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Aula 05 Interpretação de Textos

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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - ESAFE 
 
Módulo 05 
 
Prof. Odiombar Rodrigues 
 
I - Apresentação 
 
No módulo cinco demos uma atenção especial às questões de semântica, pois em 
muitos cursos elas não são abordadas, principalmente por serem consideradas 
conhecimento de domínio fácil. Realmente, durante toda vida escolar, os estudantes 
estão às voltas com este assunto, porém, na maioria das vezes, apenas através de 
exercícios ou conceitos pouco explanados. 
 
Aqui, propomos um estudo mais sistematizado, com um recorte teórico que 
atende às exigências das provas, sem nos determos excessivamente em discussões que, 
muitas vezes, a semântica proporciona. Nosso objetivo é firmar conceitos através da 
prática e fornecer elementos para que o concurseiro possa dar prosseguimento aos seus 
estudos por conta própria. 
 
Iniciamos o nosso módulo com uma discussão sobre os conceitos básicos da 
semântica e sua aplicação às provas de concursos públicos. Na secção seguinte é a vez 
de revisarmos os conceitos de “campo semântico” e “campo lexical”, para logo em 
seguida abordarmos a denotação e a conotação. Para finalizarmos fazemos uma revisão 
dos principais termos pertencentes ao estudo da significação das palavras. 
 
Os conteúdos abordados neste módulo, nem sempre, aparecem de forma direta 
nos enunciados das questões, mas são conhecimentos fundamentais para responder, com 
segurança, perguntas que, num primeiro momento, parecem ser muito fáceis, mas que, 
depois da prova, o candidato percebe que errou “por uma bobagem”. Esta famosa 
“bobagem” é, na verdade, o esquecimento de algum detalhe importante sobre o sentido 
de uma frase ou de uma simples palavra. Num concurso, uma “simples letrinha” pode 
ser a diferença entre nossa aprovação / reprovação ou na aprovação entre a classificação 
/ desclassificação. 
 
Vamos à leitura de nosso texto desta semana, dedicando-nos com afinco aos 
exercícios. Bom estudo! 
 
 
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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
Aspectos semânticos do texto 
 
A semântica estuda o significado e a interpretação do texto, da frase ou da 
palavra. Este estudo não se refere apenas aos elementos linguísticos, mas abrange 
também o contexto e o receptor. Assim, são interesses da semântica todas as relações 
que ocorrem entre texto, contexto e receptor em termos de compreensão, alteração ou 
supressão de sentido. Também são de interesse da semântica as mudanças de 
significado, decorrentes de fatores geográficos ou temporais, bem como os significados 
que não estão explícitos no texto, mas que são possíveis de captar, que é o caso da 
significação implícita. Este assunto já estudamos quando abordamos a inferência, mas 
apenas para lembrar, acrescentamos exemplos: 
 
� Fiz auto-escola, mas dirijo mal. A frase nos transmite o significado de 
que “apesar” de fazer curso de direção, dirijo mal, ou seja, posso inferir 
que a escola não ensinou o suficiente ou que eu tenho dificuldade para 
aprender a dirigir. Como já vimos, questões deste tipo são frequentes em 
concursos públicos. 
� João está com ótima saúde depois que deixou de fumar. No texto eu 
tenho as informações de que João está bem de saúde e que não fuma, 
mas o implícito do texto me revela que João era fumante a ponto de ter a 
saúde prejudicada. 
 
O estudo do texto, como um todo, já abordamos quando falamos em 
intencionalidade, idéia central e outros termos que têm como objeto o texto. O contexto 
foi estudado no momento em que trabalhamos com a intertextualidade e o processo de 
enunciação. Vamos, agora, situar os aspectos referentes ao nível linguístico da 
semântica através de alguns exemplos para tornar mais claro o conceito. 
 
a) Elementos linguísticos como advérbios, vozes verbais, tempos e modos 
verbais são determinantes de novos sentidos para a frase. 
 
� Assinale a alternativa que pode dar continuidade ao enunciado.... ou 
Assinale a alternativa que não pode dar continuidade ao enunciado 
 
.... Quantos concurseiros já se deram mal, por não prestar atenção 
especial ao “mísero” não que estava na frase? Entre a afirmativa e a 
negativa não há meio termo, perde toda a questão! 
 
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� Os deputados devem ter mais cuidado com as passagens aéreas...Os 
deputados deveriam ter mais cuidados com as passagens aéreas.. As 
duas frases apresentam mudança verbal que altera a frase da idéia de 
dever para um sentido de repreensão. “Devem” como sendo algo 
genérico que corresponde ao dever enquanto que “deveriam” traz 
uma conotação de reprimenda, pela falta de cumprimento da 
obrigação de ter cuidado. 
 
� Ouve o canto gauchesco e brasileiro / Desta terra que eu amei desde 
guri / Flor de tuna, camoatim de mel campeiro / Pedra moura das 
quebradas do Inhanduy. Acredito que algum aluno possa ter 
dificuldade para compreender estes versos da música Canto 
Alegretense (Antônio Augusto Fagundes e Bagre Fagundes), pois 
pode não estar familiarizado com o vocabulário regional do Sul. 
(Obs: só vou dar o significado das palavras para quem me perguntar 
por e-mail!!!!!!!!!!!!!! Maldade pura.......... 
 
Visto o conceito de semântica e dados alguns exemplos, vamos passar para o 
estudo dos elementos da linguagem. O conceito de linguagem aponta para um campo 
mais amplo do que língua, pois à linguagem interessa todos os recursos usados pelo 
falante para expressar seus pensamentos, idéias, opiniões ou sentimentos. Assim, o 
recurso pode ser linguístico (verbal) ou qualquer outro que possibilite a comunicação. 
Uma imagem ou um sinal são elementos de linguagem, mas não são verbais. 
 
 a) O primeiro elemento nos passa a informação através das 
 
 palavras “área em manutenção”. É o uso da linguagem verbal. 
 
b) O segundo caso lança mão da figura da corneta atravessada por 
 a) b) 
 
 uma tarja, significando “proibido buzinar”. 
 
 
Dentro deste mesmo campo de estudos devemos enquadrar, também, os 
elementos gráficos que podem acompanhar o texto e que lhe acrescentam alguma 
informação como: travessão, destaques (sublinhado, negrito ou itálico), tipo de letra ou 
mesmo o espaço em branco. 
 
Há muitos fatores que podem alterar a significação do texto, como o nível, a 
função e o padrão da linguagem. Não cabe em nosso propósito o estudo detalhado de 
 
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cada um destes elementos, mas são de nosso interesse as relações que se estabelecem 
entre eles e a significação do texto. 
 
Para compreensão do nível de linguagem é importante distinguir a língua falada 
da escrita, pois cada uma tem seus próprios modos de expressão. A falada tem maior 
liberdade vocabular e uma organização sintática bem mais tolerante, no caso da língua 
escrita as normas são mais rígidas. A passagem da oralidade para a escrita é um 
processo bastante complexo, pois, na linguagem oral dispomos de recursos como 
gestos, tonalidade da voz e outros que a língua escrita não comporta. Vejamos um 
exemplo de registro de linguagem oral e sua transposição para a escrita. 
 
� Do jirimum tinha ela / o oroma, o chero e a co! / tinha uns óio piquinino 
/ de guanumby, que seu moço / cunhece pru beja-frô. (Catulo da Paixão 
Cearense – Poemas escolhidos, p. 145). Neste texto já temos uma 
transcrição da linguagem falada para a escrita, o registro foi feito de 
forma a acomodar a escrita à fonética. Outro fator importante a 
considerar é que o texto está escrito em verso e ao transportá-lo para a 
prosa, devemos fazer, também, algumas adaptações de ordem sintática. 
Vejamos uma possível versão: Ela tinha o aroma, o cheiro e a cor do 
jerimum e olhospequenos de colibri (beija-flor). Não há dúvida de que 
entre o texto original e a versão, perdemos muitas nuanças, 
principalmente a musicalidade. 
 
Abordar o nível de linguagem implica estudar variantes que dependem de fatores 
regionais, culturais, profissionais e mesmo pessoais. Já examinamos os fatores 
regionais, os fatores culturais são muito evidentes entre um texto escrito por uma pessoa 
de escolaridade de nível fundamental e um texto escrito por alguém de nível 
universitário (ou pelo menos deveria haver esta diferença!). A linguagem no nível 
profissional constitui um modo conhecido como jargão. Podemos distinguir a 
linguagem dos médicos, advogados e outros profissionais da linguagem das pessoas que 
não exercem a mesma profissão. 
 
No nível pessoal, a linguagem sofre influência de fatores como sexo e idade. A 
fala masculina se distancia da feminina tanto na seleção vocabular, como na 
organização sintática, assim como a fala do jovem em relação ao velho. 
 
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Estão mais para o lado feminino da fala expressões como: “maravilhoso”, 
“querida (o), amiga(o)”, uso de diminutivos e adjetivação em geral. No vocabulário de 
pessoas de mais idade circulam termos como “bossa-nova” (no sentido de moderno), 
“carpim” (meia), e outros termos do passado. 
 
Podemos concluir este tópico, reforçando a idéia de que a linguagem do usuário 
depende, também, do grupo social ao qual pertence. Para quem lê o texto é importante 
estar atento a estas nuanças da escrita. No caso dos concurseiros, é fundamental ter em 
vista quem escreve, pois, dependendo da posição do escritor assim é a avaliação dos 
argumentos apresentados. Este aspecto os estudos de linguagem denominam 
“argumento de autoridade”. Assim, um artigo sobre saúde, escrito por um médico, tem 
credibilidade maior do que o mesmo assunto abordado por um profissional de outra 
área. Este detalhe é muito importante na hora de avaliar a coerência de certos 
argumentos. 
 
 
Campo semântico e campo lexical 
 
Todo texto se organiza em torno de um tema que é desenvolvido através de 
palavras, ordenadas e relacionadas entre si. Quando conceituamos texto, na primeira 
aula, já abordamos o fato dele ser uma “trama”. O léxico forma um campo de relações 
assim como a idéia (temas), ou seja, pudemos ver que tanto as palavras, como as idéias 
mantêm uma ligação entre si. Quando esta “ligação” ou “trama” ocorre no nível das 
palavras, denominamos de “campo lexical”, porém quando a relação ocorre através da 
significação, dissemos que é o “campo semântico”. Vejamos cada um deles: 
 
1- Campo Lexical 
 
Em primeiro lugar vamos estudar o campo lexical que pode ser abordado sob 
dois pontos de vista: 
 
a. Campo lexical por derivação - Alguns estudiosos denominam este estudo de 
“família de palavras, indicando a proximidade entre elas através da sua 
origem etimológica. Assim a palavra “pedra” pertence à mesma família de: 
pedreira, pedregulho, pedrada, pedreiro etc.. Este processo, em termos de 
gramática, denominamos “formação de palavras por derivação” 
 
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b. Campo lexical por área de conhecimento. Neste caso, o que vale é a 
proximidade de significação entre as palavras. Quando falo em “colégio” 
logo vem à mente uma “família de palavras” que mantêm relação com o 
termo “colégio”: professor, aluno, sala de aula, biblioteca, colegas etc.. Com 
facilidade eu posso incluir nesta lista outros como: “estudo e mochila”, mas 
é improvável que: “onça, mata, floresta” e outras palavras possam participar 
da família “colégio”. 
 
Isto é o que chamamos “campo lexical”, ou seja, as relações que as palavras 
estabelecem dentro do texto. Agora devemos examinar o campo das relações 
semânticas, ou seja, das relações de significado. 
 
2 – Campo semântico 
 
No campo semântico, observamos que uma palavra pode ter significações 
diversas e que a escolha de uma ou outra dependerá do contexto em que for empregada. 
Todas as palavras de um campo semântico estão unidas por um “conceito-chave”, isto é 
por uma palavra ou frase que engloba as demais. Para um campo semântico como 
“corrida de carros” podemos ter como elementos lexicais substituíveis entre si: GP, 
Grande Prêmio, Fórmula 1, Grande Prêmio de fórmula 1, Indianápolis, stock car 
etc..Dependendo do contexto, poderei escolher um ou outro elemento lexical. 
 
No campo semântico o estudo depende da seleção de palavras que fazemos. 
Manter estas relações bem apropriadas é condição para a coerência do texto. 
Exemplificar com relações coerentes é o óbvio e pouco contribui para a compreensão do 
assunto, porém os exemplos de incoerência são, além de divertidos, bastante 
convincentes. Observe alguns casos: 
 
� Na última corrida de fórmula 1, o carro do Rubinho perdeu por meio 
corpo. – Cruzamos dois campos lexicais, “corrida e automóvel” com 
“corrida de cavalos”. 
 
� Na última rodada de “stock car” a Renault foi imbatível. Veja acima que 
eu tenho uma família semântica “corrida de carros” posso substituir um 
termo pelo outro dependendo do contexto. No nosso exemplo, se a 
corrida é de “stock car” não posso incluir a Renault que é uma equipe de 
 
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fórmula 1. Se eu substituir “stock car” por “fórmula 1” a frase ganha 
coerência. 
 
Agora vamos estabelecer a relação destes conceitos com nossas provas de 
concursos. O estudo do campo lexical surge em questões que abordam a formação de 
palavras e a coerência entre vocabulário e tema desenvolvido. Por outro lado, quando a 
questão aborda a substituição de termos ou a referenciação, em geral, o nosso 
conhecimento de campo semântico é fundamental. 
 
Em provas de concursos públicos, você deve estar muito atento, pois a 
substituição de termos é uma atividade muito solicitada nas questões e você não pode 
avaliar a coerência de uma frase se não tiver uma visão clara do campo lexical e 
semântico a que pertence. 
 
 
Denotação e Conotação 
 
Na área da semântica, um assunto muito solicitado é a distinção entre denotação 
e conotação. São muitas as questões que solicitam ao candidato que avalie ou 
classifique algum termo como estando no seu sentido denotativo ou conotativo. Vamos, 
então a estes conceitos: 
 
a. Denotação – É a palavra usada no seu sentido original, aquele que o 
dicionário traz como primeiro. Vamos examinar uma palavra como 
exposição. O verbete no dicionário traz: “Exposição – s.f. 1- ato ou efeito de 
expor(-se). 2 – evento que expõe obras de arte à visitação pública. 3 – evento 
que expõe e/ou vende produtos ou serviços; feira, salão. 4 – Explanação, oral 
 
ou escrita; palestra, explanação”. 
 
O sentido 1 é o denotativo. 
 
b. Conotação – Isto ocorre quando a palavra está sendo usada num sentido 
correlato ao original. No exemplo acima, a palavra “exposição” tem o 
sentido original de “expor ou expor-se”, mas pode ser empregada de forma 
conotativa com o sentido de fazer uma explanação oral, ou seja “expor” 
alguma idéia. 
 
Alguns exemplos tirados da linguagem coloquial podem ilustrar de forma mais 
veemente o assunto. Vejamos algumas frases: 
 
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 da Língua Portuguesa, p. 564). 
 (Academia Brasileira de Letras. Dicionário escolar 
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� O meu gato pulou o muro. – (animal) O gato pulou o muro com o roubo. 
– (ladrão). 
� A máquina patrolou a rua – (aplainou com a patrola) O Grêmio patrolou 
o adversário. (não preciso explicar!). 
 
As relações conotativas é que nos permitem a construção de figuras de 
linguagem. Através das diversas formas como o sentido denotativose transforma 
 
em conotativo podemos classificar as figuras de linguagem em: 
 
metonímia, prosopopéia, catacrese e hipérbole. Rapidamente, vamos examinar cada 
uma destas figuras: 
 
a. Metáfora – A metáfora é uma forma de comparação da qual foram 
suprimidos os termos comparativos. Ex: “A menina é tão bonita 
quanto uma rosa”. (comparação) Se suprimirmos os termos “tão ... 
quanto” a frase se transforma em metáfora: “A menina é uma rosa”. 
“A vida é passageira como chuva de verão”. (comparação) – “a vida 
é chuva de verão”. Nos dois exemplos podemos perceber que há um 
termo de comparação entre os elementos da frase: Entre menina e 
rosa há beleza; entre vida e chuva de verão há a idéia de fugacidade, 
passagem rápida. É importante ressaltar que a compreensão da 
metáfora depende, em parte, da subjetividade do sujeito receptor, por 
isso é mais fácil identificá-la pela sua construção linguística. 
 
b. Metonímia – Aqui a substituição ocorre por um processo de 
contigüidade, isto é, um termo tem relação de “continuação” com o 
outro, não é semelhança, mas proximidade. Quando digo: “tomei dois 
copos de cerveja”, eu não bebo o copo mas o conteúdo que é cerveja. 
Como se percebe, copo e cerveja mantêm uma relação de 
proximidade: continente (copo) e conteúdo (cerveja). O mesmo 
ocorre quando alguém diz: “Li Erico Verissimo”. Ninguém lê o autor, 
mas a obra literária que lhe pertence. 
c. Prosopopéia – As palavras podem manter relações entre si através de 
 
seus atributos, características etc. O homem ri, chora, dança e outras 
ações que lhe são peculiares. Podemos transferir estes atributos a 
 
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 metáfora, 
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seres não humanos como animais ou, mesmo, seres inanimados. 
Desta forma quando dizemos: “As correntezas do rio cantam ....” 
produzimos uma prosopopéia. 
 
d. Catacrese – Na catacrese não há, a rigor, uma figura de linguagem, 
pois tomamos um termo “emprestado” por não haver outro para ser 
usado no contexto. Por isso a catacrese se notabiliza pelo fato de ser 
usual na linguagem coloquial. Podemos usar expressões como: “pé da 
cadeira, pé da mesa, braço do rio” e outros casos. Tente substituir os 
termos “pé” e “braço” nestes exemplos por um sinônimo. Difícil! 
Você deverá lançar mão de uma frase inteira para substituir estes 
termos. Também, as construções impróprias, devido a falta de termo 
adequado, são considerada catacrese. Vejamos: Azulejo é azul, 
embarcamos no barco, mas são usuais construções como: “Comprei 
um azulejo amarelo para a cozinha...” ou “Embarcamos no avião já 
com atraso...” 
 
e. Hipérbole – Esta é mais uma figura de linguagem. Com ela o falante 
intensifica o que está dizendo, tornando a frase enfática, atingindo um 
grau de exagero. No fundo, a hipérbole é, também, uma forma de 
comparação, pois estabelece certo vínculo entre o que se diz e uma 
medida desproporcional. Quando alguém diz que chorou muito, pode 
estar expressando uma verdade, mas quando compara as suas 
lágrimas a um rio, produz uma hipérbole: “Chorei um rio de 
lágrimas....”. 
 
Estas figuras de linguagem não são objeto de estudo detalhado, mas é importante 
que o candidato saiba os conceitos e seja capaz de reconhecê-las, pois a presença de 
uma ou outra numa frase é capaz de produzir um enunciado novo e, portanto, “não 
corresponder ao sentido original da frase” como solicitam as questões de concursos. 
 
 
Significação das palavras 
 
Já vimos acima que as palavras podem ser usadas no seu sentido denotativo ou 
conotativo, agora vamos ampliar este estudo, observadas as diferentes possibilidades 
 
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que as palavras têm de relacionarem-se na frase. Normalmente, os estudos da linguagem 
classificam estas relações como: 
 
a. Sinônimos – Ocorre quando duas ou mais palavras têm significado muito 
semelhante. Observe que não estamos falando em “igual”, “idêntico”, 
pois não há sinônimos perfeitos. Quando algumas palavras mantêm 
relação de semelhança, elas assumem posições diferentes dentro do 
contexto. Por esta razão, podemos dizer que sinônimos existem, mesmo, 
só no dicionário. Vejamos um caso: Buraco sm – 1- abertura pequena, 
 
furo, orifício, cavidade, cova ou toca. (Academia Brasileira de Letras. 
 
Dicionário escolar da Língua Portuguesa, p. 237). Na música - Funeral de um 
lavrador, do Chico Buarque - observe os dois primeiros versos: Esta 
cova em que estás com palmos medida / É a conta menor que tiraste em 
vida. Embora as palavras “cova”, “toca” e “orifício” estejam incluídas 
como sinônimos no nosso exemplo do dicionário, você não conseguirá 
substituir uma pela outra na frase... Ou seja, estas palavras são 
sinônimas, conforme o dicionário, mas no contexto não funcionam como 
tal. Em concursos públicos, são abundantes os exemplos de questões em 
que há solicitação para a troca de uma palavra e verificação se o sentido 
permanece inalterado ou não. 
b. Antônimos – Com os antônimos ocorre o contrário dos sinônimos, ou 
seja, as palavras formam pares opositivos em termos de significação. O 
uso dos antônimos é muito frequente na linguagem coloquial, 
especialmente na formação de algumas locuções como: “João anda 
escada acima e escada abaixo, procurando sua carteira...” 
c. Homônimos (perfeitos, homógrafos ou homófonos) – Os homônimos são 
os pares de palavras que têm sentido diferente, mas mantêm semelhança 
na grafia ou na pronúncia. Se eu tomar a palavra “caminho”, 
isoladamente, pode significar “eu caminho” (verbo) ou “o caminho” 
(substantivo), o contexto é que definirá. Este é considerado um par de 
homônimos perfeitos. Há, porém os casos em que o par não é bem igual, 
como em “almoço” (substantivo, com “o” fechado) e “almoço” (verbo, 
com o “o” aberto). Neste caso são chamadas de homônimas homógrafas. 
 
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Em outras circunstâncias pode ocorrer que a semelhança seja na 
pronúncia, mas não na grafia. É o caso de “serra” (acidente geográfico) e 
“cerra” (verbo cerrar). Neste caso, a grafia difere, mas a pronúncia se 
mantém igual e as palavras são conhecidas como homônimas homófonas. 
(homógrafa = mesma grafia / homófona = mesmo som). Nos estudos de 
linguagem é comum elaborar-se listas de palavras a fim de que o aluno 
faça distinções entre os pares, porém aqui dispensamos este 
procedimento. 
 
d. Parônimos – Os parônimos são termos muito parecidos quanto à grafia, 
mas com significados bem distintos. Muitas vezes os parônimos são 
formados pela oposição de apenas uma letra. Vejamos alguns casos: 
discriminar / descriminar = no primeiro caso o sentido é de “separar”, 
“apartar”, “estabelecer diferenças”; no segundo caso é “isentar de crime”. 
Outro exemplo: ratificar / retificar; o primeiro significa “confirmar”, 
enquanto que o segundo tem o significado de “alterar, mudar”. Os 
parônimos constituem, em geral, armadilhas para os desatentos, pois a 
simples troca de uma letra provoca uma alteração profunda de sentido. 
 
e. Hiperônimos – Os hiperônimos são importantes porque surgem, com 
frequência, em questões que solicitam substituição de termos. Para saber 
o conceito de hiperônimo, basta saber o conceito de “contém” e “está 
contido”, lá da matemática, ou da lógica. O hiperônimo é o termo que 
contém uma série de outros termos dentro de sua significação. Quando 
digo “calçado” posso estar referindo-me a “sapato”, “chinelo”, 
“sandália” e outros. Todos estão contidos no termo “calçado”. Quando 
substituímos um termo por outro, devemos ter o cuidado para não 
substituir um termo mais específico por um mais genérico, pois 
estaremos perdendo sentido. Dizer que alguém está de “sapato”ou 
“chinelo” tem muito mais carga significativa do que dizer que está com 
“calçado”. 
f. Hipônimos – Agora é o contrário do hiperônimo, pois os hipônimos são 
os termos que estão contidos. No exemplo anterior o conjunto de 
“sapato”, “chinelo” e “sandália” são hipônimos, pois estão contidos no 
 
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termo “calçado”. Para guardar estes dois termos basta lembrar que 
“hiper” (hiperônimo) significa maior, acima, enquanto que “hipo” 
(hipônimo) significa abaixo, dentro etc.. 
 
g. Polissemia – Há casos em que um mesmo termo (idêntico na pronúncia e 
na grafia) tem significados diferentes. O Dicionário escolar da Língua 
Portuguesa (Academia Brasileira de Letras, p. 1002) traz como exemplo de 
polissemia o caso de “manga” que tanto pode significar a fruta como a 
parte do vestuário. Esta opinião não é partilhada por outros teóricos que 
entendem que, no caso em que as palavras têm origem distinta, não 
ocorre polissemia, mas homônimos perfeitos. Deixemos de lado a 
discussão e fiquemos com o básico do conceito, ou seja, a polissemia é o 
caso de uma palavra, igual na grafia e na pronúncia, que apresenta 
significados distintos. 
 
Para concluirmos este assunto, vamos construir um quadro que possa visualizar 
os conceitos: 
 Sentido Som Escrita Exemplo 
1 - Sinônimo Semelhante Diferente Diferente Belo, bonito, lindo 
2 - Antônimo Contrário Diferente Diferente Alto / baixo 
3 - Homônimos 
� Homógrafos Diferente Diferente Igual Almoço (subst) / Almoço (ver.) 
� Homófonos Diferente Igual Diferente Paço / passo 
� Perfeitos Diferente Igual Igual Cravo (verbo) / cravo (tempero) 
� Parônimos Diferente Semelhante Semelhante Ratificar / retificar 
 
 
 
Para visualizarmos os hiperônimos e os hipônimos, utilizaremos o mesmo 
exemplo acima, dentro de uma representação gráfica. 
 
 
Calçados 
 
 
Sapatos 
Chinelos 
Sandálias 
 
 
 
 
 
 
 
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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
Este estudo das palavras é bastante conhecido dos alunos, mas na hora da 
aplicação dos termos, com frequência ocorrem confusões. Lembre-se de que o 
importante não é saber de cor os termos e seus conceitos, mas reconhecê-los nas frases. 
Agora vamos deixar esta parte teórica e vamos passar à prática. 
 
 
Questões de Concurso e Comentários 
 
 
 
Questão nº 1. 
 
Conforme as idéias do texto, assinale a opção correta. (Analista de Planejamento 
e Orçamento-APO - 2008) 
 
O industrial brasileiro entrou em 2008 otimista, prevendo um bom nível de 
atividade para o primeiro semestre, segundo a sondagem recém-divulgada pela 
Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa foi realizada em 22 Estados, 
com executivos de 1.394 empresas, entre os dias 2 e 22 de janeiro. Este último detalhe é 
especialmente importante: a expectativa dos entrevistados, aparentemente, não foi 
afetada pelo noticiário sobre a crise internacional e sobre o risco de uma recessão nos 
Estados Unidos. A grande aposta, segundo o levantamento, é no dinamismo do mercado 
interno, porque há pessimismo quanto à evolução das exportações – mas essa avaliação 
já foi encontrada na edição anterior da sondagem, no trimestre anterior. 
 
A boa disposição do empresariado foi confirmada pelos últimos números da 
Fiesp, distribuídos na quarta-feira, um dia depois de a CNI divulgar sua sondagem. No 
ano passado, o nível de atividade da indústria paulista foi 6,1% superior ao de 2006 e o 
dinamismo conservou-se até o último mês. Em dezembro, o nível de atividade ficou 7% 
acima do registrado um ano antes. (O Estado de S. Paulo, 31/01/2008) 
 
 
a) A crise internacional e o risco de recessão nos Estados Unidos afetaram a 
expectativa positiva do industrial brasileiro. 
b) Desde o trimestre anterior à sondagem, os industriais já estavam 
otimistas em relação às exportações. 
 
 
 
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c) Os números divulgados pela Fiesp estão em desacordo com a sondagem 
divulgada pela CNI. 
d) O nível de atividade da indústria paulista em 2007 não confirma o 
otimismo demonstrado pelos industriais para 2008. 
e) Os entrevistados apostam no dinamismo do mercado interno e 
desacreditam na evolução das exportações. 
 
 
Comentário da nº 1. - Gabarito: E 
 
Esta questão é de compreensão, pois as alternativas têm embasamento no 
próprio texto. A opção solicitada pela ordem da questão é a “e”, pois o texto expressa: A 
grande aposta (...) é no dinamismo do mercado interno, porque há pessimismo quanto à 
evolução das exportações. Na alternativa temos a mesma ideia: “Os entrevistados 
apostam no mercado interno (grande aposta), isto devido ao fato de que o mercado 
externo está desaquecido (desacreditam na evolução das exportações). 
 
A alternativa “a”. O texto diz o contrário, pois a expectativa não foi afetada pelo 
noticiário sobre a crise internacional e sobre o risco de uma recessão nos Estados 
Unidos. 
 
A alternativa “b” dá continuidade ao mesmo erro da letra “a”. A aposta no 
mercado interno é porque as exportações estavam em baixa (havia pessimismo e não 
otimismo). 
 
A alternativa “c”. A CNI divulgou a sua sondagem e um dia após a Fiesp 
divulga os seus números que confirmam os da CNI. Portanto, os números das duas 
entidades estão de acordo entre si e não em desacordo, como apresenta a letra “c”. 
 
A alternativa “d”. O ano de 2007 tem como referência no texto a expressão “No 
ano passado”. O ano de 2008 é de otimismo e o de 2007 já apresentava dados positivos 
de crescimento em relação a 2006. O nosso conhecimento prévio registra o grande 
insucesso da economia no ano de 2008, mas esta prova foi aplicada em junho daquele 
ano, portanto antes da crise. Ao interpretar um texto, não podemos deixar de observar o 
contexto em que ele é produzido. Este texto é de um momento de pleno 
 
 
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desenvolvimento econômico e deve ser interpretado dentro daquele quadro e não de 
acordo com o nosso conhecimento dos fatos que ocorreram depois. 
 
 
De acordo com as idéias do texto, assinale a opção correta. (Analista de 
Planejamento e Orçamento-APO - 2008) 
 
O rápido crescimento da economia mundial nos últimos anos gerou milhões de 
empregos, mas nem assim foi possível evitar o aumento do número de desempregados, 
porque a quantidade de vagas abertas não foi suficiente para abrigar todos os que 
chegaram ao mercado de trabalho no período. O que acontecerá ao longo de 2008, 
quando o desempenho econômico em todo o mundo deve ser pior do que o dos anos 
anteriores, ainda que não aconteça a recessão nos Estados Unidos? O resultado, de 
acordo com pesquisa que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de 
divulgar, pode ser o acréscimo de 5 milhões de pessoas ao contingente de 
desempregados em todo o mundo. 
 
O informe anual da OIT Tendências Mundiais do Emprego faz uma avaliação 
prudente do quadro econômico atual. Mesmo o aumento do número de desempregados 
que projeta para este ano não chega a ser estatisticamente relevante. No ano passado, 
cerca de 3 bilhões de pessoas estavam empregadas em todo o mundo. Os 
desempregados, de acordo com a OIT, representavam 6% da força de trabalho total. Se 
em 2008 o número de desempregados aumentar em 5 milhões, o índice subirá para 
6,1%, variação muito pequena. 
 
Mas a questão não é meramente estatística. O desemprego já atinge quase 200 
milhões de pessoas e suas famílias. Além disso, a falta de emprego não é o único 
problema que afeta os trabalhadores e suas famílias no mundo inteiro. Boa parte dos que 
integram o grupo dos empregados vive em situação muito difícil. (O Estado de S. Paulo,29/01/2008) 
 
Questão nº 2. 
 
a) O problema do desemprego foi resolvido pelo rápido crescimento da 
economia mundial nos últimos anos. 
 
 
 
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b) Se houver um acréscimo de 5 milhões de desempregados, o índice 
mundial de desemprego ficará em torno de 6,1% da força de trabalho 
total. 
c) A Organização Internacional do Trabalho prevê que o contingente de 
desempregados no mundo chegue a 5 milhões de pessoas. 
d) A situação dos trabalhadores empregados é em geral muito satisfatória. 
 
e) A quantidade de vagas abertas foi suficiente para abrigar todos os que 
chegavam ao mercado de trabalho. 
 
 
Comentário da nº 2. - Gabarito: B 
 
Esta é mais uma questão de compreensão de texto. Como se observa, as provas 
da Esaf são repletas de interpretação. Isto é bom, pois basta uma leitura atenta para 
responder às questões. Como vimos no módulo 01, a compreensão é uma atividade 
menos complexa que a interpretação. 
 
A letra “b” praticamente reproduz o texto, apenas com inversão dos elementos 
da frase. No texto: Se em 2008 o número de desempregados aumentar em 5 milhões, o 
índice subirá para 6,1%. Na alternativa: “Se houver um acréscimo de 5 milhões de 
desempregados” o índice subirá para 6,1%. Agora vejamos as erradas. 
 
Alternativa “a”. O desemprego continua aumentando, portanto, ao contrário do 
que diz esta alternativa, não foi resolvido o problema da falta de vagas de trabalho. O 
crescimento da economia gerou milhões de empregos, mas nem assim foi possível evitar 
o aumento no número de desempregados. 
 
Alternativa “c”. A previsão é de “aumentar em 5 milhões” e não chegar à 5 
milhões. O texto é explícito: (...) acréscimo de 5 milhões de pessoas ao contingente de 
desempregados em todo o mundo. 
 
Alternativa “d”. A última frase do texto mostra o contrário: Boa parte dos que 
integram o grupo dos empregados vive em situação muito difícil. Isto é o contrário de: 
“situação (...) muito satisfatória”. 
 
 
 
 
 
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Alternativa “e”. O desemprego em 2008 deverá ser pior do que nos anos 
anteriores, ficando mais de 5 milhões sem emprego, portanto, é errado afirmar que “a 
quantidade de vagas abertas foi suficiente para abrigar todos” os trabalhadores. 
 
 
Questão nº 3. 
 
Em relação ao texto abaixo, assinale a opção incorreta. (Analista de 
Planejamento e Orçamento-APO - 2008) 
 
 
1 As grandes empresas estatais chinesas estão em plena temporada de compras no 
 
2 mercado internacional. O acúmulo de quase US$ 1,5 trilhão em reservas na China não 
 
3 apenas mudou o jogo do financeiro internacional, com mudanças de paradigma — 
 
4 dinheiro chinês financiando o déficit americano — como tem potencial para alterar o 
 
5 mapa das fusões e aquisições mundiais e também a configuração de forças em vastos 
 
6 setores da economia. O foco da mais recente investida dos chineses é emblemático: 
 
7 mineração. 
 
8 A rápida, coordenada, cautelosa e surpreendente compra de 9% do capital da 
 
9 anglo-australiana Rio Tinto, a terceira maior mineradora do mundo, mostra uma 
 
10 mudança de qualidade no planejamento da investida no exterior das estatais chinesas. 
 
11 Até a pouco tempo atrás, havia sérias dúvidas sobre a capacidade de arregimentação 
 
12 dessas empresas pelo governo chinês. A imagem predominante era a de que elas 
 
13 realizavam incursões esporádicas e oportunistas em vários mercados, sem objetivos 
 
14 comuns. A compra de parte do capital acionário da Rio Tinto, entretanto, passa a 
 
15 mostrar um alinhamento entre os interesses do Estado e os das estatais enquanto 
16 empresas, para assegurar o suprimento de commodities que sustente a rápida expansão 
17 econômica. Elas entraram em uma disputa de mercado para evitar que eventual 
18 monopolização de alguns setores, como o das commodities metálicas, traga uma 
19 indesejável elevação de preços. (Valor Econômico, 8/02/2008) 
 
 
 
a) Os travessões das linhas 3 e 4 podem, sem prejuízo para a correção 
gramatical do período, ser substituídos por parênteses. 
 
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b) O termo “entretanto” (linha 14) pode, sem prejuízo para a informação 
original do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: 
porém, contudo, todavia, conquanto, porquanto. 
c) O segmento “a terceira maior mineradora do mundo” (linha 9) está entre 
vírgulas porque é um aposto. 
d) A expressão “incursões esporádicas” (linha 13) está sendo empregada 
com o sentido de entradas eventuais, penetrações casuais. 
e) O emprego de vírgulas após “rápida” e “coordenada” (linha 8) tem a 
mesma justificativa gramatical. 
 
 
Comentário da nº 3. - Gabarito: B 
 
Atenção! A ordem da questão solicita a questão incorreta. Quando isto acontece, 
há necessidade de muita atenção, pois, com facilidade, confundimo-nos ao encontrar as 
alternativas que são coerentes com o texto. O que se busca é a opção que não é 
verdadeira em relação ao texto. 
 
A alternativa “b” propõe a substituição da conjunção “entretanto” por uma série 
de outras que não têm a mesma função. A conjunção “entretanto” é adversativa tanto 
quanto “porém, contudo, todavia”. As conjunções “conquanto e porquanto” são 
explicativas. O uso destas duas últimas no lugar de “entretanto” alteraria o texto. Como 
esta substituição não é possível a afirmativa “b” é errada e, portanto, está de acordo com 
a solicitação da ordem da questão. 
 
A alternativa “a” sugere a troca de travessão por parentes, desde que a frase seja 
uma informação adicional, uma explicação ou uma exemplificação não há 
inconveniente de proceder a troca. 
 
A alternativa “c” é verdadeira, pois a expressão “a terceira mineradora do 
mundo” é um aposto que se refere à empresa Rio Tinto. A alternativa “d” aborda 
sinônimo. “Esporádicas” tem sentido de “eventuais” ou “casuais”. Por este motivo a 
alternativa é verdadeira e não pode ser aceita como resposta porque a questão solicita 
uma alternativa errada em relação ao texto. 
 
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A alternativa “e” aborda uso da vírgula. Neste caso, a vírgula isola os adjetivos 
que qualificam o substantivo “compra”. “A rápida, coordenada, cautelosa e 
surpreendente compra (...). Todos são elementos de mesma função sintática: adjunto 
adnominal. 
 
 
 
Questão nº 4. 
 
Em relação ao texto, assinale a opção incorreta. 
 
1 O objetivo da Embratur é atrair mais turistas estrangeiros. Em média, segundo a 
 
2 empresa, eles permaneceram no Brasil 18 dias em cada viagem, em 2007, dois dias mais 
 
3 do que em 2006. A média geral de gastos diários, por turista, foi de US$ 91,74, mas os 
 
4 europeus gastaram bem mais que isso. Segundo a presidente da Embratur, aumentou em 
 
5 22% o número de viagens dos turistas espanhóis ao País. 
 
6 Para atrair mais turistas, é preciso oferecer não apenas mais vôos e mais hotéis, o 
 
7 que já vem ocorrendo, mas também serviços de qualidade, funcionários bilíngues, 
 
8 segurança reforçada nas proximidades de hotéis, aeroportos e infraestrutura. O empenho 
 
9 justifica-se pelo aumento do emprego propiciado pelo turismo e da renda gerada para os 
 
10 mais diversos segmentos – shopping centers, restaurantes, cinemas, táxis, transporte 
 
11 especializado, farmácias. (O Estado de S. Paulo, 6/02/2008) 
 
 
 
a) A palavra “empresa” (linha 2) é termo de coesão lexical que retoma o 
antecedente “Embratur” (linha 1). 
b) Em “justifica-se” (linha9), o “-se” indica sujeito indeterminado. 
 
c) O termo “isso” (linha 4) constitui elemento coesivo, pois retoma o 
antecedente “US$ 91,74”. 
d) O emprego de vírgulas após “qualidade” (linha 7) e “bilíngües” (linha 7) 
isola elementos de mesma função gramatical componentes de uma 
enumeração. 
e) O pronome “eles” (linha 2) constitui uma anáfora, pois se refere ao 
antecedente “turistas estrangeiros” (linha 1). 
 
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Comentário da nº 4. - Gabarito: B 
 
Novamente outra questão que solicita a alternativa incorreta! Cuidado! 
 
Na alternativa “b” o “se” em “justifica-se” é classificado como sujeito 
indeterminado. Na realidade a frase é uma voz passiva sintética: O empenho é 
justificado pelo aumento do emprego (...), portanto o “se”, neste caso, é pronome 
apassivador. Por ser errada, esta é a alternativa solicitada pela questão. 
 
A alternativa “a”. Nestes casos de substituição, o melhor modo de conferir é 
efetuar a substituição para conferir o acerto ou não: O objetivo da Embratur é atrair 
mais turistas estrangeiros. Em média, segundo a Embratur (a empresa) (...), portanto, a 
palavra “empresa é realmente elemento de coesão lexical, pois retoma o antecedente 
“Embratur”. 
 
Alternativa “c”. Novamente uma alternativa que solicita substituição, o 
procedimento é o mesmo: A média geral de gastos diários (...) foi de US$ 91,74, mas os 
europeus gastam bem mais que US$ 91,74 (isso). portanto, “isso” é um elemento 
coesivo que retoma o antecedente. 
 
Alternativa “d”. Realmente as expressões (serviços de qualidade e funcionários 
bilíngües) são parte de uma enumeração que segue com “segurança reforçada”, 
“aeroportos” e “infraestrutura”. Isto justifica a vírgula nestas posições. 
 
Alternativa “e”. A anáfora consiste na retomada de um termo que antecede (que 
está antes na frase). A expressão “turistas estrangeiros” (linha 1) é retomada por “eles” 
na linha 2. Esta alternativa é igual a outras que fazem substituições, apenas se diferencia 
por usar o termo técnico “anáfora”. Quando o termo substituto antecede o substituído o 
termo utilizado é “catáfora”: Para mim, só isto importa - vitória. O pronome “isto” está 
no lugar de “vitória” e a antecede. 
 
 
 
Questão nº 5. 
 
 
 
 
 
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Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o trecho do 
texto retirado do Jornal do Brasil, 28/01/2008. (Analista de Planejamento e Orçamento-
APO - 2008) 
 
 
 
O Brasil tem na China um de seus maiores e mais estratégicos parceiros 
comerciais no planeta. Não por acaso, ambas as nações se alinham entre os quatro 
países emergentes abrigados sob a sigla Bric (os outros são a Rússia e a Índia). As 
compras e vendas de ambos os lados saltaram de US$ 1,54 bilhão em 1999 para mais de 
US$ 23 bilhões no ano passado. 
 
a) Os brasileiros exportam minério de ferro e soja aos bilhões. Vendem 
também aviões fabricados pela Embraer, café, torneiras elétricas, 
cachaça, calçados, algodão. Importam máquinas industriais. Também 
adquirem toalhas e brinquedos produzidos por chineses, e negociados 
aqui com a etiqueta de marcas brasileiras. 
b) E os encargos sociais que elevam até o dobro o custo de cada funcionário 
brasileiro. Está certo que deixou de citar o fato de os empregados 
chineses arcarem com uma carga horária humilhante e terem pouco ou 
nenhum direito trabalhista. 
c) O fato, contudo, é que os quase 60 tributos — entre taxas, impostos e 
contribuições — cobrados no Brasil desestimulam o investimento. E não 
é de hoje que o país cobra a modernização das leis do trabalho. 
d) Ao responder por que é mais barato fabricar na China e comercializar 
aqui (tática já adotada por empresas brasileiras e centenas de outras no 
mundo) cita, em primeiro lugar, a carga tributária — a brasileira 
corresponde a 36% do Produto Interno Bruto; a chinesa, a 17,5%. 
e) As reformas tributária e trabalhista estão na pauta brasileira há anos. A 
primeira, volta à agenda política este ano, no embalo do fim da 
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira e da urgência 
de o governo abrir uma frente para recriar a CPMF via Congresso. 
 
 
 
 
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Comentário da nº 5. - Gabarito: A 
 
A solicitação é encontrar uma alternativa que complete o texto do enunciado. 
 
Nesses casos é importante prestar muita atenção tanto no enunciado, como nas 
alternativas, verificando tanto a coerência entre as frases como os elementos de conexão 
do texto. 
O texto tem como foco o comércio entre Brasil e China, apresentando o volume 
de negócios entre ambos. O parágrafo da alternativa “a” enumera os artigos que são 
comercializados, portanto, é uma possibilidade de continuação do texto. É a letra 
solicitada pela questão. Vamos ao exame das outras alternativas. 
 
Alternativa “b”. Esta fala sobre os encargos sociais no Brasil e comenta as 
relações de trabalho na China. Este assunto não foi anunciado no parágrafo inicial. O 
foco é o comércio e não as relações trabalhistas. Observe-se também que esta opção 
inicia com uma conjunção aditiva “e”, portanto, deveria estar somando elementos de 
mesma natureza. 
Na alternativa “c” aparece a expressão “o fato” e não traz nenhum antecedente 
que explique tal fato. Pela continuidade, pode-se observar que o assunto é o fato dos 
altos tributos desestimularem os investimentos. O assunto inicial é comércio externo e 
não desenvolvimento da indústria doméstica. 
Alternativa “d”. Retoma o assunto da carga tributária que já evidenciamos como 
incoerente para a continuidade do texto. Novamente, o assunto das reformas tributária e 
trabalhista assunto o centro do assunto na alternativa “e”, portanto não pode ser a 
escolhida, pois não dá continuidade ao assunto proposto que é o comércio bilateral 
Brasil-China. 
 
 
Questão nº 6. 
 
Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o trecho 
retirado do Correio Braziliense, 6/02/2008. (Analista de Planejamento e Orçamento-
APO - 2008) 
 
Com 2 milhões de quilômetros quadrados, o cerrado é insurgência fitogeográfica 
do tipo savana de incalculável biodiversidade vegetal e animal estendida sobre nove 
 
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estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul, Bahia, Maranhão e Piauí. Há tempos se encontra ameaçado pelo avanço 
de monoculturas (soja a mais visível), pecuária extensiva, desmatamento, queimadas, 
carvoaria e outras formas de predação. 
 
Agora, relatório do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da 
Diversidade Biológica Brasileira (Probio) revela dado alarmante sobre a depredação no 
espaço geográfico do Distrito Federal. 
 
 
a) Assim mesmo porque as atividades agressivas ainda não avançaram 
sobre terrenos mais acidentados (morros) e as últimas áreas de 
preservação. 
 
b) Nesse período de tempo, as causas que levam à destruição da paisagem 
típica, a explosão demográfica figura como a principal. De fato, previsto 
para acolher contingente estimado em 500 mil pessoas, o DF conta hoje 
com 2,4 milhões de moradores. 
c) Põem em risco o regime de chuvas, a normalidade das variações de 
temperatura e o abastecimento de água. 
d) Nada menos de 362 mil hectares da cobertura floral da área já foram 
removidos. Em outros termos: apenas 37% da vegetação original 
permanecem intocados. 
e) Entre essas conseqüências da violência ao sensível equilíbrio ecológico 
nos tratos de transição entre a mata e o campo — função do cerrado —, a 
impermeabilização dos solose o desaparecimento de insurgências 
hídricas são as mais funestas. 
 
 
 
Comentário da nº 6. - Gabarito: D 
 
Outra questão que solicita continuidade para um texto. Nesta questão, porém, 
temos um elemento novo. O parágrafo inicial (o da ordem da questão) nos dá uma pista 
de quem deve ser selecionada como alternativa correta. 
 
 
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Na última frase do texto temos: Agora (...) revela dado alarmante sobre a 
depredação no espaço geográfico do Distrito Federal. Examinando as alternativas, 
percebemos facilmente que o dado alarmante é “362 mil hectares (...) já foram 
removidos. (....) apenas 37% da vegetação original permanecem intocados”. Podemos 
eleger a alternativa “d” como a solicitada pela questão. 
 
A alternativa “a” exigiria um antecedente, pois inicia por “assim mesmo” que 
subtende algo enunciado antes. Na alternativa “b” o foco muda para a questão urbana, 
apontando a concentração de pessoas (2,4 milhões) como causa do desequilíbrio 
ambiental. O texto fala nos fatores advindos da atividade agrícola. 
 
Alternativa “c”. Esta alternativa não traz explícito o sujeito para “põem em 
risco”, nem é possível encontrar no texto do enunciado um elemento que possa ser 
considerado como sujeito desta frase. É uma alternativa bem incoerente com o texto 
original. 
 
A alternativa “e” fala em “entre essas consequências...”, também não temos 
elementos referenciais para “essas consequências”. Não há possibilidade de dar 
continuidade ao texto do enunciado. 
 
 
Questão nº 7. 
 
Assinale o trecho que constitui uma síntese adequada ao texto. (Analista de 
Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
A tradição dominante em nossa historiografia conduziu os melhores espíritos a 
uma espécie de “história oficial” singularmente desprendida de intenções interpretativas 
e, em particular, muito sujeita a converter os atos declarados e as aspirações ideais 
conscientes dos agentes históricos em realidade histórica última, tão irredutível quão 
verdadeira em si mesma. A reação a esse padrão deficiente e deformado de descrição 
histórica é recente e ainda não conseguiu criar uma perspectiva de interpretação 
histórica livre de etnocentrismos, criticamente objetiva e aberta a certas categorias 
analíticas fundamentais. Por isso, aí reina uma confusão conceitual e metodológica 
prejudicial a qualquer tentativa de investigação macrossociológica. (Florestan 
 
 
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Fernandes, A revolução burguesa no Brasil, in Intérpretes do Brasil, vol. 3, Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, p. 1.509) 
 
 
a) Os melhores espíritos, sem intenções interpretativas, convertem as 
aspirações ideais em realidade histórica irredutível. A reação à descrição 
histórica não conseguiu livrar-se dos etnocentrismos nem do prejuízo a 
qualquer investigação macrossociológica. 
b) A tradição em nossa historiografia preferiu adotar a “história oficial” 
como realidade histórica. A reação a essa descrição equivocada é recente 
e ainda não conseguiu criar uma perspectiva mais objetiva, livre de 
etnocentrismos e teoricamente aberta. Por isso, predomina aí confusão 
conceitual e metodológica que prejudica a investigação 
macrossociológica. 
 
c) A historiografia tradicional conduziu as descrições históricas a uma 
verdade irredutível. Esse padrão deficiente e deformado é recente e ainda 
não mudou a perspectiva das categorias analíticas. Assim, a confusão 
conceitual e metodológica tenta uma investigação macrossociológica. 
d) A tradição historiográfica desprendeu-se de intenções interpretativas e 
converteu os agentes históricos em verdade irredutível. A reação é 
recente e ainda não se livrou do etnocentrismo e criou uma perspectiva 
mais aberta. O predomínio da conceituação na metodologia atrapalha a 
investigação macrossociológica. 
e) Há uma “história oficial” desprendida de intenções interpretativas, 
sujeita a converter os agentes históricos em realidade histórica última. A 
reação é recente, mais objetiva, aberta a certas categorias analíticas. 
Essas conceituações metodológicas predominam e tentam uma 
investigação macrossocilógica. 
 
 
Comentário da nº 7. - Gabarito: B 
 
 
 
 
 
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Esta questão fala em síntese, portanto, a alternativa escolhida deve conter todos 
os elementos do texto e estar de acordo com a idéia central. Uma maneira fácil de 
encontrar o resumo mais adequado é verificar os elementos essenciais na frase, 
iluminando os elementos modalizadores do texto. Vamos verificar a alternativa “b” que 
é apontada como a correta. 
 
Observando o texto da questão, podemos perceber que após “história oficial” no 
primeiro período, seguem uma série de elementos dispensáveis num resumo. Logo esta 
alternativa passa para a segunda frase: A reação... que fala sobre a atualidade da reação 
e não livrou-se do etnocentrismo. A última frase inicia por Por isso (...) tal qual o texto 
da questão. Como se pode observar, há uma simetria perfeita entre cada período do 
texto e da alternativa “b”. É a síntese que a ordem da questão requer. 
 
A alternativa “a” inverte o sentido do texto ao dizer que “Os melhores espíritos, 
sem intenções interpretativas” quando na verdade a “história oficial” é que não tem 
intenções interpretativas. 
 
A alternativa “c” comete uma série de incorreções como atribuir à historiografia 
tradicional a descrição histórica e a verdade irredutível. Esta alternativa conclui com 
outra incoerência ao dizer que a confusão conceitual e metodológica é que tenta uma 
interpretação macrossociológica. 
 
A alternativa “d” declara que a tradição historiográfica converteu os agentes em 
verdades irredutíveis. Este é um enunciado que não faz sentido. Por fim a alternativa 
“e” também peca pelas mesmas razões das anteriores, inverte o sentido do texto 
 
 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 8 e 9. 
 
1 O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na 
 
2 história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias 
 
3 da comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças 
 
4 paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral, as 
 
5 críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e seus 
 
6 aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado no 
 
 
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7 século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seus 
 
8 pilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na linearidade 
 
9 histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostos novos valores, 
 
10 menos fechados e categorizantes. (http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro 
 
11 de 2005, com adaptações) 
 
 
 
Questão nº 8. 
 
Julgue os seguintes itens quanto à organização dos argumentos do texto: 
(Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
I. O primeiro período sintático do texto constitui uma idéia-síntese, 
desenvolvida por argumentos expressos nos períodos seguintes. 
II. Conceitos atuais sobre o homem e seus aspectos advêm do período histórico 
em que surgiu a modernidade – mas são passíveis de crítica. 
III. Algumas das crenças que constituem características da modernidade 
tornaram-se valores ultrapassados no novo paradigma contemporâneo. 
IV. O período sintático que finaliza o texto refere-se diretamente ao período 
sintático que expressa as mudançasna tecnologia; e semanticamente às 
idéias que iniciam o texto. 
V. Pelas características de vocabulário e pelas relações generalizantes de 
sentido que estabelece no texto, o terceiro período sintático, iniciado por 
“De modo geral” (linha 4), poderia ser deslocado para o início do texto, 
sem prejudicar o desenvolvimento da argumentação. 
 
 
 
Estão corretos apenas 
 
a) I e IV c) I, III e V e) I, II e IV 
 
b) II, III e V d) II e IV 
 
 
 
 
 
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Comentário da nº 8. - Gabarito: E 
 
A argumentação do texto é o assunto desta questão, ela verifica a capacidade do 
aluno para perceber as relações lógicas entre as partes do texto e a adequação entre 
argumentos, tese e conclusão. 
 
O primeiro parágrafo contém a tese do texto (ideia-síntese): “No final do século 
XX houve mudanças no pensamento e na técnica”. A sequência do texto se dá pelos 
argumentos que confirmam a tese. A afirmativa I é verdadeira. 
 
A afirmativa II, também é correta. A dificuldade que ela apresenta é exigir um 
conhecimento prévio: a relação entre o período e o século XV e XVIII e a modernidade, 
pois a afirmativa está apoiada na seguinte frase do texto: De modo geral, as críticas 
apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e seus aspectos, 
constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado no século XVIII 
 
(modernidade). 
 
A afirmativa III reduz o alcance da crítica. O texto fala que a modernidade é 
objeto de crítica pelos seus “pilares fundamentais” e não “algumas crenças”, como 
aparece nesta alternativa. A afirmativa IV é o núcleo da própria argumentação. Ao 
encerrar o texto com a frase: Para substituir esses dogmas, são propostos novos 
valores, menos fechados e categorizantes, o autor resume os argumentos contra os 
dogmas (esses dogmas) e retoma a tese das mudanças ao falar em “novos valores. Esta 
afirmativa quatro é correta, também. 
 
O período iniciado em “De modo geral” situa as críticas num período de tempo. 
Ao deslocar para o início, o texto ficaria sem referentes para “raízes da crítica”. A 
própria tese do texto ficaria em posição secundária, ou seja, o argumento estaria antes 
da tese. Por esta razão a afirmativa V é falsa. 
 
Agora sabemos que são verdadeiras as afirmativas I, II e IV, portanto, a letra “e” 
é que contempla esta sequência. 
 
 
Questão nº 9. 
 
 
 
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Assinale a opção que, de acordo com o padrão culto da língua portuguesa, 
apresenta afirmação incorreta. (Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
a) A retirada da preposição a antes de “um processo” (linha 1) preservaria a 
correção gramatical da oração, mas alteraria o sentido do verbo assistir 
e, conseqüentemente, prejudicaria a coerência textual. 
 
b) A retirada da vírgula depois de “genética” (linha 3) manteria preservada 
a correta pontuação, pois a enumeração, apesar de longa, dispensa a 
vírgula depois do último termo. 
 
c) A supressão do pronome “se” (linha 4) alteraria as relações sintáticas da 
oração, mas preservaria a coerência textual, pois a estrutura da oração 
admite aí omissão do sujeito. 
d) O desenvolvimento das idéias do texto permitiria mudar o tempo verbal 
de “surgira” (linha 7) para surgiu, alterando as relações temporais do 
texto, mas preservando sua coerência. 
e) A retirada da preposição empregada na expressão “na linearidade 
histórica” (linhas 8 e 9) retiraria essa expressão da dependência com 
“crença”(linha 8), mas preservaria a correção gramatical e a coerência do 
texto. 
 
 
Comentário da nº 9. - Gabarito: B 
 
A vírgula após a palavra “genética” tem como razão o isolamento do adjunto 
 
adverbial deslocado para o início do período, portanto não se relaciona com a 
enumeração que vem antes. Ao retirar esta vírgula a oração principal (“ocorreram 
mudanças paradigmáticas...) fica ligada diretamente à subordinada. Um adjunto 
adverbial é um complemento e como tal deve estar na ordem SVC, ao deslocá-lo para o 
início do período, deve ser isolado por vírgula. Esta afirmativa da letra “b” é falsa, 
portanto serve como resposta, pois a questão solicita a “afirmação incorreta”. 
Alternativa “a”. O verbo “assistir” tem duas regências: TD, com o sentido de 
prestar socorro, dar assistência e TI com o sentido de presenciar. A preposição “a” na 
frase O final do século XX assistiu a um processo (...) atribui ao texto o sentido de que o 
 
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século XX presenciou o processo. Ao retirarmos a preposição, o sentido fica alterado, 
pois o século XX daria assistência, socorreria o processo, o que é incoerente, mas a 
correção gramatical seria mantida. Esta afirmativa é verdadeira. 
A alternativa “c” é correta, pois as frases: “modo de pensar a sociedade” e 
“modo de se pensar a sociedade” são equivalentes. O “se” é o sujeito (a gente) que pode 
ser suprimido sem prejuízo da coerência da frase. 
A alternativa “d” propõe a troca da forma verbal “surgira” (pretérito mais-que-
perfeito), por “surgiu” (pretérito perfeito), implica, além da mudança temporal, uma 
mudança de sentido, pois o pretérito mais que perfeito indica que a ação aconteceu no 
passado, mas posterior a outra ação, no caso o “pensamento modernista”. Ao substituir 
pela forma “surgiu”, torna-se uma ação acabada no próprio passado, perdendo a ideia de 
encadeamento, de continuidade. Isto nos permite dizer que a coerência é mantida, mas a 
relação da ordem temporal fica alterada, conforme diz a alternativa “d”, portanto, ela é 
verdadeira e não pode ser resposta para a questão que solicita a incorreta. 
 
A alternativa “e” propõe a retirada da preposição “em” da expressão “na 
linearidade histórica. A frase do texto é: (...) pilares fundamentais, como a crença na 
verdade (...) e na linearidade histórica... ao retirar a preposição “em” rompe-se o 
paralelismo “crença na verdade / crença na linearidade. Sem a preposição a frase fica: 
(...) pilares fundamentais, como a crença na verdade (...) e a linearidade histórica. 
Agora a expressão “linearidade histórica” perde o vínculo com crença e passa a ficar 
como mais um elemento dos “pilares fundamentais” (a crença na verdade e a 
linearidade histórica). 
 
 
Questão nº 10. 
 
Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos 
parênteses e assinale a opção correta. (Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 
2006) 
 
 
 
( ) Seu existencialismo, assentado no postulado filosófico de que “a existência 
precede a essência”, naturalmente era de compreensão restrita. 
 
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( ) Sartre foi do existencialismo ao maoísmo e arrastou, com ele, as mentes mais 
agudas e os corações mais sensíveis. 
 
( ) Pôs-se assim, ele, o grande libertário, a serviço de um dos grandes tiranos do 
século XX. 
 
( ) Entretanto, o filósofo entregou-se ao maoísmo na última etapa da vida. 
Coerente, sempre, em viver cada opção doutrinária, foi vender na rua jornal 
afinado com o novo credo. 
 
( ) Mas, pela rama, dava para entender que, se a vida era absurda, melhor era 
curti-la, e assim todo mundo queria ser existencialista. (Roberto Pompeu 
Toledo, Revista Veja, 6/04/2005, p. 142) 
 
a) 5º, 1º, 2º, 3º, 4º d) 3º, 4º, 2º, 5º, 1º 
 
b) 4º, 3º, 5º, 1º, 2º e) 2º, 1º, 5º, 4º, 3º 
 
c) 1º, 5º, 3º, 2º, 4º 
 
 
 
Comentário da nº 10. - Gabarito: E 
 
Estas questões de ordenamento de frases são simples quando as resolvemos pelo 
plano sintático, pois pela semântica podemos ser vítimas de “terríveis armadilhas” da 
lógica. 
 
Para iniciar um texto éimportante que a frase seja declarativa e encerre uma 
tese, como já vimos na estrutura de texto. A frase declarativa e que não traz elementos 
referenciais é Sartre foi do existencialismo ao maoísmo... Portanto, esta pode ser a 
inicial do texto. Assim a sequência já tem um elemento: ? - 1 - ? - ? - ?. Esta frase fala 
no “existencialismo” de Sartre é natural que tenha continuidade com a retomada da 
palavra Sartre pelo pronome possessivo “seu”. Isto nos indica mais um elemento na 
sequência: : 2 - 1 - ? - ? - ?. Esta frase dois termina com a afirmativa de que o postulado 
(dele) era de “compreensão restrita”. Uma frase adversativa, para compensar a limitação 
de seu postulado está na última posição. Assim temos mais um elemento: : 2 - 1 - ? - ? - 
3. Entre as duas restantes, podemos observar que a frase iniciada por Pôs- 
 
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se assim pode ser conclusiva e encerrar a sequência, portanto a número 5 na terceira 
posição, ficando a quarta posição preenchida pela frase quatro. Concluída a sequência: 2 
- 1 - 5 - 4 - 3 que corresponde à letra “e”. 
 
Questão nº 11. 
 
Julgue se os trechos do texto abaixo estão gramaticalmente corretos e responda 
ao que se pede: (Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
I. Todos os modelos, em maior ou menor grau fracassaram. O socialismo, ao 
em vez de oferecer o paraíso, criou um inferno sob a forma de estados 
totalitários, baseados na repressão policial e na ação da polícia política. 
 
II. O capitalismo, longe de criar oportunidades iguais para que todos os 
indivíduos pudessem competir entre si, criou mecanismos cruéis de 
concentração de riqueza nas mãos de poucos, expulsando da esfera do 
consumo milhões de seres humanos famintos e miseráveis. 
III. Os modelos intermediários criaram algumas “ilhas de prosperidade” 
(como os países escandinavos), possíveis por circunstâncias muito 
específicas de sua história e cultura, mas não conseguiram oferecer uma 
alternativa séria a países grandes e pobres como o Brasil. (José Arbex e 
Cláudio Júlio Tognoli, Mundo Pós-moderno, São Paulo: Scipione, p.17) 
 
 
 
Estão corretos 
 
a) I e II c) I e III e) apenas a II 
 
b) II e III d) I, II e III 
 
 
 
Comentário da nº 11. - Gabarito: B 
 
Estas questões são simples quando não solicitam classificar o erro, apenas 
reconhecê-lo. Em geral, pela simples leitura já podemos reconhecer alguma construção 
“estranha”. 
 
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Na frase I reconhecemos a expressão “ao em vez de” como um uso coloquial, 
mas condenável pelo padrão culto da linguagem. O correto é “em vez de”. Portanto, esta 
alternativa é errada. 
 
As afirmativas II e III são gramaticalmente corretas. Logo, a alternativa “b” é a 
solicitada pela questão. 
 
 
Questão nº 12. 
 
Assinale a substituição necessária para que o texto fique gramaticalmente 
correto. (Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
1 O estudo da FGV atribuiu a queda da pobreza ao crescimento econômico do país 
 
2 e listou fatores como estabilidade da inflação, reajuste do salário mínimo, recuperação 
 
3 do mercado de trabalho, aumento da geração de empregos formais e, ainda, o aumento 
 
4 da presença do Estado na economia, com uma maior transferência de renda para a 
 
5 sociedade. O aumento da taxa de escolarização da população tem sido fundamental para 
 
6 a redução da desigualdade entre ricos e pobres. E há uma nova geração de programas 
 
7 sociais que está fazendo a sociedade brasileira enxergar que é preciso dar mais à quem 
 
8 tem menos, e entre os exemplos estão o Programa Bolsa-Família e o Programa de 
 
9 Aposentadoria Rural. A cobertura desses dois programas alcança os bolsões de pobreza 
 
10 das zonas mais distantes dos grandes centros, reduzindo bastante a miséria no país. 
 
11 (Trecho adaptado de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da 
 
12 Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 
 
13 2005) 
 
 
 
a) “a queda” (linha 1) por à queda 
 
b) “como” (linha 2) por tais como 
 
c) “o aumento” (linha 5) por a ampliação 
 
d) “tem sido” (linha 5) por vem sendo 
 
e) “à quem” (linha 7) por a quem 
 
 
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Comentário da nº 12. - Gabarito: E 
 
Nesta questão, a solicitação é que se avalie as trocas para que se restabeleça a 
correção da frase. O texto traz a frase: (...) é preciso dar mais à quem tem menos... Se 
substituirmos a preposição “a” por “para” percebemos imediatamente o erro: (...) é 
preciso dar mais para quem tem menos. Agora percebemos que não há artigo diante do 
“quem”, portanto não havendo o artigo “a” junto com a preposição “a”, não pode haver 
crase e, para corrigir é necessário substituir “à quem” por “a quem”. Esta é a alternativa 
solicitada pela questão. 
 
Na alternativa “a” a substituição provoca erro de linguagem, pois “a queda” é 
objeto direto do verbo “atribuir”. Com a crase a frase adquire outro sentido “atribui à 
queda”, significando “queda” como causa. Esta substituição provoca erro e não 
correção. 
A inclusão de “tais” diante de “como” é apenas uma questão de ênfase, não 
altera a correção gramatical, portanto, não é um caso de correção de texto, mas apenas 
de estilo. Por isso a alternativa “b” não serve como resposta. 
Na alternativa “c” temos um caso de sinônimos e não provoca mudança 
gramatical a substituição de “aumento” por “ampliação”. Como não é caso de correção 
gramatical, esta, também, não serve como resposta. 
O mais comum é o uso do verbo “ter” e não do verbo “vir” como auxiliar, mas 
nada indica necessidade de correção, é um emprego já consagrado. Portanto, não serve 
como resposta, também. 
 
 
Questão nº 13. 
 
Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma gramaticalmente 
correta e coerente. (Analista de Finanças e Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
O saldo da balança comercial (exportações menos importações) brasileira de 
2005 alcançou US$ 44,76 bilhões, valor __1__ registrado na história do país. O 
resultado positivo, 33% maior que o atingido em 2004, ___2___ ao desempenho 
 
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expressivo das exportações e importações. As vendas externas tiveram incremento 
__3__ US$ 24 bilhões no ano passado e fecharam 2005 com US$ 118,3 bilhões. Já as 
importações totalizaram US$ 73,545 bilhões no ano passado. Os resultados recordes 
mostram ___4___ apesar da valorização do real frente ao dólar, a corrente de comércio 
do país (exportações mais importações) não ___5___ de crescer com a diversificação de 
pauta exportadora, aumento do número de países que compram os produtos brasileiros e 
o crescimento da participação de estados com pouca tradição nas vendas externas. (Em 
Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência 
da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006) 
 
 
 1 2 3 4 5 
 A não se devem demais de -lhe deixa 
 B nunca antes devem-se mais que -se para 
 C nunca deve-se superior a que pára 
 D não deveu-se de mais de cujo cessa 
 E nem devia-se maior que qual termina 
 
 
 
Comentário da nº 13. - Gabarito: C 
 
Nestas questões que envolvem múltiplas escolhas dentro de cada alternativa, é 
 
recomendável iniciar pelas colunas que têm mais formas verbais, pois os verbos 
mantém uma quantidade maior de relações no texto, o que permite identificar com mais 
facilidade as formas corretas. Na coluna dois temos formas do verbo “dever”. No texto 
a posição é: O resultado positivo(...), Como temos vírgula o pronome só pode ser 
proclítico, com isto eliminamos a alternativa “a”. Como o sujeito é “resultado positivo” 
a forma verbal só pode ser singular, eliminamos a “b” também. Agora resta escolher 
entre as três formas restantes (deve-se, deveu-se e devia-se). O presente do indicativo é 
que possibilita uma ação que reiteradamente acontece (acontece sempre de o 
desempenho das exportações e importações influir no saldo comercial). Para confirmar, 
podemos olhar a primeira coluna que oferece (nunca, não e nem). Destas três 
possibilidades somente o “nunca” é possível nesta posição (valor nunca registrado na 
história do país). 
 
 
 
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Outros caminhos podem ser tomados para solucionar uma questão como esta, 
mas seguir a pista dos verbos parece ser mais seguro caminho. 
 
 
1 Uma das condições principais da pós-modernidade é o fato de ninguém poder ou 
 
2 dever discuti-la como condição histórico-geográfica. Com efeito, nunca é fácil elaborar 
 
3 uma avaliação crítica de uma situação avassaladoramente presente. Os termos do 
4 debate, da descrição e da representação são, com freqüência, tão circunscritos que 
 
5 parece não haver como escapar de interpretações que não sejam auto-referenciais. É 
 
6 convencional nestes dias, por exemplo, descartar toda sugestão de que a “economia” 
 
7 como quer que se entenda essa palavra vaga) possa ser determinante da vida cultural, 
 
8 mesmo “em última instância”. O estranho na produção cultural pós-moderna é o ponto 
 
9 até o qual a mera procura de lucros é determinante em primeira instância. (David 
 
10 Harvey, Condição pós-moderna, p. 301, com adaptações) 
 
 
 
Questão nº 14. 
 
Assinale a relação lógica que não se depreende do texto. (Analista de Finanças e 
Controle - AFC - CGU - 2006) 
 
 
a) Ser uma situação presente é causa de não se poder discutir a pós-
modernidade. 
b) Elaborar uma avaliação crítica implica debater, descrever e representar. 
 
c) Se há produção cultural, há a busca de lucros. 
 
d) Se a pós-modernidade fosse uma condição histórico-geográfica, a 
economia seria determinante na vida cultural. 
e) Interpretações auto-referenciais são freqüentes como resultado de 
avaliações críticas de uma situação presente. 
 
 
Comentário da nº 14. - Gabarito: D 
 
 
 
 
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Esta alternativa confere questões de lógica de texto. Cada alternativa é uma 
relação que deve ser analisada e classificada como verdadeira ou não, lembrando que a 
questão solicita a que não se depreende do texto, ou seja não se infere dele. 
Não há relação entre a pós-modernidade e a condição histórico-geográfica, pelo 
contrário, o início do texto fala que não é possível discuti-la. Portanto a alternativa “d” é 
errada e, por isso, é a escolhida como resposta para a questão. 
 
A alternativa “a” retoma a ideia do texto ao afirmar que ninguém pode ou deve 
discutir a pós-modernidade devido à situação muito presente. Isto é coerente com o 
texto. 
 
O texto recomenda que a avaliação crítica implica debate, descrição e 
representação, por isso a alternativa “b” é correta e não serve como resposta. O 
penúltimo período evidencia a relação entre economia e pós-modernidade, explicitando 
que a produção de lucro é um elemento deste momento. 
A alternativa “e” retoma a afirmativa do texto que diz que a avaliação crítica 
implica interpretações auto-referenciais, portanto, é correta e não serve como resposta 
para a questão. 
 
Conclusão 
 
Chegamos ao quinto módulo, o último de conteúdo de nosso curso. Na próxima 
semana enviarei um de revisão. Nele deverão constar novas questões para exercício, um 
pequeno vocabulário para revisar os termos empregados durante o curso e uma 
bibliografia comentada, a fim de possibilitar a continuação dos estudos por conta de 
cada um. 
 
Acredito que tenhamos abordado os principais assuntos sobre interpretação de 
texto. Durante esta semana, não deixe de revisar todos os módulos, para localizar algum 
assunto que gostaria de rever. Entre no fórum e apresente suas sugestões. Também seria 
interessante que você fizesse a sua avaliação sincera de nosso trabalho, pois é da sua 
participação que tiramos diretrizes para a melhoria dos cursos. 
 
 
 
Até o próximo encontro. 
 
 
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