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Universidade Federal de Goiás 
Pedagogo 
 
Conhecimentos Específicos 
 
1. Origem, evolução e contextualização da orientação educacional no Brasil: conceituação, 
evolução histórica, fundamentos legais, pressupostos teóricos, o profissional de orientação 
educacional e a ética. .............................................................................................................. 1 
2. A orientação educacional como mediadora do sucesso na aprendizagem e permanência 
do aluno na escola. Meios para a apropriação crítica dos conhecimentos dos diversos campos 
disciplinares e transversais, a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a 
transdisciplinaridade; a inclusão educacional, a evasão escolar e estudo das causas 
fundamentais; o problema da repetência e como vencê-la: as dificuldades de aprendizagem. 
 ............................................................................................................................................... 24 
3. Psicologia do desenvolvimento: aspectos biopsicossociais da criança, do adolescente 
e/ou jovem, do adulto e do idoso. .......................................................................................... 94 
4. Prática da orientação educacional no processo de avaliação: limites e possibilidades para 
medir e avaliar, conceitos básicos; instrumentos de medida e avaliação como subsídios no 
trabalho de orientação educacional: observação, análise de cenário, entrevistas, questionário, 
testes sociométricos, testes vocacionais, o projeto de pesquisa como caminho para elaboração 
de instrumentos de medida. ................................................................................................ 153 
5. Perspectivas de atuação na área vocacional frente às características dos alunos das 
escolas brasileiras: trajetória da orientação vocacional, proposições teóricas e suas aplicações 
à prática da orientação e visão crítica. ................................................................................. 218 
6. A orientação educacional e a construção de processos solidários e engajamento 
normativo: o orientador educacional como mediador das relações escola-família-comunidade. 
Conselho escolar e grêmio estudantil. Alunos e pais representantes de turma, conselho de 
classe. ................................................................................................................................. 231 
7. Plano de convivência escolar/ mediação de conflitos no contexto escolar. .................. 276 
8. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61; nº 5.692/71 e nº 9.394/96. 
 ............................................................................................................................................. 295 
9. As Constituições Brasileiras 1937, 1964 e 1988; As Leis Orgânicas de Ensino; Planos 
Nacionais de Educação; Diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE). Projeto Político 
Pedagógico. Planejamento para Projetos; Pensamento Pedagógico Brasileiro; Base Curricular 
Nacional (BNCC) ................................................................................................................. 325 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
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Olá Concurseiro(a), tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails 
separados, pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que 
teremos até cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco!
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
1 
 
 
 
1A Orientação Educacional 
 
Os referentes teóricos que fundamentam a função da Orientação Educacional, torna-se possível 
esclarecer-se melhor a própria função do orientador educacional. Isto lhe dará maior oportunidade de 
analisar a sua ação, tanto junto ao educando, como junto à organização escolar. 
Para que este esclarecimento fosse viável, procurou-se responder algumas questões, tais como: de 
que forma o processo de vir-a-ser do educando pode ser explicado? Qual a função educadora para com 
este ser? Qual o papel da Orientação Educacional com relação ao curriculum escolar? E com relação à 
vida do educando como um todo? 
A posição assumida neste trabalho é a de que a função da Orientação Educacional seja: "auxiliar a 
síntese dos momentos dialógicos da vida do educando e a do processo educacional realizado pela equipe 
educadora". 
O significado do termo "momento dialógico" será explicitado no capítulo referente à fundamentação 
filosófica da Orientação Educacional. Entretanto, mesmo antes de elucidá-lo, é necessário que aqui se 
faça uma ressalva. "Momento dialógico", quando se refere ao procedimento educacional, é utilizado de 
forma aproximativa. Refere-se ao relacionamento aluno-professor que ocorre numa atmosfera de 
liberdade, onde o professor aceita o educando respondendo-lhe como pessoa. Neste caso, este 
relacionamento é dialógico, mas apresenta características que lhe são peculiares, em virtude das 
condições de desigualdade entre ambos pares do referido relacionamento. 
Propõe que a Orientação Educacional dialógicos da vida do educando. Isto é proposto no sentido de 
auxiliá-lo a perceber a direção que os acontecimentos significativos da sua vida seguem. Esta percepção 
depende daquela que o educando possui de si mesmo. É aqui que se coloca a importância que a 
Orientação Educacional assume com relação a síntese do processo educativo. A percepção que o 
orientando possui sobre si reflete, até certo ponto, a unidade dos valores que norteiam aquele processo. 
 
A Fundamentação Filosófica Da Orientação Educacional 
Sendo a orientação considerada a atividade do curriculum escolar que auxilia a realização da síntese 
do seu desempenho, a análise dos seus embasamentos filosóficos torna-se valiosa. 
Isto porque tais fundamentos se constituem nos fins últimos que direcionam o processo educacional a 
ser desenvolvido pela escola, conferindo, assim, significado à própria Orientação Educacional. 
Estes embasamentos possuem um duplo sentido. Por um lado, apontam os objetivos últimos da 
Orientação Educacional. Por outro, auxiliam a esclarecer o seu próprio processo, na medida em que 
refletem sobre a existência do ser que é orientado. 
Sob esta perspectiva é que será realizado, no presente capítulo, o estudo dos elementos básicos do 
processo de atualização do ser humanizado. Procurar-se-á saber que aspectos, e por que, devem ser 
considerados relevantes para o processo educativo e, portanto, para a Orientação Educacional. 
Os elementos básicos considerados significativos para a realização do processo de vir-a-ser são os 
seguintes. O homem é um organismo vivo que, como os demais, necessita sobreviver. Suas 
necessidadesbásicas fazem-se sentir através do seu corpo o qual procura adaptar-se ao meio. 
Entretanto, o meio no qual sobrevive como um ser humanizado é pecutiar e possui suas próprias 
características. O homem é um ser que é capaz de raciocinar simbolicamente, que se expressa através 
dos símbolos, que cria e que vive num mundo de símbolos por ele elaborados. E um ser independente 
de tudo o mais que o cerca; é um ser que se une às coisas do mundo exterior. É um ser que se realiza 
como pessoa pelo convívio com outras pessoas. Que possui a capacidade de comunicar-se com os 
demais seres relacionando-se dialogicamente com o que está a sua frente. Que participa das coisas que 
realiza, criando-as. 
Estas características serão cuidadosamente explicitadas. É a partir da sua explicação que se pode 
entender a grandiosidade da tarefa educativa. 
Antes, porém, de passar-se a tal explicação é importante que se esclareça que se abordou duas 
perspectivas referentes ao ser do ser humanizado. Uma, concernente à postura que ele assume frente 
ao mundo; a forma que ele se relaciona com as demais pessoas, animais, plantas, objetos da natureza, 
 
1BICUDO, M.A.V.; Fundamentos de orientação educacional. São Paulo: Saraiva, 1978. 
1. Origem, evolução e contextualização da orientação educacional no Brasil: 
conceituação, evolução histórica, fundamentos legais, pressupostos teóricos, o 
profissional de orientação educacional e a ética. 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
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objetos simbólicos, incluindo-se aqui divindades, obras de arte, e todos os tipos de criações de que é 
capaz. Outra, referente à expressão da sua atividade mental. 
A primeira perspectiva engloba elucidações sobre as possibilidades e as formas do seu relacionamento 
e do seu tornar-se. Incluem-se aqui: o ato de entrar em relação e o de estabelecer distância; o ato de 
confirmar e o de ser confirmado; o relacionamento dialógico; ser e aparência, o ser singular. Estes são 
termos que tentam explicar como o ser é, quais os movimentos básicos da sua existência, como sua vida 
transcorre. Tais elucidações esclarecem muitos pontos ambíguos do existir do ser humanizado, como, 
por exemplo, os aspectos concernentes à posse das coisas, à aparência, contrapondo-os ao 
relacionamento e ao ser. Esta contraposição, entretanto, não tem a pretensão de ser exclusiva, ou seja, 
de que ou se é aparência ou se é ser. Ela procura mostrar que se é ser e aparência e que ambos podem 
alternar-se harmoniosamente permitindo que a vida flua de forma a atingir sua forma mais plena possível. 
A segunda perspectiva envolve explicações sobre a explicitação das atividades da mente humana. 
Estas são basicamente simbólicas. Assim sendo, foram considerados os sinais e os símbolos produto e 
instrumento daquela atividade. Foram ambos definidos procurando-se mostrar que constituem um dos 
elementos com os quais, e pelos quais, o ser se expressa e realiza o salto da percepção do particular 
para a do geral. Do ponto de vista da aprendizagem esta análise fundamentará aquela do tipo 
discriminatório e a do conceito. 
Estas duas abordagens do ser humano foram assumidas porque sentiu-se que elas fornecem as 
explicações convenientes da realização do ser, principalmente, tendo-se em vista a realidade da escola. 
Aqui, o educando enfrenta diferentes tipos de atividades e de situações. Ele é exposto a situações onde 
necessita locomover-se num plano altamente simbólico: de representações, de relações abstratas. Ou de 
necessita expressar-se adequadamente através da linguagem: falada e escrita e entender e operar com 
relações abstratas as quais se constituem o conteúdo das disciplinas científicas e humanísticas que fazem 
parte do seu curriculum. 
É exposto, também, a inter-relacionamentos humanos. Alguns profundamente significativos. Outros 
não. Todos, porém, importantes para o seu tornar-se. Aí ele tem oportunidade de avaliar-se, de avaliar, 
de ser avaliado. Ele tem a oportunidade de confirmar e ser confirmado. Ora, é necessário que o orientador 
educacional entenda a essência desta realidade e do seu significado para o existir humano. Somente 
assim ele poderá auxiliar a reflexão, metódica e crítica, das ocorrências relevantes do processo educativo. 
 
Fundamentos Psicológicos e Psicossociais da Orientação Educacional 
Se a Orientação Educacional realizada na escola está voltada para a atualização do educando; se esta 
atualização se realiza num ambiente onde os inter-relacionados humanos são fundamentais, então deve-
se procurar quais os embasamentos que explicam o próprio processo desta atualização. 
No capítulo anterior focalizou-se o processo do tornar-se sob o ponto de vista da sua realidade. 
Explicou-se quais seus movimentos virtuais e quais suas possibilidades. Neste capítulo procurar-se-á 
apresentar a explicação de como o Eu atualizante se desenvolve a um nível de realidades psicológica e 
psicossocial. 
Esta análise é importante porque fornece subsídios para o entendimento das atitudes do educando no 
meio escolar. Isto possibilitará um desempenho mais adequado da Orientação Educacional, pois 
esclarece qual a unidade básica do desenvolvimento da pessoa e quais elementos que a influenciam. 
O ponto mais importante nesta análise é aquele que diz respeito ao Eu ou núcleo de atualização e ao 
seu respectivo desenvolvimento. É necessário que, de um lado, seja explicitada a função do Eu no 
processo de atualização. De outro, que seja explicado o próprio processo de desenvolvimento deste 
núcleo. A primeira focalização se refere à estrutura do Eu e é tratada pela Psicologia. A segunda se refere 
ao seu processo de desenvolvimento e é tratada pela Psicologia Social. 
 
Dados Históricos Sobre a Orientação Educacional 
 
2Segundo Pimenta, a orientação educacional teve origem, aproximadamente, em 1930, a partir da 
orientação profissional que se fazia nos EUA. No Brasil, a orientação educacional mostrou-se válida na 
ordenação da sociedade brasileira em mudança na década de 1940 e incluía a ajuda ao adolescente em 
suas escolhas profissionais. A autora mostra que a primeira menção a cargos de orientador nas escolas 
estaduais se deu pelo Decreto nº 17.698, de 1947, referente às Escolas Técnicas e Industriais. 
As Leis Orgânicas do Ensino referentes ao período de 1942 a 1946 fazem alusão à Orientação 
Educacional. Nesta época, não havia cursos especiais de orientação educacional, o que levou ao 
 
2PASCOAL, M.; HONORATO, E.C.; ALBUQUERQUE, F.A.de.; O orientador educacional no Brasil. Educ. rev. [online]. 2008, n.47 , pp.101-120. Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982008000100006&lng=en&nrm=iso>. 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
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preenchimento dos cargos pelos chamados "técnicos de educação", muitas vezes selecionados por 
critérios duvidosos. 
A autora menciona ainda que, até 1958, São Paulo contava com cinco faculdades que ministravam o 
curso superior de orientação educacional, tendo sido, o primeiro deles, o curso criado pela PUC-
Campinas, em 1945. 
Em 1958, o MEC regulamentou provisoriamente o exercício da função e o registro de Orientador 
Educacional, pela Portaria n. 105, de março de 1958, tendo ela permanecido provisória até 1961, quando 
a LDB 4.024 veio regulamentar a formação do Orientador Educacional. 
A Lei 5.564, de 21/12/68, demonstra, assim como a LDB em vigor naquela época, preocupação com 
a formação integral do adolescente, embora traga orientações também referentes ao ensino primário, 
como era naquela época designado o ensino fundamental. 
 
Art. 1º A Orientação Educacional se destina a assistir ao educando, individualmente ou em grupo, no 
âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário, visando o desenvolvimento integral 
e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em 
sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas.A LDB que veio a seguir, a 5.692/71, diz, no artigo 10: "será instituída obrigatoriamente a Orientação 
Educacional, incluindo aconselhamento vocacional em cooperação com os professores, a família e a 
comunidade". 
Segundo Pimenta, a LDB dá um sentido novo ao ensino de 1º e 2º graus: sondagem de aptidão e 
profissionalizante, por isso, a Orientação Educacional deveria se ocupar de aconselhamento vocacional. 
"Assim, o que era apenas uma área da Orientação Educacional passa a ser confundida com a própria". 
Para atender às exigências da legislação, o Decreto 72.846 de 1973 veio a regulamentar a Lei 5.564, 
de 1968, por meio de onze artigos, mantendo, porém, o artigo 1º da Lei 5.564, apenas substituindo as 
expressões "no âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário" por "no âmbito do 
ensino de 1º e 2º graus." 
Uma leitura crítica da legislação e dos contextos sociais em que foram promulgadas pode nos levar a 
entender que a orientação educacional no Brasil tem cumprido os papéis que dela eram esperados; 
muitas vezes a favor do sistema excludente e poucas vezes carregada de ousadia no sentido da 
emancipação das camadas populares. Isso se deve, principalmente, ao fato de estar atrelada às políticas 
educacionais vigentes nos diferentes momentos históricos. 
Os referenciais teóricos confusos e obscuros têm contribuído para a colocação da função do orientador 
no "baú" do esquecimento. Esteve ligada às relações de poder dentro da escola, às funções de comando, 
contribuindo para a divisão social do trabalho reproduzida dentro da escola. 
Prevendo conflitos, alguns autores já alertavam para a necessidade de definição das funções e campos 
de atuação do orientador educacional, como Brandão e Melo, que tentavam mostrar a importância da 
construção de um elo entre a prática do orientador educacional e as variações da sociedade e cultura 
brasileiras, das ciências humanas e das teorias da educação. 
Pode-se dizer que o campo de atuação do orientador educacional era, inicialmente, apenas e tão 
somente focalizar o atendimento ao aluno, aos seus "problemas", à sua família, aos seus "desajustes" 
escolares, etc., pouco ou quase nada voltado à autonomia do aluno e à sua contextualização como 
cidadão. Depois, voltou-se à prestação de serviços, mas sempre com o objetivo de ajustamento ou 
prevenção. 
Na década de 1970, falou-se muito sobre a falta de compromisso da escola e de sua equipe 
pedagógica. Grinspun diz que, nesse período "tenta-se resgatar a importância da escolaridade para as 
estratégias de vida das camadas populares, chamando a atenção para a estrutura interna da escola como 
um dado significativo para o desempenho dos alunos. A Orientação estava dentro da escola e não se deu 
conta do seu papel". 
Balestro complementa a autora dizendo que "os orientadores educacionais deixaram a banda passar 
sem dar a sua contribuição, isto é, sem fazer parte dela. Eles ficaram em cima do muro e calados. 
Perderam um espaço para demarcar o seu território na educação e a função social da profissão de OE". 
Por tais motivos, a Orientação Educacional começa a ser questionada a partir de 1980. Assim, os 
pressupostos teóricos começam a ser repensados e rediscutidos. O orientador começa a participar de 
todos os momentos da escola, discutindo questões curriculares, como objetivos, procedimentos, critérios 
de avaliação, metodologias de ensino, demonstrando sua preocupação com os alunos e o processo de 
aprendizagem. Os cursos de reciclagem que foram oferecidos aos orientadores contribuíram para que a 
discussão fosse mais ampla, envolvendo as práticas, os valores que a norteavam, a realidade dos alunos, 
assim como o mundo do trabalho. 
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Millet, numa atuação ousada para a época e incompreendida pelos profissionais da educação da 
escola onde ela mesma trabalhava, já apresentou, quase vinte anos atrás, uma mudança de enfoque no 
trabalho do orientador educacional. "É necessário pensar junto com os alunos sobre o ambiente que os 
circunda e as relações que estabelecem com esse ambiente, para que, tomando consciência da 
expropriação a que são submetidos, sintam-se fortalecidos para lutar por seus direitos de cidadãos." 
Segundo a autora, indisciplina, agressividade, desinteresse, dificuldades de aprendizagem (queixas 
mais comuns dos professores) não podem e não devem ser tratadas isoladamente e, sim, a partir de um 
estudo das relações "professor-aluno, aluno-conteúdo, aluno-aluno, aluno-estatutos escolares, aluno-
comunidade, professor-comunidade". Pela apresentação de um relato de experiência, a autora conclui 
alertando para o caráter político da atuação do orientador educacional que "ultrapassa os limites dos 
muros da escola" e se envolve com a comunidade. 
 
Origina-se aí uma nova visão de orientação educacional. 
 
A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar 
os 'alunos com problemas'. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de 
Orientação, voltada para a 'construção' de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e 
sua gente. Desloca-se, significativamente, o 'onde chegar', neste momento da Orientação Educacional, 
em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu 
processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas 
relações estabelecidas. 
 
Villon diz que o trabalho do orientador educacional deve ser o de propiciar a aproximação entre a 
escola e a comunidade, desvelando os papéis e a influência que diversas instituições, tais como clubes, 
indústrias, comércios locais, associações, clubes, etc. exercem na comunidade. Preconiza a liberdade de 
extrapolar o espaço escolar indo rumo à comunidade escolar. A autora evidencia, desta forma, que o 
campo de atuação do orientador educacional não se limita à microestrutura escolar. 
 
Assis apresenta a importância do papel do orientador educacional como corresponsável pela 
aprendizagem dos alunos. Questiona as práticas docentes envolvendo os aspectos didático-pedagógicos, 
tais como metodologia, avaliação, relação professor-aluno, objetivos, conteúdos, e mostra a necessidade 
de que os docentes conheçam e reflitam sobre o real significado da existência da escola e sua função 
social. Apresenta o papel do orientador educacional numa dimensão bastante ampla e fala também da 
escola como locus privilegiado de participação. Questiona a formação profissional, mostrando que há 
necessidade do domínio de conteúdos necessários a uma nova atuação. A autora diz que a Filosofia 
ajuda o orientador educacional no sentido da práxis pedagógicas e acrescenta: "Outros conhecimentos 
devem fundamentar a prática do orientador educacional, tais como: Psicologia, Sociologia, História da 
Educação e História do Brasil (até nossos dias), além de outros, oriundos da Antropologia, Ciências 
Políticas, Metodologia e Pesquisa em uma abordagem qualitativa". 
 
Placco conceitua a orientação educacional como 
 
um processo social desencadeado dentro da escola, mobilizando todos os educadores que nela atuam 
- especialmente os professores - para que, na formação desse homem coletivo, auxiliem cada aluno a se 
construir, a identificar o processo de escolha por que passam, os fatores socioeconômico-político-
ideológicos e éticos que o permeiam e os mecanismos por meio dos quais ele possa superar a alienação 
proveniente de nossa organização social, tornando-se, assim, um elemento consciente e atuante dentro 
da organização social, contribuindo para sua transformação. 
 
Esse período referente à década de 1980, que Grinspun chama de "questionador", foi marcado por 
estudos, congressos, lutas sindicais, que, articuladamente, transformaram-se em grandes conquistas 
para os orientadores educacionais. 
A FENOE - Federação Nacional dos Orientadores Educacionais - teve importante papelem defesa dos 
orientadores educacionais, sendo extinta na década de 90, o que levou ao enfraquecimento da categoria 
profissional que representava. A AOERGS - Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande 
do Sul - tem contribuído significativamente com a categoria profissional dos Orientadores Educacionais, 
sendo responsável pela publicação Prospectiva, que traz matéria sobre orientação no Brasil. 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
5 
 
Grinspun diz que o período "orientador", a partir da década de 90, foi cheio de incertezas e 
questionamentos. Não se sabia se a nova LDB traria ou não menções ao Orientador Educacional em seu 
texto. 
Tais incertezas foram dizimadas com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
que em seu artigo 64, diz: 
 
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e 
orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em 
nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum 
nacional. 
 
Embora pareça reconhecida a sua importância pela LDB, ao mesmo tempo deixa em aberto a formação 
profissional do orientador. Isso pode levar os cursos de Pedagogia a deixarem de formar o orientador 
educacional, relegando para a pós-graduação tal tarefa. 
Inicia-se um novo período nos anos 2000. O ensino, de uma maneira geral, e, em especial, o ensino 
público, está caminhando aos "trancos e barrancos". Globalmente, o país está mal no cenário 
educacional. É comum vermos reportagens mostrando o baixo nível de aprendizagem dos alunos nas 
escolas brasileiras. Isso mostra que a equipe escolar precisa ser rearticulada. No entanto, as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, Licenciatura, em Parecer aprovado em 
13/12/2005, reduzem a orientação educacional à área de serviços e apoio escolar, o que significa mais 
um passo para a extinção total desta função. Incoerentemente, o artigo 5o menciona que o egresso do 
curso de Pedagogia deverá estar apto para uma série de tarefas possíveis apenas a partir de um trabalho 
integrado com outros profissionais da educação. 
 
II compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir para o seu 
desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual, social; 
 
VII promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade; 
 
XIV realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre alunos e alunas e a 
realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não-escolares; sobre processos de 
ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares e sobre 
organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas. 
 
É interessante observar que as tarefas apontadas são apenas algumas que podem ser realizadas pelo 
orientador educacional, em trabalho articulado com o gestor e o coordenador pedagógico. 
Não resta dúvida de que a gestão escolar que visa à emancipação necessita de apoio e trabalho 
conjunto de diferentes profissionais da educação, em suas diferentes frentes de atuação, que não podem 
ser relegadas a segundo plano. Toda escola realiza um trabalho pedagógico composto por situações de 
caráter burocrático-administrativo e situações de caráter pedagógico-administrativo. O primeiro grupo 
envolve, prioritariamente, a documentação escolar. Envolve, ainda, a organização e a divisão do trabalho 
propriamente dito: a divisão de funções, a determinação de horários a serem cumpridos pelos funcionários 
e horários de funcionamento dos diferentes setores; a divisão do pessoal nos diversos turnos e setores, 
abertura e fechamento de portões, merenda escolar, etc. Toda essa parte é importante porque, sem ela, 
a escola não pode caminhar. Ela representa a estrutura indispensável para que seja possível a realização 
do ato educativo. 
Não menos importantes são as situações de caráter pedagógico-administrativo. Envolvem todas as 
iniciativas que a escola deve ter para que o ensino e a aprendizagem ocorram. Aliás, este é o coração do 
trabalho pedagógico. Aí destacam-se duas ordens de necessidades diferentes: uma ligada ao professor 
e outra ligada ao aluno. 
Mesmo reconhecendo a imprescindibilidade da tecnologia da informação, o professor não pode ser 
descartado. Porém, para fazer frente a todos os avanços da sociedade, há necessidade de um novo 
professor, mais atuante, mais atualizado, com novas competências. Destaca-se, então, que a escola 
precisa ter um profissional que coordene todo o trabalho docente. E este é o profissional conhecido como 
"coordenador pedagógico", mais especificamente, o professor coordenador, no estado de São Paulo. Este 
profissional é aquele encarregado de cuidar da atualização docente em serviço, de fornecer condições 
estruturais e materiais para que o trabalho docente se desenvolva, de divulgar obras existentes na 
biblioteca para os professores, organizar as reuniões pedagógicas, cuidar da interdisciplinaridade, enfim, 
proporcionar ao professor meios para que possa desenvolver o seu trabalho da melhor maneira possível. 
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6 
 
O aluno, por sua vez, é a razão de ser da escola. Para colaborar com o aluno e com as suas 
necessidades, a escola precisa contar com o trabalho do orientador educacional. Esse é o profissional 
que trabalha diretamente com o aluno e se preocupa com a sua formação pessoal. A ele cabe desenvolver 
propostas que elevem o nível cultural do aluno e tudo fazer para que o ambiente escolar seja o melhor 
possível. 
O orientador educacional diferencia-se do coordenador pedagógico, do professor e do diretor. O diretor 
ou gestor administra a escola como um todo; o professor cuida da especificidade de sua área do 
conhecimento; o coordenador fornece condições para que o docente realize a sua função da maneira 
mais satisfatória possível; e o orientador educacional cuida da formação de seu aluno, para a escola e 
para a vida. 
 
3Os Percursos Históricos do Papel do Orientador Educacional. 
 
Para que o Orientador Educacional conseguisse conquistar seu espaço dentro da escola, ele teve que 
passar por vários períodos históricos até sua profissão ser reconhecida como tal e inserida nas dimensões 
pedagógicas. 
Collares resume os vários períodos desse profissional, sistematizando-os da seguinte forma: 
• Período Implementar - compreende o período de 1920 a 1941 e está associado à Orientação 
Profissional, preponderando a seleção e escolha profissional, nesse período o papel do orientador era 
auxiliar na escolha profissional de seus alunos com o intuito de inseri-lo no mercado de trabalho; 
• Período Institucional - de 1942 a 1961: caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional 
nas unidades de ensino e nos cursos de formação dos orientadores educacionais; nesse período há a 
divisão funcional e institucional; surge a Escola Pública; 
• Período Transformador - de 1961 a 1970: pela Lei 4.024/61, a Orientação Educacional é 
caracterizada como educativa, ressaltando a formação do Orientador Educacional e fixando as Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional; 
• Período Disciplinador - de 1971 a 1980: conforme a Lei 5.692/71, a Orientação Educacional é 
obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento vocacional. O Decreto 72.846/73, regulamentando 
a Lei 5.564/68, sobre o exercício da profissão de Orientador Educacional, disciplina os passos a serem 
seguidos; 
• Período Questionador - de 1980 a 1990: o Orientador Educacional interroga suas práticas, seus 
valores, a questão do aluno trabalhador, enfim, a sua realidade no meio social; a prática da orientação 
volta-se para a concepção de educação como ato político; 
• Período Orientador - a partir de 1990: a orientação está voltada para a “construção”do cidadão 
comprometido com seu tempo e sua gente, trabalhando a subjetividade, obtida através do diálogo. 
Atualmente ainda há uma luta em relação à exata função do Orientador dentro das escolas, vista 
principalmente na quase inexistência do mesmo em colégios particulares e a grande falta de sua atuação 
e cargo em colégios públicos, porém com o decorrer dos anos percebemos um grande avanço político 
para que o Orientador se encontre como profissional e ator da educação. 
 
Educação Neoliberal 
O neoliberalismo trata de relações econômicas, do esforço individual para alcançar o sucesso. Não 
trata da orientação educacional buscar auxiliar o aluno para se encontrar no mercado, este é um mérito 
dele. 
 
Educação Não-diretiva 
O aluno "nasce sabendo" e suas aptidões são apenas reveladas com o tempo. Não cabe ao orientador 
ou qualquer professor intervir no desenvolvimento do estudante, isso é algo natural, está nele, a profissão 
que vai até ele, porque nasceu para aquilo, não o orientador que vai ao aluno. 
 
Educação Funcionalista 
A tendência funcionalista vê uma experiência determinada por funções e o que são trabalhos se não 
funções? A sociedade possui instituições e cada instituição tem sua função. Se ela não é cumprida, pode 
danificar todo o sistema. Durkheim, pai da Sociologia Moderna e autor deste conceito, dizia que era como 
um corpo e seus órgãos, o mal funcionamento de um poderia afetar e até levar a morte todo o sistema. 
Numa perspectiva funcionalista, o orientador iria apenas identificar qual seria a aptidão do estudante e 
direcioná-lo, para fazê-lo "funcionar" dentro do sistema, ele já tem sua função definida. Na tecnicista, 
 
3https://bit.ly/2HmFJQP 
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7 
 
contudo, tenta-se direcionar o aluno através de suas aptidões, ou seja, ele possui outras "funções" e o 
orientador deve auxiliá-lo na busca mais correta e cientificamente melhor e mais útil para o mercado de 
trabalho e a vida em sociedade. 
 
4A função da Orientação Educacional encarada do ponto de vista escolar adquire significado ao se 
pensar que o processo de educação que ocorre na escola é intenciona. Isto exige que todas as atividades 
ali desenvolvidas sejam pensadas e analisadas de forma crítica e reflexiva, tendo em vista um alvo 
específico, qual seja, o tornar-se do educando. 
Estando o estudante num processo de vir-a-ser contínuo, a tarefa da escola torna-se muito complexa 
uma vez que ela deve atentar para todos os fatores que interferem naquele acontecer. Isto significa que 
ele necessita considerar as influências que os grupos congenial, familial, de vizinhança, de professores 
exercem sobre o educando, bem como as necessidades e as expectativas da sociedade e as da cultura 
onde ele vive. 
Estas influências devem ser suficientemente analisadas para que se possa formar um quadro de 
valores ou das tendências básicas que norteiam as atividades educacionais e que explicitam sua unidade. 
É necessário que este estudo abranja os dados fornecidos por todos aqueles que trabalham na escola, 
pela própria família do estudante e pela sociedade onde ele vive. 
Tal análise é impraticável se deixada a cargo das posições e dos papéis socialmente definidos como 
essenciais à escola: o de professor, o de administrador e o de aluno dada a complexidade do dinamismo 
das posições e dos papéis, das regras, das influências culturais, dos grupos congeniais, dos subgrupos 
formais e informais que constituem a organização escolar, Se este estudo não for realizado, então aquelas 
influências tornam-se difusas, pouco delineadas, podendo mesmo chegar a agir de forma heterogênea. 
Isto repercute no dinamismo da escola levando-a a desenvolver-se de forma desarmônica quando, então, 
várias direções podem emergir fazendo com que obstáculos sejam levantados para a consecução dos 
próprios objetivos educacionais foram propostos no início do processo. 
Para que tal dispersão não ocorra, e para que as influências que interferem no processo educacional 
realizado na escola sejam assumidas de forma consciente, torna-se necessário que exista uma área 
específica que aja dentro da própria escola e cuja função seja a de analisar aquelas influências e a de 
delinear os pontos básicos - os valores - que norteiam tais atividades refletindo sobre o significado dos 
mesmos em relação aos objetivos do processo educacional. 
Esta tarefa é muito importante para o desenvolvimento de todo o processo educativo que ocorre na 
escola porque permite uma avaliação crítica dos próprios propósitos e porque trata-se de um ponto de 
partida para uma renovação continua dos seus alvos e atividades. 
Tal tipo de análise faz-se necessário, também, ao se focalizar o outro polo do processo educativo - o 
estudante. Este encontra-se num processo contínuo de vir-a-ser e está sujeito a uma desorientação em 
relação ao mesmo em virtude da grande quantidade de eventos aparentemente desconexos que ocorrem 
à sua volta. Ele necessita de um auxílio para começar a refletir sobre tais acontecimentos e para perceber 
o significado que os mesmos possuem para sua vida. 
Este auxilio pode lhe ser dado de duas formas. Mediante a solicitação de uma continua reflexão sobre: 
as atividades e as respectivas avaliações realizadas no contexto escolar, as ocorrências, as decisões e 
as ações consideradas mais significativas ou mais valorizadas por cada um. Esta reflexão o levará a 
perceber, gradativamente, o quadro dos valores que lhe são mais significativos. Ele, também, é auxiliado 
na medida em que a escola está consciente da unidade de sua organização, ou seja, do ponto comum a 
todas as suas atividades. A apreensão desta unidade por parte de todos aqueles que trabalham na escola 
repercute nas suas atitudes para com o estudante, fazendo com que este possa vir a percebê-la de forma 
mais clara, permitindo-lhe situar-se mais facilmente no meio dos vários acontecimentos com os quais se 
depara no ambiente escolar. 
O que se pretende que aqui fique explicito é que este papel de - análise dos acontecimentos que 
interferem no processo educativo, de detectar os mais relevantes ou de maior valor para tal processo, de 
auxilio na reflexão crítica de tais acontecimentos por parte de todos aqueles que trabalham na escola - 
seja próprio da Orientação Educacional. Somente assim ela se justifica como escolar, isto é, somente na 
medida em que ela auxiliar a apreensão de ambos os quadros de valores - e a respectiva reflexão sobre 
os mesmos - o da escola e o do estudante; ela pode realmente ser vista como uma orientação do processo 
educacional realizado na escola. 
A apreensão do quadro de valores da escola é importante por auxiliá-la a perceber a direção indicada 
pelas próprias atividades aí propostas e desenvolvidas. O do estudante, ao ajudá-lo a entender o seu 
 
4BICUDO, M.A.V.; Fundamentos de orientação educacional. São Paulo: Saraiva, 1978. 
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8 
 
compromisso em relação as suas ações e a perceber as tendências que as mesmas apontam. Isto poderá 
levá-lo a uma reflexão sobre si próprio como um ser que ascende na escalada da conscientização. 
A Orientação Educacional escolar, de acordo com a perspectiva aqui assumida, admite o seguinte 
quadro teórico no qual a Orientação Educacional" é vista como uma variável independente; o "Eu do 
Educando" (ou o estudante visto como um ser num continuo processo de vir-a-ser), como uma variável 
dependente; a "escola" (ou organização escolar ou sistema escolar) como variáveis intervenientes. 
No modelo abaixo, a função da Orientação Educacional é a de realizar uma unificação entre os vários 
componentes do processo educativo: a administração, o corpo de professores, os alunos, levando em 
consideração todas as influências culturais exercidas sobre os mesmos os objetivos visados pela escola 
no desempenho de suas atividades e o estudante, visto num contínuo processo de vir-a-ser.Ela age 
como um ponto de ligação entre o Eu atualizante do estudante, visto como um fim e os objetivos que a 
própria escola levanta para o processo educativo. 
 
 
Modelo teórico da Orientação Educacional 
 
Várias considerações devem ser explicitadas em relação a este enfoque do papel da Orientação 
Educacional. Uma delas concerne ao questionamento sobre sua possível posição superior na estrutura 
organizacional da escola. Poder-se-ia dizer que, aparentemente, mediante a perspectiva abordada, ela 
passaria a ocupar uma posição eminentemente de cúpula dentro dessa organização, sendo que as outras 
posições são, também, importantes para o processo educativo; algumas delas tem sido vistas 
tradicionalmente como estando no ápice da referida hierarquia. O que aqui está sendo proposto não é 
esta inversão de posições do ponto de vista hierárquico, mas, s im, um trabalho de conjunto realizado 
pelas várias posições ocupadas na escola. As decisões-e os compromissos que as acompanham 
competem a toda a equipe e não à de Orientação Educacional apenas. A esta compete: a tarefa de 
análise dos dados oferecidos por todos, o levantamento dos valores que aparecem como mais 
significativos, a apresentação dos seus estudos à equipe toda de pessoas que trabalham com o processo 
educativo desenvolvido na escola. A partir desta apresentação passa-se à fase de reflexão crítica dos 
dados obtidos, tentando-se uma avaliação do todo do processo. Isto, por sua vez, possibilita um ponto de 
partida para novas proposições e realizações. Assim sendo, a Orientação Educacional utiliza-se dos 
dados fornecidos pelo psicólogo educacional, pelo orientador pedagógico, pelo assistente social, pelo 
diretor, pelos professores, pelos estudantes e realiza uma síntese das direções que os mesmos apontam, 
as quais serão refletidas em conjunto. 
Outro ponto que deve ser explicitado, para que sejam evitadas ambiguidades, é o concernente ao 
auxílio que se deve dar ao estudante para que ele realize uma reflexão contínua sobre suas próprias 
atividades. Este auxílio não é uma tarefa da Orientação Educacional apenas, mas de todos aqueles que 
estiverem exercendo a função de orientador. Entretanto, o trabalho do orientador, como aqui foi delineado, 
ajudará o educador a tomar consciência da necessidade e do significado de tal reflexão, bem como o 
ajudará a refletir sobre suas próprias atividades e atitudes, o que repercutirá no seu trabalho com o aluno. 
O momento de encontro e de pensar crítico em conjunto com todos aqueles que estão envolvidos na 
tarefa educativa é muito importante para a instituição escolar, pois trata-se de um ponto essencialmente 
avaliativo do processo que ali é desenvolvido. Isto permite que o trabalho da Orientação Educacional seja 
visto como um processo eminentemente dialético, na medida em que suas ações influenciam o ser do 
educando e que as ações deste voltam sobre a própria Orientação Educacional realimentando-a e dando 
uma chance para que se renovem as expectativas da escola. Neste modelo, a escola seria um sistema 
aberto às necessidades de inovações relevantes em relação ao Eu-Atualizante do educando. 
 
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O Orientador Educacional e os Princípios Éticos 
 
5É extremamente válido lembrar que o trabalho do orientador educacional, assim como o trabalho 
pedagógico de modo geral, precisa estar revestido pelo comportamento ético. 
Em todos os campos em que o orientador educacional atua, ele estará sempre em contato com 
algumas informações que precisam ser sigilosas. Isso acontece, por exemplo, quando o profissional 
conversa com alunos e seus familiares, momentos em que, muitas vezes, toma conhecimento de 
situações complexas e delicadas. O bom senso, o sigilo e o cuidado na emissão de juízos de valor podem 
favorecer o trabalho do orientador. A confiança na pessoa do orientador é fundamental para o êxito de 
seu trabalho. 
Um fato que ocorre com muita frequência é a solicitação de informações sobre os alunos pelos 
professores. Neste caso, o orientador precisa tomar muito cuidado, fornecendo apenas informações que 
sejam relevantes, pois, como dizem Giacaglia e Penteado, 
 
há que se considerar razões de natureza psicológica para a não-divulgação dos dados. Trata-se do 
"efeito Rosenthal" ou "profecia autorrealizável", segundo a qual, quando um professor desenvolve 
expectativas de que um aluno ou grupo de alunos irá ter insucesso escolar, tais expectativas podem se 
transformar, inconscientemente, por parte do professor, em fator ou causa do respectivo fracasso 
daqueles alunos. 
 
Por acreditar na necessidade do orientador educacional dentro da escola, desenvolvemos a presente 
pesquisa com a finalidade de identificar quais estados mantêm esse profissional em seus quadros para, 
num segundo momento, buscar sinais indicativos da necessidade desse profissional nas escolas públicas 
brasileiras. 
 
6Contribuições Para Um Repensar Sobre A Orientação Educacional 
 
Como partícipe da equipe de gestão, a orientação educacional pode se desenvolver em cinco áreas: 
o aluno, a escola, a família, a comunidade e a sociedade. 
O papel do Orientador Educacional na escola é bastante amplo, sendo muito importante em todo o 
processo educacional, pois busca sempre a formação integral do estudante e trabalha com toda a 
comunidade escolar. 
A Orientação Educacional é um processo organizado e permanente que existe na escola. Ela busca a 
formação integral dos educandos (este processo é apreciado em todos seus aspectos, tido como capaz 
de aperfeiçoamento e realização), através de conhecimentos científicos e métodos técnicos. A Orientação 
Educacional é um sistema em que se dá através da relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais 
segmentos da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que 
acaba por despertar no educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, se auto conhecer e 
assumir responsabilidades 7 
 
O orientador educacional e os alunos: a criação de espaços de participação social e exercício 
da cidadania 
A visão contemporânea de orientação educacional aponta para o aluno como centro da ação 
pedagógica, cabendo ao orientador atender a todos os alunos em suas solicitações e expectativas, não 
restringindo a sua atenção apenas aos alunos que apresentam problemas disciplinares ou dificuldades 
de aprendizagem. 
Mediador entre o aluno e o meio social, o orientador discute problemas atuais, que fazem parte do 
contexto sociopolítico, econômico e cultural em que vivemos. Assim, por meio da problematização, pode 
levar o aluno ao estabelecimento de relações e ao desenvolvimento da consciência crítica. 
Para poder exercer a contento a sua função, o orientador precisa compreender o desenvolvimento 
cognitivo do aluno, sua afetividade, emoções, sentimentos, valores, atitudes. Além disso, cabe a ele 
promover, entre os alunos, atividades de discussão e informação sobre o mundo do trabalho, 
assessorando-os no que se refere a assuntos que dizem respeito a escolhas. 
Todas as relações que se estabelecem no cotidiano escolar, em especial o relacionamento com os 
colegas, podem receber inúmeras contribuições do profissional orientador educacional. 
 
5PASCOAL, M.; HONORATO, E.C.; ALBUQUERQUE, F.A.de.; O orientador educacional no Brasil. Educ. rev. [online]. 2008, n.47 , pp.101-120. 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982008000100006&lng=en&nrm=iso>. 
6PASCOAL, M.; HONORATO, E.C.; ALBUQUERQUE, F.A.de.; O orientador educacional no Brasil. Educ. rev. [online]. 2008, n.47 , pp.101-120. 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982008000100006&lng=en&nrm=iso>. 
7 MARTINS, José do Prado.Princípios e métodos da orientação educacional. 2 ed. São Paulo; Atlas, 1984. 
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O orientador educacional e a escola: a participação nos momentos coletivosComo membro do corpo gestor da escola, cabe ao orientador educacional participar da construção 
coletiva de caminhos para a criação de condições facilitadoras e desejáveis ao bom desenvolvimento do 
trabalho pedagógico. É um profissional que participa de todos os momentos coletivos da escola, na 
definição de seus rumos, na elaboração e na avaliação de sua proposta pedagógica, nas reuniões do 
Conselho de Classe, oferecendo subsídios para uma melhor avaliação do processo educacional. Desta 
forma, é necessária a discussão sobre a natureza da vida escolar, em que todos os integrantes da equipe 
pedagógica escolar "questionem criticamente o currículo existente na escola, o currículo oculto, o 
aparelho político em todos os níveis, a forma e o conteúdo dos textos escolares e as condições de trabalho 
que caracterizam escolas específicas". 
O orientador, aliado aos demais profissionais da escola e a outros pedagogos, pode contribuir muito 
para a organização e a dinamização do processo educativo. É o que dizem Giacaglia e Penteado: 
"participando do planejamento e da caracterização da escola e da comunidade, o orientador educacional 
poderá contribuir, significativamente, para decisões que se referem ao processo educativo como um 
todo". 
Cabe a ele integrar todos os segmentos que compõem a comunidade escolar: direção, equipe técnica, 
professores, alunos, funcionários e famílias, visando à construção de um espaço educativo ético e 
solidário. 
Em que pesem as contribuições do profissional orientador educacional ao processo educativo, muitas 
escolas, notadamente na rede escolar estadual paulista, não têm mais esse profissional na equipe, o que 
significa que outro profissional está acumulando as suas funções. Normalmente esse profissional é o 
coordenador pedagógico, que, além de cumprir a sua extensa função junto aos professores, associa a 
ela a função do orientador, resultando numa inadequação das duas. 
 
O orientador educacional e a família: a criação de ambientes socioeducativos 
O orientador educacional é o profissional encarregado da articulação entre escola e família. Assim, 
cabe a ele a tarefa de contribuir para a aproximação entre as duas, planejando momentos culturais em 
que a família possa estar presente, junto com seus filhos, na escola. Cabe também ao orientador 
educacional a tarefa de servir de elo entre a situação escolar do aluno e a família, sempre visando a 
contribuir para que o aluno possa aprender significativamente. A perspectiva de orientação educacional 
que consideramos válida não se equipara ao trabalho do psicólogo escolar, que tem dimensão 
terapêutica. O papel do orientador com relação à família não é apontar desajustes ou procurar os pais 
apenas para tecer longas reclamações sobre o comportamento do filho e, sim, procurar caminhos, junto 
com a família, para que o espaço escolar seja favorável ao aluno. Não cabe ao orientador a tarefa de 
diagnosticar problemas e/ou dificuldades emocionais ou psicológicas e, sim, que volte seu trabalho para 
os aspectos saudáveis dos alunos. 
 
O orientador educacional e a comunidade: o conhecimento do contexto local 
Compreender o modo de vida, os interesses, as aspirações, as necessidades, as conquistas da 
comunidade são muito importante. Só assim será possível o apoio da escola na luta da comunidade por 
melhores condições de vida. Neste sentido, pode-se apontar que uma das tarefas do orientador 
educacional é o conhecimento da comunidade e das situações que facilitam sua vida, bem como as que 
a dificultam. 
Como polo cultural, cabe à escola e, especificamente, ao orientador educacional elevar o nível cultural 
dos membros da comunidade, propiciar debates sobre temas de interesse, bem como de alunos, pais, 
professores, envolvendo questões presentes no dia-a-dia. É fundamental que se estabeleça um clima de 
constante diálogo entre ambas, uma vez que a escola deve estar aberta à comunidade à qual pertence. 
Como estratégia que pode colaborar para o bom andamento do trabalho educativo, podemos citar a 
abertura da escola à comunidade, que nem sempre é feita de forma tranquila, com afirma Vasconcellos: 
 
Alguns diretores tratam os equipamentos da escola como se fossem objetos pessoais, propriedades 
privadas; outros, ao contrário, estabelecem relações de parceria com a comunidade e, com isto, não só 
passam a contar com ela como elemento de apoio para as mudanças, como ainda obtêm diminuição do 
vandalismo, da violência; os alunos se sentem acolhidos, experimentam a escola como território aliado. 
Queremos deixar claro que estamos nos referindo à abertura tanto no que diz respeito às instalações e 
equipamentos, quanto, num sentido mais sutil, de se deixar sensibilizar pelas exigências colocadas pela 
sociedade. 
 
 
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O orientador educacional e a sociedade: a participação em lutas maiores 
Da mesma forma que se dá o trabalho do orientador educacional no que se refere à comunidade, 
assim também o é no que se refere à sociedade. O orientador educacional é o profissional da escola que, 
não tendo um currículo a seguir, pode se organizar para trazer aos alunos os fatos sociais marcantes que 
nos envolvem, bem como propor a participação em lutas maiores. A escola não pode silenciar face às 
grandes questões que a mídia veicula diariamente. Discutir a corrupção, os atos de terrorismo, a violência 
urbana e outras situações presentes na sociedade brasileira e na mundial serão de grande utilidade para 
os demais componentes curriculares. De modo análogo, não só deve o orientador educacional levar a 
sociedade para a escola, mas, também, como uma via de mão dupla, levar a escola, suas conquistas e 
dificuldades para a sociedade. 
 
8O Papel do Orientador Educacional na Aprendizagem 
 
Ser orientador é uma opção, mas atuar como orientador significa enfrentar constantes desafios, 
buscando atitudes cotidianas que promovam a união e integração. O orientador atua promovendo uma 
prática que inclui, combatendo a discriminação, compreendendo e auxiliando o aluno em seu 
desenvolvimento pleno, sem preconceitos, com muito respeito, independente de sua condição 
econômica, da aparência física ou opção sexual de todos os sujeitos da educação. Ser desenvolver 
orientador é uma função na qual a intenção de solidariedade é o maior valor. 
A Orientação Educacional é uma das funções mais importantes na área de atuação do pedagogo. A 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 estabelece que a formação dos Orientadores 
Educacionais deva acontecer em Cursos de Especialização, Pós-Graduação na área da Educação. É 
nesta área que acontece às estratégias da organização escolar, onde a ação do Orientador Educacional 
visa uma plena interação do aluno com o espaço escolar, sempre com apoio da família e da comunidade. 
Devido às mudanças socioeconômicas e culturais ocorridas em nossa sociedade, a escola passa a ter 
responsabilidade pelo desenvolvimento integral do aluno, em seus vários aspectos: físico, intelectual, 
social, escolar, emocional, em todos os aspectos que a criança desenvolve durante o período que 
permanece na escola. 
Para tanto o orientador busca em seu trabalho informações sobre a realidade dos alunos, em que tipo 
de sociedade que se está inserido e a partir do levantamento dessas informações e junto com a proposta 
pedagógica da escola busca realizar de forma adequada o seu papel dentro da escola. 
Em Grinspun 
 
A orientação deve buscar uma visão mais completa da realidade e do sujeito, as especificidades do 
campo de ação ajudam o entendimento da totalidade, sem perder de vista a singularidade. Nessa 
abordagem, novos aliados terão o trabalho próprio na escola, nos quais três indicativos se impõem: a 
comunicação, a argumentação e a reflexão. Eles são dados significativos á formação do sujeito. A 
multiplicidade dos enfoques e análises que caracteriza o fenômeno educativo não torna inócua a 
Orientação Educacional, aocontrário precisamos dela como campo de ação e investigação para 
dinamizar o processo educativo e a formação do aluno cidadão. 
 
O Orientador, portanto faz um trabalho de interdisciplinaridade entre os fatos, situações, ações e tudo 
que leva o aluno a agir de determinada forma, buscando torná-lo mais crítico e consciente, evidenciando 
os conceitos de parceria, coletividade e principalmente perceber-se como membro da sociedade. 
Para que a trajetória da orientação educacional ocorra com qualidade, é preciso entender que esse 
trabalho é atividade social constante, que auxilie os alunos em escolhas corretas e no processo de 
construção crítica e de consciência. Com isso a importância de analisar essa profissão em todas as 
dimensões, como o mundo e suas transformações, educação, trabalho, valores, desafios e as mudanças 
que vão surgindo, exigindo atualizações. 
Dessa forma, o orientador educacional vai dividir a responsabilidade com todos os eixos da escola. 
Com união e parceria nesse trabalho cotidiano, se torna possível a construção de uma sociedade mais 
humana e justa, de forma democrática superando o individualismo na instituição de educação, 
proporcionando mais chances de formar alunos com uma nova visão e com condições de seguir nessa 
futura sociedade consciente. 
 
De acordo com Luck: 
 
 
8http://cerrogrande.rs.gov.br/site/o-papel-do-orientador-educacional-na-aprendizagem/ 
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12 
 
A democratização dos processos de gestão da escola, estabelecida na constituição nacional, na lei de 
diretrizes e bases da educação nacional (Lei nº 9394/96) e no plano nacional de educação, acentua a 
necessidade de ação coletiva compartilhada. A descentralização dos processos de organização e tomada 
de decisões em educação e a consequente construção da autonomia da escola demandam o 
desenvolvimento de espírito de equipe e noção de gestão compartilhada nas instituições de ensino, em 
todos os níveis. 
 
Nesse sentido cabe salientar, a grandeza do trabalho do orientador e a autonomia deste profissional 
numa gestão democrática, pois dele parte a reflexão sobre a escola e o crescimento coletivo numa missão 
pautada no diálogo e na cooperação. Compreendemos a amplitude e importância de sua tarefa de zelar 
pela formação dos alunos como cidadãos, ajudar os professores a entender os comportamentos das 
crianças e cuidar das relações com a comunidade considerando ainda que suas atribuições estão 
inteiramente ligadas à aprendizagem, cidadania, valores, atitudes, reflexão e desenvolvimento no 
contexto educacional. 
Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora, ao lado do diretor e do 
coordenador pedagógico. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, 
dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de 
conflitos. 
Ao lado do professor, é evidente que esse profissional zela pelo processo de aprendizagem e formação 
dos estudantes por meio do auxílio ao docente na compreensão dos comportamentos das crianças, 
entram aspectos que as crianças aprendem na escola de forma não explícita: valores e a construção de 
relações interpessoais. 
Por tratar diretamente das relações humanas, o orientador educacional, frequentemente, acaba por ter 
suas funções confundidas com as de outros profissionais como um psicológico, por exemplo. Essa 
confusão, no entanto, deve ser evitada, porque, embora também lide com problemas de convivência e 
com dificuldades de aprendizagem das crianças, a função do orientador se aproxima mais do aspecto 
pedagógico e não da dimensão terapêutica do atendimento. Isso fica explícito na fala de Grinspun sobre 
o que o Orientador Educacional não é em termos de formação profissional: 
 
“(…) Afirmo que o profissional Orientador Educacional pertence ao grupo do magistério e não a outro 
grupo que atue (ou não) nas escolas, embora seu trabalho, em determinado momento, se relacione (ou 
até mesmo se fundamente), como por exemplo, na Psicologia, na Sociologia, na Administração, no 
Serviço Social etc. Portanto, o Orientador Educacional não é Psicólogo Clínico ou Escolar; não é 
Psicopedagogo; não é Assistente Social; e também não é técnico administrativo; não pertence a qualquer 
outra categoria que não faça parte do que denominamos ser o campo do magistério.” 
 
O Orientador não pode ficar o tempo inteiro em sua sala, apenas recebendo alunos expulsos da aula 
ou que desrespeitaram um colega ou um professor. Na escola, sua equipe de trabalho deve ter este 
entendimento. Ele só consegue saber o que está acontecendo na escola, entender quais são os 
comportamentos das crianças e propor encaminhamentos adequados quando acompanha, convive e 
interage circulando pelos espaços junto aos educandos. 
O olhar do orientador, evidentemente deve ultrapassar os muros da escola. O trabalho deste 
profissional deve servir de ponte para interligar a escola e a comunidade, entendendo sua realidade, 
ouvindo o que ela tem a dizer de forma democrática e acolhedora de modo que se estabeleça o diálogo 
entre suas expectativas e o planejamento escolar. 
A escola precisa contar com o trabalho do orientador educacional e reconhecê-lo como profissional 
que trabalha diretamente com o aluno e se preocupa com a sua formação pessoal colaborando com o 
mesmo e identificando suas necessidades. A ele cabe desenvolver propostas que elevem o nível cultural 
do aluno e tudo fazer para que o ambiente escolar seja o melhor possível. O aluno, por sua vez, é a razão 
de ser da escola. 
É relevante lembrarmos que o orientador educacional se diferencia do coordenador pedagógico, do 
professor e do diretor. O diretor ou gestor administra a escola como um todo; o professor cuida da 
especificidade de sua área do conhecimento; o coordenador fornece condições para que o docente realize 
a sua função da maneira mais satisfatória possível; e o orientador educacional cuida da formação de seu 
aluno, para a escola e para a vida. 
A Orientação Educacional está implicada na prática pedagógica da escola, na inserção, mediação e 
consecução dos objetivos e propostas da escola e está intrinsicamente comprometida com a educação e 
as políticas vigentes e, portanto, uma função importante que necessita de um profissional bem preparado, 
com sólida formação teórica e uma prática voltada à mediação, à construção coletiva do projeto educativo 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
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da escola, à integração escola-comunidade, professor-aluno, aluno-escola e ao desenvolvimento integral 
do aluno para a construção da cidadania. 
 
9Atribuições do Orientador Educacional 
 
Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora, ao lado do diretor e do 
coordenador pedagógico. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, 
dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de 
conflitos. 
Ao lado do professor, esse profissional zela pelo processo de aprendizagem e formação dos 
estudantes por meio do auxílio ao docente na compreensão dos comportamentos das crianças. Ou seja: 
enquanto o professor se ocupa em cumprir o currículo disciplinar, o orientador educacional se preocupa 
com os conteúdos atitudinais, o chamado currículo oculto. Nele, entram aspectos que as crianças 
aprendem na escola de forma não explícita: valores e a construção de relações interpessoais. 
Por tratar diretamente das relações humanas, o orientador educacional pode ter suas funções 
confundidas com as de um psicológico. Essa confusão, no entanto, deve ser evitada, porque, embora 
também lide com problemas de convivência e com dificuldades de aprendizagem das crianças, a função 
do orientador se aproxima mais do aspecto pedagógico e não da dimensão terapêutica do atendimento. 
Para conseguir realizar seu trabalho, o profissional que ocupa esse cargonão pode ficar o tempo inteiro 
em sua sala, apenas recebendo alunos expulsos da aula ou que desrespeitaram um colega ou um 
professor. Ele só consegue saber o que está acontecendo na escola, entender quais são os 
comportamentos das crianças e propor encaminhamentos adequados quando circula pelos espaços e 
convive com os estudantes. 
Esse trabalho também ultrapassa os muros da escola. O orientador deve atuar como uma ponte entre 
a instituição e a comunidade, entendendo sua realidade, ouvindo o que ela tem a dizer e abrindo o diálogo 
entre suas expectativas e o planejamento escolar. 
Apesar de essas funções do orientador serem essenciais no processo de ensino e aprendizagem, nem 
sempre as escolas contam com esse profissional em sua equipe. Com ou sem ele, no entanto, o trabalho 
não pode deixar de ser feito. Da mesma maneira que uma escola sem coordenador pedagógico não deixa 
de planejar as situações didáticas, uma escola sem orientador educacional não deixa de se preocupar 
com a formação cidadã de seus alunos. Essa missão deve ser cumprida pelo diretor, coordenador e 
também pelos professores. 
 
Atribuições 
- Orienta os alunos em seu desenvolvimento pessoal, preocupando-se com a formação de seus 
valores, atitudes, emoções e sentimentos; 
- Orienta, ouve e dialoga com alunos, professores, gestores e responsáveis e com a comunidade; 
- Participa da organização e da realização do projeto político-pedagógico e da proposta pedagógica da 
escola; 
- Ajuda o professor a compreender o comportamento dos alunos e a agir de maneira adequada em 
relação a eles; 
- Ajuda o professor a lidar com as dificuldades de aprendizagem dos alunos; 
- Medeia conflitos entre alunos, professores e outros membros da comunidade; 
- Conhece a legislação educacional do país; 
- Circula pela escola e convive com os estudantes. 
 
Instrumentos que podem ser utilizados pelo Orientador Educacional10 
- Comunicação de ocorrência em sala de aula (do professor para o SOE); 
- Comunicação entre o SOE e os pais ou responsáveis pelos alunos; 
-Registro de entrevista com pais ou responsáveis ou com alunos; 
- Ficha de informações sobre estagiários; 
- Ficha de identificação de professores e de funcionários; 
- Questionário informativo sobre o professor, a ser preenchido pelos professores; 
- Questionário informativo sobre o funcionário, a ser preenchido pelos funcionários. 
 
 
 
9https://gestaoescolar.org.br/conteudo/233/o-papel-do-orientador-educacional 
10 Giacaglia, Lia Renata Angelini. Penteado, Wilma Millan Alves. Orientação Educacional na Prática: Princípios, histórico, legislação e instrumentos, São Paulo; 
Cengage Learning, 2010. 
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Educação Especial na Visão Inclusiva 
 
11Na visão contemporânea da orientação educacional o estudante é o centro da ação pedagógica, 
cabendo ao orientador atender a todos em suas solicitações e expectativas, não restringindo a sua 
atenção somente aos que apresentam problemas disciplinares ou dificuldades de aprendizagem. 
Desse modo, o orientador é o mediador entre o aluno e o meio social, o orientador discute problemas 
atuais, que são parte do contexto sociopolítico, econômico e cultural em que vivemos 
Por meio da problematização, é capaz de levar o aluno ao estabelecimento de relações e ao 
desenvolvimento da consciência crítica. 
A importância do Orientador Educacional na escola é muito grande, e este perante a educação 
inclusiva, seu papel é de grande relevância, já que é o facilitador e aquele que vai estimular o trabalho 
pedagógico. 
Assim, o serviço de orientação busca, no contexto escolar fazer um suporte pedagógico junto ao 
professor, para que a educação possa ser garantida a todos e respeitando as diferenças e 
individualidades existentes. 
Ademais, o orientador educacional e os demais profissionais da educação podem elaborar formas de 
intervenção para aqueles que julgam necessário. 
O papel do orientador tem o foco da sua atuação deve estar ligado ao desenvolvimento de uma 
aprendizagem que seja significativa, visando a formação do cidadão crítico reflexivo. 
Portanto, a atuação do O.E diante das diferenças encontradas na escola, torna-se fundamental, pois 
cabe a ele criar, descobrir e promover formas viáveis e efetivas no desenvolvimento pessoal e intelectual 
do estudante, bem como ajudar a escola na organização e realização da proposta pedagógica, sempre 
dialogando e principalmente ouvindo. 
12A inclusão conceitua-se como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em 
seus sistemas sociais, pessoas consideradas diferentes da comunidade a que pertença. Ela ocorre num 
processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e da sociedade, buscam equacionar problemas, 
discutir soluções e equiparar oportunidades para todos. 
O termo inclusão parece significar coisas distintas para pessoas distintas em distintos contextos, mas 
sugere que se resultem três pontos de consenso e de compromisso: Criação de uma sociedade mais 
justa; Desenvolvimento de um sistema educativo mais equitativo; Promoção de resposta da escola regular 
à diversidade e a heterogeneidade, como meio para tornar realidade tais desígnios. 
O trabalho do Orientador Educacional, em conjunto com o professor poderá fazer com que estes 
venham a enfrentar com mais segurança o trato com alunos que apresentam necessidades especiais. 
13A inclusão requer um olhar individualizado para o sujeito e não para o diagnóstico. Por mais que 
possamos conhecer as patologias listadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais 
(DSM-V) ou no Código Internacional de Doenças (CID), pouco saberemos sobre os sujeitos que chegam 
nas salas de aula. Cada pessoa é única em suas especificidades, subjetividades, capacidades e 
limitações. Tais sistemas classificatórios são apenas instrumentos, cabendo-lhes um bom ou mau uso, 
tanto para a área médica quanto para a área educacional. 
Outro aspecto extremamente relevante é a construção de vínculo do profissional de orientação 
educacional com o estudante, que se dá pela observação, pela presença e pela atuação. Dado esse 
vínculo, faz-se necessário auxiliar os demais membros da equipe e professores a estabelecerem essa 
relação de proximidade e confiança. 
É preciso pensar no profissional da orientação educacional como peça-chave na parceria com o 
professor. O orientador educacional contemporâneo precisa – para além da promoção do acolhimento – 
compreender a importância da inclusão em um horizonte intersubjetivo, estando em constante processo 
de reflexão sobre a sua prática, desenvolvendo um olhar pesquisador, a fim de contribuir para os 
processos de ensino e aprendizagem dos estudantes. 
A família, como primeiro ambiente social do sujeito, pode contribuir, e muito, nos processos da escola. 
Porém, a escola precisa fornecer esse espaço, estabelecendo bases vinculares que favoreçam espaços 
de abertura e parceria, suporte e troca de informações. 
Após esse primeiro contato, é preciso reforçar a construção do vínculo e realizar combinações, dando 
a conhecer a forma de atuação da escola, seus processos e sua forma de entender e encaminhar a 
inclusão, tais como: plano adaptado, contato com os especialistas, atendimento educacional 
especializado, processo avaliativo, uso de tecnologias assistivas, ajustes de rotina e temporalidade, 
acompanhamento de monitoria etc. 
 
11 https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/a33bd5e523af7fb80d6110f8284ddc8c361_1.pdf 
12 https://bdm.unb.br/bitstream/10483/2174/1/2011_MariadaPenhaLimaGomesPinto.pdf 
13 https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/caderno-marista-de-educacao/article/view/40790/26941 
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Esse procedimento, ao contrário do que possa ser interpretado, quando bem conduzido, transmite 
segurança para a família. Mostra que a instituição é séria, sabe o que está fazendo e ao que se propõe. 
É preciso darciência aos pais a respeito daquilo que se espera deles, bem como permitir que 
expressem suas expectativas em um diálogo franco e colaborativo. Em paralelo, deve ser agendada uma 
reunião com a professora do Atendimento Educacional Especializado a fim de apresentar a profissional, 
o serviço e a forma de atuação. 
No decorrer do ano letivo são necessárias reuniões sistemáticas, em periodicidade a combinar de 
acordo com a necessidade do caso, envolvendo professores, família e equipe pedagógica. 
O processo de inclusão só vai ocorrer de modo efetivo se houver a construção de uma rede entre 
escola, família e os especialistas externos que atendem o sujeito. 
Esses profissionais podem contribuir significativamente com informações acerca do quadro clínico, 
com suporte para as questões de aprendizagem e manejos comportamentais e demais orientações para 
o bom andamento do trabalho com o estudante no contexto escolar. 
Deve-se olhar para o sujeito como único e não como uma caixa cheia de compartimentos, onde cada 
profissional envolvido deposita as suas formas de atuação, as suas expectativas e suas intenções. Ao 
longo da minha caminhada, pude conhecer equipes muito integradas e outras sem qualquer ligação, em 
que cada um atuava de acordo com as suas crenças e posicionamentos. O resultado disso tende a ser 
um prejuízo no desenvolvimento da criança ou jovem, visto que a falta de alinhamento dificulta os avanços 
nos tratamentos. 
A abertura e o diálogo entre os especialistas das mais diversas áreas com a escola faz com que 
nenhum dos sujeitos responsáveis pelo estudante se sinta isolado do processo, dado que cada um pode 
e deve contribuir com os conhecimentos da sua área de atuação e se beneficiar dos conhecimentos 
específicos dos demais. 
Do mesmo modo que se faz necessário conhecer os discentes, é de suma importância que ocorra o 
mesmo processo em relação ao docente. Dessa maneiram como cada estudante é único, cada educador 
também é único também e traz consigo uma história repleta de valores, características pessoais, 
profissionais e que necessitam ser olhadas, consideradas, revistas, repensadas e (res)significadas. 
Houve um aumento da demanda de trabalho do professor e de toda comunidade educativa diante das 
novas leis e exigências no que tange à educação inclusiva no Brasil. Em contraponto, a formação e o 
preparo desses educadores não correspondem à necessidade e nem ao tempo em que as situações se 
apresentam. 
Nesse contexto, temos professores dando o máximo de si, com muitos desejos e vontade de acertar, 
mas com muitas dificuldades e questionamentos sobre a sua prática e sobre o quanto é possível ajudar 
os estudantes com deficiência a estarem realmente incluídos nas escolas regulares. 
A respeito da atuação para efetivação da proposta da inclusão no ambiente escolar, deve atuar na 
busca de soluções e estratégias que viabilize a adaptação dos alunos com necessidades educacionais 
especiais. 
14Para isso, um vasto conhecimento sobre questões importantes relacionadas à educação especial é 
necessário. Dessa maneira, tem de manter uma postura de constante pesquisa e formação, para oferecer 
as ferramentas necessárias ao corpo docente e demais profissionais da escola, compartilhando saberes 
e viabilizando a inclusão dos alunos de acordo com suas peculiaridades. 
A colaboração efetiva com o aluno com necessidades educacionais especiais ocorro quando a escola 
conta com o trabalho realizado pelo orientador educacional, logo, ele trabalha diretamente com o aluno, 
preocupando-se com sua formação pessoal, tanto para escola quanto para vida. Para isso, precisa levar 
em consideração o coletivo, realizando seu trabalho junto a equipe escolar, pais, alunos e professores 
O trabalho visando uma prática inclusiva de maneira efetiva solicita do orientador educacional uma 
prática investigativa, que possibilite o encontro dos conhecimentos formais e aqueles que são produzidos 
além do ambiente escolar. Assim, ao levar para o ambiente escolar a realidade do aluno contribui para 
sua inclusão. 
O orientador educacional, na perspectiva de Educação Inclusiva, surge como um “formador” dentro da 
escola, prestando assistência e auxílio a todos, especificamente ao aluno, reunindo em seu processo de 
formação profissional o conhecimento sobre dos aspectos conceituais sobre o processo de ensino e de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
14 https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/posdistancia/50373.pdf 
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Questões 
 
01. (Prefeitura de Patos/PB - Orientador Educacional - PaqTcPB) A orientação que atende às reais 
necessidades sócio-educacionais do aluno tem uma prática: 
(A) Individualizada. 
(B) Terapêutica. 
(C) Contextualizada. 
(D) Preventiva. 
(E) Metodológica. 
 
03. (Prefeitura de Patos/PB - Orientador Educacional - PaqTcPB) Qual dos itens abaixo NÃO define 
o perfil do orientador educacional na atualidade? 
(A) Procura juntar-se aos demais profissionais da educação favorecendo as relações entre o 
desenvolvimento do indivíduo e o seu aprendizado. 
(B) Colabora com o processo pedagógico 
(C) Padroniza os alunos como ajustados, disciplinados ou responsáveis, privilegiando a pluralidade. 
(D) Estuda a realidade do aluno, trazendo-a para dentro da escola, no sentido da melhor promoção do 
seu desenvolvimento. 
(E) Importa-se com a singularidade dentro da pluralidade, do coletivo. 
 
04. (Prefeitura de Patos/PB - Orientador Educacional - PaqTcPB) Sabendo que a prática do 
Orientador Educacional está vinculada ao pedagógico, faz-se necessário conhecer alguns aspectos com 
maior profundidade, EXCETO 
(A) os métodos de ensino. 
(B) a alfabetização. 
(C) a pesquisa científica. 
(D) o currículo. 
(E) a avaliação. 
 
05. (Prefeitura de Patos/PB - Orientador Educacional - PaqTcPB) Não é função da equipe de 
orientação educacional e psicopedagógica: 
(A) Elaborar, adaptar e difundir materiais e instrumentos de orientação educacional e intervenção 
psicopedagógica úteis para os professores. 
(B) Contribuir para a coordenação dos projetos curriculares entre as escolas de educação primária e 
as escolas de educação secundária de um mesmo setor. 
(C) Colaborar com o desenvolvimento dos programas formadores de pais e alunos. 
(D) Assessorar o corpo docente na definição de procedimentos e instrumentos de avaliação visando 
unicamente a aprendizagem do aluno. 
(E) Promover a cooperação entre escola e família para uma melhor educação dos alunos. 
 
06. (Prefeitura de Palmas/TO - Orientador Educacional - FDC) Na escola de hoje, o orientador 
educacional tem como prática: 
(A) assumir o papel de líder na escola, como a figura-chave do processo ensino-aprendizagem 
preconizado por vários educadores. 
(B) desenvolver sua prática dentro da sala de aula, relacionada ao processo ensino-aprendizagem, 
não ultrapassando os “muros” da escola. 
(C) confeccionar e administrar as três etapas do projeto político-pedagógico em sequência, envolvendo 
o planejamento, o acompanhamento e o controle. 
(D) assumir funções de assistência ao professor, aos pais, e às pessoas próximas aos educandos, 
para que estes se tornem mais preparados para as áreas cognitivas, psicomotoras e afetivas 
(E) desenvolver uma série de funções, tanto de natureza administrativa, quanto pedagógica, como, por 
exemplo, a articulação da escola com o nível superior de administração do sistema educacional. 
 
07. (IF/SE - Pedagogo - FDC) O aconselhamento profissional, na forma de sondagem de aptidões e 
orientação profissional, preconiza a seguinte tendência específica da orientação educacional nas escolas: 
(A) tecnicista 
(B) neo liberal 
(C) não diretiva 
(D) funcionalista 
Apostila gerada especialmente para: DIEGO DE SOUZA PAES 004.071.631-74
 
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09. (Prefeitura de Santana do Jacaré/MG - Monitor de Creche - REIS & REIS) Todos abaixo são 
deveres dos professores e orientadores, exceto: 
(A) Zelar pela aprendizagem dos alunos; 
(B) Não

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