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SIMULADO Língua Portuguesa para Oficial (PMMA-CBMMA) 2023

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Prévia do material em texto

1) 
Língua Portuguesa para Oficial (PMMA/CBMMA) 2023
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzX
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/2260992
CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2021
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Texto
 
Queimadas no Pantanal em 2020 superaram recorde histórico
 
Número de focos de queimadas registrados em 2020 superaram o total de três anos anteriores, segundo
o Inpe. (Dândara Genelhú em 08h52 - 02/01/2021)
 
Marcado com cenário de fogo e fumaça, causados pelas queimadas, o Pantanal foi o bioma mais afetado
em 2020. O índice de queimadas registrado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) foi o
maior da história.
 
Assim, desde 1998, quando começaram a monitorar a situação, não havia sido registrada tamanha
destruição por queimadas. Apenas em 2020, foram 22.116 focos de incêndio contabilizados pelo Inpe. O
bioma faz parte do território de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
 
Além de ser o maior registro histórico de queimadas, esta foi a primeira vez em que o Pantanal registrou
mais de 12,5 mil focos de incêndio. Antes, o recorde de queimadas era de 12.536 focos, em 2005. Então,
se comparado o mesmo período dos anos com maiores índices de queimadas, o aumento do último ano
foi de 76.41%.
 
Indo mais além, 2020 teve mais focos de incêndio no Pantanal do que os três anos anteriores juntos. Em
2019 foram 10.025 focos, em 2018 foram 1.691 e 2017 registrou 5.773. Com isso, somam 17.489 focos
de queimadas.
 
Pantanal sul-mato-grossense
 
No MS foram registrados 12.080 focos de queimadas em 2020. De acordo com a CNN, o último número
expressivo no Estado aconteceu em 2005, quando houveram 12.904 focos de incêndio.
 
Então, segundo levantamento do INPE, a semana com mais focos registrados foi de 28 de setembro até
04 de outubro de 2020. Neste período foram contabilizados 1.276 focos de queimadas.
 
Assim, mais de 40 mil km2 do Pantanal inteiro foram devastados até novembro. Ou seja, cerca de 30%
do bioma já foi devastado. O apontamento foi realizado pelo LASA (Laboratório de Aplicações de Satélites
Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e divulgado pela CNN. [...]
 
Texto reproduzido fielmente conforme publicado em https://www.midiamax.com.br/cotidiano/2021/queimadas-no-
pantanal-em-2020-superaram-recorde-historico (acesso em 02/01/2021)
 
Nas opções abaixo, foram transcritos trechos do texto. Marque aquela que apresenta desvio da Norma
Culta da Língua Portuguesa:
a) Além de ser o maior registro histórico de queimadas, esta foi a primeira vez em que o Pantanal
registrou mais de 12,5 mil focos de incêndio.
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2uvzX
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2260992
2) 
3) 
b) Assim, desde 1998, quando começaram a monitorar a situação, não havia sido registrada
tamanha destruição por queimadas.
c) O bioma faz parte do território de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
d) No MS foram registrados 12.080 focos de queimadas em 2020.
e) De acordo com a CNN, o último número expressivo no estado aconteceu em 2005, quando
houveram 12.904 focos de incêndio.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1421539
CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2019
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
(URCA/2020.1) Observe as palavras destacadas nos versos, em seguida, marque a opção que o plural
aparece grafado corretamente:
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
a) Os príncipes procuraram por todos os sótões das casas;
b) O convite era para todas as estaçãos
c) Os capitões arregimentaram seus subordinados;
d) Os caçadores checaram seu cãos;
e) O conselho deliberativo era formado por anciães.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1008437
CMR - CA (CMR)/CMR/1º Ano do Ensino Médio/2018
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
TEXTO II: O QUE SÃO VALORES HUMANOS
 
São fundamentos morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e devem
tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. A causa dos conflitos que afligem a humanidade está
na negação dos valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial
individual e conseqüentemente do potencial social. Temos nos valores morais e espirituais o grande
instrumento de aprimoramento e o traço de união dos povos, sem distinção. Os valores humanos
promovem a verdadeira prosperidade do homem, da nação e do mundo.
 
(Disponível em<TRABALHANDO COM TEXTO Professora:Mariângela-Geografia- pt.scribd.com/doc>Acesso em 17 set
2018)
 
Algumas alterações foram introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, pelos países falantes deste
idioma e aprovado, no Brasil, pelo Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008 e alterado pelo Decreto
no 7.875, de 27 de dezembro de 2012.
 
Podemos dizer que o TEXTO II foi escrito antes desse acordo ser homologado ao observar como está
grafada a palavra
a) consciência.
b) afligem.
c) está.
d) potencial.
e) conseqüentemente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1421539
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1008437
4) 
5) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1277360
Marinha - Alun (CN)/CN/2017
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Em que opção todos os termos sublinhados foram corretamente grafados?
a) A desinteria é um dos principais sintomas de infeccão intestinal.
b) Antes de abrir o envólucro, é necessário umidecê-Io.
c) Enquanto a bandeira não foi hastiada, os transeuntes não puderam circular livremente.
d) Comprei o produto por uma pechincha. Por isso, resolvi dar uma gorjeta para o vendedor.
e) A recisão do contrato não foi feita por causa da paralizacão dos trabalhadores.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1284035
Marinha - Alun (CN)/CN/2016
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando
sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos
perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos
brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.
 
Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,
nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são
potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do
"sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que
guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e,
até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de
"burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma
o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são
esquecidos. Eles são desnecessários corno "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de
um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se
opõe à que nos deforma por estagnação. A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.
 
[ ... ]
 
Para aprender a perguntar, porque o pensamento dependa formal, mas porque ler é um precisamos
aprender a ler. Não da gramática ou da língua tipo de experiência que nos ensina a desenvolver
raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos
ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a
entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de
nós mesmos.
 
Pensar, esse muitas vezes emsimples e ao lamentável que cultura em que ato que está faltando entre
nós, começa aí, silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto mesmo tempo complexo que é ler um livro.
É as pessoas sucumbam ao clima programado da ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação
são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca
prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos
que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha
descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1277360
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1284035
6) 
diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela
mesma - é algo bem diferente.
 
(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em
https://resvitacultural.uol.com.br - 31 de jan. 2016 - com adaptações)
 
Assinale a opção na qual a palavra em destaque está de acordo com a ortografia oficial.
a) Diante dos impecilhos, o importante é lutar para superá-los diariamente.
b) A imerção no trabalho levou-o, temporariamente, a esquecer os problemas pessoais.
c) Muitas foram as exceções apresentadas ao projeto inicial dos novos empreendedores.
d) A pretenção dos candidatos impressionou, negativamente, os jurados.
e) Somente os mazoquistas aceitam que viver é sofrer constantemente.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2105793
IME - CFG (IME)/IME/2015
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
LEIA OS TEXTOS A SEGUIR E UTILIZE-OS PARA SOLUÇÃO DA QUESTÃO.
 
Texto 1
A QUÍMICA EM NOSSAS VIDAS
Carlos Corrêa
 
Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da ação do
homem, é mau. Não vou citar os terremotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não têm nada
de bom, mas certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas
bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos. Dentre os maiores venenos que existem,
seis são naturais. Só o sarin (gás dos nervos) e as dioxinas é que são de origem sintética.
 
Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o
isocianato de alila (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (defumados, churrascos)
causador de câncer do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as
hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado)
que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de câncer do esôfago e da boca e
muitos outros.
 
A má imagem da Química resulta da sua má utilização e deve-se particularmente à dispersão de resíduos
no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudanças climáticas, ao buraco da camada de ozônio
e à contaminação das águas e solos) e à utilização de aditivos alimentares e pesticidas.
 
Muitos desses males são o resultado da pouca educação dos cidadãos. Quem separa e compacta o lixo?
Quem entrega nas farmácias os medicamentos que se encontram fora do prazo de validade? Quem trata
os efluentes dos currais e das pocilgas? Quem deixa toda a espécie de lixo nas areias das nossas praias e
matas? Quem usa e abusa do automóvel? Quem berra contra as queimadas mas enche a sala de fumaça,
intoxicando toda a família? Quem não admira o fogo de artifício, que enche a atmosfera e as águas de
metais pesados?
 
Há o hábito de utilizar a expressão “substância química” para designar substâncias sintetizadas,
imprimindo-lhes um ar perverso, de substância maldita. Há tempos passou na TV um anúncio destinado
a combater o uso do tabaco que dizia: “… o fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias químicas
tóxicas, irritantes e cancerígenas…”. Bastaria referir “substâncias”, mas teve de aparecer o qualificativo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2105793
“químicas” para lhes dar um ar mais tenebroso. Todas as substâncias, naturais ou de síntese, são
“substâncias químicas”! Todas as substâncias, naturais ou de síntese, podem ser prejudiciais à saúde!
Tudo depende da dose.
 
Qualquer dia aparecerá uma notícia na TV referindo, logo a seguir às notícias dos dirigentes e jogadores
de futebol, que “A água, substância com a fórmula molecular H2O, foi a substância química responsável
por muitas mortes nas nossas praias”… por falta de cuidado! Porque os Químicos determinaram as
estruturas e propriedades dessas substâncias, haverá razão para lhes chamar “substâncias químicas”?
Estamos sendo envenenados pelas muitas “substâncias químicas” que invadem as nossas vidas?
 
A ideia de que o câncer está aumentando devido a essas “substâncias químicas” é desmentida pelas
estatísticas sobre o assunto, à exceção do fumo do tabaco, que é a maior causa de aumento do câncer
do pulmão e das vias respiratórias. O aumento da longevidade acarreta necessariamente um aumento do
número de cânceres. Curiosamente, o tabaco é natural e essas 4000 substâncias tóxicas, irritantes e
cancerígenas resultam da queima das folhas do tabaco. A reação de combustão não foi inventada pelos
químicos; vem da idade da pedra, quando o homem descobriu o fogo.
 
O número de cânceres das vias respiratórias na mulher só começou a crescer em meados dos anos 60,
com a emancipação da mulher e o subsequente uso do cigarro. É o tipo de câncer responsável pelo
maior número de mortes nos Estados Unidos. Não é verdade que as substâncias de síntese (as
“substâncias químicas”) sejam uma causa importante de câncer; isso sucede somente quando há
exposição a altas doses. As maiores causas de câncer são o cigarro, o excesso de álcool, certas viroses,
inflamações crônicas e problemas hormonais. A melhor defesa é uma dieta rica em frutos e vegetais.
 
Há alguns anos, metade das substâncias testadas (naturais e sintéticas) em roedores deram resultado
positivo em alguns testes de carcinogenicidade. Muitos alimentos contêm substâncias naturais que dão
resultado positivo, como é o caso do café torrado, embora esse resultado não possa ser diretamente
relacionado ao aparecimento de um câncer, pois apenas a presença de doses muito elevadas das
substâncias pode justificar tal relação.
 
Embora um estudo realizado por Michael Shechter, do Instituto do Coração de Sheba, Israel, mostrasse
que a cafeína do café tem propriedades antioxidantes, atuando no combate a radicais livres, diminuindo
o risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, a verdade é que, há meia dúzia de anos, só
3% dos compostos existentes no café tinham sido testados. Das trinta substâncias testadas no café
torrado, vinte e uma eram cancerígenas em roedores e faltava testar cerca de um milhar! Vamos deixar
de tomar café? Certamente que não. O que sucede é que a Química é hoje capaz de detectar e
caracterizar quantidades minúsculas de substâncias, o que não sucedia no passado. Como se disse, o
veneno está na dose e essas substâncias estão presentes em concentrações demasiado pequenas para
causar danos.
 
Diante do que se sabe das substâncias analisadas até aqui, todos concordam que o importante é
consumir abundantes quantidades de frutos e vegetais. Isso compensa inclusive riscos associados à
possível presença de pequenas quantidades de pesticidas.
 
CORRÊA, Carlos. A Química em nossas vidas. Disponível em: <http://www.cienciahoje.pt/index.php?
oid=49746&op=all>. Acesso em 17 Abr 2015. (Texto adaptado)
 
Texto 2
CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES É
VENDIDA
 
Ênio Rodrigo
 
Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção como a publicidade de produtos de
beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novíssimos
"componentes anti-idade" e "micro-cápsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais firmeza em oito dias",
por exemplo, ou mesmo que determinados organismos"vivos" (mesmo depois de envazados,
transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos
milhões dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal.
Homens, crianças, e todo tipo de público também não estão fora do alcance desse discurso que utiliza
um recurso cada vez mais presente na publicidade: a ciência e a tecnologia como argumento de venda.
 
Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didática da ciência e tecnologia pela Universidade Paris VI e
professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse
processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência pode ser entendida como verdade absoluta.
"A visão de que a ciência é a baliza ética da verdade e o mito do cientista como gênio criador é
amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma
sociedade informacional, como a nossa", acrescenta.
 
Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinâmica da informação, Ricardo Cavallini,
consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanhã (Universo dos Livros, 2007), afirma
que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou senso comum. "Essas
categorizações estão sendo postas de lado. A publicidade contemporânea trata com pessoas e elas têm
cada vez mais acesso à informação e é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e
deixando de lado o paradigma de que o público é passivo", acredita. Silvania concorda e diz que a
sociedade começa a perceber que a verdade suprema é estanque, não condiz com o dia-a-dia. "Ao se
depararem com uma informação, as pessoas começam a pesquisar e isso as aproxima do fazer científico,
ou seja, de que a verdade é questionável", enfatiza.
 
Para a professora da UFMG, isso cria o "jornalista contínuo", um indivíduo que põe a verdade à prova o
tempo todo. "A noção de ciência atual é a de verdade em construção, ou seja, de que determinados
produtos ou processos imediatamente anteriores à ação atual, são defasados".
 
Cavallini considera que há três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização do
recurso da imagem científica para vender: a quantidade de informação que a ciência pode agregar a um
produto; o quanto essa informação pode ser usada como diferencial na concorrência entre produtos
similares; e a ciência como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos
"verdes", associados a determinadas características com viés ecológico ou produtos que precisam de
algum tipo de "auditoria" para comprovarem seu discurso. "Na mídia, a ciência entra como mecanismo
de validação, criando uma marca de avanço tecnológico, mesmo que por pouquíssimo tempo", finaliza
Silvania.
 
O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da saturação do termo, ou seja, ecoar algo
que já esteja exercendo certo fascínio na sociedade. "O interesse do público muda bastante e a
publicidade se aproveita desses temas que estão na mídia para recriá-los a partir de um jogo de sedução
com a linguagem" diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp) e que acompanhou a apropriação da imagem da molécula de DNA pelas mídias
(inclusive publicidade). "A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que não o
sentido original para a ciência, e transformado em discurso de venda de diversos produtos", diz.
 
Onde estão os dados comprovando as afirmações científicas, no entanto? De acordo com Eduardo
Corrêa, do Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (Conar) os anúncios, antes de serem
veiculados com qualquer informação de cunho científico, devem trazer os registros de comprovação das
pesquisas em órgãos competentes. Segundo ele, o Conar não tem o papel de avalizar metodologias ou
resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
ou outros órgãos. "O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos dados
apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados são garantia de qualidade. Se surgirem
dúvidas, quanto a dados numéricos de pesquisas de opinião pública, temos analistas no Conar que
podem dar seus pareceres", esclarece Corrêa. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos
investigatórios são raríssimos.
 
RODRIGO, Enio. Ciência e cultura na publicidade. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?
pid=S0009-67252009000100006&script=sci_arttext>.Acesso em 22/04/2015.
 
Texto 3
SOLUÇÃO
 
João Paiva
 
Eu quero uma solução
homogênea, preparada,
coisa certa, controlada
para ter tudo na mão.
Solução para questão
que não ouso resolver.
Diluída num balão
elixir pra me entreter.
Faço centrifugação
para ter ar uniforme
uso varinha conforme,
seja mágica ou não.
Busco uma solução
tudo lindo, direitinho
eu quero ter tudo certinho
ter o mundo nesta mão.
Procuro mistura,
então aqueço tudo em cadinho.
E vejo não ter solução
mas apenas um caminho...
 
PAIVA, João. Quase poesia, quase química. Disponível em: <http://www.spq.pt/files/docs/boletim/poesia/quase-
poesia-quase-quimica-jpaiva2012.pdf> Acesso em: 22/04/2015.
 
TEXTO 4
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Augusto dos Anjos
 
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
 
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
 
"Quem usa e abusa do automóvel?" (4º parágrafo, texto 1).
Assinale a opção em que a regra ortográfica diverge em relação à grafia dos verbos acima apresentados.
7) 
8) 
a) simboli_ar
b) anali__ar
c) improvi__ar
d) pesqui__ar
e) parali__ar
www.tecconcursos.com.br/questoes/1281940
Marinha - Alun (CN)/CN/2011
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Qual opção apresenta o termo corretamente redigido conforme a norma culta da Língua Portuguesa?
a) Os jovens da Geração Y estão sempre anciosos por constantes desafios.
b) A extensão da capacidade dos jovens de fazer várias tarefas pode ser percebida na utilização das
ferramentas virtuais.
c) O Departamento de Educação dos Estados Unidos pesquizou o desempenho cognitivo e
motivacional de crianças que tiveram acesso a ferramentas virtuais.
d) Os jovens da Geração Y têm certo despreso pela rigidez por isso não consegue passar mais de
três meses no mesmo trabalho.
e) A análize que se faz do jovem dessa nova geração também leva em conta o questionamento
sobre a realização pessoal e profissional.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1310946
Marinha - Alun (CN)/CN/2010
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Quando a rede vira um vício
 
Com o título "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet
Anônimos: "Estou muito dependente da web. Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério".
Logo obteve resposta de um colega da rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em
frente ao computador. Preciso de ajuda". O diálogo dá a dimensão do tormento provocado pela
dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da
própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para
Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países
estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web – com concentração na faixa dos 15 aos
29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre comum viciado em álcool ou em drogas, o doente
desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do
exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu
desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim,
momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos,
perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo – e completamente virtual".
 
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para
estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta
reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço
central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão drástica se
deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. " Como a internet faz parte do dia a
dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente
detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1281940
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1310946
mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta – até culminar,
pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas
na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras
profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por
sanduíches – que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a
vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: " Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do
que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem".
 
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para
isso – eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia –, mas pesa também uma
explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos
entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos
negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os
adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num
momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente
favorável para que eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no
vício se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50%
deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário
que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vício, a maior adoração
é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção
de começo, meio ou fim.
 
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a
dependência em internet é reconhecida – e tratada – como uma doença. Surgiram grupos especializados
por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta
um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80%
voltam a níveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se
mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à
bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de
conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a
questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas
horas diárias, o caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for sedimentada, melhor.
Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os
filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade
de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.
 
Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado.
 
 
Marque a opção cuja grafia de todas as palavras está correta.
a) Um sinal claro de nossa evazão social é termos mais amigos na rede do que fora dela.
b) A proposta do texto não parece estravagante. Há, de certa forma, a necessidade de se chegar a
uma dose ideal no uso da internet .
c) Se uma vida mais consciente nos restitui a quase extinta vida social, que empecilhos mais fortes
nos impediriam de desfrutá-la?
d) O fato de a dependência em internet ser uma doença não exclue, é obvio, o empenho de
encorporarmos formas razoáveis de utilização da web.
e) Quem vive de forma mais displiscente não é capaz de perceber a drástica situação vivida pelos
jovens na era digital. Mas aquele que atribue importância a essa realidade procura analisar tudo com
cuidado.
9) 
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Marinha - Alun (CN)/CN/2009
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Eles blogam. E você?
 
Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma
revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à
Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc.
O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.
 
Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural.
Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido
relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras
palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular,
tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas
outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que
trafegam e são armazenados no espaço virtual.
 
Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da
década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação
escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram
conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro,
anotação diária ) A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia,
1,4 blog por semana.
 
O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre
temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As
possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.
 
Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a
um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém
apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam
um blog podem fazer comentários aos posts.
 
Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os
blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção
do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque elestêm como
vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os
alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em
que o texto escrito surja como algo natural?
 
Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O
entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo
em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um
motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que
dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos
provocadores.
 
Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para
gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas
polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a
moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses
procedimentos estão na base da construção de conhecimento. Outro aspecto muito importante é que os
jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o
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10) 
conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo
da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?
 
Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)
Observe as frases abaixo.
 
I - Como continha informações imprecindíveis aos alunos, o blog teve repercusão imediata.
 
II- Um blog não deve ter conteúdo obsceno, que provoque ultraje ou constranja os usuários.
 
III- A criação de blogs das turmas começou como algo despretencioso, mas a destreza dos alunos
motivou todo o colégio.
 
IV - Graças à cessão de material por parte dos professores, minha turma teve o privilégio de criar
um blog voltado para os assuntos tratados em sala.
 
Assinale a opção em que TODAS as palavras estão grafadas corretamente.
a) Apenas nas frases I e III.
b) Apenas nas frases II e III.
c) Apenas nas frases II e IV.
d) Apenas nas frases I, II e III.
e) Apenas nas frases I, III e IV.
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Marinha - Alun (CN)/CN/2007
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
O aluno computador
 
Era uma vez um jovem casal muito feliz. Ela estava grávida e eles esperavam com grande ansiedade o
filho que nasceria. Transcorridos os nove meses de gravidez, ela deu à luz um lindo computador! Que
felicidade ter um computador como filho! Era o filho que desejavam! Por isso eles haviam rezado muito,
durante toda a gravidez. O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque
julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização.
Crianças com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular.
 
E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo o que os professores ensinavam. E não
reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas não
faziam sentido. Não aprendiam. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação, o que não acontecia com
Memorioso.
 
Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas, fórmulas
de física, acidentes geográficos, datas de eventos históricos, regras de gramática, livros inteiros. A
memória de Memorioso era perfeita.
 
Ele só tirava dez. E isso era motivo de grande orgulho para os seus pais. Os outros casais, pais e mães
de colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando seus filhos chegavam em casa trazendo boletins
com notas vermelhas, eles gritavam: " Por que você não é como Memorioso? "
 
Memorioso foi o primeiro no vestibular o cursinho que ele freqüentava publicou sua fotografia em
outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade, foi a
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11) 
mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura.
 
Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa para
doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Depois da cerimônia acadêmica, estavam
todos felizes no jantar. Até que uma linda moça se aproximou de Memorioso: " Eu gostaria de lhe fazer
urna pergunta " , disse a jovem. " Pode fazer " , respondeu Memorioso, confiante. Ele sabia todas as
respostas. Aí ela fez a pergunta: "De tudo o que você tem memorizado, o que mais te comove? ".
 
Memorioso ficou em silêncio. Aquela pergunta nunca lhe havia sido feita. Os circuitos de sua memória
funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas ela não estava registrada em sua
memória. Onde poderia estar? Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura subiu. E, de
repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho dentro de sua
cabeça, enquanto a fumaça saía por suas orelhas. Memorioso primeiro travou. Depois de responder a
estímulos. Depois apagou, entrou em coma. Levado às pressas para o hospital de computadores,
verificaram que o seu disco rígido estava irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a
memória não consegue responder. É preciso coração.
 
Revista Educação, fevereiro de 2007 - com adaptação.
 
 
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases abaixo.
 
O menino de raiva ao ver o pai ser pelo chefe.
Depois da minha fala, imaginei que a lição ia efeito.
Meu primeiro para a professora saiu meio resmungado.
O prejuízo da firma foi .
 
a) soava/ destratado/ sortir/ comprimento/ vultuoso
b) suava/ destratado/ surtir/ cumprimento/ vultoso
c) suava/ distratado/ surtir/ comprimento/ vultoso
d) soava/ distratado/ surtir/ comprimento/ vultoso
e) suava/ distratado/ sortir/ cumprimento/ vultuoso
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Marinha - Alun (CN)/CN/2005
Língua Portuguesa (Português) - Ortografia - Casos Gerais e Emprego das Letras
Declaração de amor
 
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi
profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes
com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de
sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve.
Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. 
 
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível
de uma frase. Eu gosto de manejá-la - como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas
rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.
 
Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que
escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de
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12) 
língua já feita. Todos nós que 20 escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa
que lhe dê vida.
 
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi
aprofundada. O que recebi de herança não me chega.
 
Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria
pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se
absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.
 
Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse
virgem. e límpida.
 
(LISPECTOR,Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-5.)
 
Os vocábulos "alerteza", "portuguesa", "imprevisível" e "rédeas" estão corretamente grafados. Assinale a
opção que apresenta todas as palavras também com a grafia correta.
a) Experto, silhueta, disenteria, empecilho, nódoa.
b) Poleiro, maisena, marquesa, paletó, previlégio.
c) Amorosa, distensão, meretíssimo, mágua, umedecer.
d) Pagem, encaixar, percurso, candeeiro, boeiro.
e) Analisar, realisar, guela, encher, chuviscar.
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Marinha - Alun (CN)/CN/2022
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Analise o emprego das palavras destacadas nas frases abaixo. Coloque (C) quando o emprego
estiver correto e (E) quando estiver errado, assinalando a seguir a opção correta.
 
( ) Cerca de cem pessoas compareceram à sessão de autógrafos daquela famosa escritora gaúcha.
 
( ) As ideias difundidas pelo autor vêm de encontro às expectativas da maioria dos brasileiros, mas
isso não desqualifica o livro.
 
( ) Daqui há três meses, haverá um novo show da minha banda preferida: mal posso esperar esse
evento!
 
( ) Dez autores foram convidados, naquela seção solene, a compor a mesa principal; os demais
ficaram na plateia do auditório.
 
( ) Vários convidados não sabiam aonde ficava o auditório, mais as recepcionistas estavam ali para
orientá-los.
 
( ) Nenhum dos concorrentes entendeu o porquê de o evento ter sido adiado, tampouco os
próprios apresentadores.
a) E - C - E - E - C - E
b) C - C - E - E - E - C
c) C - E - C - C - E - E
d) E - E - C - C - C - C
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13) 
e) C - C - E - C - C - E
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Marinha - Alun (CN)/CN/2021
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Texto 1
 
Nunca imaginei um dia
 
Até alguns anos atrás, eu costumava dizer frases como "eu jamais vou fazer isso" ou "nem morta eu faço
aquilo", limitando minhas possibilidades de descoberta e emoção. Não é fácil libertar-se do manual de
instruções que nos autoimpomos. As vezes, leva-se uma vida inteira, e nem assim conseguimos viabilizar
esse projeto. Por sorte, minha ficha caiu há tempo.
 
Começou quando iniciei um relacionamento com alguém completamente diferente de mim, diferente a
um ponto radical mesmo: ele, por si só, foi meu primeiro "nunca imaginei um dia". Feitos para ficarem a
dois planetas de distância um do outro. Mas o amor não respeita a lógica, e eu, que sempre me senti tão
confortável num mundo planejado, inaugurei a instabilidade emocional na minha vida. Prendi a
respiração e dei um belo mergulho.
 
A partir daí, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Mergulhar, aliás, foi uma delas. Sempre
respeitosa com o mar e chata para molhar os cabelos afundei em busca de tartarugas gigantes e peixes
coloridos no mar de Fernando de Noronha. Traumatizada com cavalos (por causa de um equino que
quase me levou ao chão quando eu tinha oito anos), participei da minha primeira cavalgada depois dos
40, em São Francisco de Paula: Roqueira convicta e avessa a pagode, assisti a um show: do Zeca
Pagodinho na Lapa. Para ver o Ronaldo Fenômeno jogar ao vivo, me infiltrei na torcida do Olímpico num
jogo entre Grêmio e Corinthians, mesmo sendo colorada.
 
Meu paladar deixou de ser monótono: comecei a provar alimentos que nunca havia provado antes. E
muitas outras coisas vetadas por causa do "medo do ridículo" receberam alvará de soltura. O ridículo
deixou de existir na minha vida.
 
Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque me permitindo ser um "eu" mais amplo. E sinto que é um
caminho sem volta.
 
Um mês atrás participei de outro capítulo da série "Nunca imaginei um dia". Viajei numa excursão, eu
que sempre rejeitei essa modalidade turística. Sigo preferindo viajar a dois ou sozinha, mas foi uma
experiência fascinante, ainda mais que a viagem não tinha como destino um pais do circuito Elizabeth
Arden (Paris-Londres-Nova York), mas um pais africano, muçulmano e desértico. Aliás, o deserto de
Atacama, no Chile, será meu provável "nunca imaginei um dia" do próximo ano.
 
E agora cometi a loucura jamais pensada, a insanidade que nunca me permiti, o ato que me faria
merecer uma camisa-de-força: eu, que nunca me comovi com bichos de estimação, adotei um gato de
rua.
 
Pode colocar a culpa no espírito natalino: trouxe um bichano de três meses pra casa, surpreendendo
minhas filhas, que já haviam se acostumado com a ideia de ter uma mãe sem coração. E o que mais me
estarrece: estou apaixonada por ele.
 
Ainda há muitas experiências a conferir: fazer compras pela internet, andar num balão cozinhar
dignamente, me tatuar, ler livros pelo kindle, viajar de navio e mais umas 400 coisas que nunca imaginei
fazer um dia, mas que já não duvido. Pois tem essa também: deixei de ser tão cética.
 
Já que é improvável que o próximo ano seja diferente de qualquer outro, que a novidade sejamos nós.
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14) 
 
Medeiros, Martha. Nunca imaginei um dia. 2009. Disponível em:
http://alagoinhaipaumirim.blogspot.com/2009/12/nuncaimaginei- um-dia-martha-medeiros.html. Acesso em: 10 fev.
2021.
 
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas do período abaixo. "
 
 alguns anos, ampliar suas descobertas e suas emoções, a autora passou a vivenciar 
 inovações, foi a adoção de um gato de rua a comovente."
a) Há - a fim de - bastantes - mas - mais
b) Há - afim de - bastantes - mais - mais
c) A - a fim de - bastante - mas - mais
d) A - afim de - bastantes - mais - mas
e) Há - a fim de - bastante - mas - mais
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CMCG - CA (CMCG)/CMCG/6º Ano do Ensino Fundamental/2021
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Leia a tirinha abaixo para responder ao item.
 
Disponível em:tirinhasarmandinho.tumblr.com Acesso em 26 de julho de 2021.Acesso em: 29 JUL 21.
 
Leia o fragmento de texto abaixo.
 
"Pense bem antes de adotar um bichinho".
Analise os termos grifados nas orações abaixo e assinale a alternativa que apresenta a mesma relação de
sentido e significado do termo destacado.
a) Fui mal na prova.
b) Ele é muito forte.
c) Ele não enxerga de longe.
d) Fruta faz bem para a saúde.
e) Na competição ele correu devagar.
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15) 
16) 
17) 
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VUNESP - Vest (FICSAE)/FICSAE/2021
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Leia o trecho inicial do ensaio “Saber para quê?”, do neurocientista Sidarta Ribeiro, para responder à
questão.
 
Vem da Antiguidade a metáfora de que o conhecimento se acumula como o volume de uma esfera em
expansão. Por meio da observação e da experimentação ampliamos nosso saber sobre o universo. A
superfície da esfera representa os pontos de contato com o desconhecido. À medida em que ela se
expande, surgem as novas perguntas que vamos formulando. Por essa razão, o incógnito — aquilo que
sabemos que ignoramos — cresce junto com o conhecimento. Lá fora, além da superfície da esfera, jaz o
insabido verdadeiro: todas as coisas que nem sabemos que não sabemos. Mas saber para quê?
Parafraseando o dito popular, pouca ciência com sabedoria é muito, muita ciência sem sabedoria é nada.
(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)
 
“À medida que ela se expande, surgem as novas perguntas que vamos formulando.”
 
No contexto em que se insere, o trecho sublinhado expressa ideia de
a) consequência.
b) comparação.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.
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Instituto AOCP - Vest (FCN)/FCN/2019
LínguaPortuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Assinale a alternativa que apresenta a frase em que a ortografia empregada esteja de acordo com a
norma-padrão.
a) O solitário ficou a fim de sair após imaginar a festa.
b) Saíram afim de ir à festa.
c) Senão fosse à festa, ficaria incomodado.
d) Todos os amigos ficaram aonde haviam marcado a festa.
e) Eles foram à festa para não ficarem de mal humor.
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Instituto Consulplan - Vest (UNIFACIG)/UNIFACIG/Medicina/2019
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
A saúde em pedaços: os determinantes
sociais da saúde (DSS)
A redução da saúde à sua dimensão biológica se constitui em um dos maiores dilemas da área. Isso
porque essa visão estreita fundamenta práticas de pouco alcance quando se trata de saúde coletiva,
porquanto prioriza a assistência individual e curativa, constituindo-se em uma espiral em torno das
doenças e que, exatamente por isso, ajuda a reproduzi-las. Porém, essa concepção, embora hegemônica,
não existe sem ser tensionada.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda na primeira metade do século XX, tentou destacar que
saúde não é só a ausência de doença. Todavia, pouco explica o porquê disso, uma vez que, como diria
Ana Lúcia Magela de Rezende, na sua “Dialética da Saúde”, cai na tautologia de definir a saúde como
sendo o completo bem-estar físico, psíquico e social. Ora, dizer que saúde é bem-estar é o mesmo que
dizer que seis é meia dúzia. O que é o bem-estar?
Na formulação da OMS essa questão permanece vaga. O uso do termo completo junto a bem-estar torna
o conceito ainda mais problemático, tendo em vista seu caráter absolutista e, logo, inalcançável nestes
termos.
Foi o campo da Saúde do Trabalhador e, posteriormente, com maior precisão, a Saúde Coletiva (com
origens na Medicina Social Latino-Americana) que superaram as dicotomias entre saúde e doença, social
e biológico, e individual e coletivo ao formularem a concepção de saúde enquanto processo.
Considerando tal processualidade, nem estamos absolutamente doentes nem absolutamente sãos, mas
em contínuo movimento entre essas condições. Saúde e doença são dois momentos de um mesmo
processo, coexistem, uma explicando a existência da outra.
O predomínio de uma ou de outra depende do recorte e/ou ângulo de análise em cada momento e
contexto. Essa forma de entender a saúde rompe com o pragmatismo biologicista, mas sem negar que a
dimensão biológica é parte relevante do processo saúde-doença.
Possui o mérito (com autores como Berlinguer, Donnangelo, Laurell, Arouca, Tambellini, Breilh, Nogueira,
entre outros) de demonstrar que, embora a saúde se manifeste individual e biologicamente, ela é fruto
de um processo de determinação social. Processo esse que é histórico e dinâmico, uno mas heterogêneo.
Na verdade, só pode ser processo por causa dessas características. Ele nem pode ser considerado
estaticamente ou como algo imutável ou imune às transformações sociais, nem pode ser considerado
como um conjunto de fragmentos ou fatores quase que autônomos uns dos outros ou, muito menos,
como uma massa homogênea e amorfa.
(Diego de Oliveira Souza. Doutor em Serviço
Social/UERJ. Professor do PPGSSUFAL/Maceió e da graduação em Enfermagem/UFAL/Arapiraca.
Disponível em:https://docs.wixstatic.com/ugd/15557d_eae93514d26e4 aecb5e50ab81243343f.pdf.
Acesso em agosto de 2019. Adaptado.)
“Todavia, pouco explica o porquê disso, [...]” (2º§) Sabendo-se que as palavras recebem diferentes
classificações de acordo com a classe em se inserem, analise as afirmativas a seguir.
I. O termo “porquê” classifica-se como substantivo no contexto em análise.
II. O determinante que antecede o “porquê” é elemento responsável por torná-lo um substantivo.
III. Caso o termo “disso” fosse omitido e o “porquê” estivesse no final da frase, não poderia ser
classificado como substantivo, mas sim como uma conjunção.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
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CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2018
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18) 
19) 
20) 
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Explique o motivo da utilização dos “porquês” neste trecho: Estava cansado, porque calculara
logaritmo o dia inteiro. Além disso, não gosto da rota feita e todos sabem o porquê.”
a) Os dois porquês são utilizados aqui para trazer a explicação para o cansaço do sujeito e para o
fato de não gostar de ir ao show ao vivo, um estando sem acento porque está no início da frase e o
outro levando acento porque está no final da frase.
b) A primeira forma indica causa, tendo o valor de “porém”, não estando acentuado porque é um
substantivo que está no início de frase. A segunda indica explicação, estando acentuado porque é um
substantivo que está no final da frase.
c) A primeira forma indica motivo, tendo o valor de “pois”, não sendo acentuado porque não é um
substantivo. A segunda também indica um motivo, não sendo substantivo e levando o acento apenas
porque está no final da frase.
d) A primeira forma indica causa, tendo o valor de “pois”, não estando acentuado porque é um
substantivo e que está no início da frase. A segunda também indica causa, estando acentuado porque
é um substantivo que está no final da frase.
e) A primeira forma indica a explicação para o sujeito estar cansado, tendo o valor de “pois”. A
segunda é um substantivo, o qual indica que o sujeito não gosta de shows ao vivo e que todos sabem
disso, podendo ser substituído por “motivo”.
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CEV URCA - Vest (URCA)/URCA/2017
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas. Dadas
as proposições abaixo, marque a opção que preenche corretamente as lacunas:
 
Major Quaresma saiu ____ alguns minutos.
 
O mapa indica que o subúrbio fica ____ meia hora daqui.
 
Daqui ____ um ano iremos viajar.
 
Não vejo Ricardo Coração dos Outros ____ dias.
a) a; há; há; a
b) há; a; a; há
c) a; há; a; há
d) há; há; a; a
e) a; a; há; há.
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IBGP - Vest (UNIVAÇO)/UNIVAÇO/Medicina/2015
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
O paradoxo do ‘pau de selfie’
 
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Quando cunhou a expressão "década do eu" para definir os anos 1970 nos EUA, o escritor Tom Wolfe
não imaginava que, 40 anos depois, a febre global do "pau de selfie" colocaria o individualismo daquela
geração no chinelo. Para quem ainda consegue ignorar: "selfie stick", que em português ganhou essa
genial tradução, descreve um bastão extensor que acomoda, em sua extremidade, um smartphone ou
câmera fotográfica. Serve para ampliar o enquadramento de autorretratos – ou selfies.
 
Poderia ser mais um acessório tecnológico banal, mas ganhou vida própria. Listado como uma das
melhores invenções de 2014 pela revista "Time", protagonista de metade das chacotas postadas na
internet e objeto de extensas reportagens e análises, o "pau de selfie" é o gadget mais falado, usado,
discutido e ridicularizado da vida real e digital.
 
Chamado de "pochete tecnológica" por sua suposta cafonice, ou de "narcisstick", algo como "basto
narcísico", o acessório já foi debatido por seus efeitos no turismo (viajantes já obcecados por registrar a
própria imagem agora o fariam de maneiramais explícita e às vezes desrespeitosa, com o basto esticado
na cara de alguém), nas relações sociais (seria o fim do "tira uma foto pra mim?"), na psique coletiva
(estaríamos levando o narcisismo às últimas consequências) e, por fim, na segurança pública (seu uso foi
proibido em estádios de futebol no Reino Unido e no Ceará).
 
De tão controverso tornou-se popular ou de tão popular tornou-se controverso?
 
Arrisco outra hipótese. O que o bastão trouxe de novo, já que selfies povoam o mundo há algum tempo,
foi escancarar nossa vaidade e permanente necessidade de aprovação. É mais difícil ficar indiferente ao
ato de empunhar uma vareta do que ao simples "autoclique" com o celular.
 
O estardalhaço da cena incomoda não só porque é "ridícula", como resumem os críticos, mas também
talvez porque nos lembre de nossa própria carência de admiração, atenção, pertencimento.
 
E não adianta dizer "comigo não". Do prêmio Nobel ao "like" no Instagram, é a busca por
reconhecimento que move a maior parte de nossas conquistas.
 
Há maneiras muito distintas de fazê-lo, verdade. Mas seria ingenuidade (ou hipocrisia) achar que só
aquele fulano sorridente a disparar flashes sobre si mesmo quer ser querido, validado pelos outros.
 
As distorções que levaram exacerbação desse sentimento são outro capítulo. Mas rir do grupinho
amontoado diante da câmera talvez diga mais sobre nós mesmos do que sobre eles.
 
Antes de compartilhar a próxima piada sobre "pau de selfie", talvez seja melhor se lembrar de que
estamos todos juntos nessa foto.
 
MACEDO, Lulie. Folha de S. Paulo, 23 jan. 2015.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao
/2015/01/1579145-lulie-macedo-o-paradoxo-do-pau-deselfie. shtml.
Acesso em: 23 fev. 2015
 
O conector “mas” introduz a ideia de adição em
a) Poderia ser mais um acessório tecnológico banal, mas ganhou vida própria.
b) O estardalhaço da cena incomoda não só porque é "ridícula", como resumem os críticos, mas
também talvez porque nos lembre de nossa própria carência de admiração, atenção, pertencimento.
c) Mas seria ingenuidade (ou hipocrisia) achar que só aquele fulano sorridente a disparar flashes
sobre si mesmo quer ser querido, validado pelos outros.
d) Mas rir do grupinho amontoado diante da câmera talvez diga mais sobre nós mesmos do que
sobre eles.
21) 
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Marinha - Alun (CN)/CN/2015
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Texto 01
 
Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema
fundamental dos Brasil, a maioria indica a precariedade da educação. Os entrevistados costumam
apontar que o sistema educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de
textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas, conhecimento elementar de
física e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais.
 
[...]
 
Certa vez, participava de uma reunião de pais e professores em uma escola privada brasileira de
destaque e notei que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores, salas de aula com
poucos alunos, mas não se sentiam responsáveis para participarem ativamente das atividades
educacionais, inclusive custeando os seus serviços. Se os pais não conseguiam entender que esta
aritmética não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre, parece difícil que consigam
transmitir aos seus filhos o mínimo de educação.
 
Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais.
 
Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros problemas de uma sociedade como a
brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das
autoridades. Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar essa
responsabilidade.
 
Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja convencida
de que todos precisam contribuir para tanto, inclusive elegendo representantes que partilhem desta
convicção e não estejam pensando somente nos seus benefícios pessoais.
 
Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão se tornando
disponíveis no Brasil, nota-se que muitos estão se convencendo de que eles ajudam na sua ascensão
social, mesmo sendo precários. O número daqueles que trabalham para obter o seu sustento e ajudar a
sua família, e ao mesmo tempo se dispõe a fazer um sacrifício adicional frequentando cursos até
noturnos, parece estar aumentando.
 
A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em
alta. É tratada como prioridade tanto no governo como em instituições representativas das empresas. O
mercado observa a carência de pessoa qualificado para elevar a eficiência do trabalho.
 
Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a
sua distribuição de renda. Mas, para que este processo de melhoria do bem-estar da população seja
sustentável, há que se conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita, também, o
aumento da parcela da renda destinada à poupança, que vai sustentar os investimentos indispensáveis.
 
A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa ter a consciência de que uma boa
educação, não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.
 
(YOKOTA, Paulo. Os problemas a educação no Brasil. Em http://www.cartacapital.com.br/educacao/os-problemas-
da-educacao-no-brasil-657.html-Com adaptações)
 
 
Assinale a opção correta quanto à grafia da palavra em destaque.
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22) 
a) Eduardo saiu de casa, definitivamente, mas não disse porque.
b) Estudo porquê a concorrência no mercado de trabalho é grande.
c) Alguém sabe o porque de a loja de calçados estar fechada hoje?
d) O biólogo explicou o motivo por que as plantas estão ressecadas.
e) Por que as crianças ficaram gripadas, não viajaremos esta semana.
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Marinha - Alun (CN)/CN/2014
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito
tempo. São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado
que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança dos
computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?
 
Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás,
ao lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de
programas que sinalizam o trânsito em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio que
comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para
chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.
 
Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir, após um dia de intenso trabalho no retorno
para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.
 
o uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não mais observamos os
detalhes, por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes
sentei em frente ao computador para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta de que
estava em temas que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.
 
Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. Sofremos de uma
tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema
é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça
sentido. Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza aum texto?
 
Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já
nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da
vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons,
imagens etc.
 
Ai, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças
prestem atenção em uma única coisa por muito tempo. E quando elas não conseguem, reclamamos,
levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento
etc.
 
A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em
seus aparelhos eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes
e, se deixarmos, passam horas em uma única atividade de que gostam.
 
Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que gostam. E isso,
caro leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.
 
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23) 
As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse
trabalho é nosso, e não delas.
 
Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode ajudar, por
exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção e organizá-lo para
que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por
muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.
 
SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 - adaptado
 
Assinale a opção em que corretamente, de acordo com o o termo destacado está grafado contexto em
que foi utilizado.
a) Ela precisa estar atenta às informações de algumas emissoras de rádio a cerca do trânsito.
b) Com O advento da tecnologia, são tantos os estímulos e tanta pressão por que passam as pessoas.
c) Uma pessoa dirigindo precisa estar mas atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente.
d) Os adultos mau conseguem focar sua atenção em uma única coisa.
e) As crianças, afim de dar conta de várias coisas ao mesmo tempo, são muito exigidas desde o início
da vida.
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Marinha - Alun (CN)/CN/2013
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
TEXTO I
 
Campeonato do desperdício
 
No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos
orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me
deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro,
das modalidades que "nem tanto".
 
Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o
que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população
do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania
de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico
raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca
uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem
preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do
queijo, ah, sim, arrancamos.
 
Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo
consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha
ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego
uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da
competição e temos de ser campeões.
 
Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas
vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de
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24) 
material (do mais bruto ao mais sofisticado), o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA
exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo.
 
Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você,
caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem
internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de
sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas
sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura
de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si.
 
E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de
banco, engenheiros vendendo cachorro-quente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se
desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente
precisar, vai lá e pega. No dia em que a gente precisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no
melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. pangloss, que
ironizava um tal de Leibniz.
 
BRAFF, Menalton. Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013
- adaptado.
 
Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo.
 
Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser
só é, só existe, porque é o melhor possível.
 
Adamastor, o gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português
Luiz Vaz de Camões.
 
 
Assinale a opção em que o termo destacado está grafado corretamente.
a) Você talvez mau tenha notícia de que o nosso lixo faria a fartura de um Haiti.
b) Outra modalidade de desperdício porque passamos é a do transporte de grãos.
c) O Brasil poderia construir mas estádios se não fosse o desperdício.
d) Há pesquisas e cálculos acerca do desperdício de talentos no país.
e) Como já ouviram falar, a um longo debate sobre sermos um país pobre com mania de rico.
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CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Indígena/2012
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Vereadores municipais receberam um documento em que o conteúdo do texto solicita o seguinte:
Senhores(as) vereadores(as) indígenas do município dos sonhos,
Após cumprimentá-los(as), solicito que Vossas Senhorias visitem a _______ de vendas da imobiliária Sol
da Manhã para a compra do terreno em que será projetada a plantação de manivas ainda este ano.
Ressalto a importância de prestar informações _______ população quanto à _______ do direito do
terreno assinado pela prefeitura.
Portanto, marquem uma _____ extraordinária para maiores esclarecimento aos demais evitando, assim,
um _____ entendido.
Preencha os espaços em branco e marque a alternativa que exige a escrita dos vocábulos corretamente:
A alternativa com a ordem CORRETA é:
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25) 
a) Seção, à, sessão, cessão, mau
b) Sessão, à , cessão, seção, mal
c) Cessão, à, sessão, cessão, mal
d) Cessão, mau, seção, sessão, à
e) Seção, mal, cessão, seção, à
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Marinha - Alun (CN)/CN/2011
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Geração Y
 
Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes, preocupados consigo mesmos e até
egoístas. Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valoresmorais e estão prontos para mudar o
mundo. São interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta do
planeta. Eis algumas outras de suas características: só fazem o que gostam; não conseguem passar mais
de três meses no mesmo trabalho. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família
tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer.
 
Com vinte e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que
está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações
dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do
passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos.
 
A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. Dizem que esses jovens estão
aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito. Questionando o que é
a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, estão
levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos.
 
No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os
superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são reconhecidos. Não são revoltados
e têm valores éticos muito fortes; priorizam o aprendizado e as relações humanas. Mas é preciso, antes
de tudo, aprender a conversar com eles para que essas características sejam reveladas.
 
Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV,
computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos
comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente. Uma
pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que usam programas
online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais motivadas.
 
Para alguns, são indivíduos multitarefas: ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias
na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado.
Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes. É
mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última geração.
 
Revista Galileu (Adaptado)
 
Qual a opção correta, no que diz respeito à grafia e ao emprego apropriado de formas e expressões que
causam dúvidas a quem pretende escrever na modalidade culta?
a) Aonde querem chegar os jovens da Geração Y com a prática da autorrealização e o desejo de
construir um mundo melhor?
b) A geração do milênio tem se constituído público-alvo das empresas do segmento computacional,
por que sabem utilizar aparelhos de alta tecnologia.
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26) 
c) Acerca de trinta anos, segundo alguns autores, nascia a Geração Y, também chamada geração da
Internet.
d) Sob o suposto "umbiguismo" da Geração Y, não devemos pensar que se preocupa, pura e
simplesmente, com seus próprios interesses.
e) Mau passaram a conviver com o computador, os jovens da geração do milênio demonstraram
destreza e muita aptidão no manuseio de diversas e inovadoras ferramentas virtuais.
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Marinha - Alun (CN)/CN/2010
Língua Portuguesa (Português) - Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que,
porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a, etc)
Quando a rede vira um vício
 
Com o título "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet
Anônimos: "Estou muito dependente da web. Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério".
Logo obteve resposta de um colega da rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em
frente ao computador. Preciso de ajuda". O diálogo dá a dimensão do tormento provocado pela
dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da
própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para
Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países
estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web – com concentração na faixa dos 15 aos
29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente
desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do
exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu
desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim,
momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos,
perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo – e completamente virtual".
 
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para
estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta
reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço
central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão drástica se
deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. " Como a internet faz parte do dia a
dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente
detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem
mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta – até culminar,
pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas
na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras
profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por
sanduíches – que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a
vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: " Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do
que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem".
 
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para
isso – eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia –, mas pesa também uma
explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos
entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos
negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os
adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num
momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente
favorável para que eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no
vício se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50%
deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1310917
27) 
que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vício, a maior adoração
é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção
de começo, meio ou fim.
 
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a
dependência em internet é reconhecida – e tratada – como uma doença. Surgiram grupos especializados
por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta
um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80%
voltam a níveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se

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