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Livro-Texto - Unidade I GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NO PROCESSOS LOGÍSTICOS

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Prévia do material em texto

Autor: Prof. Jose Humberto Ataulo Nunes
Colaboradoras: Profa. Angela Pizzo
 Profa. Larissa Rodrigues Damiani
Gestão de Custos e Tributos 
nos Processos Logísticos
Professor conteudista: Jose Humberto Ataulo Nunes
Doutor e Mestre na área de Comércio Internacional (USP), tem pesquisas sobre a internacionalização das 
empresas brasileiras no comércio internacional e sobre a integração financeira na América do Sul com utilização 
de moeda local (SML). Possui pós-graduação em formação de professores EaD (2011) e graduação em Ciências 
Econômicas (PUC-SP, 2002). Coordenador pedagógico do curso de Logística da UNIP desde 2015, é professor titular 
nas áreas de Logística, Comércio Internacional e Economia nos cursos de Gestão Financeira e Administração de 
Empresas. Pesquisador nas áreas de integração financeira e produtiva da América Latina com estudos sobre os 
sistemas financeiros e internacionalização de empresas. Atua como gestor empresarial há 22 anos em multinacionais 
na área de administração, operações e logística nas empresas, como Basf S/A, Akzonobel S/A, Arinos Química 
e Cromos Tintas.
 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
N972g Nunes, Jose Humberto Ataulo.
Gestão de Custos e Tributos nos Processos Logísticos / Jose 
Humberto Ataulo Nunes. – São Paulo: Editora Sol, 2022.
168 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Custos. 2. Contratos. 3. Distribuição. I. Título.
CDU 657.47
U515.57 – 22
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Profa. Sandra Miessa
Reitora em Exercício
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades do Interior
Unip Interativa
Profa. Elisabete Brihy
Prof. Marcelo Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático
 Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Angélica L. Carlini
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. Deise Alcantara Carreiro
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Vitor Andrade
 Auriana Malaquias
Sumário
Gestão de Custos e Tributos nos Processos Logísticos
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 PROCESSOS E CADEIA DE VALOR ............................................................................................................. 15
1.1 Custos logísticos do Brasil ................................................................................................................ 23
1.2 Custos logísticos das empresas....................................................................................................... 25
2 PRINCIPAIS CUSTOS LOGÍSTICOS ............................................................................................................ 27
2.1 Custos de embalagens ........................................................................................................................ 28
2.2 Custos de armazenagem e movimentação ................................................................................ 29
2.3 Custos de distribuição e transportes ............................................................................................ 30
2.4 Custos de estoque ................................................................................................................................ 35
2.5 Custos da falta de estoques ............................................................................................................. 36
2.6 Custos de administração .................................................................................................................. 37
2.7 Custos de tecnologia de informação ........................................................................................... 38
2.8 Custos tributários ................................................................................................................................. 38
Unidade II
3 CONCEITOS TRIBUTÁRIOS ............................................................................................................................ 47
3.1 Espécies de tributos ............................................................................................................................. 49
3.2 Princípios tributários ........................................................................................................................... 50
3.3 Termos tributários de custos .......................................................................................................... 51
3.4 Formas de tributação .......................................................................................................................... 52
3.5 Regimes de tributação ....................................................................................................................... 53
3.5.1 Simples Nacional ..................................................................................................................................... 53
3.5.2 Lucro Presumido ...................................................................................................................................... 54
3.5.3 Lucro Real .................................................................................................................................................. 54
3.6 Planejamento tributário .................................................................................................................... 55
3.7 Estrutura da arrecadação tributária ............................................................................................. 58
3.7.1 Secretaria da Receita Federal (SRF) ................................................................................................. 58
3.7.2 Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) ....................................................................................... 58
3.7.3 Agências reguladoras ........................................................................................................................... 59
3.8 Crimes e infrações tributárias ......................................................................................................... 59
3.9 Repartição dos tributos ..................................................................................................................... 61
3.9.1 Tributação federal ................................................................................................................................. 61
3.9.2 Tributação estadual ................................................................................................................................ 63
3.9.3 Tributação municipal ............................................................................................................................. 64
4 CONTRATOS COMERCIAIS LOGÍSTICOS .................................................................................................. 65
4.1 Documentação fiscal ..........................................................................................................................67
4.2 Documentação eletrônica ............................................................................................................... 69
4.3 Logística tributária ............................................................................................................................. 71
Unidade III
5 ESTRATÉGIA E EFICIÊNCIA OPERACIONAL ............................................................................................. 77
5.1 Terceirização de serviços ................................................................................................................... 78
5.2 Estratégias de transportes ................................................................................................................ 80
5.3 Gerenciamento de riscos e transportes de carga ................................................................... 83
5.4 Modais integrados .............................................................................................................................. 87
6 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO: CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CD) .......................................... 87
6.1 Centros de distribuição e plataformas digitais ........................................................................ 89
6.2 Centros de distribuição para consumidores .............................................................................. 90
6.3 Centros de distribuição para empresas ...................................................................................... 93
6.4 Centros de distribuição de serviços .............................................................................................. 94
6.5 Distribuição multicanal (consumidores, empresas e serviços) ........................................... 95
6.6 Contratação de centros de distribuição ...................................................................................... 95
6.7 Processos logísticos e tecnologias ................................................................................................. 97
6.8 Sistemas integrados de gestão ...................................................................................................... 99
6.9 Softwares de gestão ..........................................................................................................................104
6.10 Logística internacional ..................................................................................................................110
6.10.1 Exportação: procedimentos operacionais ................................................................................ 112
6.10.2 Importação: procedimentos operacionais ................................................................................ 113
6.11 Transportes internacionais ...........................................................................................................114
6.12 Documentação internacional ....................................................................................................118
6.13 Termos Internacionais de Comércio (Incoterms) ................................................................123
Unidade IV
7 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG) ................................................................................133
7.1 Contabilidade de custos ..................................................................................................................133
7.2 Custos e escala operacional ...........................................................................................................135
7.3 Métodos de custeio ...........................................................................................................................137
7.3.1 Custeio variável .................................................................................................................................... 137
7.3.2 Custeio por absorção .......................................................................................................................... 138
7.3.3 Custeio padrão ...................................................................................................................................... 138
7.4 Benchmarking ......................................................................................................................................141
7.5 Custeio Kaizen .....................................................................................................................................142
7.6 Custeio por meta ................................................................................................................................143
7.7 Custeio da qualidade ........................................................................................................................143
7.8 Formação de preços de venda em serviços .............................................................................145
7.8.1 Riscos ........................................................................................................................................................ 146
7.8.2 Cálculo de preços de venda baseados em custos ................................................................... 146
7.8.3 Margem de contribuição .................................................................................................................. 147
7.8.4 Importância da formação de preços correta ............................................................................ 147
8 INDICADORES DE GESTÃO E DESEMPENHO .......................................................................................147
8.1 Indicadores de desempenho interno ..........................................................................................150
8.2 Indicadores de desempenho externo .........................................................................................151
9
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, 
O objetivo deste livro-texto é demonstrar a importância dos aspectos de custos tributários nas 
operações logísticas, haja vista a elevada carga tributária que incide sobre a economia brasileira, algo 
que afeta a competitividade das empresas e os mercados.
A logística é uma das fontes de vantagem competitiva das empresas nos mercados. Ela tem ganhado 
mais relevância na estratégia de negócios e se desenvolve por meio de gestão e controle dos crescentes 
fluxos de produtos e serviços que são transportados. Todo esse processo deve ser administrado por 
equipes de trabalho que garantam velocidade de ação, qualidade operacional e entrega de resultados.
Ao estudar esta disciplina, vamos compreender de forma objetiva e prática os assuntos pertinentes 
a dois temas centrais em relação à gestão da logística empresarial, a saber: custos operacionais e 
custos tributários.
Na economia competitiva como a atual, a redução de custos é um imperativo para a continuidade 
dos negócios para todos os gestores e de especial interesse quando falamos de gastos elevados 
com operações com transporte, frete, instalações e custo de estoque. Tais gastos se diferenciam em 
sua composição conforme o modelo de negócios das empresas, como indústria, atacado, varejo e 
comércio eletrônico. 
O conteúdo desta disciplina vai ajudá-lo a desenvolver a capacidade de avaliar a relação entre custos 
e benefícios que devem nortear as ações gerenciais e entender como os custos logísticos afetam os 
custos totais e os resultados econômicos e financeiros. Consequentemente, eles podem influenciar no 
posicionamento no mercado e na configuração das políticas comerciais dos produtos e serviços ofertados. 
Em um país com elevada carga tributária incidente sobre a atividade econômica como o Brasil, 
vamos destacar como o pagamento de tributos que incidem sobre os serviços logísticos precisam de 
um planejamento tributário bem elaborado, de modo a obter a melhor configuração entre custos, 
resultados e serviços aos clientes, notadamente, em relação aos aspectos de localização das instalações 
de produção, distribuiçãoe pontos de vendas e dos gastos com transporte e frete.
O livro-texto está organizado em quatro unidades, conforme acentuado a seguir. 
Na unidade I, vamos estudar os conceitos e tipos de custos logísticos e sua importância nos custeio 
total bem como as possíveis formas de atuação e gestão. 
Na unidade II, vamos analisar a legislação tributária que incide sobre as operações logísticas e como 
as empresas devem agir para mitigar os custos sem afetar o desempenho das entregas e dos prazos.
Na unidade III, o foco será na gestão dos contratos com os parceiros comerciais e prestadores de 
serviços envolvidos na cadeia de suprimentos como transportadoras e empresas de armazenagem. 
10
Na unidade IV, será abordada a gestão estratégica dos serviços logísticos integrada com as demais 
áreas de negócios. Também observaremos como as operações podem colaborar na entrega de resultados 
e oferecer as melhores experiências aos clientes ao menor custo total.
Por fim, vamos compreender como a gestão de custos logísticos integrada aos objetivos de negócios 
deve atuar em relação à contratação de prestadores de serviços como transportadoras, centros de 
armazenagem e seguros de carga, tendo como foco promover a melhor experiência aos clientes em 
termos de pontualidade e qualidade de serviço. 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
A logística é uma atividade que organiza o fluxo de informações, materiais e pessoas com o propósito 
de atender às necessidades dos mercados e que, em razão da extensão e complexidade das atividades 
envolvidas, une fabricantes, atacadistas, varejistas e plataformas digitais de comércio eletrônico com 
um grande número de prestadores de serviços em diferentes etapas da cadeia de suprimentos em várias 
localidades do território nacional.
Os custos operacionais e tributários estão entre os que mais oneram o orçamento das empresas 
comerciais e dos prestadores de serviços logísticos que precisam transportar os produtos para diversas 
localidades, e um dos maiores desafios para os gestores é identificar as alternativas para viabilizar 
operações eficientes, organizadas e com custos reduzidos. 
Para Christopher (1997), existem cinco opções para os serviços logísticos colaborarem na 
geração de valor: 
• Crescimento da receita: quando a prestação do serviço é superior aos concorrentes, se torna 
confiável e fideliza os clientes.
• Redução de custos: quando o planejamento operacional é realizado ao menor custo total.
• Eficiência: quando as operações são tão eficientes que reduzem os investimentos em ativos fixos. 
• Capital de giro: quando as operações reduzem a carga tributária e os custos fixos.
• Minimização de impostos: quando ações de planejamento tributário reduzem os pagamentos 
de tributos como IPTU, ISS e ICMS.
Diante desse quadro complexo, com muitas características específicas inerentes ao setor de atuação 
de mercado e condições de operação física, as empresas devem administrar, sobretudo, os custos 
logísticos com transporte, estoque e armazenagem, que podem representar de 2 a 5% dos custos totais. 
Desse modo, deve-se combinar os três pilares da logística integrada:
11
• nível de serviço aos clientes;
• gestão dos processos; 
• custos totais.
A gestão estratégica dos custos logísticos é um desafio para as empresas. Para a organização que 
souber controlá-la, será um diferencial, ainda mais no cenário atual, com um diversificado comércio 
eletrônico e tradicional, haja vista os diversos padrões de consumo dos clientes e produtos vendidos, 
a sazonalidade comercial e a localização das entregas em relação aos centros de distribuição em 
prazos reduzidos.
Além da gestão estratégica dos custos, o planejamento tributário sobre as operações que incidem 
sobre as operações requer que as empresas escolham o regime de tributação, avaliem a localização das 
instalações e identifiquem os incentivos fiscais setoriais que mudam conforme o perfil dos serviços 
prestados, como transporte, centros de distribuição e depósitos. Por fim, é preciso ponderar os tipos de 
contratos com os parceiros envolvidos nas operações da cadeia de suprimentos. 
13
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Unidade I
Segundo Carlos Alberto Sicupira, fundador da Ambev Brasil, “custos são como unha, tem que 
cortar sempre”. 
Nessa frase, destacam-se dois aspectos importantes para o futuro do ecossistema dos serviços 
logísticos: a gestão dos custos e dos tributos.
A competição entre os prestadores de serviços possui uma relação direta com a logística integrada 
entre os prestadores de serviços que atuam no setor. Para atingir esses objetivos, são necessários vultosos 
investimentos na modernização na infraestrutura pública de transportes.
Os investimentos precisam acontecer tanto na esfera dos serviços públicos, com melhores portos, 
rodovias, ferrovias, como nas empresas, que precisam melhorar a gestão com modelos de negócios 
modernos, com instalações bem localizadas e dimensionadas, frotas de veículos renovadas; elas também 
devem dispor de equipamentos e pessoal qualificado para aumentar a produtividade.
O Brasil é o quinto maior país do mundo. Possui uma extensa malha rodoviária, cerca de 1,7 milhão 
de quilômetros de rodovias, dos quais apenas 12,2% com asfalto, apresentando uma extensa dispersão 
geográfica.
O enorme território é um desafio para a prestação dos serviços logísticos, é algo que impacta o 
crescimento econômico do Brasil e o atendimento dos consumidores, em razão da elevada concentração 
dos transportes por rodovias (67%), que muitas vezes nem sequer estão pavimentadas mas com condições 
precárias. Observe a seguir o resumo que a Confederação Nacional do Transporte (CNT, 2019) traz:
• falta de investimentos públicos em rodovias, portos e ferrovias;
• diversidade de modais de transportes;
• frota de caminhões e veículos envelhecida;
• pavimentação, sinalização, muretas e sarjetas;
• acidentes e roubos;
• falta de fiscalização e salvamento. 
14
Unidade I
Conforme pesquisa da CNT (2019), entre as consequências dessa situação para o setor privado, 
destacam-se:
• maiores custos com combustíveis que encarem os fretes;
• tempo parado nas rodovias para manutenção; 
• custos mais elevados com seguros da frota; 
• atrasos nas entregas;
• fretes mais caros nas rodovias mal conservadas; 
• acidentes e mortes.
Essa situação de infraestrutura precária exige que as empresas que desejam elevar a qualidade 
operacional realizem investimentos que são gerados por meio da gestão rigorosa de custos, notadamente, 
com transporte e frete.
A figura a seguir ilustra uma rodovia em péssimo estado de conservação no acostamento e 
no pavimento.
Figura 1 
Disponível em: https://bit.ly/2SCdm9Y. Acesso em: 8 jun. 2022.
A configuração atual das empresas que operam em logística de forma integrada evoluiu dos serviços 
tradicionais, como transportes e armazenagem, atingindo serviços como entregas expressas, gestão de 
estoques e gestão de pedidos.
Nesse sentido, unindo as más condições da infraestrutura pública com a integração das soluções 
ao mercado, vemos uma situação desafiadora para os operadores, que se equilibram entre a gestão dos 
custos e a necessidade de atendimento dos clientes e fornecedores.
15
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Antes de estudarmos a análise de custos, vejamos um pouco da evolução histórica da logística, que 
aconteceu em quatro etapas até chegar ao momento atual, de integração estratégica com toda a cadeia 
de suprimentos.
• Fase 1 – atuação segmentada: foco na gestão de transportes de lotes maiores e econômicos, 
para otimizar os custos com fretes.
• Fase 2 – integração rígida: busca inicial por métodos de eficiência e produtividade de forma 
rígida, sem espaço para alterações ou mudanças no planejamento operacional.
• Fase 3 – integração flexível: a integração flexível começa a se disseminar dentro das empresas 
embarcadoras com os demais prestadores de serviços e os clientes por meio da união e discussãodas necessidades de embarques e gestão de entregas de forma mútua. 
• Fase 4 – integração estratégica: fase atual em que os vários agentes da cadeia de suprimento 
compartilham dados e informações dos negócios e dos fluxos comerciais em escala mundial. 
A gestão da cadeia de suprimentos (SCM – Supply Chain Management), com a adoção da 
integração das operações dentro das empresas e entre as empresas atuantes em uma mesma cadeia, 
estabelece uma coordenação entre fornecedores, fabricantes e distribuidores (NOVAES, 2021). 
Essa coordenação permite que o fabricante faça o gerenciamento dos fornecedores e das entregas, 
reduzindo o atraso, melhorando os fluxos internos ou externos de produção (gestão da pontualidade) e 
diminuindo o risco de falta de produtos aos clientes. 
Em relação à coordenação das empresas envolvidas na logística de distribuição, o modelo confere aos 
fabricantes maior acuracidade e maior controle, por meio de amplo sistema de informações on-line, que 
promove melhor rastreabilidade dos veículos e das entregas, constante acompanhamento dos prazos 
dos pedidos de venda e a disponibilização de informações aos clientes em tempo real.
1 PROCESSOS E CADEIA DE VALOR
A crescente competição nos mercados obriga as empresas a sempre buscar produtividade e inovação 
para conquistar resultados sustentáveis e obter o crescimento dos negócios. Assim, a gestão estratégica 
dos custos logísticos é um fator crítico de sucesso definido a partir de três pilares: 
• processos logísticos; 
• serviços aos clientes; 
• custos logísticos. 
Com o crescimento da competição nos mercados e a ampliação dos serviços prestados para atender 
novas demandas dos clientes e mudanças nos sistemas de produção e distribuição, nota-se um aumento 
nos custos logísticos que podem chegar a 20% dos custos totais conforme o mercado.
16
Unidade I
Avaliar e controlar a dimensão dos custos envolvidos, que vão além dos gastos com transportes 
e fretes, é um tema central para alcançar resultados e melhorar os serviços aos clientes com rentabilidade.
Processos logísticos Nível de serviço
Custo total
Figura 2 – Processos e cadeia de valor
Adaptada de: Faria (2008).
Conforme a figura anterior, a logística integrada atua com base nas três premissas de forma 
equilibrada e única. Em termos de processos, ela é definida como um macroprocesso que está dividido 
em três grupos: 
• Logística de suprimentos (LS): atividades realizadas de modo integrado aos fornecedores, visam 
ao suprimento dos embarcadores para execução dos procedimentos de produção ou distribuição 
e dão suporte às atividades de recebimento, armazenagem e expedição de cargas.
• Logística de produção (LP): atividades de manufatura industrial, de caráter interno, com 
abastecimento de equipamentos e linhas de produção para posterior envio aos locais de 
armazenagem e embarque.
• Logística de distribuição (LD): atividades que realizam o contato real com os clientes, realizando 
o despacho e envio dos produtos aos centros de distribuição e atendimento dos pedidos comerciais 
conforme as condições de venda. É a parte visível para os consumidores e que demanda especial 
atenção em termos de eficiência e pontualidade.
Conforme Barsano (2014), os custos logísticos representam o segundo maior grupo de custos das 
empresas, ficando abaixo dos custos das mercadorias vendidas (CMV). 
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (2017), os custos com logística de 
distribuição (LD) representam aproximadamente 64% do custo total. Essa demanda precisa ser o foco 
da gestão em relação à redução de custos e eficiência na gestão. Conforme a tabela a seguir, os 
custos de distribuição à longa distância são os mais representativos.
Tabela 1 – Custos por processos (%)
Processo Participação (%)
Distribuição de longa distância 40,1%
Distribuição urbana 23,4%
Custos de armazenagem 17,7%
Custos portuários 9,9%
Fonte: Resende et al. (2017).
17
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Em relação aos aspectos setoriais, é preciso considerar que os serviços logísticos atendem vários 
setores produtivos e comerciais com modelos de negócios e serviços diferenciados em termos de 
suprimentos, produção e distribuição.
A variedade dos serviços deve se ajustar às condições específicas dos modelos de negócios, como 
indústrias, atacado, varejo e comércio digital, e às condições físicas dos produtos e também a aspectos 
como localização das instalações de produção, armazenagem, distribuição e vendas.
No tocante aos custos de distribuição, são os custos com transportes que representam o maior 
grupo, seguidos pelos de distribuição e armazenagem, conforme acentuado na tabela seguinte.
Tabela 2 – Custos logísticos por segmento (%) 
Segmento Participação (%)
Mineração 26%
Agronegócio 21%
Alimentos e bebidas 10%
Vestuário e calçados 8%
Eletrônicos 6%
Farmacêutico 5%
Fonte: Resende et al. (2017).
Pela pesquisa, vemos que os setores de maior volume de vendas são os produtos transportados em 
estado natural para a produção de aço, cimento e alimentos, que gastam muito com transportes 
em função da grande quantidade de lotes deslocados por rodovia e ferrovia do centro-oeste e sudeste 
do Brasil para indústrias e portos do Brasil na costa atlântica.
Do ponto de vista dos consumidores finais, nota-se que são os custos de distribuição urbana nas 
grandes cidades que representam até 40% dos custos totais, assim, precisam de especial atenção da 
equipe de gestão. 
 Saiba mais
Para se aprofundar no assunto, leia a pesquisa sobre custos logísticos 
da Fundação Dom Cabral: 
RESENDE, P. Pesquisa custos logísticos no Brasil. Fundação Dom 
Cabral, 2017.
Agora, vamos aprender como é o relacionamento entre os serviços de logística com a prestação de 
serviços aos clientes e os impactos nos custos totais.
18
Unidade I
Serviços aos clientes
A logística de distribuição é a ponte entre as empresas e os consumidores, exercendo grande 
influência nas decisões dos consumidores. Assim, deve-se ter especial atenção em vários aspectos, pois 
os processos que prestam serviços aos clientes são estratégicos e devem fornecer benefícios de valor à 
cadeia de suprimentos de maneira eficiente em termos de custos (BOWERSOX, 2001).
• Processamento de pedidos: envolve a recepção dos pedidos de compras dos clientes por diversos 
meios e inclusão no ERP (sistema de gestão empresarial) para acionamento dos processos de 
produção e envio conforme programação.
• Faturamento: trata-se de emissão da documentação fiscal de envio e início do carregamento do 
produto nos veículos conforme programação de entrega por localidade.
• Entrega e pós-venda: processo de distribuição conforme especificações constantes nos pedidos 
de vendas dentro dos padrões solicitados em relação a quantidade, preços, prazos e qualidade.
• Fidelização: processo logístico e comercial para confirmação e identificação de novos pedidos.
A figura a seguir ilustra um fluxograma das etapas do processamento de pedidos de vendas desde o 
recebimento do pedido, com a entrada no sistema da empresa fornecedora e posterior envio conforme 
o prazo e o volume.
Etapas do processamento de pedidos
Preparação do pedido
Requisição de produtos 
ou serviços
Transmissão do pedido
Transmitindo as informações do 
pedido
Atendimento do pedido
Retenção, produção ou compra do produto
Embalagem para despacho
Programação de entrega
Preparação da documentação de embarque
Relatório de situação
Rastreamento
Comunicação ao cliente 
sobre aituação atual
Entrada do pedido
Verificando o estoque
Verificando a exatidão dos dados
Conferindo o crédito
Pedido em atraso/pedido cancelado
Transcrição
Faturamento
Figura 3 
19
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
 Lembrete
A crescente competição nos mercados obriga as empresas a sempre 
buscar produtividade e inovação para conquistar resultados sustentáveis e 
obter o crescimento dos negócios.
Podemos notar que as atividades retratadas na figura anteriorprecisam ser coordenadas por meio 
de tecnologias de informação (ERP), sob o comando das empresas embarcadoras e transportadoras com 
informações atualizadas e disponíveis aos clientes. Essas tecnologias avaliam:
• disponibilidade: atendimento das compras conforme as especificações;
• prazos: atender os prazos de toda a cadeia produtiva e mercado; 
• qualidade: informações acessíveis e precisas em todo o ciclo de venda.
A execução dos procedimentos de serviços aos clientes pode ser efetuada ao mesmo tempo por uma 
empresa ou compartilhada com parceiros, como as transportadoras, empresas de entregas expressas, 
que costumam usar motoboys, conforme as especificações dos pedidos e empresas. Também participa 
desse processo o telemarketing para o pós-venda.
Reclamações e penalidades 
Para Ballou (2006), os clientes nem sempre reclamam ou informam quando acontecem divergências 
com os pedidos comprados, mas podem reduzir os volumes comprados ou trocar de fornecedor sem 
comunicação prévia, e os serviços de pós-venda devem solicitar uma avaliação da compra para analisar 
o resultado final.
As principais reclamações e penalidades dos consumidores em relação aos serviços das empresas 
de varejo são:
Tabela 3
Reclamações dos clientes
Atrasos nas entregas 44%
Problemas de qualidade 31%
Produtos avariados/danificados 12%
Itens faltantes 13%
Penalidades dos clientes
Redução das vendas 30%
Reclamações 27%
Troca de fornecedor 18%
Adaptada de: Ballou (2006).
20
Unidade I
Com base nos dados da tabela, podemos compreender que as reclamações com relação a entregas 
e prazos precisam de gestão e monitoramento dos parceiros que prestam serviços, como separação dos 
pedidos, coleta de materiais e gestão das entregas.
As avaliações e reclamações exigem ações de controle e análise das causas dos atrasos de cada venda 
para agir e propor melhorias, como aumento nos níveis dos estoques, revisão dos prazos de entrega e 
rotas de envio ou redução do ciclo de preparação de pedidos (picking).
 Observação
Quando falamos em serviços, falamos de todos os aspectos que são 
percebidos pelos clientes, independentemente dos produtos vendidos; 
trata-se de uma avaliação única tanto para os itens tangíveis como para 
os aspectos intangíveis. Por exemplo, em uma entrega de refeição, os 
clientes avaliam a qualidade do produto e o tempo de entrega conforme o 
pedido solicitado.
Experiência do cliente e nível de serviço (NS) 
A liberdade nas decisões dos clientes é uma realidade, pois há diversas formas de venda e atendimento 
pelas quais a tomada de decisão de compra pode ser decidida, desde uma ação promocional até ações 
de desconto de preço, propaganda ou qualidade.
No dia a dia da administração empresarial, estabelece-se uma interação entre as diversas áreas, 
criando-se relações internas (financeiro, vendas, compras) e externas (clientes, fornecedores), em que 
determinada área ou departamento onde uma área ou tarefa realizada é cliente de outra área, e assim 
por diante. 
Desse modo, identifica-se que existe uma interdependência entre os vários setores e atividades, 
havendo determinado nível de serviço a ser prestado a partir das necessidades e especificações definidas 
por clientes internos e externos com o objetivo de gerar valor para os clientes (FARIA, 2008).
As empresas que buscam um diferencial competitivo definem um padrão de excelência no 
atendimento ao mercado em que se estabelece um nível de serviço que surpreende o cliente e supera 
suas expectativas em termos de frequência de entrega, confiabilidade, qualidade e prestação de serviços.
 Observação
Valor é o nível de vantagens adquiridas com as experiências de compra 
realizadas que se reflete na percepção dos clientes sobre a qualidade do 
atendimento das suas expectativas, assim, as empresas buscam criar e 
entregar valor para o mercado e clientes. 
21
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
A logística empresarial tem por objetivo proporcionar aos clientes elevados níveis de serviços 
conforme suas expectativas. Para tal, deve criar metas de níveis de serviços para que os pedidos sejam 
atendidos de acordo com as necessidades dos clientes, no lugar certo e no tempo exato (BALLOU, 2006).
Os valores percebidos muitas vezes são intangíveis e estão relacionados aos valores individuais para 
cada cliente em termos de serviço, inovação, preço e qualidade, que conduzem a uma experiência 
positiva que supera as relações de satisfação ou atendimento imediato.
Um dos indicadores mais utilizados para avaliação do desempenho do atendimento aos clientes 
é conhecido como nível de serviço (NS), que ilustra a qualidade dos trabalhos de atendimento aos 
clientes e apura o resultado dos atendimentos em um único indicador consolidado a partir das variáveis 
determinadas; o objetivo é atingir níveis de serviços cada vez maiores, o que representa a efetiva 
competência da empresa.
Como se trata de um índice médio ponderado, que pode variar de 1% a 100% com base no 
desempenho de várias etapas dos processos, existem vários níveis de serviço em função da alocação e 
do peso das atividades atribuídas.
 Observação
O nível de serviço (NS) deve ser calculado a partir de critérios técnicos 
considerando o perfil comercial/estratégico dos clientes e dos produtos 
conforme a carteira de clientes da empresa. Clientes classe A devem ter 
nível de serviço diferenciado em relação aos clientes classe C (PADOVEZE, 2012).
Exemplo de aplicação
Exemplo de aplicação de nível de serviço
Suponha que a empresa XTZ Ltda decide que não quer perder vendas para o cliente WWW Ltda por 
falta de produto e quer os estoques de segurança para um patamar elevado, que poderá comprometer 
os recursos financeiros à disposição para o capital de giro operacional e criando um NS elevado em 
termos de estoques.
Ação da gestão – reclassificar a empresa do nível C para B
Em razão da decisão de elevar o nível de serviço do cliente WWW Ltda da categoria C para B, as 
ações necessárias serão: 
• aumentar os estoques dos produtos; 
• ampliar os prazos de pagamento; 
• atendimento pessoal por um vendedor, entre outras ações.
22
Unidade I
Podemos inferir que a alteração no nível de serviço do cliente mudou os parâmetros dos serviços 
logísticos, o que elevou os custos, estabelecendo uma relação de troca (trade-off) entres os dois aspectos, 
serviços e custos.
Outra característica do NS refere-se à possibilidade de se determinar um valor (1% a 100%), conforme 
a importância de determinado cliente ou produto. Também pode atuar de forma diferenciada para cada 
um, o que significa que aspectos de caráter estratégico podem ser mais bem trabalhados.
No caso de um cliente classificado como classe A (muito importante), a empresa pode estipular um NS 
de 90%, enquanto para um classe C (pouco importante) poderá atribuir um NS menor ou cerca de 70%.
A classificação/diferenciação dos clientes é conhecida como segmentação e visa identificar níveis de 
serviços diferenciados, os quais podem ser medidos do seguinte modo:
• quantidade e frequência de compra do cliente, atribuindo peso maior aos que adquirem mais 
produtos e que geram maior rentabilidade; 
• tipo ou grupo de produto que são adquiridos e que podem trazer maior faturamento;
• perfil de serviço de atendimento solicitado, como pontualidade, frequência e pedidos completos.
Evidentemente, as ponderações e classificações atribuídas podem elevar custos totais dos serviços 
logísticos prestados aos clientes.
Vejamos como pode ser calculado o NS de um serviço ao cliente:
Exemplo de cálculo do NS
NS = 1 – 4/52 = 0,923 ou 92,3% 
Onde
NS = 1 – número de falhas nas entregas
 número de entregas realizadas
Entre os requisitos de elaboração do NS, as empresas devem usar procedimentos padronizados com 
o nível de compromisso com as entregas realizadas (70%, 80%, 90%), os níveis de estoques por produtos 
a partir do nível de atendimento dos pedidos e o monitoramento conforme as condições solicitadas,bem como a agilidade nas informações aos envolvidos.
Podemos concluir que cada NS tem seu próprio custo, que deve ser suportado pelo grupo selecionado 
de clientes para atendimento dentro da estratégia de negócios das empresas. Assim, quanto maior o 
nível de NS, maior será o custo.
23
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Conforme Corrêa (2010), um modelo de atribuição de NS para empresas de grande porte com elevado 
número de clientes e pedidos pode ser exemplificado na tabela a seguir:
Tabela 4 – Nível de serviços por nível de clientes
Pacote de serviço Clientes classe A Clientes classe B Clientes classe C
Nível de serviço 98% 92% 88%
Prazo de entrega 3 dias 7 dias 14 dias
Tempo de retorno 1 hora Mesmo dia 3 dias
Atendimento Exclusivo Representante Aplicativo/Website
Prazo pagamento 30/60/90 dias 30/60 dias 30 dias
Adaptada de: Corrêa (2010).
As reavaliações periódicas podem trazer consequências em termos de mudanças no mix de produtos, 
mudanças nos prazos de entrega e alterações na política comercial para criar vantagens competitivas.
As atribuições dos níveis de serviços (NS) conferem um caráter de cunho estratégico e comercial às 
atividades logísticas, portanto, precisam de ampla discussão e avaliação entre a área de supply chain e 
vendas/marketing, a fim de garantir a efetiva atenção e preservar a sustentabilidade financeira a longo 
prazo da empresa. 
Após conhecermos a relação entre os serviços logísticos, os serviços aos clientes e os níveis de 
serviços, podemos entrar na análise de grupo de custos em que as empresas incorrem para atender 
os mercados.
1.1 Custos logísticos do Brasil
Conforme pesquisa realizada pela fundação Dom Cabral (2017), as empresas nacionais gastaram 
12,37% do faturamento com custos de logística em comparação com países desenvolvidos, que 
gastam entre 7% a 9% do faturamento, o que compromete a competitividade das empresas brasileiras 
nos mercados internacionais.
Essa diferença é causada principalmente pelo excesso de concentração dos transportes por rodovias, 
muitas vezes, em precário estado de conservação, com apenas 12,7% das rodovias pavimentadas, o 
que encarece o custo de manutenção e fretes dos transportadores nos modais rodoviário, ferroviário, 
marítimo e aéreo.
Esse conjunto de limitações que encarece as atividades produtivas nas empresas forma o chamado 
Custo Brasil, que inclui aspectos como a infraestrutura logística e os custos financeiros, tributários e as 
leis (CNT, 2019).
24
Unidade I
Encargos 
trabalhistas
Energia
Infraestrutura
Carga 
tributária
Burocracia
Câmbio
Custo do 
capital
Custo Brasil
Figura 4 – Determinantes do Custo Brasil 
Rodovias ruins comprometem a segurança e impactam diretamente os custos do transporte de 
pessoas e mercadorias, ocasionando um elevado número de acidentes e perdas que podem encarecer os 
custos com frete e combustíveis em até 31%. 
Assim, é necessário avaliar as causas da diferença e buscar mitigá-las com ações e investimentos que 
envolvem o setor público e o setor privado. 
Tabela 5 – Evolução dos custos logísticos
Ano Participação média no faturamento (%)
2014 11,52%
2015 11,73%
2017 12,37%
Fonte: Resende et al. (2017).
Para reduzir os custos com logística, é necessário que o setor público, notadamente, os órgãos de 
gestão de rodovias e as empresas concessionárias, desenvolva planos de investimentos na infraestrutura 
rodoviária e na diversificação das modalidades de transporte por meio da utilização de hidrovias e 
ferrovias, ideais para grandes volumes e distâncias entre os locais de embarque e descarga.
Infraestrutura 
Os investimentos públicos ou privados são necessários, especialmente em ferrovias nas regiões 
Centro-Oeste e Norte, que se desenvolveram muito nos últimos anos com base no agronegócio e que 
precisam de novas ferrovias/hidrovias, além de rodovias de qualidade para escoamento da produção 
para os portos localizados na costa brasileira, sobretudo em Santos, Paranaguá e Vitória.
25
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
 Saiba mais
Para compreender a estrutura e as condições atuais do sistema de 
transportes do Brasil, leia a reportagem indicada a seguir, publicada pela 
revista Problemas Brasileiros: 
PROBLEMAS BRASILEIROS. Infraestrutura: base para crescer. São Paulo, 
2022. Disponível em: https://bit.ly/3909dWN. Acesso em: 3 jun. 2022.
As deficiências atuais dos serviços públicos de logística que encarecem os custos de distribuição e 
transportes das empresas e clientes podem ser mitigadas por meio da realização de investimentos 
em infraestrutura pública, de forma a configurar uma nova matriz de transportes para o Brasil, mais 
eficiente e competitiva. 
Tabela 6 – Brasil: principais modalidades de transporte nacional
Modalidade Participação (%)
Rodoviário 75,9%
Marítimo 9,20%
Aéreo 5,80%
Ferroviário 3,00%
 Fonte: Resende et al. (2017).
Conforme a pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (RESENDE et al., 2017), a concentração 
da matriz de transporte em rodovias encarece o custo com frete e transporte, gera custos adicionais de 
tempo de parada e atraso nas entregas, despesas de manutenção adicionais e pedágios cada vez mais 
caros, haja vista as concessões de rodovias espalhadas por todo o território.
Como já destacamos as condições da infraestrutura pública do Brasil, vamos aprender sobre a 
estrutura dos custos logísticos nas empresas.
1.2 Custos logísticos das empresas
Com a ampliação do escopo das atividades tradicionais de logística com foco apenas em transporte 
e distribuição para os conceitos de logística integrada aliada ao plano de negócios, com ampla 
responsabilidade pela gestão da cadeia de suprimentos em toda sua extensão, ganhou relevo a questão 
dos custos das atividades de logística integrada nas empresas.
Em razão da diversidade das situações existentes no mercado, nota-se uma grande dispersão em 
termos de custos logísticos nas empresas, que podem variar entre 5% a 35% dos valores com vendas e 
outros em que tais custos são irrelevantes (FARIA, 2008).
26
Unidade I
Os custos logísticos representam o segundo maior grupo das empresas, atrás dos custos das 
mercadorias vendidas, e podem representar grande parte do faturamento, dependendo do perfil dos 
negócios, de instalações de produção e embarque, dos volumes transportados, do valor das mercadorias 
e dos locais de entrega (RICARTE, 2002).
Os setores industriais com produtos de elevado valor agregado, como farmacêutico, bens de capital, 
eletrônicos e automóveis, têm custos logísticos, em média, de 5% do faturamento, enquanto para setores 
com elevados volumes movimentados, como mineração, papel e celulose, agronegócio e construção 
civil, podem representar 20% do faturamento (RESENDE et al., 2017).
Certas empresas que vendem apenas para uma região através de um canal de distribuição podem 
ter custos logísticos reduzidos, enquanto as que atuam no comércio exterior possuem custos elevados. 
Os custos logísticos são os de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada, em 
processo e de saída, desde o ponto de origem até o ponto de consumo (FARIA, 2008).
Dados da pesquisa da Fundação Dom Cabral (RESENDE et al., 2017) apontam que os custos dos 
serviços logísticos para as empresas brasileiras subiram de 11,32% em 2014 para 12,37% em 2017 do 
faturamento em função da falta de investimentos na infraestrutura pública de transportes.
Além disso, o crescimento das restrições de locais e horários nos centros urbanos está acima de 
outros países, como China (10%) e EUA (8,5%), e apresenta maior representatividade nos setores de 
mineração, papel e celulose, agronegócio e indústria da construção.
Dados da pesquisa apontam que os principais custos logísticos para as empresas brasileiras são os 
transportes de longa distância (40%), custos de transportes e segurança de cargas para distribuição nas 
grandes cidades (23%) e custos com armazenagem (18%).
As empresas que atuam nos mercados por meio da utilizaçãode canais de distribuição precisam 
de uma rígida gestão dos custos envolvidos por causa do porte das operações e dos valores envolvidos 
que compõem a maior parte dos custos, os quais podem variar conforme o mercado e o modelo de 
distribuição.
Segundo Wanke (2002), os principais custos logísticos de distribuição física são: 
Tabela 7 – Custos logísticos
Custos logísticos % vendas
Transportes 3,34%
Armazenagem e movimentação 2,02%
Estoques 1,72%
Serviços ao cliente e pedidos 0,43%
Administração 0,41%
Adaptada de: Wanke (2002).
27
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Para Faria (2008), os custos mais significativos são os de distribuição, armazenagem e estoques, 
que podem ser classificados de acordo com as condições de gestão dos processos e estão sujeitos às 
condições dos mercados e dos prestadores de serviços, como operadores logísticos, transportadores e 
centros de distribuição. 
Conforme Ricarte (2002), a contabilização e apuração dos custos totais permitem aos gestores 
avaliarem a necessidade de investimento em equipamentos e veículos, prever os custos futuros e 
compará-los com os concorrentes. 
Os objetivos da gestão operacional dos serviços logísticos devem buscar a melhor relação entre os 
custos dos serviços que proporcionem o menor valor de custo total e atendam os parâmetros de 
serviços aos clientes.
2 PRINCIPAIS CUSTOS LOGÍSTICOS 
Entre os desafios para os gestores de logística, está o controle dos custos das operações, o que ocorre 
por causa dos níveis de serviços, como pontualidade e qualidade. Em um ambiente composto de diversas 
áreas da empresa e dos prestadores de serviços contratados, variáveis e imprevistos podem ocorrer.
A seguir, relacionamos os principais custos que envolvem a gestão dos processos logísticos e sua 
importância para os clientes.
• custos de embalagens;
• custos de armazenagem e movimentação;
• custos de distribuição e transportes;
• custos de estoques;
• custos de falta de materiais;
• custos de administração;
• custos de tecnologia de informação;
• custos tributários.
A seguir, vamos estudar as características dos principais itens que compõem os custos logísticos que 
envolvem, além dos fabricantes, as empresas que participam da cadeia, como atacadistas, varejistas, 
fornecedores, prestadores de serviços e parceiros comerciais.
28
Unidade I
2.1 Custos de embalagens
Neste grupo, estão os custos de aquisição e manutenção de materiais e insumos utilizados tanto no 
envio de produtos aos clientes finais como os materiais operacionais usados na produção, recebimento, 
movimentação e expedição, como paletes, madeira, caixa de papelão, plásticos, barras de ferro, além de 
insumos que podem ser reutilizáveis conforme a condição de uso. 
Figura 5 
Disponível em: https://bit.ly/3m79ZUI. Acesso em: 8 jun. 2022.
Em muitas situações, um mesmo produto pode ser encontrado em diversas embalagens diferentes, 
tendo cada uma sua função específica.
A seguir serão enumerados os tipos de embalagem geralmente encontrados na cadeia produtiva, 
embora nem sempre todos os tipos se apliquem a todos os produtos.
• Embalagem primária: essa é a menor embalagem, que mantém contato direto com o produto. 
É o tipo de embalagem que o consumidor final sempre vê. Exemplos das embalagens primárias 
são a garrafa de refrigerante, a embalagem unitária de bombom e a caixa de sabão em pó.
• Embalagem secundária: acondiciona várias embalagens de venda, sendo geralmente mais 
encontrada na forma básica de caixa (ou engradado).
• Embalagens retornáveis: em decorrência da evolução da legislação ambiental, as empresas precisam 
montar um fluxo de retorno das embalagens retornáveis, como as fabricantes de produtivos químicos 
nocivos à saúde, e devem recolher as embalagens utilizadas com procedimentos específicos, como 
descrever na nota fiscal o local e telefone para a devolução. Um caso em evidência são as embalagens 
de refrigerante, que, apesar de serem econômicas, poluem o meio ambiente por anos.
29
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
 Observação
As políticas ambientais governamentais, cada vez mais rígidas para 
evitar a degradação do meio ambiente, apresentam novas questões 
na produção e consumo de embalagens poluidoras e amplia a logística 
reversa, que reintegra as embalagens sem poluir e incentiva empresas e 
consumidores a buscarem embalagens recicláveis não descartáveis.
As embalagens podem ter um impacto maior do que os custos de aquisição, pois afetam os custos 
de controle de estoques através da identificação que é afixada nos produtos comerciais, o que pode 
influenciar a agilidade na separação e na expedição dos pedidos comerciais.
Os custos de frete e armazenagem também influenciam, em função das dimensões das cargas a serem 
expedidas, e podem interferir nos custos de devolução e retorno de produtos avariados e danificados.
2.2 Custos de armazenagem e movimentação
Seu objetivo é estabelecer o fluxo ideal de movimentação de armazenagem de materiais. Fazem parte 
desse grupo os custos inerentes às operações de estocagem física, movimentação dos materiais dentro 
dos depósitos, armazéns e centros de distribuição (próprios ou terceirizados). Eles estão vinculados ao 
espaço físico, e suas principais funções são:
• recebimento e expedição de materiais; 
• armazenagem física;
• estocagem;
• picking;
• expedição e consolidação de cargas.
Também fazem parte desse grupo os gastos com taxas de armazenagem, aluguel, manutenção, 
água, energia, IPTU, seguros, mão de obra, equipamentos e toda a infraestrutura necessária de materiais, 
pessoal e equipamentos para operação e manutenção.
São fatores determinantes na apuração dos custos desse grupo o modelo de negócios da empresa 
(indústria, atacadista, varejista, distribuidor), o sistema de distribuição física (carga consolidada, transit 
point, cross docking), o perfil dos pedidos de vendas e compras (volumes e frequência), a política de 
estoques, características técnicas dos produtos recebidos/vendidos, a possibilidade de empilhamento 
vertical e a necessidade de etiquetagem. 
30
Unidade I
Embora alguma armazenagem seja sempre necessária, as empresas vêm buscando cada vez mais 
a diminuição da quantidade e do valor dos itens armazenados em suas instalações. Isso porque a 
armazenagem gera altos custos para o negócio. Desse modo, quanto mais estoque:
• mais dinheiro imobilizado, ou seja, menor disponibilidade para investir em aplicações rentáveis, 
fazendo com que a empresa deixe de ganhar (custo de capital);
• maior área para armazenar e mais estrutura para comportar os itens armazenados (custo de 
armazenagem);
• mais pessoas e equipamentos são necessários para manusear os estoques (custos de movimentação).
• maiores as chances de os materiais se tornarem obsoletos, perderem todo o seu valor, ou pelo 
menos parte dele. Exemplos: frutas que apodrecem, celulares que saem de linha, roupas que saem 
da coleção e são vendidas em liquidação (custo de obsolescência);
• maiores as chances de os produtos serem extraviados, roubados ou furtados (custos de perdas 
e seguros).
 
Figura 6 – Centro de distribuição
Disponível em: https://bit.ly/3O40wJL. Acesso em: 2 jun. 2022.
2.3 Custos de distribuição e transportes
Trata-se do grupo de maior peso nos custos logísticos, representando cerca de 60% dos gastos totais. 
Os custos com fretes são elevados e influenciados pela localização dos fabricantes e dos envolvidos na 
distribuição, como atacadistas, varejistas e centros de distribuição, além do modal (rodoviário, aéreo, 
marítimo, ferroviário) usado nos fornecimentos e nas entregas para o mercado. 
A principal função de um sistema de transporte eficiente é alocar os produtos entre os elos da cadeia 
de suprimentos com rapidez e qualidade, assegurando a confiabilidade dos serviços prestados. Entre os 
principais componentes de custos desse grupo estão: “sistema de distribuição e modal, distância, rotas, 
31
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOSPROCESSOS LOGÍSTICOS
pedágios, volumes, especificações técnicas, riscos operacionais, prazo de entrega e fretes de retorno” 
(FARIA, 2008, p. 67).
O gráfico a seguir ilustra a composição dos custos de distribuição: 
Administração
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Armazenagem Estoque Transporte
Figura 7 – Composição dos custos de distribuição 
Adaptada de: ILOS (2007).
Aspectos legais regulatórios para entregas nas áreas urbanas, com a difusão de leis que estabelecem 
a restrição de horários e locais das entregas com a necessidade de utilização de veículos de menor porte, 
fazem com que os custos de entregas nos centros urbanos cresçam nos setores de atacado e varejo de 
consumo final.
Transporte rodoviário
 
Figura 8 
Disponível em: https://bit.ly/3Q9Snp3. Acesso em: 8 jun. 2022.
32
Unidade I
A dimensão territorial e de infraestrutura do Brasil e as diferenças características das estruturas de 
logística nos mercados externos podem exigir das empresas a combinação de modais de transporte, 
conhecida como transporte multimodal, com a contratação de empresas de transporte rodoviário e 
aquaviário, no caso dos mercados externos, e principalmente a combinação entre rodoviário e ferroviário 
no território nacional. 
Transportes e serviços aos clientes
O impacto do transporte até o cliente é significativo e compõe parte importante da avaliação que 
ele faz da qualidade e seriedade da empresa fornecedora. Essa ação, sem dúvida, influenciará a decisão 
de novas demandas, o que impacta o nível de serviço logístico. 
Questões como pontualidade, tempo de entrega, capilaridade, ou seja, a capacidade de atingir locais 
distantes e remotos, são fatores decisivos. Assim, quando as empresas possuem uma gestão de entrega 
e transporte eficiente, traz como consequência uma melhora nos níveis de serviços prestados. 
A troca refere-se ao custo que as empresas incorrem ao manter uma grande quantidade de 
transportadores alocados com frota à disposição e pessoal para atender todas as entregas dentro 
de prazos curtos, o que, em certa medida, eleva os custos.
Portanto, existe uma troca ou trade-off entre manter frotas grandes sempre disponíveis para 
atender todos os pedidos e a possibilidade de, em outro sentido, perder entregas ou pedidos pela falta 
de veículos disponíveis.
 Observação
Antes da contratação da empresa de transporte, é necessário observar 
alguns aspectos importantes, como as características físicas dos produtos, 
as quantidades previstas, a necessidade de cuidados especiais de manuseio 
e as condições de pagamento dos fretes contratados. 
Entre as dificuldades que podem ocorrer na área de transporte, podemos apontar as dificuldades que 
surgem quando os produtos a serem embarcados não estão totalmente disponíveis na área de expedição 
para carregamento nos veículos, situação que também causa impacto no nível de serviço logístico.
O ponto central de discussão está no nível de estoques que as empresas devem operar, de modo a 
permitir a melhor gestão de transporte, que visa entregas únicas e completas, com materiais disponíveis 
no exato momento do carregamento, evitando idas e vindas com impactos claros nos custos de frete. Esse 
aspecto, por sua vez, está diretamente relacionado à política estabelecida com os canais de distribuição, 
que representam a proximidade junto aos clientes e podem decidir a agilidade dos pedidos de vendas 
entregues pontualmente. O quadro a seguir faz a comparação de custos entre as possibilidades de 
localizações dos estoques:
33
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Quadro 1 
Comparação de custos
Centralização de estoques Descentralização de estoques
Política de resposta rápida Política de antecipação de demanda
Custos com transporte Custos com estoque
Utilização intensiva de transporte expresso Utilização intensiva de meios que permitam maior consolidação da carga 
Localização mais afastada dos clientes Localização mais próxima dos clientes
Menor dependência de previsões de venda Maior dependência de previsões de venda
Custos logísticos Custos fiscais
Por outro lado, a área de supply chain pode preferir manter políticas de manutenção de estoques 
limitados ou just in time (JIT), sem excesso de volume e prazos, que nem sempre coincidem com os 
objetivos das áreas de produção (que prefere lotes maiores de produção) e os gestores de transportes e 
expedição (que preferem entregas completas e únicas).
Evidentemente, a política de estoques precisa ser divulgada para as áreas envolvidas. Também será 
preciso analisar as limitações de cada modelo, conhecidas como “gargalos operacionais”, sem perder a 
necessidade de promover a eficiência e agilidade que os processos atuais exigem das empresas.
Custos de distribuição urbana (last mile) 
As avaliações dos consumidores realizadas após as compras são cada vez as mais importantes 
das ferramentas de marketing digital e reforçam a posição de competitividade com um diferencial 
de qualidade. Entre os principais aspectos abordados nas avaliações está o desempenho dos serviços 
logísticos, notadamente a entrega e a qualidade do atendimento.
Com a chegada das plataformas digitais, um dos principais desafios no processo logístico para todas 
as empresas é a chamada entrega de última milha (last mile), que consiste no trajeto final entre os 
centros de distribuição e venda dos vendedores até a entrega nos endereços dos clientes.
Essa é a etapa final das vendas por plataformas digitais. Ela precisa ser rápida e de qualidade, com 
monitoramento real-time para evitar atrasos e problemas de informação, que podem gerar insatisfação 
e perda de confiança do consumidor. Essa etapa é complexa em razão da crescente urbanização, 
concentrando a população em locais em torno de um centro de gravidade e o crescimento do comércio 
eletrônico nas camadas de baixa renda.
Além desses aspectos, existe uma reorganização das empresas de varejo, as quais atuam com uma 
nova configuração, juntando as lojas físicas com a loja virtual, para atender um consumidor cada vez 
mais exigente.
Para diminuir as dificuldades comuns para os entregadores last-mile, identificam-se algumas ações 
para mitigar trocas, devoluções e reclamações dos clientes em relação à qualidade da plataforma:
34
Unidade I
• manter equipes de entregadores próximos aos principais pontos de coleta e embarque de 
mercadorias com veículos de porte diferenciado e prontidão;
• mapear os principais locais de envio das entregas, com rotas alternativas previamente conhecidas;
• aumentar as entregas por veículo, utilizando horários alternativos, pois os horários comerciais 
são mais congestionados, permitindo retorno rápido dos entregadores para execução de novas 
entregas;
• conferir horários de entrega dos clientes para evitar tempo de descarga e entrega além do 
necessário;
• checar documentos, volumes e produtos embarcados com os pedidos de vendas;
• utilizar aplicativos de monitoramento real-time de localização e dispor de equipes para finais de 
semana e entregas noturnas, se possível.
Um dos maiores desafios para as empresas que atuam no comércio digital é a distribuição com a 
contratação de entregadores ágeis e disponíveis, principalmente para as pequenas e médias empresas, 
que dependem disso para a coleta e entrega aos clientes.
Nesse sentido, vemos que os principais players estão construindo ou alugando centros de distribuição 
por meio de projetos novos ou de aquisição de empresas como a Magazine Luiza, que anunciou duas 
aquisições, sendo uma delas a GFL logística, plataforma que atende 600 municípios.
Os custos no último trecho são variáveis conforme o perfil da venda e produtos a serem entregues 
e envolvem os custos de fretes em função da capilaridade e diversidade dos locais de coleta e entrega 
que, em trechos urbanos, encarecem as coletas, a preparação e gestão de pedidos (fullfilment), o 
monitoramento on-line e os fretes que podem representar entre 30% a 50% dos custos logísticos nos 
negócios digitais.Figura 9 
O custo logístico será muito menor se a distância for menor. Diante disso, está muito clara a forte 
sinergia entre o físico e o digital. Serão vencedores aqueles lojistas que souberem equilibrar ambos. 
35
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
2.4 Custos de estoque
Os estoques representam um conjunto de vários materiais que são adquiridos e armazenados 
em locais próprios ou externos que são necessários ao processo de produção e ao fluxo das cadeias 
de suprimentos, como o estoque de matéria-prima para abastecer a produção industrial, estoque de 
produto final para abastecer os pontos de vendas e estoque intermediário para suprir as necessidades 
de armazenagem e distribuição, com os centros de distribuição (CD), armazéns e galpões logísticos.
Os estoques podem ser itens produtivos, como matérias-primas e produtos acabados, bem como 
itens improdutivos, como peças e equipamentos de manutenção. Situam-se em fábricas e depósitos e 
em localidades externas, como centros de distribuição e armazéns, e podem representar grande parte 
dos investimentos em termos de aquisição e manutenção.
O modelo de gestão de estoques das empresas, ou seja, a definição do que e quanto elas devem 
ou podem manter, deve ser definido a partir das características dos mercados de compra e venda dos 
materiais, o modelo de negócios e a disponibilidade financeira para aquisição e manutenção dos estoques.
Nesse sentido, é importante compreender que as estratégias e os investimentos na aquisição e 
formação de estoques são diferentes quando falamos de indústrias, atacado, varejo e plataformas 
digitais em termos dos valores necessários, como a complexidade da cadeia de suprimentos com vários 
fornecedores localizados em diversos locais do mundo.
Os custos dos estoques são calculados em função do nível de serviço e da política escolhida em 
relação ao sistema de distribuição, às condições de suprimentos/produção e às oscilações de mercado. 
Os principais grupos de produtos em estoques são:
• Matéria-prima: nesse grupo estão alocados os itens utilizados na produção dos produtos 
acabados; podem ser materiais básicos ou semielaborados que sofrem uma transformação física 
ou compõem o produto com outros materiais. 
• Materiais auxiliares: são insumos que não compõem os produtos acabados, mas são consumidos 
na produção, como embalagens, ferramentas, material auxiliar e equipamentos diversos. 
• Materiais de manutenção: por causa dos custos decorrentes de paradas de produção, deve-se 
prever estoques emergências de peças e equipamentos sobressalentes para evitar atraso ou 
parada de linha, como lubrificantes, correias, fusíveis etc.
• Produtos acabados: produtos finalizados e produzidos e que são mantidos para atender as 
vendas, aguardando a programação de entregas para expedição ou a entrada de pedidos para 
atendimento. 
36
Unidade I
 Lembrete
A redução dos níveis de estoque é um dos objetivos a serem alcançados 
por gestores da logística integrada, que devem manter detalhado controle 
das movimentações de todos os tipos de estoques através de sistemas 
computadorizados e atualizados, com acompanhamento diário das 
operações de entrada e saída.
Estoques: uma visão financeira
Estoques elevados podem comprometer a gestão e os resultados financeiros; por outro lado, 
a falta ou irregularidade de abastecimento pode comprometer o nível de serviço e o atendimento 
dos pedidos dos clientes e aumentar outros custos logísticos com transporte, armazenagem e 
movimentação, bem como despesas com seguros, impostos, perdas, produtos vencidos, fretes de 
devolução e segurança patrimonial.
Para Faria (2008), as empresas envolvidas na cadeia de suprimentos devem buscar redução de 
estoques no menor nível possível, a fim de diminuir os custos logísticos totais e atender os níveis 
de serviço exigidos pelos clientes.
2.5 Custos da falta de estoques
A falta de matérias-primas e produtos acabados pode implicar custos, nem sempre estimados, para as 
empresas, conforme a situação e as condições de atendimento dos fornecedores e dos mercados finais. 
A falta ou interrupção de matérias-primas na produção é um custo aproximado, haja vista a 
dificuldade de estimar os impactos internos em termos de produtividade e gestão operacional. No caso 
da falta de produtos comerciais, os custos podem ser calculados quando o cliente faz uma cotação que 
não é atendida em função dos prazos curtos e imediatos, além de custos não calculados, como a perda 
de confiabilidade, fidelização e financeiras.
A ocorrência de falta de matérias-primas e produtos finais deve ser lançada entre os indicadores 
de desempenho e ser analisada de modo criterioso. As principais causas são: fornecedores com 
prazos de entregas elevados e dificuldade no atendimento de reprogramações, elevados prazos de 
fabricação, erros na previsão de vendas e insatisfação dos clientes. 
Embarques de pedidos em mais de uma entrega por causa da falta afetam e geram retrabalhos na 
programação da distribuição, aumentam custos de armazenagem e encarecem os custos de transportes.
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GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
 Observação
Quando falamos na gestão de custos logísticos, não podemos esquecer 
de que podem representar até 2/3 dos custos totais de distribuição, 
conforme o mercado. Nesse sentido, a gestão eficiente pode ser um 
diferencial competitivo, permitindo uma política comercial agressiva em 
termos de preços.
2.6 Custos de administração 
Em logística, as atividades de administração são amplas, complexas e envolvem uma capacidade de 
coordenação com profissionais da empresa e externos, no caso dos prestadores de serviços e parceiros. 
Tais ações exigem muita comunicação e conhecimento de ferramentas de TI, como ERP e outros 
aplicativos e sistemas.
Para Ballou (2006), a administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos 
com as exigências de operação, que pode ser resumida conforme o fluxograma a seguir: 
Administração 
de materias
Armazenamento 
na fábrica
Inspeção 
das entregas
Recepção
Tráfego 
de fora
Movimentação 
de materiais
Compras
Armazenamento 
extra
Controle 
de estoque
Inspeção de saída
Tráfego para fora
Distribuição
Controle 
da produção
Figura 10 – Fluxograma de materiais
Com a difusão de novas configurações de execução e controle dos processos logísticos e a chegada 
de novas ferramentas de informação e comunicação (TIC), que automatizam as atividades e os processos, 
a gestão administrativa é essencial. Para tal, são necessárias equipes multifuncionais qualificadas em 
atividades operacionais e gerenciais disponíveis 24 horas por dia.
38
Unidade I
2.7 Custos de tecnologia de informação
Tecnologia da informação é o conhecimento aplicado para controle e obtenção de dados e, ao 
contrário dos custos com transporte, que representam um gasto de 50% da cadeia logística, e dos 
estoques, que consomem cerca de 40%, o que se gasta com tecnologia de informação envolve de 
1% a 4% dos custos com cadeia logística.
A tecnologia da informação dá suporte a várias atividades atendidas pelos serviços logísticos, entre 
os quais o processamento de pedidos, que se refere tanto a pedidos de vendas, fornecedor ou compras 
de determinada empresa. Quando se fala em TI, muitas pessoas a relacionam a sistemas de computadores, 
controle automático, código de barras, QRcodes, mas os gastos com TI referem-se a gestão e controle 
de informações. 
Quando um funcionário controla o que entra e sai do estoque em uma prancheta e um papel e no 
fim do dia preenche uma ficha informando tudo que ocorreu ao longo daquele dia, é considerado um 
sistema de informação, que pode até ser eficiente, dependendo do tamanho do negócio. 
2.8 Custos tributários
Estudaremos mais adiante, com mais detalhes, os custos tributários sobre a logística e como os 
tributos que incidem sobre os serviços prestados por todos os elos da cadeia, como o próprio transporte, 
a armazenagem e os serviços prestadospor terceiros.
Também vamos acentuar como os serviços são classificados na Receita Federal, Secretaria Estadual 
da Fazenda e nas Secretarias Municipais e quais os tributos oneram os trabalhos. Assim, veremos como 
é importante o planejamento tributário para reduzir o pagamento de impostos, principalmente, através 
da definição correta da relação serviços e custos de armazenagem em relação aos custos de frete das 
entregas no território nacional.
Concluindo a descrição dos custos, podemos afirmar que a relação entre os custos é única para cada 
empresa ou prestador de serviços, como transportadoras, seguradoras, entregas expressas, centros de 
distribuição ou armazéns. 
A figura a seguir resume os principais grupos de custos logísticos das empresas:
Transporte
ModaI rodoviário
Modal ferroviário
Modal aquaviário
Modal dutoviário
Modal aéreo
Armazenagem
Manuseio de carga nos armazéns
Acondicionamento
Estoque
Custo financeiro
Seguro, obsolescência, depreciação, 
perdas e danos
Administrativo
Custos com a estrutura 
administrativa da logística
Custos logísticos
Figura 11 
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GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
Será acentuada a seguir a descrição de alguns fatores específicos relativos às características 
específicas físicas dos produtos e serviços que podem afetar os custos. 
Fatores relacionados com o produto
As especificações técnicas dos produtos afetam os custos logísticos e a logística. Entre as principais, 
podemos destacar o valor da mercadoria, a densidade e fragilidade dos produtos e as necessidades de 
cuidados específicos de manuseio e manutenção.
O valor da mercadoria
Conforme o valor das mercadorias, os custos podem oscilar, como os custos com transporte, seguro, 
armazenagem e estoque.
Custos de transporte 
Os fretes pagos aos transportadores refletem os riscos inerentes aos valores dos produtos 
transportados, que podem apresentar danos e custos bem elevados com os reembolsos por parte 
das transportadoras. 
As empresas de transporte tendem a atribuir taxas de fretes maiores aos produtos de maior valor. 
Conclusão: quanto maior o valor do produto, maior o custo do transporte.
Os custos de armazenagem e estoque aumentam com o valor, pois produtos com maior valor 
significam maior capital investido em estoques e custos de capital. 
Os riscos de armazenagem de produtos de maior valor aumentam a possibilidade de obsolescência e 
desvalorização: à medida que os requisitos para armazenar produtos de valor elevado vão ficando mais 
complexos, os custos de armazenagem se elevam com o aumento do valor da moeda.
O custo de processamento dos pedidos e embalamento aumentam em produtos caros, pois as 
empresas têm de recorrer a materiais resistentes e protetores, bem como dispor de equipamentos de 
movimentação sofisticados.
A densidade do produto
Outro aspecto que pode afetar os custos logísticos é a densidade do produto, ou seja, a relação entre 
o peso e o volume, pois nem sempre um produto barato ocupará espaço reduzido e terá um baixo peso 
em relação ao espaço que ocupa.
A densidade entre frete e peso afeta os custos de transportes e armazenagem, pois os custos 
aumentam em materiais densos e com baixo valor por peso, como areia e carvão. Contudo, eles podem 
ser reduzidos em materiais de alto valor por peso, a exemplo de obras de arte. 
40
Unidade I
Ao estabelecer a tabela de fretes, as transportadoras consideram o peso total a ser enviado e a 
capacidade dos veículos disponíveis, visto que as tabelas são calculadas com base no peso e podem 
atribuir taxas mais baixas quando se trata de produtos com densidade elevada, já que é possível 
transportar mais produtos por unidade de espaço.
A densidade também afeta os custos de armazenagem. Quanto maior ela for, menor o custo 
de armazenagem: com produtos de maior densidade é possível armazenar mais unidades por unidade de 
espaço, isto é, verifica-se uma utilização mais eficiente do espaço de armazém disponível.
 
Figura 12 
Disponível em: https://bit.ly/3tlqZuf. Acesso em: 8 jun. 2022.
Fragilidade do produto
Em termos de características próprias, quanto maior a fragilidade do produto, mais elevados serão 
os custos de transporte e armazenagem, pois as transportadoras sabem que produtos sensíveis e frágeis 
podem sofrer danos e avarias.
Os custos de armazenagem são maiores para cobrir situações em que ocorrem danos ou quando há 
a exigência de embarcadores de condições específicas de transporte.
Alguns produtos podem necessitar de cuidados especiais na manutenção, como as condições 
específicas de transporte, refrigeração e aquecimento.
Segundo Paura (2012), o gestor de logística é responsável pelo fluxo de materiais, otimização de 
recursos objetivando reduzir os custos, aumentando a qualidade dos serviços e precisa ter conhecimentos 
para um desempenho cada vez melhor. Observe quais são eles a seguir:
• Liderança: o profissional responsável pelos fornecedores, clientes e empresas terceirizadas na 
otimização de serviços e redução de custos precisa desenvolver a liderança para obter resultados 
satisfatórios.
• Visão estratégica: os custos logísticos representam fator estratégico, e a logística está além de 
um setor operacional, pois pode trazer diferenciais competitivos. 
41
GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
• Visão globalizada: as empresas estão buscando mercados externos para distribuir produtos ou 
adquirir matéria-prima. Nesse contexto, um diferencial logístico é saber o idioma inglês, pois as 
empresas que desejam operar precisam que o gestor domine o idioma. 
• Conhecimento gerencial: os processos estão interligados com outras áreas, e a eficiência com 
outros setores precisa de conhecimento gerencial e amplo investimento em treinamento das 
questões de organização empresarial. 
• Interesse tecnológico: a presença da tecnologia está cada vez mais forte e é um diferencial 
competitivo para as empresas, pois aumenta a produtividade através da redução de custos, 
agilidade e informações estratégicas. Hoje, o profissional não pode ficar atrás da tecnologia.
 Saiba mais
Para saber mais sobre os desafios para o profissional de logística, leia:
PAURA, G. Fundamentos de logística. Curitiba: Instituto Federal do 
Paraná, 2012.
42
Unidade I
 Resumo
Podemos concluir com os conceitos nesta unidade que atualmente o 
contexto logístico nacional está enfrentando muitas dificuldades em termos 
de investimentos na infraestrutura pública. Tais aspectos afetam a gestão 
empresarial, onerando os custos operacionais, reduzindo a produtividade e 
encarecendo os produtos aos mercados.
Destacamos que rodovias insuficientes e malconservadas, falta de 
ferrovias para escoamento da produção, navegação por rios, problemas 
de conservação e manutenção consolidam um modelo de custos acima do 
ideal e desejado.
Somamos ainda os elevados custos de fretes – em função dos 
combustíveis, manutenção frequente – em função de rodovias mal 
pavimentadas – e as limitações nas entregas urbanas com veículos de 
pequeno porte, motocicletas e bicicletas nos meios urbanos.
Nesse contexto, estudamos quais são e como se formam os custos 
logísticos das empresas e o modo como as estratégias de negócios se 
desenvolvem na economia em um cenário em que a competitividade se faz 
cada vez mais necessária para os consumidores.
As empresas que atuam em logística enfrentam desafios todos os dias 
para transportar e atender o mercado brasileiro com veículos transitando 
em rodovias malconservadas e arriscadas.
Acentuamos, ainda, que a execução das atividades de transporte, 
armazenagem e distribuição enfrentam a maior parte dos custos das 
empresas, pois o Brasil tem dimensões territoriais consideráveis, e custos 
elevados com combustível e frete encarecem os produtos finais ao mercado.
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GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
Entenda o que é Custo Brasil e como ele impacta o país
Figura 13 
Disponível em: https://bit.ly/3O9cMZI.

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