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PORTUGUÊS P/ ATA (ESAF) - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
PROFESSOR: DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
 
 
 
 
 
Aula 9 
 
(Provas comentadas) 
 
 Olá, pessoal! 
Chegamos ao final de nosso curso!!! Espero que vocês tenham gostado 
de nosso trabalho e que tenham realmente percebido a forma como a ESAF 
cobra os temas de Língua Portuguesa na prova. 
As várias interpelações no fórum me ajudam a procurar um trabalho 
mais didático, e isso tem colaborado muito com o planejamento dos próximos 
cursos. Por isso, sua dúvida, sugestão ou reclamação É MUITO IMPORTANTE. 
Se alguém se sentir constrangido em se expressar pelo fórum, expresse-se 
pelo e-mail (decioterror@pontodosconcursos.com.br). O que queremos é 
sempre levar um material de qualidade e que sacie suas expectativas. 
 Agradeço muitíssimo por sua participação no curso!!!!! 
 
 Para que realmente este simulado surta efeito, é interessante você 
observar os seguintes critérios: 
a) Comece pela segunda parte desta aula, realizando apenas as provas 
(sem os comentários). 
b) A média de resolução de cada questão é de 3 minutos, então, se 
você percebeu que a questão vai tomar muito tempo, pule para a 
próxima e procure ir controlando o tempo gasto. 
c) Você terá 45 minutos para a realização da primeira prova e 60 
minutos para a segunda. Mesmo que não tenha terminado todas as 
questões, pare de realizá-las nesse tempo limite. Isso vai lhe dar a 
noção de sua agilidade. É para isso que estamos treinando. Lembre-
se de que não basta saber bastante, deve-se ter presteza na 
resolução da prova. 
d) Após realizar a prova, anote o tempo gasto (se tiver acabado antes 
do tempo) e o percentual de acerto. 
e) Em seguida, veja os comentários da prova. Agora, sim, é o momento 
de verificar os detalhes das questões, com calma. 
f) A exemplo de alguns companheiros, poste no fórum seu tempo de 
realização e as questões que deram mais trabalho. 
 
 
Português p/ Assistente Técnico-Administrativo (ESAF) 
 (teoria e questões comentadas) 
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PORTUGUÊS P/ ATA (ESAF) - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
PROFESSOR: DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
2
 
Prova 1 
Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG 2010 
 
 
Texto para as questões 1 e 2. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a partir de 
alguns conceitos fundamentais. Um deles é o conceito de civilização. Tal 
conceito, a exemplo dos que constituem a base da estrutura da 
experiência ocidental, é algo tornado possível apenas por meio de seu 
contraponto, qual seja, o conceito de barbárie. 
Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a experiência 
da modernidade (que não deve ser pensada como algo que já aconteceu, 
mas como algo que deve estar sempre acontecendo, um porvir) implica a 
experiência da violência que a tornou possível – a violência fundadora da 
modernidade. O processo civilizatório se constitui a partir da conquista de 
territórios e posições ocupados pela barbárie. Tal processo se dá de forma 
contínua, num movimento insistente que está sendo sempre recomeçado. 
Pensando em termos de experiência moderna, todas as grandes 
conquistas ou invasões das terras alheias tiveram como justificativa a 
ocupação dos espaços da barbárie. 
(Adaptado de Ruberval Ferreira, Guerra na língua: 
 mídia, poder e terrorismo. 2007, p. 79-80) 
 
1. Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
a) A flexão de masculino no termo “pensado” (ℓ.1) indica que o pronome 
relativo “que” retoma, nas relações de coesão, o pronome “algo” e não o 
substantivo “experiência”. 
b) O uso da voz passiva em “ser pensada”(ℓ.7) indica que o verbo pensar está 
empregado como pensar em, e a oração na voz ativa correspondente deve 
ser escrita como pensar na experiência da modernidade. 
c) O sinal de travessão, na linha 9, exerce função semelhante ao sinal de dois 
pontos, que é a de introduzir uma explicação ou uma especificação para a 
ideia anterior. 
d) As estruturas sintáticas do texto permitem o deslocamento do pronome 
átono em “se constitui”(ℓ.10) e “se dá”(ℓ.11) para depois do verbo, 
escrevendo-se, respectivamente, constitui-se e dá-se, sem que com isso 
se prejudique a correção ou a coerência do texto. 
e) Embora a substituição de “está sendo”(ℓ.12) por é respeite a correção 
gramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma durativa 
enfatiza a ideia de continuidade do processo civilizatório. 
 
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PORTUGUÊS P/ ATA (ESAF) - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
PROFESSOR: DÉCIO TERROR 
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3
 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o pronome relativo “que” 
encontra-se na função de sujeito, o qual retoma o pronome indefinido “algo”: 
“A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado... 
oração principal Or. subord adjetiva restritiva 
A alternativa (B) é a errada. Para um verbo estar na voz passiva, deve 
ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. O verbo pensar é transitivo 
direto, neste contexto (e não transitivo indireto, como o exemplo dado na 
questão: pensar em). 
Releia o trecho original na voz passiva analítica: 
“...a experiência da modernidade que não deve ser pensada como algo...” 
 Agora, perceba que esta voz passiva não apresenta explicitamente o 
agente da passiva. Assim, ele está indeterminado. Na transposição para a voz 
ativa este termo agente indeterminado passa a sujeito agente indeterminado, 
com verbo na terceira pessoa do plural: 
“...a experiência da modernidade que não devem pensar como algo...” 
 Na realidade, bastava observar que a preposição “em” transmitiu o erro 
na questão. 
A alternativa (C) está correta, pois o termo após o travessão “a violência 
fundadora da modernidade” é o aposto explicativo, o qual explica “violência”. 
Haja vista aquele termo estar em final de período, pode também ser separado 
por dois-pontos. 
A alternativa (D) está correta, pois não há palavra atrativa para forçar a 
próclise (pronome oblíquo átono antes do verbo). Esse processo ocorre por 
eufonia. É tendência moderna manter a próclise por soar menos artificial. 
Assim, nada impede que haja a ênclise (pronome oblíquo átono após o verbo), 
pois, como já dito, não há palavra que obrigue o pronome para antes do 
verbo. 
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “é” (presente do indicativo) 
pode substituir a locução “está sendo” pois aquele é empregado para 
transmitir rotina, regularidade. Mas a locução “está sendo”, ao utilizar o verbo 
auxiliar no presente do indicativo, já transmite o valor de regularidade e, com 
o gerúndio, intensifica a ideia de continuidade, duração. Veja: 
Tal processo se dá de forma contínua, num movimento insistente que está 
sendo sempre recomeçado. 
Tal processo se dá de forma contínua, num movimento insistente que é 
sempre recomeçado. 
 Portanto, não há erro na substituição, apenas a locução transmite mais 
intensamente a duração do processo verbal. 
Gabarito: B 
 
 
 
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2- A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as 
inferências abaixo, em seguida, assinale a opção correta. 
( ) A conquista dos espaços ocupados pela barbárie constitui uma das 
manifestações da violência que está na origem da modernidade. 
( ) A experiência ocidental estrutura-sepor meio de conceitos em 
contraponto, ilustrados no contraponto entre civilização e barbárie. 
( ) O processo civilizatório constitui um movimento de constante recomeço 
porque espaços de violência devem ser ocupados. 
( ) A ausência da oposição no conceito de modernidade tornaria injustificável 
a ocupação de espaços de violência pelo processo civilizatório. 
A sequência correta é 
a) V, V, V, F 
b) V, V, F, V 
c) V, V, F, F 
d) F, V, F, V 
e) F, F, V, V 
Comentário: A primeira frase é verdadeira. Os dados são literais, 
especificamente a partir da leitura do segundo parágrafo. 
 A questão afirmou que a “conquista dos espaços ocupados pela barbárie 
constitui uma das manifestações da violência”. Logicamente, sabemos que a 
conquista de territórios não se dá de maneira amigável, mas por meio de 
violência, “barbárie”. A questão continua com a afirmação de que a violência 
está na origem da modernidade. Isso foi afirmado no texto, mais precisamente 
na expressão “a violência fundadora da modernidade”. 
A segunda frase é verdadeira. A informação é literal. A questão afirmou 
que “A experiência ocidental estrutura-se¹ por meio de conceitos² em 
contraponto³, ilustrados4 no contraponto entre civilização5 e barbárie6.”. Isso é 
confirmado no texto a partir do segundo período, em que é afirmado que “Tal 
conceito² (isto é, o conceito de civilização), a exemplo4 dos que constituem a 
base da estrutura da experiência ocidental¹, é algo tornado possível apenas 
por meio de seu5 contraponto³ (isto é, o contraponto da civilização5), qual 
seja, o conceito² de barbárie6.” 
A terceira frase é falsa. Realmente o texto afirma que o processo 
civilizatório constitui um movimento de constante recomeço. Como 
confirmação, temos o trecho “Tal processo se dá de forma contínua, num 
movimento insistente que está sendo sempre recomeçado”. Porém, o erro está 
na sua justificativa. No texto, a ocupação dos espaços da barbárie é a 
justificativa das “grandes conquistas ou invasões das terras alheias” (último 
período do texto), e não é a justificativa do constante recomeço do processo 
civilizatório, segundo o que se sugere na frase III da questão. 
A quarta frase é falsa. O texto se inicia fundamentando que o conceito de 
modernidade é atribuído ao contraponto “civilização” X “barbárie”. 
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Em seguida é afirmado que a violência é fundadora da modernidade e 
que o processo civilizatório se constitui a partir da conquista de territórios e 
posições ocupados pela barbárie. 
No final do texto, é afirmado que em termos de experiência moderna, 
“todas as grandes conquistas ou invasões das terras alheias tiveram como 
justificativa a ocupação dos espaços da barbárie”. Veja que houve uma 
restrição (“grandes”). Além disso, devemos observar a expressão “tiveram 
como justificativa”. Isso não quer dizer categoricamente que a motivação pelas 
invasões tenha sido realmente a ocupação dos espaços da barbárie. Isso pode 
ter sido um “pano de fundo”, a criação de um contexto para invadir terras 
alheias. 
Assim, entendemos que as “grandes” conquistas tiveram base no 
contraponto da modernidade (civilização X barbárie), mas não implica 
entendermos categoricamente que todas as conquistas ou invasões das terras 
alheias tiveram por base esse contraponto. 
Por isso esse contraponto não é imprescindível para a experiência de 
modernidade em toda sociedade. 
Dessa forma, não se pode afirmar que a ausência da oposição no 
conceito de modernidade tornaria injustificável a ocupação de espaços de 
violência pelo processo civilizatório, pois não é só este o motivador para 
invasões. 
Gabarito: C 
 
 
Texto para as questões 3 e 4. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma gama de 
fatores – entre os quais se realça a educação – e precisa de tempo para 
enraizar-se. É obra construída pela contribuição sistemática de vários 
governos. Depende da produtividade, que se nutre da ciência, das 
inovações e, assim, dos avanços da tecnologia. Na verdade, a humanidade 
somente começou seu desenvolvimento depois da Revolução Industrial, 
iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da renda per capita 
havia sido a característica da história. A Revolução desarmou a Armadilha 
Malthusiana e deu início à Grande Divergência. A Armadilha deve seu 
nome ao demógrafo Thomas Malthus, para quem o potencial de 
crescimento era limitado pela oferta de alimentos. A evolução da renda 
per capita dependia das taxas de natalidade e mortalidade. A renda per 
capita da Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças 
ao aumento da produtividade na agricultura e da exploração do potencial 
agrícola da América. 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, Lula e o mistério do 
desenvolvimento. VEJA, 26 de agosto, 2009, p.74) 
 
 
 
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3- A partir da argumentação do texto, infere-se que 
a) a Grande Divergência falhou em suas previsões, porque se baseou apenas 
na evolução histórica da renda per capita. 
b) as previsões de Malthus sobre o processo do desenvolvimento foram 
confirmadas apenas nos países que não exploravam a agricultura. 
c) a educação, associada ao desempenho dos governos, mostrou a falsidade 
das previsões de Thomas Malthus. 
d) a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter 
previsões quanto ao processo de desenvolvimento. 
e) a Revolução Industrial, ao mostrar o potencial ilimitado de desenvolvimento 
da humanidade, tornou-se prioridade de governo. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o referente está errado. Não 
foi a “Grande Divergência” que falhou. Segundo o texto, quem falhou foi o 
“demógrafo Thomas Malthus”, para quem o potencial de crescimento era 
limitado pela oferta de alimentos. 
A alternativa (B) está errada, pois o texto não defende a confirmação das 
previsões de “Malthus”, é o contrário. Além disso, o texto cita a Inglaterra 
como país que aumentou a produtividade na agricultura, indicando o desarme 
da “Armadilha Malthusiana”, dando início à “Grande Divergência”. 
A alternativa (C) está errada, pois o que realmente desarmou a 
“Armadilha Malthusiana” foi a “Revolução Industrial”, porque a renda per 
capita da Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças ao 
aumento da produtividade na agricultura e da exploração do potencial 
agrícola da América. Assim, não tem vínculo direto com a educação, como 
afirmou a questão. 
A alternativa (D) é a correta. Realmente se pode entender do texto que a 
contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter previsões 
quanto ao processo de desenvolvimento. Isso é confirmado no texto: ”O 
desenvolvimento é um processo complexo (...) Depende da produtividade, que 
se nutre da ciência, das inovações e, assim, dos avanços da tecnologia.”. Esse 
desenvolvimento, exemplificado pela Revolução Industrial, desbancou a 
previsão de Malthus, para quem o potencial de crescimento era limitado pela 
oferta de alimentos. Por isso, a alternativa está correta. 
A alternativa (E) está errada, pois não há referência no texto sobre um 
suposto potencial ilimitado do desenvolvimento da humanidade. O que se 
percebe no texto é que a concepção de Malthus limitava do potencial de 
crescimento pela oferta de alimentos, mas a quebra deste limite não quer dizer 
potencial ilimitado do desenvolvimento da sociedade. Também não há 
referência à prioridade de governo. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
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4 - Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do texto ao 
a) substituir os dois travessões da linha 2 por vírgulas. 
b) deixar subentendido o sujeito da oração, retirando o pronome se antes de 
“realça”(ℓ.2). 
c) iniciar o terceiro período sintático pelo termo Esse processo, escrevendo 
“Depende”(ℓ.4) com letra inicial minúscula. 
d) substituir “havia sido”(ℓ.8) por fora. 
e) ligar os dois últimos períodos sintáticos, na linha 12, pela conjunção 
porquanto, escrevendo o artigo em “A renda” com letra minúscula. 
Comentário: A alternativa (A) está correta. Pode-se, sim, substituir o duplo 
travessão por dupla vírgula, pois o termo intercalado é uma oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
A alternativa (B) está correta. Em “se realça a educação”, o verbo é 
transitivo direto, o “se” é o pronome apassivador e “educação” é o sujeito 
paciente. Pode-se substituir pela voz passiva analítica para a confirmação 
disso: a educação é realçada entre uma gama de fatores. 
Ao se retirar o pronome apassivador, temos: 
O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma gama de 
fatores – entre os quais realça a educação – e precisa de tempo para enraizar-
se. 
O sujeito agora muda, fica subentendido o sujeito agente elíptico 
(“processo complexo”), e “a educação” continua sendo paciente, porém na 
função de objeto direto. Isso ocorre porque o verbo realçar não admite 
intransitividade. Não se poderia entender “a educação” como sujeito agente e 
esse verbo como intransitivo, pois a educação não realçou entre uma 
gama de fatores; na realidade, ela pode se realçar, ser realçada. Esse 
verbo precisa de um sujeito agente (neste contexto, então, passa a ser 
elíptico) para haver coerência. Por isso a alternativa não está errada ao dizer 
que, na retirada do pronome “se”, o sujeito fica subentendido. 
A alternativa (C) está correta. Note que, segundo o texto, “O 
desenvolvimento” é sujeito e “processo complexo” é seu predicativo, note que 
há outro predicativo (obra) deste mesmo sujeito, iniciando o segundo período 
na estrutura “É obra”. O terceiro período também possui sujeito subentendido 
(O desenvolvimento). Assim, teríamos os três períodos da seguinte forma: 
O desenvolvimento é um processo complexo... 
O desenvolvimento é obra constituída pela contribuição sistemática... 
O desenvolvimento depende da produtividade... 
Como nos dois primeiros períodos já foi dito que desenvolvimento é 
processo complexo, é obra; pode-se entender no terceiro período a 
retomada de qualquer um dos três, pois passaram a ser sinônimos, ficando: 
Esse desenvolvimento depende da produtividade... 
Esse processo complexo depende da produtividade... 
Essa obra depende da produtividade... 
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Por isso, a alternativa está correta. 
A alternativa (D) está correta. É natural a substituição do tempo 
pretérito mais-que-perfeito composto pelo mesmo tempo simples. Veja: 
A estagnação da renda per capita havia sido a característica da história. 
A estagnação da renda per capita fora a característica da história. 
 A alternativa (E) é a errada, pois não cabe explicação entre esses 
períodos, mas oposição. 
 O período “A evolução da renda per capita dependia das taxas de 
natalidade e mortalidade.” confirma o pensamento de “Malthus”. Em seguida, 
há a afirmação que contrapõe tal pensamento, pois “A renda per capita da 
Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças ao aumento da 
produtividade na agricultura e da exploração do potencial agrícola da 
América.”. Por isso, não cabe a conjunção “Porquanto”, mas uma conjunção 
coordenativa adversativa como “Mas”, “Contudo”, “No entanto”, “Todavia”. 
Gabarito: E 
 
Texto para as questões 5 e 6. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os dados 
da realidade, garantir a generalidade e a objetividade do conhecimento. 
No afã da universalidade do saber científico, do cognoscível como 
representação do real, excluía-se o sujeito do conhecimento, sua 
subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais. Na base desta 
perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto para ser 
apreendido por uma consciência cognoscente. O cientificismo não leva em 
conta que tanto o processo de percepção como o do pensamento têm seus 
próprios mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa negar 
conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os objetos da 
percepção e os objetos do pensamento não nos são dados da mesma 
maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondência entre a 
realidade e sua representação, mesmo porque nem tudo que existe é 
representável. 
(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: 
Lúcia Ferreira & Evelyn Orrico (org.), Linguagem, identidade e memória 
social, 2002, p. 53-54) 
 
5- Assinale a opção correta a respeito das estruturas linguísticas do texto. 
a) No desenvolvimento do texto, a expressão “desta perspectiva”(ℓ.5 e 6) 
aponta para uma concepção de fazer ciência que se opõe à quantificação 
dos “dados da realidade”(ℓ.1, 2). 
b) De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional o 
uso da preposição de antes do pronome relativo “que”(ℓ.6); mas seu uso 
ressalta as relações de coesão entre “crença”(ℓ.6) e “do saber 
científico”(ℓ.3), “do cognoscível”(ℓ.3). 
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c) A vírgula depois de “aí”(ℓ.6) indica que a oração iniciada por “pronto” 
constitui uma explicação, um esclarecimento sobre a afirmação de que o 
“mundo está aí”. 
d) Na linha 13, a flexão de plural no verbo ter, indicada pelo uso do acento 
circunflexo em “têm”, estabelece a concordância com o termo posposto, 
“seus próprios mecanismos”. 
e) Na articulação da progressão das ideias no texto, o pronome átono em 
“ignorá-los”(ℓ.9) retoma “condicionamentos histórico-sociais”(ℓ.5); por isso 
está flexionado no plural. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a expressão “desta 
perspectiva” retoma o período anterior. Ele corrobora a ideia de que fazer 
ciência significa poder quantificar os dados da realidade. 
A alternativa (B) está errada, pois o vocábulo “que” é uma conjunção 
integrante, e não pronome relativo. Ela inicia uma oração subordinada 
substantiva completiva nominal, por isso a preposição “de” não é facultativa. 
Além disso, o uso dessa preposição não ressalta as relações de coesão entre 
crença, do saber científico, do cognoscível. A preposição é apenas utilizada por 
regência dos nomes “crença” e “universalidade”. 
A alternativa (C) é a correta. O trecho “pronto para ser apreendido por 
uma consciência cognoscente” realmente transmite um esclarecimento acerca 
da expressão “o mundo está aí”. 
Sintaticamente, perceba que o adjetivo “pronto” é o predicativo de uma 
estrutura implícita: o sujeito elíptico “o mundo” e o verbo de ligação “está”. 
Veja: 
“...o mundo está aí, (o mundo está) pronto para...”. 
Assim, a vírgula antes de “pronto” sinaliza que este termo inicia uma 
oração paralela, cujo predicativo “pronto” caracteriza “o mundo”. Essa oração 
é entendida como comentário do autor (oração intercalada ou oração 
parentética), que transmite uma explicação, um esclarecimento sobre o termo 
anterior. Tanto assim que poderíamos inserir uma expressão denotativa de 
explicação. Veja: 
Na base desta perspectiva está a crença de que o mundoestá aí, isto é, 
pronto para ser apreendido por uma consciência cognoscente. 
Na base desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí, ou seja, 
pronto para ser apreendido por uma consciência cognoscente. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “têm” concorda com seu 
sujeito composto “tanto o processo de percepção como o do pensamento”. O 
termo “seus próprios mecanismos de produção” é apenas o objeto direto, o 
qual não interfere na concordância verbal. 
A alternativa (E) está errada, pois o pronome “-los” retoma “mecanismos 
de produção”. 
Gabarito: C 
 
 
 
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6 - Assinale que alteração proposta para estruturas sintáticas do texto 
preserva sua correção gramatical e coerência argumentativa. 
a) A troca de posição entre “fazer ciência” e “quantificar os dados da 
realidade”, nas linhas 1 e 2: quantificar os dados da realidade 
significou poder fazer ciência. 
b) A troca de posição entre “do saber científico” e “do cognoscível”, na linha 3: 
do cognoscível, do saber científico como representação do real. 
c) A troca de posição entre “do pensamento” e “de percepção”, na linha 8: 
tanto o processo do pensamento como o de percepção. 
d) O deslocamento do pronome átono “nos” para depois de “dados”, na linha 
11, usando-se ênclise: não são dados-nos da mesma maneira. 
e) O deslocamento de “nem”(ℓ.12) para depois de “existe” (ℓ.13): porque 
tudo que existe nem é representável. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. Perceba que “fazer ciência” 
significa três coisas: “poder quantificar os dados da realidade, garantir a 
generalidade e a objetividade do conhecimento”. Assim se observa que o 
primeiro dos termos enumerados é “poder quantificar os dados da realidade”. 
Ele é apenas um dos três e se encontra paralelo aos outros, por esse motivo 
não pode ser trocado por “fazer ciência”. 
A alternativa (B) está errada. Note que “do saber científico” não possui 
determinante, mas “do cognoscível” possui: “como representação do real”. 
Assim, na troca há mudança de sentido e prejuízo nos argumentos. 
A alternativa (C) é a correta. Pode haver a troca, pois nenhum dos dois 
termos possui especificador, o que os torna paralelos, não havendo prejuízo 
para a argumentação do texto, tampouco para o sentido: 
O cientificismo não leva em conta que tanto o processo de percepção como o 
do pensamento têm seus próprios mecanismos de produção. 
O cientificismo não leva em conta que tanto o processo do pensamento como 
o de percepção têm seus próprios mecanismos de produção. 
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver ênclise (pronome 
oblíquo átono) após verbo no particípio. 
A alternativa (E) está errada. Perceba que o vocábulo “nem” nega o 
pronome indefinido “tudo”. Com seu deslocamento para após o verbo, passa a 
negar o verbo. Por isso há mudança de sentido e prejuízo nos argumentos. 
Gabarito: C 
 
7- A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo, publicado 
em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de fragmentos que 
compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a transformação dos 
períodos sintáticos em apenas um período, no segundo termo de cada par, 
resulta em incoerência ou erro gramatical. 
a) A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São sinais ainda 
tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundo do 
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poço. Mas muitos dos problemas que originaram a crise continuam 
preocupando. 
 A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora são sinais 
ainda tênues, que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundo 
do poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise continuam 
preocupando. 
b) O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. 
Houve redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego 
e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, como 
redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e 
queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
c) A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos 
centrais e os governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias? 
 Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os 
bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias. 
d) Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza. Não podemos 
descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, 
com crescimento forte. 
 Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não podemos 
descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, 
com crescimento forte. 
e) O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente baixo, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e 
à queda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de crescimento do 
consumo nos próximos anos. 
 O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente pequeno, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e 
à queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de crescimento do 
consumo nos próximos anos. 
Comentário: A alternativa (A) é a errada. Entre o segundo e o primeiro 
enunciado realmente há um contraste. Assim, o uso da conjunção “embora” 
não está errado, mas ela força o verbo a ficar no modo subjuntivo “sejam”. 
 Além desse erro, a vírgula após “tênues” sinaliza uma oração 
subordinada adjetiva explicativa, a qual mostraria que todos os sinais tênues 
poderiam sugerir que a economia chegou ao fundo do poço. Mas, na realidade, 
não é isso que é dito no texto original. Compare abaixo: 
Texto original: A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São 
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sinais ainda tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao 
fundo do poço. Mas muitos dos problemas que originaram a crise continuam 
preocupando. 
Reescrita equivocada: A economia mundial começa a dar sinais de 
recuperação, embora são sinais ainda tênues, que podem estar sugerindo que 
a economia chegou ao fundo do poço, porém muitos dos problemas que 
originaram a crise continuam preocupando. 
Correção da reescrita: A economia mundial começa a dar sinais de 
recuperação, embora sejam sinais ainda tênues que podem estar sugerindo 
que a economia chegou ao fundo do poço, porém muitos dos problemas que 
originaram a crise continuam preocupando. 
A alternativa (B) está correta. Houve apenas a transformação do 
segundo período em um termo exemplificativo, permanecendo a coerência, a 
coesão e a gramaticalidade. Compare: 
O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. Houve 
redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e queda 
dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, como 
redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e queda 
dos rendimentosreais ao redor do mundo. 
A alternativa (C) está correta. A pergunta direta do segundo período 
(com ponto de interrogação) foi transformada em duas orações internas à 
pergunta indireta do primeiro período. Por isso a pontuação e os ajustes 
gramaticais estão corretos. Veja: 
A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscais e 
quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos centrais e os 
governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar pressões 
inflacionárias? 
Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscais e 
quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os bancos centrais 
e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar pressões 
inflacionárias. 
A alternativa (D) está correta. Houve apenas a transformação de dois 
períodos em que o segundo transmite a explicação do anterior em um só 
período com oração explicativa. Por isso, a conjunção “pois” foi utilizada. 
Veja: 
Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza. Não podemos descartar 
cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, com crescimento 
forte. 
Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não podemos 
descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, com 
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crescimento forte. 
A alternativa (E) está correta. Houve apenas substituição de termos 
sinônimos “baixo/pequeno”, “Isso/ o que”. Com isso, houve a transformação 
de período em oração. Veja: 
O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente baixo, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e à 
queda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de crescimento do consumo 
nos próximos anos. 
O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente pequeno, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e à 
queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de crescimento do consumo 
nos próximos anos. 
Gabarito: A 
 
8 - Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da crise, 
na proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não levam em 
conta dois pontos. O primeiro é que as medidas contra a crise, que vêm 
sendo adotadas tanto em países subdesenvolvidos como desenvolvidos, 
são fundamentalmente corretas. O segundo ponto é que a crise atual, 
como todas as anteriores, acabará, mais cedo ou mais tarde, por ser 
corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas neoliberais 
apenas com regulamentação mais estrita da atividade bancária. 
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. 
Correio Braziliense, 12 de setembro, 2009) 
 
a) Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao usar o 
pronome em “contorná-la”(ℓ.2) antes do verbo, escrevendo: modos de a 
contornar. 
b) Para evitar as três ocorrências consecutivas de “que” (ℓ.3 e 5), a retirada 
dessa conjunção antes de “a crise atual”(ℓ.5) manteria a correção gramatical 
e a coerência do texto. 
c) Na linha 3, o acento circunflexo em “vêm” indica que a concordância se faz 
com “medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a 
argumentação escrever o verbo sem acento, optando, então, pela 
concordância com “crise”. 
d) O pronome em “quando isso”(ℓ.7) resume e retoma, em relações de coesão, 
o mesmo referente do pronome em “Com isso”(ℓ.2), ou seja, o exame da 
crise feito pelos economistas. 
e) Seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre os argumentos 
ao empregar o verbo em “se voltará”(ℓ.7) no plural, escrevendo voltarão-
se. 
 
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Comentário: A alternativa (A) é a correta. É normal a colocação pronominal 
enclítica (pronome átono após o verbo), quando não há palavra atrativa: 
“modos de contorná-la”. 
 Além disso, tendo em vista a eufonia (soar menos artificial), é visto 
modernamente o uso do pronome átono antes do verbo, mesmo sem palavra 
atrativa: “modos de a contornar”. 
 Assim, a troca sugerida é possível. 
A alternativa (B) está errada, pois a conjunção integrante “que” antes de 
“a crise atual” é necessária, por ser uma oração subordinada desenvolvida 
(com conjunção e verbo conjugado). A sua retirada implica a redução de tal 
oração em infinitivo, isto é, o verbo “acabará” deverá ficar no infinitivo. 
Compare: 
O segundo ponto é que a crise atual, como todas as anteriores, acabará, mais 
cedo ou mais tarde, por ser corrigida. 
O segundo ponto é a crise atual, como todas as anteriores, acabar, mais cedo 
ou mais tarde, por ser corrigida. 
Outra possibilidade, para se evitar o acúmulo da palavra “que”, seria 
substituir o segundo “que” (pronome relativo) da linha 3, por “as quais”. 
A alternativa (C) está errada. Sintaticamente, há erro, pois percebemos 
que o verbo “vêm” não está sozinho, ele faz parte da locução verbal “vêm 
sendo adotadas”, por isso a flexão do verbo auxiliar no singular obriga a flexão 
do verbo principal também no singular (“vem sendo adotada”). 
Semanticamente também há erro, pois sabemos que uma crise não é 
adotada. Adotamos aquilo que desejamos. Certamente nenhum país vai 
desejar uma crise, concorda? 
Por isso, a locução verbal “vêm sendo adotadas” tem como sujeito o 
pronome relativo “que”, o qual retoma obrigatoriamente o substantivo plural 
“medidas”. É sempre importante aliarmos a sintaxe à semântica. 
A alternativa (D) está errada. “Com isso” retoma o primeiro período do 
texto. Já “quando isso” retoma o seu período anterior. Assim, os referentes 
são distintos. 
A alternativa (E) está errada. Como o verbo está no futuro do presente, 
cabe apenas a mesóclise: voltar-se-á. O verbo deve continuar no singular, 
porque o “se” é índice de indeterminação do sujeito. 
Gabarito: A 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 9 e 10. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito mais 
fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais setores. 
Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não se trata 
de um problema simples, que se resolva com providências rápidas, pois 
exige medidas que às vezes podem ser classificadas como heterodoxas. 
Mas tem de ser enfrentado com coragem e inteligência. Não pode ser 
deixado ao sabor dos ventos, pois os custos virão no seu devido tempo, 
como nossa trajetória econômica bem mostra. Também não podemos 
deixar nos envolver por uma falácia que diz que qualquer desvalorização 
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15
10 
 
 
 
resulta em diminuição do bem-estar da sociedade brasileira. É verdade 
que, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma redução do salário 
real. É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz o salário real e se 
aumenta o nível geral do desemprego. 
(Adaptado de Antonio Delfim Neto, Fábrica de desemprego. 
Carta Capital, 16 de setembro de 2009) 
 
9- Avalie os seguintes itens para um período sintático que dê continuidade 
coerente e gramaticalmente correta ao texto. 
I. Desse modo, o bem-estar da sociedade brasileira está a merce dos ventos 
que conduzirão à essasprovidências rápidas. 
II. Assim, tratam-se de aspectos multifacetados, com influências recíprocas 
em nível de exigirem enfrentamento complexo e inteligente. 
III. O resultado final desse enfrentamento, portanto, é provavelmente positivo 
para a sociedade e, mais particularmente, para o setor de trabalho. 
a) Apenas I é adequado. 
b) Apenas II é adequado. 
c) Apenas III é adequado. 
d) Apenas I e II são adequados. 
e) Apenas II e III são adequados. 
Comentário: Como as frases I e II estão claramente viciosas 
gramaticalmente, não se falará sobre aspectos ligados ao texto. 
A frase I está errada gramaticalmente. O vocábulo “merce” deve ser 
grafado com acento circunflexo, por ser oxítona terminada em “e”: mercê. 
 O pronome demonstrativo “essas” não admite artigo, portanto não 
poderá haver crase: a essas providências. 
A frase II está errada gramaticalmente tendo em vista que o verbo 
tratar é transitivo indireto, por isso o “se” é índice de indeterminação do 
sujeito. Assim, deve ficar flexionado no singular “trata-se”. 
A frase III também está errada. O final do texto mostra que há uma 
redução do salário real e um aumento do nível geral do desemprego. Isso é 
um dado negativo para a sociedade e para o setor do trabalho, mas a frase 
III afirmou que é positivo, o que anulou a questão, por não haver nenhuma 
frase correta. 
Gabarito: ANULADA 
 
10- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
a) Por se estabelecer, na estrutura sintática, uma relação de comparação, 
seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao inserir 
do antes de “que os demais setores”(ℓ.2). 
b) Nas relações de coesão, a ideia explicitada na primeira oração do texto é 
várias vezes retomada: apontada pelo pronome “Essa”(ℓ.3), resumida por 
“situação” (ℓ.3), referida pelo pronome “que”(ℓ.3) e substituída pelo termo 
“problema”(ℓ.4). 
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c) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “resolva”(ℓ.4) indica que se trata 
de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estaria 
igualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve. 
d) Com o objetivo de evitar a repetição de dois vocábulos de escrita e som 
semelhantes, seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre 
os argumentos substituindo-se “que diz que”(ℓ.9) por ao dizer que. 
e) No desenvolvimento das ideias do texto, além de ligar duas orações pela 
adição, o valor semântico da conjunção “e”(ℓ.12) é o de estabelecer uma 
relação de causa e consequência. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque é de uso facultativo o 
vocábulo “do” (preposição “de” em contração com artigo “o”) nas comparações 
de superioridade e inferioridade. Por isso, a inserção mantém a correção 
gramatical. 
A alternativa (B) está correta. Basta acompanhar a estrutura abaixo: 
O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito 
mais fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais 
setores. Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não se 
trata de um problema simples, que se resolva com providências rápidas, pois 
exige medidas que às vezes podem ser classificadas como heterodoxas. 
O substantivo “problema” retoma o substantivo “situação”, por serem 
sinônimos contextuais. O pronome relativo “que”, cumprindo seu papel 
anafórico, também retoma o substantivo anterior “situação”. Esse substantivo 
é o predicativo do sujeito “Essa”. Assim, naturalmente caracteriza e retoma o 
seu sujeito. O pronome demonstrativo “Essa” retoma todo o período anterior, 
que se encontra em negrito. 
Assim, todos os elementos aqui elencados fazem parte de uma cadeia 
coesiva e os referentes estão corretamente apontados nesta alternativa. 
A alternativa (C) está correta. Perceba que o autor optou pela forma 
verbal que transmite possibilidade, hipótese, com o verbo “resolva”. Na opção 
pelo indicativo “resolve”, haverá mudança de sentido, passaria a certeza ou 
convicção de algo, mas não implicaria incorreção gramatical ou incoerência, 
pois a estrutura sintática e a argumentação do texto possibilitam a troca. Veja: 
É claro que não se trata de um problema simples, que se resolva com 
providências rápidas, pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas 
como heterodoxas. 
É claro que não se trata de um problema simples, que se resolve com 
providências rápidas, pois exige medidas que às vezes podem ser classificadas 
como heterodoxas. 
A alternativa (D) está correta. A substituição foi pertinente. Para se 
entender, basta fazer a substituição. Nota-se que “que diz” é oração 
subordinada adjetiva restritiva. Já “ao dizer” é oração subordinada adverbial 
temporal reduzida de infinitivo. O sentido muda, mas a coerência continua nos 
argumentos. Compare: 
Também não podemos deixar nos envolver por uma falácia que diz que 
qualquer desvalorização resulta em diminuição do bem-estar da sociedade 
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brasileira. 
Também não podemos deixar nos envolver por uma falácia ao dizer que 
qualquer desvalorização resulta em diminuição do bem-estar da sociedade 
brasileira. 
A alternativa (E) é a errada, pois a conjunção “e” transmite apenas 
adição. Chegamos a ver em nossas aulas a conjunção “e” ligando causa e 
consequência, em construções como: 
Organizou-se bastante em seu empreendimento e obteve sucesso. 
Ele trabalha muito e ganha bem. 
 Nessas duas construções, podemos entender que a oração inicial é a 
causa e a oração coordenada sindética aditiva, iniciada pela conjunção “e” 
também tem valor de resultado, conclusão, consequência. Tanto assim que 
podemos substituir tal conjunção por outras de valor conclusivo ou de 
consequência. Veja: 
Organizou-se bastante em seu empreendimento, portanto obteve sucesso. 
Ele trabalha muito, portanto ganha bem. 
Organizou-se bastante em seu empreendimento, de modo que obteve sucesso. 
Ele trabalha muito, de modo que ganha bem. 
 Assim, entendemos que o fato de organizar-se bastante gerou o sucesso, 
e o fato de trabalhar muito gera um bom lucro. 
 Porém, não é esse entendimento que temos no texto com base na 
conjunção “e”. O contexto nos mostra que a redução do salário real e o 
aumento do nível geral do desemprego não transmitem a relação de causa e 
consequência, mas tão somente a de adição. 
É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz o salário real e se aumenta o 
nível geral do desemprego. 
Gabarito: E 
 
11- A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras 
está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em 
número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, 
tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente 
ligada a(2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados 
a(3) alterações no planeta, podem colocar em risco nossa própria 
sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos o 
crescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões 
ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele 
viável economicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando 
em consideração não só as(4) nossas necessidades atuais, mas também as(5) 
das gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no 
planeta como um todo. 
(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento 
Sustentável: o crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível 
em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 
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Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da 
Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em 
a) 1, 2 e 3 
b) 1 e 2 
c) 1, 3 e 5 
d) 2 e 4 
e) 3, 4 e 5 
Comentário: Em (1), o verbo “deixaremos” é transitivo direto e indireto, 
assim “que” é objeto direto e “as gerações futuras” é objeto indireto. A crase é 
obrigatória porque o verbo exigiu a preposição “a” e “as” certamente é o 
artigo, pois o substantivo “gerações” está no plural. Assim, já podemos 
eliminar as alternativas (D) e (E). 
Em (2), “ligada” rege preposição “a” e o substantivo feminino singular 
“sobrevivência” admite o artigo “a”. Portanto, pode ocorrer a crase. Mas não 
devemos afirmar que a crase é obrigatória porque esse substantivo pode ter 
sido tomado de maneira geral, isto é, sem artigo “a”. 
Em (3), “relacionados” rege preposição “a”, porém o artigo para 
“alterações” seria “as”, o que não ocorreu. Assim, a crase é proibida. 
Por isso, eliminamos as alternativas (A) e (C), sobrando como correta a 
alternativa (B). 
Em (4) e (5), há apenas o artigo. 
Gabarito: B 
 
12- Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no 
texto abaixo. 
Se hoje ___(1)___é mais fácil, pelo menos para boa parte da humanidade, 
livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmos boa parte das 
doenças que ____(2)___ a humanidade no decorrer da história, a 
contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do desemprego, e, quando 
sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência, do esgotamento 
nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar: é a tecnologia a 
responsável ___(4)___ mudança de nossa visão de mundo, ou é a nossa visão 
de mundo que conduz ___(5)___ mudanças tecnológicas? A pergunta é 
oportuna porque nos leva a questionar se não temos o poder de mudar o rumo 
de nossas vidas, de modificar nossa própria visão de mundo, e ___(6)___ 
modificar o próprio mundo. 
(Filosofia, ciência & vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações) 
 (1) (2) (3) (4) (5) (6) 
a) nos tem assolado consigamos pela as em 
b) para nós assolam consigamos pela à em 
c) lhes tem assolado conseguimos com a as em 
d) nos assolaram conseguimos pela a de 
e) para nós assolam conseguíssemos com a à de 
 
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Comentário: Na lacuna (1), é possível inserir tanto o pronome oblíquo átono 
“nos”, quanto a estrutura oblíqua tônica “para nós”. 
 Ressalte-se que é mais viável a construção com o pronome átono, pois 
se encontra paralela a estrutura “se nos é mais fácil debelarmos”, mas não se 
pode dizer que fugir a este paralelismo seria erro. O que importa é que o 
pronome “nos”, na estrutura paralela, indica que o pronome “lhes”, da 
alternativa (C), está errado. Assim, eliminamos essa alternativa. 
Na lacuna (2), o verbo tem como sujeito o pronome relativo “que”, o 
qual pode retomar tanto “boa parte”, quanto “doenças”, por isso o verbo no 
plural ou no singular está correto. Além disso, o contexto admite o tempo 
presente, pretérito perfeito composto ou pretérito perfeito, todos do indicativo. 
Perceba o adjunto adverbial de tempo “no decorrer da história”. Ele nos aponta 
um passado, que pode ser expresso por estes tempos anteriormente ditos, 
inclusive o presente, pois se pode entender o uso do presente histórico. Não 
há, portanto, como eliminar as alternativas nesta lacuna. Mas um vestígio 
importante é apontado aqui: relata-se algo no passado expresso no modo 
indicativo. 
Na lacuna (3), não há possibilidade do verbo no modo subjuntivo, 
principalmente pelo uso do verbo na lacuna 3. Assim, eliminamos as 
alternativas (A), (B) e (E), sobrando a alternativa (D) como correta. 
Agora, basta seguirmos os dados desta alternativa para confirmarmos 
nossa resposta. 
Na lacuna (4), realmente é a palavra “pela” que cabe no contexto, regida 
pelo adjetivo “responsável”. 
Na lacuna (5), o verbo “conduz” está no contexto com transitividade 
indireta, no sentido de “levar a”. Por isso cabe a preposição “a”. Como 
“mudanças” está no plural e o vocábulo “a” está no singular, há somente 
preposição, por isso não há crase. 
Na lacuna (6), perceba que o vocábulo “poder” é regido da preposição 
“de”, que inicia três termos: de mudar o rumo de nossas vidas, de modificar 
nossa própria visão de mundo e de modificar o próprio mundo. 
Por isso, só cabe a preposição “de”. 
Gabarito: D 
 
13- Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o 
preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e 
gramaticalmente correto. 
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atrelado a 
seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente, 
___(a)___ performance econômica invejável, porém ___(b)___ custas da 
degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutem uma nova 
maneira de se calcular o PIB, ___(c)___ em conta os índices de 
sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais. A ideia, totalmente 
inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidades básicas a serem 
cumpridas para viabilizar o crescimento sustentável, principalmente nos países 
em desenvolvimento. Apesar ___(e)___ crise financeira que assombra as 
economias mundiais, os emergentes passam por um momento de crescimento, 
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e investimentos em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para 
assegurar a sustentatibilidade. 
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do 
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009) 
a) e apresentar / apresentando 
b) a / às 
c) o que leve / levando 
d) de / com 
e) da / de a 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, porque é possível o preenchimento 
da lacuna tanto com “e apresentar”, quanto com “apresentando”. 
Um país pode crescer vertiginosamente, e apresentar performance 
econômica invejável, porém às custas da degradação de seu patrimônio. 
Um país pode crescer vertiginosamente, apresentando performance 
econômica invejável, porém às custas da degradação de seu patrimônio. 
Naturalmente você questionou o uso da vírgula antes da conjunção “e”, 
pois não há ideia de oposição, nem sujeitos diferentes, então não poderia 
haver esta vírgula. Mas veja que esta oração coordenada aditiva pode ser 
reduzida de gerúndio. Isso não é normal para uma aditiva. A conjunção “e”, 
além de transmitir a ideia de adição, transmite valor de 
conclusão/consequência. Isso é notado justamente porque se pode reduzir a 
oração. Normalmente quando se consegue isso, a oração tem dois valores: 
adição e conclusão/consequência. Assim, a vírgula é permitida. 
Esta estrutura já foi cobrada na prova anteriormente. 
Volte na questão 10, alternativa (E): “No desenvolvimento das ideias do 
texto, além de ligar duas orações pela adição, o valor semântico da conjunção 
“e”(ℓ.12) é o de estabelecer uma relação de causa e consequência.” 
Naquele caso estava errado, mas aqui é exatamente o que acontece. 
Na alternativa (B), a locução prepositiva é “às custas de” ou “à custa 
de”, e não: a custas de. 
Na alternativa (C), não se pode inserir “o que leve”, pois desta forma 
“que leve” iniciaria uma oração subordinada adjetiva restritiva, fazendo com 
que o leitor entendesse que há mais PIBs no contexto e apenas um deles 
levaria em conta osíndices de sustentabilidade e a preservação dos recursos 
naturais. Já o contexto marca isso como uma explicação do PIB, característica 
básica dele. Assim, o ideal seria a inclusão somente do pronome relativo mais 
o verbo “leve” para que a oração seja adjetiva explicativa, preservando o 
sentido. Além disso, pode-se reduzir esta oração em gerúndio, com mudança 
de sentido, mas preservando a coerência: 
...calcular o PIB, que leve em conta os índices de sustentatibilidade e a 
preservação dos recursos naturais. 
calcular o PIB, levando em conta os índices de sustentatibilidade e a 
preservação dos recursos naturais. 
Na alternativa (D), a locução prepositiva é “ao encontro de” para marcar 
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afinidade. Por isso, não cabe preposição “com”. 
Na alternativa (E), só poderia haver a separação da preposição do artigo, 
se o substantivo “crise” fosse sujeito (Apesar de a crise não ser grande). 
Como não é, a contração de “de” + “a” (da) é obrigatória: 
Apesar da crise financeira que assombra as economias mundiais, os 
emergentes passam por um momento de crescimento. 
Gabarito: A 
 
14- Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula e o 
mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado em VEJA, 
de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, numerada como (1), 
de modo a formar um parágrafo coeso e coerente. 
( 1 ) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos. 
( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e 
preguiça. 
( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
A sequência obtida é 
a) (1) (2) (4) (5) (6) (2) 
b) (1) (3) (2) (6) (4) (6) 
c) (1) (4) (2) (6) (5) (3) 
d) (1) (3) (5) (4) (2) (6) 
e) (1) (2) (6) (4) (3) (5) 
Comentário: Note que nesta ordenação a prova já inseriu a primeira frase da 
sequência. Basta, agora, observar quais termos referenciais retomam o que é 
dito na frase (1): “Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais 
países ricos.” 
Logicamente deve ser uma frase que tenha a ver com “Mudanças 
culturais” ou “sucesso dos atuais países ricos”. Assim, a frase “De fato, as 
lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; 
execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.” não 
alude ao que foi dito na primeira frase, por isso eliminamos as alternativas (A) 
e (E). 
A frase seguinte “Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades 
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aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução 
Industrial.” pode ser a conclusão a partir dos dados da frase 1, por isso não a 
eliminamos. 
Na frase “Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais 
para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.”, 
ainda não ocorreu o substantivo “instintos” ou algum sinônimo que possa ser 
retomado por esta estrutura. Por isso se pode eliminar esta frase da 
sequência. Note que nas repostas não há esta frase como segunda na 
sequência, por isso não se pode eliminar nenhuma alternativa. 
A frase “Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, 
impaciência e preguiça.” pode ser a sequência da frase 1, pois “elas” pode 
retomar contextualmente “Mudanças culturais”. 
A frase “Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; 
valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram 
nas sociedades bem-sucedidas.” também pode retomar “Mudanças culturais”. 
Assim, ficamos entre as alternativas (B), (C) e (D). 
Vamos trabalhar com as repostas, começando pela alternativa (B). 
Segundo ela, a ordenação seria a seguinte: 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos. 
(2) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
(3) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
(4) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e 
preguiça. 
(6) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
(6) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
 Houve uma repetição da frase (6), naturalmente não é essa a resposta. 
Eliminamos mais uma. Assim, partamos para a alternativa (C). Segundo ela, a 
sequência é: 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos. 
(2) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
(3) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
(4) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na 
Inglaterra até o século XVIII. 
(5) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, 
impaciência e preguiça. 
(6) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da 
educação. 
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A ordenação é falha a partir da frase 4, pois “lutas corporais” passou a ser 
exemplo de sociedade bem-sucedida, além de se entender da frase 5 que “Elas 
(“as lutas corporais”) os fizeram abandonar instintos primitivos...” 
Sobra, então a última alternativa (D): 
(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos. 
(2) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e 
preguiça. 
(3) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
(4) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
(5) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
(6) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
Agora, sim. As “lutas corporais” passaram a ser exemplo do que se diz 
na frase 2: abandonar instintos primitivos. A frase 4 diz que “esses instintos” 
(da frase 3: “as lutas corporais”) “foram substituídos por hábitos 
fundamentais”,por isso na sequência se diz que a alfabetização disseminada e 
habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a 
Revolução Industrial. 
Como consequência, a classe média cresceu. 
Gabarito: D 
 
15- Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram 
adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e história: o 
enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., Linguagem, 
identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção que apresenta o 
trecho transcrito com erros gramaticais. 
a) O termo fantasme é, importado da psicanálise, para expressar a 
inquietação que os professores deveriam apresentar no momento exato de 
decidir sobre a direção do seu trabalho. Desta forma o professor desviaria-
se do lugar de onde sempre é esperado. 
b) Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um fenômeno 
dotado de historicidade e cuja compreensão é central para a história. Por 
outro lado, podemos considerá-lo como um artefato cultural vinculado à 
história do próprio conhecimento histórico. 
c) Construído pela via do imaginário, esse artefato precisou da história para se 
legitimar e fazer crer que a identidade dos países estava assentada em um 
passado frequentemente anterior à própria existência do Estado. 
d) É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos pela 
História introduz uma transcendência da duração vivida em um tempo 
construído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução ideal. 
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e) Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, 
identificando o teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez 
porque nossa tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a 
natureza do conhecimento histórico. 
Comentário: A alternativa (A) é a errada. Não pode haver vírgula dentro de 
uma locução verbal. Assim, devemos retirar a vírgula entre o verbo auxiliar “é” 
e o principal “importado”. 
 Além disso, observa-se que não pode haver ênclise com verbo no futuro 
do pretérito do indicativo. Veja a correção: 
O termo fantasme é importado da psicanálise, para expressar a inquietação 
que os professores deveriam apresentar no momento exato de decidir sobre a 
direção do seu trabalho. Desta forma o professor desviar-se-ia do lugar de 
onde sempre é esperado. 
A alternativa (B) está correta. Perceba o duplo travessão marcando o 
aposto explicativo. 
Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um fenômeno 
dotado de historicidade e cuja compreensão é central para a história. Por outro 
lado, podemos considerá-lo como um artefato cultural vinculado à história do 
próprio conhecimento histórico. 
A alternativa (C) está correta. Note que a vírgula após “imaginário” é 
obrigatória. A crase está corretamente empregada por imposição do adjetivo 
“anterior”, que exigiu preposição “a” e o substantivo “existência”, antecedido 
do pronome demonstrativo “própria” que admite artigo “a”. 
Construído pela via do imaginário, esse artefato precisou da história para se 
legitimar e fazer crer que a identidade dos países estava assentada em um 
passado frequentemente anterior à própria existência do Estado. 
A alternativa (D) está correta. A frase está em sequência natural, por 
isso o pouco uso de vírgula. Note a dupla vírgula marcando o aposto 
explicativo “o tempo da história”. 
É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos pela 
História introduz uma transcendência da duração vivida em um tempo 
construído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução ideal. 
A alternativa (E) está correta. As vírgulas são empregadas para separar 
elementos adverbiais. 
Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, identificando 
o teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez porque nossa 
tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a natureza do 
conhecimento histórico. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
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Prova 2 
Analista-Tributário da Receita Federal 2009 
 
1 - Em relação às informações do texto, assinale a opção correta. 
 
 A produção brasileira de petróleo e gás certamente dará um salto quando 
estiverem em operação os campos já descobertos na chamada camada do pré-
sal. Embora essa expansão só possa ser efetivamente assegurada quando 
forem delimitadas as reservas, e os testes de longa duração confirmarem a 
produtividade provável dos campos, simulações indicam que o Brasil terá um 
saldo positivo na balança comercial do petróleo (exportações menos 
importações), da ordem de 1 milhão de barris diários. 
 Com isso, o petróleo deverá liderar a lista dos produtos que o Brasil 
estará exportando mais ao fim da próxima década. O petróleo é negociado 
para pagamento a vista (menos de 90 dias). Então, é um volume de recursos 
que pode ter, de fato, forte impacto nas finanças externas do país. 
 Como é uma riqueza finita, a prudência e a experiência econômica 
recomendam que o Brasil tente poupar ao máximo essa renda adicional 
proveniente das exportações de petróleo. O mecanismo mais usual é conhecido 
como fundo soberano, por meio do qual as divisas são mantidas em aplicações 
seguras que proporcionem, preferencialmente, bom retorno e ainda 
contribuam positivamente para o desenvolvimento da economia brasileira. Os 
resultados dessas aplicações devem ser direcionados para investimentos 
internos que possibilitem avanços sociais importantes (educação, 
infraestrutura, meio ambiente, ciência e tecnologia). 
(O Globo, Editorial, 13/10/2009) 
 
a) É indiscutível que, quando estiverem em operação os campos da camada do 
pré-sal, o Brasil terá um saldo na balança comercial do petróleo da ordem 
de 1 milhão de barris diários. 
b) É recomendável que os recursos arrecadados com a exploração do petróleo 
da camada do pré-sal sejam mantidos num fundo seguro, que proporcione 
retorno garantido e contribua favoravelmente para o desenvolvimento da 
economia brasileira. 
c) Somente quando estiverem em operação os campos da camada do pré-sal, 
o petróleo será negociado para pagamento a vista. 
d) Estima-se que, no final da próxima década, com os campos do pré-sal já em 
operação, o Brasil lidere a lista dos países importadores de petróleo, com 
forte impacto na balança comercial. 
e) A renda adicional proveniente da exportação do petróleo da camada do pré-
sal deverá ser aplicada diretamente em investimentos com repercussão na 
área social. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o primeiro parágrafo do texto 
transmite a possibilidade de o Brasil ter um saldo na balança comercial do 
petróleo da ordem de 1 milhão de barris diários, quando estiverem em 
operação os campos da camada do pré-sal. Já a alternativa transmite uma 
certeza com o adjetivo “indiscutível”. 
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A alternativa (B) é a correta. Como se verifica literalmente no terceiro 
parágrafo. Veja a comparação das afirmações da alternativa e em seguida do 
texto: 
É recomendável¹ que os recursos arrecadados com a exploração do petróleo 
da camada do pré-sal sejam mantidos num fundo seguro², que proporcione 
retorno garantido³ e contribua favoravelmente para o desenvolvimento da 
economia brasileira4. 
Como é uma riqueza finita, a prudência e a experiência econômica 
recomendam¹ que o Brasil tente poupar ao máximoessa renda adicional 
proveniente das exportações de petróleo. O mecanismo mais usual é 
conhecido como fundo soberano, por meio do qual as divisas são mantidas em 
aplicações seguras² que proporcionem, preferencialmente, bom retorno³ e 
ainda contribuam positivamente para o desenvolvimento da economia 
brasileira4. 
A alternativa (C) está errada, pois afirmou que o petróleo será negociado 
para pagamento a vista somente quando os campos da camada do pré-sal 
estiverem em operação; mas no segundo parágrafo é afirmado que o petróleo 
já é negociado em prazo de menos de 90 dias, o que é considerado a vista, por 
isso causará um forte impacto positivo nas finanças externas do país. 
A alternativa (D) está errada, tendo em vista o vocábulo “importadores”, 
o qual deve ser trocado por exportadores, de acordo com o segundo 
parágrafo. Veja a comparação do segundo parágrafo do texto com o da 
alternativa: 
Com isso, o petróleo deverá liderar a lista dos produtos que o Brasil estará 
exportando mais ao fim da próxima década. 
Estima-se que, no final da próxima década, com os campos do pré-sal já em 
operação, o Brasil lidere a lista dos países importadores de petróleo, com 
forte impacto na balança comercial. 
 Na alternativa (E), o erro está em dizer que a renda adicional será 
aplicada diretamente em investimentos na área social. Na realidade não é isso 
que diz o texto, primeiro as divisas deverão ser mantidas em aplicações 
seguras, para proporcionarem bom retorno e assim possam contribuir para a 
economia brasileira. Depois disso, o resultado dessas aplicações deve ser 
direcionado para investimentos internos que possibilitem os avanços sociais. 
Tudo isso de acordo com o terceiro parágrafo do texto. 
Gabarito: B 
 
2 - Assinale a opção correta a respeito do texto. 
 
Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svâmi garante que “só 
o presente é real”, o que equivale a considerar o passado e o futuro como 
puras ilusões. Viver no presente implica aceitar o primado da ação (o ato) 
sobre a esperança, o que equivale a trocar a passividade do estado de espera 
pela manifestação ativa da vontade de fazer. Em outras palavras, importa a 
flecha mais do que o alvo, o ato mais do que a expectativa. 
Como bem acentua Comte-Sponville, a ausência pura e simples de esperança 
não corresponde à mágoa, traduzida na acepção comum da palavra desespero. 
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O desespero/desesperança é, antes, o grau zero da expectativa, portanto um 
regime de acolhimento do real sem temor, sem desengano, sem tristeza. Esse 
regime, ou essa regência, pode ser chamado de beatitude ou de alegria: uma 
aceitação e uma experiência da plenitude do presente. 
(Muniz Sodré. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2006, p.206) 
a) O autor do texto defende a ideia de que o ser humano, ao criar expectativas 
em relação ao futuro, não deve desesperar-se, mas, sim, manter-se passivo 
no estado de espera. 
b) A ideia central desenvolvida no texto baseia-se no pressuposto de que se 
vive, atualmente, uma era em que predomina o desespero. 
c) Uma das ideias secundárias desenvolvidas no texto é a de que os fins 
justificam os meios, como se depreende do trecho “importa a flecha mais do 
que o alvo”. 
d) Uma das ideias desenvolvidas no texto é a de que o real só é, de fato, 
apreendido quando o indivíduo compreende o passado e o futuro como 
ilusões. 
e) Para sustentar a ideia apresentada no primeiro parágrafo, o autor do texto 
argumenta que é o medo do futuro que motiva os indivíduos a viverem 
intensamente o aqui e agora. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. O autor não defende que o ser 
humano deve manter-se passivo no estado de espera. O que é afirmado é: “a 
ausência pura e simples de esperança não corresponde à mágoa, traduzida na 
acepção comum da palavra desespero.” 
A alternativa (B) está errada. Não se afirmou que atualmente predomina 
o desespero. O tema central é a valorização do presente. Segundo o conceito 
do sábio indiano Svâmi, “só o presente é real”, o que equivale a considerar o 
passado e o futuro como puras ilusões. 
O início do segundo parágrafo nos mostra que não predomina o 
desespero no mundo atual, pois “a ausência pura e simples de esperança não 
corresponde à mágoa, traduzida na acepção comum da palavra desespero.” 
A alternativa (C) está errada, pois foi afirmado o contrário: o percurso (o 
presente, a flecha, o real, os meios) é o mais importante. Isso porque o 
resultado (o futuro, o alvo, as ilusões, os fins), na justificativa do texto, não é 
tão importante. 
A alternativa (D) é a correta. Uma das ideias desenvolvidas é a do 
primeiro período do texto. Entende-se que, se é considerado que o futuro e o 
passado são puras ilusões, então é depreendido que “só o presente é real”. 
Esse é um fundamento do sábio indiano Svâmi de que trata o texto. Confronte 
o primeiro período do texto com o que é afirmado nesta alternativa: 
Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svâmi garante que “só 
o presente é real”, o que equivale a considerar o passado e o futuro como 
puras ilusões. 
Uma das ideias desenvolvidas no texto é a de que o real só é, de fato, 
apreendido quando o indivíduo compreende o passado e o futuro como 
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ilusões. 
Na alternativa (E), o erro está em dizer que há medo do futuro, 
afirmação não encontrada no texto. Na realidade, no texto se diz que é a 
consideração do futuro e do passado como puras ilusões que motiva a viver 
intensamente o aqui e o agora. 
Gabarito: D 
 
3 - Assinale a opção que apresenta corretamente ideia contida no trecho 
abaixo. 
 
O período a que, hoje, assistimos se caracteriza pela perda de legitimidade dos 
governos e dos modelos neoliberais, mas, ao mesmo tempo, por dificuldades 
de construção de projetos alternativos. Uma das barreiras para a construção 
de tais projetos é o próprio fato de esses governos estarem engajados em uma 
estratégia de disputa hegemônica contínua, convivendo com o poder privado 
da grande burguesia – das grandes empresas privadas, nacionais e 
estrangeiras, dos bancos, dos grandes exportadores do agronegócio, da mídia 
privada. Se essa elite econômica não dispõe de grande apoio interno, conta 
com grandes aliados no plano internacional, especialmente entre os países 
globalizadores. 
(Emir Sader. A nova toupeira: os caminhos da esquerda 
latinoamericana. São Paulo: Boitempo, 2009) 
a) Quanto maior o engajamento de um país em disputas por hegemonia, maior 
a crise de legitimidade das políticas neoliberais por ele desenvolvidas. 
b) A elite econômica de um país globalizado prescinde de apoio interno para 
manter seu poder hegemônico sobre os governos carentes de legitimidade. 
c) O poder hegemônico dos países globalizadores dificulta o avanço de 
projetos que visem à superação dos modelos neoliberais. 
d) A maior dificuldade dos governos de países globalizados é enfrentar a 
aliança da mídia privada com os países globalizadores. 
e) Na elite econômica de um país, é a mídia privada que mais poder exerce 
sobre o governo de um país. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. Perceba que o crescimento do 
engajamento de um país em disputas por hegemonia não aumenta a crise de 
legitimidade das políticas neoliberiais. Na realidade, cria mais dificuldades na 
construção de projetos alternativos. 
A alternativa (B) está errada. Perceba que o verbo “prescinde” significa 
dispensa. É dito no texto que “Se essa elite econômica não dispõe de grande 
apoio interno, contacom grandes aliados no plano internacional”. Assim a elite 
necessita, sim, do apoio interno. Somente se enfatiza que, se não for um 
grande apoio interno, passa-se a contar com os aliados externos. 
A alternativa (C) é a correta. A interpretação é literal dos dois períodos 
iniciais do texto. Compare-o com a alternativa: 
Texto: 
O período a que, hoje, assistimos se caracteriza pela perda de legitimidade¹ 
dos governos e dos modelos neoliberais¹, mas, ao mesmo tempo, por 
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dificuldades de construção de projetos alternativos. Uma das barreiras para a 
construção de tais projetos² é o próprio fato de esses governos estarem 
engajados em uma estratégia de disputa hegemônica contínua³... 
Alternativa: 
O poder hegemônico dos países globalizadores³ dificulta o avanço de projetos² 
que visem à superação dos modelos neoliberais¹. 
A alternativa (D) está errada. Não há referência a uma maior dificuldade 
dos governos de países globalizados, pois não há passagem no texto que 
permita essa inferência. 
 A alternativa (E) está errada, pois “mídia privada” está numa relação de 
poder, juntamente com outras numa construção paralela, por isso não se pode 
dizer que uma é mais importante que outra. 
Gabarito: C 
 
4 - Assinale a opção que reproduz corretamente ideia contida no trecho abaixo. 
 
A realidade dos juros não se restringe ao mundo das finanças, como supõe o 
senso comum, mas permeia as mais diversas e surpreendentes esferas da vida 
prática, social e espiritual. 
A face mais visível dos juros monetários – os juros fixados pelos bancos 
centrais e os praticados nos mercados de crédito – representa apenas um 
aspecto, ou seja, não mais que uma diminuta e peculiar constelação no vasto 
universo das trocas intertemporais em que valores presentes e futuros medem 
forças. 
Pode-se, por exemplo, examinar a moderna teoria biológica do envelhecimento 
como uma troca intertemporal cuja síntese é “viver agora, pagar depois”. A 
senescência dos organismos é a conta de juros decorrente do redobrado vigor 
e aptidão juvenis. 
(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre 
a natureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005) 
 
a) Ao se fazer analogia entre os juros pagos em transações financeiras e os 
pagos em relações sociais, verifica-se que, apesar de, nestas, eles estarem 
embutidos, não há interesse da sociedade em desvelar esse fato. 
b) A moderna teoria biológica prioriza as análises que abordam as mudanças 
no corpo do ser humano como trocas intertemporais às quais é inerente o 
pagamento de juros. 
c) Os juros mais altos pagos pelos cidadãos são aqueles que, sorrateiramente, 
resultam da própria natureza finita dos seres humanos, determinada pelo 
irreversível envelhecimento do corpo. 
d) O conceito de juros tem sido aplicado restritamente às situações do 
mercado financeiro porque, via de regra, prevalecem, nas sociedades, as 
noções estabelecidas pelo senso comum. 
e) Prevalecendo a característica dos juros de que eles sempre envolvem uma 
troca intertemporal, a aplicação do conceito de juros pode ser estendida a 
outras situações da vida dos indivíduos. 
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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não se está fazendo no texto 
analogia entre juros pagos em transações financeiras e os pagos em relações 
sociais. O que se mostra no texto é que a realidade dos juros não se restringe 
ao mundo das finanças, mas passa pelas mais diversas esferas da vida prática, 
dentre elas as relações sociais. 
A alternativa (B) está errada, pois não se afirmou no texto que a 
moderna teoria biológica prioriza as análises que abordam as mudanças no 
corpo do ser humano como trocas intertemporais. Houve o exemplo da 
moderna teoria biológica do envelhecimento, servindo apenas como 
comparação de uma relação de juros comum, em que a moeda de troca é o 
desgaste do organismo, pelo redobrado vigor e aptidão juvenis. 
A alternativa (C) está errada, pois não há referência a juros mais altos 
no texto. O envelhecimento do corpo foi apenas um exemplo das várias formas 
de juros. 
Na alternativa (D), o erro está em dizer que houve restrição no conceito 
de juros às situações do mercado financeiro. No texto é dito que esse conceito 
é ampliado à esfera social e até espiritual. 
 A alternativa (E) é a correta, pois realmente prevalece a característica 
dos juros de que eles sempre envolvem uma troca intertemporal. Isso está 
previsto no segundo parágrafo do texto: “A face mais visível dos juros 
monetários (...) representa (...) não mais que uma diminuta e peculiar 
constelação no vasto universo das trocas intertemporais”. Além disso, é 
afirmado nesta alternativa que a aplicação do conceito de juros pode ser 
estendida a outras situações da vida dos indivíduos. Isso é confirmado em todo 
o primeiro parágrafo do texto: “A realidade dos juros não se restringe ao 
mundo das finanças, como supõe o senso comum, mas permeia as mais 
diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual.” 
Gabarito: E 
 
5 - Nas opções, são apresentadas propostas de continuidade do parágrafo 
abaixo. Assinale aquela em que foram atendidos plenamente os princípios de 
coesão e coerência textuais. 
 
Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de troca entre 
presente e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor 
demasiado ao que está próximo de nós no tempo, em detrimento do que se 
encontra mais afastado. A hipermetropia é a atribuição de um valor excessivo 
ao amanhã, em prejuízo das demandas e interesses correntes. 
(Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos 
juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005) 
 
a) Contudo, a miopia temporal nos leva a subestimar o futuro, e a 
hipermetropia a supervalorizar o futuro, o que desfaz, em parte, a referida 
simetria. 
b) Por serem ameaças cujo resultado é idêntico, tanto a miopia temporal 
quanto a hipermetropia tornam irrelevante o fenômeno dos juros nas 
situações de troca entre presente e futuro. 
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c) Apesar dessa simetria, não existe uma posição credora – pagar agora, viver 
depois –, mesmo porque sempre abrimos mão de algo no presente sem a 
expectativa de recebermos algo no futuro. 
d) Diante dessas ameaças, cabe perguntar se existe um ponto certo – um 
equilíbrio estável e exato – entre os extremos da fuga do futuro (miopia) e 
da fuga para o futuro (hipermetropia). 
e) Essa simetria conduz, portanto, à conclusão de que vale mais a pena 
subordinar o presente ao futuro, e não, o contrário, o que nos fará atribuir 
valor excessivo ao futuro, sem risco de incorrermos em hipermetropia 
temporal. 
 
Comentário: A alternativa (A) está errada. Nota-se que a continuação ocorre 
como uma evolução natural do texto, cabendo uma conjunção conclusiva e não 
adversativa. O ideal seria a troca de “Contudo” por “Portanto”. 
A alternativa (B) está errada, pois as duas ameaças serem simétricas 
não quer dizer que o resultado seja idêntico. Além disso essa relação miopia-
hipermetropia não torna irrelevante o fenômeno dos juros nas situações de 
troca entre presente e futuro; pois o excesso de valorização de algo presente 
ou futuro fará diferença nessas situações de troca. 
A alternativa (C) está errada. Não se pode dizer que há erro naconsideração “Apesar dessa simetria, não existe uma posição credora – pagar 
agora, viver depois”, pois há estrutura de oposição iniciando o período, e isso o 
torna coerente. Mas o erro está em se afirmar categoricamente que “sempre 
abrimos mão de algo no presente sem a expectativa de recebermos algo no 
futuro”. 
A alternativa (D) é a correta, pois “dessas ameaças” retoma 
perfeitamente esse vocábulo no texto, além de a pergunta sobre a existência 
de um ponto certo entre esses extremos transmitir a ideia central do texto. 
A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “portanto” transmite uma 
continuação natural do texto. Por isso ele nos leva a entender que há uma 
simetria e isso não conduzirá a uma interpretação de que um termo se 
subordina a outro. 
Além disso, se houver valor excessivo ao futuro, logicamente haverá 
risco de incorrermos em hipermetropia temporal. 
Gabarito: D 
 
6 - Assinale a opção que constitui continuação coesa, coerente e 
gramaticalmente correta para o texto de Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do 
Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. 
A marca registrada das crises capitaneadas pela finança é o colapso dos 
critérios de avaliação da riqueza que vinham prevalecendo. As expectativas 
dos possuidores de riqueza capitulam diante da incerteza e não é mais possível 
precificar os ativos. Os métodos habituais que permitem avaliar a relação 
risco/rendimento dos ativos sucumbem diante do medo do futuro. A 
obscuridade total paralisa as decisões e nega os novos fluxos de gasto. 
 
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a) Essa decisão pela corrida privada para as formas imaginárias, mas 
socialmente incontornáveis do valor e da riqueza vai afetar negativamente a 
valorização e a reprodução da verdadeira riqueza social, ou seja, a demanda 
de ativos reprodutivos e de trabalhadores. 
b) Em contraposição a esse fenômeno, depois do colapso financeiro deflagrado 
pela quebra do Lehman Brothers, os preços dos ativos privados foram 
atropelados pelos mercados em pânico, na busca impossível da 
desalavancagem coletiva. Vendedores em fúria e compradores em fuga 
fizeram evaporar a liquidez dos mercados e prometiam uma deflação de 
ativos digna da Grande Depressão dos anos trinta. 
c) Contanto que a reação das autoridades dos países desenvolvidos foi menos 
eficaz para restabelecer a oferta de crédito no volume desejado e impotente 
para reanimar o dispêndio das famílias e dos negócios. Empresas e 
consumidores trataram de cortar os gastos (e, portanto a demanda de 
crédito) para ajustar o endividamento contraído no passado à renda que 
imaginam obter num ambiente de desaceleração da economia e de queda 
do emprego. 
d) Essas intervenções dos bancos centrais e dos Tesouros, sobretudo nos 
Estados Unidos, conseguiram, aos trancos, barrancos e trombadas legais, 
estancar a rápida deterioração das expectativas. Contrariando os augúrios 
mais pessimistas, a ação das autoridades foi capaz de afetar positivamente 
as taxas do interbancário e restabelecer as condições mínimas de 
funcionamentos dos mercados monetários. 
e) Em tais circunstâncias, a tentativa de redução do endividamento e dos 
gastos de empresas e famílias em busca da liquidez e do reequilíbrio 
patrimonial é uma decisão “racional” do ponto de vista microeconômico, 
mas danosa para o conjunto da economia, pois leva necessariamente à 
deterioração dos balanços. É o paradoxo da “desalavancagem”. 
Comentário: Perceba que agora também se deve observar problema 
gramatical. 
A alternativa (A) está errada. Na estrutura “Essa decisão pela corrida 
privada para as formas imaginárias”, o termo “corrida privada” deveria se 
iniciar pela preposição “de”, pois entendemos aí um adjunto adnominal, por 
haver valor agente (a corrida privada decidiu pelas formas imaginárias). 
Assim, “Essa decisão da corrida privada para as formas imaginárias” seria 
mais coerente no texto. Além disso, o trecho “mas socialmente incontornáveis 
do valor e da riqueza” é um comentário do autor, o qual deve ficar separado 
por dupla vírgula. 
A alternativa (B) está errada, pois não há relação de oposição entre este 
trecho e o texto. Assim, a expressão “Em contraposição a esse fenômeno” está 
incoerente. Além disso, note que o início do texto é transmitido com verbos no 
presente, dando uma noção conceitual, atualidade; já o trecho desta 
alternativa usou verbos no pretérito perfeito, transmitindo fato passado, sem 
elemento de coesão que fizesse essa relação adequadamente no texto. 
A alternativa (C) está errada, pois a locução conjuntiva “Contanto que” 
transmite valor condicional, fazendo parte de uma oração subordinada, o que 
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obriga a presença de uma oração principal, a qual não ocorreu no 
trecho.Assim, a frase ficou truncada, sem coerência. O ideal seria inserir uma 
conjunção conclusiva no lugar de “Contanto que”. 
A alternativa (D) está errada. Não houve no texto qualquer menção a 
alguma intervenção dos bancos centrais e dos Tesouros, por isso não há 
continuação coesa e coerente. 
A alternativa (E) é a correta, pois o período realiza a continuidade do 
texto. Isso foi feito com coesão, pois a expressão “Em tais circunstâncias” 
retoma a situação dita no texto e o tema é o desenvolvimento da relação 
anterior. 
Gabarito: E 
 
7- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Muniz Sodré (As 
estratégias sensíveis: afeto, mídia e política), mas estão desordenados. 
Ordene-os, indique a ordem dentro dos parênteses e assinale a opção que 
corresponde à ordem correta. 
 
( ) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de 
“publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias 
inaugurais na modernidade ocidental. 
( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses 
particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as 
garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí 
fundamental o papel da imprensa. 
( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande 
importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro 
espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual 
em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de 
opacidades não necessariamente comunicativas. 
( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da 
mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica 
necessariamente o alargamento da ação política. 
( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o 
motor político do espaço público e base da sociedade democrática, 
fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da 
soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera 
encenação espetacular. 
 
a) 2, 4, 1, 3, 5 
b) 2, 1, 5, 4, 3 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 3, 5, 1, 2, 4 
 
Comentário: Para acharmos a primeira frase na ordenação, não pode haver 
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referência a termo dito anteriormente. Assim, na primeira frase, iniciada por 
“Ao redor do que”, não há pronome ou substantivo que exija um referente 
anterior, por isso não se pode descartar esta frase como possível introdução do 
texto. 
A frase dois, iniciada por “O espaço público”, não possui referente a 
elemento anterior, portanto pode também ser a primeira dotexto; mas isso 
deve ser confirmado com as outras frases. 
Na frase três, a conjunção “contudo” marca contraste, oposição ao que 
foi dito anteriormente. Assim, não pode iniciar o texto. 
Na frase quatro, a conjunção “Assim”, marca ideia de conclusão ao que 
foi dito anteriormente, portanto não pode ser a primeira do texto. 
A frase 5, iniciada pela expressão “Por outro lado”, sinaliza uma outra 
visão, diferente de alguma vista anteriormente. Assim, não pode iniciar o 
texto. 
Portanto, a primeira frase da ordenação pode ser tanto a iniciada por “Ao 
redor do que”, quanto a iniciada por “O espaço público”. 
A partir de agora, você elimina as alternativas divergentes (A, E) e 
procura a primeira das alternativas (B) que possua uma dessas frases iniciais, 
para seguir sua sequência. 
Segundo a alternativa (B), a segunda frase na sequência seria a iniciada 
por “Ao redor do que”. Pode-se observar que a expressão “imprensa de 
opinião” retoma “papel da imprensa”, constante na frase anterior. Com essa 
ligação, entende-se que realmente a primeira frase da ordenação é a iniciada 
por “O espaço público” e a segunda na sequência é a iniciada por “Ao redor do 
que”. Poderíamos eliminar a alternativa (C), mas é importante a confirmação 
pela sequência das outras frases. 
Veja o esquema: 
 
(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de 
“publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias 
inaugurais na modernidade ocidental. 
(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses 
particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as 
garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí 
fundamental o papel da imprensa. 
(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande 
importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro 
espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual 
em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de 
opacidades não necessariamente comunicativas. 
( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da 
mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica 
necessariamente o alargamento da ação política. 
( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o 
motor político do espaço público e base da sociedade democrática, 
fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da 
soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera 
encenação espetacular. 
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a) 2, 4, 1, 3, 5 
b) 2, 1, 5, 4, 3 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 3, 5, 1, 2, 4 
 
Ainda segundo a alternativa (B), a terceira frase na sequência seria a 
iniciada por “Por outro lado, vem definhando”. Essa locução verbal estaria no 
contexto retomando “os espaços públicos”, mas há uma incoerência, pois a 
locução verbal está no singular, o que nos prova que não há sequência 
lógica nesta terceira frase. 
Entendendo que a sequência das duas primeiras frases está correta, 
resta agora a alternativa (D). Segundo ela, a terceira frase na ordem é a 
iniciada por “É preciso deixar claro”. 
Nessa sequência, entendemos uma oposição, expressa pela conjunção 
“contudo”, sobre a afirmação de que os espaços públicos são organizados ao 
redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, 
afirmando que, mesmo sendo importante, a imprensa não define o espaço 
público. Assim, os vocábulos “imprensa” e “espaço público” possuem os 
referentes na frase anterior. Esta terceira frase é uma ampliação do que foi 
dito na segunda, por meio do contraste. Isso ratifica que a alternativa (D) 
pode ser a correta. 
(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de 
“publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias 
inaugurais na modernidade ocidental. 
(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses 
particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as 
garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí 
fundamental o papel da imprensa. 
(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande 
importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro 
espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual 
em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de 
opacidades não necessariamente comunicativas. 
( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da 
mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica 
necessariamente o alargamento da ação política. 
( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o 
motor político do espaço público e base da sociedade democrática, 
fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da 
soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera 
encenação espetacular. 
a) 2, 4, 1, 3, 5 
b) 2, 1, 5, 4, 3 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 3, 5, 1, 2, 4 
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 Ainda segundo a alternativa (D), a frase iniciada por “Por outro lado vem 
definhando” é a quarta na sequência. A expressão “Por outro lado” é o 
desenvolvimento da expressão “a imprensa não define o espaço público”, por 
isso a locução verbal “vem definhando” encontra-se no singular, tendo em 
vista concordar com o substantivo “imprensa”. 
 A conjunção “Assim” arremata o texto com uma conclusão. Por isso a 
alternativa (D) é a correta. 
 
(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de 
“publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias 
inaugurais na modernidade ocidental. 
(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses 
particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as 
garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí 
fundamental o papel da imprensa. 
(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande 
importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro 
espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual 
em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de 
opacidades não necessariamente comunicativas. 
(5º) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da 
mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica 
necessariamente o alargamento da ação política. 
(4º) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o 
motor político do espaço público e base da sociedade democrática, 
fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da 
soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera 
encenação espetacular. 
 
a) 2, 4, 1, 3, 5 
b) 2, 1, 5, 4, 3 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 3, 5, 1, 2, 4 
 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 - Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Globo, Editorial, 
14/10/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a 
sequência correta. 
( ) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção 
nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de 
consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia 
foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras 
(que cresceram uma vez emeia na última década), com razoável 
equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas. 
( ) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura 
relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média 
internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores mais 
vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de 
petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria. 
( ) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm 
garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de 
investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de 
longo prazo. 
( ) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia 
brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo 
atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 
( ) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a 
economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco 
cambial aos investidores estrangeiros. 
 
a) 2, 1, 3, 5, 4 
b) 5, 3, 4, 1, 2 
c) 4, 5, 2, 3, 1 
d) 3, 2, 1, 4, 5 
e) 4, 1, 2, 3, 5 
 
Comentário: Para acharmos a primeira frase na ordenação, não pode haver 
referência a termo dito anteriormente. Assim, na primeira frase, iniciada por 
“Esse quadro”, o pronome “Esse” possui referente em frase anterior, por isso 
não pode ser a introdução do texto. A frase iniciada por “Apesar de a economia 
brasileira” não possui vocábulo que necessita de referente anterior, por isso 
esta pode ser a frase inicial do texto. As frases iniciadas por “Além desse 
equilíbrio” e “Tal promoção” possuem os pronomes “desse” e “Tal”, os quais 
exigem referentes em frases anteriores. A frase iniciada por “Assim” possui 
uma conjunção conclusiva que não pode iniciar um texto. 
Portanto, a primeira frase na ordenação do texto só pode ser a iniciada 
por “Apesar de a economia brasileira”. Com isso, devem-se eliminar as 
alternativas (B, C, D). 
Veja o esquema: 
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(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção 
nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de 
consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da 
energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações 
brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com 
razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta 
de vendas. 
(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura 
relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média 
internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores 
mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente 
de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria. 
(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm 
garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de 
investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável 
de longo prazo. 
(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia 
brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo 
atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 
(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a 
economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco 
cambial aos investidores estrangeiros. 
a) 2, 1, 3, 5, 4 
b) 5, 3, 4, 1, 2 
c) 4, 5, 2, 3, 1 
d) 3, 2, 1, 4, 5 
e) 4, 1, 2, 3, 5 
 
Sabendo-se que a resposta está entre as alternativas a (A) e (E), o 
critério é começar pela ordem alfabética, por isso se deve seguir a ordenação 
da alternativa (A). 
Conforme a alternativa (A), a segunda frase na sequência seria a iniciada 
por “Esse quadro”. Essa expressão retoma o quadro dito anteriormente, que é 
o Brasil ser muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais 
para a indústria. Pode-se observar que a expressão “desse equilíbrio”, que se 
encontra na frase apontada pela alternativa (A) como a terceira na ordenação, 
retoma “razoável equilíbrio”, constante na frase anterior. Com essa sequência, 
já se pode concluir que a alternativa (A) é a correta. Mas por motivos 
didáticos, vamos continuar a sequência. 
A frase iniciada por “Tal promoção” retoma a ideia veiculada pelo verbo 
“promoveram”, ratificando a alternativa (A) como correta. 
Veja: 
 
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39
 
(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção 
nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de 
consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da 
energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações 
brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com 
razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta 
de vendas. 
(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura 
relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média 
internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores 
mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente 
de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria. 
(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm 
garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de 
investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável 
de longo prazo. 
(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia 
brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo 
atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 
(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a 
economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco 
cambial aos investidores estrangeiros. 
a) 2, 1, 3, 5, 4 
b) 5, 3, 4, 1, 2 
c) 4, 5, 2, 3, 1 
d) 3, 2, 1, 4, 5 
e) 4, 1, 2, 3, 5 
 
 
Gabarito: A 
 
9 - Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto adaptado 
do Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009. 
 
Vários, e de distintos naipes, foram os questionamentos __1__ construção do 
IDH como tal. Por que não mortalidade infantil de crianças abaixo de 5 anos de 
idade em vez de expectativa de vida? Por que não incluir outros indicadores, 
tais como nível de pobreza, déficit habitacional, acesso __2__ água potável e 
saneamento básico? Por que não acrescentar outras dimensões relacionadas 
__3__ meio ambiente (que afeta o padrão de vida desta e das próximas 
gerações), aos direitos civis e políticos, __4__ segurança pessoal e no 
trabalho, __5__ facilidade de locomoção? Qual a confiabilidade dos dados 
fornecidos por quase duas centenas de países? Há uma escassez de 
informação em relação __6__ maioria das dimensões sugeridas para uma 
comparação internacional, sem contar __7__ confiabilidade dos dados. 
 
 
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40
 
 1 2 3 4 5 6 7 
a) à a ao à à à a 
b) da à com o com a da com a da 
c) a na pelo da na da à 
d) na da no na de a uma 
e) pela de a em com a pela com a 
 
Comentário: Sempre que há lacunas a serem preenchidas, cada uma deve 
ser observada e descartada, de acordo com a alternativa. Isso só pode ocorrer 
quando há plena certeza de incorreção a partir de cada alternativa, como o 
que segue. 
A primeira lacuna cabe em todas as alternativas, pois o substantivo 
“questionamentos” pode reger a preposição “a”, “de”, “em”, “por”,enquanto o 
substantivo “construção” admite o artigo “a”. 
Perceba que na lacuna 2 o substantivo “acesso” exige preposição “a”, 
com isso eliminam-se as alternativas (C), (D) e (E). O substantivo “água” não 
pode receber o artigo “a”, por isso não há crase. Isso é confirmado porque o 
substantivo “saneamento” não possui artigo definido “o”. Como esse 
substantivo está coordenado com o substantivo “água”, esta também não 
receberá artigo definido “a”, por isso não há crase. Porém, não é recomendado 
eliminar lacuna por motivo ou não de crase, quando há substantivo feminino 
singular, o ideal é esperar algum outro problema gramatical. 
As lacunas 3, 4 e 5 fazem parte do complemento nominal composto, que 
pode receber tanto a preposição “a”, quanto a preposição “com”, exigidas pelo 
adjetivo “relacionadas”. Porém, o complemento nominal possui quatro núcleos, 
sendo o segundo deles já iniciado pela preposição “a” (aos direitos civis). Por 
isso, obrigatoriamente as lacunas só podem ser completadas pela preposição 
“a”. Veja o esquema: 
 3 ao meio ambiente (que afeta o padrão de vida desta e das próximas 
gerações), 
relacionadas aos direitos civis e políticos, 
 4 à segurança pessoal e no trabalho, 
 5 à facilidade de locomoção? 
Portanto, elimina-se a alternativa (B), restando a (A) como correta. 
Gabarito: A 
 
10- Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Sintoma do arrefecimento da ideologia nos mais variados âmbitos da vida 
social, há uma distinção, presente no meio acadêmico, segundo a qual, 
enquanto nas décadas passadas as grandes celeumas intelectuais tinham 
como pano de fundo embates ideológicos, hoje as disputas girariam 
basicamente em torno de divergências metodológicas. A discussão em 
torno do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – cujo ranking 
divulgado este ano mostra um ligeiro avanço da pontuação do Brasil, 
embora o país continue na 75ª colocação – não poderia fugir à regra. 
Criado pelos economistas Mahbub ul Haq e Amartya Sem e calculado pelo 
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10 
 
 
 
 
15 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Índice de 
Desenvolvimento Humano, ao longo dos anos, vem recebendo uma série de 
críticas da comunidade científica internacional. Críticas metodológicas, por 
pressuposto. Baseado em três dimensões fundamentais do 
desenvolvimento humano, o IDH combina indicadores socioeconômicos, 
relacionados à renda (medida pelo Produto Interno Bruto per capita), à 
saúde (entendida como a capacidade de se levar uma vida longa e 
saudável, expressa pela expectativa de vida ao nascer) e à educação 
(medida pela alfabetização da população acima de 15 anos associada às 
taxas de matrícula do ensino fundamental ao superior). 
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009) 
 
a) A expressão “arrefecimento” (ℓ. 1) está sendo empregada com o sentido de 
aquecimento, fortalecimento. 
b) O cálculo do IDH leva em consideração índices relativos à renda, à saúde e 
à educação no país. 
c) Pelos sentidos do texto, percebe-se que há unanimidade na comunidade 
científica internacional quanto à correção da metodologia adotada para 
determinar o Índice de Desenvolvimento Humano. 
d) No meio acadêmico, os atuais embates ideológicos passam ao largo das 
divergências metodológicas. 
e) A palavra “celeumas”(ℓ.3) está sendo empregada com o sentido de 
consenso. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o vocábulo “arrefecimento” 
está no sentido de abrandamento. 
A alternativa (B) é a correta. O dado é literal, constante nas linhas 14 a 
19: “o IDH combina indicadores socioeconômicos, relacionados à renda 
(medida pelo Produto Interno Bruto per capita), à saúde (entendida como a 
capacidade de se levar uma vida longa e saudável, expressa pela expectativa 
de vida ao nascer) e à educação (medida pela alfabetização da população 
acima de 15 anos associada às taxas de matrícula do ensino fundamental ao 
superior). 
A alternativa (C) está errada. Observa-se que não há unanimidade 
quanto à correção da metodologia adotada para determinar o IDH, tendo em 
vista a série de críticas recebidas pelas Nações Unidas, apontadas nas linhas 9 
a 12. 
A alternativa (D) está errada. A expressão passar ao largo é o mesmo 
que a distância. Isso significa a afirmação de que os embates ideológicos não 
dizem respeito às divergências metodológicas. Na realidade, nas linhas de 1 a 
5, é confirmado que no meio acadêmico as disputas ainda girariam em torno 
de divergências metodológicas. Por isso está errada a alternativa. 
A alternativa (E) está errada, pois a palavra “celeuma” significa barulho, 
tumulto. Esse sentido é preservado no texto, pois havia discussões, 
divergências, entre os teóricos, por isso significado é o oposto de consenso. 
Gabarito: B 
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11- Assinale a justificativa correta para o emprego de vírgula. 
 
A economia real nos Estados Unidos e na Europa segue em compasso de 
espera. Isso significa que o produto e o emprego seguem em declínio, (1) mas 
a uma velocidade menor. 
Seja como for, as injeções de liquidez, os programas de compra de ativos 
podres,(2) as garantias oferecidas pelas autoridades e a capitalização das 
instituições financeiras não fizeram pouco. Além de construir um piso para a 
deflação de ativos, as intervenções de provimento de liquidez suscitaram,(3) 
diriam os keynesianos,(3) um movimento global no interior da circulação 
financeira. O inchaço da circulação financeira teve efeitos mesquinhos sobre a 
circulação industrial,(4) ou seja,(4) sobre a movimentação do crédito e da 
moeda destinada a impulsionar a produção e o emprego. 
Observa-se,(5) no entanto,(5) um rearranjo dentro do estoque de riqueza que 
responde aos preços esperados dos ativos “especulativos” por parte dos 
investidores que sobreviveram ao colapso da liquidez. Agarrados aos salva-
vidas lançados com generosidade pelo gestor em última instância do dinheiro 
— esse bem público objeto da cobiça privada — os senhores da finança tratam 
de restaurar as práticas e operações de “normalização dos mercados”, isto é, 
aquelas que levaram à crise. 
(Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do Valor Econômico 
de 14 de outubro de 2009) 
 
a) (1) A vírgula separa oração coordenada assindética. 
b) (2) A vírgula separa elementos de mesma função sintática componentes de 
uma enumeração. 
c) (3) As vírgulas isolam uma expressão apositiva. 
d) (4) As vírgulas isolam conjunção coordenativa conclusiva. 
e) (5) As vírgulas isolam conjunção subordinativa concessiva intercalada na 
oração principal. 
 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a estrutura “mas a uma 
velocidade menor” é uma oração coordenada sindética. É oração porque o 
verbo “seguem” está subentendido e é sindética porque possui conjunção. Por 
ter afirmado que a oração é assindética, a afirmativa está errada. Veja: 
“o produto e o emprego seguem em declínio, mas a uma velocidade menor.” 
 oração inicial oração coordenada sindética adversativa 
A alternativa (B) é a correta, pois a vírgula realmente separa elementos 
de mesma função sintática componentes de uma enumeração. Os termos 
enumerados fazem parte do sujeito. Veja: 
 as injeções de liquidez, 
 os programas de compra de ativos podres, 
 as garantias oferecidas pelas autoridades e 
 a capitalização das instituições financeiras 
 sujeito composto (núcleos enumerados) predicado 
não fizeram pouco. 
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A alternativa (C) está errada, pois a expressão “diriam os Keynesianos” 
está entre vírgulas por ser um comentário do autor, também chamada de 
expressão parentética, e não aposto. 
A alternativa (D) está errada, pois “ou seja” é a expressão denotativa de 
explicação, não é conjunção e também não tem valor conclusivo. 
 A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “no entanto” é 
coordenada adversativa. Ela está deslocada de sua posição normal na oração, 
que seria no início. Por isso recebe dupla vírgula obrigatória. 
Gabarito: B 
 
12- Em relação aos elementos do texto, assinale a opção correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
Um ano após o agravamento da crise financeira, o Brasil tem mais de US$ 
230 bilhões em reservas. Tanto o Tesouro como grandes empresas 
voltaram a lançar títulos no exterior, com sucesso. A valorização do real se 
tornou, então, um fenômeno inevitável, que reflete o enfraquecimento do 
dólar no mercado internacional e o fluxo positivo de capitais no país. 
No entanto, dado o ritmo de crescimento projetado para o ano que vem, o 
mais provável é que a demanda por importações aumente e a pressão em 
favor do real diminua. 
Enquanto isso, além de uma paulatina liberalização do câmbio, o que pode 
ser feito no curto prazo é a continuidade da acumulação de reservas 
cambiais, com o Banco Central comprando no mercado excedentes de 
divisas. Qualquer invencionice só estimularia operações especulativas no 
câmbio, que acabariam provocando uma valorização ainda mais indesejável 
da moeda nacional. 
(O Globo, Editorial, 14/10/2009, adaptado.) 
 
a) A expressão “No entanto”(ℓ.6) estabelece, no texto, uma relação de 
comparação. 
b) O emprego do subjuntivo em “aumente”(ℓ.7) e em “diminua”(ℓ.8) justifica-
se por se tratar de fatos de realização garantida. 
c) A expressão “Enquanto isso”(ℓ.9) estabelece no texto uma relação de 
condição. 
d) A palavra “invencionice”(ℓ.12) está sendo empregada no sentido de 
iniciativa rotineira, previsível. 
e) O emprego do futuro do pretérito em “estimularia” (ℓ.12) indica um 
acontecimento futuro em relação a um ato passado que se configura no 
fato relacionado aos termos “Qualquer invencionice”. 
 
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a conjunção “No entanto” 
tem valor de oposição, adversidade e nunca de comparação. 
A alternativa (B) está errada, porque o emprego do modo subjuntivo 
ocorre justamente para transmitir ideia de dúvida, incerteza; por isso não há 
fatos, mas possibilidades. 
A alternativa (C) está errada, pois a expressão “enquanto isso” transmite 
valor temporal e nunca de condição. 
A alternativa (D) está errada, pois a palavra “invencionice” traz ideia no 
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texto de possível novidade; já as palavras “rotineira” e “previsível” não 
traduzem o mesmo sentido, concorda?!!! 
A alternativa (E) é a correta. A banca está testando os conhecimentos do 
candidato sobre a correlação de modo e tempo verbal. Entende-se que o 
futuro do pretérito denota uma hipótese que necessita de uma condição no 
passado, mesmo esta condição estando subentendida, como é o caso desta 
frase. A expressão “Qualquer invencionice” faz subentender o verbo 
“houvesse” (pretérito imperfeito do subjuntivo), e isso torna adequado o 
emprego do futuro do pretérito do indicativo “estimularia”. Veja: 
Qualquer invencionice que houvesse só estimularia operações especulativas 
no câmbio, que acabariam provocando uma valorização ainda mais indesejável 
da moeda nacional. 
Gabarito: E 
 
13- Em relação à função do “se”, assinale a opção correta. 
 
A queda de rentabilidade das exportações se agrava(1) a cada dia em razão 
da valorização do real. Tudo indica que a moeda nacional deve continuar a se 
valorizar(2) e o Banco Central (BC), apesar das suas intervenções cada vez 
maiores, está impotente diante dessa valorização, que torna mais difícil a 
exportação e favorece a importação, ameaçando o crescimento da indústria 
nacional. O governo se mostra(3) incapaz de encontrar um modo de 
compensar esse efeito. Está-se(4) observando também uma queda no 
quantum das exportações de manufaturados, de 17,4% nos sete primeiros 
meses do ano, junto com uma queda de preços de 5,5%, enquanto nos 
produtos básicos um aumento de 6,5% no quantum correspondeu a uma 
queda de 16,1% nos preços. Não se pode(5) pensar que o fluxo de dólares 
possa diminuir nos próximos anos e, assim, criar um ambiente muito favorável 
a uma desvalorização, pois os Investimentos Diretos Estrangeiros devem 
crescer, a Bolsa de Valores acompanhará a melhora da economia e a produção 
de petróleo, apesar da criação de um fundo especial, aumentará as receitas. 
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 14/10/2009) 
a) (1) Indica voz passiva analítica. 
b) (2) Indica sujeito indeterminado. 
c) (3) Funciona como objeto indireto. 
d) (4) Indica voz reflexiva. 
e) (5) Indica sujeito indeterminado. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, por haver voz passiva sintética. O 
verbo “agrava” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e “A queda de 
rentabilidade das exportações” é sujeito paciente. Há, portanto, uma estrutura 
na voz passiva sintética. Toda vez que há essa estrutura, para confirmar, 
deve-se substituí-la pela estrutura passiva analítica: “A queda de rentabilidade 
das exportações é agravada”. 
Para que a alternativa fique correta, deve-se substituir “analítica” por 
“sintética”. 
A alternativa (B) está errada, por não haver índice de indeterminação do 
sujeito. O pronome “se” é apassivador, pois o verbo “valorizar” é transitivo 
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direto e “a moeda nacional” é sujeito paciente. Essa é também uma estrutura 
passiva sintética, que deve ser confirmada com a transposição para a voz 
passiva analítica: a moeda nacional deve continuar a ser valorizada. 
A alternativa (C) está errada, pois o pronome “se” é reflexivo. Como o 
verbo “mostra” é transitivo direto (mostrar ele mesmo), esse pronome é o 
objeto direto. 
A alternativa (D) está errada, pois a locução verbal “está observando” é 
transitiva direta, o “se” é pronome apassivador e “uma queda no quantum das 
exportações de manufaturados” é o sujeito paciente. Para termos certeza de 
que realmente é pronome apassivador, devemos perceber que o sujeito é 
paciente: 
Está sendo observada (...) uma queda... 
A alternativa (E) está errada, pois afirma que o sujeito é indeterminado. 
Na realidade, o sujeito é determinado, pois a locução verbal “pode pensar” é 
transitiva direta, e o pronome “se” é apassivador, logo a oração “que o fluxo 
de dólares possa diminuir nos próximos anos” é subordinada substantiva 
subjetiva. Ela tem valor paciente, por ocorrer o pronome apassivador. Lembre-
se de que, quando há pronome apassivador, isso deve ser confirmado com a 
substituição da voz passiva sintética pela voz passiva analítica. Veja: 
Não pode ser pensado que o fluxo de dólares possa diminuir... 
 Como todas as alternativas estão incorretas, esta questão foi anulada. 
Gabarito: Anulada 
 
14- Assinale a opção que apresenta proposta de substituição correta de 
palavra ou trecho do texto. 
 
1 
 
 
 
5 
 
Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da 
espera. E a resultante, quando não é inflação ou crise do balanço de 
pagamentos, é uma só: juros altos. 
O conflito entre as demandas do presente vivido e asexigências do futuro 
sonhado é um traço permanente da condição humana. Evitar excessos e 
inconsistências dos dois lados é um dos maiores desafios em qualquer 
sociedade. No afã de querer o melhor de dois mundos, o grande risco é 
terminar sem chegar a mundo algum: a cigarra triste e a formiga pobre. 
(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio
sobre a natureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005)
 
a) “Há”(ℓ.1) por “Existe”. 
b) “que têm a vocação do crescimento”(ℓ.1) por “cuja vocação de 
crescimento”. 
c) “No afã de querer”(ℓ.7) por “No equívoco de visar”. 
d) “E a resultante, quando não é”(ℓ.2) por “E se caso a resultante não seja”. 
e) “mas sem a vocação da espera”(ℓ.2,3) por “mas não, a da espera”. 
 
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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Há” é transitivo 
direto e não possui sujeito, e o termo “sociedades” é objeto direto. Por isso 
esse verbo impessoal deve permanecer no singular. Porém, sua transitividade 
é diferente do verbo existir, que é intransitivo, possui sujeito e deve se 
flexionar de acordo com o substantivo “sociedades”. Assim, a substituição de 
“Há” deve ser por “Existem”. 
A alternativa (B) está errada. Perceba que a substituição de “que têm a” 
por “cuja” não transmite coerência e coesão, pois a nova estrutura ficaria sem 
verbo. Na construção original, o pronome “que” é sujeito e retoma o 
substantivo “sociedades”, por isso o verbo “têm” encontra-se no plural. Veja: 
Há sociedades que têm a vocação do crescimento, 
VTD + OD Suj + VTD + OD 
oração principal oração subordinada adjetiva restritiva 
Com a substituição, a expressão “cuja vocação do crescimento” é sujeito 
e necessita de um verbo que não aparece. Por isso, esta construção é 
incoerente. 
A alternativa (C) está errada, pois “afã” significa ânsia, vontade, por 
isso não transmite coerência a substituição daquela palavra por “equívoco”. 
Note que há erro também na substituição do verbo “querer”, por “visar”, 
mesmo os dois tendo, contextualmente, valor semelhante; mas o primeiro é 
transitivo direto e exige objeto direto “o melhor”, já o verbo “visar” é transitivo 
indireto e exige objeto indireto iniciado por “a”, assim “ao melhor”. 
A alternativa (D) está errada, pois houve a tentativa de substituir 
conjunção temporal por conjunção condicional, e o pior: houve duplicação de 
conjunção condicional, com “se” e “caso”. Isso torna o texto incoerente. 
A alternativa (E) é a correta. Com a substituição, percebemos que o 
artigo “a” fez com que o substantivo “vocação” ficasse elíptico: a (vocação) da 
espera. 
Além dessa elipse, a vírgula fez com que subentendêssemos a presença 
do verbo “têm”. Compare: 
Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas não, a da espera. 
Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas não (têm) a da espera. 
 Assim, a vírgula foi inserida por elipse verbal. 
Gabarito: E 
 
15- Com relação a aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a opção 
correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Aconteceu poucos dias após o início do governo Collor, a partir do 
congelamento dos depósitos bancários. Estávamos na longa e irritante fila 
de um grande banco, em busca da minguada nota de cinquenta a que cada 
um tinha direito. 
Uma fila pode ser tomada como um exercício de psicologia comparada. Se, 
por absurdo, uma fila assim tivesse de ser formada em um banco 
americano, aposto que nela reinaria a frustração controlada e a 
incomunicação. A cena no banco brasileiro era diferente. Quase todos 
conversavam animadamente, irmanados na dor de ver seu dinheiro 
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10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
distanciar-se para, quem sabe, não mais retornar. 
Havia os ministros da Fazenda, que mediam as possibilidades incertas de 
recuperar os depósitos, havia os conformados, que aceitavam tudo, se esse 
fosse o preço a ser pago pela morte do dragão inflacionário. Havia os que 
ficavam especulando sobre as alternativas que poderiam ter adotado para 
escapar ao sequestro. A opção mais aceita punha nas nuvens o português 
dono de padaria. Ele, sim, fizera o certo, guardando seu dinheiro debaixo do 
colchão. 
(Boris Fausto. Memória e História. São Paulo: Graal Ltda., 2005)
 
a) Atendidas as prescrições gramaticais, o 2º período do 2º parágrafo assim 
poderia ser reescrito: Aposto que, se, por absurdo, tal fila tivesse sido 
formada em um banco dos Estados Unidos, teriam, nela, reinado a 
frustração controlada e o silêncio. 
b) Atendidos os preceitos gramaticais, é uma construção alternativa para a 
oração “a que cada um tinha direito”(ℓ.3,4): a qual cada um de nós 
tínhamos direito. 
c) São duas formas corretas de substituição do segmento “pode ser tomada 
como”(ℓ.5): pode suscitar; pode ser comparada a. 
d) Como o verbo da primeira oração do texto é impessoal, não há expressão 
que exerça a função de sujeito, o que não acarreta prejuízo semântico nem 
sintático para o parágrafo, porque, no período seguinte, é explicitado o fato 
narrado pelo autor do texto. 
e) São exemplos de expressões empregadas no texto com sentido denotativo 
e conotativo, respectivamente: “os ministros da Fazenda” (ℓ.11) e “morte 
do dragão inflacionário”(ℓ.13). 
 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a expressão “uma fila assim” 
mostra que o substantivo “fila” já foi dito anteriormente. Com isso é correto 
substituí-lo por tal fila. A oração subordinada adverbial condicional foi 
antecipada e isso não traz prejuízo gramatical. O verbo “reinaria” está no 
futuro do pretérito do indicativo simples e concorda com o primeiro núcleo do 
sujeito composto “a frustração controlada e a incomunicação”. Esse verbo 
pode ser substituído pelo mesmo tempo composto teriam reinado, essa 
locução verbal está no plural por também poder concordar com todo o sujeito 
composto. A locução verbal “tivesse de ser formada” está na voz passiva 
analítica e pode ser substituída por outra locução verbal também na voz 
passiva analítica de mesmo valor tivesse sido formada. O vocábulo silêncio 
tem o mesmo sentido de “incomunicação”. Compare: 
Se, por absurdo, uma fila assim tivesse de ser formada em um banco 
americano, aposto que nela reinaria a frustração controlada e a 
incomunicação. 
Aposto que, se, por absurdo, tal fila tivesse sido formada em um banco dos 
Estados Unidos, teriam, nela, reinado a frustração controlada e o silêncio. 
A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” recebe a 
preposição “a” por exigência do substantivo “respeito”, por isso “a que” é 
complemento nominal. Sabendo-se que o pronome relativo “que” retoma 
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“nota”, pode ser substituído por “a qual”. Como há presença da preposição “a”, 
obrigatoriamente haveria crase: à qual. 
A alternativa (C) está errada, pois a palavra “tomada”, neste contexto, 
tem sentido de entendida, interpretada. Não cabe a ideia de “suscitar”, 
“comparada”. 
A alternativa (D) está errada. O equívoco está em dizer que esse verbo é 
impessoal. Na realidade essa construção da oração possui um sujeito 
subentendido, que podem ser vocábulos como isso, um fato, um problema, 
um caso. Note que esse verbo possui sujeito, porém há uma forma de 
linguagem do autor em deixá-lo livre e abre as diversas possibilidades de 
interpretação.O que ocorreu realmente será explicitado pelo autor, por isso 
ele teve a liberdade de deixar em aberto a interpretação de quem seria o 
sujeito. 
 A alternativa (E) está errada. Interpreta-se que havia pessoas que 
davam opiniões como se fossem ministros da fazenda, por isso está em 
sentido conotativo, assim como “morte do dragão vermelho”. Por não haver 
valor denotativo, a alternativa está errada. 
Gabarito: A 
 
16- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Luiz Gonzaga Beluzzo, 
Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. Assinale a opção que apresenta 
erro gramatical. 
a) Os movimentos observados no interior da circulação financeira, em si 
mesmos, não prometem à economia global uma recuperação rápida e 
brilhante, mas indicam que os mercados não temem a formação de novas 
bolhas de ativos nos mercados emergentes. 
b) Diante do frenesi que ora turbina as bolsas, as moedas dos emergentes e as 
commodities não faltam prognósticos que anunciam o fim da crise e 
preconizam uma recuperação rápida da economia global, liderada pelos 
emergentes. 
c) Nas circunstâncias atuais, a realocação de carteiras favorecem as bolsas, as 
moedas dos emergentes e as commodities, enquanto o dólar segue uma 
trajetória de declínio, depois da valorização observada nos primeiros meses 
de crise. 
d) No rol de vencedores da batalha contra a depressão global, figuram, em 
posição de respeito, a China, a Índia e o Brasil, cada qual com suas forças e 
fragilidades. 
e) Entre as fragilidades, sobressaem a pressão para valorização das moedas 
nacionais e as ações de esterilização dos governos, com efeitos indesejáveis 
sobre a dinâmica da dívida pública dos países receptores da “chuva de 
dinheiro externo”. 
Comentário: A alternativa (A) está correta. Note que os verbos estão 
flexionados de acordo com seus sujeitos. A crase está corretamente 
empregada, pois o verbo “prometem” é transitivo direto e indireto e exige a 
preposição “a”, o substantivo “economia” é o núcleo do objeto indireto e 
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admite artigo “a”. As vírgulas estão corretamente inseridas: a expressão 
adverbial “em si mesmas” está intercalada, por isso está entre vírgulas; a 
oração coordenada adversativa, iniciada pela conjunção “mas” recebe vírgula. 
A alternativa (B) está correta. Note que a locução adverbial “Diante do 
frenesi” está antecipada e recebe a oração subordinada adjetiva restritiva “que 
ora turbina as bolsas, as moedas dos emergentes e as commodities”. Isso faria 
com que o adjunto adverbial fosse entendido como de grande extensão, 
necessitando de vírgula após “commodities”. Algumas gramáticas sustentam a 
possibilidade de exclusão da vírgula quando a expressão adverbial é pequena e 
apenas é estendida pela oração adjetiva. Foi o ocorrido aqui, por isso podemos 
entender que a falta de vírgula não implica erro gramatical. 
A alternativa (C) é a errada. Se o candidato estava com dúvida na 
anterior, agora não ficará mais. Veja que o núcleo do sujeito “realocação” está 
no singular e o verbo “favorecem” está no plural. Ele deve se flexionar no 
singular (favorece). 
A alternativa (D) está correta. O verbo “figuram” está concordando 
corretamente com o seu sujeito composto “a China, a Índia e o Brasil”. A 
vírgula após “global” está correta porque há antecipação da locução adverbial 
“No rol de vencedores da batalha contra a depressão global”; a dupla vírgula 
intercala outra locução adverbial “em posição de respeito”. Ainda outra locução 
adverbial (“cada qual com suas forças e fragilidades”) é separada por vírgula 
corretamente. 
 A alternativa (E) está correta. O verbo “sobressaem” está correto no 
plural por concordar com o sujeito composto “a pressão para valorização das 
moedas nacionais e as ações de esterilização dos governos”. As vírgulas 
sinalizam locuções adverbiais, sendo a primeira antecipada e a segunda não. 
Gabarito: C 
 
17- Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente, 
tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área 
social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo 
científico. No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se 
perder (3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de 
vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-
sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno 
Bruto, no qual (4) pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da 
população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou 
mais importante que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, 
desenvolvimento econômico. 
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.) 
 
a) (1) 
b) (2) 
c) (3) 
d) (4) 
e) (5) 
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Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “disseminou” é 
transitivo direto e o pronome “se” é apassivador, fazendo com que o sujeito 
paciente seja “que”, o qual retoma “índice”. Para que tenhamos certeza de que 
há pronome apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em 
analítica: foi disseminado. 
A alternativa (B) está correta, pois o verbo tornar normalmente é 
intransitivo e só vira verbo de ligação quando recebe a parte integrante “se”; 
por isso “tornando-se” está correto gramaticalmente. 
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “perder” é transitivo direto, o 
“se” é pronome apassivador e “o ponto fundamental do IDH” é sujeito 
paciente. Para confirmar, devemos transformar voz passiva sintética em 
analítica: não ser perdido de vista. 
A alternativa (D) é a errada. Perceba que algo pode camuflar o real nível 
de bem-estar da maioria da população. Assim, deve-se retirar a preposição 
“em” da expressão “no qual”, pois esse termo deve ser o sujeito da oração, 
que retoma “indicador puro e simples do Produto Interno Bruto”. Assim, o 
correto seria o qual pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da 
população. 
A alternativa (E) está correta. Perceba que a banca quer que o candidato 
diferencie auferir de “aferir”. Note que o contexto pede o sentido de 
medição, precisão; por isso o correto é realmente “aferir”. Se tivesse no 
sentido de receber, ganhar, o ideal seria auferir. Por isso está correta a 
alternativa. 
Gabarito: D 
 
 
18- Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (O tempo e o cão: 
a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo, 2009) em que, na 
transcrição, foram plenamente atendidas as regras de concordância e regência 
da norma escrita formal da Língua Portuguesa. 
 
a) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos 
poupar o tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vem 
produzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Tal 
sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. 
b) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto 
das ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, ao 
máximo, cada momento da vida. 
c) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, 
sofregamente, para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da 
duração. Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que sustenta os 
atos significativos da existência. 
d) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre 
o instante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no entanto, 
nada indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo quealongam o presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do 
brevíssimo instante. 
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e) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe 
com o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embala 
um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. A locução “vem produzindo” deve 
concordar com o núcleo do sujeito “inovações”, por isso deve se flexionar no 
plural: vêm produzindo. 
 O substantivo “encurtamento” rege preposição de. Por isso o correto 
seria encurtamento da temporalidade. Não há erro em “relacionado com”, 
pois “relacionado” pode receber a preposição “a” ou “com”. Compare: 
Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos poupar o 
tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vem 
produzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Tal 
sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. 
Corrigindo: 
Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos poupar o 
tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vêm 
produzindo um sentimento crescente de encurtamento da temporalidade. Tal 
sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. 
A alternativa (B) está errada. Entende-se que as ideologias da 
produtividade rezam que se deve aproveitar ao máximo cada momento 
da vida. Assim, em “às quais”, deve-se excluir o acento grave de crase (as 
quais), o verbo tem como sujeito a expressão “as quais”, portanto deve se 
flexionar no plural (rezam). A locução verbal “devem aproveitar” é transitiva 
direta e possui pronome apassivador “se”, por isso seu sujeito é “cada 
momento da vida” e deve se flexionar no singular: deve aproveitar. 
A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto 
das ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, ao 
máximo, cada momento da vida. 
Corrigindo: 
A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto 
das ideologias da produtividade, as quais rezam que se deve aproveitar, ao 
máximo, cada momento da vida. 
A alternativa (C) é a correta. O verbo “ata” é transitivo direto e indireto, 
o objeto direto é “o presente” e o objeto indireto está iniciado pela preposição 
“a” e o substantivo “experiência” admite o artigo “a”, por isso há crase em “à 
experiência passada”. O verbo “desvalorizam” é transitivo direto e há presença 
do pronome apassivador, por isso o sujeito composto paciente é “o tempo 
vivido e o saber”, fazendo com que o verbo se flexione no plural. 
Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, 
sofregamente, para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da 
duração. Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que sustenta os 
atos significativos da existência. 
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A alternativa (D) está errada. Note que, na expressão “instante presente, 
o passado imediato e o futuro próximos”, cada adjetivo caracteriza um 
substantivo. Assim, o adjetivo “próximos” deve se flexionar no singular. 
É necessário que o verbo “devam” se flexione no singular para concordar 
com o núcleo do sujeito “registro”. Assim, o correto seria deva. 
O verbo “limitar-se” rege a preposição “a” (limitar-se a algo). 
O verbo “alongam” está corretamente empregado no plural, pois seu 
sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma “formas”. 
Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre o 
instante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no entanto, nada 
indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que alongam o 
presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do brevíssimo 
instante. 
Corrigindo: 
Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre o 
instante presente, o passado imediato e o futuro próximo; no entanto, nada 
indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que alongam o 
presente deva limitar-se a curtos períodos antes e depois do brevíssimo 
instante. 
A alternativa (E) está errada, pois a preposição “de” em contração com o 
artigo “o”, antes do substantivo “tecer”, deve ser trocado por “com o”; pois 
esse termo se liga a “se assemelhe”. Note que há um paralelo, são dois 
elementos: um não se assemelha e outro sim. Portanto, a preposição “com” 
deve iniciar cada um dos termos. 
Perceba que o vocábulo “ligado” está corretamente flexionado de acordo 
com o vocábulo “número”, mas, por motivo enfático, poderia concordar com 
“pessoas” (ligadas). Como não é obrigatória, essa construção está correta. 
Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe 
com o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embala 
um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. 
Corrigindo: 
Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe 
com o desenrolar de um fio, mas com o tecer de uma rede que abriga e 
embala um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. 
Gabarito: C 
 
19- Assinale a opção em que o trecho do texto de Emir Sader (A nova 
toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana) foi transcrito com 
correção gramatical. 
 
a) Atualmente, as alternativas de contraposição a hegemonia enfrentam os 
dois pilares centrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a 
hegemonia imperial estadunidense. É no confronto com aqueles que se tem 
de medir o processo de construção de “outro mundo possível”, para se 
analisar seus avanços, revezes, obstáculos e perspectivas. 
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b) De certa maneira, pode-se resumir os eixos que articulam o poder atual no 
mundo à partir de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o 
da palavra. O primeiro reflete a política de militarização dos conflitos, em 
que os Estados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável. 
c) A região tem-se mostrado refratária a política de guerra infinita promovida 
pelos Estados Unidos. Internamente, a Colômbia, epicentro regional da 
política estadunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, a 
América Latina produziu espaços de autonomia relativa no tocante a 
hegemonia econômica e política dos Estados Unidos, o que a torna o elo 
mais frágil da cadeia neoliberal no século XXI. 
d) O terceiro trata-se do monopólio da mídia privada no processo – 
profundamente seletivo e antidemocrático – de formação da opinião 
pública. Palco inicial da implantação do modelo neoliberal e sua vítima 
privilegiada, a América Latina passa por uma espécie de ressaca do 
neoliberalismo, com governos que rompem com o modelo e com outros que 
buscam readequações que lhe permitam não sucumbir com ele. 
e) O segundo retrata a política neoliberal de mercantilização de todas as 
relações sociais e dos recursos naturais, que tem buscado produzir um 
mundo em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra e cuja 
utopia são os grandes centros de compras. 
 
Comentário: A alternativa (A) está errada. O substantivo “contraposição” 
rege preposição “a”, e o substantivo “hegemonia” admite artigo “a”. Por isso 
seria natural a crase, mas não se pode dizer que a crase é obrigatória, pois o 
substantivo “hegemonia” pode estar sendo tomado de maneirageral, isto é, 
sem artigo definido “a”. Então neste caso não há erro por estar sem crase. 
 A locução verbal “tem de medir” está corretamente flexionada no 
singular, porque é transitiva direta, o pronome “se” é apassivador e o sujeito é 
a expressão “o processo de construção” é o sujeito paciente. Para termos 
certeza, devemos transformar essa voz passiva sintética em voz passiva 
analítica: o processo de construção tem de ser medido. Nessa estrutura, note 
que a expressão “É...que” é denotativa expletiva, isto é, foi empregada por 
ênfase, mas pode ser retirada sem provocar incoerência dos argumentos. 
Compare: 
É no confronto com aqueles que se tem de medir o processo de construção... 
No confronto com aqueles se tem de medir o processo de construção... 
 Assim, o erro está no verbo “analisar”, porque é transitivo direto e o 
pronome “se” é apassivador. Com isso deve flexionar-se de acordo o seu 
sujeito paciente plural “seus avanços, revezes, obstáculos e perspectivas”. 
Veja como ficou com a correção: 
Atualmente, as alternativas de contraposição a hegemonia enfrentam os dois 
pilares centrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a hegemonia 
imperial estadunidense. É no confronto com aqueles que se tem de medir o 
processo de construção de “outro mundo possível”, para se analisarem seus 
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avanços, revezes, obstáculos e perspectivas. 
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “partir” não admite artigo “a”, 
portanto não há crase. Veja como ficou com a correção: 
De certa maneira, pode-se resumir os eixos que articulam o poder atual no 
mundo a partir de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o da 
palavra. O primeiro reflete a política de militarização dos conflitos, em que os 
Estados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável. 
 Naturalmente, você pode ter ficado na dúvida quanto à concordância 
verbal em “pode-se resumir”. Esta estrutura pode ser admitida como uma 
locução verbal ou como verbos isolados. Assim, o termo plural pode ser o 
sujeito paciente ou o objeto direto. Compare: 
 Admitindo-se como locução verbal, o verbo principal “resumir” é 
transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o termo plural “os eixos” é o 
sujeito paciente. Assim, o verbo auxiliar se flexiona: 
...podem-se resumir os eixos (os eixos podem ser resumidos) 
 Admitindo-se como verbos isolados, o verbo “pode” é transitivo direto, o 
pronome “se” é apassivador e a oração posterior “resumir os eixos” é 
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Assim, o verbo “pode” 
flexiona-se no singular. Veja: 
...pode-se resumir os eixos (pode-se isso / isso é podido) 
 Observação: os verbos auxiliares que admitem esta construção são 
“poder”, “dever” e “parecer”. 
A alternativa (C) está errada. O adjetivo “refratária” rege preposição “a”, 
e o substantivo “política” foi determinado pela locução adjetiva “de guerra 
infinita”, por isso recebe artigo “a”. Então há crase. O mesmo ocorre com a 
locução “no tocante a” que encontra o substantivo “hegemonia” agora 
determinado pela expressão adjetiva “econômica e política dos Estados 
Unidos”, além de já ter sido dito anteriormente, observando que o artigo 
definido “a” é obrigatório, assim a crase também será. Veja como ficou com a 
correção: 
A região tem-se mostrado refratária à política de guerra infinita promovida 
pelos Estados Unidos. Internamente, a Colômbia, epicentro regional da política 
estadunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, a América 
Latina produziu espaços de autonomia relativa no tocante à hegemonia 
econômica e política dos Estados Unidos, o que a torna o elo mais frágil da 
cadeia neoliberal no século XXI. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “trata” é transitivo indireto. O 
pronome “se” é índice de indeterminação do sujeito, por isso o sujeito não 
pode ficar expresso (O terceiro). O autor deve optar em deixar o sujeito 
expresso retirando o “se”; ou deixa o sujeito determinado, mas retira o 
pronome “se”, ficando assim: 
Trata-se do monopólio... ou O terceiro trata de monopólio... 
 
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O verbo “sucumbir” não aceita preposição “com”, ele rege a preposição 
“a”. Veja como ficou com a correção: 
O terceiro trata do monopólio da mídia privada no processo – profundamente 
seletivo e antidemocrático – de formação da opinião pública. Palco inicial da 
implantação do modelo neoliberal e sua vítima privilegiada, a América Latina 
passa por uma espécie de ressaca do neoliberalismo, com governos que 
rompem com o modelo e com outros que buscam readequações que lhe 
permitam não sucumbir a ele. 
A alternativa (E) é a correta. É natural ficarmos em dúvida se o verbo 
“tem” deveria se flexionar no plural, haja vista o pronome relativo “que” estar 
na função de sujeito e parecer retomar o substantivo imediatamente anterior; 
porém, pelo sentido, ele retoma “a política de mercantilização”. 
Outra dúvida poderia ser a flexão do verbo “são”. Note que o sujeito está 
no singular “cuja utopia” e o predicativo está no plural “os grandes centros de 
compras”. O verbo ser possui uma concordância peculiar, pois pode concordar 
tanto com o sujeito, quanto com o predicativo, pois os dois termos possuem 
base substantiva. 
O segundo retrata a política neoliberal de mercantilização de todas as relações 
sociais e dos recursos naturais, que tem buscado produzir um mundo em que 
tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra e cuja utopia são os grandes 
centros de compras. 
Gabarito: E 
 
 
20- Assinale o trecho do texto adaptado de Boris Fausto (Memória e História) 
em que, na transcrição, foram plenamente atendidas as regras de pontuação. 
 
a) Em uma fila no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento 
dos depósitos bancários, uma jovem, de traços orientais, permanecia 
calada e, aparentemente, atenta aos movimentos de todos, como se a 
qualquer momento, alguém pudesse passar à sua frente. 
b) Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos 
japoneses no Brasil estava longe de representar um desastre. No entanto, 
bastou olhar para a neta do sol nascente e, logo, perceber que ela se 
transportara para outras esferas, alheia à fila e a tudo o mais que a 
rodeava. 
c) Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em tom suspiroso, 
explicando que, no começo dos anos de 1930, grande parte da família 
decidira emigrar para a Califórnia, mas seu avô meio aventureiro, optara 
infelizmente, pelo Brasil. 
d) Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando, que os imigrantes 
japoneses localizados na costa do Pacífico, tinham atravessado momentos 
adversos, especialmente, no curso da Segunda Guerra Mundial, quando 
muitos deles foram transferidos para campos de confinamento no meio-
oeste americano. 
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e) De repente, sua voz se ergueu enigmática: “A culpa de tudo isso é do meu 
avô.” Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela 
cabeça, foi a de um avô conservador, aconselhando a neta a poupar, em 
vez de gastar, apoiado em uma versão japonesa da fábula da cigarra e da 
formiga. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. A oração principal “Em uma fila no 
banco, na época(...), uma jovem, de traços orientais, permanecia calada e, 
aparentemente, atenta aos movimentosde todos” possui vírgulas internas. A 
primeira marca o início da intercalação do adjunto adverbial de tempo “na 
época”. Tendo em vista que esse adjunto adverbial foi estendido pela oração 
adjetiva restritiva, a vírgula que fecha a intercalação ocorreu após o 
substantivo “bancários”. Por isso, as vírgulas estão corretas. 
 As vírgulas que intercalam “de traços orientais” estão sinalizando um 
aposto explicativo. Por isso, estão corretas. 
 O advérbio “aparentemente” está corretamente separado por vírgulas. 
 A oração subordinada adjetiva restritiva “em que, no Brasil, houve 
congelamento dos depósitos bancários” possui dupla vírgula corretamente 
empregada intercalando o adjunto adverbial de lugar “no Brasil”. 
 A oração subordinada adverbial comparativa “como se a qualquer 
momento alguém pudesse passar à sua frente” pode ser antecipada de vírgula, 
pois ela está após a oração principal; mas ocorre erro na expressão “a 
qualquer momento”, pois esse adjunto adverbial está intercalado e há apenas 
uma vírgula, então outra deve ser inserida antes desta expressão. 
Em uma fila no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento dos 
depósitos bancários, uma jovem, de traços orientais, permanecia calada e, 
aparentemente, atenta aos movimentos de todos, como se, a qualquer 
momento, alguém pudesse passar à sua frente. 
A alternativa (B) é a correta. A palavra denotativa de inclusão “ainda” 
pode ficar entre vírgulas. O mesmo ocorre com a estrutura “por outro lado” e o 
advérbio de tempo “logo”. A conjunção adversativa “No entanto” pode ser 
seguida de vírgula. A estrutura “alheia à fila e a tudo o mais que a rodeava” é 
entendida como um comentário do autor, a qual tem de natureza explicativa. 
Por isso, está separada por vírgula. 
Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos 
japoneses no Brasil estava longe de representar um desastre. No entanto, 
bastou olhar para a neta do sol nascente e, logo, perceber que ela se 
transportara para outras esferas, alheia à fila e a tudo o mais que a rodeava. 
A alternativa (C) está errada. A vírgula entre o sujeito “seu avô meio 
aventureiro” e o verbo “optara” deve ser retirada e inserida após o verbo, para 
que haja intercalação do advérbio “infelizmente”. A locução adverbial de modo 
“em tom suspiroso” está intercalada, por isso há dupla vírgula. A locução 
adverbial de tempo “no começo dos anos de 1930” está intercalada e deve 
ficar entre vírgulas. 
 
 
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57
Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em tom suspiroso, explicando 
que, no começo dos anos de 1930, grande parte da família decidira emigrar 
para a Califórnia, mas seu avô meio aventureiro optara, infelizmente, pelo 
Brasil. 
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “ponderando” é transitivo 
direto e não pode haver vírgula entre ele e a oração seguinte, que é a 
subordinada substantiva objetiva direta. Além disso, o sujeito “os imigrantes 
japoneses localizados na costa do Pacífico” não pode ser separado por vírgula 
de seu verbo. A vírgula antes de “ponderando” está correta por iniciar uma 
oração reduzida de gerúndio. A dupla vírgula intercala corretamente o advérbio 
“especialmente”, e a vírgula antes de “quando” sinaliza o início de uma oração 
subordinada adjetiva explicativa (isso mesmo, o vocábulo “quando” é pronome 
relativo, pois retoma o tempo dito anteriormente “no curso da Segunda Guerra 
Mundial”). 
Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando que os imigrantes 
japoneses localizados na costa do Pacífico tinham atravessado momentos 
adversos, especialmente, no curso da Segunda Guerra Mundial, quando muitos 
deles foram transferidos para campos de confinamento no meio-oeste 
americano. 
A alternativa (E) está errada, pois a oração “que me passou pela cabeça” 
é subordinada adjetiva restritiva e está sendo fechada por uma vírgula, a qual 
deve ser retirada. 
As vírgulas após “De repente” e “Nos segundos seguintes’ estão corretas 
porque marcam a antecipação desses adjuntos adverbiais de tempo. 
Os dois-pontos marcam que em seguida há a fala de alguém. 
A vírgula antes de “aconselhando” ocorre porque inicia oração reduzida 
de gerúndio. 
A estrutura adverbial “em vez de gastar” está perfeitamente separada 
por dupla vírgula, pois esse termo está intercalado. 
De repente, sua voz se ergueu enigmática: “A culpa de tudo isso é do meu 
avô.” Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela cabeça 
foi a de um avô conservador, aconselhando a neta a poupar, em vez de gastar, 
apoiado em uma versão japonesa da fábula da cigarra e da formiga. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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58
Somente as provas e os gabaritos 
Prova 1 
(45 minutos) 
Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG 2010 
 
Texto para as questões 1 e 2. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a partir de 
alguns conceitos fundamentais. Um deles é o conceito de civilização. Tal 
conceito, a exemplo dos que constituem a base da estrutura da 
experiência ocidental, é algo tornado possível apenas por meio de seu 
contraponto, qual seja, o conceito de barbárie. 
Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a experiência 
da modernidade (que não deve ser pensada como algo que já aconteceu, 
mas como algo que deve estar sempre acontecendo, um porvir) implica a 
experiência da violência que a tornou possível – a violência fundadora da 
modernidade. O processo civilizatório se constitui a partir da conquista de 
territórios e posições ocupados pela barbárie. Tal processo se dá de forma 
contínua, num movimento insistente que está sendo sempre recomeçado. 
Pensando em termos de experiência moderna, todas as grandes 
conquistas ou invasões das terras alheias tiveram como justificativa a 
ocupação dos espaços da barbárie. 
(Adaptado de Ruberval Ferreira, Guerra na língua: 
 mídia, poder e terrorismo. 2007, p. 79-80) 
 
1. Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
a) A flexão de masculino no termo “pensado” (ℓ.1) indica que o pronome 
relativo “que” retoma, nas relações de coesão, o pronome “algo” e não o 
substantivo “experiência”. 
b) O uso da voz passiva em “ser pensada”(ℓ.7) indica que o verbo pensar está 
empregado como pensar em, e a oração na voz ativa correspondente deve 
ser escrita como pensar na experiência da modernidade. 
c) O sinal de travessão, na linha 9, exerce função semelhante ao sinal de dois 
pontos, que é a de introduzir uma explicação ou uma especificação para a 
ideia anterior. 
d) As estruturas sintáticas do texto permitem o deslocamento do pronome 
átono em “se constitui”(ℓ.10) e “se dá”(ℓ.11) para depois do verbo, 
escrevendo-se, respectivamente, constitui-se e dá-se, sem que com isso 
se prejudique a correção ou a coerência do texto. 
e) Embora a substituição de “está sendo”(ℓ.12) por é respeite a correção 
gramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma durativa 
enfatiza a ideia de continuidade do processo civilizatório. 
 
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59
2- A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as 
inferências abaixo, em seguida, assinale a opção correta. 
( ) A conquista dos espaços ocupados pela barbárie constitui uma das 
manifestaçõesda violência que está na origem da modernidade. 
( ) A experiência ocidental estrutura-se por meio de conceitos em 
contraponto, ilustrados no contraponto entre civilização e barbárie. 
( ) O processo civilizatório constitui um movimento de constante recomeço 
porque espaços de violência devem ser ocupados. 
( ) A ausência da oposição no conceito de modernidade tornaria injustificável 
a ocupação de espaços de violência pelo processo civilizatório. 
A sequência correta é 
a) V, V, V, F 
b) V, V, F, V 
c) V, V, F, F 
d) F, V, F, V 
e) F, F, V, V 
 
Texto para as questões 3 e 4. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma gama de 
fatores – entre os quais se realça a educação – e precisa de tempo para 
enraizar-se. É obra construída pela contribuição sistemática de vários 
governos. Depende da produtividade, que se nutre da ciência, das 
inovações e, assim, dos avanços da tecnologia. Na verdade, a humanidade 
somente começou seu desenvolvimento depois da Revolução Industrial, 
iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da renda per capita 
havia sido a característica da história. A Revolução desarmou a Armadilha 
Malthusiana e deu início à Grande Divergência. A Armadilha deve seu 
nome ao demógrafo Thomas Malthus, para quem o potencial de 
crescimento era limitado pela oferta de alimentos. A evolução da renda 
per capita dependia das taxas de natalidade e mortalidade. A renda per 
capita da Inglaterra começou a crescer descolada da demografia, graças 
ao aumento da produtividade na agricultura e da exploração do potencial 
agrícola da América. 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, Lula e o mistério do 
desenvolvimento. VEJA, 26 de agosto, 2009, p.74) 
 
3- A partir da argumentação do texto, infere-se que 
a) a Grande Divergência falhou em suas previsões, porque se baseou apenas 
na evolução histórica da renda per capita. 
b) as previsões de Malthus sobre o processo do desenvolvimento foram 
confirmadas apenas nos países que não exploravam a agricultura. 
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60
c) a educação, associada ao desempenho dos governos, mostrou a falsidade 
das previsões de Thomas Malthus. 
d) a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter 
previsões quanto ao processo de desenvolvimento. 
e) a Revolução Industrial, ao mostrar o potencial ilimitado de desenvolvimento 
da humanidade, tornou-se prioridade de governo. 
4 - Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do texto ao 
a) substituir os dois travessões da linha 2 por vírgulas. 
b) deixar subentendido o sujeito da oração, retirando o pronome se antes de 
“realça”(ℓ.2). 
c) iniciar o terceiro período sintático pelo termo Esse processo, escrevendo 
“Depende”(ℓ.4) com letra inicial minúscula. 
d) substituir “havia sido”(ℓ.8) por fora. 
e) ligar os dois últimos períodos sintáticos, na linha 12, pela conjunção 
porquanto, escrevendo o artigo em “A renda” com letra minúscula. 
Texto para as questões 5 e 6. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os dados 
da realidade, garantir a generalidade e a objetividade do conhecimento. 
No afã da universalidade do saber científico, do cognoscível como 
representação do real, excluía-se o sujeito do conhecimento, sua 
subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais. Na base desta 
perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto para ser 
apreendido por uma consciência cognoscente. O cientificismo não leva em 
conta que tanto o processo de percepção como o do pensamento têm seus 
próprios mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa negar 
conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os objetos da 
percepção e os objetos do pensamento não nos são dados da mesma 
maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondência entre a 
realidade e sua representação, mesmo porque nem tudo que existe é 
representável. 
(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: 
Lúcia Ferreira & Evelyn Orrico (org.), Linguagem, identidade e memória 
social, 2002, p. 53-54) 
5- Assinale a opção correta a respeito das estruturas linguísticas do texto. 
a) No desenvolvimento do texto, a expressão “desta perspectiva”(ℓ.5 e 6) 
aponta para uma concepção de fazer ciência que se opõe à quantificação 
dos “dados da realidade”(ℓ.1, 2). 
b) De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional o 
uso da preposição de antes do pronome relativo “que”(ℓ.6); mas seu uso 
ressalta as relações de coesão entre “crença”(ℓ.6) e “do saber 
científico”(ℓ.3), “do cognoscível”(ℓ.3). 
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c) A vírgula depois de “aí”(ℓ.6) indica que a oração iniciada por “pronto” 
constitui uma explicação, um esclarecimento sobre a afirmação de que o 
“mundo está aí”. 
d) Na linha 13, a flexão de plural no verbo ter, indicada pelo uso do acento 
circunflexo em “têm”, estabelece a concordância com o termo posposto, 
“seus próprios mecanismos”. 
e) Na articulação da progressão das ideias no texto, o pronome átono em 
“ignorá-los”(ℓ.9) retoma “condicionamentos histórico-sociais”(ℓ.5); por isso 
está flexionado no plural. 
 
6 - Assinale que alteração proposta para estruturas sintáticas do texto 
preserva sua correção gramatical e coerência argumentativa. 
a) A troca de posição entre “fazer ciência” e “quantificar os dados da 
realidade”, nas linhas 1 e 2: quantificar os dados da realidade 
significou poder fazer ciência. 
b) A troca de posição entre “do saber científico” e “do cognoscível”, na linha 3: 
do cognoscível, do saber científico como representação do real. 
c) A troca de posição entre “do pensamento” e “de percepção”, na linha 8: 
tanto o processo do pensamento como o de percepção. 
d) O deslocamento do pronome átono “nos” para depois de “dados”, na linha 
11, usando-se ênclise: não são dados-nos da mesma maneira. 
e) O deslocamento de “nem”(ℓ.12) para depois de “existe” (ℓ.13): porque 
tudo que existe nem é representável. 
 
7- A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo, publicado 
em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de fragmentos que 
compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a transformação dos 
períodos sintáticos em apenas um período, no segundo termo de cada par, 
resulta em incoerência ou erro gramatical. 
a) A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São sinais ainda 
tênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundo do 
poço. Mas muitos dos problemas que originaram a crise continuam 
preocupando. 
 A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora são sinais 
ainda tênues, que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundo 
do poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise continuam 
preocupando. 
b) O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. 
Houve redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego 
e queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
 O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, como 
redução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e 
queda dos rendimentos reais ao redor do mundo. 
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c) A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentávelsem eles. Por quanto tempo os bancos 
centrais e os governos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias? 
 Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos 
fiscais e quanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os 
bancos centrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar 
pressões inflacionárias. 
d) Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza. Não podemos 
descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, 
com crescimento forte. 
 Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para os 
próximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não podemos 
descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, 
com crescimento forte. 
e) O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente baixo, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e 
à queda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de crescimento do 
consumo nos próximos anos. 
 O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente pequeno, 
devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e 
à queda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de crescimento do 
consumo nos próximos anos. 
 
8 - Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da crise, 
na proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não levam em 
conta dois pontos. O primeiro é que as medidas contra a crise, que vêm 
sendo adotadas tanto em países subdesenvolvidos como desenvolvidos, 
são fundamentalmente corretas. O segundo ponto é que a crise atual, 
como todas as anteriores, acabará, mais cedo ou mais tarde, por ser 
corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas neoliberais 
apenas com regulamentação mais estrita da atividade bancária. 
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. 
Correio Braziliense, 12 de setembro, 2009) 
 
a) Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao usar o 
pronome em “contorná-la”(ℓ.2) antes do verbo, escrevendo: modos de a 
contornar. 
b) Para evitar as três ocorrências consecutivas de “que” (ℓ.3 e 5), a retirada 
dessa conjunção antes de “a crise atual”(ℓ.5) manteria a correção gramatical 
e a coerência do texto. 
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c) Na linha 3, o acento circunflexo em “vêm” indica que a concordância se faz 
com “medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a 
argumentação escrever o verbo sem acento, optando, então, pela 
concordância com “crise”. 
d) O pronome em “quando isso”(ℓ.7) resume e retoma, em relações de coesão, 
o mesmo referente do pronome em “Com isso”(ℓ.2), ou seja, o exame da 
crise feito pelos economistas. 
e) Seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre os argumentos 
ao empregar o verbo em “se voltará”(ℓ.7) no plural, escrevendo voltarão-
se. 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 9 e 10. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito mais 
fortemente os níveis da produção e do emprego que os demais setores. 
Essa é uma situação que precisa ser repensada. É claro que não se trata 
de um problema simples, que se resolva com providências rápidas, pois 
exige medidas que às vezes podem ser classificadas como heterodoxas. 
Mas tem de ser enfrentado com coragem e inteligência. Não pode ser 
deixado ao sabor dos ventos, pois os custos virão no seu devido tempo, 
como nossa trajetória econômica bem mostra. Também não podemos 
deixar nos envolver por uma falácia que diz que qualquer desvalorização 
resulta em diminuição do bem-estar da sociedade brasileira. É verdade 
que, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma redução do salário 
real. É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz o salário real e se 
aumenta o nível geral do desemprego. 
(Adaptado de Antonio Delfim Neto, Fábrica de desemprego. 
Carta Capital, 16 de setembro de 2009) 
 
9- Avalie os seguintes itens para um período sintático que dê continuidade 
coerente e gramaticalmente correta ao texto. 
I. Desse modo, o bem-estar da sociedade brasileira está a merce dos ventos 
que conduzirão à essas providências rápidas. 
II. Assim, tratam-se de aspectos multifacetados, com influências recíprocas 
em nível de exigirem enfrentamento complexo e inteligente. 
III. O resultado final desse enfrentamento, portanto, é provavelmente positivo 
para a sociedade e, mais particularmente, para o setor de trabalho. 
a) Apenas I é adequado. 
b) Apenas II é adequado. 
c) Apenas III é adequado. 
d) Apenas I e II são adequados. 
e) Apenas II e III são adequados. 
 
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64
10- Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas no 
texto. 
a) Por se estabelecer, na estrutura sintática, uma relação de comparação, 
seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao inserir 
do antes de “que os demais setores”(ℓ.2). 
b) Nas relações de coesão, a ideia explicitada na primeira oração do texto é 
várias vezes retomada: apontada pelo pronome “Essa”(ℓ.3), resumida por 
“situação” (ℓ.3), referida pelo pronome “que”(ℓ.3) e substituída pelo termo 
“problema”(ℓ.4). 
c) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “resolva”(ℓ.4) indica que se trata 
de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estaria 
igualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve. 
d) Com o objetivo de evitar a repetição de dois vocábulos de escrita e som 
semelhantes, seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre 
os argumentos substituindo-se “que diz que”(ℓ.9) por ao dizer que. 
e) No desenvolvimento das ideias do texto, além de ligar duas orações pela 
adição, o valor semântico da conjunção “e”(ℓ.12) é o de estabelecer uma 
relação de causa e consequência. 
 
11- A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras 
está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em 
número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, 
tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente 
ligada a(2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados 
a(3) alterações no planeta, podem colocar em risco nossa própria 
sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos o 
crescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões 
ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele 
viável economicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando 
em consideração não só as(4) nossas necessidades atuais, mas também as(5) 
das gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no 
planeta como um todo. 
(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento 
Sustentável: o crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível 
em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 
Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da 
Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em 
a) 1, 2 e 3 
b) 1 e 2 
c) 1, 3 e 5 
d) 2 e 4 
e) 3, 4 e 5 
 
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65
 
12- Assinalea opção que completa corretamente a sequência de lacunas no 
texto abaixo. 
Se hoje ___(1)___é mais fácil, pelo menos para boa parte da humanidade, 
livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmos boa parte das 
doenças que ____(2)___ a humanidade no decorrer da história, a 
contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do desemprego, e, quando 
sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência, do esgotamento 
nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar: é a tecnologia a 
responsável ___(4)___ mudança de nossa visão de mundo, ou é a nossa visão 
de mundo que conduz ___(5)___ mudanças tecnológicas? A pergunta é 
oportuna porque nos leva a questionar se não temos o poder de mudar o rumo 
de nossas vidas, de modificar nossa própria visão de mundo, e ___(6)___ 
modificar o próprio mundo. 
(Filosofia, ciência & vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações) 
 
 (1) (2) (3) (4) (5) (6) 
a) nos tem assolado consigamos pela as em 
b) para nós assolam consigamos pela à em 
 
c) lhes tem assolado conseguimos com a as em 
 
d) nos assolaram conseguimos pela a de 
 
e) para nós assolam conseguíssemos com a à de 
 
 
 
13- Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o 
preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e 
gramaticalmente correto. 
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atrelado a 
seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente, 
___(a)___ performance econômica invejável, porém ___(b)___ custas da 
degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutem uma nova 
maneira de se calcular o PIB, ___(c)___ em conta os índices de 
sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais. A ideia, totalmente 
inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidades básicas a serem 
cumpridas para viabilizar o crescimento sustentável, principalmente nos países 
em desenvolvimento. Apesar ___(e)___ crise financeira que assombra as 
economias mundiais, os emergentes passam por um momento de crescimento, 
e investimentos em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para 
assegurar a sustentatibilidade. 
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do 
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009) 
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66
a) e apresentar / apresentando 
b) a / às 
c) o que leve / levando 
d) de / com 
e) da / de a 
 
14- Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula e o 
mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado em VEJA, 
de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, numerada como (1), 
de modo a formar um parágrafo coeso e coerente. 
( 1 ) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos. 
( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, 
divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra 
até o século XVIII. 
( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes 
irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial. 
( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o 
desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação. 
( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e 
preguiça. 
( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores 
como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas 
sociedades bem-sucedidas. 
A sequência obtida é 
a) (1) (2) (4) (5) (6) (2) 
b) (1) (3) (2) (6) (4) (6) 
c) (1) (4) (2) (6) (5) (3) 
d) (1) (3) (5) (4) (2) (6) 
e) (1) (2) (6) (4) (3) (5) 
 
15- Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram 
adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e história: o 
enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., Linguagem, 
identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção que apresenta o 
trecho transcrito com erros gramaticais. 
a) O termo fantasme é, importado da psicanálise, para expressar a 
inquietação que os professores deveriam apresentar no momento exato de 
decidir sobre a direção do seu trabalho. Desta forma o professor desviaria-
se do lugar de onde sempre é esperado. 
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67
b) Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um fenômeno 
dotado de historicidade e cuja compreensão é central para a história. Por 
outro lado, podemos considerá-lo como um artefato cultural vinculado à 
história do próprio conhecimento histórico. 
c) Construído pela via do imaginário, esse artefato precisou da história para se 
legitimar e fazer crer que a identidade dos países estava assentada em um 
passado frequentemente anterior à própria existência do Estado. 
d) É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos pela 
História introduz uma transcendência da duração vivida em um tempo 
construído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução ideal. 
e) Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, 
identificando o teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez 
porque nossa tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a 
natureza do conhecimento histórico. 
 
 
 
Prova 2 
(60 mnutos) 
 
Analista-Tributário da Receita Federal 2009 
 
1 - Em relação às informações do texto, assinale a opção correta. 
 
 A produção brasileira de petróleo e gás certamente dará um salto quando 
estiverem em operação os campos já descobertos na chamada camada do pré-
sal. Embora essa expansão só possa ser efetivamente assegurada quando 
forem delimitadas as reservas, e os testes de longa duração confirmarem a 
produtividade provável dos campos, simulações indicam que o Brasil terá um 
saldo positivo na balança comercial do petróleo (exportações menos 
importações), da ordem de 1 milhão de barris diários. 
 Com isso, o petróleo deverá liderar a lista dos produtos que o Brasil 
estará exportando mais ao fim da próxima década. O petróleo é negociado 
para pagamento a vista (menos de 90 dias). Então, é um volume de recursos 
que pode ter, de fato, forte impacto nas finanças externas do país. 
 Como é uma riqueza finita, a prudência e a experiência econômica 
recomendam que o Brasil tente poupar ao máximo essa renda adicional 
proveniente das exportações de petróleo. O mecanismo mais usual é conhecido 
como fundo soberano, por meio do qual as divisas são mantidas em aplicações 
seguras que proporcionem, preferencialmente, bom retorno e ainda 
contribuam positivamente para o desenvolvimento da economia brasileira. Os 
resultados dessas aplicações devem ser direcionados para investimentos 
internos que possibilitem avanços sociais importantes (educação, 
infraestrutura, meio ambiente, ciência e tecnologia). 
(O Globo, Editorial, 13/10/2009) 
 
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68
a) É indiscutível que, quando estiverem em operação os campos da camada do 
pré-sal, o Brasil terá um saldo na balança comercial do petróleo da ordem 
de 1 milhão de barris diários. 
b) É recomendável que os recursos arrecadados com a exploração do petróleo 
da camada do pré-sal sejam mantidos num fundo seguro, que proporcione 
retorno garantido e contribua favoravelmente para o desenvolvimento da 
economia brasileira. 
c) Somente quando estiverem em operaçãoos campos da camada do pré-sal, 
o petróleo será negociado para pagamento a vista. 
d) Estima-se que, no final da próxima década, com os campos do pré-sal já em 
operação, o Brasil lidere a lista dos países importadores de petróleo, com 
forte impacto na balança comercial. 
e) A renda adicional proveniente da exportação do petróleo da camada do pré-
sal deverá ser aplicada diretamente em investimentos com repercussão na 
área social. 
2 - Assinale a opção correta a respeito do texto. 
Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svâmi garante que “só 
o presente é real”, o que equivale a considerar o passado e o futuro como 
puras ilusões. Viver no presente implica aceitar o primado da ação (o ato) 
sobre a esperança, o que equivale a trocar a passividade do estado de espera 
pela manifestação ativa da vontade de fazer. Em outras palavras, importa a 
flecha mais do que o alvo, o ato mais do que a expectativa. 
Como bem acentua Comte-Sponville, a ausência pura e simples de esperança 
não corresponde à mágoa, traduzida na acepção comum da palavra desespero. 
O desespero/desesperança é, antes, o grau zero da expectativa, portanto um 
regime de acolhimento do real sem temor, sem desengano, sem tristeza. Esse 
regime, ou essa regência, pode ser chamado de beatitude ou de alegria: uma 
aceitação e uma experiência da plenitude do presente. 
(Muniz Sodré. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2006, p.206) 
a) O autor do texto defende a ideia de que o ser humano, ao criar expectativas 
em relação ao futuro, não deve desesperar-se, mas, sim, manter-se passivo 
no estado de espera. 
b) A ideia central desenvolvida no texto baseia-se no pressuposto de que se 
vive, atualmente, uma era em que predomina o desespero. 
c) Uma das ideias secundárias desenvolvidas no texto é a de que os fins 
justificam os meios, como se depreende do trecho “importa a flecha mais do 
que o alvo”. 
d) Uma das ideias desenvolvidas no texto é a de que o real só é, de fato, 
apreendido quando o indivíduo compreende o passado e o futuro como 
ilusões. 
e) Para sustentar a ideia apresentada no primeiro parágrafo, o autor do texto 
argumenta que é o medo do futuro que motiva os indivíduos a viverem 
intensamente o aqui e agora. 
 
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69
 
3 - Assinale a opção que apresenta corretamente ideia contida no trecho 
abaixo. 
 
O período a que, hoje, assistimos se caracteriza pela perda de legitimidade dos 
governos e dos modelos neoliberais, mas, ao mesmo tempo, por dificuldades 
de construção de projetos alternativos. Uma das barreiras para a construção 
de tais projetos é o próprio fato de esses governos estarem engajados em uma 
estratégia de disputa hegemônica contínua, convivendo com o poder privado 
da grande burguesia – das grandes empresas privadas, nacionais e 
estrangeiras, dos bancos, dos grandes exportadores do agronegócio, da mídia 
privada. Se essa elite econômica não dispõe de grande apoio interno, conta 
com grandes aliados no plano internacional, especialmente entre os países 
globalizadores. 
(Emir Sader. A nova toupeira: os caminhos da esquerda 
latinoamericana. São Paulo: Boitempo, 2009) 
 
a) Quanto maior o engajamento de um país em disputas por hegemonia, maior 
a crise de legitimidade das políticas neoliberais por ele desenvolvidas. 
b) A elite econômica de um país globalizado prescinde de apoio interno para 
manter seu poder hegemônico sobre os governos carentes de legitimidade. 
c) O poder hegemônico dos países globalizadores dificulta o avanço de 
projetos que visem à superação dos modelos neoliberais. 
d) A maior dificuldade dos governos de países globalizados é enfrentar a 
aliança da mídia privada com os países globalizadores. 
e) Na elite econômica de um país, é a mídia privada que mais poder exerce 
sobre o governo de um país. 
 
 
4 - Assinale a opção que reproduz corretamente ideia contida no trecho abaixo. 
 
A realidade dos juros não se restringe ao mundo das finanças, como supõe o 
senso comum, mas permeia as mais diversas e surpreendentes esferas da vida 
prática, social e espiritual. 
A face mais visível dos juros monetários – os juros fixados pelos bancos 
centrais e os praticados nos mercados de crédito – representa apenas um 
aspecto, ou seja, não mais que uma diminuta e peculiar constelação no vasto 
universo das trocas intertemporais em que valores presentes e futuros medem 
forças. 
Pode-se, por exemplo, examinar a moderna teoria biológica do envelhecimento 
como uma troca intertemporal cuja síntese é “viver agora, pagar depois”. A 
senescência dos organismos é a conta de juros decorrente do redobrado vigor 
e aptidão juvenis. 
(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre 
a natureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005) 
 
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70
a) Ao se fazer analogia entre os juros pagos em transações financeiras e os 
pagos em relações sociais, verifica-se que, apesar de, nestas, eles estarem 
embutidos, não há interesse da sociedade em desvelar esse fato. 
b) A moderna teoria biológica prioriza as análises que abordam as mudanças 
no corpo do ser humano como trocas intertemporais às quais é inerente o 
pagamento de juros. 
c) Os juros mais altos pagos pelos cidadãos são aqueles que, sorrateiramente, 
resultam da própria natureza finita dos seres humanos, determinada pelo 
irreversível envelhecimento do corpo. 
d) O conceito de juros tem sido aplicado restritamente às situações do 
mercado financeiro porque, via de regra, prevalecem, nas sociedades, as 
noções estabelecidas pelo senso comum. 
e) Prevalecendo a característica dos juros de que eles sempre envolvem uma 
troca intertemporal, a aplicação do conceito de juros pode ser estendida a 
outras situações da vida dos indivíduos. 
 
5 - Nas opções, são apresentadas propostas de continuidade do parágrafo 
abaixo. Assinale aquela em que foram atendidos plenamente os princípios de 
coesão e coerência textuais. 
 
Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de troca entre 
presente e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor 
demasiado ao que está próximo de nós no tempo, em detrimento do que se 
encontra mais afastado. A hipermetropia é a atribuição de um valor excessivo 
ao amanhã, em prejuízo das demandas e interesses correntes. 
(Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos 
juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005) 
 
a) Contudo, a miopia temporal nos leva a subestimar o futuro, e a 
hipermetropia a supervalorizar o futuro, o que desfaz, em parte, a referida 
simetria. 
b) Por serem ameaças cujo resultado é idêntico, tanto a miopia temporal 
quanto a hipermetropia tornam irrelevante o fenômeno dos juros nas 
situações de troca entre presente e futuro. 
c) Apesar dessa simetria, não existe uma posição credora – pagar agora, viver 
depois –, mesmo porque sempre abrimos mão de algo no presente sem a 
expectativa de recebermos algo no futuro. 
d) Diante dessas ameaças, cabe perguntar se existe um ponto certo – um 
equilíbrio estável e exato – entre os extremos da fuga do futuro (miopia) e 
da fuga para o futuro (hipermetropia). 
e) Essa simetria conduz, portanto, à conclusão de que vale mais a pena 
subordinar o presente ao futuro, e não, o contrário, o que nos fará atribuir 
valor excessivo ao futuro, sem risco de incorrermos em hipermetropia 
temporal. 
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6 - Assinale a opção que constitui continuação coesa, coerente e 
gramaticalmente correta para o texto de Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do 
Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. 
A marca registrada das crises capitaneadas pela finança é o colapso dos 
critérios de avaliação da riqueza que vinham prevalecendo. As expectativas 
dos possuidores de riqueza capitulam diante da incerteza e não é mais possível 
precificar os ativos. Os métodos habituais que permitem avaliar a relação 
risco/rendimento dos ativos sucumbem diante do medo do futuro. A 
obscuridade total paralisa as decisões e nega os novos fluxos de gasto. 
 
a) Essa decisão pela corrida privada para as formas imaginárias, mas 
socialmente incontornáveis do valor e da riqueza vai afetar negativamente a 
valorização e a reprodução da verdadeira riqueza social, ou seja, a demanda 
de ativos reprodutivos e de trabalhadores. 
b) Em contraposição a esse fenômeno, depois do colapso financeiro deflagrado 
pela quebra do Lehman Brothers, os preços dos ativos privados foram 
atropelados pelos mercados em pânico, na busca impossível da 
desalavancagem coletiva. Vendedores em fúria e compradores em fuga 
fizeram evaporar a liquidez dos mercados e prometiam uma deflação de 
ativos digna da Grande Depressão dos anos trinta. 
c) Contanto que a reação das autoridades dos países desenvolvidos foi menos 
eficaz para restabelecer a oferta de crédito no volume desejado e impotente 
para reanimar o dispêndio das famílias e dos negócios. Empresas e 
consumidores trataram de cortar os gastos (e, portanto a demanda de 
crédito) para ajustar o endividamento contraído no passado à renda que 
imaginam obter num ambiente de desaceleração da economia e de queda 
do emprego. 
d) Essas intervenções dos bancos centrais e dos Tesouros, sobretudo nos 
Estados Unidos, conseguiram, aos trancos, barrancos e trombadas legais, 
estancar a rápida deterioração das expectativas. Contrariando os augúrios 
mais pessimistas, a ação das autoridades foi capaz de afetar positivamente 
as taxas do interbancário e restabelecer as condições mínimas de 
funcionamentos dos mercados monetários. 
e) Em tais circunstâncias, a tentativa de redução do endividamento e dos 
gastos de empresas e famílias em busca da liquidez e do reequilíbrio 
patrimonial é uma decisão “racional” do ponto de vista microeconômico, 
mas danosa para o conjunto da economia, pois leva necessariamente à 
deterioração dos balanços. É o paradoxo da “desalavancagem”. 
 
7- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Muniz Sodré (As 
estratégias sensíveis: afeto, mídia e política), mas estão desordenados. 
Ordene-os, indique a ordem dentro dos parênteses e assinale a opção que 
corresponde à ordem correta. 
 
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72
( ) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de 
“publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias 
inaugurais na modernidade ocidental. 
( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses 
particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as 
garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí 
fundamental o papel da imprensa. 
( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande 
importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro 
espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual 
em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de 
opacidades não necessariamente comunicativas. 
( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da 
mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica 
necessariamente o alargamento da ação política. 
( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o 
motor político do espaço público e base da sociedade democrática, 
fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da 
soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera 
encenação espetacular. 
a) 2, 4, 1, 3, 5 
b) 2, 1, 5, 4, 3 
c) 1, 2, 4, 5, 3 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 3, 5, 1, 2, 4 
 
8 - Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Globo, Editorial, 
14/10/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a 
sequência correta. 
 
( ) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção 
nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de 
consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia 
foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras 
(que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável 
equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas. 
( ) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura 
relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média 
internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores mais 
vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de 
petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria. 
( ) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm 
garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de 
investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de 
longo prazo. 
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( ) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia 
brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo 
atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 
( ) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a 
economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco 
cambial aos investidores estrangeiros. 
a) 2, 1, 3, 5, 4 
b) 5, 3, 4, 1, 2 
c) 4, 5, 2, 3, 1 
d) 3, 2, 1, 4, 5 
e) 4, 1, 2, 3, 5 
 
9 - Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto adaptado 
do Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009. 
 
Vários, e de distintos naipes, foram os questionamentos __1__ construção do 
IDH como tal. Por que não mortalidade infantil de crianças abaixo de 5 anos de 
idade em vez de expectativa de vida? Por que não incluir outros indicadores, 
tais como nível de pobreza, déficit habitacional, acesso __2__ água potável e 
saneamento básico? Por que não acrescentar outras dimensões relacionadas 
__3__ meio ambiente (que afeta o padrão de vida desta e das próximas 
gerações), aos direitos civis e políticos, __4__ segurança pessoal e no 
trabalho, __5__ facilidade de locomoção? Qual a confiabilidade dos dados 
fornecidos por quase duas centenas de países? Há uma escassez de 
informação em relação __6__ maioria das dimensões sugeridas para uma 
comparação internacional, sem contar __7__ confiabilidade dos dados. 
 
 1 2 3 4 5 6 7 
a) à a ao à à à a 
b) da à com o com a da com a da 
c) a na pelo da na da à 
d) na da no na de a uma 
e) pela de a em com a pela com a 
 
10- Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
Sintoma do arrefecimento da ideologia nos mais variados âmbitos da vida 
social, há uma distinção, presente no meio acadêmico, segundo a qual, 
enquanto nas décadas passadas as grandes celeumas intelectuais tinham 
como pano de fundo embates ideológicos, hoje as disputas girariam 
basicamente em torno de divergências metodológicas. A discussão em 
torno do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – cujo ranking 
divulgado este ano mostra um ligeiro avanço da pontuação do Brasil, 
embora o país continue na 75ª colocação – não poderiafugir à regra. 
Criado pelos economistas Mahbub ul Haq e Amartya Sem e calculado pelo 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Índice de 
Desenvolvimento Humano, ao longo dos anos, vem recebendo uma série de 
críticas da comunidade científica internacional. Críticas metodológicas, por 
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74
 
 
15 
pressuposto. Baseado em três dimensões fundamentais do 
desenvolvimento humano, o IDH combina indicadores socioeconômicos, 
relacionados à renda (medida pelo Produto Interno Bruto per capita), à 
saúde (entendida como a capacidade de se levar uma vida longa e 
saudável, expressa pela expectativa de vida ao nascer) e à educação 
(medida pela alfabetização da população acima de 15 anos associada às 
taxas de matrícula do ensino fundamental ao superior). 
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009) 
 
a) A expressão “arrefecimento” (ℓ. 1) está sendo empregada com o sentido de 
aquecimento, fortalecimento. 
b) O cálculo do IDH leva em consideração índices relativos à renda, à saúde e 
à educação no país. 
c) Pelos sentidos do texto, percebe-se que há unanimidade na comunidade 
científica internacional quanto à correção da metodologia adotada para 
determinar o Índice de Desenvolvimento Humano. 
d) No meio acadêmico, os atuais embates ideológicos passam ao largo das 
divergências metodológicas. 
e) A palavra “celeumas”(ℓ.3) está sendo empregada com o sentido de 
consenso. 
 
 
11- Assinale a justificativa correta para o emprego de vírgula. 
 
A economia real nos Estados Unidos e na Europa segue em compasso de 
espera. Isso significa que o produto e o emprego seguem em declínio, (1) mas 
a uma velocidade menor. 
Seja como for, as injeções de liquidez, os programas de compra de ativos 
podres,(2) as garantias oferecidas pelas autoridades e a capitalização das 
instituições financeiras não fizeram pouco. Além de construir um piso para a 
deflação de ativos, as intervenções de provimento de liquidez suscitaram,(3) 
diriam os keynesianos,(3) um movimento global no interior da circulação 
financeira. O inchaço da circulação financeira teve efeitos mesquinhos sobre a 
circulação industrial,(4) ou seja,(4) sobre a movimentação do crédito e da 
moeda destinada a impulsionar a produção e o emprego. 
Observa-se,(5) no entanto,(5) um rearranjo dentro do estoque de riqueza que 
responde aos preços esperados dos ativos “especulativos” por parte dos 
investidores que sobreviveram ao colapso da liquidez. Agarrados aos salva-
vidas lançados com generosidade pelo gestor em última instância do dinheiro 
— esse bem público objeto da cobiça privada — os senhores da finança tratam 
de restaurar as práticas e operações de “normalização dos mercados”, isto é, 
aquelas que levaram à crise. 
(Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do Valor Econômico 
de 14 de outubro de 2009) 
 
 
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75
 
a) (1) A vírgula separa oração coordenada assindética. 
b) (2) A vírgula separa elementos de mesma função sintática componentes de 
uma enumeração. 
c) (3) As vírgulas isolam uma expressão apositiva. 
d) (4) As vírgulas isolam conjunção coordenativa conclusiva. 
e) (5) As vírgulas isolam conjunção subordinativa concessiva intercalada na 
oração principal. 
 
 
12- Em relação aos elementos do texto, assinale a opção correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
Um ano após o agravamento da crise financeira, o Brasil tem mais de US$ 
230 bilhões em reservas. Tanto o Tesouro como grandes empresas 
voltaram a lançar títulos no exterior, com sucesso. A valorização do real se 
tornou, então, um fenômeno inevitável, que reflete o enfraquecimento do 
dólar no mercado internacional e o fluxo positivo de capitais no país. 
No entanto, dado o ritmo de crescimento projetado para o ano que vem, o 
mais provável é que a demanda por importações aumente e a pressão em 
favor do real diminua. 
Enquanto isso, além de uma paulatina liberalização do câmbio, o que pode 
ser feito no curto prazo é a continuidade da acumulação de reservas 
cambiais, com o Banco Central comprando no mercado excedentes de 
divisas. Qualquer invencionice só estimularia operações especulativas no 
câmbio, que acabariam provocando uma valorização ainda mais indesejável 
da moeda nacional. 
(O Globo, Editorial, 14/10/2009, adaptado.) 
 
 
a) A expressão “No entanto”(ℓ.6) estabelece, no texto, uma relação de 
comparação. 
b) O emprego do subjuntivo em “aumente”(ℓ.7) e em “diminua”(ℓ.8) justifica-
se por se tratar de fatos de realização garantida. 
c) A expressão “Enquanto isso”(ℓ.9) estabelece no texto uma relação de 
condição. 
d) A palavra “invencionice”(ℓ.12) está sendo empregada no sentido de 
iniciativa rotineira, previsível. 
e) O emprego do futuro do pretérito em “estimularia” (ℓ.12) indica um 
acontecimento futuro em relação a um ato passado que se configura no 
fato relacionado aos termos “Qualquer invencionice”. 
 
 
 
 
 
 
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76
13- Em relação à função do “se”, assinale a opção correta. 
 
A queda de rentabilidade das exportações se agrava(1) a cada dia em razão 
da valorização do real. Tudo indica que a moeda nacional deve continuar a se 
valorizar(2) e o Banco Central (BC), apesar das suas intervenções cada vez 
maiores, está impotente diante dessa valorização, que torna mais difícil a 
exportação e favorece a importação, ameaçando o crescimento da indústria 
nacional. O governo se mostra(3) incapaz de encontrar um modo de 
compensar esse efeito. Está-se(4) observando também uma queda no 
quantum das exportações de manufaturados, de 17,4% nos sete primeiros 
meses do ano, junto com uma queda de preços de 5,5%, enquanto nos 
produtos básicos um aumento de 6,5% no quantum correspondeu a uma 
queda de 16,1% nos preços. Não se pode(5) pensar que o fluxo de dólares 
possa diminuir nos próximos anos e, assim, criar um ambiente muito favorável 
a uma desvalorização, pois os Investimentos Diretos Estrangeiros devem 
crescer, a Bolsa de Valores acompanhará a melhora da economia e a produção 
de petróleo, apesar da criação de um fundo especial, aumentará as receitas. 
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 14/10/2009) 
a) (1) Indica voz passiva analítica. 
b) (2) Indica sujeito indeterminado. 
c) (3) Funciona como objeto indireto. 
d) (4) Indica voz reflexiva. 
e) (5) Indica sujeito indeterminado. 
 
14- Assinale a opção que apresenta proposta de substituição correta de 
palavra ou trecho do texto. 
 
1 
 
 
 
5 
 
Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da 
espera. E a resultante, quando não é inflação ou crise do balanço de 
pagamentos, é uma só: juros altos. 
O conflito entre as demandas do presente vivido e as exigências do futuro 
sonhado é um traço permanente da condição humana. Evitar excessos e 
inconsistências dos dois lados é um dos maiores desafios em qualquer 
sociedade. No afã de querer o melhor de dois mundos, o grande risco é 
terminar sem chegar a mundo algum: a cigarra triste e a formiga pobre. 
(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio
sobre a natureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005)
a) “Há”(ℓ.1) por “Existe”. 
b) “que têm a vocação do crescimento”(ℓ.1) por “cuja vocação de 
crescimento”. 
c) “No afã de querer”(ℓ.7) por “No equívoco de visar”. 
d) “E a resultante, quando não é”(ℓ.2) por “E se caso a resultante não seja”.e) “mas sem a vocação da espera”(ℓ.2,3) por “mas não, a da espera”. 
 
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15- Com relação a aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a opção 
correta. 
 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
Aconteceu poucos dias após o início do governo Collor, a partir do 
congelamento dos depósitos bancários. Estávamos na longa e irritante fila 
de um grande banco, em busca da minguada nota de cinquenta a que cada 
um tinha direito. 
Uma fila pode ser tomada como um exercício de psicologia comparada. Se, 
por absurdo, uma fila assim tivesse de ser formada em um banco 
americano, aposto que nela reinaria a frustração controlada e a 
incomunicação. A cena no banco brasileiro era diferente. Quase todos 
conversavam animadamente, irmanados na dor de ver seu dinheiro 
distanciar-se para, quem sabe, não mais retornar. 
Havia os ministros da Fazenda, que mediam as possibilidades incertas de 
recuperar os depósitos, havia os conformados, que aceitavam tudo, se esse 
fosse o preço a ser pago pela morte do dragão inflacionário. Havia os que 
ficavam especulando sobre as alternativas que poderiam ter adotado para 
escapar ao sequestro. A opção mais aceita punha nas nuvens o português 
dono de padaria. Ele, sim, fizera o certo, guardando seu dinheiro debaixo do 
colchão. 
(Boris Fausto. Memória e História. São Paulo: Graal Ltda., 2005)
 
a) Atendidas as prescrições gramaticais, o 2º período do 2º parágrafo assim 
poderia ser reescrito: Aposto que, se, por absurdo, tal fila tivesse sido 
formada em um banco dos Estados Unidos, teriam, nela, reinado a 
frustração controlada e o silêncio. 
b) Atendidos os preceitos gramaticais, é uma construção alternativa para a 
oração “a que cada um tinha direito”(ℓ.3,4): a qual cada um de nós 
tínhamos direito. 
c) São duas formas corretas de substituição do segmento “pode ser tomada 
como”(ℓ.5): pode suscitar; pode ser comparada a. 
d) Como o verbo da primeira oração do texto é impessoal, não há expressão 
que exerça a função de sujeito, o que não acarreta prejuízo semântico nem 
sintático para o parágrafo, porque, no período seguinte, é explicitado o fato 
narrado pelo autor do texto. 
e) São exemplos de expressões empregadas no texto com sentido denotativo 
e conotativo, respectivamente: “os ministros da Fazenda” (ℓ.11) e “morte 
do dragão inflacionário”(ℓ.13). 
 
16- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Luiz Gonzaga Beluzzo, 
Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. Assinale a opção que apresenta 
erro gramatical. 
a) Os movimentos observados no interior da circulação financeira, em si 
mesmos, não prometem à economia global uma recuperação rápida e 
brilhante, mas indicam que os mercados não temem a formação de novas 
bolhas de ativos nos mercados emergentes. 
b) Diante do frenesi que ora turbina as bolsas, as moedas dos emergentes e as 
commodities não faltam prognósticos que anunciam o fim da crise e 
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preconizam uma recuperação rápida da economia global, liderada pelos 
emergentes. 
c) Nas circunstâncias atuais, a realocação de carteiras favorecem as bolsas, as 
moedas dos emergentes e as commodities, enquanto o dólar segue uma 
trajetória de declínio, depois da valorização observada nos primeiros meses 
de crise. 
d) No rol de vencedores da batalha contra a depressão global, figuram, em 
posição de respeito, a China, a Índia e o Brasil, cada qual com suas forças e 
fragilidades. 
e) Entre as fragilidades, sobressaem a pressão para valorização das moedas 
nacionais e as ações de esterilização dos governos, com efeitos indesejáveis 
sobre a dinâmica da dívida pública dos países receptores da “chuva de 
dinheiro externo”. 
 
17- Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente, 
tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área 
social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo 
científico. No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se 
perder (3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de 
vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-
sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno 
Bruto, no qual (4) pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da 
população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou 
mais importante que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, 
desenvolvimento econômico. 
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.) 
a) (1) 
b) (2) 
c) (3) 
d) (4) 
e) (5) 
 
 
18- Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (O tempo e o cão: 
a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo, 2009) em que, na 
transcrição, foram plenamente atendidas as regras de concordância e regência 
da norma escrita formal da Língua Portuguesa. 
 
a) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos 
poupar o tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vem 
produzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Tal 
sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. 
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b) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto 
das ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, ao 
máximo, cada momento da vida. 
c) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, 
sofregamente, para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da 
duração. Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que sustenta os 
atos significativos da existência. 
d) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre 
o instante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no entanto, 
nada indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que 
alongam o presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do 
brevíssimo instante. 
e) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe 
com o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embala 
um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. 
 
19- Assinale a opção em que o trecho do texto de Emir Sader (A nova 
toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana) foi transcrito com 
correção gramatical. 
 
a) Atualmente, as alternativas de contraposição a hegemonia enfrentam os 
dois pilares centrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a 
hegemonia imperial estadunidense. É no confronto com aqueles que se tem 
de medir o processo de construção de “outro mundo possível”, para se 
analisar seus avanços, revezes, obstáculos e perspectivas. 
b) De certa maneira, pode-se resumir os eixos que articulam o poder atual no 
mundo à partir de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o 
da palavra. O primeiro reflete a política de militarização dos conflitos, em 
que os Estados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável. 
c) A região tem-se mostrado refratária a política de guerra infinita promovida 
pelos Estados Unidos.Internamente, a Colômbia, epicentro regional da 
política estadunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, a 
América Latina produziu espaços de autonomia relativa no tocante a 
hegemonia econômica e política dos Estados Unidos, o que a torna o elo 
mais frágil da cadeia neoliberal no século XXI. 
d) O terceiro trata-se do monopólio da mídia privada no processo – 
profundamente seletivo e antidemocrático – de formação da opinião 
pública. Palco inicial da implantação do modelo neoliberal e sua vítima 
privilegiada, a América Latina passa por uma espécie de ressaca do 
neoliberalismo, com governos que rompem com o modelo e com outros que 
buscam readequações que lhe permitam não sucumbir com ele. 
e) O segundo retrata a política neoliberal de mercantilização de todas as 
relações sociais e dos recursos naturais, que tem buscado produzir um 
mundo em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra e cuja 
utopia são os grandes centros de compras. 
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20- Assinale o trecho do texto adaptado de Boris Fausto (Memória e História) 
em que, na transcrição, foram plenamente atendidas as regras de pontuação. 
 
a) Em uma fila no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento 
dos depósitos bancários, uma jovem, de traços orientais, permanecia 
calada e, aparentemente, atenta aos movimentos de todos, como se a 
qualquer momento, alguém pudesse passar à sua frente. 
b) Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos 
japoneses no Brasil estava longe de representar um desastre. No entanto, 
bastou olhar para a neta do sol nascente e, logo, perceber que ela se 
transportara para outras esferas, alheia à fila e a tudo o mais que a 
rodeava. 
c) Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em tom suspiroso, 
explicando que, no começo dos anos de 1930, grande parte da família 
decidira emigrar para a Califórnia, mas seu avô meio aventureiro, optara 
infelizmente, pelo Brasil. 
d) Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando, que os imigrantes 
japoneses localizados na costa do Pacífico, tinham atravessado momentos 
adversos, especialmente, no curso da Segunda Guerra Mundial, quando 
muitos deles foram transferidos para campos de confinamento no meio-
oeste americano. 
e) De repente, sua voz se ergueu enigmática: “A culpa de tudo isso é do meu 
avô.” Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela 
cabeça, foi a de um avô conservador, aconselhando a neta a poupar, em 
vez de gastar, apoiado em uma versão japonesa da fábula da cigarra e da 
formiga. 
 
Gabarito prova 1 
 01 02 03 04 05 
 B C D E C 
 
 06 07 08 09 10 
 C A A X E 
 
 11 12 13 14 15 
 B D A D A 
 
Gabarito prova 2 
 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
 B D C E D E D A A B 
 
 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
 B E X E A C D C E B

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