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601) 602) Literatura para Oficial (PMMA/CBMMA) 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzY Ordenação: Por Matéria e Assunto (data) www.tecconcursos.com.br/questoes/1173568 FCC - Vest (UNIPAR)/UNIPAR/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Em seus manifestos, característicos do movimento modernista de 22, Oswald de Andrade e Mário de Andrade a) divergiram quanto à necessidade de se considerar uma nova ordem de valores culturais e estéticos. b) colaboraram para que se revalorizassem entre nós os até então desprestigiados valores da estética clássica. c) buscaram novas propostas estéticas para formalizar uma nova visão do país, influenciada pelas vanguardas europeias. d) apostaram numa revisão do nacionalismo romântico, intensificando ainda mais a linguagem intimista. e) uniram-se para propor um novo nacionalismo, com o qual se propunham a abolir o ideal de uma civilização nos trópicos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1450430 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UNCISAL)/UNCISAL/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Pobre Alimária o cavalo e a carroça estavam atravancados no trilho e como o motorneiro se impacientasse porque levava os advogados para os escritórios desatravancaram o veículo e o animal disparou mas o lesto carroceiro trepou na boleia e castigou o fugitivo atrelado com um grandioso chicote ANDRADE, Oswald de. Pau-brasil. Rio de Janeiro: Globo, 1995 (adaptado). Publicado por Oswald de Andrade, no livro Pau-brasil, em 1925, o poema Pobre Alimária é um dos mais emblemáticos do movimento modernista brasileiro. Nele, o poeta trata de aspectos do contexto histórico e social do Brasil daquela época, por meio da a) crítica à destruição de valores tradicionais pelo progresso urbano. https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzY https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1173568 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1450430 603) 604) b) abordagem de uma prática social típica das regiões rurais do Brasil. c) descrição de uma cena que recupera problemas urbanos do Brasil colonial. d) abordagem de contrastes sociais decorrentes do processo de urbanização brasileiro. e) reflexão da degradação do espaço urbano brasileiro pelo tráfego de veículos automotores. www.tecconcursos.com.br/questoes/1125005 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Metamorfose Meu avô foi buscar prata mas a prata virou índio. Meu avô foi buscar índio mas o índio virou ouro. Meu avô foi buscar ouro mas o ouro virou terra. Meu avô foi buscar terra e a terra virou fronteira. Meu avô, ainda intrigado, foi modelar a fronteira: E o Brasil tomou a forma de harpa. (Martim Cererê, Cassino Ricardo, José Olympio: 1974, Rio de Janeiro, 13ª edição.) O poema anterior reflete algumas das características presentes na linguagem modernista, como: a) Crítica e humor, zombando da arte tradicional. b) A extração da arte dos grandes temas universais, promovendo sua sacralização. c) Descritivismo por meio do emprego de uma linguagem discursiva e retórica. d) Interesse por temas brasileiros, valorizando nossas tradições e cultura assim como nosso passado histórico-social www.tecconcursos.com.br/questoes/1125004 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Consoada Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125005 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125004 605) 606) – Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. (BANDEIRA, Manuel. Os Melhores Poemas. São Paulo: Global.) Manuel Bandeira teve seu nome entre os responsáveis pela consolidação da primeira fase modernista no Brasil. Em seu poema “Consoada” observa-se em sua temática: a) A miséria da degradação humana. b) A dignidade da existência humana. c) Nacionalismo e regionalismo críticos. d) Ironia e humor diante dos conflitos da existência humana. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124316 Instituto Consulplan - Vest (FADIP)/FADIP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O menor poema da língua é do modernista Oswald de Andrade, formado pelo título e uma palavra: AMOR Humor Acerca da linguagem modernista pode-se afirmar que: a) Predominam tendências universalistas. b) Observa-se o emprego de uma linguagem discursiva e teórica. c) Os modernistas procuravam ser críticos e bem-humorados, zombando da arte tradicional. d) Apesar das inovações, há preocupação com a métrica poética na utilização de versos regulares. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124317 Instituto Consulplan - Vest (FADIP)/FADIP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade compõem a tríade da primeira fase modernista da literatura no Brasil. O trecho a seguir é uma das contribuições de Manuel Bandeira de um de seus poemas mais conhecidos. Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124316 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124317 607) Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água. Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada. (Estrela da vida inteira.) Acerca do trecho apresentado pode-se afirmar que: a) Pasárgada é o mundo da liberdade, sendo uma extensão do mundo vivido pelo poeta em sua realidade cotidiana. b) O eu-lírico expressa seu desejo de fugir da realidade concreta para a idealizada, associando-se ao escapismo dos escritores românticos. c) A lembrança romântica da infância e o sentimento saudosista caracterizam a mesma melancolia vivida pelos poetas da 2ª geração romântica. d) Manuel Bandeira explora motivos inexplorados em escolas literárias anteriores, confirmando suas características modernistas, como: a saudade e a infância. www.tecconcursos.com.br/questoes/1419964 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Observe o texto, em seguida responda o que se pede: Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1419964 608) O poema Autopsicografia é do importante artista português: a) Camões; b) Eugênio de Castro; c) Fernando Pessoa; d) Camilo Pessanha; e) José Régio. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121896 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Descobrimento Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muitocomovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... (ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Belo Horizonte – São Paulo: Itatiaia – Edusp, 1987.) Mário de Andrade, autor do poema anterior, fez parte do grupo que idealizou a Semana de Arte Moderna. Acerca da linguagem empregada pelo poeta em “Descobrimento”, pode-se afirmar que: a) A referência à região Norte demonstra o emprego de uma linguagem regionalista demonstrando a intenção dos modernistas de valorizar o povo brasileiro. b) No primeiro verso do poema é possível destacar a oralidade presente no texto modernista e sua finalidade de modificar as formas poéticas anteriores ao movimento. c) É possível observar o emprego de dois tipos de linguagem distintos: coloquial e formal, havendo exemplos de construções que apresentam formalidade e informalidade. d) Seguindo os moldes modernistas, há uma preocupação com o uso da linguagem, prezando o poeta pelo emprego exclusivo de uma linguagem rebuscada e com grande emprego de inversões na ordem das orações. e) A escolha do emprego exclusivo de uma linguagem coloquial reflete o seguimento modernista que reage radicalmente contra todo tipo de formalismo da linguagem utilizado até aquele momento na literatura. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121896 609) 610) www.tecconcursos.com.br/questoes/1419967 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sobre o Ofismo na Literatura Portuguesa é correto afirmar, EXCETO: a) A Primeira Geração do Modernismo em Portugal, Orfismo, Orfeísmo ou Geração de Orpheu, compreende o período entre 1915 e 1927; b) Escândalo, provocações, influências das correntes estéticas que se desenvolviam na Europa, especialmente o Futurismo e o Cubismo, motivaram o lançamento da revista, bem como o movimento vanguardista em Portugal; c) O nome da revista é uma referência ao mito grego de Orfeu, um poeta que encantava a todos ao tocar sua lira, desde árvores, deuses e monstros; d) . Alvo de duras críticas, foi dito que a revista de periodicidade trimestral retratava a decadência da literatura. Para alguns, era o próprio simbolismo decadentista; e) . A continuidade e as inúmeras edições dessa revista foram a base de sua repercussão foi tão notável que os manifestos se seguiram por mais uma década nesse período, assemelhava-se a uma revolução modernista. www.tecconcursos.com.br/questoes/1450447 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UNCISAL)/UNCISAL/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) No livro Pau-brasil, um dos marcos da poesia modernista brasileira, Oswald de Andrade inseriu o seguinte poema, que trata do patrimônio linguístico brasileiro e de sua importância para a identidade nacional. Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. ANDRADE, Oswald de. Obras completas/Pau-brasil. São Paulo: Globo, 1990. Os contrastes entre as pronúncias de palavras elencados por Oswald de Andrade em seu poema evidenciam a) a superioridade da pronúncia padrão do português. b) a incapacidade de aprendizado da classe trabalhadora. c) a necessidade de normatizar a pronúncia do português. d) a multiplicidade identitária do país a partir da língua falada. e) a semelhança entre a fala do povo e a das classes privilegiadas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1419967 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1450447 611) 612) www.tecconcursos.com.br/questoes/1121596 Instituto Consulplan - Vest (FASEH)/FASEH/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Acerca do Modernismo no Brasil, pode-se afirmar que tal período literário passou por três fases com características próprias e distintas. Dentre as afirmativas a seguir sobre tal assunto, estão todas corretas com EXCEÇÃO de: a) Na terceira fase modernista, as obras literárias alcançam destaque pela complexidade estética e densidade psicológica. b) Os modernistas da primeira fase defendiam a difusão das técnicas de vanguarda assim como a manutenção da tradição ignorando a cultura popular. c) O vínculo entre narrador e personagens teve continuidade na terceira fase modernista por meio da pesquisa de linguagem e aplicação de técnicas apropriadas. d) Na segunda fase do Modernismo, é possível observar o emprego de técnicas narrativas que aproximavam um narrador culto de personagens desfavorecidas e oprimidas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535269 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121596 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535269 613) Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Considerando o verso "Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas", assinale a alternativa correta. a) O eu lírico afirma que ele não sabe se portar em ambientes requintados, por isso os evita. b) O eu lírico se apresenta como alguém que ousa se assumir publicamente do jeito que é. c) O eu lírico expressa simpatia por aqueles que escondem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honrosos. d) O eu lírico assume que precisa deixar de sofrer enxovalho e de cometer atos ridículos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535264 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535264 614) Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Assinale a alternativa correta. a) No "Poema em Linha Reta", o eu lírico afirma que só os seus amigos são bem sucedidos na vida, e ele se envergonha de não sê-lo. b) O eu lírico se compara aos semideuses, pois consegue perceber as incoerências nos discursos de todos os que dizem não pecar. c) O eu lírico expressa simpatia por aqueles que assumem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honrosos. d) O eu lírico gostaria de conseguir reagir às piadas das criadas de hotel e dos moços de fretes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1535275 FUNTEF - Vest (IF PR)/IF PR/Nível Superior/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta Álvaro de Campos Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1535275 615) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titube-ar? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Considerando o "Poema em linha reta", sobretudo os versos "Quem me dera ouvir de alguém a voz humana" e "Onde é que há gente no mundo?", assinale a alternativa INCORRETA. a) O eu lírico considera que viver sem assumir suas covardias, atos ridículos e fraquezas desumaniza quem assim o faz. b) O eu lírico se apresenta como o único ser que pode ser chamado de humano, por assumir suas fraquezas e vilezas. c) O eu lírico expressa antipatia por aqueles que escondem suas vilezas, embora ressaltando-as como aspectos nem sempre honoráveis. d) O eu lírico afirma que, para os demais, ser traído, ter pecado, ser violento, não é aceitável; o que pode ser aceito é o ridículo, a covardia, a infâmia. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165550 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Nova Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente, protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor [...] Estou farto do lirismo namorador Político, Raquítico, Sifilítico. (Manuel Bandeira) Este poema de Manuel Bandeira pode ser entendido como: 1) aversão declarada aos cânones aceitos por escolas literárias que privilegiavam a perfeição da ‘forma poética’. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165550 616) 2) manifestação dos novos ideais literários propostos pelas vanguardas do Modernismo brasileiro. 3) expressão da reiterada aspiração de que voltassem os modelos poéticos defendidos pela produção da ‘Arte pela Arte’. 4) demarcação da função estética do fazer poético, a qual se furta a se ajustar aos limites puristas impostos pelas normas linguísticas. 5) anuência ao imaginário das escolas do Romantismo que enalteciam as expressões do lirismo e do envolvimento amoroso. Estão corretas: a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 1, 2 e 4, apenas. c) 1, 3 e 5, apenas. d) 3 e 4, apenas. e) 4 e 5, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1418172 CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio E tivesse só o céu por cima e a água por baixo... Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro E que ele me batesse e me estimasse... Antes isso que ser o que atravessa a vida Olhando para trás de si e tendo pena... (URCA/2019.1) O fragmento acima é parte da Obra do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. São características de Caeiro e que estão presentes no texto, exceto: a) Ligação com a Natureza e desejo de integrar-se a ela; b) Valorização das sensações em detrimento a grandes reflexões; c) Subjetividade visual filosófica profunda pautada na clareza e confiança; d) Simplicidade do tão somente existir; e) Preferência pelo verso livre e pela linguagem simples. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121608 Instituto Consulplan - Vest (FASEH)/FASEH/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1418172 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121608 617) Leia a seguir alguns trechos do poema “Ode ao burguês” de Mário de Andrade, publicado na obra “Pauliceia desvairada” (1922). Ode ao burguês Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, O burguês-burguês! A digestão bem-feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, É sempre um cauteloso pouco-a-pouco! [...] Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma! Oh! purée de batatas morais! Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas! Ódio aos temperamentos regulares! Ódio aos relógios musculares! Mortee infâmia! Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, Sempiternamente as mesmices convencionais! De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! Dois a dois! Primeira posição! Marcha! Todos para a Central do meu rancor inebriante Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! Morte ao burguês de giolhos, cheirando religião e que não crê em Deus! Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico! Ódio fundamento, sem perdão! Fora! Fu! Fora o bom burguês!... Em relação ao poema, indique V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) O título demonstra, após a leitura do poema, a intenção crítica do eu lírico diante do elemento “burguês”. ( ) A expressão “burguês-níquel” demonstra a importância que o eu lírico concede ao dinheiro, ao materialismo. ( ) As características quanto ao tema e ao estilo apresentados tornam o poema um exemplo da literatura da primeira fase do Modernismo no Brasil. ( ) A preocupação com o emprego constante de conectores lógicos demonstra o cuidado com o uso da linguagem, característica marcante da primeira fase modernista. A sequência está correta em a) V, V, F, F. b) F, F, V, F. c) V, F, V, F. d) F, V, V, V. 618) 619) www.tecconcursos.com.br/questoes/1484156 FAUSCS - Vest (USCS)/USCS/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Considere o seguinte texto: Tabacaria Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. (...). Disponível em: https://www.infoescola.com/literatura/. Acesso em: 18/10/2019. Considerando o poeta Fernando Pessoa, as características de sua poesia e de seus heterônimos, é possível afirmar que o texto “Tabacaria” pertence a: a) Álvaro de Campos. b) Fernando Pessoa. c) Ricardo Reis. d) Alberto Caeiro. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121494 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.) Pode-se afirmar acerca do poema modernista de Manuel Bandeira que: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1484156 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121494 620) 621) a) A descrição do personagem feita pelo narrador demonstra a busca pela simplicidade da vida, ideal dos poetas modernistas. b) As características marcantes do texto literário são desprezadas em detrimento da inovação da nova literatura modernista. c) É possível reconhecer o uso de recursos literários como o preciosismo e o conceptismo como valorização dos textos do Modernismo brasileiro. d) É um texto que demonstra a retomada de elementos da literatura parnasiana demonstrando o apego de alguns poetas ao estilo que antecede o Modernismo. e) Apresenta como característica modernista a indicação de que o poeta deve utilizar como matéria para sua poesia conteúdo relacionado tanto aos sentimentos quanto à vida real. www.tecconcursos.com.br/questoes/822965 VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à questão. Já sobre a fronte vã se me acinzenta O cabelo do jovem que perdi. Meus olhos brilham menos, Já não tem jus a beijos minha boca. Se me ainda amas, por amor não ames: Traíras-me comigo. (Obra poética. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1995, p. 279) O poema enfoca uma temática frequente na poesia de Ricardo Reis, que diz respeito a) ao posicionamento do homem com relação à passagem do tempo. b) à busca da plenitude espiritual por meio da consumação do amor carnal. c) à exaltação do comportamento religioso, o qual nega a percepção sensível. d) à afirmação do prazer imediato pelo culto à natureza selvagem, inexplorada. e) ao modo como os relacionamentos se tornaram cada vez mais passageiros. www.tecconcursos.com.br/questoes/937876 MS CONCURSOS - Of Admin (SAP SP)/SAP SP/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema em linha reta (Álvaro de Campos) Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/822965 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937876 Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. De acordo com o poema, marque a alternativa correta referente aos itens seguintes. (I) O poema é construído a partir da conciliação do eu lírico e os outros. (II) Desde o primeiro verso do poema, o eu lírico estabelece uma resistência entre sua postura pessimista e a responsabilidade pelos outros. (III) O eu lírico apresenta fatos que mostram sua realidade. (IV) Analisando os versos “Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.” / “Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?”, entende-se que o eu lírico é um solitário, porque só ele tem coragem de assumir que é infame. a) Apenas os itens (I), (II) e (III) estão corretos. b) Apenas os itens (II), (III) e (IV) estão corretos. c) Apenas os itens (I), (III) e (IV) estão corretos. d) Apenas os itens (III) e (IV) estão corretos. e) Todos os itens estão corretos. www.tecconcursos.com.br/questoes/920676 CETREDE - Ana CI (CM Tianguá)/CM Tianguá/2018 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/920676 622) 623) Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração(Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe. A perereca verde que de repente dá um pulo,que engraçado! E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma! Alegria das calçadas, Uns falam pelos cotovelos “Cavaleiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar Um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos, porém, sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de demiurgos de inutilidade. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heróicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes Uma lição de infância. Manuel Bandeira. Os camelôs dão uma lição de infância porque a) são vendedores alegres. b) despertam amor às crianças. c) levam as pessoas a se sentirem crianças. d) recebem muito bem sua clientela e) vendem brinquedos para as crianças. www.tecconcursos.com.br/questoes/1171249 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) No Brasil, o chamado Movimento Modernista: 1) buscou a valorização da identidade, da história e da cultura nacionais. 2) defendeu a liberdade de criação da obra literária, incorporando temas, vocabulário e sintaxes peculiares aos usos nacionais. 3) cultivou a expressão do cotidiano, optando, assim, na prosa, pelo uso de uma linguagem coloquial e, na poesia, pelo verso livre. 4) na primeira geração de seus autores teve como expoentes Mário de Andrade e Oswaldo de Andrade. 5) na segunda geração, contou com as obras de Manuel Bandeira (Cinza das Horas) e de João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina). Estão corretas: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1171249 624) 625) a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 1, 2, 3 e 4, apenas. c) 2, 3 e 4, apenas. d) 1, 2 e 3, apenas. e) 1 e 5, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1166421 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Tradicional/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Inúmeros são os poemas que Manuel Bandeira escreveu sobre a sua infância e, particularmente, sobre a sua cidade natal: Recife. Entre eles, podemos citar os poemas “Evocação do Recife” e “Profundamente”. Nesses dois poemas, Manuel Bandeira discorre sobre quais aspectos do Recife e da sua infância? 1) A Rua da União e a casa dos seus avós. 2) A lembrança daqueles que estão dormindo profundamente. 3) As brincadeiras de infância e os primeiros deslumbramentos. 4) A vida de boemia e de namoros que ele viveu no Recife. 5) O período em que ele foi seminarista. Estão corretas, apenas: a) 1, 2 e 4. b) 1, 3 e 5. c) 2, 3 e 5. d) 2, 3 e 4. e) 1, 2 e 3. www.tecconcursos.com.br/questoes/1609609 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1166421 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609609 626) 627) Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. No poema, a pluralidade de vozes recria, de maneira irônica e irreverente, a chegada do colonizador europeu ao Brasil. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/920680 CETREDE - Ana CI (CM Tianguá)/CM Tianguá/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe. A perereca verde que de repente dá um pulo,que engraçado! E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma! Alegria das calçadas, Uns falam pelos cotovelos “Cavaleiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar Um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos, porém, sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de demiurgos de inutilidade. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heróicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes Uma lição de infância. Manuel Bandeira. Pelo poema, pode-se afirmar que a alegria do mundo infantil a) deve ser proporcionada pelos pais. b) é consequência da vida escolar. c) não depende de dinheiro. d) está dentro da criança. e) é uma responsabilidade social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1609611 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? https://www.tecconcursos.com.br/questoes/920680 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609611 628) 629) — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. O poema demonstra, no plano da linguagem, a postura nacionalista do movimento modernista brasileiro, que valorizou o emprego, nos textos literários, de formas linguísticas típicas da modalidade falada do português brasileiro. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1609631 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão? — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu — Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval. Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro. Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo. A liberdade formal e o coloquialismo presentes no poema apresentado são também características marcantes do projeto literário dos poetas modernistas da geração de 1945. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1407986 VUNESP - Vest (FAMEMA)/FAMEMA/2018 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o poema “Namorados” de Manuel Bandeira (1886-1968). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609631 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1407986 630) O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: – Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com [a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. – Você não sabe quando a gente é criança e de repente [vê uma lagarta listada? A moça se lembrava: – A gente fica olhando... A meninice brincoude novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: – Antônia, você parece uma lagarta listada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: – Antônia, você é engraçada! Você parece louca. (Estrela da vida inteira, 2009.) Verifica-se a ocorrência de personificação no seguinte verso: a) “– Antônia, você parece uma lagarta listada.” b) “A moça arregalou os olhos, fez exclamações.” c) “A meninice brincou de novo nos olhos dela.” d) “– Antônia, você é engraçada! Você parece louca.” e) “A moça olhou de lado e esperou.” www.tecconcursos.com.br/questoes/449022 CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto 10A3CCC O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular. Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e https://www.tecconcursos.com.br/questoes/449022 631) africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização. O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas deestudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem. Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações). O texto 10A3CCC faz referência à(s) a) fase de preparação do Modernismo, na qual elementos parnasianos são proclamados. b) vanguardas assimiladas da Europa, que promovem a ruptura com o passado literário. c) primeira fase do Modernismo, conhecida como fase heroica. d) segunda fase do Modernismo, na qual predomina a crítica ao subdesenvolvimento. e) terceira fase do Modernismo, na qual há retomada de elementos de estabilidade poética clássica. www.tecconcursos.com.br/questoes/773896 ITA - Vest (ITA)/ITA/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O texto abaixo é uma das liras que integram Marília de Dirceu, de Tomás Antôni o Gonzaga. Em uma frondosa Roseira se abria Um negro botão! Marília adorada O pé lhe torcia Com a branca mão. Nas folhas viçosas A abelha enraivada O corpo escondeu. Tocou-lhe Marília, Na mão descuidada A fera mordeu. Apenas lhe morde, Marília, gritando, Co dedo fugiu. Amor, que no bosque Estava brincando, Aos ais acudiu. Mal viu a rotura, E o sangue espargido, Que a Deusa mostrou, Risonho beijando https://www.tecconcursos.com.br/questoes/773896 632) O dedo ofendido, Assim lhe falou: Se tu por tão pouco O pranto desatas, Ah! dá-me atenção: E como daquele, Que feres e matas, Não tens compaixão? O poema abaixo dialoga com as liras de Marília de Dirceu. Haicai tirado de uma falsa lira de Gonzaga Quis gravar "Amor" No tronco de um velho freixo: "Marília" escrevi. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1993.) Dentre as marcas mais visíveis de intertextualidade, encontram-se as seguintes, EXCETO a) o título do poema menciona o autor de Marília de Dirceu. b) ambos os textos pertencem à mesma forma poética. c) no poema, Marília é, assim como em Gonzaga, o objeto amoroso. d) tal como nos textos árcades, no de Bandeira, a natureza é o cenário do amor. e) este poema de Bandeira possui, como os de Gonzaga, teor sentimental. www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto Rondó dos cavalinhos Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Tua beleza, Esmeralda, Acabou me enlouquecendo. Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O sol tão claro lá fora E em minhalma — anoitecendo! Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Alfonso Reyes partindo, E tanta gente ficando... https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 633) Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... A Itália falando grosso, A Europa se avacalhando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O Brasil politicando, Nossa! A poesia morrendo... O sol tão claro lá fora, O sol tão claro, Esmeralda, E em minhalma — anoitecendo! Manuel Bandeira. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 104. Acerca do poema Rondó dos cavalinhos, de Manuel Bandeira, publicado originalmente em 1936, em outra versão, com o título Rondó do Jockey Club, julgue o item. O uso da forma medieval do rondó para a escrita do poema reflete a preocupação de poetas modernistas de primeira geração, como Manuel Bandeira, em recuperar o imaginário da Idade Média, com suas narrativas de cavalarias e heróis idealizados. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1871095 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Consoada. Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: – Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. BANDEIRA, Manuel. Consoada. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 133. Sobre esses versos de Manuel Bandeira, está correto o que se afirma em a) Mostram uma dissociação entre a realidade concreta e a presumível. b) Sintetizam o mascaramento da angústia como solução diante do inevitável. c) Revelam a instabilidade do sujeito poético diante da transitoriedade da vida. d) Tematizam, metafórica e eufemisticamente, a morte, que é aceita, embora não desejável. e) Refletem a desilusão diante de um viver sem sentido, devido ao mal sem cura que o acometeu. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1871095 634) 635) www.tecconcursos.com.br/questoes/1867593 STRIX - Vest (UNINORTE)/UNINORTE/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. Andrade, Oswald de. Erro de português. Disponível em: <https://niltonfelipe.wordpress.com/tag/ interpretacao-de-erro-do-poema-de-portugues>. Acesso em: abr. 2017. A leitura do texto permite que se considere correto inferir que, para o sujeito poético, a) o processo de colonização do Brasil ocorreu de forma errônea, conforme fica sugerido pela ironia evidenciada no duplo sentido da expressão usada no título do poema e também em “Que pena!”, que se soma à ideia de vestir, para indicar a imposição da cultura do colonizador ao colonizado, também portador de um legado cultural que foi ignorado. b) as condições de chegada dos portugueses ao país – “Debaixo duma bruta chuva” – simbolizam a violência implantada nas terras descobertas a partir de então, iniciada pela exploraçãode suas riquezas e pela dizimação dos indígenas. c) a palavra “pena”, que permite uma duplicidade de leitura, revela igualmente que a opressão a que foram submetidos os índios brasileiros decorreu do medo do descobridor de não sobreviver ao tipo de clima existente no lugar em que pisava pela primeira vez. d) o confronto das duas culturas nada acrescentou ao europeu recém-chegado, que não percebeu indício de moral e de ética nos habitantes do novo mundo, uma vez que andavam nus, razão por que procurou vesti-los. e) a possibilidade de o povo brasileiro se libertar do preconceito e do desrespeito a seus semelhantes aparece prenunciada na referência feita a “uma manhã de sol”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Em dezembro de 1917, o centro de São Paulo abrigou uma pequena exposição individual de uma jovem pintora, que mostrava pela primeira vez o resultado de seus anos de estudo na Europa e nos Estados Unidos. Há 100 anos, Anita Malfatti (1889-1964) abalava as estruturas do academicismo nas artes plásticas nacionais e dava o primeiro passo em direção ao Modernismo e à Semana de Arte Moderna, que viria a ocorrer em 1922. A primeira mostra de arte reconhecidamente modernista realizada no país suscitou todo tipo de reação, do assombro ao deslumbramento, da indignação ao entusiasmo. Enquanto o escritor Mário de Andrade gargalhava de alegria ao ver as obras, Monteiro Lobato publicava o famoso texto em que o criador da boneca Emília teceu severas críticas ao trabalho da artista, fazendo, inclusive, com que cinco obras compradas fossem devolvidas. No entanto, passado um século, o que ficou do vigor artístico da obra daquela pintora tímida e até um pouco reclusa? DUARTE, Maurício. Anita Malfatti, 100 anos depois. Disponível em: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1867593 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 636) <http://www.livrariacultura.com.br/ revistadacultura>. Acesso em: fev. 2017. De acordo com o texto e o contexto da Primeira Geração Modernista no Brasil, é correto afirmar que Anita Malfatti a) foi a principal artista plástica desse grupo, já que se tornou a primeira pintora a mobilizar os críticos de arte para analisar as interpretações criativas da realidade naquela época. b) criticou e rejeitou as estruturas acadêmicas nacionais ligadas ao bom gosto, à beleza e à harmonia, comprometendo nomes importantes desse campo de atuação humana, como Monteiro Lobato. c) teve seus trabalhos completamente rejeitados pela sociedade brasileira que questionou com veemência o conceito por ela atribuído às manifestações de ordem estética. d) rejeitou a forma genuína como os talentos do País expressavam suas emoções, trazendo estudos de fora, o que originou a indignação de Mário de Andrade. e) acabou por incitar, a partir do debate sobre a sua obra, a produção da Semana de Arte Moderna e por inaugurar uma nova concepção artística no Brasil. www.tecconcursos.com.br/questoes/940607 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sou um homem comum brasileiro, maior, casado, reservista, e não vejo na vida, amigo nenhum sentido, senão lutarmos juntos por um mundo melhor. Poeta fui de rápido destino Mas a poesia é rara e não comove nem move o pau de arara. Quero, por isso, falar com você de homem para homem, apoiar-me em você oferecer-lhe meu braço que o tempo é pouco e o latifúndio está aí matando [...] Homem comum, igual a você, [...] Mas somos muitos milhões de homens comuns e podemos formar uma muralha com nossos corpos de sonhos e margaridas. FERREIRA GULLAR. Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento). No poema, ocorre uma aproximação entre a realidade social e o fazer poético, frequente no Modernismo. Nessa aproximação, o eu lírico atribui à poesia um caráter de a) agregação construtiva e poder de intervenção na ordem instituída. b) força emotiva e capacidade de preservação da memória social. c) denúncia retórica e habilidade para sedimentar sonhos e utopias. d) ampliação do universo cultural e intervenção nos valores humanos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/940607 637) 638) e) identificação com o discurso masculino e questionamento dos temas líricos. www.tecconcursos.com.br/questoes/463394 CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Nova Poética Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou [a calça de uma nódoa de lama: É a vida O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por [cento e as amadas que envelheceram sem maldade. Manuel Bandeira. Nova Poética. In: Belo belo, 1948. Internet: <avozdapoesia.com.br>. A partir do texto precedente, julgue o item a seguir, considerando aspectos relacionados à teoria dos gêneros literários e ao conceito de literatura. Escrito sob os influxos do movimento modernista brasileiro, Nova Poética constitui uma defesa da retomada do idealismo romântico no que se refere à função social da poesia. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/770856 ITA - Vest (ITA)/ITA/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Sobre o poema de Manuel Bandeira, Irene no céu Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. (Em: Libertinagem. Rio de Janeiro: Pongetti, 1930.) é INCORRETO afirmar que a relação afetiva entre o sujeito lírico e Irene a) faz com que a descrição dela seja permeada pela visão carinhosa dele. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463394 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/770856 639) 640) 641) b) a linguagem mais coloquial, espelhando a ligação afetuosa dos dois. c) é responsável pelo tratamento informal dado a uma entidade religiosa. d) é um mero disfarce da desigualdade entre brancos e negros. e) é, na visão dele, compartilhada até mesmo por São Pedro. www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Na primeira fase do Modernismo brasileiro, a) a prosa ganha um caráter eminentemente engajado, denunciam-se o coronelismo, a decadente sociedade da cana-de-açúcar e a miséria. b) a crise cafeeira, o acelerado declínio do Nordeste condicionam novos estilos ficcionais marcados pela rudeza e pela captação direta dos fatos. c) José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos despontam com romances que denunciavam graves questões sociais do Brasil. d) Mário de Andrade publica Paulicéia Desvairada, que tem a cidade de São Paulo como inspiração, e explora o coloquialismo na linguagem. www.tecconcursos.com.br/questoes/368770 IDECAN - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) A sociedade brasileira, na década de 20, do século XX, presenciou o florescimento de um movimento artístico e literário que tinha como mote a ruptura com os padrões estéticos europeus. Para propagar o ideário modernista, os representantes desse movimento elaboraram e divulgaram vários manifestos. Assinale a alternativa que apresenta o nome do movimento, organizado pelos intelectuais AscânioLopes, Guilhermino César, Francisco Inácio Peixoto e Enrique de Resende, dentre outros, que, com um discurso irreverente, despolarizou a discussão modernista das metrópoles para o interior. a) Verde. b) A Revista. c) Pau‐Brasil. d) Verde Amarelo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1193038 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Descobrimento Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/368770 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1193038 642) 643) De sopetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu, Um homem pálido, magro de cabelos escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... ANDRADE, M. Poesias completas. São Paulo: Edusp, 1987. O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de a) resgatar o passado indígena brasileiro. b) criticar a colonização portuguesa no Brasil. c) defender a diversidade social e cultural brasileira. d) promover a integração das diferentes regiões do país. e) valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos brasileiros. www.tecconcursos.com.br/questoes/994778 FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) As assertivas abaixo pretendem se referir a alguma novidade anunciada durante a realização da Semana de Arte Moderna, concernente à arte brasileira, todavia uma delas está INCORRETA. Marque-a: a) A busca de uma consciência nacional e a focalização de temas da terra. b) A valorização do ideário advindo das chamadas “vanguardas europeias”. c) A valorização do falar regional e das formas telúricas de expressão. d) A evidenciação dos versos livres, desprovidos de rimas. e) A primazia da chamada “arte pela arte” no processo de criação artística. www.tecconcursos.com.br/questoes/990717 FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o texto abaixo atentamente, que servirá de base para a questão. “Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã ainda estivesse avançada). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/994778 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990717 644) Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação. Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei. Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... - Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei” (Manuel Bandeira, “Poema só para Jaime Ovalle”.) Assinale a opção cuja declaração melhor sintetiza a perspectiva e o estado d’alma do eu-lírico: a) É muito provável que negativismo do olhar do eu-lírico decorra de planos oníricos e etéreos. b) Pragmático, o eu-poético deita um olhar iconoclasta diante da matéria pétrea e perene das coisas. c) É possível inferir que ao eu-lírico compete descortinar o significado da existência humana, por dever de ofício. d) Enigmática, a voz poética tenta decifrar, de forma objetiva, o sentido das coisas do mundo. e) Reflexivo e solitário, o eu-lírico divaga em elucubrações atinentes à transitoriedade da vida e à fugacidade das coisas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1192585 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O bonde abre a viagem, No banco ninguém, Estou só, stou sem. Depois sobe um homem, No banco sentou, Companheiro vou. O bonde está cheio, De novo porém Não sou mais ninguém. ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Vila Rica, 1993. O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentração populacional nos centros urbanos geraram mudanças importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposição entre a) a solidão e a multidão. b) a carência e a satisfação. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1192585 645) 646) c) a mobilidade e a lentidão. d) a amizade e a indiferença. e) a mudança e a estagnação. www.tecconcursos.com.br/questoes/1192602 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da linguagem pela a) atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. b) utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. c) indicação de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada. d) enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. e) apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê. www.tecconcursos.com.br/questoes/2506695 SUCONS UEMA - Vest (UEMA)/UEMA/Educação a Distância (EAD)/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto I Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1192602 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2506695 De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d'água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada. Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira. 2ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. Manuel Bandeira é um dos poetas responsáveis pela solidificação do movimento modernista no Brasil em 1922. Apesar de manter algumas características do período do Romantismo, é um poeta essencialmente modernista. Nesse poema, vê-se que Pasárgada opõe-se ao mundo real. É a cidade ou mundo da fantasia, da liberdade, dos sonhos. Esse mundo de fantasia representado por ―Pasárgadaǁ caracteriza o traço de Romantismo conhecido como a) amor à natureza. b) escapismo ou fuga. c) nacionalismo exacerbado. d) apego ao passado histórico. e) divinização de um amor impossível. 647) 648) www.tecconcursos.com.br/questoes/990705FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O escritor modernista Oswald de Andrade declarou, em certa ocasião, que o poeta parnasiano era “uma máquina de fazer versos”, como podemos depreender da seguinte sentença: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano.” (Oswald de Andrade). Considerando a essência dessa declaração, do ponto de vista estético podemos afirmar o seguinte: a) Há, na sentença de Oswald, uma velada crítica ao escritor Manuel Bandeira, cuja produção artística, do momento histórico em comento, estava permeada de tons parnasianos. b) Debochado e irreverente, o poeta modernista debruça um olhar deletério, não sobre o poeta parnasiano propriamente, mas tão somente sobre a inspiração poética dos escritores modernistas de seu tempo, cuja produção, em termos quantitativos e qualitativos, atravessava significativa crise, mormente quando comparada à dos adeptos do Parnasianismo. c) Há ênfase à grande inventividade de inspiração dos críticos literários cujo olhar, demasiadamente exagerado, só não supera a grande capacidade de fazer poético dos escritores parnasianos. d) Há uma forte crítica ao modo maquinal de produção poética, com foco na metrificação perfeita, nas rimas raras, no repertório lexical rebuscado, na escansão poética, enfim nos mecanismos instauradores da busca da perfeição formal, com primazia da impassibilidade do sentimento em contraposição à percepção sensível e à inspiração. e) Depreende-se notável elogio à imensa capacidade de produção poética dos escritores adeptos da estética literária parnasiana, tendo em vista sua compulsiva criação de formas poéticas, cuja quantidade normalmente é superior à dos adeptos das demais escolas literárias. www.tecconcursos.com.br/questoes/770860 ITA - Vest (ITA)/ITA/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) O poema abaixo é de Alcides Villaça. Bach no céu Para Manuel Bandeira Imagino Johann Sebastian Bach entrando no céu: - Com licença, São Pedro? - Faz favor, João. Só não repare a bagunça. (Em: Ondas curtas. São Paulo: Cosac Naify, 2014.) Dada a explícita relação intertextual entre Bach no céu e Irene no céu, é correto afirmar que a) Bach no céu, por ser um poema dedicado a um grande compositor, se opõe frontalmente ao primeiro poema, dedicado a uma mulher simples. b) a linguagem, no poema de Villaça, é formal porque ele retrata um grande compositor. c) inexiste afetividade em Bach no céu, pois o sujeito lírico não conheceu Bach pessoalmente. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990705 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/770860 649) 650) d) a admiração do sujeito lírico por Bach não é, na visão dele, compartilhada por São Pedro. e) Bach no céu homenageia, ao mesmo tempo, Johann Sebastian Bach e Manuel Bandeira. www.tecconcursos.com.br/questoes/990715 FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita (PB)/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Leia o texto abaixo atentamente, que servirá de base para a questão. “Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã ainda estivesse avançada). Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação. Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei. Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... - Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei” (Manuel Bandeira, “Poema só para Jaime Ovalle”.) Em que escola literária ou estilo de época você situaria o poema? a) Barroco b) Parnasianismo c) Realismo d) Modernismo e) Romantismo www.tecconcursos.com.br/questoes/1961322 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas https://www.tecconcursos.com.br/questoes/990715 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961322 651) 652) E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. No poema As meninas da gare, Oswald de Andrade faz uma paródia da Carta de Caminha, relacionando, por meio do humor, o achamento do Brasil à realidade urbana brasileira, paulista em particular, do início do século XX. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1264735 DIRENS Aeronáutica - CFS (EEAR)/EEAR/Aeronavegantes e Não- Aeronavegantes/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Autopsicografia (Fernando Pessoa) O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. De acordo com o sentido do poema de Fernando Pessoa, pode-se afirmar que a) os poemas, reflexos de dores nunca sentidas e experiências nunca vividas, são mentiras inventadas pelos poetas. b) quem não é sincero, não pode ser poeta, uma vez que é com verdades absolutas que se faz a boa obra poética. c) a obra poética é classificada como digna de confiança quando traz fatos reais, sem fingimentos. d) o ato de fingir, na criação poética, disfarça sentimentos reais que afetam a vida dos poetas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961325 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1264735 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961325 653) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. Após as experimentações formais da primeira geração modernista, a segunda geração passou a enfatizar radicalmente as conquistas estéticas vanguardistas, distanciando-se de questões sociais prementes, como se observa no chamado romance de trinta. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1961336 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto para os itens de 38 a 43 e 47 e 48 As meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha Oswald de Andrade. Pau Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2008. A respeito do poema As meninas da gare, de Oswald de Andrade, e de aspectos a ele relacionados, julgue os itens seguintes. O Manifesto da Poesia Pau Brasil e o Manifesto Antropófago, marcos das ideias modernistas no Brasil, pregavam o uso rigoroso da linguagem, de modo que os autores utilizavam uma sintaxe elaborada e evitavam coloquialismos e expressões populares. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/998669 FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração(Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1961336 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/998669 654) Novamente recorremos ao crítico Alfredo Bosi que, nas reflexões adiante transcritas, discorre sobre a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no início do século passado. “À medida que nos aproximamos da Semana, são as inovações formais que nos vão atraindo, isto é, aquele espírito modernista, strictu sensu, que iria polarizar em torno de uma nova expressão artistas como Anita Malfatti, Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Vila-Lobos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira. E é em face desse clima de vanguarda que se constata uma viragem na literatura brasileira já nos anos da I Guerra Mundial.” “A afirmação de novos ideais estéticos não veio de chofre. Às vésperas do conflito alguns escritores brasileiros traziam da Europa notícias de uma literatura em crise. Oswald de Andrade conheceu em Paris o futurismo que Marinetti, em 1909, lançara pelas páginas do Figaro no famoso Manifesto-Fundação; e trouxera de lá a maravilha de ver um poeta de versos livres, Paul Fort, coroado príncipe dos poetas franceses; Manuel Bandeira trava contatos com Paul Éluard, na Suíça, e viera marcado por um neo- simbolismo de cuja dissolução nasceria o seu modo de ser modernista; Ronald de Carvalho, embora pouco tivesse de revolucionário, ajudara em 1915 a fundação de uma revista de vanguarda futurista portuguesa, Orfeu, centro irradiador da poesia de Fernando Pessoa e de Sá Carneiro; Tristão de Ataíde e o próprio Graça Aranha conheceram igualmente as vanguardas europeias centradas em Paris; e da Paris de Apollinaire, Max Jacob e Blaise Cendrars vinha a poesia moderníssima de Sérgio Milliet.” “O termo futurismo, com todas as conotações de “extravagância”, “desvario” e “barbarismo”, começa a circular nos jornais brasileiros a partir de 1914 e vira ídolo polêmico na boca dos puristas.” “Nesse clima, só um grupo fixado na ponta de lança da burguesia culta, paulista e carioca, isto é, só um grupo cuja curiosidade intelectual pudesse gozar de condições especiais como viagens à Europa, leitura dos derniers cris, concertos e exposições de arte, poderia renovar efetivamente o quadro literário no país.” “A Semana de Arte Moderna foi o ponto de encontro desse grupo, e muitos dos seus traços menores, hoje caducos e só reexumáveis por leitores ingênuos (pose, irracionalismo, inconsequência ideológica) devem-se, no fundo, ao contexto social de onde proveio.” Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto: a) As chamadas vanguardas europeias tiveram relevante papel na formulação estética e no pensamento crítico dos artistas participantes da Semana. b) A jovem intelectualidade paulistana e carioca, tomando conhecimento dos eflúvios vanguardistas europeus pelos jornais, absorveram os novos esteticismos literários e os fizeram propagar no Brasil. c) Por serem tidas como extravagantes e desvairadas, as novas formulações estéticas, emanadas das vanguardas europeias, acabaram sendo rejeitadas pelos jovens artistas participantes da Semana. d) A Europa teve papel pouco relevante no advento das novas concepções estéticas forjadas na Semana de Arte Moderna. e) Os novos artistas brasileiros, que se propuseram a participar da Semana de Arte Moderna, estabeleceram rupturas e fissuras entre eles próprios, que acabaram comprometendo a qualidade dos projetos estéticos modernistas. www.tecconcursos.com.br/questoes/969103 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/969103 655) 656) O peru de Natal O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento). No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepção das relações humanas marcada por a) distanciamento de estados de espírito acentuado pelo papel das gerações. b) relevância dos festejos religiosos em família na sociedade moderna. c) preocupação econômica em uma sociedade urbana em crise. d) consumo de bens materiais por parte de jovens, adultos e idosos. e) pesar e reação de luto diante da morte de um familiar querido. www.tecconcursos.com.br/questoes/969107 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) TEXTO I Versos de amor A um poeta erótico Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso é, pois, o ponto outro de vista Consoante o qual, observo o amor, do egoísta Modo de ver, consoante o qual, o observas. Porque o amor, tal como eu o estou amando, É Espírito, é éter, é substância fluida, É assim como o ar que a gente pega e cuida, Cuida, entretanto, não o estar pegando! É a transubstanciação de instintos rudes, Imponderabilíssima, e impalpável, Que anda acima da carne miserável Como anda a garça acima dos açudes! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento). TEXTO II https://www.tecconcursos.com.br/questoes/969107 657) Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso. ambos definem esse sentimento a partir da oposição entre a) satisfação e insatisfação. b) egoísmo e generosidade. c) felicidade e sofrimento. d) corpo e espírito. e) ideal e real. www.tecconcursos.com.br/questoes/969118 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Vei, a Sol Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez e o herói ficou escorrendo sujeira de urubu. Já era de madrugadinha e o tempo estava inteiramente frio. Macunaíma acordou tremendo, todo lambuzado. Assim mesmo examinou bem a pedra mirim da ilhota para vê si não havia alguma cova com dinheiro enterrado. Não havia não. Nem a correntinha encantada de prata que indica pro escolhido, tesouro de holandês. Havia só as formigas jaquitaguas ruivinhas. Então passou Caiuanogue, a estrela da manhã. Macunaíma já meio enjoado de tanto viver pediu pra ela que o carregasse pro céu. Caiuanogue foi se chegando porém o herói fedia muito. — Vá tomar banho! — ela fez. E foi-se embora. Assim nasceu a expressão "Vá tomar banho" que os brasileiros empregam se referindo a certos imigrantes europeus. ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008. O fragmento de texto faz parte do capítulo VII, intitulado "Vei, a Sol", do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, pertencente à primeira fase do Modernismo brasileiro. Considerando
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