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Meningites e encefalites 1 Meningites e encefalites Natasha Ferreira - ATM25 INTRODUÇÃO Barreira hematocefálica → protege o SNC do resto do corpo, em se tratando de infecções Se tiver aumento da temperatura a barreira perde sua propriedade de proteção ANATOMIA E LÍQUOR Liquor é produzido nos ventrículos (laterais, 3º e 4º) pelo plexo corióide → banha todo o SNC até a cauda equina A cada 8h troca de volume, temos um total de 150ml → produção e troca contínua Função: serve como barreira, proteção, como não tem eletrólitos, facilita a transmissão neuronal permeabilidade alta a H2O e O2 Plexo corióide → tem certa permeabilidade onde pode ser foco de penetração de bactérias devido as células ependimarias Liquor é absorvido nas granulações aracnóideas ou de Pacchioni → também tem permeabilidade principalmente no seio sagital Comunicação interventricular (laterais) = Forame de monroe Comunicação entre 3º e 4º ventrículo = Aqueduto de Sylvius Comunicação para fora do ventrículo (para banhar o SNC) = Forame de luscka e magengie Nos capilares tem junções gap formada pelos astrócitos que formam placas que fazem a troca gasosa e a saída de glicose protegem da penetração de células pela barreira CARCTERÍSTICAS DO LÍQUOR translucido muita glicose e água pouca proteína Asséptico, tem poucas células e eletrólitos (não possui macrófagos nem linfócitos) se coloração alterada → pensar em patogenos, sangue, proteinas em excesso celularidade → até 5 proteinas → 20-40 hemacias → até 10 glicose → 2/3 no guilan barré → desmielinização da bainha de mielina → liquor fica com muita proteína (mielina) e pouca celularidade pois não tem infecção CONCEITOS MENINGITE ENCEFALITE Meningites e encefalites 2 inflamação/edema das meninges leptomeninge (delgada) → pia-mater e aracnoide paquimeninge → dura-mater Meningoencefalite → inflamação da meninge + encéfalo inflamação do parênquima cerebral quadro mais florido ETIOLOGIA Quadro agudo → infecciosa (herpes tipo I) Pós-infecciosa Autoimune paraneoplásicas EPIDEMIOLOGIA/ETIOLOGIA Divididos devido ao resultado da cultura MENINGITE BACTERIANA (cultura +) ⚠ Maior incidência → strepto pneumonae e neisseria meningitis Doença meningocócica → causa pela neisseria adulto/criança com quadro séptico grave (choque), aparecimento de equimoses e petequias alta letalidade, mesmo com a diminuição da incidência Meningite pneumocócica → alta letalidade mais comum no adulto pois da amigdalite, otite, sinusite, PNM diminuiu devido a vacinação Imunosupressos e >50a → Listeria monocytogenis Meningite nosocomial → stafilo aureus e gram - MENINGITE ASSÉPTICA (cultura -) Vírus enterovírus → + comum, verão herpes tipo I → encefalite herpética herpes tipo II → sd. Mollaret dengue, HIV, varicela, caxumba entre encefalite viral e bacteriana, a viral é mais grave, causando maior morbidade Fungos (crônica) HIV → criptococose fungo mais comum Micobactéria (TB) (crônica) Espiroqueta CA carcinomatose meníngea Medicações FISIOPATOGENIA 1. Trauma Disseminação direta → perda de continuidade TCE otite sinusite pós-operatorio de neurocirurgia punção lombar 2. Via hematogênica combinação de virulência do patógeno + imunidade do hospedeiro se a virulência vence o hospedeiro, se tem condição para iniciar o processo inflamatório Principalmente em imunossuprimidos Quebra da barreira hematocefálica → danos teciduais são causados pela liberação de citocinas inflamatórias induzidas pelo patógeno Células da meningite bacteriana → POLImorfonucleares (velhas) Meningites e encefalites 3 Macrófago é o responsável por pegar as bactérias Células da meningite viral → MONOnuclerares viragem pleocitária → começa com mononuclear (mas é precoce) (viral) e passa a ser polimorfonuclear (bacteriana) 3. Edema e ↑ pressão intracraniana 4. Isquemia cerebral / apoptose neuronal CLÍNICA Na prática elas se misturam MENINGITE Tríade vômito em jato (origem central SEM náusea precendente) febre rigidez nucal não é o + comum Sonolência excessiva Sinal de Kernig e Brudzinski → irritação meníngea são pouco úteis (muitas vezes não estão presentes), mas com alta taxa de especificidade Paciente chocado, com petequias → sinal de gravidade AGUDO Viral → quadro brando Bacteriano → quadro + grave IVAS ou otite prévias CRÔNICO Tuberculose Fungo Líquor → predomínio linfomonocítico e consumo de glicose ENCEFALITE alteração da função neurológica desorientado, confuso alteração cognitivo-comportamental → agressividade, alteração de fala sinal neurológico focal → hemiparesia, alteração de linguagem ou coordenação DIAGNÓSTICO OBS: Paciente REG NUNCA fazer PL antes de ter uma TC crânio Meningites e encefalites 4 PUNÇÃO LOMBAR Local da punção → entre L3-L4 / L4-L5 (altura da crista ilíaca) Contrainidicações Plaquetoenia Lesão cutânea no local da PL Hipertensão intracraniana ANÁLISE DO LIQUOR Glicose baixa → consumo pelas bactérias TRATAMENTO Meningites e encefalites 5 ⚠ Quanto mais tardio o tto, mais risco de mortalidade → por isso deve-se tratar empírico quando não sabe a etiologia associa aciclovir ⚠ OBS: Fazer cultura e antibiograma do líquor para saber qual agente e o melhor tto BACTERIANA Dexametasona e/ou vancomicina + cefitriaxona dexametasona → diminui irritação meningea como é corticoide → pode imunossuprimir o paciente diminui risco de hipoacusia NÃO dar em imunossuprimidos → mas se é cripto (em HIV) dar dexa ampicilina → em casos de imunossupressos ou >50 anos leva de 48-72h para diminuir os leucocitos no lÍquor Quando tem bacteriana → faz dose dobrada do ATB para ter o nível de concentração sérica mais alto e ele conseguir atravessar a barreira VIRAL aciclovir
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