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176 Biologia Celular No leptóteno, a cromatina começa a se condensar gradual- mente nos cromossomos. Nessa fase, ao microscópio de luz, são característicos pontos de maior condensação ao longo dos fila- mentos de cromatina, denominados de cromômeros, que ocor- rem na mesma posição nos dois cromossomos homólogos. Neste momento, já ocorreu a duplicação dos cromossomos, revelada pela citofotometria e pela radioautografia, mas a microscopia de luz não mostra essa duplicação, pois as duas cromátides do cro- mossomo não são visíveis. Entretanto, à microscopia eletrônica elas são claramente reveladas. Em nível ultra-estrutural, ainda se observa que os cromosso- mos estão individualmente associados a estruturas filamentosas, localizadas entre as duas cromátides-irmãs de cada cromossomo, denominadas de núcleos axiais, que mais tarde irão se tornar os elementos laterais do complexo sinaptonêmico. Freqüentemente, as duas extremidades dos núcleos axiais estão ligadas ao envol- tório nuclear, fazendo com que os cromossomos assumam uma disposição em buquê, que às vezes é vista na fase seguinte. Gradativamente, os cromossomos continuam sua condensação e iniciam um processo de aproximação e pareamento dos cromos- somos homólogos (sinapses), que se inicia na fase seguinte da prófase I, o zigóteno. Nessa fase, com os cromossomos homólogos ocorre uma aproximação ponto por ponto, cromômero por cro- mômero, mas não se fundem, ficando uma distância entre eles de, aproximadamente, 150-200nm. A microscopia eletrônica mostrou que essas sinapses são devidas à formação de uma estrutura com- plexa, que se dispõe longitudinalmente entre os dois homólogos, com uma estrutura semelhante a um zíper, chamada de complexo sinaptonêmico (Figura 7.30). À microscopia eletrônica, o complexo sinaptonêmico mostra ser constituído por três elementos eletrodensos, paralelos entre si e ao eixo do cromossomo, sendo dois laterais e um eixo central. Cada elemento lateral está associado à cromatina de cada um dos cromossomos homólogos e é conectado ao outro elemento lateral por intermédio de componentes transversais extremamente finos do elemento central. Dessa forma, se estabelece a união entre os cromossomos do par de homólogos.
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