Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 1 SUMÁRIO 1 Ativo Imobilizado ............................................................................................................................ 2 2 Ativo Não Circulante Imobilizado ................................................................................................... 2 2.1 Conceito De Imobilizado Segundo A Lei 6.404/76 E CPC 27 ............................................................... 2 3 Custo De Um Ativo Imobilizado ...................................................................................................... 4 3.1 Reconhecimento Inicial ....................................................................................................................... 4 3.2 Mensuração Subsequente ................................................................................................................... 7 3.3 Gastos De Capital X Gastos Do Período .............................................................................................. 8 4 Ativo Construído Pela Empresa .................................................................................................... 10 5 Ativo Qualificável .......................................................................................................................... 11 5.1 Contabilização Da Capitalização Dos Custos Dos Empréstimos ........................................................ 12 6 Critério De Avaliação Do Ativo Imobilizado .................................................................................. 13 6.1 Depreciação ....................................................................................................................................... 13 6.1.1 Encargos de Depreciação X Depreciação Acumulada ............................................................... 13 6.2 Início Da Depreciação ........................................................................................................................ 14 6.3 Métodos de Depreciação. ................................................................................................................. 14 6.3.1 Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes .......................................... 14 6.3.2 Método Da Soma Dos Dígitos Ou Método De Cole Ou Método Das Quotas Decrescentes ..... 18 6.3.3 Método De Unidades Produzidas .............................................................................................. 20 6.3.4 Método Das Horas De Trabalho ................................................................................................ 20 7 Estimativa Contábil Versus Critério Fiscal .................................................................................... 21 8 Depreciação Acelerada ................................................................................................................. 22 9 Depreciação No Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado .................................................... 22 10 Alteração Da Vida Útil E Valor Residual Do Imobilizado ........................................................... 23 11 Valor Residual > Valor Contábil ................................................................................................ 24 12 Amortização .............................................................................................................................. 27 13 Exaustão .................................................................................................................................... 28 13.1 Exaustão De Bens Aplicados Na Exploração De Recursos Minerais E Florestais ............................... 29 14 Resumo Dos Pontos Comentados Nesta Aula .......................................................................... 30 15 Outras Questões Comentadas .................................................................................................. 32 16 Questões Comentadas Nesta Aula ........................................................................................... 43 17 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula ..................................................................... 53 CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 2 1 Ativo Imobilizado Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso CFC De A a Z para o Exame de Suficiência. Na aula de hoje falaremos sobre o ativo imobilizado. O assunto é essencial e tem grandes chances de ser cobrado nos próximos Exames. Historicamente, sempre temos uma questão sobre esse tema. Novamente, a leitura desta aula é indispensável. Um abraço. Prof. Gabriel Rabelo. @contabilidadefacilitada 2 Ativo Não Circulante Imobilizado O ativo imobilizado tem definição básica em dois diplomas. O primeiro e principal é a lei 6.404/76. O segundo é o CPC 27 – Ativo Imobilizado. 2.1 Conceito De Imobilizado Segundo A Lei 6.404/76 E CPC 27 Segundo a Lei 6.404/76: Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) Segundo o CPC 27: Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 3 Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível. A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados não satisfazem, em regra, o critério para serem classificados como ativo. Sobre o trecho “inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens(...)” Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os bens objetos de arrendamento. Com as alterações do CPC 06, tanto o arrendamento operacional como o financeiro passam a ficar contabilizados no ativo do arrendatário pelo valor presente. Essa mudança se tornou válida a partir de 2019. A exceção se faz para arrendamento de curto prazo e pequeno valor. Esses podem continuar sendo contabilizados como despesa. Ativo Imobilizado Mantido para uso na produção ou fornecimento Mercadorias Prestação de serviços Mantido para aluguel a outros (quando aluguel não é o fim) Mantido para fins administrativos Espera-se utilizar por mais de 1 período Item tangível Regra Classificação dos bens de propriedade da companhia CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 4 3 Custo De Um Ativo Imobilizado 3.1 Reconhecimento Inicial Conforme a lei 6404/76: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; Portanto, o imobilizado é avaliado inicialmente ao custo! Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições de uso. Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado: 16. O custo de um item do ativoimobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. 17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são: (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado; (b) custos de preparação do local; (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem; (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 5 o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e (f) honorários profissionais. 19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. Custo do ativo imobilizado (CPC 27) Inclui Não inclui Preço de aquisição + Imposto Importação + Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos Preparação do local Custos de abertura de nova instalação Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais Testes Custos de treinamento Honorários profissionais (engenheiros, arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local) Custos de desmontagem (futuro, traz a valor presente) Custos administrativos Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. 1. (CONSULPLAN /Exame de Suficiência/2018.1) Uma empresa agroindustrial que tem o real como moeda funcional importou uma colheitadeira no valor de US$ 10.000,00 (dez mil dólares). Por ocasião do desembaraço aduaneiro, efetuado no dia 30 de abril, foram pagos tributos não recuperáveis no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais). A colheitadeira foi usada ao longo do mês de maio. O pagamento foi acordado para ser efetuado em 30 de junho, ao final da colheita da safra. As cotações hipotéticas do dólar no período são: Tendo em vista as informações apresentadas anteriormente bem como o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade sobre conversão de demonstrações contábeis e ativo imobilizado, é correto afirmar que deverá ser registrado o valor desta colheitadeira em 30 de abril: CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 6 A) R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais). B) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). C) R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). D) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Comentários: O equipamento deve ser convertido na data em que ficou disponível para uso, nas condições desejadas pela administração. Como a questão já solicita o valor em 30 de abril, vamos calcular o valor da colheitadeira para essa data. US$ 10.000 x R$ 3,30 = R$ 33.000 Vamos agora somar o valor do desembaraço aduaneiro: R$ 33.000 + R$ 2.000 = R$ 35.000 Valor da máquina em 30 de abril = R$ 35.000 letra B Gabarito → B 2. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1) De acordo com a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, assinale a opção que apresenta os custos diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado. a) Custos administrativos e custos de abertura de nova instalação. b) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes. c) Custos de instalação e montagem e custos de preparação do local. d) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço. Comentários: Segundo o item 19 do CPC 27. 19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são: (a) custos de abertura de nova instalação; (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e (d) custos administrativos e outros custos indiretos. Os custos que a empresa tem para instalar e montar, além de preparar o local são diretamente atribuíveis e por isso são somadas ao ativo imobilizado. Gabarito → C. 3. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1) Não integram o custo de aquisição dos bens do Ativo Imobilizado: CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 7 a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com honorários profissionais. b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes. c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local. d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem. Comentários: Vamos lá! Respondendo: a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com honorários profissionais. Entram no custo do imobilizado. b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes. Errado. Uma vez que o ativo esteja no local e condições pretendidas, novos gastos são considerados como despesas. c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local. Correto. Salário de empregados que estejam diretamente ligados à construção do ativo e custos com preparação do local são atribuíveis e devem ser somados ao custo. d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem. Correto também. Frete, manuseio e os custos para instalar e montar são somados no custo do ativo. Gabarito → B. 3.2 Mensuração Subsequente Assim como os outros ativos, o ativo imobilizado pode mudar de valor. Ele pode se desgastar, pode sofrer perda no seu valor de mercado ou perder também o valor que se espera em relação à capacidade de gerar produtos. Depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e exaustão e ao teste de recuperabilidade. A previsão para estes institutos encontra-se na Lei 6.404 do seguinte modo: Art. 183. § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 8 a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perdade utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 3.3 Gastos De Capital X Gastos Do Período Conforme o livro “Contabilidade Societária”, da equipe de professores da USP, os gastos subsequentes podem ser de duas espécies: Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados ao valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo. Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc. Avaliação do Imobilizado Custo - Depreciação/Amortização/Exaustão – Redução Valor Recuperável Diminuição Perda do valor aplicado: Depreciação Por desgaste Por uso Por ação da natureza Por obsolescência Amortização Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial com existência ou exercício de duração limitada Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado Exaustão Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 9 Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc. Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado no custo do ativo, e passa a ser depreciado). A prática anterior era a de provisionar o valor da parada programada. Mas este procedimento foi alterado, pois não há base para o reconhecimento de um passivo neste caso. Não há obrigação presente. O método atual é de dar baixa no valor contábil do item substituído e capitalizar (contabilizar como ativo) o novo item. Segundo o CPC 27: 12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado. 13. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode requerer novo revestimento após um número específico de horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir substituição diversas vezes durante a vida da estrutura. Itens do ativo imobilizado também podem ser adquiridos para efetuar substituição recorrente menos frequente, tal como a substituição das paredes interiores de edifício, ou para efetuar substituição não recorrente. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos. O valor contábil das peças que são substituídas é baixado de acordo com as disposições de baixa deste Pronunciamento (ver itens 67 a 72). 14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções Manutenção periódica Gastos do período Só beneficiam um exercício social Despesa na DRE Paradas programadas Gastos de capital Beneficiam mais de um exercício social Ativo Imobilizado CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 10 importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser usado como indicador de qual é o custo do componente de inspeção existente, quando o item foi adquirido ou construído. 4 Ativo Construído Pela Empresa O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas operações, o custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos. Basicamente, se a empresa produz ativos para vender, mas resolve utilizar um ou alguns como imobilizado, a mensuração deve ser feita pelos mesmos princípios do ativo adquirido, isto é, você irá capitalizar a mão de obra, gastos com seguro, materiais, honorários de engenheiros, entre outros. Se o ativo construído pela empresa custou R$ 300.000,00, e é vendido por R$ 500.000,00, ele ficará contabilizado por R$ 300.000,00, pois não devemos reconhecer lucros gerados internamente. De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-de-obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é incluído no custo do ativo. 4. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária que atua no ramo de construção civil está construindo um prédio onde será instalada uma de suas filiais. Para essa construção, a Sociedade Empresária está utilizando materiais provenientes de seu estoque, bem como usando a mão de obra de seus empregados. Considerando-se o estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, os gastos com a construção do referido prédio deverão ser reconhecidos em uma conta de: a) Estoque. b) Imobilizado. c) Intangível. d) Investimentos. Comentários: Como explicamos, o prédio onde será instalada uma das filiais da empresa será classificado como Ativo Imobilizado e os gastos com a construção do referido prédio deverão ser reconhecidos no seu custo, isto é, no Imobilizado. Gabarito →B. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 11 5 Ativo Qualificável O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece critérios para o reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado construídopela própria empresa. Os juros de empréstimos contratados para a construção ou aquisição de ativo qualificável (ativo que demanda um tempo substancial para ficar pronto para o seu uso ou venda pretendidos) devem ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado. Um ativo qualificável (tradução de “qualifying assets”) é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável devem ser capitalizados, ou seja, contabilizados como custo do estoque. Os outros custos de empréstimos (que não são para ativos qualificáveis) devem ser reconhecidos como despesas no período em que incorrerem. Custos de empréstimos - hoje: Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE Ativo qualificável demora um tempo substancial para ficar pronto. E qual seria esse “tempo substancial”? Um ano? Seis meses? Não há uma definição ou determinação sobre esse prazo. A empresa deve usar o seu melhor julgamento técnico, para enquadrar um ativo como qualificável ou não. As normas falam sempre em “tempo substancial”, mas não definem quanto é esse tempo. Assim, eventuais questões sobre esse assunto devem mencionar que a construção do ativo demorou um “tempo substancial” ou algum sinônimo (“demorou muito tempo”, “demorou um tempo excessivamente longo”, e por aí vai.) Estudamos a inclusão dos juros no ativo. Agora vejamos a exclusão dos juros. Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Imobilizado: 23. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período (...), a menos que seja passível de capitalização de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos. (g.n.) Vamos supor que uma empresa possa comprar um ativo à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por 110.000,00. Nesse caso, o total a prazo excede o preço à vista, e tal diferença deve ser reconhecida (contabilizada) como despesa com juros. Digamos que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte: CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 12 Compra à vista: D – Imobilizado (ativo) 100.000 C – Caixa/bancos (ativo) 100.000 100.000,00 100.000,00 Imobilizado Caixa Na compra a prazo: Ao invés de contabilizar o ativo pelo valor total, como é o procedimento normal, o correto é o seguinte: D – Imobilizado (Ativo) 100.000 D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 C – Fornecedores (Passivo) 110.000 100.000,00 10.000,00 110.000,00 Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P) Passado um mês, teríamos: D – Despesa financeira (resultado) 10.000 D – Fornecedores (Passivo) 110.000 C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 C – Caixa/bancos (ativo) 110.000 100.000,00 10.000,00 10.000,00 110.000,00 110.000,00 10.000,00 110.000,00 Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P) Despesa finan. Caixa Resumindo: 1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo. 2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão apropriados como Despesa Financeira por competência. 5.1 Contabilização Da Capitalização Dos Custos Dos Empréstimos Normalmente, a contabilização dos custos de empréstimos (no caso de ativos não qualificáveis) é feita a débito de despesa financeira e crédito do passivo: D – Despesa financeira (resultado) C – Empréstimos a pagar (Passivo) CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 13 XX,XX XX,XX Desp. Finan. (Resul) Emp. a pagar Observação: a contabilização acima refere-se à situação em que o custo do empréstimo é tratado como despesa financeira. Ou seja, quando não estamos diante de um ativo qualificável. No caso dos ativos qualificáveis, para capitalizar os custos dos empréstimos, debitamos o Ativo que está sendo adquirido ou construído: D – Ativo qualificado em construção C – Empréstimo a pagar (passivo) XX,XX XX,XX Ativo qual. em constru. Emp. a pagar Pelo término da construção do ativo: D – Ativo (Estoque ou imobilizado ou intangível, etc,) C – Ativo qualificado em construção. Normalmente, durante a construção, é usada uma conta transitória, denominada “Ativo em Construção”, que recebe todos os valores que compõe o custo do ativo. Depois de concluído, a conta transitória é zerada e seu saldo transferido para ativo imobilizado, ou ativo intangível, enfim, para a conta definitiva. 6 Critério De Avaliação Do Ativo Imobilizado Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição, subtraído da depreciação, amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável. Ativo Imobilizado Custo de aquisição (-) Depreciação, amortização, exaustão (-) Ajuste ao valor recuperável Valor contábil líquido 6.1 Depreciação 6.1.1 Encargos de Depreciação X Depreciação Acumulada Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação e depreciação acumulada. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 14 Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor residual. Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício em 31.12.X2? Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00). O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste período, conta esta que é zerada no encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$ 100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício. A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo. Como o próprio nome sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação. Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2). Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação. 6.2 Início Da Depreciação A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso. Então, em regra, o mês de aquisição vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas questões, a data em que o ativo está pronto para ser utilizado. O mais correto tecnicamente é adotar a data em que o ativo está pronto para uso. Por exemplo, se estiver pronto no dia 20, deprecia a partir desta data. Todavia, para facilitar os cálculos, em provas, pode aparecer da seguinte maneira: - Se o imobilizado está pronto para uso até o dia 15: deprecia o mês todo. - Se o imobilizado está pronto para uso após o dia 15: deprecia a partir do mês seguinte. Como saber? Somente testando os números. 6.3 Métodos de Depreciação. Há vários métodos para se calcular a depreciação. Apresentaremos, a seguir, os principais abordados em prova. Os mais usados são: 6.3.1 Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes Disparadamente o método mais cobrado em provas! CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 15 Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha reta. Ex.: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000. Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano. Como calcular a depreciação pelo método da linha reta? 1) Pegue o valor de aquisição. 2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero. 3) Faça a diferença entre o valor de aquisição eo valor residual e encontraremos o chamado valor depreciável. 4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 5) Divida o valor depreciável pela vida útil 6) Você encontrará o valor da depreciação. Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o condão de alterar os dispositivos da legislação contábil! 5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária adquiriu um equipamento, que ficou disponível para uso, nas condições operacionais pretendidas pela administração, em 2.1.2012, pelo valor contábil de R$180.000,00. A vida útil do equipamento foi estimada em 10 anos e seu valor residual, em R$18.000,00. A depreciação do equipamento é calculada pelo Método Linear e não foram observados indicativos de perda durante toda a vida útil do equipamento. No dia 31.12.2016, a Sociedade Empresária vendeu esse equipamento por R$90.000,00. Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO, o valor contábil a ser baixado desse equipamento, em 31.12.2016, é de: a) R$72.000,00. b) R$90.000,00. c) R$99.000,00. d) R$162.000,00. Comentários: Para encontramos o valor contábil a ser baixado, precisamos encontrar a depreciação acumulada até o momento da venda do equipamento: Valor de Custo R$ 180.000,00 (-) Valor Residual R$ 18.000,00 = Valor Depreciável R$ 162.000,00 CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 16 Vida útil 10 anos Depreciação anual R$ 162.000/10 = R$ 16.200,00 Período de utilização até a venda 5 anos Depreciação Acumulada 16.200 x 5 = R$ 81.000,00 Valor Contábil Líquido 180.000 – 81.000 = R$ 99.000,00 Gabarito →C 6. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária adota o Método de Depreciação Linear, de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO. As características do Ativo Imobilizado da empresa estão apresentadas a seguir: - Valor de compra R$1.600.000,00 - Vida útil 20 anos - Valor residual R$160.000,00 Considerando-se os dados apresentados, a depreciação acumulada e o valor contábil do Ativo Imobilizado ao final do quinto ano de disponibilidade para uso são, respectivamente: a) R$360.000,00 e R$1.240.000,00. b) R$360.000,00 e R$1.600.000,00. c) R$400.000,00 e R$1.200.0 d) R$400.000,00 e R$1.600.000,00. Comentários: Valor de compra 1.600.000,00 (-) Valor residual (160.000,00) Valor depreciável 1.440.000,00 Depreciação anual = Valor depreciável/vida útil Depreciação anual = 1.440.000,00/20 = 72.000,00/ano. Ao final do 5º ano a depreciação acumulada será de: R$ 72.000,00 x 5 = 360.000,00 No balanço ficará assim: Valor de aquisição 1.600.000,00 (-) Depreciação acumulada (360.000,00) Valor contábil 1.240.000,00 Gabarito → A. 7. (FBC/Exame de Suficiência/2016/1) CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 17 Um hotel adquiriu uma caldeira para o aquecimento da água a ser consumida pelos hóspedes e pagou por isso R$10.800,00 à vista. O fornecedor ficou responsável pela entrega do produto. Para a instalação da referida caldeira, o hotel pagou mais R$3.600,00. A caldeira tem vida útil estimada em 10 anos. O valor residual é estimado em R$2.400,00. A caldeira ficou pronta para uso em 1º.8.2015. O hotel calcula a depreciação usando o Método Linear. Com base nos dados informados, a despesa de depreciação da caldeira, no mês de agosto de 2015, é de: a) R$70,00. b) R$100,00. c) R$120,00. d) R$140,00. Comentários: Valor pago R$ 10.800,00 Custo de instalação e montagem R$ 3.600,00 Custo do ativo imobilizado R$ 14.400,00 A depreciação começa a ser contabilizada a partir do momento que a caldeira estiver pronta para uso, isto é, 01.08.2015. Portanto, a despesa de depreciação mensal será: Valor Contábil R$ 14.400,00 (-) Valor Residual R$ 2.400 = Valor Depreciável: R$ 12.000 Vida útil: 10 anos ou 120 meses. Depreciação mensal: 12.000/120 = R$ 100,00. Gabarito → B. 8. (FBC/Exame de Suficiência/2015/2) Uma Sociedade Empresária adquiriu, em 30.11.2014, uma máquina por R$39.000,00. Para deixar a máquina em condição de funcionamento, foi necessária a instalação, que foi feita pelo vendedor, sem custo adicional, em 31.12.2014. A vida útil da máquina foi estimada em 150 meses; e o valor residual é de R$6.000,00. Para o cálculo da depreciação, foi adotado o Método das Quotas Constantes. Considerando-se os dados informados, o saldo da conta Depreciação Acumulada, em 31.8.2015, é de: a) R$1.760,00. b) R$1.980,00. c) R$2.080,00. d) R$2.340,00. Comentários: CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 18 Apesar de a data de aquisição da máquina ter sido em 30.11.2014, a depreciação será contabilizada a partir do momento que o imobilizado estiver pronto para uso, isto é, 31.12.2014. Agora podemos calcular a depreciação acumulada em 31.08.2015. Valor de aquisição 39.000,00 Vida útil 150 anos Valor residual 6.000,00 Valor depreciável (39.000 – 6.000) 33.000,00 Depreciação mensal (33.000/150) 220,00 Portanto, em 31.08.2015, 8 meses após a instalação, depreciação acumulada será de 8 x 220 = R$1.760,00. Gabarito → A. 6.3.2 Método Da Soma Dos Dígitos Ou Método De Cole Ou Método Das Quotas Decrescentes Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma. Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de 5 anos, tomaremos os seguintes procedimentos: Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; Ano 2 = 4/15; Ano 3 = 3/15; Ano 4 = 2/15 e Ano 5 = 1/15. Mas por que, professor?! Por que isso? Há uma justificativa técnica para tal método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Ademais, o declínio do valor do ativo é mais acentuado nos primeiros anos. Vejam que a despesa de depreciação será decrescente. Começará maior e terminará menor. Supondo um bem cujo valor depreciável é R$ 90.000,00. Ano 1: 5/15 x 90.000 = 30.000,00 Ano 2: 4/15 x 90.000 = 24.000,00 Ano 3: 3/15 x 90.000 = 18.000,00 Ano 4: 2/15 x 90.000 = 12.000,00 Ano 5: 1/5 x 90.000 = 6.000,00 Total da depreciação = 90.000,00 CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 19 9. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1) Uma prefeitura adquiriu dez ambulâncias, no valor total de R$660.000,00. Após um estudo, decidiu-se por realizar a depreciação utilizando-se o Método da Soma dos Dígitos na forma decrescente, pois esse método reflete o padrão em que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços dessas ambulâncias serão consumidos pela prefeitura. Informações: - As ambulâncias entraram em operação imediatamente à sua chegada, ocorrida no dia 2.1.2014. - A vida útil dessas ambulâncias é de 4 (quatro) anos. - Foi determinado um valor residual das 10 (dez) ambulâncias, em um total de R$132.000,00. Com base nas informações acima, o Valor Líquido Contábil, ao final do terceiro ano, será de: a) R$475.200,00. b) R$184.800,00. c) R$132.000,00. d) R$105.600,00. Comentários: Na questão apresentada, temos as seguintes informações: Vida útil 4 anos Soma dos dígitos: 4+3+2+1 = 10 Valor de aquisição 660.000,00 Valor residual 132.000,00 Valor depreciável (660.000 – 132.000) 528.000,00 Portanto, o cálculo da depreciação a cada ano será: Ano 1: 4/10 x 528.000 = 211.200,00 Ano 2: 3/10 x 528.000 = 158.400,00 Ano 3: 2/10 x 528.000 = 105.600,00 Total da depreciação acumulada = 475.200,00 Agora, podemos encontrar o Valor Líquido contábil: Valor Líquido Contábil = 660.000 – 475.200 = 184.800 Gabarito → B CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 20 6.3.3 Método De Unidades Produzidas Por este método, estima-sea quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é feita dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total de produção. Por exemplo, uma máquina custou 100.000 e com capacidade de produção total, ao longo de toda a sua vida útil, de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades. Portanto, a depreciação em X1 será: (80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%. Valor da depreciação em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00. Por último, resta o método das horas trabalhadas... 6.3.4 Método Das Horas De Trabalho É feito de forma semelhante ao método explicado anteriormente. Inicialmente, estima-se o total de horas que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de sua vida útil. E a depreciação é calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total de horas. Ex. Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1. Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%. 10. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1) Uma Sociedade Empresária adquiriu um equipamento, por R$25.000,00, para uso em suas atividades. Para deixá-lo em condições de uso, foi necessário gastar mais R$1.500,00. O equipamento ficou pronto para uso no dia 2.1.2014, e a empresa estima usar o equipamento por 5 anos. O valor residual é estimado em R$2.500,00, para qualquer método de depreciação adotado. A vida útil estimada do equipamento é de 12.000 horas. O equipamento tem capacidade para produzir 8.000 unidades de produto. O equipamento foi utilizado durante todo o ano de 2014; operou por 2.600 horas; e produziu 1.800 unidades. Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que a despesa com depreciação, no ano de 2014, foi de: a) R$4.800,00, apurados com base no Método das Quotas Constantes. b) R$5.416,67, apurados com base no Método das Horas de Produção. c) R$5.962,50, apurados com base no Método das Unidades Produzidas. d) R$7.500,00, apurados com base no Método da Soma dos Dígitos. Comentários: Vamos calcular... Valor de aquisição 25.000 + 1.500 = 26.500 (-) Valor residual (2.500) Valor depreciável 24.000 CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 21 Método da linha reta: 24.000/5 = 4.800 Método das horas de produção: 2.600/12.00 x 24.000 = 5.200 Método das unidades produzidas: 1.800/8.000 x 24.000 = 5.400 Método da soma dos dígitos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15 2014 → 5/15 x 24.000 = 8.000 Gabarito → A 7 Estimativa Contábil Versus Critério Fiscal Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima que um terá vida útil de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve depreciá-los conforme esta estimativa. Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o critério fiscal. Todavia, contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda que diferente do critério fiscal. Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida útil, usamos o que o fisco determina: Caso a questão seja silente! Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR: Veículos: 5 anos ou 20% ao ano Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano. Tratores: 4 anos ou 25%. 11. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária tem por política substituir cada máquina utilizada na produção após 5 anos de uso. Para uma determinada máquina adquirida em julho de 2016, foram apuradas as seguintes informações de vida útil: - Vida útil média informada pelo fabricante: 15 anos - Durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas: 12 anos. Existe, na legislação tributária vigente, a possibilidade de se utilizar um período de 3 anos para depreciação, independentemente do real tempo de uso da máquina pela Sociedade Empresária. Considerando-se os dados informados, e de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO, a vida útil da máquina a ser adotada, para fins de registro contábil da depreciação, será de: CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 22 a) três anos, por ser o período de tempo admitido pela legislação tributária vigente, sem revisão anual. b) cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito a revisão anual. c) doze anos, por ser a durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas, sujeito a revisão anual. d) quinze anos, por ser o prazo médio de vida útil informado pelo fabricante, sem revisão anual. Comentários: Segundo a NBC TG 27 (R3), o valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada, que no caso da questão é de 5 anos. De acordo com a mesma norma, o valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo a NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Assim, a vida útil da máquina a ser adotada é de cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito a revisão anual. Vale destacar que algumas questões recentes fornecem o critério fiscal como forma de confundir o candidato, pois o critério que deve prevalecer é o critério contábil – melhor estimativa. Gabarito → B 8 Depreciação Acelerada Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8 horas de trabalho, o Fisco admite que a depreciação seja acelerada: Utilização da depreciação acelerada 1 turno de 8 horas: fator 1,0 2 turnos de 8 horas: fator 1,5 3 turnos de 8 horas: fator 2,0 9 Depreciação No Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado Falemos agora sobre as novidades contábeis trazidas com o CPC 27, que trata sobre o ativo imobilizado. De acordo com o texto do pronunciamento CPC 27: 43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. 44. A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo imobilizado aos componentes significativos desse item e os deprecia CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 23 separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a estrutura e os motores de aeronave, seja ela de propriedade da entidade ou obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. De forma similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que esteja sujeito a arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou desfavoráveis em relação a condições de mercado. 45. Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação. 46. Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente do item. Esse remanescente consiste em componentes de um item que não são individualmente significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes para essas partes, técnicas de aproximação podem ser necessárias para depreciar o remanescente de forma que represente fidedignamente o padrão de consumo e/ou a vida útil desses componentes. 47. A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um item que não tenhamcusto significativo em relação ao custo total do item. Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um ativo são depreciados conjuntamente. Todavia: De acordo com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar uma aeronave em 12 anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos. 10 Alteração Da Vida Útil E Valor Residual Do Imobilizado Nos termos do CPC 27: 50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. 51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 24 segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo. Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27. A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir. A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, isto implica produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já contabilizados como depreciação. Vida útil e Valor residual → Revisados a cada período 11 Valor Residual > Valor Contábil Segundo o CPC 27: 52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo. 53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável. 54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. Quem quiser entender melhor estes pontos pode assistir a esta revisão de 40 minutos que fizemos em nosso canal do YouTube. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6sEJj4HoeaY&t=734s Vamos lá! Vamos explicar. Nós reconhecemos inicialmente o ativo pelo seu valor de aquisição. Correto? Subtraímos o valor residual e encontramos o valor depreciável. Quando retiramos a depreciação anualmente, encontramos o que chamamos de valor contábil. Pode acontecer muitas vezes de o valor justo (valor de mercado) ser superior ao valor contábil. A depreciação é reconhecida mesmo se o valor justo exceder o valor contábil. Não há problemas nesta hipótese. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 25 Por exemplo, você tem um valor contábil de uma edificação de R$ 15.000,00 e seu valor de mercado de R$ 25.000,00. Você deve continuar a depreciar normalmente. Todavia, como o valor residual pode aumentar, se ele exceder o valor contábil, então devemos suspender a depreciação até que essa situação se inverta. O valor da depreciação será zero. 54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. Há que se salientar ainda que se o valor justo for menor do que o valor contábil estamos diante de uma hipótese de ajuste ao valor recuperável de ativos. Fica assim: Valor justo > Valor contábil Deprecia normalmente Valor residual > Valor contábil Depreciação = Zero Valor justo < Valor contábil Teste de Recuperabilidade Falta um último aspecto. 53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável. Em tese, o valor depreciável é encontrado quando pegamos o valor de aquisição e subtraímos o valor residual. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 26 Todavia, na prática, o valor residual pode ser imaterial, ou seja, irrelevante para o cálculo da depreciação. Por exemplo, um veículo geralmente tem valor residual. Contudo, máquinas de produção não. A empresa usa e depois desmancha, para não criar ou não fortalecer a concorrência. Imagine que determinada empresa tenha máquinas para produzir sabão em pó. No fim da vida útil, as máquinas ainda estão em bom estado e ela aliena para um pequeno concorrente no interior. Nesta hipótese, você vai vender máquinas para um concorrente? Para que ele possa se fortalecer? Não! A maioria das empresas não alienam, por isso o valor residual pode ser considerado imaterial. 12. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1) De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo. III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como retificação de erro de período anterior. A sequência correta é: a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F. Comentários: Analisaremos item a item... I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. O item está correto! Mesmo que o valor de mercado do ativo seja maior do que o seu valor contábil, a depreciação deve ser reconhecida. Todavia, se em alguma hipótese, o valor residual deste ativo superar o seu valor contábil, então a depreciação não será mais reconhecida até que se reestabeleça. II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo. O item está incorreto. Por mais que um ativo seja reparado e tenha manutenção, isso não implica a desnecessidade de depreciação. III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 27 Item correto. A depreciação é apropriada ao longo da vida útil, de forma sistemática. Vejam que sistemático não significa necessariamente o mesmo valor, mas sim de modo contínuo, calculado, exato, de acordo com a melhor estimativa da vida útil. IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como retificação de erro de período anterior. Item incorreto. A vida útil e o valor residual devem ser sim revisados. Todavia, eventual mudança deve ser tratada como mudança de estimativa e não como retificação de erro. Gabarito → C 12 Amortização Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76) § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedadeindustrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível. Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada. A amortização baseia-se na vida útil do Intangível. O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido do valor que será amortizado. A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. Resumo geral: 1) Vida útil é: a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou b) o número de unidades de produção. 2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado. Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 28 3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. 4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. 5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. 6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. 7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas pode também ser incluída no custo de outros ativos. Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $ 120.000,00, com valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos. Calcule o valor da amortização mensal. Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000 Prazo: 5 anos = 60 meses Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês. 13 Exaustão De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das SA): Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança (quantidade efetivamente explorada no ano) do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar os recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão. Exemplo: A empresa ABC pagou R$ 10.000.000 por uma mina com possança de 10.000 toneladas. No primeiro ano, a empresa extraiu 800 toneladas. Calcule a exaustão do primeiro ano. 800 tons/10.000 tons. = 0,08 ou 8,0% CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 29 R$ 10.000.000 x 8% = R$ 800.000 Esse é o cálculo que usualmente vai aparecer na sua prova: a questão dá uma capacidade z e fala que no ano x foi extraído y. Você então dividirá y/z e encontrará o percentual exaurido. Contabilização: D – Custo do minério extraído (Ativo) 800.000 C – Exaustão acumulada (Ret. Ativo) 800.000 Atenção! Vejam que, nesta hipótese, não vai direto para o resultado como despesa. Primeiro, colocamos em uma conta custo do minério extraído. Essa conta é uma conta de estoque. Você está diminuindo da capacidade da mina e colocando em uma conta de estoque! 13.1 Exaustão De Bens Aplicados Na Exploração De Recursos Minerais E Florestais A lei 6404/76 menciona que estão sujeitos à exaustão os “recursos minerais e florestais, ou bens aplicados nessa exploração”. A doutrina, entretanto, considera que os bens tangíveis usados na exploração dos recursos minerais e florestais sofrem depreciação, de acordo com o estabelecido no regulamento do Imposto de Renda. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 30 14 Resumo Dos Pontos Comentados Nesta Aula Classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível. Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições de uso. Custo do ativo imobilizado (CPC 27) Inclui Não inclui Preço de aquisição + Imposto Importação + Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos Preparação do local Custos de abertura de nova instalação Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais Testes Custos de treinamento Honorários profissionais (engenheiros, arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local) Custos de desmontagem (futuro, traz a valor presente) Custos administrativos Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados ao valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo. Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc. Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc. Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado no custo do ativo, e passa a ser depreciado). 1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo. 2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão apropriados como Despesa Financeira por competência. Método de depreciação da linha reta. Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada disser a questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha reta. Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 31 Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano. Como calcular a depreciação pelo método da linha reta? 1) Pegue o valor de aquisição. 2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero. 3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e encontraremos o chamado valor depreciável. 4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente). 5) Divida o valor depreciávelpela vida útil 6) Você encontrará o valor da depreciação anual. Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o condão de alterar os dispositivos da legislação contábil! Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível. Caso a questão seja silente! Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR: Veículos: 5 anos ou 20% ao ano Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano. Utilização da depreciação acelerada 1 turno de 8 horas: fator 1,0 2 turnos de 8 horas: fator 1,5 3 turnos de 8 horas: fator 2,0 Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo. Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 32 15 Outras Questões Comentadas 13. (Consulplan/Exame de Suficiência/2018.1) Em 02/04/2014, uma empresa adquiriu um computador para ser utilizado por sua secretária por R$ 8.000. Na data, a empresa pagou R$ 100,00 de frete, R$ 300,00 para instalação dos programas necessários ao funcionamento do computador e R$ 200,00 para contratar um antivírus anual. Além disso, o computador veio com garantia de um ano e a empresa adquiriu garantia estendida por mais um ano, por R$ 100,00. A vida útil econômica do computador no momento da compra era de oito anos. No entanto, a empresa esperava utilizá-lo por cinco anos e depois doá-lo. Em 31/12/2016, a administração da empresa realizou o teste de recuperabilidade de seu computador. Nesta avaliação, ela constatou que o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados pelo uso do computador era de R$ 2.970. Já o valor líquido de venda na data era de R$ 3.240,00. Assinale a alternativa que indica o valor contábil do computador em 31/12/2017 com base nas informações anteriores e de acordo com a NBC TG 27 (R4) – Ativo Imobilizado e a NBC TG 01 (R4) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. A) R$ 1.620,00. B) R$ 1.800,00. C) R$ 2.100,00. D) R$ 3.240,00. Comentário: Vamos apurar o valor contábil do computador: Computador 8.000 Frete 100 Instalação programas necessários 300 Total 8.400 Todos os gastos necessários para deixar o imobilizado nas condições pretendidas pela administração integram o valor do bem. O antivírus e a garantia estendida não entram, pois não são necessários para o funcionamento do computador. Serão contabilizados como despesa. A empresa pretende usá-lo por 5 anos e depois doá-lo. Depreciação = Valor $8400 / 60 meses = $140 por mês O computador foi usado de 02/04/2014 a 31/12/2016, o que corresponde a 33 meses. Depreciação acumulada = $140 x 33 meses = $4.620 Valor contábil em 31/12/2016 = $8.400 - $ 4.620 = $ 3.780. A empresa efetua o teste de recuperabilidade para o computador nessa data (31/12/2016). CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 33 O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Nessa questão, é o valor líquido de venda, de $3.240,00. Como o valor recuperável é menor que o valor contábil, a empresa reconhece uma perda por recuperabilidade e o valor do computador passa para $ 3.240.00. Perda de recuperabilidade: $3.780 - $3.240 = $540 Vida útil restante: 60 meses – 33 meses = 27 meses Nova depreciação mensal: $ 3.240 / 27 meses = $120 por mês. Agora vamos calcular a depreciação de 2017: Depreciação 2017 = $120 x 12 meses = $1.440 Valor contábil em 31/12/2017 = $3.240 - $1.440 = $ 1800 Gabarito →B 14. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária vendeu um imóvel de uso, à vista, por R$200.000,00. Na data da venda, a composição do valor contábil de R$52.500,00 desse imóvel era a seguinte: Custo de aquisição R$ 500.000,00 Depreciação acumulada R$ 350.000,00 Perda estimada para redução ao valor recuperável R$ 97.500,00 Com base nos dados informados, o resultado líquido obtido com a venda do imóvel foi: a) ganho de R$102.500,00. b) ganho de R$147.500,00. c) perda de R$150.000,00. d) perda de R$300.000,00. Comentários: Questão muito tranquila. Para saber o ganho obtido com o imóvel é só subtrair valor de venda – valor contábil. R$ 200.000,00 – R$ 52.500,00 = R$ 147.500,00 (ganho) Gabarito → B. 15. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1) Uma sociedade empresária possui um bem que consta no seu imobilizado, em 31.12.2013, composto pelos seguintes valores: Custo de Aquisição R$ 80.000,00 (-) Depreciação Acumulada R$ 20.000,00 (-) Perda Estimada por Redução ao Valor Recuperável R$5.000,00 Em 2.1.2014, o bem foi vendido à vista por R$54.000,00. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 34 O resultado apurado nesta operação é uma perda de: a) R$1.000,00. b) R$6.000,00. c) R$21.000,00. d) R$26.000,00. Comentários: O valor contábil é a subtração do custo de aquisição, a depreciação já acumulada e a perda existente decorrente de redução ao valor recuperável. Portanto: Custo de aquisição 80.000,00 (-) Depreciação acumulada (20.000,00) (-) Perda por recuperabilidade (5.000,00) Valor contábil 55.000,00 Como o bem foi vendido por R$ 54.000,00, podemos dizer que houve uma perda de R$ 1.000,00. Gabarito → A. 16. (FBC/Exame de Suficiência/2013/2) Uma sociedade empresária adquiriu uma máquina por R$200.000,00 em 1º.4.2011. Foi instalada e colocada em condições de funcionamento no dia 1º.7.2011. A vida útil é de 20 anos, não há valor residual e a depreciação é calculada pelo método linear. Com base nessas informações, em dezembro de 2013, o bem terá sido depreciado em: a) 15%. b) 13,75%. c) 12,5%. d) 10%. Comentários: A depreciação não começa a ser contabilizada no momento da aquisição da máquina, mas partir do momento estiver pronta para uso, isto é, 01.07.2011. Portanto, a despesa de depreciação mensal será: Valor de aquisição 200.000,00 Vida útil 20 anos Valor residual 0 Valor depreciável (200.000 – 0) 200.000,00 Depreciação Anual (200.000/20) 10.000 Portanto, em 31.12.2013, 2,5 anos após a instalação, depreciação acumulada será de 2,5 x 10.000 = R$ 25.000. CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 35 Em termos percentuais: 25.000/200.000 = 12,5%. Gabarito →C 17. (FBC/Exame de Suficiência/2013/1) Uma sociedade empresária adquiriu dois terrenos por R$50.000,00 cada um. Na transação, a sociedade emitiu cheque de 20% e aceitou uma duplicata do restante da dívida com vencimento para o fim do mês da operação. No dia seguinte, a empresa aceitou vender um desses terrenos por R$60.000,00, recebendo apenas um cheque de 40% e a promessa de receber o restante em 45 dias. Contabilizando-se as operações de aquisição, venda e baixa do imobilizado indicadas, sem levar em conta quaisquer implicações de ordem tributária e sem ajustes a valor presente, o ativo da empresa aumentará em: a) R$10.000,00. b) R$40.000,00. c) R$90.000,00. d) R$110.000,00. Comentários: Terreno A 50.000,00 Terreno B 50.000,00 Na compra: D – Terrenos 100.000,00 (Aumenta ativo) C – Bancos 20.000,00 (Diminui ativo) C – Financiamentos a pagar 80.000,00 (Aumenta passivo) Na venda: D – Caixa 24.000,00 (Aumenta ativo) D – Duplicatas a receber 36.000,00 (Aumenta ativo) C – Terrenos 50.000,00 (Diminui ativo) C – Outras receitas 10.000,00 (Aumenta resultado) Portanto, temos: 100.000 – 20.000 + 24.000 + 36.000 – 50.000 = 90.000,00 (aumentono ativo). Gabarito → C. 18. (FBC/Exame de Suficiência/2013/1) CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 36 Uma sociedade apresentou a composição dos seguintes saldos de um item do Ativo Imobilizado em 30.11.2012: Veículos R$ 200.000,00 (−) Depreciação Acumulada (R$15.000,00) (−) Perda por Desvalorização (R$30.000,00) Saldo em 30.11.2012 R$155.000,00 No mês de dezembro de 2012, a empresa vendeu este item, a prazo, por R$176.000,00, para recebimento em uma única parcela, com vencimento em 15 meses e com juros embutidos na transação de 10% no mesmo período. Desconsiderando a incidência de tributo sobre esta transação, o lançamento da venda e baixa do item provocará um impacto líquido nas contas de resultado de: a) R$5.000,00, positivo. b) R$9.000,00, negativo. c) R$21.000,00, positivo. d) R$25.000,00, negativo. Comentários: O valor contábil do ativo imobilizado é de R$ 155.000,00. O valor a ser recebido lá na frente é de R$ 176.000,00. Esse valor está com juros embutido de 10%. Então, temos o seguinte: Valor de Venda + 10% x Valor de Venda = R$ 176.000 110% Valor de Venda = 176.000 Valor de Venda = 176.000/110% = 176.000/1,1 = 160.000,00. Portanto, esses R$ 160.000,00 representam o valor presente da venda. Portanto, são contas de resultado: Outras receitas 160.000,00 Outras despesas 155.000,00 Resultado 5.000,00 E o valor dos juros? Os juros serão apropriados no resultado segundo o regime de competência e não são considerados como resultado propriamente dito da operação, mas, sim, ganho financeiro. Repetindo. O valor dos juros será apropriado segundo o regime de competência, no resultado. Gabarito → A. 19. (FBC/Exame de Suficiência/2013/1) CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 37 O Ativo Imobilizado de uma determinada repartição pública estava assim constituído em 31.12.2011: No decorrer do ano de 2012, não houve novas aquisições e nem baixas e não foram alterados os critérios de vida útil e valor residual. Considerando as informações fornecidas, o valor contábil do Ativo Imobilizado apresentado no Balanço Patrimonial em 31.12.2012 é de: a) R$143.200,00. b) R$230.600,00. c) R$236.800,00. d) R$239.500,00. Comentários: Vamos fazer o cálculo da depreciação anual: Gabarito → C. 20. (FBC/Exame de Suficiência/2012/2) Itens Custo de Aquisição Vida útil Valor Residual Depreciação Acumulada Veículos R$ 60.000,00 4 anos R$ 12.000,00 R$ 36.000,00 Máquinas e Equipamentos R$ 150.000,00 10 anos R$ 20.000,00 R$ 39.000,00 Móveis e Utensílios R$ 20.000,00 10 anos R$ 2.000,00 R$ 5.400,00 Instalações R$ 150.000,00 15 anos R$ 15.000,00 R$ 27.000,00 Total R$ 380.000,00 R$ 107.400,00 Depreciação anual VA VR Valor depreciável Vida útil Depreciação anual Veículos 60.000,00R$ 12.000,00-R$ 48.000,00R$ 4 12.000,00R$ Máquinas 150.000,00R$ 20.000,00-R$ 130.000,00R$ 10 13.000,00R$ Móveis 20.000,00R$ 2.000,00-R$ 18.000,00R$ 10 1.800,00R$ Instalações 150.000,00R$ 15.000,00-R$ 135.000,00R$ 15 9.000,00R$ Depreciação Acumulado até 2011 2012 Total Veículos 36.000,00R$ 12.000,00R$ 48.000,00R$ Máquinas 39.000,00R$ 13.000,00R$ 52.000,00R$ Móveis 5.400,00R$ 1.800,00R$ 7.200,00R$ Instalações 27.000,00R$ 9.000,00R$ 36.000,00R$ Valor contábil Valor de aquisição Depreciação acumulada Valor contábil Veículos 60.000,00R$ 48.000,00R$ 12.000,00R$ Máquinas 150.000,00R$ 52.000,00R$ 98.000,00R$ Móveis 20.000,00R$ 7.200,00R$ 12.800,00R$ Instalações 150.000,00R$ 36.000,00R$ 114.000,00R$ 236.800,00R$ Total CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 38 Uma sociedade empresária adquiriu um veículo em 1º.3.2008 por R$72.000,00, sendo estimado o seu valor residual em R$9.000,00 e a vida útil em cinco anos. Diante disso, o setor de Contabilidade efetuou, anualmente, todos os registros contábeis relativos às despesas de depreciação, elaborando o seguinte quadro demonstrativo da depreciação acumulada do citado bem: Em 31.12.2011, o veículo foi vendido por R$60.000,00. Após o registro da depreciação, o resultado da operação foi de um lucro de: a) R$36.300,00. b) R$38.400,00. c) R$48.900,00. d) R$51.000,00. Comentários: Primeiramente, vamos encontrar o valor contábil: Valor de aquisição 72.000,00 (-) Depreciação acumulada (48.300,00) Valor contábil 23.700,00 Agora, podemos calcular o lucro: Venda 60.000,00 (-) Valor contábil (23.700,00) Lucro 36.300,00 Gabarito → A. 21. (FBC/Exame de Suficiência/2012/2) Em relação ao valor depreciável e ao período de depreciação, conforme a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, é incorreto afirmar que: a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo. b) a obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou as melhorias na produção, ou a mudança na demanda do mercado para o produto ou o serviço derivado do ativo não são considerados na determinação de vida útil de um ativo. Período Depreciação Depreciação Acumulada 1º.3.2008 a 31.12.2008 R$10.500,00 R$10.500,00 1º.1.2009 a 31.12.2009 R$12.600,00 R$23.100,00 1º.1.2010 a 31.12.2010 R$12.600,00 R$35.700,00 1º.1.2011 a 31.12.2011 R$12.600,00 R$48.300,00 CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 39 c) o desgaste físico normal esperado, que depende de fatores, como o número de turnos durante os quais o ativo será usado e o programa de reparos e manutenção, são considerados na determinação de vida útil de um ativo. d) o valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. Comentários: a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo. Item correto. Mesmo que o valor de mercado do ativo seja maior do que o seu valor contábil, a depreciação deve ser reconhecida. Todavia, se em alguma hipótese, o valor residual deste ativo superar o seu valor contábil, então a depreciação não será mais reconhecida até que se reestabeleça. b) a obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou as melhorias na produção, ou a mudança na demanda do mercado para o produto ou o serviço derivado do ativo não são considerados na determinação de vida útil de um ativo. O item está incorreto. A obsolescência é sim considerada na determinação da vida útil. c) o desgaste físico normal esperado, que depende de fatores, como o número de turnos durante os quais o ativo será usado e o programa de reparos e manutenção, são considerados na determinação de vida útil de um ativo. Item correto. O desgaste físico é um fator essencial na determinação da vida útil do ativo. d) o valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. Item correto. O valor residual e a vida útil devem ser revisados anualmente. Se o valor residual for superior ou igual ao valor contábil, a despesa de depreciação então será zero para os períodos subsequentes. Gabarito → B.
Compartilhar