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AVA 1 - Construção do Pensamento - Nota 90

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UVA – Universidade Veiga de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção do Pensamento – AVA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: Raquel Mezes da Silva Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
2023 
 
“Eu, uma ficção?” 
 
Com o pensamento de que a verdade não é algo absoluto e concreto, e que não há 
necessidade de comprovar a veracidade dos fatos para talvez mudar o pensamento, 
Nietzsche acreditava na ideia de transformação, onde tudo muda o tempo todo e 
nada é fixo. Assim como Nietzsche, Deleuze acreditava que a verdade não é exata, 
pois depende do valor empregado e da forma como é visto para ter a percepção do 
que é verdade. Também inspirado pelos pensamentos de Nietzsche, onde nada é 
concreto, e sempre possui variações da forma de se pensar, Jaques Derrida 
acreditava que a palavra não era apenas uma escrita, ou reprodução sonora. Mas 
que existem informações nas palavras que não estão explicitas, formando outras 
maneiras de entender. Todas essas formas de pensar revelam que existem várias 
vertentes, relacionadas ao entendimento humano, e que de fato a forma racional e 
fixa de pensamento que temos sobre verdade ou mentira, certo ou errado, nada 
mais é que pensamentos implementados pelo convívio, social, político e pela 
cultural. 
Sabemos que no Brasil existem um número enorme de áreas profissional. 
Entretanto, em algumas dessas áreas como por exemplo na engenharia, o número 
de mulheres é reduzido. Acredito que pelo fato de a engenharia ser vista como uma 
profissão onde se constrói coisas, e isso muitas vezes remete a pensar em trabalho 
“braçal”, logo associam ao homem. Por um lado, pode até ter um sentindo, essa 
forma de pensar, pois aprendemos a séculos a ver o homem como provedor, como 
aquele quem leva o sustento, o que tem “força física” para trabalhar. Enquanto a 
mulher era vista como aquela que cuida da casa e dos filhos. O pensamento da 
sociedade, e a cultura solidificaram a ideia de que determinadas áreas profissionais 
foram feitas apenas para os homens. Até hoje existe um pré-conceito estruturado 
principalmente pela sociedade, consequentemente familiar, muitas vezes passado de 
geração em geração, onde a mulher que possui uma formação ou profissão 
titularizada masculina, tem ideias como “Ser o homem da casa, mandar no marido, 
ou até mesmo que é errado, ou estranho”, porque no convívio familiar nenhuma 
outra mulher fez, o que aquela mulher decidiu fazer. 
Essa forma de pensamento é apenas uma representação dos ideais, oriundos da 
sociedade de décadas passadas, mas que ainda hoje possui alguns fragmentos, 
conhecido como o “tradicional”, o “certo”. Hoje conseguimos ver o quanto a mulher 
ganhou espaço em várias áreas profissionais. Em muitas empresas a maioria dos 
colaboradores são mulheres, e dentro desse percentual muitas possuem cargos de 
liderança. Então refazendo a pergunta de Nietzsche eu digo, “o que é a verdade?” 
Por décadas a ideia de que não era correto a mulher trabalhar ou que, algumas áreas 
não eram para as mulheres foi imposta como uma verdade engessada, sem nenhuma 
outra alternativa. Porém hoje, no mundo contemporâneo podemos perceber que o 
que era tido como verdade em relação a mulher, nada mais é que que uma metáfora 
que vem cada vez mais perdendo a força. 
Fazemos escolhas o tempo todo, acreditando que somos seres independentes. 
Porém a ideia de ter um inconsciente colonizado, mostra que as escolhas que 
achamos que estamos fazendo porque queremos, na verdade é um padrão de ideal 
sobre determinado assunto, que nos faz decidir sobre algo, inconscientemente sem 
entender a real razão das nossas escolhas. 
O que Suely quer dizer, é que nós achamos, que as opiniões, escolhas e preferencias 
que temos são nossas, mas na verdade são opiniões formadas, que inconsciente 
foram implantadas através da sociedade, cultura, política, como forma de pensar. 
O livro “O Show do Eu” fala sobre a era da tecnologia, onde as pessoas querem ser 
vistas e elogiadas através das redes sociais, expondo sua intimidade, mas as vezes 
revelando um lado de si mesmo que nem sempre é o que parece, para agradar seus 
seguidores, sua plateia nesse show. Vivem a vida em torno da necessidade de se 
expor, a troco de serem aplaudidas. 
Vivemos em uma época em que a tecnologia está cada vez mais presente nas nossas 
vidas. Onde a pessoas sentem a necessidade de se mostrar cada vez mais, para se 
sentirem as aceitas pelas outras. E uma das formas mais usadas para se alcançar 
essa validação são as redes sociais. E nessa busca por aceitação, nesse mundo 
virtual, as pessoas começam a se mostrar de formas que nem sempre são a realidade 
do seu dia a dia, esquecendo de quem realmente são, pra viver de um personagem 
que agrade aos outros. Porém o local onde se mostram é repleto de pessoas cujo 
pensamentos são diversos, pessoas que tem sua própria maneira de ver a verdade, a 
verdade do seu ponto de vista. Repleto de opiniões adversas, e um lugar onde as 
pessoas se expõe a todo tempo, mostrando suas verdades ou não. Ligando a ideia 
de Nietzsche sobre o que realmente é a verdade eu concluo que, em todos os textos 
houve uma relação de verdade, a verdade individual, formas de pensamentos, 
entendidos como verdade, como o correto, o racional. Tais verdades, 
desencadearam o mundo em vivemos hoje, sejam como na época em que as 
mulheres não tinham os mesmo direitos que os homens, seja na verdade em como 
as pessoas mostram sua vida nas redes sociais ou seja o que eu entendo como 
verdade. A maneiro como me vejo e acredito que sou, me torna uma verdade, não 
uma verdade racional, mas que pode sempre mudar, no meu ponto de vista.

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