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Análise para reabilitação do funcionário após o acidente Acompanhe o podcast ou clique em para acessar o conteúdo transcrito. 17/04/2023 16:57 Página 1 de 9 Antes de conhecermos as práticas de reabilitação, é importante considerarmos os tipos de afastamentos ocorridos devido à impossibilidade do trabalhador em realizar suas atividades laborais. O funcionário afastado por auxílio acidente pode estar usando este benefício pela ocorrência de um acidente de trabalho, uma doença do trabalho ou profissional. O processo de caracterização de acidente de trabalho é de simples realização, sendo feita a junta de documentos referentes ao acidente como: Transcrição O processo de reabilitação dos funcionários, afastados pelo INSS por acidente de trabalho, tem o intuito de promover a saúde e a segurança destes trabalhadores que precisam ser reinseridos no ambiente de trabalho, de forma que suas limitações sejam respeitadas. Trata-se de uma assistência educativa ou reeducativa e de adaptação ou readaptação do trabalhador. Diante disso, há algumas práticas que devem ser exercidas pelas empresas de forma a proporcionar a reabilitação. Estas práticas são amparadas por leis e normatizações, as quais devem ser praticadas para que o trabalhador inicie suas atividades em um ambiente seguro para sua nova condição física e /ou cognitiva, adaptando espaços, equipamentos, mobiliários, realizando capacitações entre outros. 17/04/2023 16:57 Página 2 de 9 Basta o envio destas documentações para que o afastamento seja realizado como auxílio acidente. Já o auxílio acidente referente à doença é um processo mais complexo. Quando a doença que o funcionário desencadeou foi uma doença profissional o processo de caracterização é menos moroso. Contudo, o ingresso deste funcionário pelo INSS acontece mediante auxílio doença e por meio da junta de documentos como: exames, laudos médicos, atestados do mesmo CID (classificação internacional de doenças) ou CIDs relacionados com soma de datas superior a 15 dias, declaração de último dia trabalhado, entre outros. Depois, prossegue com o agendamento de consulta, a ser realizada com o perito do INSS, para que ele caracterize a doença profissional mediante análise documental e identificação da existência da doença na portaria 1339/99, que descreve as doenças profissionais reconhecidas pela federação. 17/04/2023 16:57 Página 3 de 9 Já a doença do trabalho, que ingressa no INSS, da mesma forma que a doença profissional, exigirá, do médico perito, uma série de análises para identificação do nexo técnico epidemiológico previdenciário. Aplicação da Lei n.º 8.213 no processo de reabilitação A partir do momento em que as doenças e acidentes forem caracterizados e os funcionários tratados, no momento da alta do auxílio acidente, o médico perito identificará as limitações do funcionário, verificando se estas interferem nas atividades desempenhadas pelo funcionário anteriormente. Caso interfiram, será solicitada a reabilitação do funcionário. Acompanhe o podcast ou clique em para acessar o conteúdo transcrito. Transcrição No processo de reabilitação, são determinadas, pelo médico perito, as atividades que o funcionário pode realizar. Em posse destas informações, o assistente social do INSS agendará com a empresa um momento para conversar sobre as limitações do 17/04/2023 16:57 Página 4 de 9 Aplicação da NBR 9050 para adaptação de estrutura funcionário, para que possam identificar uma função dentro das habilitações, as quais respeitem as limitações dele para que ele possa ser reinserido na empresa. Há casos em que a empresa não possibilita uma atividade de trabalho para reinserir o funcionário, sem uma habilitação específicas. Desta forma, é possível que este trabalhador precise realizar um curso para habilitar-se e assumir a nova função na empresa. O curso não será custeado pelo reabilitado, e sim pela previdência, devendo o trabalhador que está em processo de reabilitação comparecer as aulas, estudar e formar-se para assumir a nova função. Durante este processo, o vale transporte, e o benefício por auxílio doença será garantido pelo INSS. Com o cargo do trabalhador definido em conjunto com o INSS e empresa, e o colaborador habilitado para exercer a função, este deve passar por consulta de retorno ao trabalho para emissão de atestado de saúde ocupacional (ASO), de retorno ao trabalho e/ou mudança de função. Neste momento se inicia a identificação da necessidade de capacitar o funcionário para desenvolver as atividades dentro da empresa conforme o padrão do processo produtivo. Este é um momento de reintegração do funcionário, em que ele aprenderá tudo sobre o setor, sobre suas tarefas, rotinas e irá rever as normas institucionais. A equipe que receberá o funcionário também deve receber capacitação para que estejam aptos a trabalhar com as diferenças, tendo em vista que o trabalhador pode retornar com uma sequela como amputação, deficiência mental, limitação de movimentos, deformidade na face, entre outros aspectos que podem gerar atitudes constrangedoras, por exemplo, um funcionário tratar de forma rude o reabilitado por desenvolver as atividades de forma mais lenta. Além disso, deve ser previsto também adequação de espaços, conforme a NBR 9050. 17/04/2023 16:57 Página 5 de 9 Aplicação da NBR 9050 para adaptação de estrutura física, espaços e mobiliários para acessibilidade Tendo em vista que o reabilitado pode demandar um ambiente modificado, ferramentas, mobiliários e espaços precisam ser adaptados às suas limitações. Deve-se realizar um estudo dos espaços institucionais e elaborar a proposta de adaptação para que seja possível acolher o trabalhador sem gerar constrangimento ou expô-lo a uma situação de risco. Cabe ressaltar que toda a adaptação de estrutura deve ser realizada antes do início das atividades do trabalhador, tendo em vista que o seu retorno à instituição está condicionado a uma atividade que possa ser realizada de acordo com as limitações de movimento, visuais, auditivas e cognitivas. Acompanhe o podcast ou clique em para acessar o conteúdo transcrito. 17/04/2023 16:57 Página 6 de 9 Quando a pessoa torna-se cadeirante, é necessário compreender que sua cadeira de rodas é parte do seu corpo, não podendo ser desconsiderada as suas dimensões. Um cadeirante que trabalhe em um setor administrativo deve conseguir inserir sua cadeira na mesa, como um não cadeirante faria com a cadeira em que senta, e, ao mesmo tempo, conseguir usar o computador de forma que não seja gerado um desconforto aos seus membros por posição incorreta de trabalho. Um exemplo de mesa que pode ser usado para cadeirantes é a da imagem a seguir. Ela possibilita a regulagem da superfície de trabalho para a altura da cadeira e do trabalhador. Clique ou toque para ampliar a imagem Transcrição A NRB 9050 traz parâmetros de adaptação da edificação, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos para acessibilidade, podendo servir como base para iniciar o levantamento dos aspectos que serão implementados. Cada deficiência apresenta uma necessidade diferente de adaptação. Caso o trabalhador tenha se tornado cadeirante, deve-se pensar em adaptar acessos, mobiliários, espaços de uso comum, como: corredores, refeitório, escadarias de acesso, portas de entrada de banheiros, salas de treinamento, entre outros. O funcionário deve ter as mesmas oportunidades dos demais, logo deve ter a possibilidade de transitar e usar os mesmos ambientes dos demais colegas. 17/04/2023 16:57 Página 7 de 9 (objetos/img01.png) Figura 1 – Exemplo de mesa ajustável Fonte:<http://www.mundoergonomia.com.br/upload/imagem_lista/1847/35539.jpg>. Acesso em: 24 jul. 2017. Outra observação importante é que, caso este trabalhador realize atendimento ao público, como um caixa de banco, por exemplo, é preciso ter o cuidado de deixar a altura do trabalhador igualada a altura de quem será atendido, evitando constrangimento. Uma solução é inseriruma cadeira para o cliente, para que ele permaneça sentado durante o atendimento. Este é apenas um exemplo de adaptação que pode ocorrer em um processo de reabilitação de funcionário, pois todas as demandas de adaptação dependerão da necessidade gerada pelo funcionário reabilitado. Considerações finais Sendo assim, as condutas que devem ser realizadas, quando se recebe um funcionário para reabilitação, necessitam considerar os aspectos legais relacionados ao retorno como emissão de ASO, mudança de função, adaptação do ambiente e capacitação. O desenvolvimento da cultura organizacional é fundamental para a promoção de um ambiente acolhedor, no qual os colegas de trabalho compreendam que este trabalhador deve ter as mesmas oportunidades. 17/04/2023 16:57 Página 8 de 9 Para continuar desenvolvendo seu conhecimento sobre este assunto, sugerimos uma pesquisa sobre a Lei n.º 8.213, de 1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social. A lei traz aspectos muito relevantes sobre os benefícios que podem ser fornecidos pela previdência como o auxílio doença, além de trazer informações sobre o processo de afastamento e reabilitação do funcionário 17/04/2023 16:57 Página 9 de 9
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