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Sumário Introdução...................................................4 Sistema Neurológico...................................4 Sistema Circulatório.................................. 6 Acidente Vascular Encefálico....................8 Situação Analisada................................... 11 Conclusão..................................................13 Referências.......................................... 14 Rio de Janeiro, 2023 1 Introdução O Acidente Vascular Encefálico caracteriza-se por um quadro no qual os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro se rompem ou são obstruídos, causando paralisia na área afetada, dependendo do vaso sanguíneo lesado. Este artigo tem por intenção abordar, primeiramente, os sistemas envolvidos neste quadro, sendo eles: Sistema Neurológico e Circulatório; visando proporcionar um maior entendimento sobre a fisiopatologia da doença. Em consonância, busca-se integrar conhecimentos relevantes para uma compreensão abrangente de aspectos importantes para a equipe de saúde, como a epidemiologia, os sinais/sintomas, as formas de diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, os fatores de risco e as etiologias desta doença. O AVC ou AVE, nomenclaturas utilizadas dependendo do caso abordado, divide-se em dois grandes grupos: AVC Hemorrágico e AVC Isquêmico. No entanto, o AVC Isquêmico é mais recorrente, representando cerca de 80% dos casos. Este estudo abordará ambos os tipos mencionados, com um foco no quadro ocasionado pela isquemia dos vasos sanguíneos. Posteriormente, após a clara compreensão da patologia, será realizada a análise de um caso clínico hipotético, utilizando todos os conhecimentos abordados. Será esclarecido como a equipe de saúde deve agir diante dessa situação. Sistema Neurológico O sistema neurológico é o sistema mais complexo do corpo, possuindo funções essenciais para manter a homeostase corporal e caracterizando a individualidade da raça humana, sendo responsável pela cognição. Sua função fundamental é transmitir estímulos para todo o corpo por meio de células neurais que têm a capacidade de transmitir sinais por meio de potenciais de ação, resultando em descargas elétricas e respostas específicas. Com o objetivo de proporcionar um maior entendimento, a abordagem será desde os aspectos da gênese das células nervosas até as suas principais funções como sistema. Nesse sentido, a embriologia será o primeiro tópico a ser abordado em relação ao sistema nervoso. ● Embriologia do sistema nervoso: As células nervosas, assim como as células de outros tecidos, têm origem nos folhetos embrionários, mais especificamente no ectoderma. Os folhetos embrionários são células indiferenciadas que darão origem às células do corpo, e são divididos em três tipos: endoderma, mesoderma e ectoderma. O ectoderma é responsável pela gênese das células do tecido nervoso. 2 O ectoderma serve como matriz para as células dos tecidos nervosos e da pele, explicando a correlação significativa entre esses dois sistemas. A partir dessa matriz, surgem as placas neurais, que representam o primeiro estágio da formação das células nervosas. Através de processos de diferenciação, as placas neurais iniciam um processo de invaginação, resultando na formação de sulcos neurais e pregas neurais. Esse processo continua acentuando-se e origina as goteiras neurais. Após a invaginação atingir seu ápice, as pregas neurais se fundem, formando os tubos neurais e as cristas neurais. Os tubos neurais dão origem às células do sistema nervoso central, enquanto as cristas neurais dão origem às células do sistema nervoso periférico. O tubo neural se diferencia em três regiões principais: prosencéfalo (que dará origem ao cérebro anterior), mesencéfalo (que dará origem ao cérebro médio) e rombencéfalo (que dará origem ao cérebro posterior). As cristas neurais sofrem uma série de transformações e se diferenciam em diferentes tipos celulares, contribuindo para a formação de diversos tecidos e estruturas do organismo. Essas células podem se diferenciar em células do sistema nervoso periférico, como os neurônios sensoriais e os gânglios nervosos, além de contribuírem para a formação de outros tecidos, como células da glândula adrenal, células da cartilagem facial e células do pigmento da pele. ● Células do sistema nervoso: Neurônios: Os neurônios são células excitáveis responsáveis pela transmissão dos potenciais de ação. Elas possibilitam a comunicação do sistema nervoso com os outros sistemas, de forma quase instantânea por impulsos elétricos saltatórios. Neuroglias: São divididas em diferentes tipos, com a função principal de suporte, sustentação e proteção neuronal, sendo elas: ❖ Astrócitos ❖ Oligodendrócitos ❖ Microglias ❖ Células de Schwann ● Sistema Nervoso Central O sistema nervoso central tem a função de coordenar e interpretar estímulos por meio de suas células com capacidade excitatória, as quais transmitem informações por meio de suas estruturas. O SNC divide-se em duas grandes estruturas: o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo subdivide-se em telencéfalo, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico, sendo cada estrutura responsável por funções vitais de extrema importância para o funcionamento do organismo. 3 ● Sistema Nervoso Periférico O sistema nervoso periférico tem a função de captar estímulos por meio de seus nervos e gânglios, transmitindo-os ao SNC para que possam ser interpretados e tomadas as devidas resoluções, dependendo do estímulo gerado. O SNP é dividido em sistema somático e sistema autônomo, sendo o primeiro responsável pelos estímulos voluntários, enquanto o segundo se subdivide em sistema simpático e sistema parassimpático, gerando os estímulos involuntários, como a resposta de luta ou fuga, por exemplo. Sistema Circulatório O sistema cardiovascular é responsável pelo bombeamento do sangue, sendo essencial para a oxigenação de todos os tecidos do corpo. Composto pelas seguintes estruturas: coração e vasos sanguíneos. ● Embriologia do Sistema Circulatório A embriologia do sistema cardiovascular abrange o desenvolvimento do coração e dos vasos sanguíneos durante a fase embrionária. Durante as primeiras semanas do desenvolvimento humano, o sistema cardiovascular começa a se formar a partir de uma camada germinativa chamada mesoderma, mais especificamente do mesoderma esplâncnico. O processo de embriogênese do sistema cardiovascular pode ser dividido em várias etapas-chave. Inicialmente, ocorre a formação do coração primitivo, que se inicia pela agregação de células do mesoderma em uma região chamada de “primitiva cardíaca”. Essas células mesodérmicas se diferenciam em células cardíacas especializadas, conhecidas como miócitos cardíacos, que formam a parede do tubo cardíaco primitivo. Conforme o desenvolvimento progride, o tubo cardíaco primitivo sofre uma série de dobramentos e divisões, levando à formação de quatro câmaras cardíacas distintas: átrio esquerdo, átrio direito, ventrículo esquerdo e ventrículo direito. Essas câmaras são separadas por septos, que garantem a correta circulação sanguínea. Ao mesmo tempo, ocorre a formação dos vasos sanguíneos que irrigam o corpo. Inicialmente, surgem pares de tubos conhecidos como arcos aórticos, que conectam o coração primitivo aos vasos sanguíneos. Esses arcos aórticos se remodelam ao longo do tempo, dando origem aos principais vasos sanguíneos, como a aorta e as artérias pulmonares. 4 Além disso, ocorre a formação das veias e dos vasos linfáticos. As veias são formadas a partir da fusão de pares de vasos chamados seios venosos, que drenam o sangue de volta ao coração. Já os vasos linfáticos se originam a partir de bolsas linfáticas e se espalham por todo o corpo, auxiliando na drenagem do fluido linfático ● Estruturas do Sistema Circulatório ❖ O coração é composto por dois átrios e dois ventrículos, que possuem estruturas valvulares responsáveis pelo correto bombeamento do sangue. ❖ Os vasos sanguíneos são responsáveis por conduzir o sanguepelas circulações e são compostos por três túnicas: adventícia, média e íntima. ● Circulações A circulação pulmonar é responsável por levar o sangue desoxigenado do coração para os pulmões, onde ocorre a hematose, ou seja, a troca de gases. O sangue desoxigenado é bombeado do ventrículo direito do coração para a artéria pulmonar, que se ramifica nos pulmões, chegando aos capilares pulmonares. Nos capilares pulmonares, ocorre a troca de dióxido de carbono (CO2) por oxigênio (O2) através dos alvéolos pulmonares. O sangue agora oxigenado retorna aos átrios esquerdos do coração por meio das veias pulmonares, finalizando a circulação pulmonar. Já a circulação sistêmica é responsável por distribuir o sangue oxigenado para todas as células, tecidos e órgãos do corpo. O sangue oxigenado é bombeado do ventrículo esquerdo do coração para a artéria aorta, que se ramifica em várias artérias menores e arteríolas. Essas arteríolas se dividem em capilares, onde ocorrem as trocas gasosas, fornecimento de nutrientes e remoção de resíduos metabólicos nas células dos tecidos. O sangue desoxigenado e rico em resíduos metabólicos é recolhido pelos capilares venosos, que se unem formando veias de pequeno a grande porte. As veias finalmente conduzem o sangue de volta ao átrio direito do coração, reiniciando o ciclo. Acidente Vascular Encefálico A definição fornecida pela SANAR SAÚDE descreve o acidente vascular encefálico (AVE) como um “distúrbio neurológico focal, que pode ser global, com duração superior a 24 horas 5 e sintomas que se desenvolvem rapidamente, sendo repentinos e não convulsivos”. Esse distúrbio ocorre devido a uma lesão cerebral secundária a um mecanismo vascular. Com base nesses conhecimentos, podemos abordar as possíveis consequências desse quadro. O AVE pode se manifestar em dois diferentes tipos: o hemorrágico, caracterizado pela ruptura de uma artéria de irrigação cerebral, resultando em extravasamento de sangue no tecido cerebral; e o isquêmico, quando ocorre a obstrução de uma artéria de irrigação cerebral, levando à hipóxia cerebral. Essas informações fornecem subsídios para compreendermos melhor as implicações e complicações decorrentes do AVE, que podem variar dependendo do tipo e localização da lesão no cérebro. É importante destacar que o AVE é uma condição grave que pode levar a danos cerebrais permanentes, necessitando de tratamento imediato e adequado para minimizar os efeitos e promover a recuperação do paciente. ● AVE ISQUÊMICO O AVE Isquêmico, como mencionado anteriormente, resulta da obstrução de uma artéria que irriga o tecido neural, ocasionando a hipóxia cerebral. Essa condição provoca uma variedade de sinais, sintomas e comprometimentos do sistema nervoso, devido à grande sensibilidade do tecido cerebral à falta de oxigênio. A obstrução da artéria impede o fluxo sanguíneo adequado para uma determinada região do cérebro, resultando em uma diminuição significativa do suprimento de oxigênio e nutrientes. Isso leva à disfunção neuronal e pode causar uma série de manifestações clínicas, como fraqueza ou paralisia em um lado do corpo, dificuldades na fala, perda de visão, tontura, desequilíbrio e outros sintomas neurológicos. É importante destacar que o tecido cerebral é extremamente sensível à falta de oxigênio, pois as células cerebrais têm alta demanda metabólica e dependem do fluxo sanguíneo contínuo para funcionar adequadamente. Portanto, a obstrução da artéria leva a alterações significativas no funcionamento cerebral e pode resultar em danos permanentes se não for tratada prontamente. 6 Essa compreensão das consequências do AVC isquêmico nos ajuda a reconhecer a importância do diagnóstico precoce, do tratamento imediato e das medidas de reabilitação para minimizar os danos e promover a recuperação do paciente afetado por essa condição grave. Dividido em tipos quanto a sua etiologia, são eles: ❖ Coágulos; ❖ Ateroscleroses; ❖ Infarto Lacunar – deterioração de pequenas artérias; ❖ Estenose vascular – causada por vasculite ou infecções. ❖ Criptogênicos ● Sinais/Sintomas do AVE São variados e dependem da área do cérebro atingido, mais comumente o paciente apresenta: Cefaleia de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos; Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo; Hemiparesia, parestesia ou hemiplegia; Disartria e Dislalia; Desvio de comissura labial; Alterações da visão e Rigidez nucal. ● Fatores de risco do AVE Os fatores de risco do AVC são divididos em dois grupos: não modificáveis e modificáveis. Os fatores modificáveis estão relacionados aos hábitos de vida que podem gerar os possíveis riscos, enquanto os fatores não modificáveis são de natureza genética. De forma a exemplificar são eles: ❖ Hipertensão arterial: A pressão arterial elevada é um dos principais fatores de risco para o AVE isquêmico. A pressão alta danifica os vasos sanguíneos ao longo do tempo, aumentando o risco de formação de coágulos e obstrução das artérias cerebrais. ❖ Diabetes mellitus: A presença de diabetes aumenta o risco de desenvolver doenças vasculares, incluindo aterosclerose, que pode levar à obstrução das artérias cerebrais. O controle adequado do diabetes é fundamental para reduzir o risco de AVE isquêmico. ❖ Colesterol elevado: Níveis elevados de colesterol LDL (colesterol ruim) e baixos níveis de colesterol HDL (colesterol bom) estão associados ao desenvolvimento de placas de gordura nas artérias, aumentando o risco de obstrução das artérias cerebrais. 7 ❖ Tabagismo: Fumar tabaco está fortemente relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo o AVE isquêmico. As substâncias tóxicas presentes no cigarro danificam os vasos sanguíneos e aumentam a formação de coágulos. ❖ Obesidade: O excesso de peso e a obesidade estão associados a uma maior incidência de hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado, todos eles fatores de risco para o AVE isquêmico. ❖ Histórico familiar: Ter parentes próximos, como pais ou irmãos, que tiveram um AVE isquêmico aumenta o risco de desenvolver a condição. Isso pode ser devido a fatores genéticos ou a um estilo de vida compartilhado que aumenta a probabilidade de ocorrerem fatores de risco. ● Diagnóstico do AVE O diagnóstico é constituído através de: ❖ Avaliação física e neurológica; ❖ Eletroencefalograma; ❖ Exames laboratoriais – Hemograma, Glicose e outros; ❖ Tomografia computadorizada de crânio; ❖ Angiografia por TC de crânio. ● Epidemiologia A epidemiologia do AVC isquêmico envolve o estudo da incidência, prevalência, distribuição e determinantes dessa condição. O AVC isquêmico é a forma mais comum de AVC, representando a maioria dos casos. Ele afeta pessoas em todo o mundo, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. Os fatores de risco modificáveis, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e colesterol elevado, desempenham um papel significativo na ocorrência do AVC isquêmico. Além disso, fatores não modificáveis, como idade avançada, história familiar de AVC e características genéticas, também influenciam o risco de desenvolver essa condição. A compreensão da epidemiologia do AVC isquêmico é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção, detecção precoce e tratamento eficaz. 8 Situação Analisada Caso Clínico - Acidente Vascular Encefálico isquêmico Paciente J.C.M., 69 anos, hipertenso, obeso, sedentário, etilista social e tabagista de 2 maços/dia, com insuficiência renal crônica não dialítica, é atendido na emergência com relato de cefaleia, perda de força motora à direita e disartria. Checando sinais vitais na admissão: FC – 86 bpm, PA - 160x90 mmHg, FR – 20 irpm e T – 36,5ºC. Peso – 100 kg e altura – 1,75cm. A família relata que o paciente acordou bem, realizou as atividades de sua rotina diária e após o almoço referiu mal-estar e cefaleia, indo se recolher em seu quarto. Uns 30 minutos depois, voltou à sala, sentando-seà cadeira, já estava falando estranho, com a “boca torta” e meio “mole” na cadeira. Sendo trazido imediatamente à emergência do hospital. Ao exame físico: lúcido, responsivo às solicitações verbais, porém com dificuldade na comunicação. Corado, hidratado, acianótico. Apresenta desvio de comissura labial para a direita. Pele íntegra, Região sacral e dorsal sem lesões de pele. Membro superior esquerdo sem edema, pulso palpável, força preservada. Membro superior direito sem edemas, pulso palpável, hipotônico, ausência de força motora. Eupneico em ar ambiente. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares universalmente audíveis. Abdome flácido, peristáltico. Relato de última função intestinal hoje pela manhã e relato de última refeição há mais ou menos 1hora. No momento: eucardia, tendendo à hipertensão arterial, afebril. Diurese espontânea presente, ausência de dor ou sangramento ao urinar. Foi realizado coleta de exame laboratorial e exame de imagem – ressonância magnética de crânio – evidenciando área isquêmica em região cerebral, ausência de imagem hemorrágica. Nesse momento já foi administrado trombolítico prescrito pelo médico e após foi transferido para um leito de terapia intensiva para realização de cuidados direcionados ao paciente crítico ● Análise De acordo com a situação exposta, o paciente apresentava claramente sinais e sintomas que indicavam a presença de uma área isquêmica cerebral. Por isso, foram prontamente realizados os exames de imagem, confirmando o diagnóstico. A conduta de administrar trombolítico para possível dissolução do trombo responsável pela isquemia já foi tomada. No entanto, devido à gravidade do caso, o paciente foi encaminhado para uma unidade de cuidados críticos, onde existe a possibilidade de um tratamento mais invasivo, como a Trombectomia Cirúrgica. Esse procedimento consiste na inserção de um cateter através da pelve/fêmur, que percorrerá todo o trajeto até chegar ao local da obstrução, permitindo a remoção do trombo. 9 Com base no exame físico do paciente descrito, alguns pontos críticos de cuidados de enfermagem podem ser identificados. São eles: ❖ Monitoramento contínuo dos sinais vitais, especialmente da pressão arterial, devido à tendência à hipertensão arterial. ❖ Observação e registro das mudanças no estado neurológico, como o desvio de comissura labial para a direita e a presença de fraqueza motora no membro superior direito. ❖ Avaliação frequente do nível de consciência e resposta do paciente a estímulos verbais. ❖ Prevenção de úlceras de pressão, especialmente na região sacral e dorsal, devido à imobilidade prolongada do paciente. ❖ Monitoramento da função respiratória e ausculta pulmonar regular para identificar qualquer sinal de comprometimento respiratório. ❖ Observação dos sinais e sintomas de distúrbios urinários, bem como avaliação da diurese e presença de dor ou sangramento ao urinar. No que consiste ao plano de cuidados para o paciente com AVE isquêmico deve incluir: ❖ Monitoramento contínuo dos sinais vitais e nível de consciência. ❖ Administração adequada dos medicamentos prescritos, como trombolíticos, anti-hipertensivos e outros conforme necessário. ❖ Posicionamento adequado para prevenir úlceras de pressão, com mudanças de posição frequentes. ❖ Realização de cuidados de enfermagem para prevenção de complicações respiratórias, como mobilização precoce, incentivo à tosse e expansão pulmonar. ❖ Avaliação e monitoramento do estado de hidratação e função renal. ❖ Realização de cuidados de enfermagem para promover a comunicação do paciente, como incentivo à expressão verbal e utilização de técnicas de comunicação alternativas, se necessário. ❖ Apoio psicossocial ao paciente e à família, com esclarecimento de informações, suporte emocional e orientação sobre reabilitação e cuidados pós-alta. 10 ❖ Colaboração com a equipe multidisciplinar para implementar terapias complementares, como fisioterapia, fonoaudiologia Conclusão O AVE ou AVC possui muitas peculiaridades, sendo uma patologia que pode acometer qualquer indivíduo. Ninguém adquire imunidade para esta doença. Por isso, é de suma importância o conhecimento do quadro, dos fatores de risco, das etiologias e a identificação de todos os elementos citados neste estudo para uma melhor prevenção e recuperação desse quadro, que infelizmente é um grande causador de morbidades. É muito difícil um paciente que passa por esse prognóstico sobreviver sem nenhuma sequela, pois atinge uma parte extremamente sensível que é o tecido nervoso. Diante disso, no espectro da saúde coletiva, o conhecimento da equipe de saúde e também da população para a identificação desse quadro é de suma importância para a redução da morbimortalidade ocasionada por essa condição. 11 Referências Rodrigues, M. de S., Santana, L. F. e, & Galvão, I. M. (2017). Fatores de risco modificáveis e não modificáveis do AVC isquêmico: uma abordagem descritiva. Revista De Medicina, 96(3), 187-192. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p187-192 Bear, Mark F., Barry W. Connors, and Michael A. Paradiso. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Artmed editora, 2002. NERVOSO, S. Fisiologia. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02 .pdf>. Cap. 7 – Sistema cardiovascular | Embrionhands. Disponível em: <https://embrionhands.uff.br/2019/08/29/sistema-cardiovascular/>. SANAR. Acidente Vascular Encefálico - AVE. Disponível em: <https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/acidente-vascular-encefalico-ave-enfer magem>. 12 https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i3p187-192 https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02.pdf https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02.pdf https://embrionhands.uff.br/2019/08/29/sistema-cardiovascular/ 13