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Indaial – 2018
EspEciais
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Proª. Vera Lúcia Hofmann Pieritz
1a Edição
Tópicos
Elaboração:
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Proª. Vera Lúcia Hofmann Pieritz
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográca elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
657
S237t Santos, Kleber Renan
Tópicos Especiais / Kleber Renan Santos et al. Indaial:
UNIASSELVI, 2018.
304 p. : il
ISBN 978-85-515-0131-3
1. Tópicos Especiais.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Olá, acadêmico! Vamos iniciar os estudos do Livro Didático de Tópicos Especiais.
Este livro está dividido em três unidades e tem o intuito de apresentar e reforçar temas
no componente de Formação Geral, conforme orientação da Portaria Inep nº 239, de 10
de junho de 2015, art. 3º:
No componente de Formação Geral serão considerados os seguintes
elementos integrantesdoperl prossional: letramento crítico; atitude
ética; comprometimento e responsabilidades sociais; compreensão
de temas que transcendam ao ambiente próprio de sua formação,
relevantes para a realidade social; espírito cientíco, humanístico e
refexivo; capacidade de análise crítica e integradora da realidade; e
aptidão para socializar conhecimentos com públicos diferenciados e
em vários contextos.
A partir dessa orientação, queremos que você compreenda que aprender
a questionar é tão importante quanto buscar o saber, e que ao nal do estudo deste
livro você seja capaz de formular novas perguntas sobre a realidade humana e consiga
propor soluções responsáveis para os desaos prossionais que surgirem. Assim, este
livro traz conteúdos gerais para você estar bem preparado para o ENADE e também para
o que a vida lhe apresentar. São temas pertinentes, atuais, abrangentes e que fazem
parte da vida de todos nós. Vamos começar?!
Na primeira unidade, que vai tratar sobre cidadania e sociedade, seremos
conduzidos por ummundo intrínseco do comportamento humano em sociedade e suas
regras de conduta e participação social, política e econômica, na qual trabalharemos a
questão da ormação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem
em sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia, à ética e à
cidadania. Desta orma, abordaremos a compreensão dos signicados dos princípios
norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma refexão e uma
discussão sobre as questões ético-morais na relação indivíduo e sociedade.
Ainda nessa unidade vamos apresentar algumas denições e conceitos a
respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças
entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos,
desigualdades e confitos sociais. Vamos também identicar a necessidade e a
essencialidade da inclusão como uma forma de democratização das relações sociais,
principalmente na emancipação e na sutileza do trato com o outro, seja em relação aos
“iguais” ou entre iguais e dierentes, que de alguma orma ainda não oram incluídos no
contexto social. Relacionado à sociedade e suas relações, vamos trabalhar o conceito
de multiculturalismo, enfatizando as origens do surgimento do movimento e os campos
de conhecimento que acolhem os estudos multiculturais.
APRESENTAÇÃO
Para nalizar a Unidade 1, estudaremos a cultura e a arte como áreas que
interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento. Estudar, pesquisar e refetir
sobre as dierentes culturas e suas maniestações artísticas possibilita a compreensão
da vida e das relações entre os sujeitos no meio social. A cultura, assim como a arte,
é dinâmica, vai mudando conforme o tempo e o espaço. A cultura e a arte devem ser
estudadas a partir de três concepções: erudita, popular e de massa.
Começamos a segunda unidade adentrando nos assuntos relacionados à Ciência,
Tecnologia e Sociedade. Veremos como se faz necessário entendermos os fundamentos
da ciência sob dierentes óticas e também analisar denições e pensamentos acerca da
tecnologia e algumas formas de interpretar a sociedade.
Muito próximodessa temática, avançaremos sobre as tecnologias da inormação
e comunicação como fator determinante no advento da sociedade da informação, das
transformações resultantes do processo da globalização demercados e dos avanços do
uso dos processos tecnológicos na vida cotidiana dos indivíduos.
Concluímos os estudos deste livro com a terceira unidade. Nela, vamos estudar
sobre as políticas públicas, sobre a vivência nos meios urbanos e rurais e a questão
ecológica, temas tão importantes para o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Queremos evidenciar a importância das políticas públicas para a concretização
dos direitos e deveres do Estado em relação às pessoas que compõem a sociedade e,
assim como o Estado, gozam de seus direitos civis e políticos. Veremos que estamos
sujeitos ao conjunto de normas jurídicas e sociais, ormando assim ummarco regulatório
previamentexadonoquediz respeitoàdistribuiçãoharmônicadoselementosqueormam
os direitos, deveres e responsabilidades emprol do desenvolvimento educacional, político,
econômico e social. Nesta via demão dupla vamos perceber que a vida em sociedade está
ligada à política e não há ação social sem ação política, quer seja promovida pelo Estado
ou pela sociedade. Vamos ainda tratar sobre a saúde e sua gestão, a habitação e moradia
como direitos constitucionais e a segurança em âmbito nacional.
Esperamos que este estudo possa auxiliá-lo na compreensão de tantos temas
que compõem este livro de estudos, preparar-se bem para o ENADE e levar para a vida
as abordagens aqui feitas.
Bons estudos!
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações
adicionais –muitas vezes essenciais para o seu entendimento
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender
melhor oque sãoessas informações adicionais epor que você
poderá se beneciar ao azer a leitura dessas inormações
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais
e outras fontes de conhecimento que complementam o
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina.
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada
também digital, em que você pode acompanhar os recursos
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que
também contribui para diminuir a extração de árvores para
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impactode ações sobre o meio ambiente,
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto,
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos,
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem,
por meio dela você terá contato com o vídeo
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Conra,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - CIDADANIAE SOCIEDADE............................................................................... 1
TÓPICO 1 - DEMOCRACIA, ÉTICAE CIDADANIA ..................................................................3
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3
2ADEMOCRACIAEM PAUTA ................................................................................................4
3AQUESTÃO DAÉTICA.........................................................................................................8
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONALDACIDADANIA............................................................14
RESUMODOTÓPICO 1 ......................................................................................................... 17
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................. 19
TÓPICO 2 - SOCIEDADE EADIVERSIDADE........................................................................21
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................21
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURALE DESIGUALDADE SOCIAL ........................21
3 DIVERSIDADE CULTURALE DESIGUALDADE SOCIAL.................................................. 22
4 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIALDADIVERSIDADE.........................................................31
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIALDADIVERSIDADE HUMANA.........................................31
6 CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃODO SABERAPRENDIDO .........................................37
RESUMODOTÓPICO 2........................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE................................................................................................................. 40
TÓPICO 3 - MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIAE
RELAÇÕES DE GÊNERO...................................................................................................... 43
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 43
2 CONCEITUANDOMULTICULTURALISMO........................................................................ 43
3 SURGIMENTO DOMULTICULTURALISMO....................................................................... 45
4ÁREAS DE CONHECIMENTO QUEABRIGAMOMULTICULTURALISMO......................... 46
5MOVIMENTO FEMINISTA...................................................................................................47
5.1 FEMINISMO............................................................................................................................................ 47
5.2 A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA........................................................................................................ 48
5.3 A SEGUNDA ONDA FEMINISTA ........................................................................................................49
5.4 A TERCEIRA ONDA FEMINISTA E O SURGIMENTO DOS ESTUDOS DE GÊNERO..................50
6 CONCEITUANDOGÊNERO ............................................................................................... 50
7 ESTUDOS DE GÊNERO ..................................................................................................... 54
RESUMODOTÓPICO 3........................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE................................................................................................................. 60
TÓPICO 4 - RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E
TERCEIRO SETOR ............................................................................................................... 65
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 65
2 SETOR PRIVADO .............................................................................................................. 65
3 TERCEIRO SETOR ............................................................................................................ 66
3.1 HISTÓRICO ........................................................................................................................................... 67
3.2 REALIDADE DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO BRASIL ...........................................................68
4AS ORGANIZAÇÕES NÃOGOVERNAMENTAIS ................................................................70
RESUMODOTÓPICO 4.........................................................................................................73
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................74
TÓPICO 5 - CULTURAEARTE.............................................................................................. 77
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 77
2 CULTURA........................................................................................................................... 77
3ARTE ..................................................................................................................................81
RESUMODOTÓPICO 5........................................................................................................ 88
AUTOATIVIDADE................................................................................................................. 89
UNIDADE 2 — POLÍTICA, TECNOLOGIA E GLOBALIZAÇÃO: OS IMPACTOS SOBREA
SOCIEDADE .......................................................................................................................... 91
TÓPICO 1 — CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE EAMBIENTE....................................... 93
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 93
2 CIÊNCIA............................................................................................................................ 93
3 TECNOLOGIA.....................................................................................................................95
4 SOCIEDADE ......................................................................................................................975 SOCIEDADE ENTRE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ............................................................... 98
6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE EAMBIENTE (CTSA) – INTERPRETAÇÕES
SOBREANOVAFORMAÇÃO ..............................................................................................100
6.1 CTS SOB NOVAS ÓTICAS .................................................................................................................100
6.2 CTS SOB A ÓTICA DE MILTON SANTOS ......................................................................................100
6.3 CTSA SOB A ÓTICA DE WIEBE BIJKER ........................................................................................103
7 CARACTERIZANDO OMUNDOATUAL............................................................................105
RESUMODOTÓPICO 1 .......................................................................................................107
AUTOATIVIDADE................................................................................................................108
TÓPICO 2 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)............................111
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................111
2 ASTECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO FATOR
DETERMINANTE NOADVENTO DASOCIEDADE DA INFORMAÇÃO..................................111
3 TECNOLOGIADA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TIC.............................................. 114
RESUMODOTÓPICO 2....................................................................................................... 118
AUTOATIVIDADE................................................................................................................ 119
TÓPICO 3 -AVANÇOSTECNOLÓGICOS ............................................................................ 121
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 121
2 TENDÊNCIAS ORGANIZACIONAIS DO SÉCULO XXI...................................................... 121
3 COMUNIDADESVIRTUAIS..............................................................................................122
3.1 REDES SOCIAIS.................................................................................................................................. 126
RESUMODOTÓPICO 3....................................................................................................... 127
AUTOATIVIDADE................................................................................................................128
TÓPICO 4 - GLOBALIZAÇÃO E POLÍTICA INTERNACIONAL............................................ 131
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 131
2 GLOBALIZAÇÃO: UMAPERSPECTIVAHISTÓRICA....................................................... 131
2.1 O TERCEIRO SETOR........................................................................................................................... 134
3 GLOBALIZAÇÃO: UMBALANÇO.....................................................................................134
AUTOATIVIDADE................................................................................................................135
4APOLÍTICA INTERNACIONAL ........................................................................................136
5 O ESTADOMODERNO E O LIBERALISMO.......................................................................136
6 O NEOLIBERALISMO EATERCEIRAVIA........................................................................137
7 TENDÊNCIASAOS GOVERNOS EÀPOLÍTICA INTERNACIONAL ..................................138
RESUMODOTÓPICO 4...................................................................................................... 140
AUTOATIVIDADE................................................................................................................ 141
TÓPICO 5 - RELAÇÕES DETRABALHO.............................................................................143
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................143
2 ORIGEM/SIGNIFICADO DAPALAVRATRABALHO........................................................143
3ASMULHERES NO CONTEXTO DAREVOLUÇÃO INDUSTRIAL.....................................148
4 OTRABALHONOSTEMPOS CONTEMPORÂNEOS ........................................................149
4.1 AS POSSIBILIDADES DO TRABALHO INFORMAL.......................................................................150
4.2 RELAÇÕES DE TRABALHO E OS PROCESSOS LEGAIS NO BRASIL.......................................151
LEITURACOMPLEMENTAR ...............................................................................................153
RESUMODOTÓPICO 5.......................................................................................................155
AUTOATIVIDADE................................................................................................................156
UNIDADE 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS................................................................................159
TÓPICO 1 — POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAÇÃO.............................................................. 161
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 161
2 POLÍTICAPÚBLICAATUAL............................................................................................. 161
LEITURACOMPLEMENTAR ............................................................................................... 175
RESUMODOTÓPICO 1 .......................................................................................................178
AUTOATIVIDADE................................................................................................................ 179
TÓPICO 2 - POLÍTICAPÚBLICADE SAÚDE ...................................................................... 181
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 181
2 CONCEITO DE SAÚDE .....................................................................................................183
3 SAÚDE: DIREITO DETODOS E DEVER DO ESTADO.......................................................186
4AS REDES DEATENÇÃO EM SAÚDE...............................................................................187
5 DIVERSOSATENDIMENTOS EM SAÚDE ........................................................................190
5.1 POLÍTICAS DE SAÚDE E PROGRAMAS ESPECÍFICOS ..............................................................191
RESUMODOTÓPICO 2.......................................................................................................195
AUTOATIVIDADE................................................................................................................196
TÓPICO 3 - HABITAÇÃO E SANEAMENTO ........................................................................199
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................199
2 DIREITOÀMORADIA.......................................................................................................199
3 SANEAMENTO................................................................................................................ 207
4 SANEAMENTO BÁSICO.................................................................................................. 207
5 PRECARIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO.................................................................212
6AVANÇOS NO SANEAMENTO..........................................................................................214
RESUMODOTÓPICO 3.......................................................................................................216
AUTOATIVIDADE................................................................................................................217TÓPICO 4 - TRANSPORTES E SEGURANÇA .....................................................................221
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................221
2 CLASSIFICAÇÃO DOSTRANSPORTES ......................................................................... 223
2.1 TERRESTRES ..................................................................................................................................... 223
2.2 AQUAVIÁRIOS ................................................................................................................................... 225
2.3 AÉREO .................................................................................................................................................227
3 INFRAESTRUTURA ........................................................................................................ 228
RESUMODOTÓPICO 4...................................................................................................... 230
AUTOATIVIDADE................................................................................................................231
TÓPICO 5 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇAEMÂMBITO NACIONAL ............... 233
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 233
2ASEGURANÇAPÚBLICAEAS CONTRIBUIÇÕES COMUNITÁRIAS .............................234
3 SEGURANÇAPÚBLICAE JUSTIÇACRIMINAL............................................................. 235
4 SEGURANÇAPÚBLICAE O PAPELDO ESTADO ...........................................................240
RESUMODOTÓPICO 5...................................................................................................... 243
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................244
TÓPICO 6 -VIDARURAL, URBANAE ECOLOGIA............................................................. 247
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 247
2VIDAURBANA ................................................................................................................ 247
3VIDARURAL ................................................................................................................... 249
4 SEMELHANÇAS OUDIFERENÇAS................................................................................. 252
5 ECOLOGIA....................................................................................................................... 255
6 ECOSSISTEMA ............................................................................................................... 256
6.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ...............................................................................................257
6.2 EXEMPLOS DE ECOSSISTEMAS................................................................................................... 260
6.3 DIVERSIDADE DO ECOSSISTEMA................................................................................................. 261
7 OS GRANDES BIOMAS ....................................................................................................261
7.1 FATORES QUE DETERMINAM OS BIOMAS.................................................................................... 261
RESUMODOTÓPICO 6...................................................................................................... 264
AUTOATIVIDADE............................................................................................................... 265
TÓPICO 7 - MEIOAMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................ 269
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 269
2 QUESTÕESAMBIENTAIS – UMAREFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL ................................ 269
3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO ............................................................................271
3.1 RELATÓRIO BRUNDTLAND OU “NOSSO FUTURO COMUM”....................................................273
3.2 AGENDA 21 .........................................................................................................................................273
3.3 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL –
RIO+20 .................................................................................................................................................274
4 SUSTENTABILIDADE: CONCEITUAÇÃO ....................................................................... 274
4.1 OS PILARES DA SUSTENTABILIDADE...........................................................................................275
5AS FERRAMENTAS PARAAGESTÃO SUSTENTÁVEL....................................................277
5.1 PACTO GLOBAL .................................................................................................................................278
5.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - ODM ......................................................279
5.3 PROTOCOLO DE KYOTO..................................................................................................................280
5.4 ABNT NBR 14064 – INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA.............281
LEITURACOMPLEMENTAR .............................................................................................. 282
RESUMODOTÓPICO 7 ...................................................................................................... 286
AUTOATIVIDADE............................................................................................................... 287
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 290
1
UNIDADE 1 -
CIDADANIA
E SOCIEDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Apartir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender dierentes conceitos de democracia, ética, cidadania e sociodiversidade;
• vericar os padrões de conduta moral ao longo do tempo e em diversas culturas;
• identicar a importância da responsabilidade social e os três setores: público, privado
e terceiro setor para uma sociedade equânime;
• entender a importância da cultura e da arte no desenvolvimento da sociedade.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoa-
tividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
TÓPICO 2 – SOCIODIVERSIDADE E INCLUSÃO
TÓPICO 3 – MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIA E
RELAÇÕES DE GÊNERO
TÓPICO 4 – RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E
TERCEIRO SETOR
TÓPICO 5 – CULTURA E ARTE
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QRCode abaixo:
3
DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
1 INTRODUÇÃO
Entraremos no mundo do comportamento humano em sociedade e suas regras
de conduta e participação social, política e econômica, no qual trabalharemos a questão
da ormação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem em
sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia e à cidadania.
Esses conceitos estão previstos na Portaria INEP nº 493 de 6 de junho de 2017,
em seu Art. 1º, que destaca:
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE),
parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), tem como objetivo geral avaliar o desempenho
dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos
nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para
atuação profssional e aos conhecimentos sobre a realidade
brasileiraemundial, bemcomosobreoutrasáreasdoconhecimento
(BRASIL, 2017, grios nossos).Amesma portaria, em seu Art. 5º, indica como reerência do perl do concluinte,
no âmbito da Formação Geral, as seguintes características:
I. ético e comprometido com as questões sociais, culturais e
ambientais;
II. humanista e crítico, apoiado em conhecimentos cientíco, social e
cultural, historicamente construídos, que transcendam o ambiente
próprio de sua ormação;
III. protagonista do saber, com visão do mundo em sua diversidade
para práticas de letramento, voltadas para o exercício pleno de
cidadania;
IV. proativo, solidário, autônomo e consciente na tomada de decisões
pautadas pela análise contextualizada das evidências disponíveis;
V. colaborativo e propositivo no trabalho em equipes, grupos e redes,
atuando com respeito, cooperação, iniciativa e responsabilidade
social.
E no Art. 6º é indicado que a prova ENADE avaliará se o concluinte desenvolveu,
no processo de formação, competências para:
I. azerescolhaséticas, responsabilizando-seporsuasconsequências;
II. ler, interpretar e produzir textos com clareza e coerência;
III. compreender as linguagens como veículos de comunicação e
expressão, respeitando as dierentes maniestações étnico-culturais
e a variação linguística;
TÓPICO 1 -UNIDADE 1
4
IV. interpretar dierentes representações simbólicas, grácas e
numéricas de um mesmo conceito;
V. formular e articular argumentos consistentes em situações
sociocomunicativas, expressando-se com clareza, coerência e
precisão;
VI. organizar, interpretar e sintetizar informações para tomada de
decisões;
VII. planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da
análise de necessidades, de ormacoerente, emdierentes contextos;
VIII. buscar soluções viáveis e inovadoras na resolução de situações-
problema;
IX. trabalhar em equipe, promovendo a troca de informações e a
participação coletiva, com autocontrole e fexibilidade;
X. promover, em situações de confito, diálogo e regras coletivas de
convivência, integrando saberes e conhecimentos, compartilhando
metas e objetivos coletivos.
Para tanto, abordaremos a compreensão dos signicados dos princípios
norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma refexão e uma
discussão sobre as questões ético-morais, na relação indivíduo e sociedade.
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA
Estamos vivendo em um país apresentado como democrático! Será que todos
nós compreendemos o sentido real da democracia e seus refexos na sociedade
brasileira? Em outros termos, o que realmente é este Estado Democrático de Direito em
que vivemos?
Neste sentido, Moisés (2010, p. 277) expõe que “o signicado mais usual da
democracia se refere aos procedimentos e aos mecanismos competitivos de escolha
de governos através de eleições”, ou seja, a democracia é compreendida habitualmente
somente como um processo de escolha dos nossos representantes legais em todas
as esferas, tanto local, municipal, estadual quanto federal, no qual a população dessas
esferas, por meio de seu voto, seleciona e elege o seu representante para legislar em
nome dessa mesma população. Assim, “podemos considerar que a democracia nada
mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 133, grios do original).
Deste modo, pode-se observar que a democracia pode ser exercida de duas
ormas distintas, pois ela pode ser direta ou indireta (Quadro 1). O conceito de democracia
é notoriamente o entendimento de toda massa populacional brasileira nos dias de hoje,
pois quando se indaga às pessoas com relação ao conceito de democracia, é este
conceito de escolha de nossos representantes legais, por intermédio do voto popular,
que aparece nos discursos da população de nosso país.
5
QUADRO 1 – FORMAS DE DEMOCRACIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 133)
FORMAS DE DEMOCRACIA
Democracia
direta
Na qual o povo decide diretamente, por meio de referendo/plebiscito,
se aceita ou não determinadas questões políticas e administrativas de
sua localidade, Estado ou país.
Democracia
indireta
Nesta, o povo participa democraticamente, pormeio do voto, elegendo
seu representante político, ou seja, uma pessoa que o represente nas
diversas eseras governamentais, para tomar decisões cabíveis em
nome do povo que o elegeu.
Cunha (2011, p. 105) expõe que a democracia pode ser compreendida como
“método de organização social e política tendente à maior realização da liberdade e
da igualdade. [é um] Sistema político em que o povo constitui e controla o governo, no
interesse de todos”.
Outro fator que não podemos esquecer é que, quando falamos em democracia,
também falamos de Estado Democrático de Direito. Segundo Cunha (2011, p. 138), o
“Estado de direito [é aquele] que se organiza e opera democraticamente”. Nossa Carta
Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu um Estado Democrático de Direito,
ou seja, a Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e deniu suas
normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá ser a
base undamental da República Federativa do Brasil. Assim, segundo Pieritz (2013, p.
133), “este sistema de governo democrático possui ormatos dierentes nas diversas
sociedades, pois em cada uma existem regras e normas dierentes, e isto acontece por
causa da constituição dos princípios ético-morais de cada localidade”.
Vale salientar que a democracia vai muito além desse discurso sintético de
representação e de voto, pois Moisés (2010, p. 277, grios nossos) coloca-nos que:
existemoutrasperspectivasqueampliamacompreensãodoconceito,
incluindo tanto as dimensões que se referem aos conteúdos da
democracia, como também os seus resultados práticos esperados no
terreno da economia e da sociedade. Por uma parte, acompanhando a
abordagem minimalista de Schumpeter (1950) e a procedimentalista
de Dahl (1971), vários autores deniram a democracia em termos de
competição, participação e contestação pacífca do poder.
Neste sentido, no que tange à conotação que a democracia tem de competição,
participação e contestação pacíca do poder, pode-se expor que alar de democracia
também está atrelado ao conceito do “jogo de poderes”, principalmente a disputa e
concorrência decargos emtodas as esferas governamentais ounão, alémdacompetição
entre partidos políticos e outros grupos econômicos, políticos, culturais e sociais.
6
Além disso, não podemos esquecer um elemento fundamental da democracia,
que é a questão da “participação do povo”, em que cada cidadão brasileiro é
elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta ou indiretamente
é parte do processo democrático instaurado neste país. Ao proerir sua escolha,
independentemente do que for ou de que escolha fora feita, torna-se automaticamente
parte do Estado Democrático de Direito e integra-se ao sistema vigente de democracia
daquele determinado Estado.
Resumidamente, a Figura 1 apresenta o primeiro entendimento da denição e o
signicado da democracia e o Estado Democrático de Direito.
FIGURA 1 – DEMOCRACIA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
FONTE: Os autores
Maciel (2012, p. 73, grios do original) complementa expondo que a democracia
“tornou-se uma aspiração universal, por ser o regime de governo mais propenso a
garantir os direitos individuais, porém não se resume simplesmente ao ato de votar,
sendo que o direito à participação tornou-se uma atividade importante diante da
constituição da cidadania”.
Por conseguinte, pode-se expor que democracia denota participação direta ou
indireta da população em todos os espaços que necessitem do veredito do povo em prol
de objetivos comuns a ele mesmo. Assim, Beethan (2003, p. 110 apud MACIEL, 2012, p.
73, grios nossos) complementa expondo que:
7
O direito à participação pode ser tanto reativo quanto proativo. Em sua
forma reativa, a participação consiste na articulação coletiva de
respostas a políticas de desenvolvimento. Na orma proativa, ela invoca
a responsabilidade popular no desencadeamento da articulação de
políticas de desenvolvimento. No primeiro caso, os governos propõem e
oscidadãos reagem; no segundo, os cidadãos propõem e os governos
reagem. Em ambas as formas, o direito de participação assume
a lógica de colaborar com o desenvolvimento. “No coração da
democracia repousa, assim, o direito do cidadão de opinar nos assuntos
públicos e de exercer controle sobre o governo, empé de igualdade com
os demais”.
Deste modo, pode-se expor que um dos elementos da democracia é a
articulação coletiva do povo em prol de uma determinada demanda social, política,
cultural ou econômica. Para que se possa debater coletivamente os prós e contras, no
que tange aos assuntos pertinentes ao interesse coletivo, dando assim respostas a esta
mesma demanda.
Vale salientar que a não participação e a omissão também são formas de
participação, pois retratam a sua alienação, indiferença, contestação ou o seu
descontentamento em relação ao sistema vigente. Então, isto não quer dizer que
aquele cidadão que se omitiu ou apenas não quis participar não fez parte do processo
democrático de um país, pelo contrário, todo cidadão tem o direito de participar ou não,
mesmo que o voto no Brasil seja obrigatório, pois ao votar ele exprime a sua vontade,
ou o seu desejo.
Aqui ca claro que a população, ao exercer seu direito de participação de orma
proativa, demonstra seus direitos e responsabilidades perante os efeitos da decisão
coletiva. Entretanto, também existem quatro condições necessárias para que se possa
instaurar um regime governamental pautado na democracia.
QUADRO 2 – CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O REGIME DEMOCRÁTICO
FONTE: Adaptado de Moisés (2010, p. 277)
Disponível em: <http://
rafaelsilva.over-blog.es/
article-objetivo-demo-
cracia-iv-124370354.
html>.
Direito dos cidadãos de ESCOLHEREMGOVERNOS pormeio de
eleições com a participação de todos os membros adultos da
comunidade política. A isso se dá o nome de sufrágio universal
(direito ao voto).
ELEIÇÕES regulares, livres, competitivas, abertas e signicativas.
GARANTIADEDIREITOS de expressão, reunião e organização, em
especial, de partidos políticos para competir pelo poder.
Acesso a fontes alternativas de INFORMAÇÃO sobre a ação
de governos e a política em geral.
Essas quatro condições mínimas para implantar um regime democrático são de
fundamental importância para que haja a participação democrática de um povo em prol
dos objetivos comuns do próprio povo, uma vez que a democracia vai muito além da
simples representação e de voto, ela se efetiva e concretiza-se com a participação, com
a competição e a contestação dos processos pacícos da busca do poder no Estado
Democrático de Direito.
8
Sucintamente, a Figura 2 apresenta a ampliação da compreensão do
entendimento do signicado da democracia, ou seja, o seu conceito ampliado:
FIGURA 2 – CONCEITO AMPLIADO DE DEMOCRACIA
FONTE: Os autores
Caro acadêmico, para colaborar com seus estudos, veja que a junção
das Figuras 1 e 2 proporciona o entendimento global do que é
democracia.
ATENÇÃO
3 A QUESTÃO DA ÉTICA
O tema que abordaremos neste momento é relativo à questão da ética, a qual
permeia constantemente nosso dia a dia, seja no âmbito amiliar, social ou prossional.
Aparentemente, compreendemos o seu signicado e seus eeitos, mas será que
realmente compreendemos o seu sentido real? Será que sabemos o que é certo ou
errado para nós na sociedade em que vivemos?
Neste sentido, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89) expõem que “a ética é uma das
áreas da losoa que investiga sobre o agir humano na convivência com os outros [...]”.
Em outros termos, as nossas ações perante a sociedade em que vivemos são orientadas
9
por princípios éticos e morais, e esses princípios são norteadores de consciência moral
do certo e do errado, do bem e do mal.
Demodomais abrangente, a ética pode ser conceituada como a área da losoa
que investiga o agir humano, tanto aqueles com repercussão social, quanto aqueles sem
maiores impactos na sociedade, ou seja, não somente os atos relativos à convivência
com os outros, mas também consigo mesmo.
Assim, no que tange a esta problemática relativa à ética, Pieritz (2013, p. 3)
expõe que “a ética não é acilmente explicável, mas todos nós sabemos o que é, pois
está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja,
ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os outros
integrantes da sociedade”. E que esses valores éticos são construídos historicamente
pelos povos, de geração em geração.
O que são valores? Pedro (2014, p. 490) az um resgate etimológico da palavra
Axiologia, de origem grega, que signica estudo dos valores ou ciência do valor, e aponta
para um signicado, o da vivência do valor, independentemente do valor que or, pois
este é experienciado como um enômeno que se apresenta à consciência como tal e
como um acontecimento que nos é imediatamente dado.
Para a lósoa húngara Agnes Heller (1972, p. 4), “valor é tudo aquilo que az
parte do ser genérico do homem e contribui, direta ou mediatamente para a explicação
desse ser genérico”. Vejamos no Quadro 3 quais são os atributos dos valores humanos
na perspectiva de Heller:
OBJETIVAÇÃO
- que se expressa prioritariamente por intermédio do trabalho;
- que proporciona sair do subjetivo e passar para o real e
concreto.
SOCIALIDADE
- que se expressa com a convivência com o outro, em grupo;
- aprendizagem com o outro;
- assimilação de normas sociais.
CONSCIÊNCIA
- tomar ciência dos atos ou de alguma coisa;
- reconhecimento da realidade;
- descoberta de algo;
- capacidade de perceber as coisas.
UNIVERSALIDADE
- universal;
- o todo;
- fazer parte de um determinado grupo.
LIBERDADE - livre-arbítrio.
QUADRO 3 – ATRIBUTOS DOS VALORES HUMANOS
FONTE: Adaptado de Bonetti et al. (2010, p. 23)
10
FONTE: Os autores
QUADRO 4 – EXEMPLOS DOS VALORES E VIRTUDES HUMANOS
Portanto, os atributos dos valores humanos apresentados no Quadro 3 são
os elementos constitutivos do ser humano, do ser social, que formam os nossos
valores morais. Complementando, no Quadro 4 apresentamos mais exemplos
dos valores e virtudes do ser humano, que vive e convive em sociedade.
Amizade Justiça Obediência Respeito Simplicidade
Lealdade Compreensão Sinceridade Pudor Generosidade
Paciência Ordem Humildade Autoestima Liberdade
Deste modo, podemos expor que “todos nós possuímos princípios e valores que
oram e são constituídos por nossa sociedade. E, com relação a esses valores, cada um
de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal” (PIERITZ,
2012, p. 57).
Não podemos nos esquecer de que “esta consciência moral é determinada por
um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe
as normas de conduta que o regem. Como exemplo, temos a nossa Constituição Federal
e outras regras e normas de nossa sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 4).
São estas regras e normativas jurídicas e sociais que determinam o nosso agir
em sociedade, e cada grupo social possui suas características, ou seja, não se pode
dizer que todos nós somos iguais, que todas as nações e Estados são iguais, porque não
somos, pois, independentemente do Estado, do país ou grupo social, omos moldando
nossos valores e princípios de orma dierente ao longo de nossa existência.
Agora, acadêmico, raciocine o seguinte: se é um fato que nossa consciência
moral é construída no seio de uma sociedade e com a infuência do meio e das
pessoas com as quais convivemos, há ainda outros fatores que concorrem para
a constituição da consciência moral, e esse elemento é chamado de Lei natural
– pelos jusnaturalistas – e tem caráter universal, pois perpassa as sociedades
políticas, é algo mais proundo que elas, constitui-se na própria natureza humana em
sua universalidade (ROHLING, 2012). Segundo Valls (2003, p. 8):
costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois
campos: num, os problemas gerais e undamentais (como liberdade,
consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas
especícos, de aplicação concreta, como os problemas da ética
prossional, de éticapolítica, de ética sexual, de ética matrimonial,
de bioética etc.
11
Em outros termos, os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em
sociedade. Neste sentido, vale salientar que “cada sociedade possui suas normas de
conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social constitui o
que é certo e errado, o que é o bem e omal para o seu povo, portanto, nem sempre o que é
certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e vice-versa” (PIERITZ, 2013, p. 4).
Então, como desvelar esta situação? Como saber se estamos no caminho certo?
Se estamos fazendo certo ou errado? Ou se realmente estamos fazendo o bem ou o mal
a alguém? São muitas indagações!
Para auxiliar a refexão sobre essas questões, Finnis (lósoo e jurista australiano)
identica sete valores básicos, os quais são os seguintes:
I) vida; II) o conhecimento; III) o jogo; IV) a experiência estética; V)
a sociabilidade; VI) a razoabilidade prática; e, VII) a religião. Esses
valores, contudo, não são os únicos, pois existem, evidentemente,
muitos outros, os quais, segundo propõe o autor, são modos ou
combinações de modos de buscar – embora nem sempre com
sensatez – e de realizar – nem sempre exitosamente – uma das sete
ormas básicas de bem, ou alguma combinação delas (ROHLING,
2012, p. 163).
Neste sentido, podemos observar ainda que:
os problemas éticos se distinguem da moral pela sua característica
genérica, enquanto que a moral se caracteriza pelos problemas
da vida cotidiana. O que há de comum entre elas é fazer o homem
pensar sobre a responsabilidade das consequências de suas ações.
A ética faz pensar sobre as consequências universais, sempre
priorizando a vida presente e futura, local e global. Amoral faz pensar
as consequências grupais, adverte para normas culturalmente
ormuladas ou pode estar undamentada num princípio ético. A
ética pode, desta orma, pautar o comportamento moral (TOMELIN;
TOMELIN, 2002, p. 90).
Podemos expor que deste ponto de vista existem dierenças nítidas entre ética
e moral, sendo que a ética é generalista e a moral refete o comportamento socialmente
construído e legitimado pelo seu povo. Enm, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89, grios
do original) complementam expondo que “a palavra ética provém do grego ethos e
signica hábitos, costumes, e se reere à morada de um povo ou sociedade. A palavra
moral provém do latim moralis e signica costume, conduta”. Logo, conorme Pieritz
(2012, p. 58, grios nosso):
A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento
que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que
é certo ou errado, o que é bom ou mal. Porém, este comportamento
sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada
sociedade, ou seja, seu grupo social. A ética auxilia no esclarecimento
e na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando
sempre elaborar seus conceitos conforme o comportamento
correspondente de cada grupo social.
12
Por conseguinte, “o ético transforma-se assim numa espécie de legislador do
comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade” (VÁZQUEZ, 2005, p. 20), ou
seja, a ética está para regular o nosso comportamento em sociedade.
Complementando, Vázquez (2005, p. 21) coloca-nos que “a ética é teoria,
investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou orma de
comportamento dos homens [...]”, ou seja, “o valor de ética está naquilo que ela explica
– o fato real daquilo que foi ou é –, e não no fato de recomendar uma ação ou uma
atitude moral” (PIERITZ, 2013, p. 7, grio nosso).
Devemos compreender as diferenças conceituais de ética e moral, pois
“podemos armar que a ética estuda e investiga o comportamento moral dos seres
humanos. E esta moral é constituída pelos dierentes modos de viver e agir dos
homens em sociedade, que é formada por suas diretrizes morais da vida cotidiana,
transormando-se no decorrer dos tempos” (PIERITZ, 2013, p. 19).
Todavia, o que é amoral?
Segundo Aranha e Martins (2003, p. 301, grios do original), “a MORAL vem do
latimmos, moris, que signica ‘costume’, ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’, e
de moralis, morale, adjetivo reerente ao que é ‘relativo aos costumes’”. Assim, a moral
é compreendida como um conjunto de regras de condutas socialmente admitidas em
determinadas épocas ou por um grupo de pessoas, ou seja, “a moralidade dos homens
é um refexo direto do modo de ser e conviver em sociedade, no qual o caráter, os
sentimentos e os costumes determinam o seu comportamento individual e social, que
oi ou está sendo perpetuado num espaço de tempo” (PIERITZ, 2013, p. 35). Ainda de
acordo com Pieritz (2013, p. 38):
A moral sugere, constantemente, a valorização de nossas ações
e de nossos comportamentos em sociedade, mas é a moral que
determina quais são os nossos direitos e deveres perante a sociedade
em que vivemos. Estes deveres são conectados ao nosso modo de
ser e conviver em sociedade, gerando certas responsabilidades com
relação a si próprio e aos outros, tais como:
• sentimentos;
• escolhas;
• desejos;
• atitudes;
• posicionamentos diante da realidade;
• juízo de valor;
• senso moral;
• consciência moral.
Sob estas concepções de ética e moral, apresentamos as suas principais
diferenças na Figura 3:
13
FIGURA 3 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FIGURA 4 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002, p. 89-90)
FONTE: Adaptado de Paulo Netto (apud BONETTI et al., 2010, p. 23)
Assim, podemos observar que existem dierenças concretas entre estes dois
conceitos, no entanto, ainda devemos compreender que:
14
Assim, concluímos que a moral:
Vem se constituindo historicamente, mudando no decorrer da
própria evolução do homem em sociedade. Em que seus hábitos e
costumes são constituídos por esta relação social, em que a essência
humana é pautada por estes princípios morais. E estes, por sua vez,
constituem o ser social que somos. E a ética nesta questão chega
para simplesmente regular e analisar estes preceitos morais (PIERITZ,
2013, p. 21).
Por conseguinte, segundo Pieritz (2013, p. 21, grio nosso), “a ética é precursora
da TRANSFORMAÇÃO SOCIAL dos diversos sistemas ou estruturas sociais. Sistemas
estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais como: Capitalismo e Socialismo”.
Por m, Pieritz (2013, p. 21) expõe que “quando é constituída uma nova estrutura
social, a ética, os valores e princípios morais são modicados para constituir assim esta
nova concepção de sociedade”. Ou seja, historicamente, com as transformações sociais,
políticas e econômicas de um povo, automaticamente o sistema de valores morais e
éticos se transorma, para que assim seja possível constituir um novo padrão sócio-
histórico daquele determinado grupo.
Salientando ainda que nesse processo de transformação social devemos
respeitar a permanência de alguns valores socialmente construídos, como a
solidariedade, a igualdade e a fraternidade, para que todos possamos construir uma
sociedade mais justa, ética, democrática e cidadã.
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA
Noque tange às questões pertinentes à cidadania, partiremos de sua concepção
advinda do Título I – “Dos Princípios Fundamentais” da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988, a qual assim expressa:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrao único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Neste sentido, podemos observar que um dos princípios undamentais da Carta
Magna brasileira é a cidadania, mas você sabe o seu signicado?
15
Vejamos: cidadania “é um conjunto de direitos e deveres que denotam e
undamentam as condições do comportamento de cadaindivíduo em relação à
sociedade, ou seja, a cidadania designa normas de conduta para o convívio social,
determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 132). Neste sentido:
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade, para
melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca
esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser
divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação,
para o bem-estar e desenvolvimento da nação. A cidadania consiste
desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros,
respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como
todas as outras pessoas), não destruir teleones públicos, saber dizer
obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário [...], até
saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas,
o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que
enrentamos em nosso país. ‘A revolta é o último dos direitos a
que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas
é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos’.
Juarez Távora - Militar e político brasileiro (WEB CIÊNCIA, 2009 apud
PIERITZ, 2013, p. 132).
Portanto, podemos observar que a cidadania possui três dimensões.
QUADRO 5 – DIMENSÕES DA CIDADANIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 132-133)
DIMENSÕES DACIDADANIA
Cidadania
civil
São aqueles direitos advindos da LIBERDADE de cada indivíduo, por
exemplo:
• o livre-arbítrio para expressar nossos pensamentos;
• o direito de propriedade (venda e compra de um
imóvel, um bem ou serviço);
• entre outros.
Cidadania
política
Podemos considerar que a cidadania política se legitima quando os
homens exercem seu poder político de ELEGER e SER ELEITOS
para o exercício do poder político, independentemente da instituição
pública ou privada na qual venham exercer suas atribuições.
Cidadania
social
Compreendida como o conjunto de direitos concernentes ao
CONFORTO de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica e
social, ou seja, do seu bem-estar social.
A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e
convivem em sociedade, seja na esera social, política ou civil, no que tange ao respeito a
si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. Além de que a cidadania é participação
nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as questões de democracia e ética
de toda a população daquele determinado grupo social, político ou econômico.
16
Deste modo, Maciel (2012, p. 29) expõe que hoje em dia a cidadania é “sinônimo
de participação que remete ao exercício da democracia para além das eleições. Somos
‘controladores’ da política, do orçamento, ou seja, das ações do Estado como um todo”.
Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos do
seu município, Estado ou Federação.
Nesse sentido, tem-se a participação como um mecanismo do exercício da
cidadania, ou seja, “O conceito contemporâneo de cidadania transcende a simples
lógica da garantia de direitos legais. Segundo a concepção de Dallari (2004), a cidadania
expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar da
vida e do governo de seu povo” (MACIEL, 2012, p. 31). Portanto, a palavra de ordem é
“participar”, azer parte do processo democrático, pois, de acordo com Maciel (2012,
p. 32), quem não exerce sua cidadania “está excluído da vida social e da tomada de
decisões. A cidadania não signica apenas uma conquista legal de alguns direitos,
mas sim a realização destes direitos. Ela é construída e conquistada a partir da nossa
capacidade de organização, participação e intervenção social”.
Vale salientar que a cidadania é conquistada pela nossa participação nos
momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a cidadania se dá pela
participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida pública.
17
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A compreensão do signicado mais usual da democracia denota que a democracia
é compreendida como um sistema de governo, no qual o povo governa para sua
própria sociedade.
• A democracia pode ser exercida de duas ormas distintas, pois ela pode ser direta ou
indireta.
• A democracia é compreendida popularmente como a escolha de nossos
representantes legais, por intermédio do voto popular.
• O Estado Democrático de direito, que é aquele Estado que se organiza e opera
democraticamente.
• A Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e deniu suas
normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá ser a
base fundamental da República Federativa do Brasil.
• A democracia também está atrelada ao conceito do “jogo de poderes”, principalmente
a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não.
• É importante relembrar que o elemento fundamental da democracia é a “participação
do povo”.
• A ética é uma das áreas da losoa que investiga o agir humano na convivência com
os outros.
• A ética está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade,
ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os
outros integrantes da sociedade.
• Todos nós possuímos princípios e valores que oram e são constituídos por nossa
sociedade. E, com relação a estes valores, cada um de nós possui uma visão do que
é certo e errado, do que é o bem e o mal.
• A consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, o
conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o regem.
• Os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em sociedade.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
• Existem dierenças nítidas entre ética e moral, sendo que a ética regula a moral,
a ética é generalista e a moral refete o comportamento socialmente construído e
legitimado pelo seu povo.
• A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa
ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que é certo ou errado, o que é bom
ou mal.
• O valor da ética está naquilo que ela explica, o ato real daquilo que oi ou é, e não no
fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral.
• Um dos princípios undamentais da Carta Magna brasileira é a cidadania.
• A cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando nossas
obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade.
• A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e convivem
em sociedade, seja na esera social, política ou civil, no que tange ao respeito a si, ao
próximo e ao patrimônio público e privado.
• Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos
do seu município, Estado ou Federação. A participação é compreendida como um
mecanismo do exercício da cidadania.
19
1 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 9) As seguintes acepções
dos termos democracia e ética oram extraídas do Dicionário Houaiss
da Língua Portuguesa.
2 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 2)
AUTOATIVIDADE
democracia.POL. 1governo do povo; governo em que o povo exerce
a soberania 2 sistema político cujas ações atendem aos interesses
populares 3 governo no qual o povo toma as decisões importantes
a respeito das políticas públicas, não de orma ocasional ou
circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade 4
sistema político comprometido coma igualdade ou coma distribuição
equitativa de poder entre todos os cidadãos 5 governo que acata a
vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a
livre expressão das minorias.
ética. 1parte da losoa responsável pela investigação dos princípios
que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento
humano, refetindo especialmente a respeito da essência das normas,
valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade
social. 2 p.ext. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa
e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de umasociedade.
DicionárioHouaiss daLínguaPortuguesa. Rio deJaneiro: Objetiva, 2001.
Considerando as acepções acima, elabore um texto dissertativo, com até 15 linhas, acerca
do seguinte tema:Comportamentoéticonas sociedadesdemocráticas.
Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) conceito de sociedade democrática;
b) evidências de um comportamento não ético de um indivíduo;
c) exemplo de um comportamento ético de um uturo prossional comprometido com
a cidadania.
20
A charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo
dierenciado, rente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. Considerando
a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as alternativas que seguem.
I- A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um
terá que escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética.
II- A ética política supõe sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na
sociedade.
III- A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à
ética, em um processo a serviço do sujeito responsável.
IV- A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a
decisão ética, quando ele escolhe os seus valores e as suas anidades.
V- A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do
fortalecimento dos valores pessoais.
Estão corretas:
a) ( ) I e II.
b) ( ) I e V.
c) ( ) II e IV.
d) ( ) III e IV.
e) ( ) III e V.
21
SOCIEDADE E A DIVERSIDADE
1 INTRODUÇÃO
Vamos iniciar o nosso tópico apresentando algumas denições e conceitos
a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças
entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos,
desigualdades e confitos sociais.
Vamos reconhecer a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma
forma de democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na
sutileza do trato com o outro, seja em relação aos “iguais” ou entre iguais e diferentes, o
que signica apenas uma concepção criada para dierenciar pessoas ou grupos sociais
que, de alguma orma, ainda não oram incluídos no contexto social.
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E
DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos
distintos, desempenham uma ampla relação entre seus termos, isto é, quanto maior for
a diversidade cultural, maior será a desigualdade social.
Neste sentido, Gomes (2012, p. 678) arma que “a diversidade, entendida como
construção histórica, social, cultural e política das dierenças, realiza-se em meio às
relações de poder e ao crescimento das desigualdades e da crise econômica que se
acentuam no contexto nacional e internacional”.
A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre
brancos, índios e negros e oi marcada por uma série de crenças, hábitos, costumes e
conceitos contraditórios, alimentando assim uma discussão permanente a respeito dos
direitos e deveres dos seres humanos. Principalmente no combate aos preconceitos
remanescentes e oriundos dessa relação, que perdurou por séculos, trazendo sérias
consequências a uma imensa população de oprimidos, incluindo-se aí os negros, os
índios, os pobres, os portadores de algum tipo de deciência, tipos de preerências,
relações e dierenças sexuais, doenças crônicas, dentre outras ormas de relações
consideradas por uma boa parte da sociedade como algo fora da normalidade e, por
esse motivo, não aceitável.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
22
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade no contexto cultural signica uma grande quantidade de coisas,
ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de grupos
sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis de discussão,
apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em confitos, chegando até às
desigualdades sociais.
Por isso, a presença da diversidade no acontecer humano nem sempre
garante um trato positivo dessa diversidade. Os dierentes contextos
históricos, sociais e culturais, permeados por relações de poder e
dominação, são acompanhados de uma maneira tensa e, por vezes,
ambígua de lidar com o diverso. Nessa tensão, a diversidade pode ser
tratada de maneira desigual e naturalizada (GOMES, 2007, p. 19).
No entanto, existempontos devista convergentes e pontos devista divergentes,
ambos discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido negativo, isto é,
no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela sociedade como regras
relacionadas com bom senso; já no segundo caso, são ações que não condizem com
a ordem preestabelecida através das leis, normas e regras que regulam e inibem o que
podemos denir como procedimentos absurdos. Portanto, a desigualdade social tem os
seus princípios pautados nas tendências e nas dierenças de cada indivíduo. Vejamos:
A pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo de pessoas
que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos existentes, como
moradia, alimentação, situação nanceira etc. O que, na visão de alguns autores, é a
condição que mais degrada o ser humano e a que mais se aproxima e se identica como
um ator ou um elemento causal do desequilíbrio econômico e da desigualdade social.
Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de
hoje por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência
ísica pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou são de
dierentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento sexual.
A discriminação racial diz respeito à raça/cor/fenótipo, que é um fator inerente
à pessoa. Tal discriminação é abominável, assim como a discriminação a decientes
ísicos ou idosos, pois tratam-se de aspectos involuntários e que, ademais, revelam a
riqueza multifacetada da ordem criada, da diversidade natural.
Outro tipo de discriminação é a avaliação dos atos e comportamentos, seja na
escolha de uma religião e suas práticas ou nas ações que envolvem a sexualidade, entre
outros aspectos do comportamento humano, pois nesses casos não se trata de aspectos
inerentes ou involuntários, mas de opções sobre as quais podemos [e devemos] fazer
juízos morais. Do contrário, por que estaríamos discutindo isso? Será que o ser humano,
com toda capacidade de raciocínio e refexão sobre si mesmo, reconhece a riqueza da
pessoa? Haveria alguma etnia “melhor” que outra?
23
Podemos citar como exemplo o que aconteceu com os judeus, conhecido
como o holocausto, ou o caso da África do Sul, que teve repercussão mundial, também
conhecido como segregação racial (Apartheid), que signica separação entre negros e
os brancos das classes dominantes.
Sugerimos que você assista ao lmeMandela, que ala sobre a vida do ex-
presidente da Árica do Sul e líder da luta contra o Apartheid. O lme tem
como diretor Justin Chadwick.
DICAS
Como podemos perceber, o preconceito, a discriminação e o descaso com
algumas pessoas têm ocasionado uma série de sofrimento e dor, principalmente para
aquelas que são rejeitadas por uma grande parte da sociedade, em que as mesmas são
julgadas e condenadas ao mesmo tempo, após serem classicadas como dierentes,
porém, diferentes no sentido tendencioso e pejorativo, e muitas vezes essas pessoas
são taxadas e rotuladas como pervertidas, no caso dos homossexuais, e rágeis, no caso
das mulheres. Vejamos:
Mulher: inelizmente, as estatísticas comprovam que apesar das várias leis
existentes, no caso especíco da Lei Maria da Penha, instituída para a proteção da
integridade da mulher brasileira contra casos de violência doméstica, ainda existem
casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando raça, religião
ou posição social.
Homossexualidade: é o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo,
e para alguns indivíduos esse tipo de comportamento ere as normas de conduta
universal. No entanto, já existem projetosno Congresso Nacional que criminalizam
certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o que signica um
avanço na busca de um espaço alternativo, o que é perfeitamente compreensivo em
uma sociedade cultural democrática.
De acordo comSilva (2007, p. 133), “[...] os dierentes grupos sociais, situados em
posições dierenciadas de poder, lutam pela imposição de seus signicados à sociedade
mais ampla”. Assim, é fundamental que percebamos as diferenças e desigualdades não
de orma natural, mas como uma construção histórica possível de ser desestabilizada
em sua orma rígida, para ser transormada em algo que possa ser identicado e
24
reconhecido como base para a construção de relações interpessoais mais democráticas
dentro da sociedade, isto é, devemos pensar e repensar o seu conceito histórico e a sua
trajetória utura, pois, de acordo com Gomes (2007, p. 22):
Adiversidadeculturalvariadecontextoparacontexto.Nemsempreaquilo
que julgamos como dierença social, histórica e culturalmente construída
recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o
modo de ser e de interpretar omundo também évariado e diverso.
Por isso, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva
relacional. Ou seja, as características, os atributos ou as ormas
‘inventadas’ pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o
grupo a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado na
sociedade e da relação que mantêm entre si e com os outros.
Portanto, o caráter multicultural de nossas sociedades revela-se hoje temática
quase obrigatória nas discussões sobre sociedade e sobre educação. Porém, refetir
sobre a diversidade exige um posicionamento crítico diante de uma realidade cultural
e racialmente miscigenada, assunto que, apesar de já ter sido discutido anteriormente,
achamos prudente e viável inserir neste parágrao outra opinião, que conrma as
anteriores a respeito do processo de miscigenação.
“Não podemos esquecer que a sociedade é construída em contextos históricos,
socioeconômicos e políticos tensos, marcados por processos de colonização e dominação.
Estamos,portanto,noterrenodasdesigualdades,das identidadesedasdierenças” (GOMES,
2007, p. 22). E ainda segundo Gomes (2003, p. 73):
O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática
da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de
necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos
frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito
à dierença. Coloca-nos também diante do desao de implementar
políticas públicas em que a história e a dierença de cada grupo
social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especicidades,
sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia
dos direitos sociais. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das
diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar
em práticas culturais, políticas e pedagógicas solidárias e excludentes.
No entanto, a diversidade e a diferença dizem respeito não somente aos sinais
que podem ser vistos a olho nu, mas também àqueles que são construídos socialmente
ao longo de um processo histórico, tendo os seus pontos divergentes e convergentes,
que são construídos através das relações sociais e, principalmente, nas relações de
poder e de submissão, e para algumas pessoas, nem sempre esse posicionamento é
entendido dessa forma.
Como nos diz Carlos Rodrigues Brandão (1986 apud GOMES, 2007, p. 25), “por
diversas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-lo inimigo”.
Aproundando essa refexão, tomamos como exemplo a Constituição Federal de 1988, que
trata no Artigo 5º dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
25
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a azer ou deixar de azer alguma coisa
senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano
ou degradante; [...] (BRASIL, 1988, s.p.).
Neste sentido, surgem algumas perguntas relacionadas à diversidade humana
e seus direitos: se “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”,
tendo reconhecidas suas individualidades de homem e mulher como cidadãos, por
que tanto se discute sobre as “questões de gênero”? Será que essa ideologia propõe
a valorização da pessoa humana? Ou está disposta a trazer divisão, confusão de ideias
ou até mesmo a negação da ordem natural? Ao privilegiar determinados grupos em
detrimento de outros, não estaria contrariando a própria Constituição?
Acadêmico, são muitos os questionamentos, e conforme destacado na
apresentação deste livro, “aprender a questionar é tão importante quanto buscar
o saber”. Por isso, nosso propósito é estimular o seu raciocínio crítico sobre a realidade
em que vivemos, em um tempo de profundas e rápidas mudanças culturais, um tempo
de aumento do individualismo, da comunicação quase que exclusivamente on-line,
em que pouco se ouve, vê, toca ou sente. O diálogo é o caminho que nos une, revela
nossa capacidade de aprender com o próximo e permite que as dierenças avoreçam a
complementariedade promotora da paz.
Pensarna diversidade cultural é pensar emsociedade, que envolve pensamento,
ideia, ação emudanças, isto é, signica pensar não apenas no reconhecimento do outro,
mas pensar na relação entre o eu e o outro, pois, quando consideramos o outro estamos
também considerando a nossa história, o nosso grupo e o nosso povo, mas não apenas
como um simples padrão de comparação, e sim em sua totalidade.
FIGURA 5 – DIVERSIDADE CULTURAL
FONTE: Disponível em: <http://educacaobilingue.com/2010/01/17/indigena/>. Acesso em: 12 fev. 2014.
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Nessa perspectiva, percebemos que “somos todos iguais como seres humanos.
Por isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, agindo
solidariamente uns com os outros” (AQUINO et al., 2002, p. 16). O ser humano veio ao
mundo não somente para compor ou contribuir para o povoamento da Terra, mas para
serútil, participativo, democrático, ético,moral e solidário para comos seus semelhantes.
Essas são as diversas opções existentes, que além de motivadoras, também
servem como estímulo na adaptação do ser humano, bem como no seu processo de
desenvolvimento pessoal rente às diversidades existentes no universo, que poderíamos
denominá-las como um conjunto de atos e fatos diferentes entre si que formam a
sociedade como um todo. Para Saji (2005, p. 13), “o tema diversidade é bastante amplo.
Sua abordagem vai desde denições restritas às questões de raça, etnia e gênero, até
as mais abrangentes, que consideram como diversidade qualquer diferença individual
entre as pessoas”.
AUTOATIVIDADE
Chegou a sua vez!
Escreva o seu conceito para Diversidade.
Assim, a diversidade az parte da natureza das coisas existenciais, sendo elas a
diversidade relacionada à situação socioeconômica, ou à diversidade cultural, em que as
mesmas foram se transformando em essência no decorrer dos tempos, principalmente
em se tratando das diferenças relacionadas às diferentes raças e suas manifestações
culturais, incluindo-se aí a sua descendência, que, por consequência, deixam de azer
parte da cultura original e passam a fazer parte de outra cultura produzida para atender
a uma demanda econômica. Como oi o caso da cultura da cana-de-açúcar, explorada
pelos grandes latiundiários, gerando um longo período de uma relação confitante e
tumultuada entre o poder daqueles grupos de exploradores e a submissão dos negros,
dos índios, das mulheres, das crianças e adolescentes.
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Nenhum povo que passasse por isso como sua rotina de vida, através
de séculos, sairia dela sem car marcado indelevelmente. Todos
nós, brasileiros, somos carne da carne