7 – Variações do CVL 
 Resultado 
Volume X Y Z 
100 un/mês ($ 100.000,00) ($ 140.000,00) ($ 160.000,00) 
200 un/mês ($ 50.000,00) ($ 70.000,00) ($ 80.000,00) 
300 un/mês - - - 
400 un/mês $ 50.000,00 $ 70.000,00 $ 80.000,00 
500 un/mês $ 100.000,00 $ 140.000,00 $ 160.000,00 
As empresas possuem o mesmo PEC; fora desse ponto, possuem 
resultados diferentes. Outra situação que chama a atenção é que a alavancagem 
operacional é a mesma nas 3 empresas, pois, ao elevarem o volume de 400 para 
500 unidades, ou seja, 25% de aumento de volume, o lucro aumentou em 100% 
em todos os casos, tendo assim uma alavancagem operacional de 4 vezes. 
Fora do PEC, conforme eleva-se o volume, a empresa Z apresenta maior 
lucro, depois a Y e, por fim, a X, enquanto, abaixo do PEC, Z apresenta o pior 
desempenho, seguida por Y, e X possui o desempenho melhor abaixo do PEC. 
Essas alterações acontecem devido a empresa X possuir maiores custos e 
despesas variáveis, logo uma margem de contribuição unitária inferior, fazendo 
com que ganhe menos após atingir o PEC. Em contrapartida, por possuir 
menores custos e despesas fixas, seu prejuízo é menor ao trabalhar abaixo do 
PEC. 
Em oposição a X está a empresa Z, que possui maior margem de 
contribuição unitária, tendo maiores benefícios com a elevação do volume, 
porém possui maior prejuízo se trabalhar abaixo do PEC. Vejamos a situação 
em forma de gráfico. 
 
 
 
18 
Gráfico 6 – Desempenho das empresas X, Y e Z 
 
Verificando os gráficos, quanto menor for a participação dos custos e 
despesas variáveis, maior será a “abertura do gráfico”. Nesse caso, a 
participação dos custos e despesas variáveis se altera devido à automação das 
empresas, em que Z possui maior nível de automação, seguida por Y e, depois, 
X, afetando, assim, a estrutura de custos, impactando no PEC, mostrando a 
necessidade de uma boa análise do CVL. 
TROCANDO IDEIAS 
Chegou o momento de compartilharmos aquilo que aprendemos, algumas 
dúvidas que ainda temos, curiosidades também. Então, caro(a) aluno(a), entre 
 
 
19 
no fórum e converse com seus colegas sobre empresas que você conheça e que 
poderiam ser beneficiadas por uma análise CVL. Para nortear o debate, seguem 
sugestões de algumas questões para vocês discutirem: 
a. A empresa possui separação entre gastos fixos e variáveis? 
b. Quais obstáculos podem existir nessa empresa? 
c. Como uma análise CVL pode ser útil para a atividade da empresa? 
d. Quais benefícios a empresa vai usufruir com a análise CVL? 
e. Seria necessário mudar algo para implementar a análise CVL? O quê? 
NA PRÁTICA 
Caro(a) aluno(a), vamos agora ver uma situação prática envolvendo os 
conteúdos tratados na aula de hoje. Imaginamos que você foi contratado(a) para 
realizar um trabalho de consultoria voltado às situações do CVL. A empresa 
pediu para que fossem inicialmente projetados os pontos de equilíbrio, a margem 
de segurança e a alavancagem operacional, bem como algumas simulações que 
você verá com os dados. 
Dados: 
Preço de venda: $ 1.000,00 por unidade 
Custos e despesas variáveis: $ 500,00 por unidade 
Margem de contribuição: $ 500,00 por unidade (500/1.000=0,5=50%) 
Custos fixos, exceto depreciação: $ 200.000,00 
Depreciações: $ 20.000,00 
Despesas administrativas e comerciais: $ 30.000,00 
Total de custos e despesas fixas: $ 230.000,00 
Cálculo do PEC 
Querido(a) aluno(a), vamos iniciar pelo cálculo do PEC e, para isso, 
vamos utilizar o valor dos gastos fixos e dividi-lo pelo valor da margem de 
contribuição unitária: 
𝑃𝐸𝐶 = 
230.000
500
= 460 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
Como podemos ver, o PEC é de 460 unidades, o que vai chegar a uma 
receita de $ 460.000,00. Dessa maneira, o lucro da empresa será igual a zero. 
A partir dessa informação, a empresa pode planejar talvez reduzir o preço após 
 
 
20 
atingir o PEC para, quem sabe, vender volume maior ganhando um pouco 
menos, porém já com os gastos fixos pagos. 
Cálculo do PEF 
O próximo passo é o cálculo do PEF, que considera apenas os gastos 
desembolsáveis. Então, do total de gastos fixos de $ 230.000,00, vamos deduzir 
$ 20.000,00, que são referentes a depreciação, e então teremos o valor de $ 
210.000,00, que vai ser dividido pela margem de contribuição unitária: 
𝑃𝐸𝐹 = 
210.000
500
= 420 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
O PEF é de 420 unidades, sendo então necessária uma receita de $ 
420.000,00 para que, entre entradas e saídas de numerário, o resultado seja 
igual a zero. Em posse dessa informação, a empresa tem toda noção de quanto 
precisa vender para que consiga pagar os gastos desembolsáveis. 
Cálculo do PEE 
A empresa almeja um lucro de $ 20.000,00 no período, então devemos 
calcular o PEE. Para esse procedimento, vamos somar o valor do lucro almejado 
com o dos gastos fixos ($ 230.000,00), chegando assim ao valor de $ 
250.000,00, que será dividido pela margem de contribuição unitária: 
𝑃𝐸𝐹 = 
250.000
500
= 500 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
Para que a empresa consiga pagar todos seus gastos fixos e, ainda, 
alcançar o lucro de $ 20.000,00, será necessário que venda 500 unidades de 
produto, alcançando umareceita de $ 500.000,00. Dessa maneira, fica facilitado 
o planejamento de vendas da empresa. 
As informações do ponto de equilíbrio ajudam no planejamento, como 
também colaboram para o acompanhamento sobre o quanto já foi cumprido do 
objetivo das vendas. 
Margem de segurança 
Sabendo que a empresa almeja o lucro de $ 20.000,00, mesmo se não 
atingir esse valor, o ideal é que não venha a ter prejuízo, então vamos ver quanto 
seria a margem de segurança comparando a quantidade a ser vendida para 
atingir o PEC com a quantidade do PEE. 
 
 
21 
𝑀𝑆 = 
500 − 460
500
= 0,08 = 8% 
Ao compararmos as quantidades vendidas do PEC e do PEE, podemos 
ver que a empresa possui uma margem de segurança de 8%. Da quantidade a 
ser vendida para atingir o PEE, a empresa pode sofrer uma redução de até 8% 
sem que tenha prejuízo. 
Digamos que, em vez de comparar o PEC com o PEE, a empresa queria 
verificar qual seria a margem de segurança se tivesse as vendas na quantidade 
de 600 unidades, então teríamos a seguinte margem de segurança: 
𝑀𝑆 = 
600 − 460
600
= 0,233 = 23,3% 
Dessa maneira, a margem de segurança seria de 23,3%, que seria o 
volume que pode ser reduzido sem que se tenha prejuízo. 
Alavancagem operacional 
Agora, veremos qual é a alavancagem operacional da empresa ao 
partimos da quantidade a ser vendida para alcançar o PEE, que é 500 unidades. 
E se a empresa passar a vender 600 unidades, como ficaria o grau de 
alavancagem operacional? Vejamos os dados no Quadro 8: 
Quadro 8 – Dados para alavancagem operacional 
Quantidade vendida 500 unidades 600 unidades 
Receita $ 500.000,00 $ 600.000,00 
Custos e despesas variáveis ($ 250.000,00) ($ 300.000,00) 
Margem de contribuição $ 250.000,00 $ 300.000,00 
Custos e despesas fixas ($ 230.000,00) ($ 230.000,00) 
Lucro $ 20.000,00 $ 70.000,00 
Como podemos ver, o volume passou de 500 para 600 unidades, uma 
elevação de 20% (100/500=0,2=20%); já o lucro aumentou de $ 20.000,00 para 
$ 70.000,00, o que, em percentual, representa 250% 
(50.000/20.000=2,5=250%). Vamos colocar esses aumentos na equação da 
alavancagem operacional. 
𝐴𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 
250%
20%
= 12,5 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 
Vemos que a alavancagem operacional é de 12,5 vezes, ou seja, a cada 
1% que o volume se elevar, o lucro terá elevação de 12,5%. Se, por caso, a 
empresa optasse por partir das 600 unidades e elevar para 750 unidades, qual 
 
 
22 
seria a nova alavancagem operacional? Vamos acompanhar os dados no 
Quadro 9. 
Quadro 9 – Dados para alavancagem operacional 
Quantidade vendida 600 unidades 750 unidades 
Receita $ 600.000,00 $ 750.000,00 
Custos e despesas variáveis ($ 300.000,00) ($ 375.000,00) 
Margem de contribuição $ 300.000,00 $ 375.000,00 
Custos e despesas fixas ($ 230.000,00) ($ 230.000,00) 
Lucro $ 70.000,00 $ 145.000,00 
Nesse novo cenário, o lucro variou aproximadamente 107,14% 
(75/70=1,0714=107,14%), enquanto o volume teve variação de 25% 
(150/600=0,25=25%). Aplicando a equação da alavancagem, temos: 
𝐴𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 
107,14%
25%
= 4,29 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 
Nesse novo caso, a alavancagem é de 4,29 vezes: para cada 1% de 
elevação do volume, o lucro aumentará em 4,29%, aproximadamente. 
Lembrando que, sempre que mudarmos a base de partida da elevação do 
volume, teremos uma alavancagem operacional diferente para a empresa, então 
é um cuidado que deve ser tomado e acompanhado pela gestão. 
Dentro daquilo que vimos, caro(a) aluno(a), e se algo mudasse na 
estrutura de custos? Como ficaria? Vamos ver! 
Mudanças da estrutura de custos 
Vamos ver cenários em que o valor da estrutura de custos se altera para 
praticarmos, mas primeiro vamos trazer um resumo com as informações já 
obtidas: 
Preço de venda: $ 1.000,00 por unidade. 
Custos e despesas variáveis: $ 500,00 por unidade. 
Margem de contribuição: $ 500,00 por unidade (500/1.000=0,5=50%). 
Custos fixos, exceto depreciação: $ 200.000,00. 
Depreciações: $ 20.000,00. 
Despesas administrativas e comerciais: $ 30.000,00. 
Total de custos e despesas fixas: $ 230.000,00. 
Lucro almejado: $ 20.000,00. 
PEC: 460 unidades. 
PEF: 420 unidades. 
 
 
23 
PEE: 500 unidades. 
Supondo que os gastos fixos se elevem em 30% devido a um aumento do 
valor dos salários, permanecendo constante o restante da estrutura dos custos, 
quais seriam os novos pontos de equilíbrio? 
Primeiro, vamos encontrar o novo valor dos gastos fixos – basta 
acrescentarmos 30% aos $ 230.000,00, então temos $ 299.000,00 
(230.000x1,3). Agora, aplicamos novamente os cálculos dos pontos de 
equilíbrio: 
𝑃𝐸𝐶 = 
299.000
500
= 598 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐹 = 
279.000
500
= 558 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐶 = 
319.000
500
= 638 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
Temos, então, as novas quantidades. É perceptível a elevação. Como os 
gastos fixos foram elevados em 30%, podemos observar que o PEC se elevou 
exatamente em 30%, porém o PEF e PEE não seguem a mesma proporção, 
pois, o valor da depreciação permanecer o mesmo, bem como o lucro almejado 
continuar sendo de $ 20.000,00, fazem com que sua elevação seja um pouco 
inferior a 30%. 
Vimos o que acontece se mudarmos a estrutura de custos fixos. E se 
forem alterados os custos variáveis, como os pontos de equilíbrio reagem? 
Digamos que os custos e as despesas variáveis se elevem em 20%, vejamos o 
que acontece. 
Antes, os gastos variáveis eram de $ 500,00, então, se aumentarem em 
20%, o aumento será de $ 100,00 (500x20%=100), chegando assim ao novo 
valor de custos e despesas variáveis de $ 600,00. Como o nosso preço de venda 
é de $ 1.000,00 e se mantém o mesmo, nossa margem de contribuição agora é 
de $ 400,00. Agora, calculando os novos pontos de equilíbrio: 
𝑃𝐸𝐶 = 
230.000
400
= 575 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐹 = 
210.000
400
= 525 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐶 = 
250.000
400
= 625 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
 
 
24 
Como podemos ver, todos os pontos de equilíbrio agora aumentaram, 
pois, devido à elevação dos gastos variáveis, tivemos impacto no valor da 
margem de contribuição. 
Podemos chegar no mesmo resultado utilizando outro cálculo, basta 
utilizarmos a primeira margem de contribuição, que era de $ 500,00, e dividirmos 
pela segunda, que é de $ 400,00: 
500/400=1,25. 
Agora, basta multiplicarmos esse valor pelo PEC, pelo PEF e pelo PEE 
anteriores para chegarmos a seus novos pontos de equilíbrio. 
PEC = 460 x 1,25 = 575 unidades. 
PEF = 420 x 1,25 = 525 unidades. 
PEE = 500 x 1,25 = 625 unidades. 
Fica claro que podem ser utilizadas as fórmulas normais ou também 
alguns meios alternativos para chegar ao mesmo resultado. E se em uma nova 
situação fossem alterados os gastos fixos e variáveis simultaneamente, o que 
aconteceria? 
Vamos considerar o aumento de 30% dos gastos fixos e de 20% dos 
gastos variáveis e ver como seriam os novos pontos de equilíbrio. 
𝑃𝐸𝐶 = 
299.000
400
= 747,5 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐹 = 
279.000
400
= 697,5 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
𝑃𝐸𝐶 = 
319.000
400
= 797,5 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 
Chegamos às novas quantidades, e, devido à elevação de todos os 
gastos, fixos e variáveis, os pontos de equilíbrio se elevaram também. 
Dentro das situações que vimos, querido(a) aluno(a), vamos verificar o 
Quadro 10 com um resumo para ficar mais clara a visualização: 
Quadro 10 – Resumo das situações 
 Situação 
inicial 
Aumento de 
30% dos gastos 
fixos 
Aumento de 20% 
dos gastos 
variáveis 
Aumento de 30% dos 
gastos fixos e 20% dos 
gastos variáveis 
PEC 460 unid. 598 unid. 575 unid. 747,5 unid. 
PEF 420 unid. 558 unid. 525 unid. 697,5 unid. 
PEE 500 unid. 638 unid. 625 unid. 797,5 unid. 
 
 
25 
Dessa maneira, fica facilitada a comparação de cada situação que 
apresentamos. Vale salientar que consideramos alterações nos custos de forma 
aleatória apenas para demonstrar as mudanças nos pontos de equilíbrio. 
Então, caro(a) aluno(a), para que fique algo mais próximo da realidade, 
vamos supor que a empresapossui três opções: manter a estrutura atual, reduzir 
a automação, o que implicaria em elevar os gastos variáveis e reduzir os gastos 
fixos, ou aumentar a automação, elevando os gastos fixos e reduzindo os gastos 
variáveis. Essa é uma situação recorrente no dia a dia das empresas, e cada 
escolha vai implicar em uma nova estrutura e em um novo PEC. Vejamos a 
comparação no Quadro 11. 
Quadro 11 – Comparação das estruturas 
Empresa Reduzir automação Atual Elevar automação 
Custos e despesas fixos 184.000,00/mês 230.000,00/mês 276.000,00/mês 
Custos e despesas variáveis 600,00/un 500,00/um 400,00/un 
Preço de venda 1.000,00/un 1.000,00/um 1.000,00/un 
Margem de contribuição 400,00/un 500,00/um 600,00/un 
PEC 460 un 460 um 460 un 
Nas três situações, o preço de venda e o PEC são os mesmos, porém a 
estrutura de custos é diferente. Ao reduzir a automação, os gastos fixos se 
reduziram de $ 230.000,00 para $ 184.000,00, o equivalente a 20%, enquanto 
os gastos variáveis se elevaram de $ 500,00 para $ 600,00, também 20%. No 
caso de aumentar a automação, os gastos fixos vão de $ 230.000,00 para $ 
276.000,00, equivalente a 20%, enquanto os gastos variáveis se reduzem de $ 
500,00 para $ 400,00, ou seja, 20%. Nesse caso, utilizamos alterações lineares, 
pois só assim poderá ser mantido o PEC igual sem alterar o preço de venda. 
Vejamos o Quadro 12. 
Quadro 12 – Resultados de alteração do volume 
 Resultado 
Volume Reduzir automação Atual Elevar automação 
260 un/mês ($ 80.000,00) ($ 100.000,00) ($ 120.000,00) 
360 un/mês ($ 40.000,00) ($ 50.000,00) ($ 60.000,00) 
460 un/mês - - - 
560 un/mês $ 40.000,00 $ 50.000,00 $ 60.000,00 
660 un/mês $ 80.000,00 $ 100.000,00 $ 120.000,00 
Conforme verificamos, quanto menor forem os custos e as despesas fixas, 
menor será o prejuízo abaixo do PEC, porém, ao ultrapassar esse ponto, o lucro 
também será menor. Como podemos ver, decisões de automação que alteram 
 
 
26 
os custos e as despesas fixos e variáveis vão implicar diretamente no resultado, 
sendo uma ferramenta muito útil para a organização e o planejamento da 
empresa. 
FINALIZANDO 
Querido(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa quinta aula, que teve 
como centro de nossas atenções a análise custo/volume/lucro (CVL). Iniciamos 
tratando especificamente sobre a análise do CVL e verificamos quais são as 
possíveis consequências no lucro devido à alteração dos valores dos custos fixos 
ou variáveis da empresa, bem como de que maneira essas alterações nos custos 
podem ocorrer devido a mudança no volume de produção ou venda. Vimos que 
essas implicações devem ser consideradas para análises da empresa, pois 
conhecer como os custos se relacionam com volume e lucro se mostra uma 
ferramenta relevante para a organização. 
Depois, tratamos sobre o ponto de equilíbrio, dividindo-o em ponto de 
equilíbrio contábil, econômico e financeiro. O ponto de equilíbrio, de forma bem 
sucinta, é definido como momento em que o lucro é igual a zero, o que permite 
à empresa saber quanto deverá vender para não ter prejuízos – conhecido como 
PEC. O PEE é o momento em que a empresa consegue atingir uma lucratividade 
desejada, então sabendo o quanto precisa vender para conseguir tal meta. E o 
PEF é ponto em que a empresa chega ao caixa igual a zero, considerando a 
quantidade a ser vendida para atingir um lucro igual ao valor dos gastos 
desembolsáveis. 
Após conhecermos os conceitos do ponto de equilíbrio, vimos a relevância 
da margem de segurança, pois essa margem representa o quanto a empresa 
está vendendo acima do ponto de equilíbrio, tendo a noção de em quanto poderia 
reduzir as vendas sem ter prejuízo. Juntamente com a margem de segurança, 
verificamos o conceito da alavancagem operacional, a qual pode ser muito útil 
para algumas tomadas de decisão dentro da análise do CVL, pois evidencia 
quantos por cento o lucro vai aumentar para 1% de elevação do volume vendido, 
podendo gerar informação muito precisa. 
Nosso quarto tema foi a verificação de quais implicações a alteração dos 
custos fixos ou variáveis desencadeiam no ponto de equilíbrio, pois, como os 
custos fixos são utilizados no cálculo do ponto de equilíbrio, enquanto os 
variáveis são utilizados para encontrar a margem de contribuição, suas 
 
 
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alterações sempre vão implicar no ponto de equilíbrio, devendo sempre a gestão 
estar atenta a essas alterações, pois afetarão de forma direta a percepção do 
ponto de equilíbrio, seja o contábil, o econômico ou o financeiro. 
Encerramos nossa aula abordando algumas considerações adicionais 
referente ao CVL, deixando claro que não necessariamente empresas que 
possuem o mesmo PEC terão o mesmo lucro elevando de forma igual o volume, 
pois tudo depende de como é sua estrutura de custos: se a predominância está 
nos custos fixos ou nos custos variáveis. Então, caro(a) aluno(a), sempre que 
pensarmos na análise CVL, devemos nos ater inicialmente a entender qual é a 
estrutura de custos da empresa, para, dessa maneira, podermos atuar de forma 
mais eficaz, chegando aos pontos de equilíbrio, verificando margem de 
segurança e alavancagem operacional e compreendendo o comportamento dos 
custos dentro da organização. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas 
modernas. 3. ed. São Paulo: Altas, 2010. 
JIAMBALVO, J. Contabilidade gerencial. Rio de Janeiro: LCT, 2002. 
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Altas, 2010. 
PADOVEZE, C. L. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração com 
sistemas de informação (ERP). 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. 
SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2011.

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