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CASO CLÍNICO SAÚDE DO ADULTO II Grupos A e B Amanda Alencar, Ana Carolina Libório, Ana Paula Bayerl, Áurea Sperandio, Bárbara Schreiber, Carolina Almeida, Eduarda Tumoli, Gabriela Fonseca, Isabela Stefenoni, João Pedro Frizzeira, José Octávio Colnago, Julia Vitória Bonelli, Júlia Seidel, Lara Lessa, Larissa Barcellos, Lívia Spinassé e Valentina Nico INJÚRIA RENAL AGUDAARTRITE REUMAT'OIDE ANAMNESE Identificação: Paciente CSM, 37 anos, sexo feminino, nascida e criada em Vitória – ES, trabalha como caixa de supermercado, comparece ao pronto atendimento. HDA: Paciente relata dor em mãos (metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais) e punhos, com dificuldade ao pegar o celular e rigidez matinal de 2 horas, logo ao acordar, de início há 1 ano. Essa dor melhora um pouco ao longo do dia, mas piora toda vez que faz repouso no trabalho. Refere dor e dificuldade de mobilização em pés nesse mesmo período, com as mesmas características das mãos. Nega outros sintomas. ANAMNESE HDA: Já fez uso de dipirona 12/12h (primeira medicação prescrita), com pouca ou nenhuma melhora e depois fez uso de naproxeno. Atualmente está em uso de naproxeno 500mg 4/4h há cerca de 2 meses. Associado a isso, há 4 dias relata hematúria com saída de coágulo na urina e há 2 dias evoluiu com anúria, associado a edema de MMII, dores abdominais, enjoo e sensação de "gosto ruim na boca" ANAMNESE HPP: HAS há 10 anos, refere etilismo social e tabagismo (1 maço dura 4 dias) e nega outras drogas. Medicações de uso contínuo: Anlodipino 5mg 1 cp 12/12h Naproxeno 500mg 4/4h HF: Pai com histórico de IAM aos 45 anos EXAME FÍSICO Geral: bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, anictérica, acianótica, hipocorada +/4+, edema bilateral em MMII 4+/4. Peso 70kg, altura 1,55m, IMC 29,1 Neuro: Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes ACV: BNF, 2T, sem sopros, pulsos amplos, simétricos, FC 85bpm, PA 140/85 mmHg AR: MVF, SRA, expansibilidade preservada, eupneica em ar ambiente, FR 17irpm, SatO2: 95% ABD: RHA+, timpânico, sem dor à palpação, descompressão brusca negativa, sem VMG ou massas palpáveis EXAME FÍSICO Coluna: sem dor à movimentação e palpação, Schober 16cm, sem giba, sem desvio de cintura escapular e pélvica. Giordano negativo Ombro: sem dor à movimentação, Jobe negativo, sem crepitações Cotovelo: sem dor, edema ou crepitação Punhos: esquerdo com diminuição da amplitude de flexão e extensão, direito com diminuição da amplitude de flexão. Ambos com aumento de volume líquido, depressíveis à palpação e hipertemia Musculoesquelético: EXAME FÍSICO Mãos: Esquerda: dor à palpação em 2º e 3º MCF e calor em 2º 3º e 4º MCF, sem alteração na mobilidade, ausência de alterações em IFD e em unhas Direita: edema em 3º 4º 5º IFP com calor, sem alteração na mobilidade, ausência de alterações em IFD e em unhas Joelho: crepitações em joelhos bilateral, sinal da tecla negativo Tornozelo: derrame articular palpável bilateral que limita para inversão e eversão da articulação. Pés: squeeze positivo EXAMES LABORATORIAIS PRÉVIOS (feitos há 2 meses) Hemoglobina 12,5 | Hematócrito 36% | Leuco 6.400 | Plaquetas 278.000 | Colesterol total 145 | HDL 58 | Glicemia 89 | TGO 23 | TGP 18 | Ureia 45 | Creatinina 0,8 | NA+ 141 | K+ 4,5 | Mg+ 2,1 APÓS CONSULTA Hemoglobina 10 | Hematócrito 30% | VCM 70 | HCM 20 | Leuco 5.950 - NS 75% - B1% | Plaquetas 230.000 | Colesterol total 167 | HDL 38 | Triglicerídeos 174 | Glicemia 102 | HBA1C 6,5% | TGO 26 | TGP 13 | GGT 40 | FA 85 | Ureia 200 | Creatinina 5,0 - Clearence 14,4 (CKDEPI) | NA+ 141 | K+ 7 | Mg+ 2,1 I internação Durante a internação a paciente relata melhora do quadro anúrico, mas relata nenhuma melhora das dores articulares apresentadas EXAMES DA REUMATOLOGIA PCR 12 | VHS 50 | HBSAG NR | ANTI-HBS reagente | ANTI-HCV NR | VDRL NR | ANTI-HIV NR | PPD 2mm | FR NEG | FAN NEG | ANTI-CCP 50UI/ml | HLAB27 negativo ARTRITE REUMATOIDE Doença sistêmica autoimune do tecido conjuntivo Alterações predominantes ocorrem nas estruturas articulares, periarticulares e tendíneas Manifesta-se por meio dos sinais cardinais de inflamação e seu substrato anatômico mais característico está sediado na membrana sinovial Pode atingir outros órgãos, embora as manifestações articulares sejam as mais típicas DEFINIÇÃO Uma das doenças reumáticas mais frequentes, cuja prevalência é de cerca de 1% no mundo Na América Latina, a proporção da doença foi estimada em cerca de oito mulheres acometidas para cada homem A AR ocorre mais frequentemente na faixa dos 30 aos 50 anos A prevalência da enfermidade é 2 a 10 vezes mais alta entre os parentes de primeiro grau de pacientes com AR epidemiologia Articulares e periarticulares Progressiva e insidiosa - semanas a meses Início agudo/subagudo Sintomas iniciais: articulares e/ou sistêmicos Fadiga, astenia, mal-estar, febre baixa ou dores musculoesqueléticas vagas E/OU Poliartrite aditiva, simétrica, erosiva, associada a edema e rigidez articular Articulações metacarpofalangeanas, interfalangeanas proximais das mãos, interfalangeanas dos polegares, punhos e metatarsofalangeanas mais acometidas POUPA IFD MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Ombros e joelhos Outras: tornozelos, cotovelos, IFP dos pés, coluna cervical, esternoclaviculares, temporomandibulares, coxofemorais, cricoaritenóideas, atlanto-axial e IFD de mãos e pés Dor variável - moderada e de caráter inflamatório (rigidez matinal +1h) Dedos em fuso, botoeira, pescoço de cisne, martelo e polegares em Z Sinais clássicos de AR "mão reumatoide" MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Articulares e periarticulares Alterações de mãos/punhos: Tumefação de 2° e 3° MCF e punhos Desvio ulnar e subluxação de MCF Alterações locais de inflamação: calor, edema (com ou sem derrame articular), rubor e limitação de movimentos; tardiamente - instabilidades articulares e deformidades Mão em corcova de camelo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Articulares e periarticulares Cotovelos: rigidez viciosa Pés e tornozelos: MTF e do tarso - dor ao pisar e deambular Hálux valgo e calos na IFP Claudicação e sinovite Joelhos: acometimento precoce, valgo/varo ATM: dor e dificuldade na mastigação Cricoaritenóidea: rouquidão MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Articulares e periarticulares Coluna vertebral: Cervical superior - C1 e C2 (atlanto-axial) Sinovite - luxação Dor cervical alta e rigidez do pescoço Compressão medular - fatal RX de coluna cervical em perfil com flexão máxima OBS: AR polindrômica - mono/oligoarticular de início súbito e forte intensidade + calor, edema e rubor. Dura 12h-dias e em crises. DD com artrite gotosa aguda MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Articulares e periarticulares Mão reumatoide em corcova de camelo 3° e 4° dedos em botoeira e o 2° e 5° dedos em pescoço de cisne Pé plano valgo Dedos em pescoço de cisne, polegar em Z e desvio ulnar Pé plano, calosidades e hálux valgo Pé plano valgo Aumento de volume dos joelhos e joelho valgo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Articulares e periarticulares Pele: eritemas, fenômeno de Raynaud e unhas quebradiças Nódulos reumatoides subcutâneos: mais frequente - preditores de artrite grave e erosiva Firmes, indolores, móveis/aderidos, tamanho variado Proeminências ósseas, superfícies extensoras, áreas de pressão IFP, MCF, pé e sacro Histopatológico: reação granulomatosa não caseosa em paliçada Sintomas iniciais: hiporexia, ansiedade, mialgia, emagrecimento leve e linfadenopatia - precedem ou acompanham DD com tofo gotoso MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Extra-articulares e sistêmicas Vasculite reumatoide: mais grave Vasos sanguíneos pequenos/médios - infartos ungueais Associada a nódulos e fibrose pulmonar Fatores de risco: fenótipos de HLA, sexo masculino, tabagismo e doença Erosiva nodular soropositiva de longa data Nas formas de vasculite cutânea e neuropatia vasculítica Neurológico: neuropatia periférica Nódulos no SNC, mielopatia cervical(tetraplegia por subluxação atlantoaxial) e compressões nervosas periféricas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Extra-articulares e sistêmicas Cardiovascular: AR - fator de risco - maior mortalidade por DCV Pulmonares: pleurite c/ ou s/ derrame, nódulos pulmonares (DD com tuberculose), fibrose intersticial (aspecto em vidro fosco) e pneumonite c/ ou s/ vasculite Síndrome de Caplan: AR + pneumoconiose - mineradores Nódulos pulmonares periféricos Renal: Amiloidose secundária e medicações nefrotóxicas Oftalmológicas : episclerite/esclerite MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Extra-articulares e sistêmicas Síndrome de Sjogren: secundária - xeroftalmia Síndrome de Felty: AR + esplenomegalia + leucopenia (neutropenia) Úlceras em MMII, granulocitopenia, anemia e trombocitopenia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Extra-articulares e sistêmicas Sexo feminino (3:1) 35 a 50 anos (principalmente a 5ª década de vida) Fator reumatoide + (3 a 5 X) Tabagismo fatores de risco Inflamação da membrana sinovial (camada de tecido conjuntivo que reveste as estruturas articulares) Quimiotaxia, aumento de células e mediadores inflamatórios Angiogênese Hiperplasia dos sinoviócitos - "Pannus" Destruição articular e deformidades FISIOPATOLOGIA Provas de fase aguda: VHS e PCR Anemia normocítica, normocrômica (doença crônica) Fator reumatoide (S: 65-73%; E: 80%) Anti-CCP (S: 65-73%; E: >90%) ACHADOS LABORATORIAIS Aumento de partes moles Osteopenia periarticular Erosões Redução do espaço articular Subluxações e anquilose Radiografia em AP da porção proximal da mão e do punho direito revelando osteoporose periarticular. Existe aumento de partes moles regionais no punho. Doença articular erosiva ainda não é identificada. Fonte: https://www.scielo.br/j/rbr/a/rDLcwC6PqQdQT6T63h9LXSp/# Radiografia EXAMES DE IMAGEM Alterações mais precoces Diagnóstico e monitoramento de doença Avalia o processo inflamatório sinovial tanto pela Escala Cinza (GS), como pela Microcirculação Ativa (PD) Sinal no PD - inflamação sinovial (neoangiogênese) Escala de cinza - derrame + hipertrofia sinovial EXAMES DE IMAGEM USG com Power Doppler Boa sensibilidade para alterações precoces Melhor para diagnóstico Pouco usada para acompanhamento Ressonância Magnética Fonte: https://www.scielo.br/j/rbr/a/g94j8PmjtYMqryRyvT8jwfB/# EXAMES DE IMAGEM O diagnóstico é estabelecido considerando as manifestações e os exames complementares. É basicamente clínico, não há exame de imagem, laboratorial ou histopatológico que possa isoladamente confirmar ou descartar o diagnóstico O paciente típico apresenta-se com uma poliartrite de início recente, rigidez matinal e testes laboratoriais alterados, como elevação da PCR e VHS. Porém, essa apresentação não é específica para AR Para muitos pacientes, nenhum diagnóstico específico pode ser feito logo na apresentação, situação que deve ser considerada como uma artrite indiferenciada DIAGNÓSTICO Critérios de classificação (ACR/EULAR) É importante ressaltar que nenhum dos critérios é diagnóstico, mas, sim, classificatório. Esses critérios formais podem servir como guias para o estabelecimento do diagnóstico clínico. ARTRITE REUMATOIDE ≥ 6 ESTADO DE ATIVIDADE DAS28 REMISSÃO < 2.6 ATIVIDADE LEVE ENTRE 2.6 E 3.2 ATIVIDADE MODERADA ENTRE 3.2 E 5.1 ATIVIDADE ALTA > 5.1 Avaliação da atividade da doença - DAS28 No cálculo do DAS28, emprega-se a contagem de apenas 28 articulações quanto à presença de dor e edema, o VHS e/ou PCR e a avaliação da saúde geral pelo paciente por meio de uma EVA, cujos valores vão de 0 a 100. Lúpus eritematoso sistêmico Doença do tecido conjuntivo que mais mimetiza a artrite reumatoide em suas formas inicias articulares As características das deformidades articulares e peri-articulares mimetizam a AR ao exame clínico Reumatismo palindrômico Acometimento principal de IFP, punhos e joelhos, semelhante à AR A artrite do reumatismo palindrômico, diferentemente da AR, não é deformante/erosiva A radiografia do LES não evidencia erosões nas articulações acometidas, já na AR, sim Pode apresentar a mesma pré- disposição genética que a AR e anti-CCP positivo DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Artralgia inflamatória axial e/ou periférica (oligo e assimétrica) com entesites Oligoartrite assimétrica Envolvimento articular assimétrico e preferencialmente de grandes articulações, diferindo da AR As típicas lesões de pele e unhas e o acometimento de IFD e da articulação sacroilíaca afastam a hipótese de AR Espondiloartrites Artrite psoriásica DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Processo inflamatório de vasos sanguíneos de pequeno a médio calibre --> prognóstico ruim Complicação extra-articular mais grave da AR, com até 40% dos pacientes morrendo dentro dos 5 anos de início da manifestação Secundária à vasculite dos vasa-nervorum Desde uma forma sensorial discreta a uma neuropatia mista (mononeurite múltipla) de grave evolução Os olhos são acometidos em 15 a 25% dos casos de AR Ceratoconjuntivite seca, ceratite ulcerativa periférica, episclerite e esclerite anterior Vasculite Neuropatia associada à vasculite Acometimento oftalmológico COMPLICAÇÕES Manifestação CV mais comum Inflamação com espessamento e fibrose Exsudato com células gigantes multinucleadas Mais comum: mesangial AR + esplenomegalia + leucopenia Maior incidência de infecções bacterianas e ulcerações indolentes Pericardite Pleurite Glomerulonefrite Síndrome de Felty Úlcera na Síndrome de Felty COMPLICAÇÕES Amparo psicológico ao paciente Proteção articular das articulações inflamadas - repouso, evitar posições viciosas antálgicas e uso de órteses até a melhora do quadro doloroso Fisioterapia Exercício físico Uso de dispositivos de marcha tratamento nÃO medicamentoso Metotrexato (1ºlinha) - mais barato e mais estudos Outros: cloroquina, sulfassalazina, leflunomida e biológicos (anti-TNF, anti-CD20, CTL-4 e Anti-IL6 - usar em casos de pacientes refratários) DMARDS: previne deformidades (inibe citocina e linfócitos) -> tratamento contínuo Importante iniciar logo nos primeiros 12 meses -> janela de oportunidade terapêutica Tratar o sistema de defesa com imunossupressor Objetivo principal: remissão ou a baixa atividade da doença tratamento medicamentoso Anti-inflamatórios não hormonais - ex) diclofenaco (100 a 150 mg/dia) Corticóides em dose baixa: não ultrapassar o equivalente a 10 mg/dia de prednisona Tratamento para alívio dos sintomas: tratamento medicamentoso INJÚRIA RENAL AGUDA Deterização rápida da função renal que se manifesta por uma redução na taxa de filtração glomerular. A perda da função renal resulta no acúmulo de resíduos nitrogenados nos líquidos corporais Os marcadores mais empregados são a creatinina e uréia sérica, ambos aumentados DEFINIÇÃO Incidência variável devido à falta de consenso sobre a sua definição, o que dificulta a avaliação de sua magnitude Essa incidência varia de 3 a 18,3% em países desenvolvidos e de 21% em países menos desenvolvidos, dependendo da idade, do sexo, das comorbidades e do local de internação do paciente EPIDEMIOLOGIA manifestações clínicas Presença de uremia, pelo acúmulo dos compostos nitrogenados, e alterações hidreletrolíticas. Dessa maneira, são observadas: Alteração no balanço de água: sobretudo nos pacientes em oligúria, nos quais o balanço hídrico positivo acumulado muito elevado pode repercutir na respiração/ventilação e ter impacto na mortalidade Alteração do balanço de sódio: durante a fase oligúrica, o balanço positivo de sódio pode levar à expansão de volume, hipertensão e insuficiência cardíaca Manifestações renais Alteração do balanço de potássio: a hiperpotassemia é a principal causa metabólica que leva o paciente com LRA ao óbito. Considerando-se que somente 2% do potássio corporal total encontra-se fora da célula, pequenas alterações no conteúdo extracelular de potássio provocam profundos efeitos na excitabilidade neuromuscular Outras alterações: alterações do balanço decálcio (a hipocalcemia é o achado mais frequente), do balanço de fósforo (hiperfosfatemia é frequente) e acidose metabólica Manifestações renais manifestações clínicas As infecções são mais observadas na IRA pós-traumática ou pós-cirúrgica. As infecções urinárias são de grande importância, pela dificuldade de os antibióticos atingirem níveis teciduais ou urinários adequados. A presença de cateteres urinários representa fator predisponente para o desenvolvimento e a manutenção de infecção urinária, com seleção de agentes microbianos mais resistentes e de maior risco de disseminação Infecções broncopulmonares As infecções são as complicações extrarrenais mais frequentes no paciente com IRA Manifestações extrarrenais manifestações clínicas Pericardite fibrinosa, geralmente associada a atrito pericárdico, podendo ser complicada por derrame pericárdico e eventual tamponamento. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e hipertensão também podem estar presentes e correlacionam-se com a sobrecarga de volume. Acidose metabólica e distúrbios eletrolíticos podem contribuir para o surgimento de ICC, bem como de arritmias Manifestações extrarrenais manifestações clínicas O sistema nervoso é o que menos tolera a redução rápida da função renal. Como resultado, a encefalopatia urêmica é muito comum. As manifestações sensoriais mais precoces são as alterações cognitiva e de memória. Seguem-se as alterações motoras (asterixes, tremores/flapping, mioclonias) e, finalmente, convulsões e coma, que representam os eventos terminais graves e de maior risco clínico Trato gastrintestinal: ulcerações gástricas ou duodenais referem-se aos achados mais comuns Manifestações extrarrenais manifestações clínicas Perdas extrarrenais Náusea/vômitos Diarreia, fístula externa Queimaduras Perdas renais Diurese excessiva Perda renal de sal Diabetes insipidus Depleção de volume “verdadeira” Sepse Miocardiopatia Cirrose/insuficiência hepática Síndrome nefrótica Estenose da artéria renal, arteríolo-nefroesclerose AINES, inibidores da calcineurina, IECA, BRA Depleção de volume “efetiva” Doença estrutural renal arterial/arteriolar Hemodinâmica intrarrenal alterada Pré-renal ETIOLOGIA Arterial, arteriolar, venosa Glomerulonefrite aguda (imunocomplexo, vasculite, anti-mbG) Microangiopatia trombótica (Ptt/SHu) Doença de depósito de imunoglobulina monoclonal Doença vascular Doença glomerular Induzida por medicamentos Infecção (viral, fúngica, bacteriana) Doenças sistêmicas Nefrotóxica Isquêmica Relacionada a pigmentos Nefropatia associada a cristais Nefropatia osmótica Nefrite intersticial aguda Necrose tubular aguda Intra-renal ETIOLOGIA Doença retroperitoneal Nefrolitíase Bola fúngica, coágulos sanguíneos Obstrução pélvica/ureteral Estrutural (cálculos, hiperplasia prostática benigna, coágulos sanguíneos) Funcional (neuropática, medicamentos) Obstrução vesical Obstrução ureteral Pós-renal ETIOLOGIA Termos descritivos no contexto da IRA: Azotemia: acúmulo de resíduos nitrogenados no sangue Uremia: constelação de sintomas e sinais de disfunção de múltiplos órgãos causada pela retenção de toxinas urêmicas em casos de insuficiência renal Débito urinário altamente variável, desde poliúrica até anúrica - a presença de débito urinário não exclui a possibilidade de IRA SINAIS E SINTOMAS GERAIS Os sintomas urêmicos incluem: Anorexia Náusea/vômitos Fraqueza Os achados do exame físico que fundamentam a uremia incluem: Asterixis/flapping Atrito pericárdico Neuropatia sensorial e/ou motora Hipertensão ou hipotensão, dependendo da causa da IRA Dificuldade de concentração/pensamento Letargia Prurido SINAIS E SINTOMAS GERAIS Outros achados associados de uremia grave: Ulcerações GI Sangramento por disfunção plaquetária Infecção por função anormal dos leucócitos Cicatrização comprometida Desnutrição devido ao estado catabólico SINAIS E SINTOMAS GERAIS História prévia de DRC DM, ICC, sepse, hipovolemia ≥ 65 anos Uso de AINES, IECA e BRA (drogas nefrotóxicas) Uso de contrastes iodados Oligúria, hepatopatia Acesso limitado a fluidos Sintomas ou história de obstrução urinária Doença prostática e câncer cervical Diarreia severa Sinais e sintomas de nefrite Neoplasias hematológicas < idade Distúrbios de cognição Crianças e Jovens adultos: (especialmente com sangue) FATORES DE RISCO Hipovolemia (hemorragia, perda GI, diuréticos) Comprometimento da função cardíaca (a congestão venosa também prejudica perfusão renal) Função hepática comprometida Sepse - muita vasodilatação Estenose da artéria renal Hemodinâmica intrarrenal alterada (vasoconstricção aferente e vasodilatação eferente) Pré-renal Depende da causa } Redução daperfusão renal FISIOPATOLOGIA Lesões estruturais (glomérulos, túbulos, insterstício e vasos) Necrose tubular aguda Nefrite intersticial aguda Doenças vasculares Glomerulopatias Sepse Intra-renal: Lesão renal - liberação de mediadores inflamatórios - neutrófilos e leucócitos nos capilares peritubulares - aumento da permeabilidade capilar - migração de neutrófilos para o interstício e lúmen tubular - agravo da lesão tubular FISIOPATOLOGIA Isquêmica - hipovolemia com hipoperfusão renal Nefrotóxica - AINE, contrastes, antibióticos, antifúngicos, imunossupressores, metais pesados Causa da maior parte dos casos de IRA intra-renal Intra-renal - Necrose Tubular aguda FISIOPATOLOGIA Perda da borda em escova Perda da polaridade da célula tubular com exposição da membrana basal tubular Comprometimento das conexões intercelulares -> células desgarram do epitélio Morrem por opoptose ou necrose Invadem luz tubular -> obstrução -> redução da filtração glomerular Necrose tubular aguda Intra-renal - Necrose Tubular aguda FISIOPATOLOGIA Pós-renal: Uropatia obstrutiva Elevada pressão intratubular Substâncias vasoconstrictoras reduzem o fluxo plasmático renal Redução da TFG FISIOPATOLOGIA AINES: Fazem inibição da COX redução da produção de prostaglandinas As prostaglandinas fazem vasodilatação renal, modulam a hemodinamica renal, mantém a perfusão renal e minimizam a isquemia em cenários de hipoperfusão, preservando o fluxo sanguíneo renal e a TFG AINES inibem essa regulação mediada por prostaglandinas Se paciente tem fatores de risco IRA Também pode ocorrer nefrite intersticial aguda, necrose tubular aguda e necrose de papila FISIOPATOLOGIA Refere uso contínuo de naproxeno (AINE) há 2 meses, 500mg de 4 /4 horas Edema MMII 4+/4 Anúria há 2 dias - redução abrupta da função renal Hematúria macroscópica há 4 dias, com saída de coágulo na urina -> NECROSE DE PAPILA Dores abdominais, enjoo, gosto ruim na boca -> sintomas de uremia Componente clínico AINE = nefrotoxicidade ---> Injúria renal aguda (IRA) DIAGNÓSTICO Redução da função renal: aumento de resíduos nitrogenados no sangue (creatinina e ureia) e redução do clearance de creatinina Retenção de K+: hipercalemia Achados laboratoriais Ureia: 200 mg/dL ------- VR: 10-45 mg/dL Creatinina: 5 mg/dL ------ VR: 0,6-1,2 mg/dL CLCR (clearance de creatinina): 14,4 mg/min/1,73m2 ----- VR: 85-125 mg/min/1,73m2 K+: 7 ml/mm3 ---- VR: 3,5-5 ml/mm3 DIAGNÓSTICO Critérios e classificações Sensibilidade: AKIN>RIFLE; pois inclui como critério creatinina plasmática >0,3 mg/dL RIFLE (2002), AKIN (2007) DIAGNÓSTICO Critérios e classificações Estadiamento IRA segundo KDIGO (2012) Paciente --> CrS = 5 mg/dL --> anúria há 48 horas (2 dias) KDIGO 3, etiologia tóxica DIAGNÓSTICO Balanço hídrico positivo com grandes ganhos de fluidos e débito urinário inadequado Edema periférico e edema agudo de pulmão Uso de diuréticos e até terapia de substituição renal Devido a redução da excreção renal, lise celular e decomposição tecidual Pode causar bradicardia e assistolia Associada a Insuficiência Cardíaca/ Hepática e uso de diuréticos Sobrecarga de fluidos Hipercalemia Hiponatremia COMPLICAÇÕESDevido à regeneração reduzida de bicarbonato e falência na excreção de amônia Acúmulo de ácidos não voláteis Ânion GAP inalterado Hiperfosfatemia devido a redução da excreção renal, liberação contínua na rabdomiólise ou Síndrome de lise tumoral Hipocalcemia secundária à hiperfosfatermia, também ocorre pela resistência óssea ao PTH, baixa produção de clcitriol pelo rim e pela administração de bicarbonato (tratamento para a acidose) Acidose metabólica Hiperfosfatemia e hipocalcemia COMPLICAÇÕES Descontinuar todos os agentes nefrotóxicos quando possível Garanta o status do volume e a pressão de perfusão Considerar monitoramento hemodinâmico funcional Monitorar a creatina sérica e a produção de urina Evitar hiperglicemia Considere alternativas aos procedimentos de radiocontraste Avaliação diagnóstica não invasiva Considerar investigação diagnóstica invasiva Verifique se há alterações na dosagem do medicamento Considerar terapia de substituição renal Considere internação na UTI Evite cateteres subclávios, se possivel Alto risco IRA Estágio 1 IRA Estágio 2 IRA Estágio 3 IRA classificação kdigo Evitar agentes nefrotóxicos, contraste e hiperglicemias nas primeiras 72h Descontinuação de IECA/BRA nas primeiras 48h Monitoramento de débito urinário, creatinina e parâmetros hemodinâmicos = PREVENÇÃO TRATAMENTO IRA intrarrenal: terapia direcionada para o compartimento renal comprometido (vasculatura, glomérulos, túbulos e interstício) IRA pós-renal: exige a identificação rápida do processo obstrutivo e a intervenção precoce no sentido de aliviar a obstrução e preservar a função renal TRATAMENTO tratamento urgÊncias • Gluconato de cálcio • B2 agonista • Bicarbonato • Insulina • Furosemida • Resina de troca • Dieta • Diurético • Vasodilatador • VM • Dieta • Diluição de medicações • Bicarbonato • Tratar causa • Antídotos • Carvão ativado • Bicarbonato • Dieta • DDAVP • Antieméticos Hipercalemia Hipervolemia Intoxicação exógena Uremia Acidose ACIDOSE METABÓLICA GRAVE E REFRATÁRIA pH < 7,1, sem resposta ao Bicarbonato EV ELETRÓLITOS --› Hipercalemia refratária K > 6,5 ou > 5,5 com alterações no ECG INTOXICAÇÃO por droga dialisável Álcoois (metanol, etilenoglicol, propilenoglicol), Betabloqueadores (atenolol), Salicilatos, Dabigatrana, Lítio, Metformina etc OVERLOAD (sobrecarga volêmica) Anasarca ou hipervolemia grave e refratária, como na congestão pulmonar e no edema agudo de pulmão UREMIA Pericardite, derrame pericárdico, coagulopatia ou encefaloparia urêmica emergências dialíticas hemodiálise Sessões de 24 a 72 horas Pacientes gravemente doentes e hemodinamicamente instáveis Controle mais preciso do volume, da uremia, dos distúrbios acidobásicos e eletrolíticos com menos instabilidade hemodinâmica (hipotensão) Permitem o suporte nutricional agressivo sem sobrecarga de volume associada. Convencional Realizada 3x por semana em torno de 3/4h por sessão contínua intermitente PERGUNTAS 1- A partir da anamnese e exame físico, qual(is) a(s) possível(is) hipótese(s) diagnóstica(s)? Artrite Reumatoide e Injúria Renal Aguda pelo uso de AINES que levou a uma necrose de papila AINES ---> nefrotoxicidade ---> Injúria renal aguda (IRA) Artrite reumatoide ---> uso de Naproxeno (AINES) 2- Sobre o envolvimento renal: Qual é a provável etiologia do envolvimento renal da paciente? Qual seu mecanismo fisiopatológico? Necrose de papila renal Os AINES inibem as COX e consequentemente inibem a produção de prostaglandinas, que realizam um efeito protetor renal porque fazem vasodilatação da arteríola aferente Assim, ocorre vasoconstricção da arteríola aferente, o que causa redução do fluxo sanguíneo renal e redução da TFG, o que pode levar a uma necrose da papila renal por hipoperfusão do tecido. A papila necrosada pode se desprender e obstruir o fluxo e piorar ainda mais o quadro Outros acometimentos podem ocorrer pelo uso de AINES como a necrose tubular aguda (NTA) e nefrite intersticial aguda (NIA), mas essas não cursam com hematúria, que pode ocorrer na necrose de papila a) Prostaglandina faz vasodilatação da arteríola aferente, o que permite manutenção do fluxo sanguíneo renal e da TFG b) AINES inibem prostaglandinas → vasoconstrição da arteríola aferente → hipoperfusão renal → redução TFG → injúria renal AINES inibem COX Redução da produção de prostaglandinas Redução do fluxo sanguíneo renal e da TFG Injúria renal, hipoperfusão tecidual Vasoconstricção da arteríola aferente Necrose de papila 2- Mecanismo fisiopatológico: CrS = 5 mg/dL Anúria há 48 horas (2 dias) PERGUNTAS 3- Classifique e caracterize a injúria renal dessa paciente. } KDIGO 3 Creatinina sérica - na IRA, aumenta em 0,3 mg/dL ou mais dentro de 48 horas de observação, ou 1,5 vez ou mais em relação ao valor basal dos últimos 7 dias. Molécula de injúria renal 1 (KIM-1) Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilo (NGAL) Cistatina C Interleucina (IL)-18 Diurese/ débito urinário - na IRA abaixo de 0,5 mL/kg/h por 6 horas. 4- Quais são os principais marcadores de perda da função renal de forma aguda (laboratoriais e clínicos)? Marcadores laboratoriais: Obs. Existem alguns biomarcadores que identificam lesões renais menores que não causam aumento da creatinina sérica, mas ainda não são muito usados na prática clínica, tais como: Marcadores clínicos: Hipercalemia importante K > 6,5 (K+ 7mmol/L) Azotemia importante (ureia 200mg/dL) Sinais de uremia: dor abdominal, náusea, gosto ruim na boca Edema de MMII: sinal de sobrecarga de volume Associados a anúria, o que difulta os resultados do tratamento conservador, já que a paciente não responderia a furosemida, por exemplo 5- Essa paciente tem indicação de realizar algum tipo de terapia renal de substituição? Se sim, cite os critérios utilizados. Sim. Critérios: 6- Quais são as recomendações necessárias para o paciente depois da alta médica? Praticar atividades físicas, manter uma dieta hiposódica, hipoproteica, manter boa hidratação diária, evitar medicamentos nefrotóxicos, realizar o tratamento de maneira adequada e retorno ambulatorial. 7- O que está alterado nos exames laboratoriais da paciente? Hemoglobina: 10 --- VR: 13,0-16,9 --> anemia normocítica, normocrômica (doença crônica) Hematócito: 30% --- VR: 39,7-52,0 VCM: 70 --- VR: 80-100 HCM: 20 --- VR: 26,9-32,6 HDL: 38 --- VR: superior a 40 mg/dL de sangue Trigicerídeos: 174 --- VR: <150 mg / dL (1,7 mmol / L) (3) Glicemia: 102 --- VR: < 99 mg/dL HBA1C: 6,5% --- VR: < 5,6% 7- O que está alterado nos exames laboratoriais da paciente? PCR: 12 --- VR: < 10 mg/L VHS: 50 --- VR: 0 a 15 mm/h ANTI-HBS reagente ANTI-CCP: 50UI/ml Provas de fase aguda: VHS e PCR Fator reumatoide (S: 65-73%; E: 80%) Anti-CCP (S: 65-73%; E: >90%) Ureia: 200 mg/dL --- VR: 10-45 mg/dL —> gosto ruim na boca Creatinina: 5 mg/dL --- VR: 0,6-1,2 mg/dL CLCR (clearance de creatinina): 14,4 mg/min/1,73m2 ----- VR: 85-125 mg/min/1,73m2 K+: 7 ml/mm3 ---- VR: 3, 5-5 ml/mm3 --> hipercalemia Indicando redução da função renal Aumento de resíduos nitrogenados no sangue (creatinina e ureia) e redução do clearance de creatinina 8- Como você classificaria ela quanto ao risco cardiovascular? De acordo com os critérios do Escore de Risco Global (ERG) de Framingham - idade, HDL-C, colesterol total, PAS (tratada), fumo e diabetes - a paciente tem ERG de 12 pontos, o que indica risco global de evento CV em 10 anos de 8,6%. 9- Com os exames da paciente, há mudança no diagnóstico respondido na pergunta 1? Se sim, qual o diagnóstico da paciente? O diagnóstico permanece como Artrite Reumatoide (ACR/EULAR = 7) e Injúria Renal Aguda (KDIGO 3). Os exames laboratoriais para AR não devem excluir o diagnóstico levando em consideração as manifestações clínicas e a guia de classificação. Os exames de ureia, creatinina e clearence alterados em curto período demonstram comprometimento renal agudo. Exames de imagempara os achados reumatológicos das articulações Radiografia: visualização de alterações mais tardias (caso a paciente venha apresentar) USG com Power Doppler: visualização de alterações mais precoces. Importante para o diagnóstico e monitoramento de doença Ressonâcia magnética: boa sensibilidade para visualizar alterações precoces. Melhor para diagnóstico, pouco usada para acompanhar a doença Gasometria arterial para investigar acidose metabólica ECG para investigar possíveis alterações pela hipercalemia EAS Ultrassom de rim e vias urinárias a fim de analisar as alterações estruturais 10) Você solicitaria mais algum exame para a paciente? Se sim, qual? Por que? OBS.: Vale ressaltar que os exames de imagem sozinhos não confirmam nem descartam diagnóstico 11) Com relação aos exames solicitados, você solicitará todos eles ou mudaria algum? Solicitaria todos para descartar diagnósticos diferenciais 12) Foi correta a indicação de fazer o exame de FAN? E O HLA-B27? PORQUE? Sim, para auxiliar na hipótese diagnóstica, afastando diagnósticos diferenciais. O FAN costuma estar positivo no casos de doenças autoimunes, como LES, síndrome de Sjögren, psoríase, artrite reumatoide, entre outras. Sobre o HLA-B27, diversas doenças reumatológicas apresentam positividade, como as oligoartrites. Lembrando que o resultado negativo não descarta diagnóstico, tais exames servem para nortear as hipóteses. 13) Como você iniciaria o tratamento dessa paciente? Tratamento não medicamentoso: proteção da articulação, fisioterapia e exercício físico. Tratamento medicamentoso: iniciado com DMARDS (Metotrexato) e corticoides (sintomáticos). Como a paciente já possui IRA por uso de AINES, está contraindicado. Encaminhar a paciente para hemodiálise intermitente. Administrar gluconato de cálcio e DDAVP devido à hipercalcemia e uremia. VHS e PCR (avaliar atividade da doença) Hemograma (investigar anemia) Função renal e hepática Densitometria óssea, hidroxi-vitamina D, cálcio (principalmente pelo uso de corticóides) 14) Como seria o acompanhamento reumatológico dessa paciente (INTERVALO DE CONSULTAS/ MEDICACOES/EXAMES CONTROLE) ETC.? Exames de imagem: RX e USG com power doppler Exames laboratoriais: Tratamento não medicamentoso: proteção articular, fisioterapia, exercício físico e uso de dispositivos de marcha Inicia com as DMARDS - Metotrexato; Sulfasalazina e Hidroxicloroquina também são opções Ácido fólico (importante associar ao Metotrexato para evitar efeitos adversos) Para pacientes refratários utilizar imunobiológicos Corticoides como sintomáticos Avaliar toxicidade e resposta medicamentosa em 3 meses Atingir o alvo (remissão ou baixa atividade) em 6 meses 14) Como seria o acompanhamento reumatológico dessa paciente (INTERVALO DE CONSULTAS/ MEDICACOES/EXAMES CONTROLE) ETC.? Tratamento medicamentoso: Intervalo de consultas: OBRIGADO!
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