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Terraplanagem e Pavimentação 2

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TERRAPLANAGEM E 
PAVIMENTAÇÃO 
 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1- PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA 3 
2- DESMATAMENTOS 11 
3- NIVELAMENTO PRIMITIVO 15 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
3 
 
1- PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA 
 
Diferenças entre pavimentos e asfaltos 
 
Muitas pessoas fora da área técnica de engenharia civil desconhecem as diferenças 
entre pavimentos e asfaltos. Quando falamos de problemas no asfalto, significa que a 
camada superior já está desgastada pelas ações do tempo ou pelo intenso fluxo de 
veículos. Em relação a problemas na pavimentação, pode-se dizer que as camadas 
subsuperficiais apresentam algum tipo de falha estrutural ou funcional (que também 
podem levar a problemas no asfalto). Nesta matéria, você irá compreender as 
principais características de cada um, com base nos livros Drenagem Subsuperficial 
de Pavimentos e Manual de Dosagem de Concreto Asfáltico. Confira: 
 
Pavimentos 
O pavimento consiste em uma camada desenvolvida com um ou mais materiais, 
disposta sobre o terreno natural ou terraplenado. Tem o intuito de aumentar a 
resistência deste terreno e permitir a circulação de carros e pessoas por uma via. 
Os materiais escolhidos durante a pavimentação devem ser avaliados pela 
capacidade de drenagem, ou seja, em absorver a água no interior de suas estruturas. 
Outra questão importante é a criação de um sistema de drenagem subsuperficial para 
evitar danos como bombeamento, desagregação e diminuição da resistência no 
cisalhamento dos materiais. 
Entre os principais problemas que atingem os pavimentos estão a infiltração, que 
causa danos na estrutura e reduzem a vida útil destas construções, e a capilaridade, 
que ocorre devido à ação da tensão superficial nos vazios do solo acima da linha de 
saturação. Confira abaixo uma imagem retirada da obra Drenagem Subsuperficial de 
Pavimentos com os tipos de infiltração que ocorrem na estrutura: 
http://www.ofitexto.com.br/p/drenagem-subsuperficial-de-pavimentos-.html
http://www.ofitexto.com.br/p/drenagem-subsuperficial-de-pavimentos-.html
http://www.ofitexto.com.br/produto/manual-de-dosagem-de-concreto-asfaltico.html
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
4 
 
 
 
 
Os principais efeitos danosos que a falta de manutenção e drenagem nestes 
pavimentos provocam em rodovias são a redução na resistência dos materiais 
granulares, o bombeamento nos pavimentos de concreto com consequente formação 
de vazios, o bombeamento dos finos da base granular dos pavimentos flexíveis pela 
perda de suporte da fundação, desempenho insatisfatório dos solos expansivos e 
trincamento dos revestimentos. Veja abaixo um exemplo retirado do Drenagem 
Subsuperficial de Pavimentos. 
 
Asfalto (e pavimentação asfáltica) 
O asfalto é uma mistura espessa de materiais aglutinantes e estrutura sólida, 
constituído de misturas complexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa 
molecular. Ele pode ser amolecido com temperaturas entre 150°C e 200°C e tem 
propriedades isolantes e adesivas. Junto a um agregado mineral, funciona como 
agente cimentante e une as partículas que são necessárias para transmitir a carga 
aplicada pela roda dos veículos. É aplicado em espaços urbanos em um processo 
conhecido como pavimentação asfáltica. 
Cada um dos agregados escolhidos para utilizar na pavimentação asfáltica é 
classificado segundo a natureza e distribuição dos grãos, que variam conforme o 
ambiente no qual serão aplicados. Os asfaltos, assim como os pavimentos, também 
exigem manutenção constante para evitar o surgimento de problemas, que vão desde 
buracos até danos maiores nas estruturas. 
Você sabia? 
 
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto2.jpg
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto1.png
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto1.png
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto2.jpg
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto2.jpg
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto2.jpg
http://www.comunitexto.com.br/site2/wp-content/uploads/2013/04/Pavimento_foto2.jpg
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
5 
 
Que embora a maioria das ruas e rodovias tenham o asfalto cinza, já existem locais 
que utilizam asfaltos coloridos com o intuito de dar mais vida para as cidades? 
Um exemplo brasileiro é a Estrada Dona Castorina, no Mirante do Horto (RJ), que foi 
a primeira via da cidade a receber um tipo de asfalto colorido. Segundo a prefeitura 
da cidade, o verde foi escolhido para harmonizar com o ambiente de floresta. 
Outra vantagem deste asfalto é que, além de embelezar o ambiente, é ecologicamente 
correto: a aplicação é feita com temperatura abaixo de 140 graus, reduzindo as 
emissões de gases durante o processo. O material também absorve menos calor, 
aumentando a sua durabilidade para 10 anos. 
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA - TIPOS DE REVESTIMENTOS UTILIZADOS 
Introdução e Objetivo 
Diante da necessidade da ampliação da infraestrutura e melhoria da qualidade do 
sistema rodoviário brasileiro, este trabalho tem como objetivo apresentar os métodos 
empregados em pavimentação asfáltica. 
O trabalho apresenta os materiais utilizados na execução e restauração da 
pavimentação asfáltica brasileira. 
A pavimentação asfáltica é formada por uma estrutura de múltiplas camadas de 
materiais, executada de acordo com o seu uso, sendo que esta é construída sobre 
uma superfície final de terraplanagem compactada. Destina-se a resistir aos esforços 
oriundos do tráfego de veículos e intempéries climáticas ao longo de sua vida útil, 
proporcionando ao usuário melhoria nas condições de deslocamento com conforto e 
segurança. 
Metodologia 
A mistura de agregados minerais, adequadamente processada e proporcionada, é um 
dos métodos mais aplicados no Brasil. Independente do tipo de pavimentação deve o 
material garantir ao serviço executado os requisitos de impermeabilidade, 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
6 
 
flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistência à derrapagem, resistência à fadiga 
e ao trincamento térmico, de acordo com o clima e o tráfego previsto para o local. 
Podem ser misturas Usinadas a Quente, como o CBUQ (concreto betuminoso usinado 
a quente), método mais utilizado no Brasil. São realizados em usinas estacionárias e 
transportada por caminhão até a pista onde será aplicado. 
Outro tipo de mistura, a Frio, realizada em usina estacionária própria, empregam 
emulsões asfálticas como ligante para envolver os agregados. 
Independente do tipo de mistura a ser utilizada, cabe ao engenheiro de pavimentação, 
adotar às especificações regionais ou nacionais de acordo com as normas para a 
adequada execução da obra. 
Resultados 
O sistema de pavimentação é formado por quatro camadas principais: revestimento 
de base asfáltica, base, sub-base e reforço do subleito. Dependendo da intensidade 
e do tipo de tráfego, do solo existente e da vida útil do projeto, o revestimento pode 
ser composto por uma camada de rolamento e camadas intermediárias ou de ligação. 
Mas nos casos mais comuns, utiliza-se uma única camada de mistura asfáltica como 
revestimento. 
Como foi explanado, o asfalto pode ser fabricado em usina específica (misturas 
usinadas), fixa ou móvel, ou preparado na própria pista (para tratamentos superficiais). 
Além da forma de produção, os revestimentos também podem ser classificados 
quanto ao tipo de ligante utilizado: a quente, com o uso de concreto asfáltico, o 
chamado Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) ou a frio com o uso de 
emulsão asfáltica (EAP). 
As misturas asfálticas usinadas a frio são indicadas para revestimento de ruas e 
estradas de baixo volume de tráfego, ou ainda como camadaintermediária (com 
concreto asfáltico superposto) e em operações de conservação e manutenção. Neste 
caso, as soluções podem ser pré-misturadas e devem receber tratamentos 
superficiais posteriores. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
7 
 
Para corrigir defeitos superficiais são indicados os revestimentos abaixo: 
 Lama asfáltica - selagem de trincas e rejuvenescimento. 
 Tratamento superficial simples ou duplo - selagem de trincas e restauração da 
aderência superficial. 
 Microrrevestimento asfáltico a frio/quente - selagem de trincas e restauração 
da aderência superficial quando há condição de ação abrasiva acentuada do 
tráfego. 
 Concreto asfáltico - quando o defeito funcional principal é a irregularidade 
elevada. 
 Mistura do tipo camada porosa de atrito, SMA ou misturas descontínuas 
- melhoraria da condição de atrito e do escoamento de água superficial. 
 
Considerações Finais 
A discrepância da pavimentação nacional se analisadas trechos de rodovias situada 
num mesmo estado é visível. Isso se dá mediante editais e contratações de empresas 
sem know-how para executar as obras e falta de fiscalização adequada. 
Para a correta execução da pavimentação deve-se exigir um edital claro com 
recomendações obrigatórias, recomendando a não subcontratações para que as 
responsabilidades das partes envolvidas fiquem bem definidas. 
 
Pavimentação asfáltica e os desafios da Segregação de material 
 
Em um artigo exclusivo, Humberto Cardoso, engenheiro e expert em equipamentos 
para construção de estradas da Volvo, comenta sobre as principais causas de 
segregação na pavimentação asfáltica e fornece dicas valiosas para evitar esse 
problema e conseguir um resultado final de alta qualidade. 
 
A segregação de material ocorre quando este deixa de apresentar características 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
8 
 
homogêneas. Esse processo pode ser de natureza mecânica, quando ocorre a 
separação dos resíduos em partículas grossas e finas de uma mistura asfáltica, ou 
térmica, ocasionando diferenças de temperatura ao longo da camada de asfalto. 
 
O material segregado gera um pavimento com qualidade inferior, que costuma 
apresentar problemas de rugosidade e, principalmente, falhas prematuras na camada 
de asfalto. Esses fatores acabam reduzindo a vida útil da pavimentação. 
 
 
As causas da segregação de material 
 
Diversos fatores podem ocasionar o processo de segregação. A seguir, 
relacionamos as 12 causas mais comuns: 
 
1. Projeto da mistura asfáltica 
2. Pilhas de material 
3. Carregamento dos silos da usina 
4. Alimentação pelos silos da usina 
5. Comportas de material aquecido 
6. Operação do drum mixer 
7. Comportas do misturador 
8. Silos de armazenamento 
9. Sistema de descarregamento 
10. Transporte em caminhão 
11. Descarregamento do caminhão 
12. Operação da vibroacabadora 
 
De acordo com os fatores acima, constata-se que a segregação costuma ter 
diversas causas que, em sua grande maioria, ocorrem na operação da usina de 
asfalto (itens 1 a 9). Duas das causas podem ser atribuídas ao transporte e ao 
carregamento de material, e apenas uma delas pode estar relacionada à operação 
da vibroacabadora. 
Dicas para evitar a segregação 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
9 
 
O que fazer, então, para evitar esse problema? Cuidados básicos podem diminuir o 
risco de ocorrer segregação. Considerando que o ajuste da usina de asfalto foi feito 
de forma precisa, não gerando segregação de materiais, focaremos em alguns 
cuidados relacionados ao transporte do material e à operação da vibroacabadora. 
 
Ao carregar o caminhão, ao invés de depositar o material em um único ponto central, 
o recomendado é que a carga seja feita em três ou mais pontos, dependendo do 
tamanho da caçamba, conforme apresentado a seguir. 
 
 
 
O silo da vibroacabadora deve ser carregado de forma contínua e constante, 
mantendo pelo menos 1/3 de sua capacidade total preenchida. 
 
É importante observar constantemente se há material aderido às superfícies da 
caçamba do caminhão. Caso isso ocorra, o fluxo de material da caçamba até o silo 
poderá ser irregular, uma vez que serão criados caminhos preferenciais para o 
material, causando segregação. 
 
Assim como ocorre no caminhão, o material pode aderir às paredes laterais do silo, 
causando segregação térmica e/ou mecânica. Para diminuir o risco de que isso se 
torne um problema, o operador tem duas opções: após o início dos trabalhos, não 
fechar jamais as abas laterais do silo até o final da jornada, ou fechá-las ao final de 
cada carga do caminhão (carregamento de material). 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
10 
 
O fluxo de material do silo da vibroacabadora até a mesa é outro ponto de atenção 
para evitar segregação de material e, por consequência, problemas na pavimentação. 
As velocidades das correntes transportadoras e dos sem-fins devem ser ajustadas de 
tal forma que o consumo de material seja adequado à quantidade de caminhões que 
alimentam a vibroacabadora. Isso permitirá uma pavimentação contínua e 
homogênea. 
 
Tomando esses cuidados, o risco de que haja segregação de material no transporte 
e operação da vibroacabadora será reduzido e a qualidade final do pavimento será 
alcançada. 
 
Glossário 
 
Segregação: Ação de segregar, de separar, de isolar, de desunir; ato de se afastar. 
 
Silo: reservatório fechado, de construção acima ou abaixo do solo, próprio para 
armazenamento de material granuloso, como cereais, cimento etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
11 
 
2- DESMATAMENTOS 
 
O desmatamento ou desflorestamento refere-se à eliminação total ou parcial de 
qualquer tipo de cobertura vegetal. Atualmente, é considerado um dos maiores 
problemas ambientais. 
Desmatamento da Floresta 
Amazônica 
Desmatamento no Brasil 
No Brasil, houve um grande avanço no desmatamento com a chegada dos 
portugueses em 1500, os quais exploravam o pau-brasil para venda na Europa. 
Contudo, com a Revolução Industrial do século XVIII, o desmatamento mundial 
alcançou uma aceleração sem precedentes. 
O Brasil, assim como outros países tropicais, sofre com elevadas taxas de 
desmatamento. Entre as causas do desmatamento, destacam-se: 
 Atividade agrícola e pecuária, responsável por 80% do desmatamento mundial; 
 Urbanização; 
 Exploração comercial de madeira, principalmente madeira de lei. 
Estima-se que desde 1970, o Brasil já perdeu 18% das suas florestas por conta do 
desmatamento. Em tamanho, esse valor equivale ao território dos estados Rio Grande 
do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. 
https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
12 
 
Apesar de alguns anos mostrarem redução nas taxas de desmatamento, sabe-se que 
ele tem aumentado ao longo do tempo em todo o Brasil. 
Desmatamento na Amazônia 
O desmatamento é a atividade humana que mais afeta a Amazônia. A área desmatada 
já é maior que o território da França. 
Para se ter um exemplo da ameaça do desmatamento para a conservação da 
Amazônia, em 2001, as áreas desmatadas compreendiam 11% da Floresta 
Amazônica brasileira. 
Quase 80% das áreas desmatadas da Amazônia tornaram-se passagens ou florestas 
em regeneração. 
Entre 2015 e 2016, o desmatamento da Amazônia atingiu 7.989 km2, conforme o 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse valor representa aumento de 
cerca de 30% em relação ao registrado entre 2014 e 2015. 
O arco do desmatamento é a região de 500 mil km2 onde se concentra o 
desmatamento na Amazônia. Ele compreende os extremos leste e sul da região, nos 
estados de Rondônia, Acre, Mato Grosso e Pará. 
Nessa região, a atividade agrícola, especialmente produção de soja, avança para o 
interior da floresta e compromete a sua conservação. 
Para conter o desmatamento da Amazônia, em 2004, foi criado o Planode Ação para 
Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. 
A região também é monitorada por satélites para que as áreas desmatadas possam 
ser registradas e os responsáveis pela ação sejam punidos. 
Desmatamento na Mata Atlântica 
A Mata Atlântica representa o primeiro bioma brasileiro a ser desmatado. A 
devastação da floresta iniciou ainda na época da colonização com a exploração do 
pau-brasil. 
Atualmente, restam menos de 12% da sua cobertura vegetal original. 
https://www.todamateria.com.br/amazonia/
https://www.todamateria.com.br/floresta-amazonica/
https://www.todamateria.com.br/floresta-amazonica/
https://www.todamateria.com.br/amazonia-legal/
https://www.todamateria.com.br/mata-atlantica/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
13 
 
No período de 2015 a 2016, os estudos indicam um desmatamento de 290 Km2, na 
Mata Atlântica, o que representa um aumento de 57,7% em relação ao período 
anterior. A Bahia foi o Estado que mais desmatou. 
Desmatamento no Cerrado 
A atividade agropecuária é a principal responsável pelo desmatamento do Cerrado. 
Como nos outros biomas brasileiros, as suas taxas de desmatamento também estão 
aumentando. 
O Cerrado perdeu 9.483 km2 de vegetação no ano de 2015. Esse valor é superior ao 
desmatamento da Amazônia, no mesmo ano. 
Estima-se que existam apenas 20% da sua vegetação original. Algumas projeções 
indicam que se a devastação da área não for controlada, o Cerrado pode desaparecer 
até 2030. 
Quais são as consequências do desmatamento? 
O desmatamento possui uma série de consequências que não se resumem apenas 
ao ambiente natural, mas também à vida dos seres humanos. 
As florestas impedem a erosão e desertificação do solo, reciclam o gás carbônico e 
auxiliam na harmonização climática, especialmente no regime de chuvas. 
As principais consequências do desmatamento são: 
 Perda de biodiversidade; 
 Exposição do solo à erosão; 
 Perda de serviços ambientais; 
 Desertificação; 
 Aquecimento global; 
 Contribuição para intensificação do efeito estufa, pois o desmatamento libera 
quantidades significativas de gases de efeito estufa. 
E quais as suas causas? 
O desmatamento pode ter alguma causa natural, porém, a atividade humana é a 
principal responsável pelo processo. 
https://www.todamateria.com.br/cerrado/
https://www.todamateria.com.br/biodiversidade/
https://www.todamateria.com.br/erosao/
https://www.todamateria.com.br/desertificacao/
https://www.todamateria.com.br/aquecimento-global/
https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
14 
 
As causas do desmatamento são variadas, mas incluem desde a necessidade pelos 
produtos da floresta (madeira, remédios, frutos, fibras, caça, etc), até a expansão das 
cidades. 
Um fato é que o ser humano destrói essas áreas desde os tempos pré-históricos para 
atender as suas necessidades. 
Uma das formas de realizar o desmatamento é através das queimadas. 
Desmatamento no mundo 
Os países desenvolvidos foram os primeiros a destruir suas florestas para obter 
ganhos econômicos. Assim, boa parte das áreas vegetadas dos países considerados 
mais ricos estão totalmente destruídas. 
Atualmente, os países em desenvolvimento são os principais responsáveis pelo 
desmatamento no mundo. 
Quais são as áreas mais desmatadas no mundo? 
 Florestas da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico); 
 Nova Zelândia (Oceania); 
 Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei-Ásia-Pacífico); 
 Filipinas (Ásia-Pacífico); 
 Mata Atlântica (América do Sul); 
 Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia); 
 Província Florística da Califórnia (América do Norte); 
 Florestas Costeiras da África Oriental (África); 
 Madagascar e ilhas do Oceano Índico (África); 
 Florestas de Afromontane (África Oriental). 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/queimadas/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
15 
 
3- NIVELAMENTO PRIMITIVO 
 
levantamento topográfico 
 
Importância da topografia para a obra 
Para a execução de um bom projeto, a primeira etapa é solicitar um serviço de 
levantamento topográfico do terreno, até porque, 80% dos problemas na etapa de 
execução, estão relacionados a erros não solucionados nesta etapa do projeto 
A topografia fornece as informações sobre a área de implantação. Um bom 
levantamento topográfico resulta numa maior e mais precisa gama de informações 
essenciais ao projeto. Significa descrição exata e detalhada de um lugar, 
determinando as dimensões, elementos existentes, desníveis, acidentes geográficos. 
Por principal objetivo representar graficamente, através da planta de levantamento 
topográfico, todas as características de uma área, incluindo o relevo, curvas de nível, 
perfil longitudinal, seções transversais, elementos existentes no local, metragem, 
cálculo de área, pontos cotados, norte magnético, coordenadas geográficas, 
acidentes geográficos. Dessa forma torna-se uma atividade fundamental tanto na 
etapa do projeto quanto na execução da obra. 
http://gbcengenharia.com.br/blog/importancia-da-topografia-para-a-obra/
http://gbcengenharia.com.br/blog/importancia-da-topografia-para-a-obra/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
16 
 
“Vale mais investir um pequeno valor para ter a certeza do que investir um grande 
valor na incerteza”. 
A planta topográfica deve ser executada através da utilização de equipamentos de 
alta precisão e sempre com certificado de aferição válido, e obedecer as normas 
técnicas e a boa prática de execução em campo, afirma Liércio F. Motta Jr., 
profissional da área. 
 
A partir da análise das etapas da construção constata-se que esta atividade envolve 
o espaço urbano e social. O levantamento topográfico não serve somente para ter a 
certeza da metragem de uma determinada área, considerando todos os elementos 
existentes no local, ou seja, meio fios, arruamentos internos, alinhamentos de muros 
e cercas, árvores, caixas de drenagem, postes, entre outros. Com o levantamento 
planialtimétrico em mãos o projetista Liércio tem perfis longitudinais e seções 
transversais precisas, representativas e de fácil visualização ajudando na avaliação 
não somente do preço, se o projeto será viável financeiramente. 
http://gbcengenharia.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/05/topografia.jpg
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
17 
 
 
Na fase de execução da obra, a topografia serve de instrumento técnico para evitar 
erros e os seguintes serviços fazem parte dela: demarcação dos limites do terreno, 
locação de nivelamento dos furos de sondagem, demarcação do esquadro da obra, 
locação de estacas, locação de pilares, nivelamento do terreno, acompanhamento das 
prumadas dos pilares, nivelamento dos pisos e lajes, marcações das áreas de lazer e 
jardim, modificação da obra, entre outros. 
A topografia se faz presente durante todas as etapas do processo construtivo desde 
o projeto até finalização. Daí sua vital importância agregada ao custo benefício já que 
a topografia consome entre 5% a 7% dos gastos da fase de projeto. 
Com as dicas acima, Liércio F. Motta Jr. mostra a importância da topografia na 
execução de um projeto e mostra alguns detalhes que podem passar despercebidos. 
http://gbcengenharia.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/05/topografia_6.jpg
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
18 
 
 
Retificação de Registro 
O que é retificação de registro? 
Retificar significa corrigir. A retificação de registro é um procedimento que pode ser 
judicial (feito perante um Juiz) ou extrajudicial (feito diretamente no Cartório de 
Registro de Imóveis) e que tem como finalidade a correção de erros, omissões e 
imperfeições que, porventura, existam na descrição do imóvel ou nos dados das 
pessoas que constam no registro. 
Em que casos o registro pode ser retificado? 
A Lei Federal n. 6.015/73 autoriza a retificação do registro nas seguintes situações: 
1) de ofício (sem a necessidade do requerimento do interessado) ou a requerimento 
do interessadonos casos de: 
a) omissão ou erro contido na transposição de qualquer elemento do título – (quando 
o documento levado a registro está correto e o Cartório ao fazer o registro deixa de 
constar algum dado ou consta de forma incorreta); 
b) indicação ou atualização de confrontação; 
c) alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento 
oficial – (alteração do nome da via pública – rua, avenida, praça, etc.- para qual o 
imóvel confronte, mediante certidão emitida pela Prefeitura Municipal); 
http://gbcengenharia.com.br/blog/retificacao-de-registro/
http://gbcengenharia.com.br/blog/retificacao-de-registro/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
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d) retificação que vise à indicação de rumos, ângulos de deflexão ou inserção de 
coordenadas georreferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais; 
e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das 
medidas perimetrais constantes do registro – (quando não conste do registro a área 
total do terreno, ou ainda, quando esta estiver errada, desde que a área possa ser 
calculada pelas medidas que já constem do registro); 
f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido 
objeto de retificação – (quando um dos lados do imóvel confronte com um imóvel que 
já tenha retificado a mesma medida); 
g) inserção ou modificação dos dados, comprovada por documentos oficiais ou 
mediante despacho judicial quando houver necessidade de produção de outras 
provas; 
2) a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida 
perimetral de que resulte, ou não, alteração de área. Dica: O procedimento para a 
apuração de remanescente é idêntico ao procedimento de retificação de registro. 
No caso de fazer uma retificação de registro extrajudicial (diretamente no 
Cartório) para alteração de área ou de medidas do imóvel, como devo proceder 
e quais os documentos que tenho que levar ao Cartório de Registro de Imóveis? 
1) requerimento com firma reconhecida; 
2) planta do levantamento topográfico do imóvel e memorial descritivo assinados pelo 
proprietário, técnico responsável (engenheiro, agrimensor, topógrafo, arquiteto ou 
outro profissional habilitado pelo CREA ou CAU), e pelos confrontantes (vizinhos), 
com as firmas reconhecidas; 
3) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade 
Técnica (RRT) do profissional que assinou a planta, devidamente quitada; 
4) certidão da matrícula (ou transcrição) do imóvel que se pretende a retificação; 
5) certidões das matrículas (ou transcrições) dos imóveis confrontantes (vizinho); 
6) certidão de confrontação do imóvel que se pretende retificar (caso tenha 
necessidade), emitida pela Prefeitura Municipal. Outros documentos poderão ser 
exigidos conforme o caso. 
Como devo proceder caso não obtenha as assinaturas (concordância) dos 
confrontantes na planta da retificação? 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
20 
 
Você deverá requerer ao Cartório de Registro de Imóveis que notifique o(s) 
confrontante(s) (proprietário e ocupante) que não assinaram a planta para que se 
manifestem sobre a retificação. Neste requerimento deverá constar o nome e o 
endereço onde possa ser localizado. Estando a retificação em ordem (sem nenhuma 
exigência), o Oficial do Cartório notificará o confrontante para se manifestar sobre a 
retificação no prazo de 15 (quinze) dias. Caso o confrontante não se pronuncie neste 
prazo, o Oficial do Cartório fará a averbação da retificação solicitada. Caso algum dos 
confrontantes não concordando com a retificação manifeste por escrito os motivos de 
sua discordância, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, o Oficial intimará o requerente 
e o técnico responsável (que assinou a planta) para se manifestarem sobre o fato, no 
prazo de 05 (cinco) dias. Havendo acordo, a retificação será averbada. 
Qual o valor da averbação da retificação de registro? 
Os emolumentos serão calculados pelo item 2 da Tabela de Registro de Imóveis (Lei 
Estadual nº 11.331/02). Base de cálculo: o valor venal do imóvel (terreno + 
construção). 
 
Topografia 
O que é Topografia? 
“Vale mais investir um pequeno valor para ter a certeza do que investir um grande 
valor na incerteza.” Topografia significa a descrição exata e detalhada de um lugar, 
determinando as dimensões, elementos existentes, variações altimétricas, acidentes 
http://gbcengenharia.com.br/blog/topografia/
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TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
21 
 
geográficos, etc. A Topografia fornece dados, obtidos através de cálculos, métodos e 
instrumentos que permitem o conhecimento do terreno, dando base para execução 
de projetos e obras realizadas por engenheiros ou arquitetos. Sendo fundamental 
tanto na etapa de projeto quanto na execução da obra. 
A Topografia tem por principal objetivo representar graficamente, através da planta de 
levantamento topográfico, todas as características de uma área, incluindo o relevo, 
curvas de nível, elementos existentes no local, metragem, cálculo de área, pontos 
cotados, norte magnético, coordenadas geográficas, acidentes geográficos, etc. 
Devendo a planta topográfica ser elaborada através de utilização de equipamentos 
apropriados e métodos de medição e representação gráfica considerando-se os 
parâmetros, metodologia e legislação a fim de fornecer um trabalho topográfico de 
acordo com as normas técnicas. Não se deve confundir Topografia com Geodésia, 
pois enquanto a Topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção da 
superfície da terra, a Geodésia tem por finalidade mapear grandes porções. 
A área de TOPOGORAFIA tem se tornado cada vez mais complexa decorrente dos 
avanços tecnológicos. Como resultado destes avanços, ocorre que no Brasil, tanto em 
pequenos quanto em grandes centro urbanos, existe uma grande carência de 
profissionais desta área. Com a retomada do crescimento econômico brasileiro a partir 
do governo Lula, constatou-se que existe uma grande lacuna na área tecnológica, o 
país ficou mais de vinte anos estacionado, onde diversos cursos técnicos de diversas 
áreas foram fechados, no entanto para crescer é preciso ter pessoal bem treinado e 
em se tratando de topografia, dela dependem diversas outras atividades, tais como: 
construção civil, mineração, ferrovias, obras de urbanização pública, linhas de 
transmissão, controle dimensional industrial, pavimentação, arquitetura, paisagismo, 
etc. 
Em se tratando de equipamentos topográficos de última geração, o mais utilizado é a 
Estação Total, pois permite que todos os dados coletados no campo sejam gravados 
e depois descarregados no computador onde serão processados. Este equipamento 
permite não somente trazer os dados de campo como também gravar os dados que 
serão utilizados no campo, ou seja, para realizar a locação de uma área ou 
implantação pontos, as coordenadas são gravadas na estação total para serem 
materializadas no campo. Este processo evita inúmeros erros e agiliza do serviço. O 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
22 
 
G.P.S. (Global Position Sistems) tornou-se indispensável para a topografia, visto que 
além de amarrar a área na coordenadas oficiais U.T.M., possibilita o mapeamento de 
grandes áreas com precisão e em curto espaço de tempo. 
A Importância da Topografia para a Construção Civil e a Arquitetura 
Analisando as etapas da construção civil pode-se constatar que esta atividade está 
envolvida no desenvolvimento principalmente urbano e social. O construtor tem a idéia 
de adquirir uma propriedade para nela construir um empreendimento imobiliário. A 
primeira coisa que o construtor deverá fazer é solicitar um serviço de levantamento 
plani-altimétrico cadastral do terreno. O levantamento topográfico não serve somente 
para se ter a certeza da metragem de uma determinada área, é muito mais do que 
isso, em mãos do levantamento plani-altimétrico,o construtor terá como avaliar não 
somente o preço, como também se o seu investimento lhe trará retorno financeiro. O 
levantamento topográfico proporciona uma real visão do terreno. 
A verificação da real geometria e altimetria do terreno traz segurança ao engenheiro 
ou arquiteto que for realizar um estudo de massa. Um levantamento topográfico bem 
apurado, deverá considerar todos os elementos existentes no local, tais como: meio 
fios, arruamentos internos, alinhamentos de muros e cercas, marcos demarcatórios, 
árvores, caixas de drenagem, postes, ralos, edificações existentes, edificações 
confrontantes, indicação do sentido do trânsito, existência de rios ou córregos 
próximos ao terreno, pontos cotados, curvas de nível, taludes, rochas, etc. Conclui-se 
portanto, que é imprescindível realizar o levantamento topográfico do terreno antes de 
investir cegamente num negócio imobiliário. 
Na fase de execução da obra, a topografia serve de instrumento técnico para evitar 
erros, podemos citar os seguintes serviços: 
Demarcação dos limites do terreno, locação de nivelamento dos furos de sondagem, 
demarcação do esquadro da obra, locação de estacas, locação de pilares, 
nivelamento do terreno, acompanhamento das prumadas dos pilares, nivelamento do 
pisos e lajes, marcações das áreas de lazer e jardim, as-built da obra, etc. Dentre as 
exigências dos Órgãos Públicos (SERLA, Rio-Águas, FEEMA e SMAC) para 
aprovação de projetos urbanos, algumas soluções são dadas pela topografia, tais 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
23 
 
como: Amarração do terreno em coordenadas geográficas U.T.M. utilização de R.N. 
(referencial de nível) oficial da Prefeitura local., cadastro de vegetação para aprovação 
junto ao SMAC e Parques e Jardins, etc. 
 
COMO UTILIZAR DIFERENTES TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO 
TOPOGRÁFICO? 
Um levantamento topográfico refere-se a um conjunto de métodos e processos onde, 
seja por meio de medições topográficas (ângulos horizontais, verticais, distâncias 
horizontais ou inclinadas e diferença de nível) ou por meio do uso de receptores 
GNSS, realiza-se medições sobre a superfície terrestre com a finalidade de 
representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana. 
 
Figura 1: Exemplo de Planta Topográfica 
Nesta aplicação espera-se uma precisão posicional ao nível de poucos 
centímetrospara os pontos levantados. Considerando-se a topografia convencional, 
http://gbcengenharia.com.br/blog/como-utilizar-diferentes-tecnicas-de-levantamento-topografico/
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TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
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tais medições podem ser executas utilizando-se de Estações Totais (levantamentos 
planialtimétricos), níveis (levantamento altimétrico) ou ainda, com menor precisão, de 
teodolitos (levantamentos planialtimétricos ao nível de decímetros). 
 
Figura 2: Levantamentos por topografia convencional 
Pode-se ainda utilizar um receptor GNSS para esta finalidade. Neste caso, adota-se 
o uso da fase de batimento da portadora (receptores L1 e/ou L1/L2), pelo método 
relativo pós-processado, utilizando-se os métodos de posicionamento Estático, 
Rápido-Estático, Stop and Go e Cinemático. 
O método Estático é caracterizado por tempos de posicionamento superiores a 20 
minutos, enquanto no método rápido-estático os tempos de posicionamento são 
inferiores a 20 minutos. Nos dois métodos são gerados 1 arquivo de dados brutos para 
cada ponto levantado, os quais deverão ser processados a partir dos dados brutos 
coletados no ponto Base, onde nesta deve-se ter um receptor GNSS coletando as 
observáveis GNSS durante todo o tempo em que o receptor móvel estiver sendo 
utilizado. Estes dois métodos são mais indicados em áreas em que haja ocorrência 
significativa de obstruções necessitando, portanto, de um tempo maior de 
posicionamento para garantir a fixação das ambiguidades (solução fixa). 
 
Figura 3: Levantamento de Perímetro pelo método Rápido-Estático. 
O método Stop and Go é indicado para o levantamento de áreas livres de obstruções, 
tornando-se vantajoso devido a possibilidade de redução no tempo de 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
25 
 
posicionamento. Normalmente adota-se um procedimento de inicialização, que 
consiste em posicionar sobre um ponto qualquer e deixá-lo rastreando as observáveis 
por pelo menos 5 minutos (podendo-se permanecer por um tempo maior caso julgue 
necessário). Em seguida, os demais pontos do levantamento serão observados com 
um tempo mais curto. Normalmente recomenda-se pelo menos 30 épocas para cada 
ponto. Nesse contexto, configurando-se os receptores Base e Rover com uma taxa 
de gravação de 1 segundo, bastariam 30 segundos de posicionamento nos demais 
pontos do levantamento. Vale salientar que caso haja perda de sinal durante o trajeto 
entre os pontos, haverá a necessidade de uma nova inicialização de pelo menos 5 
minutos. Neste método será gerado apenas um arquivo de dados brutos, o qual 
deverá ser processado a partir dos dados brutos coletados no ponto Base. 
 
Figura 4: Levantamento de Perímetro pelo método Stop and Go. 
O método cinemático é indicado para o levantamento de feições tais como estradas, 
córregos, limites de talhões, etc., e assim como o método Stop and Go, convém-se 
utilizá-lo em áreas livres de obstruções. A coleta das observações neste método será 
realizada configurando-se o receptor para armazenar os pontos pelo tempo ou pela 
distância percorrida, uma vez que o receptor móvel estará em movimento durante todo 
o trajeto. 
 
Figura 5: Levantamentos pelo método Cinemático. 
Nos quatro métodos citados, em sequência ao pós-processamento dos dados, serão 
obtidas coordenadas com precisões ao nível de poucos centímetros. Convém 
salientar que o receptor Base não deverá estar a mais que 20 km dos pontos 
levantados, sendo este o raio de trabalho a ser adotado. 
Ainda considerando-se a aplicação em Levantamentos Topográficos, pode-se utilizar 
das técnicas de posicionamento em tempo real (RTK). Estas se tornam mais 
produtivas e confiáveis uma vez que durante a etapa de levantamento tem-se as 
correções em tempo real, permitindo assim acompanhar a solução do vetor (fixo ou 
flutuante) e a precisão obtida no mesmo instante do levantamento. Nestas condições 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
26 
 
o tempo de posicionamento será rápido, uma vez que apenas uma época será 
necessária para registro de cada ponto de interesse. 
 
Figura 6: Levantamentos pela técnica RTK/UHF ou RTK/GSM. 
 
Estudo de caso de um levantamento topográfico altimétrico realizado com 
estação total e laser Scanning terrestre 
Introdução 
http://gbcengenharia.com.br/blog/estudo-de-caso-de-um-levantamento-topografico-altimetrico-realizado-com-estacao-total-e-laser-scanning-terrestre-2/
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TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
27 
 
Nos últimos anos houve um grande avanço no desenvolvimento de técnicas e 
tecnologias nas áreas de agrimensura, topografia, geodésia, cartografia 
geoprocessamento, sensoriamento remoto, aerofotogrametria etc. proporcionando 
grande desenvolvimento as ciências geomáticas. Deste modo, as metodologias e 
técnicas utilizadas nos trabalhos topográficos, geodésicos e cartográficos, têm sofrido 
constantes evoluções nos seus planejamentos e execuções. 
Essas constantes evoluções e atualizações dos equipamentos aplicados aos 
levantamentos topográficos e geodésicos vêm aperfeiçoando os métodos de 
medições sejam eles convencionais, com teodolitos,níveis, estação total, receptores 
GNSS etc. e ou remotos com restituições aerofotogramétricas, restituições por 
imagens orbitais, laser scanning terrestre e aerotransportado etc. 
Com essas evoluções e atualizações inúmeras situações e características influem na 
qualidade e no custo final de um levantamento topográfico e geodésico, podendo 
assim gerar dados e informações não fidedignas e até mesmo fora da realidade do 
local levantado, bem como não proporcionar lucro ou até mesmo gerar prejuízo ao 
profissional ou empresa executante. 
Assim, criou-se a necessidade de analisar a qualidade dos dados levantados e o 
melhor custo/benefício entre as principais metodologias e técnicas utilizadas 
atualmente para os levantamentos planialtimétricos. Desta forma, através de um 
estudo de caso, optou-se em analisar e comparar um levantamento da altimetria de 
uma mesma área, levantado através do uso de estação total com prisma e de um laser 
scanning terrestre. 
Neste trabalho, para a comparação da qualidade dos dados topográficos foi feito um 
estudo de caso onde foram calculados os volumes de corte e aterro entre a topografia 
atual do terreno levantada com uso de uma estação total e de um laser scanning 
terrestre, em relação a uma topografia projetada, simulando, por exemplo, bancadas 
de um projeto de engenharia. E para a definição do melhor custo/benefício são 
comparados os dados quantitativos de tempo e custo, bem como os dados qualitativos 
das diferenças volumétricas encontradas entre o levantamento realizado com a 
Estação Total e com o Laser Scanning. 
Metodologia 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
28 
 
O estudo de caso foi feito em uma área total de 20 hectares (400 x 500m), localizada 
na região metropolitana de Belo Horizonte, nas divisas municipais de Ibirité, Sarzedo 
e Brumadinho, na serra dos Três Irmãos – vide figura 01. 
 
Figura 01 – Mapa de Localização da Área em Estudo Fonte: Mapa gerado pelos 
autores. 
Os quatro vértices limítrofes da área estão georreferenciados pelo sistema geodésico 
brasileiro, na projeção Universal Transverso de Mercator – UTM, datum SIRGAS-
2000, meridiano central 45° W.Gr., com coordenadas: 597.402,31E e 7.779.704,99N; 
597.741,90E e 7.779.916,35N; 598.006,13E e 7.779.491,87N e 597.666,54E e 
7.779.280,49N. 
A área de estudo está posicionada na vertente norte da serra dos Três Irmãos. O 
relevo local é, portanto montanhoso, com topografia extremamente acidentada e 
declividades íngremes (quase metade da área tem declividade acima de 45%). A 
variação altimétrica na área de estudo é de 252 m, sendo a menor cota é de 1.140 m 
e a maior 1.392 m (altitudes elipsoidais). 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
29 
 
A porção norte da área, da base da serra à meia encosta, encontra-se 
predominantemente antropizada, com inúmeras bancadas abandonadas, taludes de 
corte e uma estrada vicinal, com fácil acesso a mesma. Já a porção mais ao sul, da 
meia encosta ao topo da serra, apresenta pouco antropizada, com topografia mais 
homogênea, fortes declives e acidentes naturais, com difícil acesso em grande parte 
da mesma – vide figuras 02 e 03. 
 
Figura 02 – Imagem Orbital da área em estudo com vista em planta e em 3D. Fonte: 
Mapa gerado pelos autores. 
 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
30 
 
 
Figura 03 – Vista geral da área em estudo. Fonte: Fotografia gerada pelos autores 
O levantamento topográfico da área em estudo foi realizado através de duas 
metodologias distintas: na primeira foi realizado um levantamento convencional 
utilizando uma estação total e duas miras; na segunda delas foi realizado um 
levantamento com o Laser Scanning terrestre. 
Ambos os levantamentos foram georreferenciados pelo sistema geodésico brasileiro, 
utilizando um par de receptores geodésicos da Topcon, modelo Hiper Lite (dupla 
freqüência + RTK). 
Para correção diferencial das coordenadas obtidas no levantamento foram 
determinadas primeiramente as coordenadas geodésicas da estação utilizada como 
base pelo método relativo, tendo como referência as estações da Rede de 
Monitoramento Contínuo (RMBC) de Belo Horizonte, Viçosa, Governador Valadares, 
Inconfidentes e Rio de Janeiro. 
Após a determinação das coordenadas da base, as coordenadas das demais 
estações de trabalho foram determinadas em tempo real com uso de receptor GNSS 
L1/L2 e RTK nestes locais foram instalados a estação total e o Laser Scanning. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
31 
 
A estação total utilizada é da marca Topcon, modelo GTS-239W, que tem como 
principais características: leitura direta de 1” e precisão de 9”, alcance de 2.000 metros 
com 1 prisma e 2.700 metros com 3 prismas, precisão linear de 3mm + 3ppm, com 
compensador simples, coletor de dados interno com memória para 8.000 pontos com 
todos atributos ou 16.000 pontos de coordenadas e medição de pontos inacessíveis. 
Já o Laser Scanning utilizado é fabricado pela Riegl, modelo LMS-Z620, que tem como 
principais características: alcance máximo de 2000m, precisão de 10mm até 100m, 
taxa de medição de até 11.000 pontos por segundo, base inclinatória, campo de visão 
de 360° horizontal e 80° vertical, compensador de até 10°, autonomia de 08 horas/01 
bateria e câmara digital acoplada (destacável). 
Para melhor análise dos dados levantados em campo, dividiu-se a área total levantada 
(20 hectares) em 04 partes iguais, subdividindo assim, em áreas contíguas de 5 
hectares (200 x 250m), no intuito de comparar os resultados finais dos levantamentos 
topográficos realizados com Estação Total e com o Laser Scanning, observando as 
características topográficas individuais de cada área, vide figura 04. 
Um controle estatístico básico foi realizado a fim de averiguar as diferenças 
altimétricas entre o modelo digital de terreno gerado do Laser Scanning e os pontos 
topográficos irradiados pela Estação Total. 
Assim, considerando os pontos topográficos obtidos com a Estação Total como pontos 
de controle, e ao compará-los com as coordenadas mensuradas pelos pontos obtidos 
pelo Laser Scanning, verificou-se que aproximadamente 20% dos pontos topográficos 
da Estação Total coincidiram com os pontos do Laser Scanning em uma distância 
inferior a 30 cm, sendo que nestes pontos amostrados a diferença média altimétrica é 
de 12,252 cm. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
32 
 
 
Figura 04 – Vista da Área em Estudo dividida em 04 (quatro) partes iguais Fonte: Mapa 
gerado pelos autores. 
Nos levantamentos realizados com a Estação Total e com o Laser Scanning foi 
necessária a instalação dos equipamentos em 12 (doze) estações de trabalho. A partir 
daí foram irradiados um total de 816 (oitocentos e dezesseis) pontos com a Estação 
Total, em 27 (vinte e sete) horas de trabalho (3 dias), com 03 profissionais (01 
topógrafo e 02 auxiliares). Enquanto que o Laser Scanning mensurou um total de 
147.284 (cento e quarenta e sete mil e duzentos e oitenta e quatro) pontos 
topográficos (quantidade final após filtragem e limpeza da nuvem de pontos bruta), 
em 06 (seis) horas de trabalho, com apenas 01 (um) operador, vide tabela 01. 
Atualmente, o preço médio da diária cobrado pelas empresas de locação de aparelhos 
topográficos, em Belo Horizonte, para a Estação Total do modelo utilizado é de R$ 
70,00 (setenta reais), enquanto que a diária de um Laser Scanning utilizado é de R$ 
2.500,00. Já os topógrafos, que atuam na região, tem cobrado entre R$ 600,00 
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33 
 
(seiscentos) a R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos) a diária, para realização de 
levantamentos topográficos similares, vide tabela 01. 
 
Tabela 01 – Comparação do Levantamento Topográfico realizado com Estação Total 
e Laser Scanning da Área em Estudo 
A partir dos pontos topográficos levantados em campo foi gerado um modelo 
tridimensional do terreno – MDT, curvas de nível com eqüidistância vertical de até 1m 
e seção longitudinal – videfigura 05 e 06. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
34 
 
 
Figura 05 – Curvas de Nível geradas a partir dos pontos levantados pela Estação 
Total. Fonte: Mapa gerado pelos autores 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
35 
 
 
Figura 06 – Curvas de Nível geradas a partir dos pontos levantados pelo Laser 
Scanning. Fonte: Mapa gerado pelos autores. 
 
No intuito de quantificar as possíveis diferenças entre a topografia do levantamento 
realizado com a Estação Total e do Laser Scanning, foi criada ainda uma topografia 
projetada, simulando um projeto qualquer de engenharia, como por exemplo, uma 
frente de lavra de atividade mineraria, com bancadas de 5 metros de altura, taludes 
com 60° de inclinação e plataforma com 10 metros de largura – vide figuras 07 e 08. 
Assim, foi possível calcular as diferenças de volume de corte/aterro, no presente caso 
apenas corte, entre as topografias levantadas e a projetada. Para a cubagem dos 
volumes de corte entre as topografias foi utilizada a comparação entre 02 (duas) 
superfícies (superfície de base X superfície primitiva ou de referência), sendo o MDT 
gerado das topografias levantadas com a Estação Total e o Laser Scanning a 
superfície de base, e o MDT gerado da topografia projetada à superfície primitiva ou 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
36 
 
de referência. No cálculo de volume entre as superfícies foi utilizado o método de 
interpolação não linear (método dos vizinhos naturais). 
Depois de calculadas as diferenças de volume de corte entre as superfícies 
topográficas levantadas com a Estação Total / Laser Scanning e a projetada, 
observou-se que a diferença na área total em estudo foi de quase 68.000 m³ ou 0,85% 
– ver tabela 2 com os quantitativos calculados. 
 
Figura 07 – Curvas de Nível simulando bancadas em um projeto de engenharia. Fonte: 
Mapa gerado pelos autores. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
37 
 
 
Figura 08 – Seção Longitudinal com o perfil da topografia projetada e as levantadas 
com Estação Total e Laser Scanning. Fonte: Seção Longitudinal gerada pelos autores. 
 
Ao se observar cada uma das 04 (quatro) áreas, a diferença foi de 0,13% na Área 01, 
de 0,47% na Área 02, de 2,60% na Área 03 e de 4,76% na Área 04, evidenciando que 
as maiores diferenças encontradas foram nas áreas com maior dificuldade de 
acessibilidade e conseqüentemente com o menor número de pontos irradiados no 
levantamento com a Estação Total. 
Percebe-se ainda que mesmo nos locais com a topografia mais detalhada e 
heterogênea, mas com maior facilidade de acessos e maior número de pontos 
irradiados, como nas Áreas 01 e 02, a diferença entre os volumes calculados 
chegaram a ser até 36 (trinta e seis) vezes menores se comparados às diferenças 
encontradas nas Áreas 03 e 04. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
38 
 
 
Tabela 02 – Comparação dos volumes de corte calculados entre as superfícies 
topográficas levantadas e a projetada 
 
É importante salientar que mesmo que as discrepâncias de volume sejam 
aparentemente pequenas, onde em uma área com 200.000 m² ou 20 hectares a 
diferença volumétrica entre os levantamentos topográficos foram de apenas 0,85% ou 
68.000 m³, se fosse calculado o volume em um projeto, por exemplo, de uma frente 
de lavra de minério de ferro, estar-se-ia errando no caso em aproximadamente 
170.000 toneladas (cento e setenta mil), onde considerando uma densidade média de 
2,5 ton/m³, valor este que poderia representar nos dias atuais uma diferença financeira 
de R$ 17.000.000,00 (dezessete milhões de reais), tendo em vista que o valor médio 
da tonelada de minério de ferro seja de R$100,00 (cem reais); ou ainda, poderia-se 
calcular erroneamente uma planilha de planejamento do custo final para o transporte 
de material de base para construção de uma grande obra, como por exemplo, uma 
rodovia, com uma diferença de 6.800 (seis mil e oitocentos) caminhões com 
capacidade de 25 (vinte e cinco) toneladas. 
Conclusão 
Com o grande avanço das tecnologias ocorre a cada dia uma revolução nas ciências 
geomáticas. Os métodos de medições e levantamentos remotos estão se tornando 
cada vez mais presente para complemento ou até mesmo como alternativa no 
levantamento topográfico em campo. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
39 
 
Ocorre uma forte tendência que num futuro próximo, os profissionais das áreas de 
topografia, geodésia e cartografia, tenham cada vez menos contato com os locais a 
serem levantados. “À medida que a tecnologia de levantamentos em campo avança, 
cada vez menos é preciso que o profissional tenha contato direto com as áreas e 
objetos a serem mapeados. Até mesmo em trabalhos clássicos de topografia, como 
levantamento “as built”, o uso de técnicas de medição à distância pode ser opção – 
ou um complemento – para os métodos tradicionais de topografia” (FREITAS, 2011). 
Os levantamentos a laser sejam eles aerotransportados ou terrestres, vêm evoluindo 
e avançando a mais de 03 (três) décadas. Com equipamentos capazes de medir 
facilmente mais de 10.000 pontos por segundo, com altíssima precisão, associados 
às grandes facilidades de processamento dos dados, tem um aumento na 
produtividade das atividades nunca imaginado nos levantamentos topográficos 
convencionais. “O baixo tempo para aquisição dos dados gera ganhos de 
produtividade, e, além disso, há a vantagem de não necessitar de alvos refletores e 
de luz. O número de pontos gerados em cada levantamento é da ordem de milhares 
por segundo, as distâncias podem chegar a mais de dois quilômetros, com precisão 
milimétrica” (FREITAS, 2011). 
Uma correta análise do tipo de levantamento topográfico a ser feito, avaliando o nível 
de dificuldade na sua execução, tempo e custo, bem como as características básicas 
necessárias do produto final, ainda associados aos conhecimentos técnicos do 
profissional executante poderão acarretar uma adequada solução na escolha de 
equipamentos e métodos a serem utilizados, evitando assim erros grosseiros e 
prejuízos financeiros. “Várias características e circunstâncias podem influir nos custos 
para a elaboração dos serviços de agrimensura e cartografia e, portanto, diversos são 
os impactos no orçamento dos mesmos. Um serviço executado sem a devida 
apropriação de custos, dificilmente poderá atingir os objetivos e proporcionar o lucro 
justo ao executante. Um profissional responsável e idôneo se verá obrigado a avaliar 
bem a necessidades de seu cliente e as suas antes de formular uma proposta” 
(BUENO, 2009). 
“Informações fidedignas dependem de observações próximas à realidade. Por outro 
lado, de nada adianta a excelente coleta de dados sem as verificações, comprovações 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
40 
 
e um meio eficiente de comunicação com o usuário, que lhe possibilite avaliar todo o 
processo de produção e depreender o seu significado” (BUENO, 2009). 
No estudo de caso realizado pode-se concluir que o método de levantamento 
topográfico utilizando o Laser Scanning Terrestre, nas circunstâncias e condições 
descritas, apresentou um melhor custo/benefício em relação ao levantamento 
convencional utilizando a Estação Total. 
Em relação à qualidade entre metodologias empregadas nos levantamentos fica 
evidente a vantagem do uso do Laser Scanning, nas circunstâncias e condições 
descritas, onde pode mensurar remotamente milhares de pontos topográficos, em um 
tempo significantemente menor se comparadas às metodologias convencionais, 
independente das condições e detalhamento do relevo local. 
O elevado valor da diária na locação do equipamento pode ser facilmente 
compensado pelo ganho de produtividade e qualidade, e conseqüentemente na 
lucratividade do trabalho. 
É importante ressaltar, que nenhuma tecnologia e metodologia empregadas nos 
trabalhos topográficos, geodésicos e cartográficos, substituem integralmente uma à 
outra, devendo ser único e exclusivamente de responsabilidadedo profissional 
através de suas habilidades e conhecimentos técnicos escolher o melhor método e 
equipamentos a serem adotados na execução de um determinado levantamento. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
41 
 
 
A retificação no registro imobiliário (retificação de área) 
1 INTRODUÇÃO 
Como se sabe, deve haver uma literal correspondência entre o título e o registro. 
Decorrência natural do princípio da veracidade registral, a fiel descrição das situações 
fáticas e jurídicas através do registro é que confere ao registrador a necessária 
credibilidade nos meios sociais que legitima esse tão importante munus público. 
A dimensão da relevância do tema em questão liga-se umbilicalmente à força 
probante que deflui do registro público. Assim é que a lei faculta ao titular do direito, 
nos casos de inexatidão ou irregularidade do registro, a sua retificação, de modo a 
extirpar-lhe as incorreções incidentais. 
Com efeito, a tarefa de aprimoramento dos dados registrais conferida ao registrador 
teve sua magnitude adequada à dinâmica reclamada pela prática dos negócios 
jurídicos com o advento da Lei Federal n. 10.931/04. 
http://gbcengenharia.com.br/blog/a-retificacao-no-registro-imobiliario/
http://gbcengenharia.com.br/blog/a-retificacao-no-registro-imobiliario/
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
42 
 
O referido diploma legal introduziu modificações na Lei de Registros Públicos (Lei 
Federal n. 6.015/73) que se prestam à melhor realização dos serviços de registro, por 
possibilitar que a retificação dos dados se dê, em certos casos, no próprio âmbito 
cartorário, tornando despicienda a morosa via judicial. 
Vale lembrar que a retificação não enseja a substituição de um registro por outro, e 
nem tampouco o cancelamento do registro, mas opera tão-somente a correção do erro 
constatado. 
 
2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ALTERAÇÕES LEGAIS 
A Lei Federal n. 10.931/04 introduziu modificações nos artigos 212, 213 e 214 da Lei 
de Registros Públicos (LRP), como se passa a expor. 
Segundo a redação do novo artigo 212, são três as hipóteses ensejadoras da 
retificação. Assim é que quando a averbação ou o registro for a) omisso; b) impreciso; 
ou c) inverídico, poderá ser retificado, de duas maneiras: através de a) a requerimento 
do interessado, em procedimento administrativo; ou b) por ação judicial. 
De acordo com o artigo 213, caput, tal retificação poderá se dar a) de ofício; ou b) a 
requerimento da parte interessada. 
 
3 RETIFICAÇÃO DE OFÍCIO OU A REQUERIMENTO DO INTERESSADO 
Os casos em que se admite a retificação de ofício ou por iniciativa do interessado 
estão elencados no inciso I do artigo 213, in verbis: 
I – de ofício ou a requerimento do interessado nos casos de: 
a) omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento do título; 
b) indicação ou atualização de confrontação; 
c) alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento 
oficial; 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
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d) retificação que vise a indicação de rumos, ângulos de deflexão ou inserção de 
coordenadas georeferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais; 
e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das 
medidas perimetrais constantes do registro; 
f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido 
objeto de retificação; 
g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes, comprovada 
por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando houver necessidade 
de produção de outras provas; 
Como se sabe, pelo princípio da instância ou rogação, não é dado ao registrador 
proceder a atos de ofício, já que se assegura ao titular do domínio a manutenção do 
registro. 
Assim, a retificação de ofício deve-se ater aos atos de correção de erro material que 
incida sobre pontos meramente laterais da descrição do registro. Impossível, pois, a 
retificação de ofício nos casos em que se dependa de produção de novas provas. 
Sendo a retificação de ofício ou a requerimento do interessado, o oficial deve instaurar 
procedimento específico. Em ocorrendo dúvidas sobre as provas analisadas, o 
procedimento deverá ser convertido em judicial. 
 
4 RETIFICAÇÃO CONSENSUAL 
Encontra previsão legal nos casos mencionados no inciso II do artigo 213 da LRP: 
II – a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida 
perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e memorial 
descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de 
responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e 
Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes. 
O pedido consensual deve ser recebido pelo oficial de registro acompanhado de 
planta e memorial descritivo, elaborado por profissional habilitado, com a anuência 
dos confrontantes diretamente na planta. 
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Vale lembrar, por “confrontante” entende-se não somente o proprietário do imóvel, 
mas também o seu eventual ocupante, por força do §10º do artigo 213 da LRP, desde 
que não seja seu mero detentor. 
Há duas hipóteses básicas para a retificação consensual: na primeira ocorre mera 
inserção de dados; na segunda, a retificação gera alteração de dados. 
Caso o pedido de retificação não seja acompanhado da anuência dos confrontantes, 
o interessado poderá requerer a intimação dos mesmos ao oficial de registro, como 
se extrai dos parágrafos 2º e 3º do artigo 212 da LRP: 
§ 2º Se a planta não contiver a assinatura de algum confrontante, este será notificado 
pelo Oficial de Registro de Imóveis competente, a requerimento do interessado, para 
se manifestar em quinze dias, promovendo-se a notificação pessoalmente ou pelo 
correio, com aviso de recebimento, ou, ainda, por solicitação do Oficial de Registro de 
Imóveis, pelo Oficial de Registro de Títulos e Documentos da comarca da situação do 
imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la. 
§ 3º A notificação será dirigida ao endereço do confrontante constante do Registro de 
Imóveis, podendo ser dirigida ao próprio imóvel contíguo ou àquele fornecido pelo 
requerente; não sendo encontrado o confrontante ou estando em lugar incerto e não 
sabido, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, promovendo-se 
a notificação do confrontante mediante edital, com o mesmo prazo fixado no § 2º, 
publicado por duas vezes em jornal local de grande circulação. 
O silêncio do confrontante notificado será juridicamente relevante, já que tem o efeito 
de gerar a sua anuência aos termos da retificação requerida: 
§ 4º Presumir-se-á a anuência do confrontante que deixar de apresentar impugnação 
no prazo da notificação. 
Caso não haja impugnação, a retificação será averbada. Mas se algum confrontante 
contestar a retificação pretendida, deve-se intimar o requerente e o profissional 
responsável pela elaboração da planta para se manifestarem em 5 dias, segundo o § 
5º do artigo 213: 
§ 5º Findo o prazo sem impugnação, o oficial averbará a retificação requerida; se 
houver impugnação fundamentada por parte de algum confrontante, o oficial intimará 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
45 
 
o requerente e o profissional que houver assinado a planta e o memorial a fim de que, 
no prazo de cinco dias, se manifestem sobre a impugnação. 
Não encontrando as partes uma solução para a discussão da retificação, o processo 
será remetido ao juízo para que esse decida a retificação. Mas se a contenda versar 
sobre o direito de propriedade, e não sobre uma mera retificação, a via judicial 
adequada é a ordinária: 
§ 6º Havendo impugnação e se as partes não tiverem formalizado transação amigável 
para solucioná-la, o oficial remeterá o processo ao juiz competente, que decidirá de 
plano ou após instrução sumária, salvo se a controvérsia versar sobre o direito de 
propriedadede alguma das partes, hipótese em que remeterá o interessado para as 
vias ordinárias. 
 
5 APURAÇÃO DE REMANESCENTE 
Atendendo aos mesmos requisitos exigidos para a retificação consensual, o 
interessado que tiver seu imóvel fracionado por sucessivas alienações parciais poderá 
requerer a apuração da área remanescente de seu imóvel. A planta deverá levar em 
conta todos os imóveis destacados ou apresentar a localização exata do imóvel 
apurando. 
A apuração de remanescente encontra previsão legal no §7º do artigo 213 da Lei de 
Registros Públicos: 
§ 7º Pelo mesmo procedimento previsto neste artigo poderão ser apurados os 
remanescentes de áreas parcialmente alienadas, caso em que serão considerados 
como confrontantes tão-somente os confinantes das áreas remanescentes. 
 
6 RETIFICAÇÃO CONTENCIOSA 
A retificação de área pela via judicial segue o rito ordinário, previsto nos artigos 282 e 
seguintes do CPC, e tem palco sempre que houver conflito de interesses no objeto da 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
46 
 
retificação, como, por exemplo, no caso de o interessado não conseguir anuência de 
qualquer das pessoas que apôr o seu consentimento para a retificação pretendida. 
A retificação registral, quer verse sobre área de imóvel ou sobre o título causal do 
registro, tem natureza de ação real imobiliária. Apresenta semelhanças com a ação 
negatória, já que tem como objetivo desfazer uma lesão ocasionada por um equívoco 
existente no registro. 
Dessa forma, não sendo possível a retificação por via administrativa, a ação 
contenciosa ordinária poderá ser proposta: 
- pelo proprietário com título não registrado contra titular aparente do direito real; 
- pelo proprietário com título registrado contra beneficiário de direito real 
indevidamente registrado; 
- pelo proprietário, nas hipóteses de registro injustificado de um direito pessoal; no 
caso de não-cancelamento de um direito real já extinto; na circunstância de ter havido 
alienação do imóvel por quem o recebeu indevidamente; 
- pelo titular de um direito real sobre coisa alheia, se terceiro sem causa legítima o 
registrar em lugar do verdadeiro titular; se o direito real for cancelado sem fundamento 
jurídico; se se fizer registro indevido de uma restrição ao direito real; se se conferir 
prioridade indevida a um outro direito real; 
- pelo titular de direitos distintos. 
A retificação, administrativa ou contenciosa, julgada por sentença judicial tem efeito 
declaratório, e retroage à data da prenotação do título que originou o registro, sendo 
averbada à margem da transcrição ou da matrícula do imóvel, observando-se os 
artigos 246 e seguintes da LRP. 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Vale lembrar que, por força o §8, do artigo 213, o procedimento de retificação previsto 
nesse artigo vale também para as terras públicas que já constem de registro: 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
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§ 8º As áreas públicas poderão ser demarcadas ou ter seus registros retificados pelo 
mesmo procedimento previsto neste artigo, desde que constem do registro ou sejam 
logradouros devidamente averbados. 
Por último, ressaltamos que independe de retificação a regularização fundiária de 
interesse social realizada em Zonas Especiais de Interesse Social (conforme o 
Estatuto da Cidade – Lei Federal n. 10.257/01), promovida por Município ou pelo 
Distrito Federal, quando os lotes já estiverem cadastrados individualmente ou com 
lançamento fiscal há mais de 20 anos. Da mesma forma é despicienda a retificação 
para os casos de adequação da descrição de imóvel rural ao Georeferenciamento 
(exigências dos artigos 176, §§ 3º e 4º, e 225, § 3º, da LRP). 
 
 
Alvará: levantamento topográfico passa a ser obrigatório 
A apresentação do Levantamento Topográfico Planialtimétrico passa a ser obrigatória 
nos Processos de Alvarás de Aprovação de Projetos/Execução de Obras e Certidão 
de Demarcação da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano 
(SMCCU). Uma portaria, publicada no Diário Oficial do Município do último dia 15, 
explica a determinação. A medida visa dar mais agilidade às análises de processos 
no órgão municipal. 
http://gbcengenharia.com.br/blog/alvara-levantamento-topografico-passa-a-ser-obrigatorio/
http://gbcengenharia.com.br/blog/alvara-levantamento-topografico-passa-a-ser-obrigatorio/
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48 
 
O Levantamento Topográfico Planialtimétrico é um documento que descreve o terreno 
com exatidão e nele são anotadas as medidas planas, ângulos e diferenças de nível 
(inclinação). De acordo com a superintendente adjunta de Controle do Convívio 
Urbano de Maceió, Adriana Cavalcanti, a determinação faz parte das medidas 
adotadas pela Prefeitura de Maceió para dar agilidade à análise dos Processos de 
Alvarás de Aprovação de Projetos/Execução de Obras. 
“Estamos realizando um mutirão para análise dos processos de alvarás e iremos 
adotar novos procedimentos de trabalho para agilizar os processos. Uma delas é a 
exigência do levantamento topográfico quando o requerente der entrada na solicitação 
do alvará na SMCCU”, destacou Adriana. 
A superintendente adjunta explica ainda que a obrigatoriedade do levantamento 
topográfico no processo não irá onerar os custos dos requerentes, uma vez que o 
documento é necessário para a execução da obra. “Considerando que a pessoa já vai 
providenciar este levantamento para elaboração do projeto, então passamos a exigir 
que ele apresente para agilizar no atendimento do processo na SMCCU. Além disso, 
o documento é uma garantia para o próprio profissional e não uma despesa para o 
requerente, pois o levantamento topográfico se faz necessário para fazer o projeto”, 
enfatizou. 
A portaria da SMCCU informa que os requerentes que derem entrada em processo 
de Alvarás de Aprovação de Projetos/Execução de Obras e Certidão de Demarcação 
sem o levantamento topográfico têm o prazo de 30 dias para se adequar. “A análise 
de topografia é o primeiro passo do pedido de alvará de construção. Nesta fase é que 
se verifica o terreno onde vai ser feita a construção. Com a apresentação do 
levantamento topográfico com a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do 
responsável pelo levantamento, nossa expectativa é reduzir o tempo do processo na 
SMCCU”, completou Adriana Cavalcanti. 
Contatos 
A SMCCU lembra ainda que, para dar resposta às análises de projetos com maior 
brevidade foi adotado, como padrão de protocolo de processo, a comunicação do 
contato telefônico e e-mail do responsável pelo projeto e interessado. 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
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“Os requerentes precisam informar o contato do arquiteto e interessado para que a 
gente possa fazer o contato direto com eles e agilizar a análise. Em caso de 
pendências ou correção, contataremos o responsável do projeto e, assim, 
conseguiremos dar uma resposta no processo com maior brevidade”, concluiu a 
superintendente adjunta. 
 
Dicas-Georreferenciamento dos Imoveis Rurais 
1. O que é o georreferenciamento? 
 
O chamado georreferenciamento consiste na obrigatoriedade da descrição do imóvel 
rural, em seus limites, características e confrontações, através de memorial descritivo 
firmado por profissional habilitado, com a devida ART, “contendo as coordenadas dos 
vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema 
Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA” (art. 176, § 
4º, da Lei 6.015/75, com redação dada pela Lei 10.267/01). 
2. Quem está obrigado a fazer o georreferenciamento? 
Em regra, todos os proprietários de imóvel rural. 
Será também exigido das seguintes pessoas, em razão de serem obrigadas a 
prestar a declaração para o cadastro de imóveis rurais (CCIR), junto ao INCRA, 
observados os prazos do art. 10 do Decreto nº 4.449/02: 
http://gbcengenharia.com.br/blog/dicas-georreferenciamento-dos-imoveis-rurais/
http://gbcengenharia.com.br/blog/dicas-georreferenciamento-dos-imoveis-rurais/TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
50 
 
I – dos usufrutuários e dos nu-proprietários; 
II – dos posseiros; 
III – dos enfiteutas e dos foreiros. 
3. Quem pode executar os trabalhos de georreferenciamento? 
Apenas poderão realizar os trabalhos de georreferenciamento, para fins da Lei 
10.267/01, os profissionais habilitados e com a devida Anotação de Responsabilidade 
Técnica (art. 176, § 4º, da Lei 6.015/75, com redação dada pela Lei 10.267/01). 
O pedido de credenciamento e a documentação deverá atender ao contido na Norma 
Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. 
A documentação necessária para o credenciamento é a seguinte: I – Carteira de 
Registro no CREA (Cópia autenticada); II – Documento hábil fornecido pelo CREA, 
reconhecendo a habilitação do profissional para assumir responsabilidade técnica 
sobre os serviços de georreferenciamento de imóveis rurais em atendimento à Lei 
10.267/01 (original); III – Cartão de inscrição no CPF (cópia autenticada); IV – 
Formulário de credenciamento preenchido adequadamente. 
Se o pedido de credenciamento se der via INTERNET, a documentação deverá ser 
encaminhada ao INCRA (Sala do Cidadão) ou via postal, para o seguinte endereço: 
Comitê Nacional de Certificação e Credenciamento – INCRA Ed. Palácio do 
Desenvolvimento, 12º, sala 1.207 Setor Bancário Norte – SBN – Brasília/DF CEP 
70057.900 
3.1. Onde obter a listagem dos profissionais habilitados? 
A listagem dos profissionais habilitados para a execução dos trabalhos pode ser obtida 
nos sites: 
I – www.incra.gov.br, clicando em Sistema Público de Registro de Terras; 
II – www.faemg.org.br 
4. Quais os prazos? 
Os prazos estão fixados no art. 10 do Decreto 4.449/02: 
I – após noventa dias da publicação do Decreto, para os imóveis com área acima de 
cinco mil hectares (5.000ha), ou seja, desde 29 de janeiro de 2003; 
II – após um ano, para os imóveis com área entre cinco mil (5.000ha) e mil hectares 
(1.000ha), ou seja, desde 1º de novembro de 2003; 
III – após dois anos, para os imóveis com área entre quinhentos (500ha) e mil hectares 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
51 
 
(1.000ha), ou seja, a partir 1º de novembro de 2004; 
IV – após três anos para os imóveis com área abaixo de quinhentos hectares (500 
ha). 
5. Quais procedimentos devem ser obedecidos para o georreferenciamento do 
imóvel rural? 
Os procedimentos devem se dar em etapas: 1) a primeira delas se dá com o 
profissional habilitado/credenciado para a execução dos serviços de campos e de 
elaboração do material; 2) a segunda se dá junto ao INCRA com a apresentação do 
material, anuência dos confinantes e demais materiais; e 3) a terceira se dá junto ao 
Cartório de Registro de Imóveis. 
5.1. Pelo Profissional Habilitado 
Ao profissional compete: 
a) Possuir a anotação de responsabilidade técnica – ART, emitida pelo CREA, da 
região onde for realizado o serviço; 
b) a realização do trabalho de campo, levantando as coordenadas dos vértices 
definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico 
Brasileiro, observada a precisão posicional pelo INCRA; 
c) elaborar: 
c.1) relatório técnico, conforme descrito no item 5.4 da Norma Técnica para 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR); 
c.2) a planta e memorial descritivo, em três vias; 
c.3) gerando: 
c.3.1) arquivo digital georreferenciado, nos formatos DWG, DGN ou DXF, conforme 
item 5.2.2 da NTGIR; 
c.3.2) arquivo digital contendo dados brutos (sem correção diferencial) das 
observações do GPS, quando utilizada esta tecnologia, nos formatos nativos do 
equipamento e Rinex; 
c.3.3) arquivo digital contendo dados corrigidos das observações do GPS, quando 
utilizada esta tecnologia; 
c.3.4) arquivo digital contendo arquivos de campos gerados pela estação total, 
teodolito eletrônico ou distanciômetro, quando utilizada esta tecnologia; 
d) relatório resultante do processo de correção diferencial das observações GPS, 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
52 
 
quando utilizada esta tecnologia; 
e) relatório do cálculo e ajustamento da poligonal de demarcação do imóvel quando 
utilizada esta tecnologia; 
f) planilhas de cálculo com os dados do levantamento, quando utilizado teodolito 
ótico mecânico 
g) cadernetas de campo contendo os registros das observações de campo, quando 
utilizado teodolito ótico mecânico; 
h) a faculdade de colher declaração expressa dos confinantes de que os limites 
divisórios foram respeitados (art. 9º, § 6º, do Decreto 4449/02). 
5.2. Para a certificação pelo INCRA 
Após os trabalhos realizados pelo profissional habilitado, para a certificação do 
INCRA, nos termos da Instrução Normativa nº 13, de 17 de novembro de 2003, o 
interessado legítimo deverá apresentar: 
a.Requerimento, solicitando a Certificação, conforme modelo Anexo XI (original); 
b.Relatório técnico, conforme descrito no item 5.4 da Norma Técnica para 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR), no original; 
c.Matrícula(s) ou transcrição do imóvel (cópia autenticada); 
d.Planta e memorial descritivo assinado pelo profissional que realizou os serviços 
(original); 
e. Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, emitida pelo CREA da região 
onde foi realizado o serviço (original); 
f.Arquivo digital georreferenciado, nos formatos DWG, DGN ou DXF, conforme item 
5.2.2 da NTGIR; 
g. Arquivo digital contendo dados brutos (sem correção diferencial) das observações 
do GPS, quando utilizada esta tecnologia, nos formatos nativos do equipamento e 
Rinex; 
h. arquivo digital contendo dados corrigidos das observações do GPS, quando 
utilizada esta tecnologia; 
i. arquivo digital contendo arquivos de campos gerados pela estação total, teodolito 
eletrônico ou distanciômetro, quando utilizada esta tecnologia; 
j. relatório resultante do processo de correção diferencial das observações GPS, 
quando utilizada esta tecnologia (cópia); 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
53 
 
k. relatório do cálculo e ajustamento da poligonal de demarcação do imóvel quando 
utilizada esta tecnologia (cópia); 
l. planilhas de cálculo com os dados do levantamento, quando utilizado teodolito 
ótico mecânico (cópia); 
m. cadernetas de campo contendo os registros das observações de campo, quando 
utilizado teodolito ótico mecânico (cópia); 
n. declaração dos confrontantes de acordo com o art. 9º do Decreto nº 4.449/02, 
conforme modelo descrito no anexo X da NTGIR (original). 
Todas as páginas da documentação deverão estar assinadas pelo credenciado 
responsável pelo levantamento, com a sua respectiva codificação obtida junto ao 
INCRA e ao CREA. 
Apresentada a documentação, compete ao INCRA, através do Comitê Regional de 
Certificação da Superintendência Regional, aferir se a poligonal objeto do memorial 
não se sobrepõe a outra e se o memorial atende às exigências técnicas (art. 9º, § 1º, 
do Decreto 4449/02). 
Quando a documentação não estiver de acordo com a NTGIR, o interessado será 
notificado para proceder às devidas correções. 
Estando nos termos da NTGIR, será emitido parecer conclusivo através de 
certificação, sendo aposto carimbo nas três vias da planta e do memorial descritivo 
do imóvel. 
O INCRA restituirá ao interessado a certidão, uma via da planta e do memorial. 
5.3. Para a averbação no Cartório de Registro de Imóveis 
Para a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, o interessado legítimo deverá 
apresentar: 
a – a certidão do INCRA de que a poligonal não se sobrepõe a outra (item 6.2.b); 
b – o CCIR (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02); 
c – o ITR dos cinco últimos anos (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02); 
d – o memorial descritivo (art. 9º, § 5º, do Decreto 4449/02); 
e – declaração expressa dos confinantes e com firma reconhecida de que os limites 
divisórios foram respeitados (art. 9º, § 6º, do Decreto 4449/02).; 
f – declaração firmada sob pena de responsabilidade civil e criminal, com firma 
TERRAPLANAGEM E PAVIMENTAÇÃO