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Disciplina: Anatomia Vegetal Tema: Célula Vegetal Exercício de fixação – Respostas Aluna: Maria Clara Cardoso Fernandes - 3° período Ciências Biológicas Bacharel Docente: Leonardo Monteiro Ribeiro 1 – A parede celular primária é constituída por uma arcabouço composta por celulose. Esse arcabouço de celulose é preenchido por uma matriz de moléculas não celulósicas entrelaçadas. Essas moléculas são polissacarídios conhecidos por hemiceluloses e pectinas. É composta também por proteínas estruturais, as glicoproteínas; por enzimas, 65% de água (quando em crescimento), cera, suberina e cutina. A celulose é constituída por numerosos monômeros de glicose ligados pelas extremidades; os polímeros de celulose são agrupados por microfibrilas que se se entrelaçam para formar finos filamentos que podem se enrolar uns sobre os outros. As hemiceluloses estão ligadas às microfibrilas de celulose por pontes de hidrogênio, limitando assim a extensibilidade da parede celular pelo travamento das fibrilas adjacentes. As pectinas são características das paredes primárias e da lamela mediana; as pectinas são muito hidrofílicas, e a água que elas introduzem na parede celular confere propriedades plásticas ou de flexibilidade a parede, o que é necessário para sua expansão. As glicoproteínas mais bem caracterizadas são as extensinas, um grupo rico em hidroxiprolina; no começo acreditava-se que essas proteínas estavam envolvidas com a extensibilidade da parede celular, contudo, aparentemente, a disposição de extensina pode enrijecer a parede, tonando-a menos extensível. Já as enzimas encontradas incluem peroxidases, fosfatastes, celulases e pectinases. As ceras, a suberina e a cutina são substâncias graxas encontradas na parede dos tecidos externos, protetores do corpo da planta. A cutina é encontrada na parede das células da epiderme e a suberina é encontrada no tecido protetor secundário. Essas duas substâncias são combinadas com ceras e tem a função de reduzir a perda de água da planta. 2 – A formação da parede celular se dar a partir do surgimento da placa celular, responsável pela origem da lamela mediana e parte da membrana plasmática; durante a formação da parede primária e da lamela mediana, elementos do retículo endoplasmático ficam retidos entre as vesículas em formação - que dará origem as componentes na matriz - originando os plasmodesmos, que geralmente se localizam em pequenas depressões denominadas campos de pontoação primários, originados por uma menor deposição de microfibrilas de celulose. 3 – O crescimento da parede celular é um complexo processo que tem um rígido controle bioquímico do protoplasto. A parede celular cresce em superfície e espessura; durante esse crescimento a parede primária deve ser produzida o suficiente para permitir um grau adequado de expansão e ao mesmo tempo permanecer rígida o suficiente para conter o protoplasto. Esse crescimento requer perda da estrutura da parede, que é influenciado por uma nova classe de proteínas da parede celular chamadas expansinas e também por alguns hormônios. Ocorre também o aumento da da síntese de proteína e na respiração para prover energia necessária, há também um aumento da absorção de água pela célula. A maior parte das novas microfibrilas de celulose são colocadas em cima daquelas previamente formadas, camada sobre camada. Nas células que aumento mais ou menos uniformemente em todas as direções, as microfibrilas são colocadas em um arranjo aleatório, formando uma rede irregular. Já nas células em fase de alongamento as microfibrilas das paredes laterais são depositadas em um plano perpendicular relativo ao sentido do alongamento. As microfibrilas de celulose depositadas por último se dispõem paralelamente aos microtúbulos corticais que ficam sob a membrana plasmática. Geralmente se admite que as microfibrilas de celulose sejam sintetizadas por complexos de celulose sintase que ocorrem na membrana plasmática. Esses complexos se movem no plano da membrana levando à expulsão das microfibrilas sobre a sua superfície externa. A partir dos complexos, as microfibrilas de celulose são integradas à parede celular; o movimento dos complexos enzimáticos é possivelmente orientado pelos microtúbulos corticais subjacentes. No caso das plantas com sementes, são formadas as chamadas rosetas enzimáticas, que são inseridas na membrana plasmática via vesículas de secreção originadas na rede trans-Golgi. As substâncias da matriz, as hemiceluloses, pectinas e glicoproteínas, são levadas à parede por vesículas de secreção. 4 – Algumas plantas apresentam uma parede celular secundária. Essa parede é depositada após o crescimento da parede primária ter sido concluída, ela está localizada entre a parede primária e a membrana plasmática. A parede secundária é formada por diversas camadas, apresenta pouca pectina e cerca de apenas 20% de água. Ao contrário da parede primária que apresenta campos de pontuação, a secundária tem pontuações (interrupções características). As paredes secundárias são importantes em células especializadas que apresentam a função de aumentar a resistência e em células condutoras de xilema. 5 – Plasmodesmos são cordões citoplasmáticos que conectam os protoplastos de células adjacentes. Os plasmodesmos podem ocorrer por toda a parede celular ou podem estar agregados nos campos de pontoação primários ou nas membranas entre os pares de pontoação. Eles são canais estreitos revestidos pela membrana plasmática e atravessados por um túbulo de retículo endoplasmático modificado, denominado desmotúbulo. Muitos plasmodesmos são formados durante a divisão celular pelo fato de porções do retículo endoplasmático tubular ficarem presas durante a formação da placa celular, eles também são também são formados nas paredes de células que não estão se dividindo. Eles têm uma importante função, já que, é graças aos plasmodesmos que há uma via para o transporte de certas substâncias como açúcares, aminoácidos e moléculas de sinalização entre as células. 6 – Plastídios são 1 dos 3 componentes característicos das células vegetais; eles estão relacionados com o processo de fotossíntese e de armazenamento. Eles contêm seu próprio genoma e se autoduplicam. Os principais tipos de plastídios são os cloroplastos, os cromoplastos e os leucoplastos, cada um deles é envolvido por um envoltório que consiste em duas membranas; internamente, o plastídio está diferenciado em um sistema de membranas, que consiste em estruturas achatadas em forma de sacos achatados, os tilacoides, e em uma matriz mais ou menos homogênea, denominada estroma. A quantidade de tilacoides presentes varia entre os diferentes tipos de plastídios. Os cloroplastos contêm os pigmentos clorofilas e carotenoides, as clorofilas são os pigmentos responsáveis pela cor verde desses plastídios e os carotenoides são pigmentos amarelos e de cor laranja que, nas folhas verdes, são mascarados pelos pigmentos de clorofila mais numerosos, sua principal função é a fotossíntese. Já os cromoplastos apresentam formas variadas, eles não contêm clorofila, mas sintetizam e retêm pigmentos do grupo dos carotenoides, os quais são frequentemente responsáveis pelas cores amarela, alaranjada ou vermelha de muitas flores, folhas velhas, algumas frutas e também algumas raízes, como a cenoura. Os cromoplastos podem se originar de cloroplastos preexistentes, por uma transformação na qual a clorofila e a estrutura das membranas internas dos cloroplastos desaparecem e uma grande quantidade de carotenoides se acumula, como ocorre durante o amadurecimento de muitos frutos. Os leucoplastos são os plastídios maduros, eles não apresentam sistema de membranas internas elaborado e eles não são pigmentados. Alguns deles sintetizam amido e outros são capazes de formar substâncias como óleo e proteínas, sua principal função é armazenamento. 7 – Os plastídios se desenvolvem a partir dos proplastídios. Eles são plastídios indiferenciados, pequenos, sem cor ou de umverde pálido, ocorrendo nas células em divisão de raízes, caules e folhas. Se a transformação de um proplastídio para uma forma mais diferenciada ocorrer na ausência de luz, ele pode formar um ou mais corpos prolamelares (estruturas semicristalinas formadas por membranas tubulares) os plastídios contendo esses corpos, são chamados de estioplastos. Na presença de luz, os estioplastos se transformam em cloroplastos e as membranas do corpo prolamelar se desenvolve em tilacoides. Na natureza, os proplastídios dos embriões das sementes primeiro se desenvolvem em estioplastos e, com a exposição à luz, transformam-se em cloroplastos. Os plastídios se reproduzem por fissão, processo de divisão que origina duas metades iguais. 8 – Os vacúolos são organelas envolvidas por uma única membrana, o tonoplasto. O vacúolo pode se originar diretamente do retículo endoplasmático, mas a maioria das proteínas do tonoplasto e de seu conteúdo vem do aparelho de Golgi. Os vacúolos contêm água, açúcares, proteínas, ainda podem conter compostos fenólicos, dentre outros. Alguns desses componentes estão dissolvidos, constituindo o suco celular. Os vacúolos são responsáveis por processos metabólicos como armazenamento de substâncias, o processo lisossômico e o aspecto inchado da célula, o tugor 9 – O tonoplasto é a membrana responsável por envolver o vacúolo. O suco celular é o líquido que preenche o vacúolo, ele é composto por água, proteínas, açúcares, compostos fenólicos, íons inorgânicos, como Ca2+, K+, Cl–, Na+, HPO42– e tem como funções o controle do pH. As inclusões são diversas substâncias intracelulares acumuladas no citoplasma que não realizam nenhuma atividade metabólica, não estão unidas a membranas e estão sólidos. Os vacúolos que contêm água e cristais são exemplos de inclusão. 10 - As principais inclusões vacuolares são cristais de oxalato de cálcio, apresentando formas variadas e divididos em dois grupos principais; as drusas, cristais irregulares na forma globular e as radfis, deposições em forma de agulha, ambas se depositam no interior do vacúolo. Suas funções ainda são discutidas, acreditava-se que tinha um papel importante na prevenção da herbivoria. Recentemente há proposta que indicam que essas formações estão ligadas ao manejo dos níveis de cálcio, que ao entrar em contato com o oxalato forma os cristais que acaba se precipitando e o cálcio permanece em uma forma imobilizada, que ao ficar no vacúolo não interfere em processos bioquímicos da célula.
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