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601) 602) Literatura para Oficial (PMMA/CBMMA) 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzY Ordenação: Por Matéria e Assunto (data) www.tecconcursos.com.br/questoes/1173568 FCC - Vest (UNIPAR)/UNIPAR/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Em seus manifestos, característicos do movimento modernista de 22, Oswald de Andrade e Mário de Andrade a) divergiram quanto à necessidade de se considerar uma nova ordem de valores culturais e estéticos. b) colaboraram para que se revalorizassem entre nós os até então desprestigiados valores da estética clássica. c) buscaram novas propostas estéticas para formalizar uma nova visão do país, influenciada pelas vanguardas europeias. d) apostaram numa revisão do nacionalismo romântico, intensificando ainda mais a linguagem intimista. e) uniram-se para propor um novo nacionalismo, com o qual se propunham a abolir o ideal de uma civilização nos trópicos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1450430 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UNCISAL)/UNCISAL/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Pobre Alimária o cavalo e a carroça estavam atravancados no trilho e como o motorneiro se impacientasse porque levava os advogados para os escritórios desatravancaram o veículo e o animal disparou mas o lesto carroceiro trepou na boleia e castigou o fugitivo atrelado com um grandioso chicote ANDRADE, Oswald de. Pau-brasil. Rio de Janeiro: Globo, 1995 (adaptado). Publicado por Oswald de Andrade, no livro Pau-brasil, em 1925, o poema Pobre Alimária é um dos mais emblemáticos do movimento modernista brasileiro. Nele, o poeta trata de aspectos do contexto histórico e social do Brasil daquela época, por meio da a) crítica à destruição de valores tradicionais pelo progresso urbano. https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzY https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1173568 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1450430 603) 604) b) abordagem de uma prática social típica das regiões rurais do Brasil. c) descrição de uma cena que recupera problemas urbanos do Brasil colonial. d) abordagem de contrastes sociais decorrentes do processo de urbanização brasileiro. e) reflexão da degradação do espaço urbano brasileiro pelo tráfego de veículos automotores. www.tecconcursos.com.br/questoes/1125005 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Metamorfose Meu avô foi buscar prata mas a prata virou índio. Meu avô foi buscar índio mas o índio virou ouro. Meu avô foi buscar ouro mas o ouro virou terra. Meu avô foi buscar terra e a terra virou fronteira. Meu avô, ainda intrigado, foi modelar a fronteira: E o Brasil tomou a forma de harpa. (Martim Cererê, Cassino Ricardo, José Olympio: 1974, Rio de Janeiro, 13ª edição.) O poema anterior reflete algumas das características presentes na linguagem modernista, como: a) Crítica e humor, zombando da arte tradicional. b) A extração da arte dos grandes temas universais, promovendo sua sacralização. c) Descritivismo por meio do emprego de uma linguagem discursiva e retórica. d) Interesse por temas brasileiros, valorizando nossas tradições e cultura assim como nosso passado histórico-social www.tecconcursos.com.br/questoes/1125004 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Consoada Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125005 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125004 605) 606) – Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. (BANDEIRA, Manuel. Os Melhores Poemas. São Paulo: Global.) Manuel Bandeira teve seu nome entre os responsáveis pela consolidação da primeira fase modernista no Brasil. Em seu poema “Consoada” observa-se em sua temática: a) A miséria da degradação humana. b) A dignidade da existência humana. c) Nacionalismo e regionalismo críticos. d) Ironia e humor diante dos conflitos da existência humana. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124316 Instituto Consulplan - Vest (FADIP)/FADIP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O menor poema da língua é do modernista Oswald de Andrade, formado pelo título e uma palavra: AMOR Humor Acerca da linguagem modernista pode-se afirmar que: a) Predominam tendências universalistas. b) Observa-se o emprego de uma linguagem discursiva e teórica. c) Os modernistas procuravam ser críticos e bem-humorados, zombando da arte tradicional. d) Apesar das inovações, há preocupação com a métrica poética na utilização de versos regulares. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124317 Instituto Consulplan - Vest (FADIP)/FADIP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade compõem a tríade da primeira fase modernista da literatura no Brasil. O trecho a seguir é uma das contribuições de Manuel Bandeira de um de seus poemas mais conhecidos. Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124316 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124317 607) Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água. Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada. (Estrela da vida inteira.) Acerca do trecho apresentado pode-se afirmar que: a) Pasárgada é o mundo da liberdade, sendo uma extensão do mundo vivido pelo poeta em sua realidade cotidiana. b) O eu-lírico expressa seu desejo de fugir da realidade concreta para a idealizada, associando-se ao escapismo dos escritores românticos. c) A lembrança romântica da infância e o sentimento saudosista caracterizam a mesma melancolia vivida pelos poetas da 2ª geração romântica. d) Manuel Bandeira explora motivos inexplorados em escolas literárias anteriores, confirmando suas características modernistas, como: a saudade e a infância. www.tecconcursos.com.br/questoes/1419964 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Observe o texto, em seguida responda o que se pede: Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1419964 608) O poema Autopsicografia é do importante artista português: a) Camões; b) Eugênio de Castro; c) Fernando Pessoa; d) Camilo Pessanha; e) José Régio. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121896 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Descobrimento Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muitocomovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... (ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Belo Horizonte – São Paulo: Itatiaia – Edusp, 1987.) Mário de Andrade, autor do poema anterior, fez parte do grupo que idealizou a Semana de Arte Moderna. Acerca da linguagem empregada pelo poeta em “Descobrimento”, pode-se afirmar que: a) A referência à região Norte demonstra o emprego de uma linguagem regionalista demonstrando a intenção dos modernistas de valorizar o povo brasileiro. b) No primeiro verso do poema é possível destacar a oralidade presente no texto modernista e sua finalidade de modificar as formas poéticas anteriores ao movimento. c) É possível observar o emprego de dois tipos de linguagem distintos: coloquial e formal, havendo exemplos de construções que apresentam formalidade e informalidade. d) Seguindo os moldes modernistas, há uma preocupação com o uso da linguagem, prezando o poeta pelo emprego exclusivo de uma linguagem rebuscada e com grande emprego de inversões na ordem das orações. e) A escolha do emprego exclusivo de uma linguagem coloquial reflete o seguimento modernista que reage radicalmente contra todo tipo de formalismo da linguagem utilizado até aquele momento na literatura. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121896 609) 610) www.tecconcursos.com.br/questoes/1419967 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sobre o Ofismo na Literatura Portuguesa é correto afirmar, EXCETO: a) A Primeira Geração do Modernismo em Portugal, Orfismo, Orfeísmo ou Geração de Orpheu, compreende o período entre 1915 e 1927; b) Escândalo, provocações, influências das correntes estéticas que se desenvolviam na Europa, especialmente o Futurismo e o Cubismo, motivaram o lançamento da revista, bem como o movimento vanguardista em Portugal; c) O nome da revista é uma referência ao mito grego de Orfeu, um poeta que encantava a todos ao tocar sua lira, desde árvores, deuses e monstros; d) . Alvo de duras críticas, foi dito que a revista de periodicidade trimestral retratava a decadência da literatura. Para alguns, era o próprio simbolismo decadentista; e) . A continuidade e as inúmeras edições dessa revista foram a base de sua repercussão foi tão notável que os manifestos se seguiram por mais uma década nesse período, assemelhava-se a uma revolução modernista. www.tecconcursos.com.br/questoes/1450447 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UNCISAL)/UNCISAL/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) No livro Pau-brasil, um dos marcos da poesia modernista brasileira, Oswald de Andrade inseriu o seguinte poema, que trata do patrimônio linguístico brasileiro e de sua importância para a identidade nacional. Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. ANDRADE, Oswald de. Obras completas/Pau-brasil. São Paulo: Globo, 1990. Os contrastes entre as pronúncias de palavras elencados por Oswald de Andrade em seu poema evidenciam a) a superioridade da pronúncia padrão do português. b) a incapacidade de aprendizado da classe trabalhadora. c) a necessidade de normatizar a pronúncia do português. d) a multiplicidade identitária do país a partir da língua falada. e) a semelhança entre a fala do povo e a das classes privilegiadas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1419967 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1450447 611) 612) www.tecconcursos.com.br/questoes/1121596 Instituto Consulplan - Vest (FASEH)/FASEH/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Acerca do Modernismo no Brasil, pode-se afirmar que tal período literário passou por três fases com características próprias e distintas. Dentre as afirmativas a seguir sobre tal assunto, estão todas corretas com EXCEÇÃO de: a) Na terceira fase modernista, as obras literárias alcançam destaque pela complexidade estética e densidade psicológica. b) Os modernistas da primeira fase defendiam a difusão das técnicas de vanguarda assim como a manutenção da tradição ignorando a cultura popular. c) O vínculo entre narrador e personagens teve continuidade na terceira fase modernista por meio da pesquisa de linguagem e aplicação de técnicas apropriadas. d) Na segunda fase do Modernismo, é possível observar o emprego de técnicas narrativas que aproximavam um narrador culto de personagens desfavorecidas e oprimidas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535269 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121596 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535269 613) Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Considerando o verso "Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas", assinale a alternativa correta. a) O eu lírico afirma que ele não sabe se portar em ambientes requintados, por isso os evita. b) O eu lírico se apresenta como alguém que ousa se assumir publicamente do jeito que é. c) O eu lírico expressa simpatia por aqueles que escondem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honrosos. d) O eu lírico assume que precisa deixar de sofrer enxovalho e de cometer atos ridículos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535264 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535264 614) Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Assinale a alternativa correta. a) No "Poema em Linha Reta", o eu lírico afirma que só os seus amigos são bem sucedidos na vida, e ele se envergonha de não sê-lo. b) O eu lírico se compara aos semideuses, pois consegue perceber as incoerências nos discursos de todos os que dizem não pecar. c) O eu lírico expressa simpatia por aqueles que assumem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honrosos. d) O eu lírico gostaria de conseguir reagir às piadas das criadas de hotel e dos moços de fretes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535275 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535275 615) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Considerando o "Poema em linha reta", sobretudo os versos "Quem me dera ouvir de alguém a voz humana" e "Onde é que há gente no mundo?", assinale a alternativa INCORRETA. a) O eu lírico considera que viver sem assumir suas covardias, atos ridículos e fraquezas desumaniza quem assim o faz. b) O eu lírico se apresenta como o único ser que pode ser chamado de humano, por assumir suas fraquezas e vilezas. c) O eu lírico expressa antipatia por aqueles que escondem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honoráveis. d) O eu lírico afirma que, para os demais, ser traído, ter pecado, ser violento, não é aceitável; o que pode ser aceito é o ridículo, a covardia, a infâmia. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165550 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Nova Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente, protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor [...] Estou farto do lirismo namorador Político, Raquítico, Sifilítico. (Manuel Bandeira) Este poema de Manuel Bandeira pode ser entendido como: 1) aversão declarada aos cânones aceitos por escolas literárias que privilegiavam a perfeição da ‘forma poética’. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165550 616) 2) manifestação dos novos ideais literários propostos pelas vanguardas do Modernismo brasileiro. 3) expressão da reiterada aspiração de que voltassem os modelos poéticos defendidos pela produção da ‘Arte pela Arte’. 4) demarcação da função estética do fazer poético, a qual se furta a se ajustar aos limites puristas impostos pelas normas linguísticas. 5) anuência ao imaginário das escolas do Romantismo que enalteciam as expressões do lirismo e do envolvimento amoroso. Estão corretas: a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 1, 2 e 4, apenas. c) 1, 3 e 5, apenas. d) 3 e 4, apenas. e) 4 e 5, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1418172 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio E tivesse só o céu por cima e a água por baixo... Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro E que ele me batesse e me estimasse... Antes isso que ser o que atravessa a vida Olhando para trás de si e tendo pena... (URCA/2019.1) O fragmento acima é parte da Obra do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. São características de Caeiro e que estão presentes no texto, exceto: a) Ligação com a Natureza e desejo de integrar-se a ela; b) Valorização das sensações em detrimento a grandes reflexões; c) Subjetividade visual filosófica profunda pautada na clareza e confiança; d) Simplicidade do tão somente existir; e) Preferência pelo verso livre e pela linguagem simples. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121608 Instituto Consulplan - Vest (FASEH)/FASEH/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1418172 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121608 617) Leia a seguir alguns trechos do poema “Ode ao burguês” de Mário de Andrade, publicado na obra “Pauliceia desvairada” (1922). Ode ao burguês Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, O burguês-burguês! A digestão bem-feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, É sempre um cauteloso pouco-a-pouco! [...] Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma! Oh! purée de batatas morais! Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas! Ódio aos temperamentos regulares! Ódio aos relógios musculares! Mortee infâmia! Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, Sempiternamente as mesmices convencionais! De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! Dois a dois! Primeira posição! Marcha! Todos para a Central do meu rancor inebriante Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! Morte ao burguês de giolhos, cheirando religião e que não crê em Deus! Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico! Ódio fundamento, sem perdão! Fora! Fu! Fora o bom burguês!... Em relação ao poema, indique V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) O título demonstra, após a leitura do poema, a intenção crítica do eu lírico diante do elemento “burguês”. ( ) A expressão “burguês-níquel” demonstra a importância que o eu lírico concede ao dinheiro, ao materialismo. ( ) As características quanto ao tema e ao estilo apresentados tornam o poema um exemplo da literatura da primeira fase do Modernismo no Brasil. ( ) A preocupação com o emprego constante de conectores lógicos demonstra o cuidado com o uso da linguagem, característica marcante da primeira fase modernista. A sequência está correta em a) V, V, F, F. b) F, F, V, F. c) V, F, V, F. d) F, V, V, V. 618) 619) www.tecconcursos.com.br/questoes/1484156 FAUSCS - Vest (USCS)/USCS/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Considere o seguinte texto: Tabacaria Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. (...). Disponível em: https://www.infoescola.com/literatura/. Acesso em: 18/10/2019. Considerando o poeta Fernando Pessoa, as características de sua poesia e de seus heterônimos, é possível afirmar que o texto “Tabacaria” pertence a: a) Álvaro de Campos. b) Fernando Pessoa. c) Ricardo Reis. d) Alberto Caeiro. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121494 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.) Pode-se afirmar acerca do poema modernista de Manuel Bandeira que: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1484156 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121494 620) 621) a) A descrição do personagem feita pelo narrador demonstra a busca pela simplicidade da vida, ideal dos poetas modernistas. b) As características marcantes do texto literário são desprezadas em detrimento da inovação da nova literatura modernista. c) É possível reconhecer o uso de recursos literários como o preciosismo e o conceptismo como valorização dos textos do Modernismo brasileiro. d) É um texto que demonstra a retomada de elementos da literatura parnasiana demonstrando o apego de alguns poetas ao estilo que antecede o Modernismo. e) Apresenta como característica modernista a indicação de que o poeta deve utilizar como matéria para sua poesia conteúdo relacionado tanto aos sentimentos quanto à vida real. www.tecconcursos.com.br/questoes/822965 VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à questão. Já sobre a fronte vã se me acinzenta O cabelo do jovem que perdi. Meus olhos brilham menos, Já não tem jus a beijos minha boca. Se me ainda amas, por amor não ames: Traíras-me comigo. (Obra poética. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1995, p. 279) O poema enfoca uma temática frequente na poesia de Ricardo Reis, que diz respeito a) ao posicionamento do homem com relação à passagem do tempo. b) à busca da plenitude espiritual por meio da consumação do amor carnal. c) à exaltação do comportamento religioso, o qual nega a percepção sensível. d) à afirmação do prazer imediato pelo culto à natureza selvagem, inexplorada. e) ao modo como os relacionamentos se tornaram cada vez mais passageiros. www.tecconcursos.com.br/questoes/937876 MS CONCURSOS - Of Admin (SAP SP)/SAP SP/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta (Álvaro de Campos) Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/822965 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937876 Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. De acordo com o poema, marque a alternativa correta referente aos itens seguintes. (I) O poema é construído a partir da conciliação do eu lírico e os outros. (II) Desde o primeiro verso do poema, o eu lírico estabelece uma resistência entre sua postura pessimista e a responsabilidade pelos outros. (III) O eu lírico apresenta fatos que mostram sua realidade. (IV) Analisando os versos “Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.” / “Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?”, entende-se que o eu lírico é um solitário, porque só ele tem coragem de assumir que é infame. a) Apenas os itens (I), (II) e (III) estão corretos. b) Apenas os itens (II), (III) e (IV) estão corretos. c) Apenas os itens (I), (III) e (IV) estão corretos. d) Apenas os itens (III) e (IV) estão corretos. e) Todos os itens estão corretos. www.tecconcursos.com.br/questoes/920676 CETREDE - Ana CI (CM Tianguá)/CM Tianguá/2018 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/920676 622) 623) Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração(Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe. A perereca verde que de repente dá um pulo,que engraçado! E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma! Alegria das calçadas, Uns falam pelos cotovelos “Cavaleiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar Um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos, porém, sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de demiurgos de inutilidade. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heróicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes Uma lição de infância. Manuel Bandeira. Os camelôs dão uma lição de infância porque a) são vendedores alegres. b) despertam amor às crianças. c) levam as pessoas a se sentirem crianças. d) recebem muito bem sua clientela e) vendem brinquedos para as crianças. www.tecconcursos.com.br/questoes/1171249 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) No Brasil, o chamado Movimento Modernista: 1) buscou a valorização da identidade, da história e da cultura nacionais. 2) defendeu a liberdade de criação da obra literária, incorporando temas, vocabulário e sintaxes peculiares aos usos nacionais. 3) cultivou a expressão do cotidiano, optando, assim, na prosa, pelo uso de uma linguagem coloquial e, na poesia, pelo verso livre. 4) na primeira geração de seus autores teve como expoentes Mário de Andrade e Oswaldo de Andrade. 5) na segunda geração, contou com as obras de Manuel Bandeira (Cinza das Horas) e de João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina). Estão corretas: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1171249 624) 625) a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 1, 2, 3 e 4, apenas. c) 2, 3 e 4, apenas. d) 1, 2 e 3, apenas. e) 1 e 5, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166421 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Inúmeros são os poemas que Manuel Bandeira escreveu sobre a sua infância e, particularmente, sobre a sua cidade natal: Recife. Entre eles, podemos citar os poemas “Evocação do Recife” e “Profundamente”. Nesses dois poemas, Manuel Bandeira discorre sobre quais aspectos do Recife e da sua infância? 1) A Rua da União e a casa dos seus avós. 2) A lembrança daqueles que estão dormindo profundamente. 3) As brincadeiras de infância e os primeiros deslumbramentos. 4) A vida de boemia e de namoros que ele viveu no Recife. 5) O período em que ele foi seminarista. Estão corretas, apenas: a) 1, 2 e 4. b) 1, 3 e 5. c) 2, 3 e 5. d) 2, 3 e 4. e) 1, 2 e 3. www.tecconcursos.com.br/questoes/1609609 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166421 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609609 626) 627) Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. No poema, a pluralidade de vozes recria, de maneira irônica e irreverente, a chegada do colonizador europeu ao Brasil. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/920680 CETREDE - Ana CI (CM Tianguá)/CM Tianguá/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe. A perereca verde que de repente dá um pulo,que engraçado! E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma! Alegria das calçadas, Uns falam pelos cotovelos “Cavaleiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar Um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos, porém, sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de demiurgos de inutilidade. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heróicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes Uma lição de infância. Manuel Bandeira. Pelo poema, pode-se afirmar que a alegria do mundo infantil a) deve ser proporcionada pelos pais. b) é consequência da vida escolar. c) não depende de dinheiro. d) está dentro da criança. e) é uma responsabilidade social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1609611 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? https://www.tecconcursos.com.br/questoes/920680 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609611 628) 629) — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. O poema demonstra, no plano da linguagem, a postura nacionalista do movimento modernista brasileiro, que valorizou o emprego, nos textos literários, de formas linguísticas típicas da modalidade falada do português brasileiro. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1609631 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. A liberdade formal e o coloquialismo presentes no poema apresentado são também características marcantes do projeto literário dos poetas modernistas da geração de 1945. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1407986 VUNESP - Vest (FAMEMA)/FAMEMA/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o poema “Namorados” de Manuel Bandeira (1886-1968). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609631 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1407986 630) O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: – Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com [a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. – Você não sabe quando a gente é criança e de repente [vê uma lagarta listada? A moça se lembrava: – A gente fica olhando... A meninice brincoude novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: – Antônia, você parece uma lagarta listada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: – Antônia, você é engraçada! Você parece louca. (Estrela da vida inteira, 2009.) Verifica-se a ocorrência de personificação no seguinte verso: a) “– Antônia, você parece uma lagarta listada.” b) “A moça arregalou os olhos, fez exclamações.” c) “A meninice brincou de novo nos olhos dela.” d) “– Antônia, você é engraçada! Você parece louca.” e) “A moça olhou de lado e esperou.” www.tecconcursos.com.br/questoes/449022 CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto 10A3CCC O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular. Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e https://www.tecconcursos.com.br/questoes/449022 631) africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização. O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas deestudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem. Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações). O texto 10A3CCC faz referência à(s) a) fase de preparação do Modernismo, na qual elementos parnasianos são proclamados. b) vanguardas assimiladas da Europa, que promovem a ruptura com o passado literário. c) primeira fase do Modernismo, conhecida como fase heroica. d) segunda fase do Modernismo, na qual predomina a crítica ao subdesenvolvimento. e) terceira fase do Modernismo, na qual há retomada de elementos de estabilidade poética clássica. www.tecconcursos.com.br/questoes/773896 ITA - Vest (ITA)/ITA/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O texto abaixo é uma das liras que integram Marília de Dirceu, de Tomás Antôni o Gonzaga. Em uma frondosa Roseira se abria Um negro botão! Marília adorada O pé lhe torcia Com a branca mão. Nas folhas viçosas A abelha enraivada O corpo escondeu. Tocou-lhe Marília, Na mão descuidada A fera mordeu. Apenas lhe morde, Marília, gritando, Co dedo fugiu. Amor, que no bosque Estava brincando, Aos ais acudiu. Mal viu a rotura, E o sangue espargido, Que a Deusa mostrou, Risonho beijando https://www.tecconcursos.com.br/questoes/773896 632) O dedo ofendido, Assim lhe falou: Se tu por tão pouco O pranto desatas, Ah! dá-me atenção: E como daquele, Que feres e matas, Não tens compaixão? O poema abaixo dialoga com as liras de Marília de Dirceu. Haicai tirado de uma falsa lira de Gonzaga Quis gravar "Amor" No tronco de um velho freixo: "Marília" escrevi. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1993.) Dentre as marcas mais visíveis de intertextualidade, encontram-se as seguintes, EXCETO a) o título do poema menciona o autor de Marília de Dirceu. b) ambos os textos pertencem à mesma forma poética. c) no poema, Marília é, assim como em Gonzaga, o objeto amoroso. d) tal como nos textos árcades, no de Bandeira, a natureza é o cenário do amor. e) este poema de Bandeira possui, como os de Gonzaga, teor sentimental. www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto Rondó dos cavalinhos Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Tua beleza, Esmeralda, Acabou me enlouquecendo. Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O sol tão claro lá fora E em minhalma — anoitecendo! Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Alfonso Reyes partindo, E tanta gente ficando... https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 633) Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... A Itália falando grosso, A Europa se avacalhando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O Brasil politicando, Nossa! A poesia morrendo... O sol tão claro lá fora, O sol tão claro, Esmeralda, E em minhalma — anoitecendo! Manuel Bandeira. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 104. Acerca do poema Rondó dos cavalinhos, de Manuel Bandeira, publicado originalmente em 1936, em outra versão, com o título Rondó do Jockey Club, julgue o item. O uso da forma medieval do rondó para a escrita do poema reflete a preocupação de poetas modernistas de primeira geração, como Manuel Bandeira, em recuperar o imaginário da Idade Média, com suas narrativas de cavalarias e heróis idealizados. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1871095 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Consoada. Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: – Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. BANDEIRA, Manuel. Consoada. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 133. Sobre esses versos de Manuel Bandeira, está correto o que se afirma em a) Mostram uma dissociação entre a realidade concreta e a presumível. b) Sintetizam o mascaramento da angústia como solução diante do inevitável. c) Revelam a instabilidade do sujeito poético diante da transitoriedade da vida. d) Tematizam, metafórica e eufemisticamente, a morte, que é aceita, embora não desejável. e) Refletem a desilusão diante de um viver sem sentido, devido ao mal sem cura que o acometeu. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1871095 634) 635) www.tecconcursos.com.br/questoes/1867593 STRIX - Vest (UNINORTE)/UNINORTE/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. Andrade, Oswald de. Erro de português. Disponível em: <https://niltonfelipe.wordpress.com/tag/ interpretacao-de-erro-do-poema-de-portugues>. Acesso em: abr. 2017. A leitura do texto permite que se considere correto inferir que, para o sujeito poético, a) o processo de colonização do Brasil ocorreu de forma errônea, conforme fica sugerido pela ironia evidenciada no duplo sentido da expressão usada no título do poema e também em “Que pena!”, que se soma à ideia de vestir, para indicar a imposição da cultura do colonizador ao colonizado, também portador de um legado cultural que foi ignorado. b) as condições de chegada dos portugueses ao país – “Debaixo duma bruta chuva” – simbolizam a violência implantada nas terras descobertas a partir de então, iniciada pela exploraçãode suas riquezas e pela dizimação dos indígenas. c) a palavra “pena”, que permite uma duplicidade de leitura, revela igualmente que a opressão a que foram submetidos os índios brasileiros decorreu do medo do descobridor de não sobreviver ao tipo de clima existente no lugar em que pisava pela primeira vez. d) o confronto das duas culturas nada acrescentou ao europeu recém-chegado, que não percebeu indício de moral e de ética nos habitantes do novo mundo, uma vez que andavam nus, razão por que procurou vesti-los. e) a possibilidade de o povo brasileiro se libertar do preconceito e do desrespeito a seus semelhantes aparece prenunciada na referência feita a “uma manhã de sol”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Em dezembro de 1917, o centro de São Paulo abrigou uma pequena exposição individual de uma jovem pintora, que mostrava pela primeira vez o resultado de seus anos de estudo na Europa e nos Estados Unidos. Há 100 anos, Anita Malfatti (1889-1964) abalava as estruturas do academicismo nas artes plásticas nacionais e dava o primeiro passo em direção ao Modernismo e à Semana de Arte Moderna, que viria a ocorrer em 1922. A primeira mostra de arte reconhecidamente modernista realizada no país suscitou todo tipo de reação, do assombro ao deslumbramento, da indignação ao entusiasmo. Enquanto o escritor Mário de Andrade gargalhava de alegria ao ver as obras, Monteiro Lobato publicava o famoso texto em que o criador da boneca Emília teceu severas críticas ao trabalho da artista, fazendo, inclusive, com que cinco obras compradas fossem devolvidas. No entanto, passado um século, o que ficou do vigor artístico da obra daquela pintora tímida e até um pouco reclusa? DUARTE, Maurício. Anita Malfatti, 100 anos depois. Disponível em: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1867593 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 636) <http://www.livrariacultura.com.br/ revistadacultura>. Acesso em: fev. 2017. De acordo com o texto e o contexto da Primeira Geração Modernista no Brasil, é correto afirmar que Anita Malfatti a) foi a principal artista plástica desse grupo, já que se tornou a primeira pintora a mobilizar os críticos de arte para analisar as interpretações criativas da realidade naquela época. b) criticou e rejeitou as estruturas acadêmicas nacionais ligadas ao bom gosto, à beleza e à harmonia, comprometendo nomes importantes desse campo de atuação humana, como Monteiro Lobato. c) teve seus trabalhos completamente rejeitados pela sociedade brasileira que questionou com veemência o conceito por ela atribuído às manifestações de ordem estética. d) rejeitou a forma genuína como os talentos do País expressavam suas emoções, trazendo estudos de fora, o que originou a indignação de Mário de Andrade. e) acabou por incitar, a partir do debate sobre a sua obra, a produção da Semana de Arte Moderna e por inaugurar uma nova concepção artística no Brasil. www.tecconcursos.com.br/questoes/940607 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sou um homem comum brasileiro, maior, casado, reservista, e não vejo na vida, amigo nenhum sentido, senão lutarmos juntos por um mundo melhor. Poeta fui de rápido destino Mas a poesia é rara e não comove nem move o pau de arara. Quero, por isso, falar com você de homem para homem, apoiar-me em você oferecer-lhe meu braço que o tempo é pouco e o latifúndio está aí matando [...] Homem comum, igual a você, [...] Mas somos muitos milhões de homens comuns e podemos formar uma muralha com nossos corpos de sonhos e margaridas. FERREIRA GULLAR. Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento). No poema, ocorre uma aproximação entre a realidade social e o fazer poético, frequente no Modernismo. Nessa aproximação, o eu lírico atribui à poesia um caráter de a) agregação construtiva e poder de intervenção na ordem instituída. b) força emotiva e capacidade de preservação da memória social. c) denúncia retórica e habilidade para sedimentar sonhos e utopias. d) ampliação do universo cultural e intervenção nos valores humanos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/940607 637) 638) e) identificação com o discurso masculino e questionamento dos temas líricos. www.tecconcursos.com.br/questoes/463394 CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Nova Poética Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou [a calça de uma nódoa de lama: É a vida O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por [cento e as amadas que envelheceram sem maldade. Manuel Bandeira. Nova Poética. In: Belo belo, 1948. Internet: <avozdapoesia.com.br>. A partir do texto precedente, julgue o item a seguir, considerando aspectos relacionados à teoria dos gêneros literários e ao conceito de literatura. Escrito sob os influxos do movimento modernista brasileiro, Nova Poética constitui uma defesa da retomada do idealismo romântico no que se refere à função social da poesia. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/770856 ITA - Vest (ITA)/ITA/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sobre o poema de Manuel Bandeira, Irene no céu Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. (Em: Libertinagem. Rio de Janeiro: Pongetti, 1930.) é INCORRETO afirmar que a relação afetiva entre o sujeito lírico e Irene a) faz com que a descrição dela seja permeada pela visão carinhosa dele. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463394 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/770856 639) 640) 641) b) a linguagem mais coloquial, espelhando a ligação afetuosa dos dois. c) é responsável pelo tratamento informal dado a uma entidade religiosa. d) é um mero disfarce da desigualdade entre brancos e negros. e) é, na visão dele, compartilhada até mesmo por São Pedro. www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Na primeira fase do Modernismo brasileiro, a) a prosa ganha um caráter eminentemente engajado, denunciam-se o coronelismo, a decadente sociedade da cana-de-açúcar e a miséria. b) a crise cafeeira, o acelerado declínio do Nordeste condicionam novos estilos ficcionais marcados pela rudeza e pela captação direta dos fatos. c) José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos despontam com romances que denunciavam graves questões sociais do Brasil. d) Mário de Andrade publica Paulicéia Desvairada, que tem a cidade de São Paulo como inspiração, e explora o coloquialismo na linguagem. www.tecconcursos.com.br/questoes/368770 IDECAN - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A sociedade brasileira, na década de 20, do século XX, presenciou o florescimento de um movimento artístico e literário que tinha como mote a ruptura com os padrões estéticos europeus. Para propagar o ideário modernista, os representantes desse movimento elaboraram e divulgaram vários manifestos. Assinale a alternativa que apresenta o nome do movimento, organizado pelos intelectuais AscânioLopes, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto e Enrique de Resende, dentre outros, que, com um discurso irreverente, despolarizou a discussão modernista das metrópoles para o interior. a) Verde. b) A Revista. c) Pau‐Brasil. d) Verde Amarelo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1193038 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Descobrimento Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/368770 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1193038 642) 643) De sopetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu, Um homem pálido, magro de cabelos escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... ANDRADE, M. Poesias completas. São Paulo: Edusp, 1987. O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de a) resgatar o passado indígena brasileiro. b) criticar a colonização portuguesa no Brasil. c) defender a diversidade social e cultural brasileira. d) promover a integração das diferentes regiões do país. e) valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos brasileiros. www.tecconcursos.com.br/questoes/994778 FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) As assertivas abaixo pretendem se referir a alguma novidade anunciada durante a realização da Semana de Arte Moderna, concernente à arte brasileira, todavia uma delas está INCORRETA. Marque-a: a) A busca de uma consciência nacional e a focalização de temas da terra. b) A valorização do ideário advindo das chamadas “vanguardas europeias”. c) A valorização do falar regional e das formas telúricas de expressão. d) A evidenciação dos versos livres, desprovidos de rimas. e) A primazia da chamada “arte pela arte” no processo de criação artística. www.tecconcursos.com.br/questoes/990717 FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o texto abaixo atentamente, que servirá de base para a questão. “Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã ainda estivesse avançada). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/994778 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990717 644) Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação. Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei. Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... - Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei” (Manuel Bandeira, “Poema só para Jaime Ovalle”.) Assinale a opção cuja declaração melhor sintetiza a perspectiva e o estado d’alma do eu-lírico: a) É muito provável que negativismo do olhar do eu-lírico decorra de planos oníricos e etéreos. b) Pragmático, o eu-poético deita um olhar iconoclasta diante da matéria pétrea e perene das coisas. c) É possível inferir que ao eu-lírico compete descortinar o significado da existência humana, por dever de ofício. d) Enigmática, a voz poética tenta decifrar, de forma objetiva, o sentido das coisas do mundo. e) Reflexivo e solitário, o eu-lírico divaga em elucubrações atinentes à transitoriedade da vida e à fugacidade das coisas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1192585 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O bonde abre a viagem, No banco ninguém, Estou só, stou sem. Depois sobe um homem, No banco sentou, Companheiro vou. O bonde está cheio, De novo porém Não sou mais ninguém. ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Vila Rica, 1993. O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentração populacional nos centros urbanos geraram mudanças importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposição entre a) a solidão e a multidão. b) a carência e a satisfação. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1192585 645) 646) c) a mobilidade e a lentidão. d) a amizade e a indiferença. e) a mudança e a estagnação. www.tecconcursos.com.br/questoes/1192602 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da linguagem pela a) atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. b) utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. c) indicação de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada. d) enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. e) apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê. www.tecconcursos.com.br/questoes/2506695 SUCONS UEMA - Vest (UEMA)/UEMA/Educação a Distância (EAD)/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto I Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1192602 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2506695 De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d'água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada. Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira. 2ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. Manuel Bandeira é um dos poetas responsáveis pela solidificação do movimento modernista no Brasil em 1922. Apesar de manter algumas características do período do Romantismo, é um poeta essencialmente modernista. Nesse poema, vê-se que Pasárgada opõe-se ao mundo real. É a cidade ou mundo da fantasia, da liberdade, dos sonhos. Esse mundo de fantasia representado por ―Pasárgadaǁ caracteriza o traço de Romantismo conhecido como a) amor à natureza. b) escapismo ou fuga. c) nacionalismo exacerbado. d) apego ao passado histórico. e) divinização de um amor impossível. 647) 648) www.tecconcursos.com.br/questoes/990705FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O escritor modernista Oswald de Andrade declarou, em certa ocasião, que o poeta parnasiano era “uma máquina de fazer versos”, como podemos depreender da seguinte sentença: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano.” (Oswald de Andrade). Considerando a essência dessa declaração, do ponto de vista estético podemos afirmar o seguinte: a) Há, na sentença de Oswald, uma velada crítica ao escritor Manuel Bandeira, cuja produção artística, do momento histórico em comento, estava permeada de tons parnasianos. b) Debochado e irreverente, o poeta modernista debruça um olhar deletério, não sobre o poeta parnasiano propriamente, mas tão somente sobre a inspiração poética dos escritores modernistas de seu tempo, cuja produção, em termos quantitativos e qualitativos, atravessava significativa crise, mormente quando comparada à dos adeptos do Parnasianismo. c) Há ênfase à grande inventividade de inspiração dos críticos literários cujo olhar, demasiadamente exagerado, só não supera a grande capacidade de fazer poético dos escritores parnasianos. d) Há uma forte crítica ao modo maquinal de produção poética, com foco na metrificação perfeita, nas rimas raras, no repertório lexical rebuscado, na escansão poética, enfim nos mecanismos instauradores da busca da perfeição formal, com primazia da impassibilidade do sentimento em contraposição à percepção sensível e à inspiração. e) Depreende-se notável elogio à imensa capacidade de produção poética dos escritores adeptos da estética literária parnasiana, tendo em vista sua compulsiva criação de formas poéticas, cuja quantidade normalmente é superior à dos adeptos das demais escolas literárias. www.tecconcursos.com.br/questoes/770860 ITA - Vest (ITA)/ITA/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O poema abaixo é de Alcides Villaça. Bach no céu Para Manuel Bandeira Imagino Johann Sebastian Bach entrando no céu: - Com licença, São Pedro? - Faz favor, João. Só não repare a bagunça. (Em: Ondas curtas. São Paulo: Cosac Naify, 2014.) Dada a explícita relação intertextual entre Bach no céu e Irene no céu, é correto afirmar que a) Bach no céu, por ser um poema dedicado a um grande compositor, se opõe frontalmente ao primeiro poema, dedicado a uma mulher simples. b) a linguagem, no poema de Villaça, é formal porque ele retrata um grande compositor. c) inexiste afetividade em Bach no céu, pois o sujeito lírico não conheceu Bach pessoalmente. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990705 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/770860 649) 650) d) a admiração do sujeito lírico por Bach não é, na visão dele, compartilhada por São Pedro. e) Bach no céu homenageia, ao mesmo tempo, Johann Sebastian Bach e Manuel Bandeira. www.tecconcursos.com.br/questoes/990715 FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o texto abaixo atentamente, que servirá de base para a questão. “Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã ainda estivesse avançada). Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação. Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei. Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... - Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei” (Manuel Bandeira, “Poema só para Jaime Ovalle”.) Em que escola literária ou estilo de época você situaria o poema? a) Barroco b) Parnasianismo c) Realismo d) Modernismo e) Romantismo www.tecconcursos.com.br/questoes/1961322 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990715 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961322 651) 652) E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. No poema As meninas da gare, Oswald de Andrade faz uma paródia da Carta de Caminha, relacionando, por meio do humor, o achamento do Brasil à realidade urbana brasileira, paulista em particular, do início do século XX. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1264735 DIRENS Aeronáutica - CFS (EEAR)/EEAR/Aeronavegantes e Não- Aeronavegantes/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Autopsicografia (Fernando Pessoa) O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. De acordo com o sentido do poema de Fernando Pessoa, pode-se afirmar que a) os poemas, reflexos de dores nunca sentidas e experiências nunca vividas, são mentiras inventadas pelos poetas. b) quem não é sincero, não pode ser poeta, uma vez que é com verdades absolutas que se faz a boa obra poética. c) a obra poética é classificada como digna de confiança quando traz fatos reais, sem fingimentos. d) o ato de fingir, na criação poética, disfarça sentimentos reais que afetam a vida dos poetas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961325 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1264735 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961325 653) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. Após as experimentações formais da primeira geração modernista, a segunda geração passou a enfatizar radicalmente as conquistas estéticas vanguardistas, distanciando-se de questões sociais prementes, como se observa no chamado romance de trinta. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1961336 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. O Manifesto da Poesia Pau Brasil e o Manifesto Antropófago, marcos das ideias modernistas no Brasil, pregavam o uso rigoroso da linguagem, de modo que os autores utilizavam uma sintaxe elaborada e evitavam coloquialismos e expressões populares. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/998669 FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração(Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961336 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/998669 654) Novamente recorremos ao crítico Alfredo Bosi que, nas reflexões adiante transcritas, discorre sobre a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no início do século passado. “À medida que nos aproximamos da Semana, são as inovações formais que nos vão atraindo, isto é, aquele espírito modernista, strictu sensu, que iria polarizar em torno de uma nova expressão artistas como Anita Malfatti, Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Vila-Lobos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira. E é em face desse clima de vanguarda que se constata uma viragem na literatura brasileira já nos anos da I Guerra Mundial.” “A afirmação de novos ideais estéticos não veio de chofre. Às vésperas do conflito alguns escritores brasileiros traziam da Europa notícias de uma literatura em crise. Oswald de Andrade conheceu em Paris o futurismo que Marinetti, em 1909, lançara pelas páginas do Figaro no famoso Manifesto-Fundação; e trouxera de lá a maravilha de ver um poeta de versos livres, Paul Fort, coroado príncipe dos poetas franceses; Manuel Bandeira trava contatos com Paul Éluard, na Suíça, e viera marcado por um neo- simbolismo de cuja dissolução nasceria o seu modo de ser modernista; Ronald de Carvalho, embora pouco tivesse de revolucionário, ajudara em 1915 a fundação de uma revista de vanguarda futurista portuguesa, Orfeu, centro irradiador da poesia de Fernando Pessoa e de Sá Carneiro; Tristão de Ataíde e o próprio Graça Aranha conheceram igualmente as vanguardas europeias centradas em Paris; e da Paris de Apollinaire, Max Jacob e Blaise Cendrars vinha a poesia moderníssima de Sérgio Milliet.” “O termo futurismo, com todas as conotações de “extravagância”, “desvario” e “barbarismo”, começa a circular nos jornais brasileiros a partir de 1914 e vira ídolo polêmico na boca dos puristas.” “Nesse clima, só um grupo fixado na ponta de lança da burguesia culta, paulista e carioca, isto é, só um grupo cuja curiosidade intelectual pudesse gozar de condições especiais como viagens à Europa, leitura dos derniers cris, concertos e exposições de arte, poderia renovar efetivamente o quadro literário no país.” “A Semana de Arte Moderna foi o ponto de encontro desse grupo, e muitos dos seus traços menores, hoje caducos e só reexumáveis por leitores ingênuos (pose, irracionalismo, inconsequência ideológica) devem-se, no fundo, ao contexto social de onde proveio.” Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto: a) As chamadas vanguardas europeias tiveram relevante papel na formulação estética e no pensamento crítico dos artistas participantes da Semana. b) A jovem intelectualidade paulistana e carioca, tomando conhecimento dos eflúvios vanguardistas europeus pelos jornais, absorveram os novos esteticismos literários e os fizeram propagar no Brasil. c) Por serem tidas como extravagantes e desvairadas, as novas formulações estéticas, emanadas das vanguardas europeias, acabaram sendo rejeitadas pelos jovens artistas participantes da Semana. d) A Europa teve papel pouco relevante no advento das novas concepções estéticas forjadas na Semana de Arte Moderna. e) Os novos artistas brasileiros, que se propuseram a participar da Semana de Arte Moderna, estabeleceram rupturas e fissuras entre eles próprios, que acabaram comprometendo a qualidade dos projetos estéticos modernistas. www.tecconcursos.com.br/questoes/969103 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/969103 655) 656) O peru de Natal O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento). No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepção das relações humanas marcada por a) distanciamento de estados de espírito acentuado pelo papel das gerações. b) relevância dos festejos religiosos em família na sociedade moderna. c) preocupação econômica em uma sociedade urbana em crise. d) consumo de bens materiais por parte de jovens, adultos e idosos. e) pesar e reação de luto diante da morte de um familiar querido. www.tecconcursos.com.br/questoes/969107 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) TEXTO I Versos de amor A um poeta erótico Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso é, pois, o ponto outro de vista Consoante o qual, observo o amor, do egoísta Modo de ver, consoante o qual, o observas. Porque o amor, tal como eu o estou amando, É Espírito, é éter, é substância fluida, É assim como o ar que a gente pega e cuida, Cuida, entretanto, não o estar pegando! É a transubstanciação de instintos rudes, Imponderabilíssima, e impalpável, Que anda acima da carne miserável Como anda a garça acima dos açudes! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento). TEXTO II https://www.tecconcursos.com.br/questoes/969107 657) Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso. ambos definem esse sentimento a partir da oposição entre a) satisfação e insatisfação. b) egoísmo e generosidade. c) felicidade e sofrimento. d) corpo e espírito. e) ideal e real. www.tecconcursos.com.br/questoes/969118 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Vei, a Sol Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez e o herói ficou escorrendo sujeira de urubu. Já era de madrugadinha e o tempo estava inteiramente frio. Macunaíma acordou tremendo, todo lambuzado. Assim mesmo examinou bem a pedra mirim da ilhota para vê si não havia alguma cova com dinheiro enterrado. Não havia não. Nem a correntinha encantada de prata que indica pro escolhido, tesouro de holandês. Havia só as formigas jaquitaguas ruivinhas. Então passou Caiuanogue, a estrela da manhã. Macunaíma já meio enjoado de tanto viver pediu pra ela que o carregasse pro céu. Caiuanogue foi se chegando porém o herói fedia muito. — Vá tomar banho! — ela fez. E foi-se embora. Assim nasceu a expressão "Vá tomar banho" que os brasileiros empregam se referindo a certos imigrantes europeus. ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008. O fragmento de texto faz parte do capítulo VII, intitulado "Vei, a Sol", do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, pertencente à primeira fase do Modernismo brasileiro. Considerandoa linguagem empregada pelo narrador, é possível identificar https://www.tecconcursos.com.br/questoes/969118 658) 659) a) resquícios do discurso naturalista usado pelos escritores do século XIX. b) ausência de linearidade no tratamento do tempo, recurso comum ao texto narrativo da primeira fase modernista. c) referência à fauna como meio de denunciar o primitivismo e o atraso de algumas regiões do país. d) descrição preconceituosa dos tipos populares brasileiros, representados por Macunaíma e Caiuanogue. e) uso da linguagem coloquial e de temáticas do lendário brasileiro como meio de valorização da cultura popular nacional. www.tecconcursos.com.br/questoes/602213 CESGRANRIO - Prof Jun (BR)/BR/Comunicação/Relações Públicas/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Revista Isto É. São Paulo: Ed. Três. n. 2337, 10 set. 2014, p.4. A obra de arte mencionada no conjunto de informações acima e sua autora são representativas da primeira fase do Modernismo e correspondem à vertente chamada de a) Cubismo b) Dadaísmo c) Futurismo d) Surrealismo e) Antropofagia www.tecconcursos.com.br/questoes/1538884 DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o trecho do conto “O Peru de Natal” e responda. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/602213 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1538884 660) “O nosso primeiro Natal em família, depois da morte de meu pai, acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. Morreu meu pai sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto da família... A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto. Foi decerto por isso que me nasceu, esta sim, espontaneamente, a ideia de fazer uma das minhas chamadas “loucuras”. Essa fora, aliás, e desde muito cedo, a minha esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava regularmente uma reprovação todos os anos; desde o beijo às escondidas, numa prima, aos dez anos...eu consegui no reformatório do lar e vasta parentagem, a fama conciliatória de “louco”. “É doido coitado!” (…) Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas “loucuras”: – Bom, no Natal, quero comer peru. Houve um desses espantos que ninguém não imagina.” Nesse fragmento, o universo ficcional constitui a) o ponto de vista externo do narrador, que valoriza a célula dramática das novelas românticas. b) característica da primeira geração modernista, que repudiava o conservadorismo. c) a temática da prosa de costumes, enaltecendo a primeira geração romântica. d) uma temática nacionalista ao exaltar o conservadorismo. e) a valorização do sistema patriarcal. www.tecconcursos.com.br/questoes/1155268 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Fogo frio O Poeta A névoa que sobe dos campos, das grotas, do fundo dos vales, é o hálito quente da terra friorenta. O Lavrador Engana-se, amigo. Aquilo é fumaça que sai da geada. O Poeta Fumaça, que eu saiba, somente de chama e brasa é que sai! O Lavrador E, acaso, a geada não é fogo branco caído do céu, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1155268 661) tostando tudinho, crestando tudinho, queimando tudinho, sem pena, sem dó? FORNARI, E. Trem da serra. Porto Alegre: Acadêmica, 1987. Neste diálogo poético, encena-se um embate de ideias entre o Poeta e o Lavrador, em que a) a vitória simbólica é dada ao discurso do lavrador e tem como efeito a renovação de uma linguagem poética cristalizada. b) as duas visões têm a mesma importância e são equivalentes como experiência de vida e a capacidade de expressão. c) o autor despreza a sabedoria popular e traça uma caricatura do discurso do lavrador, simplório e repetitivo. d) as imagens contraditórias de frio e fogo referidas à geada compõem um paradoxo que o poema não é capaz de organizar. e) o discurso do lavrador faz uma personificação da natureza para explicar o fenômeno climático observado pelos personagens. www.tecconcursos.com.br/questoes/1155230 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Evocação do Recife A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada… BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações linguísticas originárias das classes populares devem ser a) satirizadas, pois as várias formas de se falar o português no Brasil ferem a língua portuguesa autêntica. b) questionadas, pois o povo brasileiro esquece a sintaxe da língua portuguesa. c) subestimadas, pois o português “gostoso” de Portugal deve ser a referência de correção linguística. d) reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é garantida por meio da fala do povo. e) reelaboradas, pois o povo “macaqueia” a língua portuguesa original. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1155230 662) 663) www.tecconcursos.com.br/questoes/766962 ITA - Vest (ITA)/ITA/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O poema abaixo, de Manuel Bandeira, pertence ao livro Lira dos cinquentanos. Velha chácara A casa era por aqui... Onde? Procuro-a e não acho. Ouço uma voz que esqueci: É a voz deste mesmo riacho. Ah quanto tempo passou! (Foram mais de cinquenta anos.) Tantos que a morte levou! (E a vida... nos desenganos...) A usura fez tábua rasa Da velha chácara triste: Não existe mais a casa... – Mas o menino ainda existe. O poema apresenta uma diferença entre I. o passado (a infância) e o presente (a velhice) vivido pelo eu lírico. II. um espaço puramente natural (o campo) e outro sociofamiliar (a casa). III. o que é desfeito pelo tempo (a casa) e o que ele não apaga (a lembrança). IV. a chácara (espaço ideal) e a cidade (espaço arrasado pela usura). Estão corretas apenas: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. www.tecconcursos.com.br/questoes/1155237 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Cena O canivete voou E o negro comprado na cadeia https://www.tecconcursos.com.br/questoes/766962 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1155237 664) Estatelou de costas E bateu coa cabeça na pedra ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001. O Modernismo representou uma ruptura com os padrões formais e temáticos até então vigentes na literatura brasileira. Seguindoesses aspectos, o que caracteriza o poema Cena como modernista é o(a) a) construção linguística por meio de neologismo. b) estabelecimento de um campo semântico inusitado. c) configuração de um sentimentalismo conciso e irônico. d) subversão de lugares-comuns tradicionais. e) uso da técnica de montagem de imagens justapostas. www.tecconcursos.com.br/questoes/255840 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255840 665) A linguagem empregada no poema não traduz os princípios apregoados por Mário de Andrade no que se refere à expressão literária brasileira pautada em uma gramática de extração popular, inspirada na língua falada no Brasil. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1077627 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe A perereca verde que de repente dá um pulo que engraçado E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma. Alegria das calçadas Uns falam pelos cotovelos: — “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino ingênuo de demiurgos de inutilidades. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes uma lição de infância. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de elementos do cotidiano como matéria de inspiração poética. O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcança expressividade porque a) realiza um inventário dos elementos lúdicos tradicionais da criança brasileira. b) promove uma reflexão sobre a realidade de pobreza dos centros urbanos. c) traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos de significação corriqueira. d) introduz a interlocução como mecanismo de construção de uma poética nova. e) constata a condição melancólica dos homens distantes da simplicidade infantil. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1077627 666) 667) www.tecconcursos.com.br/questoes/255843 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Apelo Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979, p.73. Considerando o texto acima, bem como as tendências temáticas e formais da literatura brasileira contemporânea, julgue o item a seguir. Assim como ocorria no Modernismo, parte significativa dos escritores da literatura brasileira contemporânea organiza-se em grupos que retomam projetos construídos pelas vanguardas europeias no que tange à pesquisa formal e temática. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/141497 FGV - AA (FBN)/FBN/"Sem Área"/2013 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) “(...) permite introduzir elementos sociais e humanos na compreensão geográfica do que sejam os biomas brasileiros, captando também a sua identidade em termos de ocupação social e vida cultural. A designação dos seis grandes biomas, ‘Amazônia’, ‘Caatinga’, ‘Mata Atlântica’, ‘Cerrado’, ‘Pantanal’ e ‘Pampa’, invoca nos indivíduos e setores sociais um sentimento de identidade.” (Adaptado de PÁDUA, José Augusto (org.) Desenvolvimento, justiça e meio ambiente. Belo Horizonte: UFMG; São Paulo: Petrópolis, 2009, pp. 122‐123). Segundo o fragmento, a paisagem é um elo entre sociedade e natureza, forjado, inclusive, pela literatura brasileira. Os exemplos a seguir apresentam a simbiose entre literatura e meio ambiente, à exceção de um. Assinale‐o. a) Os Sertões, de Euclides da Cunha. b) Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade. c) O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo. d) Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255843 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/141497 668) 669) www.tecconcursos.com.br/questoes/941963 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2013 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo. 27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prol Gráfica, 2012. O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. b) forma clássica da construção poética brasileira. c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol. d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética. e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188152 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2013 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Meu povo, meu poema Meu povo e meu poema crescem juntos Como cresce no fruto A árvore nova No povo meu poema vai nascendo Como no canavial Nasce verde o açúcar No povo meu poema estámaduro Como o sol Na garganta do futuro https://www.tecconcursos.com.br/questoes/941963 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188152 670) Meu povoem meu poema Se reflete Como espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo Menos como quem canta Do que planta FERREIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, 2000. O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi escrito na década de 1970. Nele, o diálogo com o contexto sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que a) precisa do povo para produzir seu texto, mas se esquiva de enfrentar as desigualdades sociais. b) dilui a importância das contingências políticas e sociais na construção de seu universo poético. c) associa o engajamento político à grandeza do fazer poético, fator de superação da alienação do povo. d) afirma que a poesia depende do povo, mas esse nem sempre vê a importância daquela nas lutas de classe. e) reconhece, na identidade entre o povo e a poesia, uma etapa de seu fortalecimento humano e social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1027343 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2012 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eras... As primaveras do sarcasmo intermitentemente no meu coração arlequinal... Intermitentemente... Outras vezes é um doente, um frio na minha alma doente como um longo som redondo... Cantabona! Cantabona! Dlorom... Sou um tupi tangendo um alaúde! ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade. b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1027343 671) 672) c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9). d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2170614 FGV - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2012 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A respeito da obra de Fernando Pessoa e seus heterônimos, analise as afirmativas a seguir: I. Ricardo Reis: busca a expressão do mundo moderno. II. Alberto Caeiro: obtenção do conhecimento por meio da sensação. III. Álvaro de Campos: consciência da passagem do tempo e inevitabilidade da morte. Assinale a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas a afirmativa III estiver correta. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187170 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2012 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A rua Bem sei que, muitas vezes, O único remédio É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem, A dívida, o divertimento, O pedido de emprego, ou a própria alegria. A esperança é também uma forma De contínuo adiamento. Sei que é preciso prestigiar a esperança, Numa sala de espera. Mas sei também que espera significa luta e não, apenas, Esperança sentada. Não abdicação diante da vida A esperança Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera. Nunca é figura de mulher Do quadro antigo. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2170614 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187170 673) Sentada, dando milho aos pombos. RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012. O poema de Cassiano Ricardo insere-se no Modernismo brasileiro. O autor metaforiza a crença do sujeito lírico numa relação entre o homem e seu tempo marcada por a) um olhar de resignação perante as dificuldades materiais e psicológicas da vida. b) uma ideia de que a esperança do povo brasileiro está vinculada ao sofrimento e às privações. c) uma posição em que louva a esperança passiva para que ocorram mudanças sociais. d) um estado de inércia e de melancolia motivado pelo tempo passado “numa sala de espera”. e) uma atitude de perseverança e coragem no contexto de estagnação histórica e social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187165 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2012 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sambinha Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras. Afobadas braços dados depressinha Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua. As costureirinhas vão explorando perigos... Vestido é de seda. Roupa-branca é de morim. Falando conversas fiadas As duas costureirinhas passam por mim. — Você vai? — Não vou não! Parece que a rua parou pra escutá-las. Nem trilhos sapecas Jogam mais bondes um pro outro. E o Sol da tardinha de abril Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens. As nuvens são vermelhas. A tardinha cor-de-rosa. Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas... Fizeram-me peito batendo Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras! Isto é... Uma era ítalo-brasileira. Outra era áfrico-brasileira. Uma era branca. Outra era preta. ANDRADE, M. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1988. Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poético, como parte de seu projeto de configuração de uma identidade linguística e nacional. No poema https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187165 674) de Mário de Andrade esse projeto revela-se, pois a) o poema capta uma cena do cotidiano — o caminhar de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas o andamento dos versos é truncado, o que faz com que o evento perca a naturalidade. b) a sensibilidade do eu poético parece captar o movimento dançante das costureirinhas — depressinha — que, em última instância, representam um Brasil de “todas as cores”. c) o excesso de liberdade usado pelo poeta ao desrespeitar regras gramaticais, como as de pontuação, prejudica a compreensão do poema. d) a sensibilidade do artista não escapa do viés machista que marcava a sociedade do início do século XX, machismo expresso em “que até dão vontade pros homens da rua”. e) o eu poético usa de ironia ao dizer da emoção de ver moças “tão modernas, tão brasileiras”, pois faz questão de afirmar as origens africana e italiana das mesmas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187173 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2012 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O bonde abre a viagem, No banco ninguém, Estou só, stou sem. Depois sobe um homem, No banco sentou, Companheiro vou. O bonde está cheio, De novo porém Não sou mais ninguém. ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. Em um texto literário, é comum que os recursos poéticos e linguísticos participem do significado do texto, isto é, forma e conteúdo se relacionam significativamente. Com relação ao poema de Mário de Andrade, a correlação entre um recurso formal e um aspecto da significação do texto é a) a sucessão de orações coordenadas, que remete à sucessão de cenas e emoções sentidas pelo eu lírico ao longo da viagem. b) a elisão dos verbos, recurso estilístico constante no poema, que acentua o ritmo acelerado da modernidade. c) o emprego de versos curtos e irregularesem sua métrica, que reproduzem uma viagem de bonde, com suas paradas e retomadas de movimento. d) a sonoridade do poema, carregada de sons nasais, que representa a tristeza do eu lírico ao longo de toda a viagem. e) a ausência de rima nos versos, recurso muito utilizado pelos modernistas, que aproxima a linguagem do poema da linguagem cotidiana. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187173 675) 676) www.tecconcursos.com.br/questoes/761114 ITA - Vest (ITA)/ITA/2011 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A questão refere-se ao poema abaixo, de Oswald de Andrade, que integra o romance Memórias sentimentais de João Miramar. Azula: foge Abrindo o pala: escapando Sarado: valentão, abusado Com base no poema, a única opção que NÃO contempla a proposta modernista é a) ( ) o escape da visão lírico-amorosa. b) ( ) a apresentação de problemas existenciais. c) ( ) a inovação da linguagem literária. d) ( ) a apresentação de problemas sociais. e) ( ) a ironia ao sistema econômico-social. www.tecconcursos.com.br/questoes/958995 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2011 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Estrada Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho, Interessa mais que uma avenida urbana. Nas cidades todas as pessoas se parecem. Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente. Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma. Cada criatura é Única. Até os cães. Estes cães da roça parecem homens de negócios: Andam sempre preocupados. E quanta gente vem e vai! E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar: Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um https://www.tecconcursos.com.br/questoes/761114 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/958995 677) 678) bodezinho manhoso. Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos, Que a vida passa! que a vida passa! E que a mocidade vai acabar. BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para a) o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com relação à cidade. b) a percepção do caráter efêmera da vida, possibilitada pela observação da aparente inércia da vida rural. c) a opção do eu lírico pelo espaço bucólico como possibilidade de meditação sobre a sua juventude. d) a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança. e) a profunda sensação de medo gerada pela reflexão acerca da morte. www.tecconcursos.com.br/questoes/1555602 DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2011 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) “Reconstruir a cultura brasileira sobre bases nacionais; promover uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminar de vez o nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros” foram propostas defendidas, dentre outros, pelos modernistas da Primeira Fase, a) Manuel Bandeira e Clarice Lispector. b) Mário de Andrade e Oswald Andrade. c) Graça Aranha e Monteiro Lobato. d) Carlos Drummond de Andrade e Lima Barreto. e) Euclides da Cunha e Monteiro Lobato. www.tecconcursos.com.br/questoes/761115 ITA - Vest (ITA)/ITA/2011 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A questão refere-se ao poema abaixo, de Oswald de Andrade, que integra o romance Memórias sentimentais de João Miramar. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1555602 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/761115 679) Azula: foge Abrindo o pala: escapando Sarado: valentão, abusado O título do poema “Crackar”, relacionado ao romance, I. revela o comportamento do personagem. II. é próprio do contexto sócio-econômico da época. III. afeta diretamente a vida do personagem. Está correto o que se afirma em a) ( ) I e II, apenas. b) ( ) II, apenas. c) ( ) II e III, apenas. d) ( ) III, apenas. e) ( ) todas. www.tecconcursos.com.br/questoes/995440 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2007 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O canto do guerreiro Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. — Ouvi-me, Guerreiros, — Ouvi meu cantar. Valente na guerra, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/995440 680) Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? — Guerreiros, ouvi-me; — Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias. Macunaíma (Epílogo) Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? Mário de Andrade. Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto. b) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal. c) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena. d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais. e) a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro. www.tecconcursos.com.br/questoes/995436 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2007 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O canto do guerreiro Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. — Ouvi-me, Guerreiros, — Ouvi meu cantar. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/995436 681) Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? — Guerreiros, ouvi-me; — Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias. Macunaíma (Epílogo) Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? Mário de Andrade. A leitura comparativa dos dois textos acima indica que a) ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro apresentada de forma realista e heróica, como símbolo máximo do nacionalismo romântico. b) a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos indígenas do Brasil. c) as perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1.º texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2.º texto) expressam diferentes visões da realidade indígena brasileira. d) o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do processo de colonização no Brasil. e) os versos em primeira pessoa revelam que os indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas foram silenciados pela colonização, como demonstra a presençado narrador, no segundo texto. www.tecconcursos.com.br/questoes/1048156 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2006 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Erro de Português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de Sol O índio tinha despido https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1048156 682) O português. Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. O primitivismo observável no poema acima, de Oswald de Andrade, caracteriza de forma marcante a) o regionalismo do Nordeste. b) o concretismo paulista. c) a poesia Pau-Brasil. d) o simbolismo pré-modernista. e) o tropicalismo baiano. www.tecconcursos.com.br/questoes/1048151 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2006 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Namorados O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: — Antônia, ainda não me acostumei com o seu [ corpo, com a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. — Você não sabe quando a gente é criança e de [ repente vê uma lagarta listrada? A moça se lembrava: — A gente fica olhando.. . A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: — Antônia, você parece uma lagarta listrada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: — Antônia, você é engraçada! Você parece louca. Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época a) a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas. b) a utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1048151 683) 684) c) a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado. d) a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época. e) o recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1048056 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2004 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem ― Sois cristão? ― Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu ― Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval Oswald de Andrade Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem. b) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras – portugueses, negros e índios – pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira. c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos. d) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas. e) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade. www.tecconcursos.com.br/questoes/1048057 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2004 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem ― Sois cristão? ― Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1048056 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1048057 685) ― Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval Oswald de Andrade A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifestação do a) poeta e do colonizador apenas. b) colonizador e do negro apenas. c) negro e do índio apenas. d) colonizador, do poeta e do negro apenas. e) poeta, do colonizador, do índio e do negro. www.tecconcursos.com.br/questoes/17501 CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2002 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil, realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do carioca Machado de Assis é um marco na literatura brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive- se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias. João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta - a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50, 52, 57-8 (com adaptações). Com o auxílio do texto, julgue o item seguinte, referente à literatura brasileira do século XX. De forma geral, artistas e escritores que se colocaram à frente das propostas modernistas eram ideologicamente de esquerda e politicamente engajados com projetos audaciosos de reformas, como Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Monteiro Lobato, o que contribuiu para facilitar a imediata aceitação das teses do movimento. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/17499 CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2002 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/17501 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/17499 686) 687) A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil, realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do cariocaMachado de Assis é um marco na literatura brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive- se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias. João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta - a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50, 52, 57-8 (com adaptações). Com o auxílio do texto, julgue o item seguinte, referente à literatura brasileira do século XX. O Modernismo irrompeu na cena brasileira tendo por marco a Semana de 1922, em um contexto histórico de muita turbulência: nesse mesmo ano, fundou-se o Partido Comunista, acirrou-se a crise política no tumultuado processo eleitoral que culminou na vitória de Artur Bernardes - que governou sob estado de sítio - e veio à tona a rebeldia da jovem oficialidade do Exército, com o movimento tenentista. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1047117 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2000 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época. Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e [manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o [cunho vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas ............................................................................................ Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare — Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. (BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1047117 688) 689) Rio de Janeiro. Aguilar, 1974) Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta: a) critica o lirismo louco do movimento modernista. b) critica todo e qualquer lirismo na literatura. c) propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico. d) propõe o retorno ao lirismo do movimento romântico. e) propõe a criação de um novo lirismo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1046508 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/1998 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto: PRA MIM BRINCAR Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática. ¾ As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde. (BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. Pág. 19) Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão: a) uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras. b) apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas. c) a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista. d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira. e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa. www.tecconcursos.com.br/questoes/2344953 IBFC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Educação Básica/Língua Portuguesa/2023 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em “Capitães da Areia”, podemos observar que a narrativa do escritor baiano é um veículo que tem como uma de suas funções “divulgar os maus tratos da sociedade e a negligência do poder público, em relação ao problema do menor abandonado no Brasil, e https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1046508 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2344953 690) propaga também a consequência desse descaso sócio-estatal: a configuração da delinquência infanto-juvenil”. (FIGUEIRÊDO, Ediliane Lopes Leite de, 2011, p.88). Analise os fragmentos a assinale, dentre as alternativas de resposta, a passagem que ratifica a explicação específica sobre a narrativa de Jorge Amado. I. “Logo depois transferiam para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e idades as mais variadas, desde os 9 aos 16 anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava” (AMADO, 2008, p. 28). II. “ – O senhor não tem vergonha de estar nesse meio, padre? (...) Um homem de responsabilidade no meio dessa gentalha (...). – São crianças, senhora. (...) – Isso não são crianças, são ladrões. Velhacos, ladrões (...) São até capazes de ser os Capitães da Areia (...)” (AMADO, 2008, p. 81). III. “Nem parecia um meio-dia de inverno. O sol deixava cair sobre as ruas uma claridade macia, que não queimava, mas cujo calor acariciava como a mão de uma mulher. No jardim próximo as flores desabrochavam em cores. Margaridas e onze-horas, rosas e cravos, dálias e violetas” (AMADO, 2008, p. 110). Estão corretas as afirmativas: a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II apenas. e) II e III apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2279105 Instituto AOCP - Vest (UEMG)/UEMG/Tradicional/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Com base no seguinte excerto de Vidas Secas, assinale a alternativa correta. [...] Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, sinha Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. [...] https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2279105 691) 692) RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 144ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2020. a) A obra pertence à Primeira Geração Modernista, posto que trata dos assuntos nacionais e foca a idealização da realidade brasileira. b) Graciliano Ramos preza pelo uso da linguagem metafórica, evitando ser direto na descrição do espaço e das ações das personagens. c) Vidas Secas possui como algumas de suas marcas o regionalismo e o realismo,com tom crítico ao abordar temáticas sociais, denunciando as desigualdades. d) Vidas Secas pertence à Terceira Geração Modernista, conhecida como Geração de 45, na qual prevalece a sondagem psicológica e a crítica social. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253750 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente as declarações de I a III, que tratam da poesia de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. I. O poeta transita entre a construção gramatical normativa e o experimentalismo modernista com a linguagem, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “camabel camabel o vale ecoa/ sobre o vazio de ondalit/ a noite asfáltica/ plkx” (“Os materiais da vida”). II. A linguagem, na poesia de Drummond, vale-se quase sempre de coloquialismos e desvios gramaticais, subvertendo a norma culta por completo, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “Lutar com palavras/ é a luta mais vã./ Entanto lutamos mal rompe a manhã.” (“O lutador”). III. Drummond segue à risca a gramática normativa, da qual rigorosamente nunca diverge, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/ tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra.” a) I é correta. b) III é correta. c) II é correta. d) Todas são corretas. e) Nenhuma é correta. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253737 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em relação à linguagem de Os ratos, de Dyonélio Machado, é correto afirmar que ela a) respeita completamente a norma culta, como no seguinte exemplo: “Passando um mercadinho – é um pequeno escritório: uma porta e uma janela. Ao lado da porta, uma placa quadrada, de ferro esmaltado. Eles entram. – Me chame o seu Fernandes – diz o Duque para um menino que se acha sentado à escrivaninha.” (p. 86). b) é ágil e rápida, adequada ao ritmo intenso da narrativa, como no seguinte exemplo: “Entrando pouco a pouco na calma outra vez. Raciocinante. É conveniente comprar fichas. Com quinze mil réis https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253750 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253737 693) em fichas já tem margem pra muito jogo. Encaminha-se para o guichê. Volta com uma pilha de rodelas na mão.” (p. 63). c) desrespeita a norma culta e ainda é lenta e entediante, como no seguinte exemplo: “Ouve-se um baque, lá fora. Eles levantam a cabeça, atentos. – É o portãozinho. – Deixa que eu vou fechar – e Naziazeno se ergue vivamente. – Bota o casaco. – Não precisa. – E sai.” (p. 113). d) embora apresente elementos de oralidade, não é totalmente coloquial, distinguindo a palavra do narrador e das personagens, como no seguinte exemplo: “Não enxerga o Duque nos lugares habituais... E, entretanto, é a ‘hora dele’.” (p. 30). e) jamais apresenta uso de discurso direto. Por exemplo: “Ele se senta. Dirige-lhes duas ou três palavras. – O Naziazeno tem um grande aperto hoje – informa-lhe Alcides.” www.tecconcursos.com.br/questoes/2268562 IME - CFG (IME)/IME/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 1 Erico Verissimo (1905 – 1975), nascido em Cruz Alta (RS), foi um dos escritores mais populares da chamada segunda fase modernista, que começou na década de 1930. Sua obra mais conhecida é o “Tempo e o Vento”, uma trilogia de romances, na qual ele narra a história de um clã familiar, os Terra Cambarás, de 1745 até 1945, tendo como contexto a formação da fronteira nacional na região sul. O espaço central desses romances é a cidade fictícia de Santa Fé, situada no noroeste do Rio Grande do Sul. O texto “O Sobrado”, que integra o romance “O Continente”, versa sobre o chefe do clã, Licurgo Cambará, que resiste em casa ao cerco dos inimigos pertencentes ao clã oposto, dos Amaral. Na obra, é abordado um episódio da Revolução Federalista (1893 – 1895), uma guerra civil entre dois grupos de ideias opostas: um que desejava aumentar os poderes do presidente da República e outro que desejava uma maior autonomia aos estados. O SOBRADO Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé , que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno na solidão. Agachado atrás dum muro, José Lírio preparava-se para a última corrida. Quantos passos dali até a igreja? Talvez uns dez ou doze, bem puxados. Recebera ordens para revezar o companheiro que estava de vigia no alto duma das torres da Matriz. “Tenente Liroca”, dissera-lhe o coronel, havia poucos minutos, “suba pro alto do campanário e fique de olho firme no quintal do Sobrado. Se alguém aparecer pra tirar ´agua do poço, faça fogo sem piedade.” José Lírio olhava a rua. Dez passos até a igreja. Mas quantos passos até a morte? Talvez cinco... ou dois. Havia um atirador infernal na água-furtada do Sobrado, à espreita dos imprudentes que se aventurassem a cruzar a praça ou alguma rua a descoberto. Os segundos passavam. Era preciso cumprir a ordem. Liroca não queria que ninguém percebesse que ele hesitava, que era um covarde. Sim, covarde. Podia enganar os outros, mas não conseguia iludir-se a si mesmo. Estava metido naquela revolução porque era federalista e tinha vergonha na cara. Mas não se habituava nunca ao perigo. Sentira medo desde o primeiro dia, desde a primeira hora — um medo que lhe vinha de baixo, das tripas, e lhe subia pelo estômago até a goela, como uma geada, amolecendo-lhe as pernas, os braços, a vontade. Medo é doença; medo é febre. Engraçado. A noite estava fria mas o suor escorria-lhe pela cara barbuda e entrava-lhe na boca, com gosto de salmoura. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2268562 O tiroteio cessara ao entardecer. Talvez a munição da gente do Sobrado tivesse acabado. Ele podia atravessar a rua devagarinho, assobiando e acendendo um cigarro. Seria até uma provocação bonita. Vamos, Liroca, honra o lenço encarnado. Mas qual! Lá estava aquela sensação fria de vazio e enjoo na boca do estômago, o minuano gelado nos miúdos. Donde lhe vinha tanto medo? Decerto do sangue da mãe, pois as gentes do lado paterno eram corajosas. O avô de Liroca fora um bravo em 35. O pai lhe morrera naquela mesma revolução, havia pouco mais dum ano tombara estripado numa carga de lança, mas lutando até o último momento. “Lírio é macho”, murmurou Liroca para si mesmo. “Lírio é macho.” Sempre que ia entrar num combate, repetia estas palavras: “Lírio é macho”. Levantou-se devagarinho, apertando a carabina com ambas as mãos. Sentia o corpo dorido, a garganta seca. Tornou a olhar para a igreja. Dez passos. 30 Podia percorrê-los nuns cinco segundos, quando muito. Era só um upa e estava tudo terminado. Fez avançar cautelosamente a cabeça e, com a quina do muro a tocar-lhe o meio da testa e a ponta do nariz, fechou o olho direito e com o esquerdo ficou espiando o Sobrado que lá estava, do outro lado da praça, com sua fachada branca, a dupla fileira de janelas, a sacada de ferro e os altos muros de fortaleza. Havia no casar˜ao algo de terrivelmente humano que fez o coração de José Lírio pulsar com mais força. Os federalistas tinham tomado a cidade havia quase uma semana, mas Licurgo Cambará, o intendente e chefe político republicano do município, encastelara-se em sua casa com toda a família e um grupo de correligionários, e de lá ainda oferecia resistência. Enquanto o Sobrado não capitulasse, os revolucionários não poderiam considerar-se senhores de Santa Fé, pois os atiradores da água-furtada praticamente dominavam a praça e as ruas em derredor. Por alguns instantes José Lírio ficou a mirar a fachada do casarão, e de repente a lembrança de que Maria Valéria estava lá dentro lhe varou o peito comoum pontaço de lança. Soltou um suspiro fundo e entrecortado, que foi quase um soluço. De novo se encolheu atrás do muro e tornou a olhar para a igreja. Se conseguisse chegar a salvo até a parede lateral, ficaria fora do alcance do atirador do Sobrado, e poderia entrar no campanário pela porta da sacristia. Vamos, Liroca, só uma corrida. Que te pode acontecer? O homem te enxerga, faz pontaria, atira e acerta. Uma bala na cabeça. Pronto! Cais de cara no chão e está tudo liquidado. Acaba-se a agonia. Dizem que quando a bala entra no corpo da gente, no primeiro momento não dói. Depois é que vem a ardência, como se ela fosse de ferro em brasa. Mas quando o ferimento é mortal não se sente nada. O pior é arma branca. Vamos, Liroca. Dez passos. Cinco segundos. Lírio é macho, Lírio é macho. José Lírio continuava imóvel, olhando a rua. Ainda ontem um companheiro seu ousara atravessar aquele trecho à luz do dia, num momento em que o tiroteio cessara. Ia cantando e fanfarronando. Viu-se de repente na água-furtada do sobrado um clarão acompanhado dum estampido, e o homem tombou. O sangue começou a borbotar-lhe do peito e a empapar a terra. “Vamos, menino!” Quem falava agora nos pensamentos de Liroca era seu pai, o velho Maneco Lírio. Sua voz áspera como lixa vinha de longe, de um certo dia da infância em que Liroca faltara à escola e ao chegar a casa encontrara o pai atrás da porta com um rebenque na mão. “Agora tu me pagas, salafrário!” Liroca saíra a correr como um doido na direção do fundo do quintal. “Espera, poltrão!” E de repente o que o velho Maneco tinha nas mãos não era mais o chicote, e sim as próprias vísceras, que lhe escorriam moles e visguentas da ferida do ventre. “Vamos, covarde!” De súbito, como tomado dum demônio, Liroca ergueu-se, apertou a carabina contra o peito e deitou a correr na direção da igreja. Seus passos soaram fofos na terra. Deu cinco passadas e a meio caminho, sem olhar para o Sobrado, numa voz frenética de quem pede socorro, gritou: “Pica-paus do inferno! Sou homem!”. Continuou a correr e, ao chegar ao ponto morto atrás da parede lateral da igreja, rojou-se ao 694) solo e ali ficou, arquejante, com o peito colado à terra, o coração a bater acelerado, e sentindo entrar-lhe na boca e nas narinas talos de grama úmida de sereno. “A la fresca!”, murmurou ele. “A la fresca!” Estava inteiro, estava salvo. Fechou os olhos e deixou-se quedar onde estava, babujando a terra com sua saliva grossa, a garganta a arder, e o corpo todo amolentado por uma fraqueza que lhe dava um trêmulo desejo de chorar. VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento, parte I: O Continente. 4ª ed. S˜ao Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 17- 19 (texto adaptado). Quanto ao texto 1 apresentado, considere as seguintes afirmações: I. O autor é um regionalista típico, uma vez que enfatizou a expressão de peculiaridades locais, tais como costumes, visão de mundo e modos de vida dos gaúchos, em uma perspectiva etnográfica e folclórica, tendo como objetivo a preservação dessas tradições. II. O autor apresenta os contrastes e confrontos do universo rural e urbano, das matrizes luso- brasileiras e dos fluxos migratórios na região sul. III. À semelhança de outros autores do romance de 30, o autor abordou estruturas sociais, culturais e políticas do passado da região sul, numa perspectiva crítica, praticando uma espécie de “história do tempo presente”. Está( ão) correta(s) apenas a(s) assertiva(s): a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253738 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Canto ao homem do povo Charlie Chaplin”, de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. E falam as flores que tanto amas quando pisadas, falam os tocos de vela, que comes na extrema penúria, falam a mesa, os botões, os instrumentos do ofício e as mil coisas aparentemente fechadas, cada troço, cada objeto do sótão, quanto mais obscuros mais falam. a) a linguagem é pouco elaborada, pois visa a descrever materialmente a realidade, desprovida de qualidades estéticas. b) são versos livres, de ritmo fluido, nos quais a elaboração da linguagem busca tirar os objetos cotidianos da banalidade. c) a dimensão estética do cotidiano é apagada pela fama da pessoa a quem o poema é dedicado, elogiada nos versos. d) a métrica desses versos é rígida, para imitar a forma geométrica dos objetos descritos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253738 695) 696) e) o uso das rimas raras e do ritmo afastado da linguagem comum transfigura a realidade material em uma dimensão estética rebuscada, de difícil acesso para o leitor. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253781 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Cantiga de enganar”, de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. Meu bem, assim acordados, assim lúcidos, severos, ou assim abandonados, deixando-nos à deriva levar na palma do tempo — mas o tempo não existe —, sejamos como se fôramos num mundo que fosse: o Mundo. a) os versos confirmam, sem sombra de dúvidas, que a lucidez não só é impossível neste mundo, como também a realidade é enlouquecedora. b) lidos em conjunto com o título do poema, os versos exprimem certa ironia em relação à condição humana na realidade do mundo. c) os versos são típicos da indiferença do eu lírico, característica da poética de Drummond frente à inevitabilidade da morte em um mundo sombrio e apocalíptico. d) no contexto do poema, os versos exprimem a negação da condição de abandono do ser humano. e) no contexto da obra, os versos exemplificam o tema da busca da riqueza material, segundo o preceito do carpe diem. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253733 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A respeito de Adelaide, uma das personagens femininas de Os ratos, de Dyonélio Machado, é correto afirmar que a) ela é frágil e ingênua, características que agradam ao protagonista, pois alimentam seu amor por ela. b) ela é financeiramente independente do marido e protagonista do romance. c) sua fraqueza e ingenuidade servem para que o protagonista justifique seus próprios fracassos. d) ela se sente inferiorizada diante de outras mulheres presentes no romance. e) Adelaide não exige do marido luxos que ele não conseguiria entregar, apenas o suficiente para alimentar a família. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253787 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253781 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253733 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253787 697) 698) 699) Assinale a alternativa que complementa corretamente a seguinte afirmação: “Os poemas da seção ‘NA PRAÇA DE CONVITES’, da Antologia Poética, de Carlos Drummond de Andrade, tematizam o cotidiano... a) com um leve e alegre tom simpático e pitoresco, como nos versos: “Imenso trabalho nos custa a flor./ Por menos de oito contos vendê-la? Nunca.” (“Anúncio da rosa”). b) com ênfase na crença em relação ao progresso social do mundo moderno, como nos versos: “Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota/ e adiar para outro século a felicidade coletiva.” (“Elegia 1938”). c) de forma a fugir do registro banal ou meramente anedótico, procurando captar a realidade a partir das inquietações e, por vezes, do inconformismo do eu lírico: ‘Calo-me, espero, decifro./ As coisas talvez melhorem./ São tão fortes as coisas!/ Mas eu não sou as coisas e me revolto.’” (“Nosso tempo”). d) propondo a análise dos problemas do Brasilsegundo os princípios da literatura naturalista, isto é, de maneira objetiva e científica, como ilustram os versos: “Eis meu pobre elefante/ pronto para sair/ à procura de amigos/ num mundo enfastiado/ que já não crê nos bichos/ e duvida das coisas.” (“O elefante”). e) da perspectiva da literatura prosélita, que defendia um nacionalismo ingênuo e panfletário, como atestam os versos: “O mar batia em meu peito, já não batia no cais./ A rua acabou, quede as árvores? a cidade sou eu/ a cidade sou eu/ sou eu a cidade/ meu amor.” (“Coração numeroso”). www.tecconcursos.com.br/questoes/2115209 Instituto Consulplan - Prof (Pref Jequié)/Pref Jequié/Língua Portuguesa/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.) Considerando a estética literária em que se enquadra o autor de “Vidas Secas”, assinale a afirmativa correta. a) Como autor modernista, Graciliano Ramos está entre os grandes romancistas brasileiros do Nordeste cujo regionalismo adquire um caráter crítico. b) O fragmento apresenta características literárias próprias do movimento a que pertence como: subjetivismo, alienação social e concepção mística do mundo. c) Também denominado “romance científico”, inspirado pela prática darwinista, a obra de Graciliano Ramos demonstra um estudo minucioso da natureza humana. d) Uma das características que se pode observar nessa fase da literatura brasileira é a utilização da metalinguagem, conforme é possível observar no fragmento destacado. www.tecconcursos.com.br/questoes/2356661 MS CONCURSOS - Ass (Pref Fátima S)/Pref Fátima do Sul/Educação Infantil/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia o poema para responder à próxima questão. Retrato. (Cecília Meireles). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2115209 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2356661 700) 701) Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas; Eu não tinha este coração Que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: — Em que espelho ficou perdida a minha face? Sobre o poema “Retrato”, de Cecília Meireles, assinale a alternativa incorreta. a) Os versos se referem tanto às feições do rosto e do corpo, como também à angústia existencial interior do eu lírico. b) No texto, notamos claramente, os sentimentos de solidão e tristeza do eu poético. c) Aparece no poema, a velhice, quando é mencionado a degeneração do corpo. d) Os versos / Eu não tinha estas mãos sem força, / Tão paradas e frias e mortas/, não mencionam a transitoriedade da vida, o eu lírico somente se preocupa com o momento presente. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253752 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa correta acerca de Os ratos, de Dyonélio Machado. a) a narrativa respeita a ordem cronológica dos acontecimentos, característica que facilita a compreensão do enredo. b) a narrativa fragmentária apresenta idas e vindas no tempo, o que provoca certa inquietação no leitor e dificuldade de estabelecimento da ordem dos acontecimentos. c) embora a narrativa não respeite a ordem cronológica dos fatos, esse recurso não apresenta efeito algum sobre o leitor. d) todas as informações contidas no texto que não seguem o tempo cronológico estão completamente desvinculadas do enredo. e) todas as informações contidas no texto que não seguem o tempo cronológico representam apenas um devaneio do narrador em relação à matéria narrada. www.tecconcursos.com.br/questoes/2460446 FCC - Vest (UNILUS)/UNILUS/Medicina/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia o comentário de Alfredo Bosi a respeito da obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meirelles. Quem seguir passo a passo o Romanceiro verá que nele convergem as notícias do ouro, que faz a opulência de poucos, e a fala dos oprimidos, do negro nas catas, dos povos vexados pelos tributos abusivos. (BOSI, Alfredo. Céu, inferno. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 1988, p. 143) No Romanceiro da Inconfidência, um trecho em que sobressai a fala do oprimido está em: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253752 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2460446 702) 703) a) D. João V, rei faustoso, entre fidalgos e criados, calcula as grandes despesas para os festins projetados. Ai, quanto veludo e seda, e quantos finos brocados! b) − Conde, por que estais tão triste? Confessai-me a vossa pena (assim fala João Fernandes, dono da terra opulenta.) c) Ai, quantos ricos presentes para outros reinos enviados! Ai, que mosteiro, ai que torres, ai, que sinos afinados. d) Já se preparam as festas para os famosos noivados que entre Portugal e Espanha breve serão celebrados. e) – Estes marotos do Reino só chegam por estas lavras para recolher o fruto das grotas e das gupiaras. Eles gastando na corte, e a Morte aqui pelas catas, desmoronando barrancos, engrossando as enxurradas... www.tecconcursos.com.br/questoes/2253783 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Acerca de Os ratos , de Dyonélio Machado, é correto afirmar que a) a linguagem do romance permite identificar uma separação conceitual rígida entre o humano e o animal, como ilustra o seguinte exemplo: “Duque volta-se inteiramente para o lado de Naziazeno. Avança-lhe um focinho sereno e atento.” (p. 81). b) a intertextualidade não é um elemento da narrativa, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno espera que ele lhe dê as costas, vá reatar a palestra interrompida, aquelas observações sobre a questão social, comunismo e integralismo.” (p. 38). c) há elementos na linguagem que permitem identificar a santificação das personagens, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno conserva-se silencioso. Ele não pensa na ‘empresa’ propriamente: pensa no Andrade; vê a sua figura robusta, azafamada, decidida de patrão.” (p. 44). d) no romance, os ratos são uma alegoria do retorno à natureza e da reconciliação do ser humano com a sua melhor índole, o estado de Natureza, como ilustra o seguinte exemplo: “mas na mesma ocasião o seu ar de pobreza, aquele focinho quieto e manso que vem ali a seu lado, tiram-lhe qualquer ilusão. Um frio e um amargo sobem-lhe pelas vísceras acima...” (p. 85). e) há elementos na linguagem que indicam animalização ou rebaixamento do humano, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno ‘vê-se’ no meio da sala, atônito, sozinho, olhando para os lados, pra todos aqueles fugitivos, que se esgueiram, que se somem com pés de ratos.” (p. 36). www.tecconcursos.com.br/questoes/1826544 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá.Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, darlhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253783 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826544 704) limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício. Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item. No trecho “Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho”, o uso da mesóclise expressa noção do tempo verbal do futuro do presente. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1699003 VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia o poema “Ausência”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a questão. Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus [braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. (Corpo, 2015.) Depreende-se do poema que a) a ausência, uma vez incorporada, torna-se parte constitutiva do eu lírico. b) a ausência, convertida em falta, passa a suprir uma carência do eu lírico. c) a falta e a ausência, convertidas em instâncias internas, aliviam a solidão do eu lírico. d) a falta e a ausência, uma vez personificadas, tornam-se companheiras do eu lírico. e) a falta, uma vez convertida em ausência, passa a ser verbalizada pelo eu lírico. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869822 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1699003 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869822 705) 706) 707) Para apresentar a sua Antologia poética, Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Algumas poesias caberiam talvez em outra seção que não a escolhida, ou em mais de uma. À razão da escolha está na tônica da composição, ou no engano do autor.” (“Informação — NOTA DA PRIMEIRA EDIÇÃO”). Diante do trecho citado, é possível afirmar que a) o poeta quer dizer que a divisão é rígida e espelha fielmente as fases de sua obra. b) o poeta admite, com ironia, a própria falibilidade e faculta ao leitor a liberdade de outra organização dos poemas. c) a Antologia poética deve ser entendida normativamente, isto é, segundo uma “ordem interna” inalterável e que representa a chave da poética de Drummond. d) o poeta retira do leitor a possibilidade de interpretar a sua poesia. e) é evidente a falta de critério para a seleção dos poemas, o que indica apenas a intenção de amostragem, sem qualquer planejamento ou organização. www.tecconcursos.com.br/questoes/1932302 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O que há de mais importante em todo tipo de Arte? Literatura ou não? É a aproximação, a comunhão que ela estabelece entre seres humanos, mesmo a distância, mesmo entre mortos e vivos. O tempo não conta para isso. Somos contemporâneos de José de Alencar, de Fernando Pessoa, Shakespeare e de Virgílio. Somos amigos pessoais deles. (...). É. E constitui uma das grandes alegrias da vida. Palavra, música, arte de todas as formas: essas coisas têm sua magia. Ai de quem não a sente. (Carlos Drummond de Andrade. Tempo, vida, poesia. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 58-59). Tomando o Texto de Drummond como objeto de compreensão e análise, percebe-se que: “Palavra, música, arte, sob todas as formas, todas têm a sua magia. “Ai de quem não a sente!”. O fragmento destacado por Drummond poderia exemplificar “uma ação de linguagem”, como, por exemplo: a) “uma ordem”. b) “uma definição”. c) “um lamento”. d) “uma palavra de repúdio”. e) uma “acusação”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1702882 FUVEST - Vest (USP)/USP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO PARA A QUESTÃO Romance Lill ou Das Palavras Aéreas Ai, palavras, ai, palavras, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1932302 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1702882 708) que estranha potência, a vossa! Ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, no vento que não retorna, e, em tão rápida existência, tudo se forma e transforma! Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! (...) Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Perdão podeis ter sido! — sois madeira que se corta, — sois vinte degraus de escada, — sois um pedaço de corda... — sois povo pelas janelas, cortejo, bandeiras, tropa... Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Éreis um sopro na aragem... — sois um homem que se enforca! Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência. A “estranha potência” que a voz lírica ressalta nas palavras decorre de uma combinação entre a) fluidez nos ventos do presente e conteúdo fixo no passado. b) forma abstrata no espaço e presença concreta na história. c) leveza impalpável na arte e vigor nos documentos antigos. d) sonoridade ruidosa nos ares e significado estável no papel. e) lirismo irrefletido da poesia e peso justo dos acontecimentos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1703256 FUVEST - Vest (USP)/USP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Remissão Tua memória, pasto de poesia, tua poesia, pasto dos vulgares, vão se engastando numa coisa fria a que tu chamas: vida, e seus pesares. Mas, pesares de quê? perguntaria, se esse travo de angústia nos cantares, se o que dorme na base da elegia vai correndo e secando pelos ares, e nada resta, mesmo, do que escreves e te forçou ao exílio das palavras, senão contentamento de escrever, enquanto o tempo, e suas formas breves https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1703256 709) ou longas, que sutil interpretavas, se evapora no fundo do teu ser? Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma. Claro enigma apresenta, por meio do lirismo reflexivo, o posicionamento do escritor perante a sua condição no mundo. Considerando-ocomo representativo desse seu aspecto, o poema “Remissão” a) traduz a melancolia e o recolhimento do eu lírico em face da sensação de incomunicabilidade com uma realidade indiferente à sua poesia. b) revela uma perspectiva inconformada, mesclando-a, livre da indulgência dos anos anteriores, a um novo formalismo estético. c) propõe, como reação do poeta à vulgaridade do mundo, uma poética capaz de interferir na realidade pelo viés nostálgico. d) reflete a visão idealizada do trabalho do poeta e a consciência da perenidade da poesia, resistente à passagem do tempo. e) realiza a transição do lirismo social para o lirismo metafísico, caracterizado pela adesão ao conforto espiritual e ao escapismo imaginativo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869837 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Amar”, da seção “AMAR-AMARO”. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. a) os versos evidenciam que o amor, na poética de Drummond, não representa um tema importante e é apenas ligeiramente abordado em seus poemas. b) os versos evidenciam a centralidade do amor erótico na poética de Drummond, por meio do qual a subjetividade individual se exprime. c) os versos evidenciam que, na poética de Drummond, o amor vai além do sentimentalismo individual para englobar relações humanas mais profundas. d) nestes versos, o poeta reduz o amor ao ato sexual, ao desejo carnal entre homem e mulher. e) nestes versos, o amor restringe-se a um sentimentalismo convencional, evidenciado pela escolha da forma tradicional do soneto para exprimir o tema. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869837 710) 711) 712) www.tecconcursos.com.br/questoes/1864653 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Saúde/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Amizade Certas amizades comprometem a ideia de amizade. O amigo que se torna inimigo fica incompreensível; o inimigo que se torna amigo é um cofre aberto. Um amigo íntimo – de si mesmo. É preciso regar as flores sobre o jazigo de amizades extintas. Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada. A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas. ANDRADE, Carlos Drummond de. Amizade. Disponível em:<https://www.culturagenial. com/poemas-carlos- drummond- de-andrade-amizade/>. Acesso em: mai. 2021. Sobre esse poema drummondiano, é correto afirmar: a) Apresenta uma visão crítica da sociedade, destacando a indispensabilidade de tomar cuidado com as pessoas. b) Evidencia a relevância dos reais amigos, razão de ser necessário tratá-los na medida certa e com o devido zelo. c) Concebe os vínculos interpessoais sempre permeados de falsidades e, por isso, sem possibilidade de progresso. d) Analisa as relações sociais, entrevendo as adversidades existentes entre elas para mostrar que tudo é passageiro. e) Considera a inexistência de sinceridade nos relacionamentos, optando, consequentemente, pelo isolamento social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869818 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa que confirma a seguinte afirmação: a poética de Drummond mantém uma relação ambígua com a memória, com traços de esperança, embora sem saudosismo ou idealização. a) “Eta vida besta, meu Deus.” (“Cidadezinha qualquer”). b) “Amanhecem de novo as antigas manhãs/ que não vivi jamais, pois jamais me sorriram. flores”). c) “Não cantarei amores que não tenho,/ e, quando tive, nunca celebrei.” (“Nudez”). d) “E como ficou chato ser moderno./ Agora serei eterno.” (“Eterno”). e) “Então nos punimos em nossa delícia. / O amor atinge raso, e fere tanto.” (“Ciclo”). www.tecconcursos.com.br/questoes/816006 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Analise o poema “Procura da Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1864653 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869818 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/816006 713) (...) Penetra surdamente no reino das palavras Lá estão os poemas que esperam ser escritos (...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta pobre ou terrível que lhe deres: trouxeste a chave? Este poema de Drummond ilustra: a) O interesse pelo engajamento político da literatura brasileira moderna. b) A busca da perfeição poética formal própria do Romantismo. c) O gosto pela louvação das coisas nacionais, inclusivamente a língua. d) A busca pela carga semântica das palavras, na certeza de que elas envolvem mistérios. e) A força coerente das palavras quando postas a serviço da literatura lírica. www.tecconcursos.com.br/questoes/2260993 CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinhá Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados no estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis. E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande. Ausente do companheiro, a cachorra Baleia tomou a frente do grupo. Arqueada, as costelas à mostra, corria ofegando, a língua fora da boca. E de quando em quando se detinha, esperando as pessoas, que se retardavam. Vidas Secas, Graciliano Ramos Sobre Vidas Secas, de Graciliano Ramos, marque a opção CORRETA: a) A escrita de Graciliano Ramos com ausência de diálogos estabelece uma linguagem sucinta que colabora para a compreensão da secura do ambiente e da vida. No entanto, a aridez das relações é interrompida por alguns episódios de afeto. b) A obra corrobora o regionalismo nordestino ao apresentar descrição minuciosa do sertão e o êxodo rural das famílias em busca de comida, exaltando as belezas do ambiente árido e das relações humanas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2260993 714) 715) c) Apesar de descrever a seca nordestina, a obra não pode ser caracterizada como regional, pois trata de temas universais como a fome, a miséria humana e as relações familiares. d) No excerto apresentado, observamos o filho de Fabiano e Sinhá Vitória muito enfraquecido pelas dificuldades do caminho. Diante do sofrimento do filho, Fabiano se mostra impassível e dá seguimento à viagem. Sinhá Vitória aprova a sua atitude. e) Ao fazer a descrição da geografia do sertão nordestino, a obra funda o regionalismo na literatura brasileira, denunciando a vida difícil no ambiente da seca e as mazelas dos personagens, excluindo a cachorra baleia que não sofre com a secura do ambiente. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869811 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado,Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente a primeira estrofe de “Morte do leiteiro”, da seção “NA PRAÇA DE CONVITES”. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA. Há pouco leite no país, é preciso entregá-lo cedo. Há muita sede no país, é preciso entregá-lo cedo. Há no país uma legenda, que ladrão se mata com tiro. a) os verbos, advérbios e complementos representam uma situação perigosa para quem bebe pouco leite. b) a construção repetitiva dos versos sugere uma tensão entre as condições de vida, a repetição própria do trabalho moderno e uma moralidade social violenta. c) o estilo coloquial do poema está em perfeita consonância com os preceitos da poética romântica do autor. d) os versos tematizam a luta no campo entre grandes e pequenos pecuaristas dedicados à produção de laticínios no país. e) a escassez de recursos linguísticos é uma metáfora da escassez de recursos na produção social de laticínios no país. www.tecconcursos.com.br/questoes/1929988 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Acerca da “Prosa da ‘Geração de 30’”, conhecido como “O ciclo do regionalismo nordestino”, é uma das principais manifestações da prosa dessa geração. Nas obras desse grupo são abordados inúmeros problemas: 1) de um Nordeste decadente, desde que o polo cultural e político do Brasil se transferiu para o Sul do país. 2) provenientes das relações combativas dos habitantes com o poder regional e com os poderosos latifundiários. 3) do meio nordestino submetido, em anos consecutivos, às hostilidades de um meio estéril e ingrato. 4) abordados, em um tom crítico e persuasivo, que mereceram destaque em nossa literatura. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869811 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1929988 716) 717) Estão corretas as alternativas: a) 1, 2, 3 e 4. b) 2, 3 e 4, apenas. c) 1, 3 e 4, apenas. d) 3 e 4, apenas. e) 1 e 2, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1925865 VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Sem dúvida, o capital não tem pátria, e é esta uma das suas vantagens universais que o fazem tão ativo e irradiante. Mas o trabalho que ele explora tem mãe, tem pai, tem mulher e filhos, tem língua e costumes, tem música e religião. Tem uma fisionomia humana que dura enquanto pode. E como pode, já que a sua situação de raiz é sempre a de falta e dependência. Narrar a necessidade é perfazer a forma do ciclo. Entre a consciência narradora, que sustém a história, e a matéria narrável, sertaneja, opera um pensamento desencantado, que figura o cotidiano do pobre em um ritmo pendular: da chuva à seca, da folga à carência, do bem-estar à depressão, voltando sempre do último estado ao primeiro. É a narração, que se quer objetiva, da modéstia dos meios de vida registrada na modéstia da vida simbólica. (Alfredo Bosi. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica, 2003. Adaptado.) O comentário aplica-se com precisão à obra a) Vidas secas, de Graciliano Ramos. b) Macunaíma, de Mário de Andrade. c) Os sertões, de Euclides da Cunha. d) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. e) A hora da estrela, de Clarice Lispector. www.tecconcursos.com.br/questoes/1826530 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, darlhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1925865 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826530 718) 719) 720) Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício. Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item. No trecho “Que diriam elas se se vissem impressas”, a primeira ocorrência do “se” é conjunção condicional, ao passo que, na segunda ocorrência, o “se” indica que o verbo ver é pronominal. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1896973 OMNI - Prof (Sertãozinho)/Pref Sertãozinho/Educação Básica II/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A Literatura Brasileira possui grandes escritores e obras. Assinale a alternativa com a associação INCORRETA. a) Jorge Amado – Tieta do Agreste. b) João Cabral – Morte e Vida Severina. c) Rachel de Queiroz – Fogo Morto. d) Cecília Meireles – Romanceiro da Inconfidência. www.tecconcursos.com.br/questoes/2416379 FAFIPA - Prof (Pref J Távora)/Pref Joaquim Távora/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O Modernismo da Segunda Geração é marcado por um momento de fortes mudanças no Brasil: a Revolução de 1930. Assim, com o contexto histórico da época, era preciso afinar a expressão estética e criar narrativas mais aderentes à realidade brasileira. Chamada também de "Fase da Consolidação", teve como autores: a) Érico Veríssimo, Gregório de Matos, Clarice Lispector. b) Graça Aranha, Machado de Assis, Lima Barreto. c) Jorge Amado, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz. d) Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Gonçalves Dias. www.tecconcursos.com.br/questoes/1987799 Instituto Consulplan - Vest (UNEC)/UNEC/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O céu, transparente que doía, vibrava tremendo feito uma gaze repuxada. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896973 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2416379 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1987799 721) Vicente sentia por toda parte uma impressão ressequida de calor e aspereza. Verde, na monotonia cinzenta da paisagem, só algum juazeiro ainda escapo à devastação da rama; mas em geral as pobres árvores apareciamlamentáveis, mostrando os cotos dos galhos como membros amputados e a casca toda raspada em grandes zonas brancas. E o chão, que em outro tempo a sombra cobria, era uma confusão desolada de galhos secos, cuja agressividade ainda mais se acentuava pelos espinhos. (QUEIROZ. Rachel de. O quinze. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. p. 17-18.) O trecho anterior pode ser identificado como um exemplo, na literatura brasileira, de: a) Manifestação da prosa naturalista cujo zoomorfismo dominou o ideário dos escritores do final do século XIX. b) Narrativa documental regionalista típica do Romantismo brasileiro em que os romancistas escreviam sobre tal temática. c) Prosa modernista da década de 1930 cuja preocupação era denunciar a miséria e exploração de boa parte da população brasileira. d) Produção contemporânea, pós-moderna, apresentando a produção de grandes nomes da literatura que passaram a compor tal período. www.tecconcursos.com.br/questoes/1679757 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Digital/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Carlos é hoje um homem dividido, Mário, e isso graças às suas cartas. Às vezes ele torce pelas palmeiras paródicas do Oswald de Andrade (a ninguém cá da terra passou despercebido o título que quer dar ao seu primeiro livro de poemas — Minha terra tem palmeiras). Às vezes não quer esquecer o gélido cinzel de Bilac e a prosa clássica dos decadentistas franceses, e à noite, ao ouvir o chamado da moça-fantasma, fica cismando ismálias em decassílabos rimados. Às vezes sucumbe ao trato cristão da condição humana e, à sombra dos rodapés de Tristão de Ataíde, tem uma recaída jacksoniana. Às vezes não sabe se prefere o barulho do motor do carro em disparada, ou se fica contemplando o sinal vermelho que impõe stop ao trânsito e silêncio ao cidadão. Às vezes entoa loas à vida besta, que devia jazer para sempre abandonada em Itabira. Mas na maioria das vezes sai saracoteando ironicamente pela rua macadamizada da poesia, que nem um pernóstico malandro escondido por detrás dos óculos e dos bigodes, ou melhor, que nem a foliona negra que você tanto admirou no Rio de Janeiro por ocasião das bacanais de Momo. SANTIAGO, S.Contos antológicos de Silviano Santiago. São Paulo: Nova Alexandria, 2006. Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, o autor dá a esse material uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente ficcional. O resultado é um texto de expressividade centrada na a) hesitação na escolha de um modelo literário ideal. b) colagem de estilos e estéticas na formação do escritor. c) confluência de vozes narrativas e de referências biográficas. d) fragmentação do discurso na origem da representação poética. e) correlação entre elementos da cultura popular e de origem erudita. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1679757 722) 723) www.tecconcursos.com.br/questoes/1425786 MÉTODO - Eng (Alto B Vista)/Pref Alto Boa Vista/Civil/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Sobre Raquel Queiroz, assinale a alternativa correta: a) Foi uma jornalista, pintora, poeta, escritora e professora brasileira. É um nome canônico do modernismo brasileiro, uma das grandes poetas da língua portuguesa e é amplamente considerada a melhor poeta do Brasil, embora tenha combatido a palavra poetisa por causa da discriminação de gênero. b) Foi uma escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano. Quanto às suas identidades nacional e regional, declarava-se brasileira e pernambucana. c) Foi uma grande escritora, jornalista, tradutora e dramaturga brasileira. Ganhou diversos prêmios, dentre eles o "Prêmio Camões" (1993), sendo, portanto, a primeira mulher a recebê-lo. Além disso, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, em 1977. d) Foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. www.tecconcursos.com.br/questoes/1425784 MÉTODO - Eng (Alto B Vista)/Pref Alto Boa Vista/Civil/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Vidas Secas (...) Acocorada junto às pedras que serviam de trempe, a saia de ramagens entalada entre as coxas, sinhá Vitória soprava o fogo. Uma nuvem de cinza voou dos tições e cobriu-lhe a cara, a fumaça inundou-lhe os olhos, o rosário de contas brancas e azuis desprendeu-se do cabeção e bateu na panela. Sinhá Vitória limpou as lágrimas com as costas das mãos, encarquilhou as pálpebras, meteu o rosário no seio e continuou a soprar com vontade, enchendo muito as bochechas. Labaredas lamberam as achas de angico, esmoreceram, tornaram a levantar-se e espalharam-se entre as pedras. Sinhá Vitória aprumou o espinhaço e agitou o abano. Uma chuva de faíscas mergulhou num banho luminoso a cachorra Baleia, que se enroscava no calor e cochilava embalada pelas emanações da comida. Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos, Baleia despertou, retirou-se prudentemente, receosa de sapecar o pelo, e ficou observando maravilhada as estrelinhas vermelhas que se apagavam antes de tocar o chão. Aprovou com um movimento a cauda aquele fenômeno e desejou expressar a sua admiração à dona. Chegou-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se nas pernas traseiras, imitando gente. Mas sinhá Vitória não queria saber de elogios. - Arreda! https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1425786 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1425784 724) 725) Deu um pontapé na cachorra, que se afastou humilhada e com sentimentos de revolucionários. O trecho foi retirado da obra “Vidas Secas”. Assinale a alternativa correspondente ao autor da obra em questão: a) Machado de Assis; b) José de Alencar; c) Jorge Amado; d) Graciliano Ramos www.tecconcursos.com.br/questoes/1974628 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) De acordo com as características literárias da segunda geração do Modernismo no Brasil, pode-se identificar, com relação à prosa, múltiplas tendências, EXCETO: a) Idealista. b) Neorrealista. c) Cosmopolita. d) De introspecção. www.tecconcursos.com.br/questoes/1780533 CEV UECE - Vest (UECE)/UECE/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO 4 Reinvenção A vida só é possível reinventada. Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas... Ah! tudo bolhas que vem de fundas piscinas de ilusionismo... — mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços cheios da tua Figura. Tudo mentira! Mentira da lua, na noite escura. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1974628 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1780533 726) Não te encontro, não te alcanço... Só — no tempo equilibrada, desprendo-me do balanço que alémdo tempo me leva. Só — na treva, fico: recebida e dada. Porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. MEIRELES, Cecília. Reinvenção. In. MEIRELES, Cecília. Vaga música. São Paulo: Global Editora, 1942. Sobre o poema “Reinvenção”, de Cecília Meireles, é correto afirmar que a) é constituído por trinta e dois versos com rimas alternadas em três estrofes e com rimas livres no refrão. b) a animosidade do dia a dia faz com que o ser humano precise “reinventar” a vida. c) a utilização da metonímia, na segunda estrofe, mostra que para a autora a beleza da vida é simples. d) o uso do “mas”, na terceira estrofe, revela uma desesperança da autora frente à vida. www.tecconcursos.com.br/questoes/1987804 Instituto Consulplan - Vest (UNEC)/UNEC/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Pré-História Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém! Cai no álbum de retratos. (MENDES, Murilo. Poesia Completa e Prosa. Organização, preparação do texto e notas, por Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova. Aguilar, 1995.) Acerca do poema de Murilo Mendes, poeta que apresenta uma visão transfiguradora do Surrealismo, pode-se afirmar que: a) As formas verbais empregadas no poema demonstram a atualidade dos fatos apresentados. b) As imagens apresentadas são capazes de sugerir um distanciamento da realidade objetiva. c) Embora haja uma tendência surrealista, o eu-lírico demonstra uma percepção clara dos acontecimentos. d) O eu-lírico utiliza elementos que o aproximam da realidade como piano, rendas e álbum de retratos demonstrando uma reflexão de cunho social. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1987804 727) www.tecconcursos.com.br/questoes/1439694 Instituto Consulplan - Vest (FM RO)/FM RO/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Nova Canção do Exílio Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. (Carlos Drummond de Andrade. In: A Rosa do Povo – 1945.) Leia agora as duas primeiras estrofes do o texto “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias: Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (Gonçalves Dias. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.) Em relação ao texto apresentado de Carlos Drummond de Andrade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Apesar de haver algumas referências aos mesmos elementos, os textos em análise pertencem a gêneros literários distintos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1439694 728) ( ) Quanto à metrificação, pode-se afirmar que a diferenciação existente entre os textos apresentados torna também diferente o ritmo de cada um. ( ) A partir do título de seu poema Carlos Drummond de Andrade estabelece características que remetem à intertextualidade em relação ao texto de Gonçalves Dias. A sequência está correta em a) V, F, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, F. www.tecconcursos.com.br/questoes/1928428 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Influenciados pelo Modernismo, alguns escritores de diferentes regiões do país principiaram a produzir obras em prosa em que tematizavam, criticamente, a realidade social e política do Brasil. Passaram, então, a inaugurar uma prosa regional, que tematizava os problemas das desigualdades regionais, sobretudo aquelas do nordeste brasileiro, em consequência das frequentes secas e das tentativas de solução dadas pelos ‘retirantes’. Foi assim que escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional, o Romance de 1930, comprometida com a realidade social e sua denúncia. Entre os principais romancistas que se destacaram nesse Projeto, constam: 1) Manuel Bandeira e Mário de Andrade, com as respectivas obras Vou-me embora pra Pasárgada e Macunaíma. 2) Olavo Bilac e Oswaldo de Andrade, com as respectivas obras O navio negreiro e Manifesto Pau Brasil. 3) Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, com as respectivas obras O Quinze e Vidas secas. 4) Jorge Amado e Vinicius de Morais, com as respectivas obras Capitães de Areia e A rosa de Hiroxima. Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s): a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 2 e 3, apenas. c) 1 e 4, apenas. d) 2, apenas. e) 3, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188362 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1928428 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188362 729) 730) Canção No desequilíbrio dos mares, as proas giram sozinhas… Numa das naves que afundaram é que certamente tu vinhas. Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto, e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto. Quando as ondas te carregaram meus olhos, entre águas e areias, cegaram como os das estátuas, a tudo quanto existe alheias. Minhas mãos pararam sobre o ar e endureceram junto ao vento, e perderam a cor que tinham e a lembrança do movimento. E o sorriso que eu te levava desprendeu-se e caiu de mim: e só talvez ele ainda viva dentro destas águas sem fim. MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C. (Org.). Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. Na composição do poema, o tom elegíaco e solene manifesta uma concepção de lirismo fundada na a) contradição entre a vontade da espera pelo ser amado e o desejo de fuga. b) expressão do desencanto diante da impossibilidade da realização amorosa. c) associação de imagens díspares indicativas de esperança no amor futuro. d) recusa à aceitação da impermanência do sentimento pela pessoa amada. e) consciência da inutilidade do amor em relação à inevitabilidade da morte. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121918 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Considerando que a intertextualidade pode se apresentar de formas diversas, leia os textos a seguir. Canção do exílio Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121918 731) (Gonçalves Dias.) Europa, França e Bahia Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade.) Está correto o que se afirma em: a) O conteúdo do poema “Europa, França e Bahia” cria uma expectativa contrária ao posicionamento do eu lírico em relação ao exílio nos versos de “Canção do exílio”. b) O tipo de intertextualidade apresentado no texto de Drummond, paródia, demonstra a crítica do autor ao tratamento dado ao assunto no texto-fonte, “Canção do exílio”. c) A intertextualidade presente no texto de Drummond demonstra a manutenção da estrutura narrativa do texto-fonte, “Canção do exílio”, assim como a ideia principal do exílio. d) Apesar da citação do exílio feita nos dois textos, é inadequado dizer que haja intertextualidade presente no texto de Carlos Drummondde Andrade; tratando-se apenas do emprego de uma citação. e) A citação feita no texto de Drummond demonstra a intenção do poeta de estabelecer um vínculo com o textofonte, a Canção do exílio, de Gonçalves Dias, questionando o significado do título do poema referenciado. www.tecconcursos.com.br/questoes/1389369 FUVEST - Vest (USP)/USP/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devem o poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou. Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel. O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem. Graciliano Ramos, Angústia. Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante. Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1389369 732) 733) Se o discurso literário “aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o”, pode‐se dizer que Luís da Silva, o narradorprotagonista de Angústia, já não se comove com a leitura de “histórias fáceis, sem almas complicadas” porque a) rejeita, como jornalista, a escrita de ficção. b) prefere alienar‐se com narrativas épicas. c) é indiferente às histórias de fundo sentimental. d) está engajado na militância política. e) se afunda na negatividade própria do fracassado. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165733 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Publicada em 1952, a Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, é um poema épico dividido em dez Cantos. No seu Primeiro Canto lemos estes versos: “Um barão assinalado/ sem brasão, sem gume e fama/ cumpre apenas o seu fado:/ amar, louvar sua dama,/ dia e noite navegar,/ que é de aquém e de além-mar/ a ilha que busca e o amor que ama.” O que podemos afirmar desses versos? a) O poema fala de um personagem que possui todos os brios de um herói épico. b) Tal como os grandes poemas épicos, os versos acima são todos em decassílabo heroico. c) O herói do poema navega interminavelmente em busca de um novo continente. d) O primeiro verso de Invenção de Orfeu — “Um Barão assinalado” — intertextualiza com o primeiro verso de Os Lusíadas, de Luís de Camões. e) O herói do poema é um barão que perdeu todas as honras e hoje vive mendigando reconhecimento. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165732 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) “D. Glória gostava de conversar com seu Ribeiro. Eram conversas intermináveis, em dois tons: ele falava alto e olhava de frente, ela cochichava e olhava para os lados. Quando me via, calava-se.// Compreendo perfeitamente essas mudanças. Fui trabalhador alugado e sei que de ordinário a gente miúda emprega as horas de folga depreciando os que são mais graúdos.” Lendo este excerto do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, podemos afirmar: a) D. Glória não tinha papas na língua e dizia em voz alta tudo que lhe vinha à cabeça. b) Seu Ribeiro era empregado de D. Glória e a ela devia obediência cega. c) D. Glória era discreta em suas falas e sempre dissimulava na frente do narrador, Paulo Honório. d) Raramente D. Glória conversava com seu Ribeiro, daí por que se mostrava tímida nas suas opiniões. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165733 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165732 734) 735) e) Paulo Honório simpatizava com D. Glória, daí entender por que ela depreciava “os que são mais graúdos”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165734 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Dentre os tantos romances escritos por José Lins do Rego, os livros que compõem o chamado “Ciclo da cana-de-açúcar” se destacam no conjunto da sua obra. Nesses romances, vemos a decadência dos engenhos de Açúcar do Nordeste e a chegada de um novo modo de produção capitalista: a usina. Ainda sobre o “Ciclo da cana-de-açúcar” podemos afirmar. a) Com exceção do romance Fogo morto, todos os romances do “Ciclo” são narrados pelo personagem de Carlos Melo. b) As estórias contadas no “Ciclo” se passam entre os estados de Pernambuco e Alagoas. c) O Coronel José Paulino, avô de Carlos Melo, será responsável por substituir o engenho de açúcar pela Usina. d) Carlos Melo era formado em engenharia civil e foi responsável pela construção das primeiras usinas em Alagoas. e) O narrador era órfão de pai desde a infância, sendo criado apenas pela mãe. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124388 Instituto Consulplan - Vest (FMO)/FMO/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Soneto de contrição Eu te amo, Maria, eu te amo tanto Que o meu peito me dói como em doença E quanto mais me seja a dor intensa Mais cresce na minha alma teu encanto. Como a criança que vagueia o canto Ante o mistério da amplidão suspensa Meu coração é um vago de acalanto Berçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a alma Nem melhor a presença que a saudade Só te amar é divino, e sentir calma... E é uma calma tão feita de humildade Que tão mais te soubesse pertencida Menos seria eterno em tua vida. (Vinicius de Morais. Obra poética. Rio de Janeiro: J. Aguilar, 1968.) A composição do poema demonstra o emprego de recursos tais como sonoridade, ritmo das palavras, função poética da linguagem, métrica, rima etc. Considerando-se alguns elementos poéticos é correto afirmar que: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165734 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124388 736) 737) 738) a) Os versos de Vinicius de Moraes são um exemplo da criação dos poetas modernos do século XX identificados como versos livres. b) A forma fixa demonstrada na composição do poema é denominada haicai, forma tradicional e muito utilizada na literatura brasileira. c) O poema é uma composição de forma fixa sendo formado por dois quartetos e dois tercetos, havendo semelhança sonora no final de pares de versos. d) Cada uma das estrofes apresenta um grupo de versos cuja métrica poética é única para cada um deles, não havendo nenhum que seja equivalente ao outro neste aspecto. www.tecconcursos.com.br/questoes/1116633 Instituto AOCP - Vest (FCN)/FCN/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Referente à obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, assinale a alternativa correta. a) Pertence ao Romantismo, visto que as personagens idealizam a natureza, ao buscar encontrar um lugar melhor para viver. b) Pertence ao Realismo, pois a realidade vivida pelos personagens é retratada com extrema fidelidade. c) Vincula-se ao movimento Modernista, em que a coloquialidade eo regionalismo são retratados com finalidade crítica. d) Caracteriza-se como pré-moderna, pois, apesar de ainda haver uma preocupação com a linguagem (herança parnasiana), também se utiliza de um vocabulário regionalista. e) Vincula-se ao Parnasianismo, devido à preocupação formal com a linguagem utilizada pelas personagens. www.tecconcursos.com.br/questoes/1116635 Instituto AOCP - Vest (FCN)/FCN/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em Vidas Secas, a exploração psicológica e a revelação dos pensamentos das personagens são comumente trabalhadas por meio do discurso indireto livre. Assinale a alternativa em que esse recurso é utilizado dentre os seguintes excertos que se referem à partida da família de retirantes para a cidade grande. a) “Não sentia a espingarda, o saco, as pedras miúdas que lhe entravam pelas alpercatas [...]”. b) “As palavras de Sinhá Vitória encantavamno.” c) “Iriam para adiante, alcançariam uma terra desconhecida [...]”. d) “Fabiano estava contente e acreditava nessa terra [...]”. e) “E andavam para o Sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes.” www.tecconcursos.com.br/questoes/2155352 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia estes poemas de Carlos Drummond de Andrade. Texto 1 Política literária https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1116633 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1116635 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2155352 O poeta municipal discute com o poeta estadual qual deles é capaz de bater o poeta federal. Enquanto isso o poeta federal tira ouro do nariz ANDRADE, Carlos Drummond de. In: _________. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013 [1930]. Texto 2 Nosso tempo (fragmento) ... O poeta declina de toda responsabilidade na marcha do mundo capitalista e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas promete ajudar a destruí-lo como uma pedreira, uma floresta, um verme. ANDRADE, Carlos Drummond de. In: _________. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 107. [Fragmento] Em relação aos dois poemas, considerando as fases da poesia drummondiana, analise as afirmativas a seguir: I- O Texto 1 tematiza as competições entre os poetas, ironizadas pelo escritor. II- O Texto1 aproxima-se do “poema-piada” pela concisão de seus versos livres, coloquiais e pela ironia crítica presente em sua temática. III- O Texto 2 pertence à fase da poesia pública, social ideológica de Drummond por explicitar a crítica do sujeito poético contra o sistema capitalista. IV- O Texto 2 apresenta traços formais da poesia de Drummond: versos livres, linguagem prosaica, antilírica. Estão CORRETAS as afirmativas: a) I e II apenas. b) III e IV apenas. c) I, II e III apenas. d) I, II, III e IV. www.tecconcursos.com.br/questoes/1173569 FCC - Vest (UNIPAR)/UNIPAR/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1173569 739) 740) Enuncia acertadamente a qualidade maior da produção ficcional de Graciliano Ramos o seguinte comentário crítico: a) Para compor a saga da pequena burguesia sulista depois de 1930, buscou realizar um meio termo entre a crônica de costumes e a notação intimista. b) Considerado como um “poeta público”, deixou-se marcar pela esperança de uma pacificação mundial, no Período de Entre Guerras. c) Soube fundir numa linguagem de forte e poética oralidade as recordações da infância e da adolescência, vividas entre engenhos e usinas. d) Encontra na objetiva dureza e economia da linguagem o instrumento para o trato analítico e crítico das tensões sociais e sua repercussão nos indivíduos. e) A curva ideológica de sua produção vem dos primeiros escritos políticos revolucionários e acaba desembocando nas crônicas moralizantes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1870985 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O Deus de cada homem Quando digo “meu Deus”, afirmo a propriedade. Há mil deuses pessoais em nichos da cidade. Quando digo “meu Deus”, crio cumplicidade. Mais fraco, sou mais forte do que a desirmandade. Quando digo “meu Deus”, grito minha orfandade. O rei que me ofereço rouba-me a liberdade. Quando digo “meu Deus”, choro minha ansiedade. Não sei que fazer dele na microeternidade. ANDRADE, Carlos Drummond de. O Deus de cada homem. Disponível em: <http://blogs.ibahia.com/a/blogs/portugues>. Acesso em: nov. 2019. O sujeito poético, nesses versos, a) considera-se uma criatura privilegiada em virtude da fé inquebrantável que tem na força do Pai. b) revela-se inseguro, mesmo convicto de que conta com a proteção divina, razão de seu desabafo. c) refuta a descrença de tantas pessoas no poder de Deus, razão por que se sentem abandonados. d) mostra como a relação com o Criador se processa de diferentes formas nos indivíduos. e) abomina a dificuldade de conexão que têm as pessoas com o Ser Supremo. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1870985 741) 742) www.tecconcursos.com.br/questoes/1165552 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo. Procura da poesia Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. [...] Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma Tem mil faces secretas sob a face neutra E te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? (Carlos Drummond de Andrade). O ‘como fazer poesia’ constitui também um tema sobre o qual se debruçaram e se debruçam os autores. Cada poeta é cativo dos cânones de sua escola literária; uns mais, outros menos. No poema mostrado acima, Drummond: a) imagina as palavras como plurissignificativas e misteriosas, embora ostentem a aparência de neutralidade. b) idealiza o leitor da poesia como sendo um mero decodificador diante das muitas faces das palavras. c) concebe a recepção da poesia como sendo uma atividade solitária; acredita na inutilidade de interagir com as palavras. d) julga que o encantamento da poesia emana dos sentidos das palavras, que, pelos princípios do Modernismo, se conformam aos ideais europeus. e) admite que o território das palavras pode ser explorado com o fim de se descobrir os segredos da perfeição poética. www.tecconcursos.com.br/questoes/1799832 CEV UECE - Vest (UECE)/UECE/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO 2 Ausência Por muito tempo achei que a ausência é [falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada [nos meus braços, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165552 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1799832 743) 744) que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. Atente para as seguintes afirmações sobre o poema Ausência: I. Pode-se considerar que o eu lírico do poema, inicialmente, sentia falta de alguém ou alguma coisa. No entanto, com o passar do tempo, ele ignorou esse sentimento e não sofre mais. II. É possível afirmar que, de tanto sentir falta de uma pessoa ou de algo que estava ausente, o eu lírico, através de sua experiência, passou a sentir que essa pessoa ou esse objetoestava presente. III. O eu lírico sempre lastimou a ausência da pessoa amada ou a falta de algo, no entanto, após ter sido roubado, parou de lastimar a ausência, porque descobriu que a vida é para rir e para dançar. É correto o que se declara em a) I e II apenas. b) I, II e III. c) I e III apenas. d) II e III apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1125013 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A estética literária de uma época é fortemente influenciada por questões contextuais. Em relação à segunda fase modernista, observa-se que: a) Os debates nascidos em torno da questão da nacionalidade refletem a idealização da terra de forma descomprometida com a realidade. b) Caracteriza-se como “a estética do compromisso”, em que o quadro que se vislumbrava no Brasil exigia dos artistas e intelectuais uma tomada de posição ideológica. c) Em meio aos conflitos ideológicos, os artistas mantinham o equilíbrio social afastando-se de questões polêmicas e políticas, restringindo-se a uma estética da arte pela arte. d) Questões como a crise cafeeira e a Revolução de 30 fizeram com que os poetas optassem por uma linguagem e temas que retratavam a simplicidade da vida, fugindo assim dos conflitos existentes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1442522 VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Examine os gráficos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125013 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1442522 745) Gráfico 1 Gráfico 2 (http://pt.climate-data.org) As dinâmicas climáticas representadas nos gráficos 1 e 2 correspondem, respectivamente, aos espaços retratados em a) Capitães da Areia, de Jorge Amado, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. b) Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Capitães da Areia, de Jorge Amado. c) Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. d) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. e) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e Vidas secas, de Graciliano Ramos. www.tecconcursos.com.br/questoes/2302692 IBGP - Vest (UEMG)/UEMG/Tradicional/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia este poema. DIALÉTICA É claro que a vida é boa E a alegria, a única indizível emoção É claro que te acho linda Em ti bendigo o amor das coisas simples https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2302692 746) É claro que te amo E tenho tudo para ser feliz Mas acontece que eu sou triste... MORAES, Vinícius. Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/dialetica. Acesso: 11 dez. 2018. Em relação a esse texto, escrito pelo poeta e compositor Vinícius de Moraes, é CORRETO afirmar que: a) O eu-lírico emprega, no primeiro verso, a palavra “claro” que, nesse contexto, expressa a ideia de incerteza. b) O elemento linguístico que confirma que a vida é realmente boa está presente no terceiro verso do poema. c) A repetição em três versos, na sequência da estrutura do poema, reforça a ideia apresentada no sexto verso. d) As expectativas são confirmadas, no último verso, pois o eu-lírico revela uma tristeza que ele consegue superar. www.tecconcursos.com.br/questoes/1799834 CEV UECE - Vest (UECE)/UECE/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO 2 Ausência Por muito tempo achei que a ausência é [falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada [nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores representantes do Modernismo brasileiro, também se destacando pelos seus poemas. Considerando esse aspecto, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) Drummond foi um dos mais importantes representantes da Poesia de 30. ( ) O poema Ausência possui versos livres (sem métricas) e brancos (sem rimas). ( ) A linguagem impessoal era característica dos poetas modernistas da 2ª Geração. ( ) Carlos Drummond de Andrade abordava temas variados e cotidianos em sua poesia. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1799834 747) A sequência correta, de cima para baixo, é: a) V, F, V, F. b) F, V. F, F. c) V, V, F, V. d) F, F, V, V. www.tecconcursos.com.br/questoes/1389370 FUVEST - Vest (USP)/USP/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devem o poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou. Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel. O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem. Graciliano Ramos, Angústia. Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante. Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia. Para Graciliano Ramos, Angústia não faz concessão ao gosto do público na medida em que compõe uma atmosfera a) dramática, ao representar as tensões de seu tempo. b) grotesca, ao eliminar a expressão individual. c) satírica, ao reduzir os eventos ao plano do riso. d) ingênua, ao simular o equilíbrio entre sujeito e mundo. e) alegórica, ao exaltar as imagens de sujeira. www.tecconcursos.com.br/questoes/1419926 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1389370 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1419926 748) 749) Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Observe os versos, parte de um poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado de RECEITA DE ANO NOVO. Uma leitura da estrofe nos permite inferir: Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) a) Uma percepção precisa do hiato entre as convençõese a realidade, entre o parecer e o ser das coisas e dos indivíduos; b) Tem como características o pessimismo, o isolamento, o individualismo e a reflexão existencial; c) O poeta mantém um certo distanciamento do mundo à sua volta; d) O poeta deixa-se envolver pela realidade à sua volta e canta a impotência e a solidão em um mundo mecânico; e) O poeta volta-se para um simbolismo abstrato. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121619 Instituto Consulplan - Vest (FASEH)/FASEH/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O poema a seguir, de Vinicius de Moraes, publicado no livro “Antologia poética” (1954) remete ao ataque nuclear no final da Segunda Guerra Mundial. A rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121619 750) Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa, sem nada. (MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.) Imagem da explosão da bomba atômica, que serve como tema para a composição de Vinicius de Moraes. Comparando a imagem da explosão da bomba atômica com as imagens criadas pelo eu lírico em “A rosa de Hiroshima”, pode-se afirmar que: a) A linguagem denotativa empregada no poema remete com clareza e objetividade às consequências causadas pelas armas atômicas da segunda guerra. b) Ocorre uma “distorção” da visão dos resultados da Guerra, conforme mostra a imagem, por meio do poema “A rosa de Hiroshima”; objetivando a sua aceitação. c) Por meio de uma imagem metafórica que referencia a imagem da explosão, resultado do lançamento da bomba, o autor revela características de participação social. d) A partir de um tom solene e a utilização do formato tradicional do poema clássico, o poeta demonstra características, no poema em análise, da segunda geração modernista para expressar os horrores da Segunda Guerra Mundial. www.tecconcursos.com.br/questoes/1125358 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia os versos a seguir de Carlos Drummond de Andrade. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125358 751) A poesia é incomunicável. Fique torto no seu canto. Não ame. Ouço dizer que há tiroteio ao alcance do nosso corpo. É a revolução? o amor? Não diga nada. (Carlos Drummond de Andrade – Obra completa.) Considerando as escolhas poéticas apresentadas pode-se afirmar que os versos são: a) Brancos e livres. b) Redondilhas maiores. c) Redondilhas menores. d) Brancos e decassílabos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1538758 DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia as afirmações abaixo sobre Carlos Drummond de Andrade: I- Preferiu não participar da Semana de Arte Moderna, mas enviou seu famoso poema “Os Sapos”, que, lido por Ronald de Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal. II – Sua fase “gauche” caracterizou-se pelo pessimismo, pelo individualismo, pelo isolamento e pela reflexão existencial. A obra mais importante foi o “Poema de Sete Faces”. III- Na fase social, o eu lírico manifesta interesse pelo seu tempo e pelos problemas cotidianos, buscando a solidariedade diante das frustrações e das esperanças humanas. IV- A última fase foi marcada pela poesia intimista, de orientação simbolista, prezando o espiritualismo e orientalismo e a musicalidade, traços que podem ser notados no poema “O motivo da Rosa”. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III b) II, III e IV c) II e III d) II e IV e) III e IV. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1538758 752) www.tecconcursos.com.br/questoes/2156627 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 2 SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. MORAES, Vinícius de. Nova antologia poética de Vinicius de Moraes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.p. 100. Disponível em: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/soneto -de-separacao>. Acesso: 12 abril 2018. Texto 3 SONETO DE FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor,1960, p.96. Disponível em: <http://www.releituras.com/viniciusm_fidelidade.asp>. Acesso: 12 abril 2018. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156627 753) 754) Ao se observar a textualização do discurso poético dos Textos 2 e 3, verifica-se que os dois poemas: a) Pertencem à 1ª fase do Romantismo. b) Fazem uso do verso dodecassílabo. c) Têm sintaxe e vocabulário apurados. d) Divergem em seu esquema rítmico. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187967 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) E fui mostrar ao ilustre hóspede [o governador do Estado] a serraria, o descaroçador e o estábulo. Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras e o banheiro carrapaticida. De repente supus que a escola poderia trazer a benevolência do governador para certos favores que eu tencionava solicitar. — Pois sim senhor. Quando V. Exª. vier aqui outra vez, encontrará essa gente aprendendo cartilha. RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1991. O fragmento do romance de Graciliano Ramos dialoga com o contexto da Primeira República no Brasil, ao focalizar o(a) a) derrocada de práticas clientelistas. b) declínio do antigo atraso socioeconômico. c) liberalismo desapartado de favores do Estado. d) fortalecimento de políticas públicas educacionais. e) aliança entre a elite agrária e os dirigentes políticos. www.tecconcursos.com.br/questoes/2019056 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Fala aos inconfidentes mortos Treva da noite, lanosa capa nos ombros curvos dos altos montes aglomerados... Agora, tudo jaz em silêncio: amor, inveja, ódio, inocência, no imenso tempo se estão lavando... Grosso cascalho da humana vida... Negros orgulhos, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187967 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2019056 755) ingênua audácia, e fingimentos e covardias (e covardias!) vão dando voltas no imenso tempo, — à água implacável do tempo imenso, rodando soltos, com sua rude miséria exposta... Parada noite, suspensa em bruma: não, não se avistam os fundos leitos... Mas, no horizonte doque é memória da eternidade, referve o embate de antigas horas, de antigos fatos, de homens antigos. E aqui ficamos todos contritos, a ouvir na névoa o desconforme, submerso curso dessa torrente do purgatório... Quais os que tombam, em crime exaustos, quais os que sobem, purificados? Cecília Meireles In: Romanceiro da Inconfidência Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p 278-9 O poema Fala aos inconfidentes mortos encerra a obra Romanceiro da Inconfidência, na qual Cecília Meireles aborda o importante episódio histórico acontecido em Minas Gerais. Acerca desse poema e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens de 57 a 61 e assinale a opção correta no item 62, que é do tipo C. Ao concluir o poema com perguntas, o eu lírico indica que não lhe cabe o julgamento definitivo dos envolvidos na Conjuração Mineira. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/898923 FUVEST - Vest (USP)/USP/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Sonetilho do falso Fernando Pessoa Onde nasci, morri. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/898923 Onde morri, existo. E das peles que visto muitas há que não vi. Sem mim como sem ti posso durar. Desisto de tudo quanto é misto e que odiei ou senti. Nem Fausto nem Mefisto, à deusa que se ri deste nosso oaristo*, eis‐me a dizer: assisto além, nenhum, aqui, mas não sou eu, nem isto. Carlos Drummond de Andrade. Claro Enigma. Ulisses O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo ‐ O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou. Assim a lenda se escorre A entrar na realidade, E a fecundá‐la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada, morre. Fernando Pessoa. Mensagem *conversa íntima entre casais. Considerando os poemas, assinale a alternativa correta. a) As noções de que a identidade do poeta independe de sua existência biográfica, no “Sonetilho”, e de que o mito se perpetua para além da vida, em “Ulisses”, produzem uma analogia entre os poemas. b) As referências a Mefisto (“diabo”, na lenda alemã de Fausto) e a Deus no “Sonetilho” e em “Ulisses”, respectivamente, associadas ao polo de opostos “morte” e “vida”, revelam uma perspectiva cristã comum aos poemas. c) O resgate da forma clássica, no “Sonetilho”, e a referência à primeira pessoa do plural, em “Ulisses”, denotam um mesmo espírito agregador e comunitário. 756) 757) d) O eu lírico de cada poema se identifica, respectivamente, com seus títulos. No poema de Drummond, trata‐se de alguém referido como “falso Fernando Pessoa”, já no poema de Pessoa, o eu lírico é “Ulisses”. e) Os versos “As coisas tangíveis / tornam‐se insensíveis / à palma da mão. // Mas as coisas findas, / muito mais que lindas, / essas ficarão”, de outro poema de Claro Enigma, sugerem uma relação de contraste com os poemas citados. www.tecconcursos.com.br/questoes/1171250 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A região Nordeste, e sua realidade sofrida, dura e frequentemente castigada pelas agruras de grandes estiagens, foi tema de grandes produções literárias, entre as quais convém citar as obras: 1) Vidas Secas, de Graciliano Ramos, à volta de personagens, como Fabiano, Sinhá Vitória, os filhos e a cachorra Baleia. 2) O Quinze, de Rachel de Queiroz, que narra o drama da seca de 1915: “o cenário é a caatinga, caracterizada pela seca que devasta a vegetação e o solo, e castiga seus habitantes.” 3) Seara Vermelha, de Jorge Amado, que gira em torno da saga de migrantes nordestinos que fogem da privação provocada pela seca. Está(ão) correta(s): a) 1, 2 e 3. b) 1, e 2, apenas. c) 1 e 3, apenas. d) 2, apenas. e) 3, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2019053 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Fala aos inconfidentes mortos Treva da noite, lanosa capa nos ombros curvos dos altos montes aglomerados... Agora, tudo jaz em silêncio: amor, inveja, ódio, inocência, no imenso tempo se estão lavando... https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1171250 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2019053 Grosso cascalho da humana vida... Negros orgulhos, ingênua audácia, e fingimentos e covardias (e covardias!) vão dando voltas no imenso tempo, — à água implacável do tempo imenso, rodando soltos, com sua rude miséria exposta... Parada noite, suspensa em bruma: não, não se avistam os fundos leitos... Mas, no horizonte do que é memória da eternidade, referve o embate de antigas horas, de antigos fatos, de homens antigos. E aqui ficamos todos contritos, a ouvir na névoa o desconforme, submerso curso dessa torrente do purgatório... Quais os que tombam, em crime exaustos, quais os que sobem, purificados? Cecília Meireles In: Romanceiro da Inconfidência Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p 278-9 O poema Fala aos inconfidentes mortos encerra a obra Romanceiro da Inconfidência, na qual Cecília Meireles aborda o importante episódio histórico acontecido em Minas Gerais. Acerca desse poema e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens de 57 a 61 e assinale a opção correta no item 62, que é do tipo C. Entre os aspectos de estilo que justificam a inserção desse poema no movimento modernista, destacam- se o emprego de versos curtos e a ausência de musicalidade, decorrente da não utilização de rimas. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1609606 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609606 758) 759) Vidas Secas começa por uma fuga e acaba com outra. Decorre entre duas situações idênticas, de tal modo que o fim, encontrando o princípio, fecha a ação em um círculo. Entre a seca e as águas, a vida do sertanejo se organiza, do berço à sepultura, a modo de retorno perpétuo. Como os animais atrelados ao moinho, Fabiano voltará sempre sobre os passos, sufocado pelo meio. É preciso, todavia, lembrar que essa ligação com o problema geográfico e social só adquire significado pleno, isto é, só atua sobre o leitor, graças à elevada qualidade artística do livro. Graciliano soube transpor o ritmo mesológico para a própria estrutura da narrativa, mobilizando recursos que a fazem parecer movida pela mesma fatalidade sem saída. Euclides da Cunha tomou o sertanejo e deu ao seu drama (que foi o primeiro a exprimir convenientemente) faíscas de epopeia. Graciliano esbateu-o no ramerrão das misérias diárias e o fez irremediavelmente doloroso. Apegou-se a um determinismo semelhante ao d’Os sertões, tornando-o inflexível pela representação literária do eterno retorno. E assim como José Lins do Rego produziu as obras-primas das terras de massapé, com a planturosidade das regiões fartas, ele se tornou o escritor por excelência da terra estorricada. Romance da zona pastoril, encourado como ele na secura da fatalidade geográfica. Da consciência mortiça do bom Fabiano podem emergir os transes periódicos em que se estorce o homem esmagado pela paisagem e pelos outros homens. Antonio Candido. Ficção e confissão. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006 (com adaptações). Considerando as ideias do texto precedente e a relação que ele estabelece com aspectos da historiografia literária brasileira, julgue o item subsequente. Além de José Lins do Rego e Graciliano Ramos, mencionados no texto, Rachel de Queiroz também compôs a chamada geração de 1930, a qual guarda estreita relação com o regionalismo romântico do século XIX. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1609608 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Vidas Secas começa por uma fuga e acaba com outra. Decorre entre duas situações idênticas, de tal modo que o fim, encontrando o princípio, fecha a ação em um círculo. Entre a seca e as águas, a vida do sertanejo se organiza, do berço à sepultura, a modo de retorno perpétuo. Como os animais atrelados ao moinho, Fabiano voltará sempre sobre os passos, sufocado pelo meio. É preciso, todavia, lembrar que essa ligação com o problema geográfico e social só adquire significado pleno, isto é, só atua sobre o leitor, graças à elevada qualidade artística do livro. Graciliano soube transpor o ritmo mesológico para a própria estrutura da narrativa, mobilizando recursos que a fazem parecer movida pela mesma fatalidade sem saída. Euclides da Cunha tomou o sertanejo e deu ao seu drama (que foi o primeiro a exprimir convenientemente) faíscas de epopeia. Graciliano esbateu-o no ramerrão das misérias diárias e o fez irremediavelmente doloroso. Apegou-se a um determinismo semelhante ao d’Os sertões, tornando-o inflexível pela representação literária do eterno retorno. E assim como José Lins do Rego produziu as https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609608 760) obras-primas das terras de massapé, com a planturosidade das regiões fartas, ele se tornou o escritor por excelência da terra estorricada. Romance da zona pastoril, encourado como ele na secura da fatalidade geográfica. Da consciência mortiça do bom Fabiano podem emergir os transes periódicos em que se estorce o homem esmagado pela paisagem e pelos outros homens. Antonio Candido. Ficção e confissão. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006 (com adaptações). Considerando as ideias do texto precedente e a relação que ele estabelece com aspectos da historiografia literária brasileira, julgue o item subsequente. Por se tratar de “Romance da zona pastoril”, Vidas Secas apresenta um realismo social ininteligível a regiões urbanas do país. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2156629 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 2 SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. MORAES, Vinícius de. Nova antologia poética de Vinicius de Moraes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.p. 100. Disponível em: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/soneto -de-separacao>. Acesso: 12 abril 2018. Texto 3 SONETO DE FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156629 761) Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor,1960, p.96. Disponível em: <http://www.releituras.com/viniciusm_fidelidade.asp>. Acesso: 12 abril 2018. Em relação aos recursos sonoros, lexicais e às figuras de linguagem presentes nos textos 2 e 3, assinale a alternativa INCORRETA. a) No texto 3, a antítese é construída ao se estabelecer oposição entre o passado (como era) e o presente (como é). b) No texto 2, há aliteração em “branco, bruma, bocas” e em “pranto, espuma, espalmadas, espanto”. c) No texto 3, há polissíndeto em “antes, e com tal zelo, e sempre e tanto” e há pleonasmo em “rir meu riso”. d) No texto 2, a repetição do termo “de repente” acentua a imagem do espanto causado pela separação inesperada. www.tecconcursos.com.br/questoes/1164043 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Soneto de fidelidade. De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1998, p. 289. O contato com a Literatura pode despertar em nós sentimentos, emoções e, sobretudo, gosto estético. Os poemas, especialmente, suscitam tudo isso. No caso concreto desse poema de Vinicius, fica evidente: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1164043 762) 1) uma espécie de volta à poética cultivada pelos poetas do período literário do Parnasianismo. 2) a concepção de amor do eu-lírico, a qual foge da idealização do ‘amor para sempre e eterno’. 3) o jogo de oposição entre a fugacidade do amor – ‘posto que é chama’ – e sua infinitude, ‘enquanto dure’. 4) um certo afastamento das temáticas comuns à vida do cotidiano social das pessoas. Estão corretas: a) 1, 3 e 4, apenas. b) 2, 3 e 4, apenas. c) 3 e 4, apenas. d) 1, 2 e 3, apenas. e) 1, 2, 3 e 4. www.tecconcursos.com.br/questoes/2019054 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Fala aos inconfidentes mortos Treva da noite, lanosa capa nos ombros curvos dos altos montes aglomerados... Agora, tudo jaz em silêncio: amor, inveja, ódio, inocência, no imenso tempo se estão lavando... Grosso cascalho da humana vida... Negros orgulhos, ingênua audácia, e fingimentos e covardias (e covardias!) vão dando voltas no imenso tempo, — à água implacável do tempo imenso, rodando soltos, com sua rude miséria exposta... Parada noite, suspensa em bruma: não, não se avistam os fundos leitos... https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2019054 763) Mas, no horizonte do que é memória da eternidade, referve o embate de antigas horas, de antigos fatos, de homens antigos. E aqui ficamos todos contritos, a ouvir na névoa o desconforme, submerso curso dessa torrente do purgatório... Quais os que tombam, em crime exaustos, quais os que sobem, purificados? Cecília Meireles In: Romanceiro da Inconfidência Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p 278-9 O poema Fala aos inconfidentes mortos encerra a obra Romanceiro da Inconfidência, na qual Cecília Meireles aborda o importante episódio histórico acontecido em Minas Gerais. Acerca desse poema e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens de 57 a 61 e assinale a opção correta no item 62, que é do tipo C. A ênfase dada a “covardias” (v.18) expressa um posicionamento subjetivo do eu lírico acerca de aspectos do episódio tematizado. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/747615 ITA - Vest (ITA)/ITA/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) “Epigrama n. 04” O choro vem perto dos olhos para que a dor transborde e caia. O choro vem quase chorando como a onda que toca a praia. Descem dos céus ordens augustas e o marchama a onda para o centro. O choro foge sem vestígios, mas levando náufragos dentro. (MEIRELES, Cecília, Viagem/Vaga música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.p.43) Leia o poema de autoria de Cecília Meireles. O texto I. aproxima metaforicamente um fenômeno humano e um fenômeno natural a partir da identificação de, pelo menos, um traço comum a ambos: água em movimento. II. sugere que, enquanto o movimento do choro é ligado à variação das emoções, o movimento da https://www.tecconcursos.com.br/questoes/747615 764) 765) onda deve-se a forças naturais, responsáveis pela circularidade marítima. III. ameniza o dramatismo do choro humano, pois, quando acomete o sujeito, ele passa naturalmente, como a onda que volta ao mar. IV. leva-nos a perceber que o choro contido tem um impacto emocional que o torna desolador. Estão corretas: a) I e II apenas; b) I, II e IV apenas; c) I, III e IV apenas; d) II e III apenas; e) todas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166422 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Graciliano Ramos versou em sua obra literária sobre vários temas. Um deles, diz respeito especificamente às perseguições políticas que ele e muitos dos seus contemporâneos sofreram durante os anos em que Getúlio Vargas governou o Brasil pela primeira vez: 1930-1945. Em qual obra Graciliano declina sobre esse período da vida brasileira? a) Memórias do cárcere. b) Vidas secas. c) São Bernardo. d) A terra dos meninos pelados. e) Caetés. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166423 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Considerado o “príncipe dos poetas de Alagoas”, Jorge de Lima começou a sua vida escrevendo poemas parnasianos. Depois, enamorou-se pelo regionalismo de Gilberto Freyre e, a partir dos anos de 1930, buscou, junto com o poeta mineiro Murilo Mendes, “restaurar a poesia em Cristo”. No entanto, em 1952, Jorge de Lima escreveu aquele que é considerado o seu mais importante poema: “Invenção de Orfeu”. Esse poema é: a) um longo poema em prosa. b) um livro composto por cem sonetos. c) um livro composto todo em “terza rima”. d) um poema épico em dez cantos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166422 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166423 766) 767) 768) e) um poema composto em redondilha maior. www.tecconcursos.com.br/questoes/747614 ITA - Vest (ITA)/ITA/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) São Bernardo, de Graciliano Ramos, é obra representativa da Geração de 30. Em relação ao protagonista, podemos dizer que a) mesmo sendo um proprietário de terras de perfil feudal, não se envolve sexualmente com as serviçais da fazenda. b) por ter cometido assassinatos para tornar-se o dono de sua propriedade, é um homem sem nenhum traço de humanidade. c) ele próprio reconhece que as muitas agruras pelas quais passou até enriquecer acabaram por lhe dar uma alma agreste. d) após se tornar senhor da fazenda, esquece-se do passado e abandona, até mesmo, a sua pobre mãe de criação. e) mesmo com a morte trágica da esposa, não chega a questionar o sentido dos atos que praticou ao longo da vida. www.tecconcursos.com.br/questoes/1584873 COTEC FADENOR - Vest (FASA Itabuna)/FASA/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 3 Essas meninas As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com os seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância. O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem. Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrada naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir. As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 84. Sobre o texto “Essas meninas”, de Carlos Drummond de Andrade, é INCORRETO afirmar: a) Por ser um conto, apresenta vários núcleos de conflito. b) Encontra-se escrito em prosa. c) Pertence ao Modernismo brasileiro. d) Aborda a temática da violência brutal e traumática. www.tecconcursos.com.br/questoes/449026 CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 10A3DDD https://www.tecconcursos.com.br/questoes/747614 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1584873 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/449026 769) 770) É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo. Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita. O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História. Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais>. Assinale a opção que apresenta o assunto principal do texto 10A3DDD. a) A divisão do livro Vidas secas em capítulos que correspondem aos personagens. b) A maneira como Graciliano Ramos figura os personagens do povo. c) A relação entre o narrador e os personagens de Vidas secas. d) A maneira como a modernização aparece na obra de Graciliano Ramos. e) O lugar de Vidas secas no conjunto da obra do escritor. www.tecconcursos.com.br/questoes/540538 MS CONCURSOS - Ag SP (SAP SP)/SAP SP/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) As obras “São Bernardo”, “Angústia” e “Vidas Secas” pertencem a: a) Jorge Amado b) Érico Veríssimo c) Graciliano Ramos d) José Lins do Rego www.tecconcursos.com.br/questoes/773887 ITA - Vest (ITA)/ITA/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em São Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador-personagem afirma: " ... se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever". Essa frase revela que o propósito de Paulo Honório é a) expor as razões pelas quais desconfiava da fidelidade de Madalena. b) mostrar como as atitudesde Madalena eram interesse iras e materialistas. c) criticar as ideias políticas de Madalena, que ele julgava subversivas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/540538 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/773887 771) 772) d) provar que Madalena era uma mãe displicente e pouco carinhosa. e) entender as motivações que levaram Madalena a um fim tão trágico. www.tecconcursos.com.br/questoes/449025 CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 10A3DDD É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo. Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita. O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História. Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais>. A partir da leitura do texto 10A3DDD e considerando-se a dinâmica do sistema literário brasileiro na geração de 1930 do Modernismo, é correto afirmar que nesse período escritores do gênero romance a) consagraram-se ao utilizar a linguagem como forma de experimentação linguística e literária do falar brasileiro. b) retomaram fórmulas do idealismo romântico na representação da sociedade e da natureza. c) consideraram a nacionalidade brasileira em seus aspectos pitorescos. d) promoveram a louvação da modernização e da urbanização. e) pautaram-se pela crítica social e pelo protagonismo de personagens subalternos. www.tecconcursos.com.br/questoes/937926 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O farrista Quando o almirante Cabral Pôs as patas no Brasil O anjo da guarda dos índios Estava passeando em Paris. Quando ele voltou de viagem O holandês já está aqui. O anjo respira alegre: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/449025 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937926 773) “Não faz mal, isto é boa gente, Vou arejar outra vez.” O anjo transpôs a barra, Diz adeus a Pernambuco, Faz barulho, vuco-vuco, Tal e qual o zepelim Mas deu um vento no anjo, Ele perdeu a memória... E não voltou nunca mais. MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992. A obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que a) configura um ideal de nacionalidade pela integração regional. b) remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta. c) repercute as manifestações do sincretismo religioso. d) descreve a gênese da formação do povo brasileiro. e) promove inovações no repertório linguístico. www.tecconcursos.com.br/questoes/1398965 FUVEST - Vest (USP)/USP/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Observe a imagem e leia o texto, para responder à questão. O Comissário apertou lhe mais a mão, querendo transmitir lhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaía se para o solo do Mayombe, misturando se às folhas em decomposição. [...] Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam. A amoreira gigante à sua frente. O tronco destaca se do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele mistura se à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confunde se na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1398965 774) 775) manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendo se. Tal é a vida. [...] Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde. Pepetela, Mayombe. Consideradas no âmbito dos valores que são postos em jogo em Mayombe, as relações entre a árvore e a floresta, tal como concebidas e expressas no excerto, ensejam a valorização de uma conduta que corresponde à da personagem a) João Romão, de O cortiço, observadas as relações que estabelece com a comunidade dos encortiçados. b) Jacinto, de A cidade e as serras, tendo em vista suas práticas de beneficência junto aos pobres de Paris. c) Fabiano, de Vidas secas, na medida em que ele se integrava na comunidade dos sertanejos, seus iguais e vizinhos. d) Pedro Bala, de Capitães da Areia, em especial ao completar sua trajetória de politização. e) Augusto Matraga, do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”, de Sagarana, na sua fase inicial, quando era o valentão do lugar. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166491 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Graciliano Ramos (1892-1953) é autor de uma obra que encerra vários gêneros literários e não literários, a exemplo do romance, do conto, da literatura infantojuvenil, da crônica, da crítica literária, do diário e da memorialística. Dentre as obras elencadas abaixo, quais são de sua autoria: a) Insônia, Mar Morto e Memórias do Cárcere. b) Caetés, Infância e Insônia. c) Caetés, Vidas Secas e Menino de Engenho. d) Menino de Engenho, São Bernardo e Viagem. e) O Quinze, Infância e Memórias do Cárcere. www.tecconcursos.com.br/questoes/1193022 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Anoitecer A Dolores É a hora em que o sino toca, mas aqui não há sinos; há somente buzinas, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166491 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1193022 776) sirenes roucas, apitos aflitos, pungentes, trágicos, uivando escuro segredo; desta hora tenho medo. [...] É a hora do descanso, mas o descanso vem tarde, o corpo não pede sono, depois de tanto rodar; pede paz — morte — mergulho no poço mais ermo e quedo; desta hora tenho medo. Hora de delicadeza, agasalho, sombra, silêncio. Haverá disso no mundo? É antes a hora dos corvos, bicando em mim, meu passado, meu futuro, meu degredo; desta hora, sim, tenho medo. ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento). Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro A rosa do povo revela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica demonstra um(a) a) defesa da esperança como forma de superaçãodas atrocidades da guerra. b) desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra. c) olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito armado. d) exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos bombardeados. e) espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos afetados. www.tecconcursos.com.br/questoes/605946 NC UFPR (FUNPAR) - Cad (PM PR)/PM PR/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) “E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu-lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta. a) Numa festa de aniversário, o eu-lírico reapresenta ao velho pai as pessoas da família. Tristes e nostálgicas, elas vão se dando conta de que o pai não as reconhece. É o que se observa nos versos: “Aqui sentou-se o mais velho” e “Mais adiante vês aquele / que de ti herdou a dura / vontade, o duro estoicismo”. b) Na festa preparada para o pai, o eu-lírico observa a conversa barulhenta em torno da comida e, inutilmente, tenta calar seus parentes, que trazem à mesa assuntos triviais, perturbando a solenidade https://www.tecconcursos.com.br/questoes/605946 777) 778) do reencontro. É o que se observa na repetição do verso “(não convém lembrar agora)”. c) Por meio dos versos “Como pode nossa festa / ser de um só que não de dois? / Os dois ora estais reunidos / numa aliança bem maior / que o simples elo da terra”, o eu-lírico se dirige à mãe, convidando-a para se sentar à cabeceira da mesa, provocando uma discussão entre o pai autoritário e a mãe submissa. d) Na memória do eu-lírico, o pai se refere aos filhos cinquentões como se eles fossem meninos. Embora sugira discordar do pai, o eu-lírico reconhece as contradições da condição de filho adulto nos versos “e o desejo muito simples / de pedir à mãe que cosa, / mais do que nossa camisa, nossa alma frouxa, rasgada”. e) O soneto “Encontro” faz referência a um pai, mas, como o pai está morto (“Está morto, que importa? / Inda madruga / e seu rosto, nem triste nem risonho, / é o rosto antigo, o mesmo. E não enxuga / suor algum, na calma de meu sonho”), o filho só o encontra em sonho e na imaginação, diferentemente de “A mesa”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1168356 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) São obras representativas da literatura produzida por autores nordestinos: a) Os Sertões (Euclides da Cunha); O mundo do menino impossível (Jorge de Lima); Retratosrelâmpago (Murilo Mendes), obras que retratavam criticamente a realidade social e política do Nordeste. b) Vidas secas (Graciliano Ramos); O Quinze (Rachel de Queirós); Morte e vida severina (João Cabral de Melo Neto), obras que têm como temática as condições de privação socioeconômica da população do Nordeste. c) Fogo morto (José Lins do Rego); Seara vermelha (Jorge Amado); Retratos-relâmpago (Murilo Mendes), exemplares da literatura voltada para a complexidade da vida numa região desassistida socialmente. d) As boas coisas da vida (Rubem Braga); Fantoches e outros contos (Érico Veríssimo); Cacau (Jorge Amado); obras que exploram as produções naturais e culturais da terra nordestina. e) Terras do sem fim (Jorge Amado); A cor do invisível (Mário Quintana); Angústia (Graciliano Ramos), obras que representam as contradições a que o Nordeste foi exposto historicamente. www.tecconcursos.com.br/questoes/1196246 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Quinze de Novembro Deodoro todo nos trinques Bate na porta de Dão Pedro Segundo. — Seu imperado, dê o fora que nós queremos tomar conta desta bugiganga. Mande vir os músicos. O imperador bocejando responde: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1168356 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1196246 779) 780) — Pois não meus filhos não se vexem me deixem calçar as chinelas podem entrar à vontade: só peço que não me bulam nas obras completas de [Victor Hugo. MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poético dos primeiros modernistas. No poema, essa atitude manifesta-se na a) releitura irônica de um fato histórico. b) visão ufanista de um episódio nacional. c) denúncia implícita de atitudes autoritárias. d) isenção ideológica do discurso do eu lírico. e) representação saudosista do regime monárquico. www.tecconcursos.com.br/questoes/998663 FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa que traz uma obra de autoria do escritor Graciliano Ramos: a) Canaã b) Pauliceia Desvairada c) Ritmo Dissoluto d) Insônia e) Memórias sentimentais de João Miramar www.tecconcursos.com.br/questoes/583040 COSEAC UFF - Prof (FME Niterói)/Pref Niterói/II/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 1 Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/998663 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/583040 781) Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”. (ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1971, volume I, p. 513-514.) Texto 2 Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsamodéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? (...) Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. (RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: Record, 1996, volume I, p. 33-34.) Situa-se a literatura de Graciliano Ramos na: a) primeira fase do modernismo. b) segunda fase do modernismo. c) terceira fase do modernismo. d) geração de 45. e) pós-modernidade. www.tecconcursos.com.br/questoes/1230069 FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) INSTRUÇÃO: A questão refere-se a noções de Teoria da Literatura: Gêneros Literários; Estilos de Época (do Barroco ao Modernismo - Brasil): Contexto Histórico, características e principais autores. Gênero literário é a categoria à qual pertence uma obra com base em suas características predominantes, que possibilitam o agrupamento por semelhanças. Em relação à autoria das obras literárias brasileiras do século XX, assinale a alternativa CORRETA. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1230069 782) a) O quinze (1930) foi o primeiro livro de Raquel de Queiroz. A grande seca ocorrida em 1915 e a fome que a acompanha fazem parte do pano de fundo do romance que se tornou um dos grandes representantes da chamada literatura regionalista. b) A hora da estrela (1977) foi escrito por Cecília Meireles e publicado no ano da morte da autora. É um romance que apresenta três histórias superpostas dialogando por toda a narrativa. O romance já surpreende por apresentar 13 títulos possíveis. c) A trilogia épica O tempo e o vento apresenta a saga das famílias de Terra-Cambará na formação do Rio Grande do Sul. A obra, escrita por Rubem Braga, foi dividida em três partes, publicadas em 1949, 1951 e 1962. d) O livro A morte e a morte de Quincas Berro d´água, de Vinícius de Morais, destaca-se por sua leveza, criatividade e humor. Escrita em menos de uma semana, foi publicada em 1959 e teve sucesso imediato. www.tecconcursos.com.br/questoes/1196380 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Maria Diamba Para não apanhar mais falou que sabia fazer bolos: virou cozinha. Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais: Viram que sabia fazer tudo, até molecas para a Casa-Grande. Depois falou só, só diante da ventania que ainda vem do Sudão; falou que queria fugir dos senhores e das judiarias deste mundo para o sumidouro. LIMA, J. Poemas negros. Rio de Janeiro: Record, 2007. O poema de Jorge de Lima sintetiza o percurso de vida de Maria Diamba e sua reação ao sistema opressivo da escravidão. A resistência dessa figura feminina é assinalada no texto pela relação que se faz entre a) o uso da fala e o desejo de decidir o próprio destino. b) a exploração sexual e a geração de novas escravas. c) a prática na cozinha e a intenção de ascender socialmente. d) o prazer de sentir os ventos e a esperança de voltar à África. e) o medo da morte e a vontade de fugir da violência dos brancos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166490 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1196380 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166490 783) 784) 785) Vinícius de Moraes (1913-1980) teve uma trajetória literária muito peculiar. Começou escrevendo uma poesia neossimbolista e religiosa, depois se voltou para a intimidade dos afetos e para o erotismo e, por fim, enveredou pela valorização do trabalho humano. Paralelo à sua produção poética, Vinícius compôs música e peças teatrais. Dentre as suas peças, qual foi adaptada para o cinema pelo cineasta Marcel Camus em 1959? a) Orfeu da Conceição. b) O Amor do Soldado. c) Vestido de Noiva. d) Viva o Cordão Encarnado. e) Gota D’Água. www.tecconcursos.com.br/questoes/990719 FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa em que a correlação obra / autor esteja INCORRETA: a) Caetés / Graciliano Ramos b) São Bernardo / José Lins do Rego c) Ritmo Dissoluto / Manuel Bandeira d) Macunaíma / Mário de Andrade e) Triste Fim de Policarpo Quaresma / Lima Barreto www.tecconcursos.com.br/questoes/770855 ITA - Vest (ITA)/ITA/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O romance Fogo morto, de José Lins do Rego, apresenta um amplo painel social do interior paraibano no final do século XIX. Acerca das personagens, é correto dizer que a) os três principais senhores de engenho retratados são o Coronel Lula de Holanda, o Capitão José Paulino e o mestre José Amaro. b) o Coronel Lula de Holanda, explorando os escravos e tomando as terras de José Amaro, tornou-se o mais rico da Paraíba. c) o Capitão Vitorino é uma figura quixotesca, pois, mesmo ridicularizado pelo povo, luta contra os desmandos das autoridades. d) o líder cangaceiro Antônio Silvino consegue, no final, acabar com a injustiça praticada pelos senhores de engenho. e) o mestre José Amaro decide entrar para o bando de Antônio Silvino para se vingar do Coronel Lula de Holanda pelo que ele lhe fez. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990719 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/770855 786) 787) www.tecconcursos.com.br/questoes/1168355 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não catarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, Não direi os suspiros ao anoitecer (...), não fugirei para as ilhas, nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. (Carlos Drummond de Andrade) No fragmento do poema transcrito acima, podemos identificar algumas características do Modernismo brasileiro, tais como: a) manutenção evidente de indícios da religiosidade latente, uma herança estética dos tempos do Simbolismo. b) cuidado com a linguagem rebuscada, cujos padrões respondem, sobretudo, às exigências do bom gosto. c) preocupação com a técnica estabelecida pela poética de então: ritmo, rima, perfeição formal, linguagem rebuscada. d) expressão, em linguagem simples, do gosto pelo convívio social e pelas manifestações culturais do momento atual. e) ênfase na subjetividade, na simplicidade e na análise minuciosa das evocações simbólicas de épocas já vividas. www.tecconcursos.com.br/questoes/958632 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Cântico VI Tu tens um medo de Acabar.Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1168355 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/958632 788) Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento). A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana, a) a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar. b) o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo. c) o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas. d) a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente. e) um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1172199 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O que há de mais importante na literatura, sabe? É a aproximação, a comunhão que ela estabelece entre seres humanos, mesmo a distância, mesmo entre mortos e vivos. O tempo não conta para isso. Somos contemporâneos de Shakespeare e de Virgílio. Somos amigos pessoais deles. (...) O maior prêmio de Estocolmo ou dos Estados Unidos não vale o telegrama de amor que alguém desconhecido, e que não conheceremos nunca, nos manda lá do Pará porque leu uma coisa nossa e ficou comovido e rendido. O telegrama não é para nós, é para a nossa vaidade. É uma voz do coração e do espírito, solta no ar, que nos atinge e repercute em nós. Dito assim, fica meio grandiloquente, mas não sei dizer melhor, você entenderá. Quem já sentiu isso compreende sem explicação. Funciona. É. E constitui uma das grandes alegrias da vida. Palavra, música, arte de todas as formas: essas coisas têm sua magia. Ai de quem não a sente. (Carlos Drummond de Andrade. Tempo, vida, poesia. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 58-59). As palavras de Drummond expostas acima: 1) confirmam o entendimento de que a literatura constitui uma criação artística, mágica e atemporal. 2) atribuem uma certa magia à amizade, cuja compreensão e cujos poderes prescindem de qualquer explicação. 3) enaltecem a interação que a arte literária, pelo seu encantamento, provoca entre as pessoas, superando as barreiras do tempo e da distância. 4) constituem uma espécie de lamento em relação à dificuldade para expressar, com simplicidade, certos sentimentos. Estão corretas: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1172199 789) 790) 791) a) 1 e 3 apenas b) 2 e 4 apenas c) 1 e 4 apenas d) 3 e 4 apenas e) 1, 2, 3 e 4 www.tecconcursos.com.br/questoes/768448 ITA - Vest (ITA)/ITA/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) No romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, o desenlace trágico decorre sobretudo a) do fato de Madalena ter se casado unicamente por necessidade financeira. b) das dúvidas de Paulo Honório quanto à paternidade do filho de Madalena. c) da tristeza final de Paulo Honório, que o leva a se desinteressar pela fazenda. d) dos envolvimentos sexuais de Paulo Honório com as empregadas da fazenda. e) dos conflitos nascidos da diferença de mentalidade e de temperamento do casal. www.tecconcursos.com.br/questoes/1538883 DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa que contém uma das características da segunda fase modernista brasileira. a) Os efeitos da crise econômica mundial e os choques ideológicos que levaram a posições mais definidas formavam um campo propício ao desenvolvimento de um romance caracterizado pela denúncia social. b) Na poesia, ganha corpo uma geração de poetas que se opõem às conquistas e inovações dos primeiros modernistas de 1922. Uma nova proposta é defendida inicialmente pela revista Orfeu. c) O período de 1930 a 1945 é o mais radical do movimento modernista, pela necessidade de ruptura com toda arte passadista. d) As revistas e manifestos marcam o segundo momento modernista, com a divulgação do movimento pelos vários estados brasileiros. e) Ao mesmo tempo em que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, a pesquisa de fontes quinhentistas, a procura de uma “língua brasileira”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1172194 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Após a Semana de Arte Moderna, alguns escritores de diferentes regiões do país começaram a produzir obras em prosa que retratavam criticamente a realidade social e política do Brasil. Passaram a tematizar questões como a desigualdade social, a vida miserável e indigna dos retirantes, os costumes https://www.tecconcursos.com.br/questoes/768448 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1538883 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1172194 792) escravagistas e o coronelismo, apoiado na posse das terras. Esses problemas muitas vezes eram desconhecidos do público leitor dos centros urbanos da época. Em 1926, em Recife, essa proposta estética firmou-se em um congresso, no qual escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional comprometida com a participação política e a denúncia social. (Graça Sette, Márcia Travalha; Rosário Starling. Literatura – trilhas e tramas. São Paulo: Leya, 2015, p. 494. Fragmento). O Fragmento transcrito acima se refere ao movimento que deu origem ao conhecido “Romance de 30” e que teve, entre seus principais representantes: a) Jorge de Lima, Mário Quintana e Clarice Lispector. b) Guimarães Rosa, Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto. c) Mário de Andrade, Alcântara Machado e Patrícia Galvão (Pagu). d) Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e José Lins do Rego. e) Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Murilo Mendes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1538885 DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia o trecho do romance “São Bernardo” e dê o que se pede. “(...) O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro. Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada. (...) Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo? (...) Penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos... Para que enganar-me? Se fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me, é o que mais me aflige. (...) Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes. (...)” Quanto ao trecho lido, é correto afirmar que a) há predomínio de uma visão ufanista do narrador. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1538885 793) 794) b) o intimismo dificulta uma visão crítica. c) a abordagem universal permite alcançar à dimensão regional. d) a incapacidade de modificar o modo de vida revela traços deterministas. e) o narrador externo explora conflitosinternos do personagem. www.tecconcursos.com.br/questoes/958374 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Exmº Sr. Governador: Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928. […] ADMINISTRAÇÃO Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela – um telegrama. Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929. GRACILIANO RAMOS RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962. O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista para esse gênero, pois o autor a) emprega sinais de pontuação em excesso. b) recorre a termos e expressões em desuso no português. c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o destinatário. d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especializado. e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional. www.tecconcursos.com.br/questoes/255839 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/958374 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255839 795) Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. Na última estrofe do poema, o eu-lírico faz alusão a tempos distintos da modernização brasileira, mediante referência à existência íntima e à passagem do tempo experienciada em termos individuais. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1188566 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A despropósito Olhou para o teto, a telha parecia um quadrado de doce. Ah! — falou sem se dar conta de que descobria, durando desde a infância, aquela hora do dia, mais um galo cantando, um corte de trator, as três camadas de terra a ocre, a marrom, a roxeada. Um pasto, não tinha certeza se uma vaca e o sarilho da cisterna desembestado, a lata batendo no fundo com estrondo. Quando insistiram, vem jantar, que esfria, ele foi e disse antes de comer: “Qualidade de telha é essas de antigamente”. PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2006. A poesia brasileira sofreu importantes transformações após a Semana de 1922, sendo a aproximação com a prosa uma das mais significativas. O poema da poeta mineira Adélia Prado rompe com a lírica tradicional e se aproxima da prosa por apresentar https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188566 796) a) travessão, estrutura do verso com pontuação comum a orações e aproximação com a oralidade, elementos próprios da narrativa. b) uma estrutura narrativa que não segue a sequência de estrofes nem utiliza de linguagem metafórica. c) personagem situado no tempo e espaço, descrevendo suas memórias da infância. d) discurso direto e indireto alternados na voz do eu lírico e localização espacial. e) narrador em primeira pessoa, linguagem discursiva e elementos descritivos. www.tecconcursos.com.br/questoes/255838 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. A obra de Carlos Drummond de Andrade, que se estende da década de trinta à década de oitenta do século XX, caracteriza-se pela uniformidade de procedimentos poéticos e pela não interferência de novas tendências. Certo Errado https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255838 797) 798) www.tecconcursos.com.br/questoes/255837 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. Juntamente com as obras de Manuel Bandeira e de Mário de Andrade, a poesia de Carlos Drummond de Andrade é incluída pela crítica literária entre as que mais se destacaram no contexto da Semana de Arte Moderna de 1922. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/255842 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 LiteraturaBrasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255837 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255842 799) Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. Em alguns poemas, a exemplo de Operário no Mar e Morte do leiteiro, Drummond busca retratar personagens característicos das classes subalternas brasileiras, o que também é feito pelos autores das narrativas regionalistas da chamada Geração de 30. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/255841 CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Consultor Legislativo/Área XX/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; https://www.tecconcursos.com.br/questoes/255841 800) este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.10. Em relação ao poema acima apresentado, à obra de Carlos Drummond de Andrade e às diversas fases do Modernismo brasileiro, julgue o próximo item. Ao retomar, de maneira acrítica, as formas e os temas poéticos tradicionais, a obra de Carlos Drummond de Andrade aproxima-se, em muitos aspectos, da produzida pela denominada Geração de 45 do Modernismo brasileiro. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1155313 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história. Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela. Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. Escrito em 1940, o poema Mãos dadas revela um eu lírico marcado pelo contexto de opressão política no Brasil e da Segunda Guerra Mundial. Em face dessa realidade, o eu lírico a) considera que em sua época o mais importante é a independência dos indivíduos. b) desvaloriza a importância dos planos pessoais na vida em sociedade. c) reconhece a tendência à autodestruição em uma sociedade oprimida. d) escolhe a realidade social e seu alcance individual como matéria poética. e) critica o individualismo comum aos românticos e aos excêntricos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1155313 Gabarito 601) C 602) D 603) D 604) B 605) C 606) B 607) C 608) C 609) E 610) D 611) B 612) B 613) C 614) D 615) B 616) C 617) C 618) A 619) E 620) A 621) B 622) C 623) B 624) E 625) Certo 626) D 627) Certo 628) Errado 629) C 630) C 631) B 632) Errado 633) D 634) A 635) E 636) A 637) Errado 638) D 639) D 640) A 641) C 642) E 643) E 644) A 645) E 646) B 647) D 648) E 649) D 650) Certo 651) D 652) Errado 653) Errado 654) A 655) A 656) D 657) E 658) E 659) B 660) A 661) D 662) A 663) E 664) Certo 665) C 666) Errado 667) B 668) A 669) E 670) D 671) B 672) E 673) B 674) A 675) B 676) B 677) B 678) E 679) C 680) C 681) C 682) B 683) A 684) E 685) Errado 686) Certo 687) E 688) A 689) D 690) C 691) A 692) B 693) E 694) B 695) B 696) E 697) C 698) A 699) D 700) B 701) E 702) E 703) Errado 704) A 705) B 706) C 707) B 708) A 709) C 710) B 711) B 712) D 713) A 714) B 715) C 716) A 717) Certo 718) C 719) A 720) C 721) B 722) C 723) D 724) A 725) C 726) B 727) C 728) E 729) B 730) C 731) E 732) D 733) C 734) A 735) C 736) C 737) E 738) D 739) D 740) D 741) A 742) A 743) B 744) E 745) C 746) C 747) A 748) A 749) C 750) A 751) C 752) C 753) E 754) Certo 755) A 756) A 757) Errado 758) Certo 759) Errado 760) A 761) A 762) Certo 763) B 764) A 765) D 766) C 767) A 768) C 769) C 770) E 771) E 772) B 773) D 774) B 775) C 776) D 777) B 778) A 779) D 780) B 781) A 782) A 783) A 784) B 785) C 786) D 787) A 788) A 789) E 790) A 791) D 792) D 793) E 794) Certo 795) A 796) Errado 797) Errado 798) Certo 799) Errado 800) D