Buscar

Direito Penal 1

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL I 
(PARTE GERAL)
DIREITO PENAL I – PARTE GERAL
(Arts. 1º ao 32 CP)
Prof.: GENOVA
I - Teoria Geral do Direito Penal
II - Teoria Geral do Crime 
FATO TÍPICO
X
FATO ATÍPICO
toda conduta (ação ou omissão) humana, produtora 
ou capaz de produzir um resultado que se subsume 
ao modelo de conduta proibida pelo Direito Penal.
FATO TÍPICO
CP
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que 
tenha valor econômico.
Conduta que não está descrita em nenhum 
tipo penal -> não configura infração penalFATO ATÍPICO
https://clubedemulher.com.br/ele-te-trai-com-
uma-colega-veja-como-descobrir/
http://kyrakally.blogspot.com/2016/05/adulterio-
questao-nao-e-cometer-algo-e.html
Adultério (Revogado Lei 11.106/2005)
Art. 240 - Cometer adultério:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses.
§ 1º - Incorre na mesma pena o co-réu.
I - LEI PENAL EM BRANCO
1. Descreve a conduta criminosa (AÇÃO OU OMISSÃO)
2. Define a sanção penal
LEI PENAL EM BRANCO
Necessita de um complemento no preceito primário por meio uma lei ou 
em atos normativos do Poder executivo ou do próprio Legislativo
FONTE: Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed. 
rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
PRINCÍPIO DA 
RESERVA LEGAL
NORMAS PENAIS 
EM BRANCO
A posição amplamente predominante - normas penais em branco não são 
constitucionais, DESDE que o núcleo da proibição, ou seja, o verbo e elementos 
essenciais a ele ligados, estejam descritos na lei
NORMAS PENAIS EM BRANCO FERE O 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL?
ORIGEM DO 
ATO 
COMPLEMENTAR
ATO 
ADMINISTRATIVO
Norma penal em sentido 
estrito ou heterogênea
LEI 
Norma penal em sentido 
amplo ou homogênea
LEI PENAL EM BRANCO
Complemento tem natureza jurídica diversa e emana de 
órgão distinto daquele que elaborou a lei penal incriminadora
NORMA PENAL EM BRANCO EM SENTIDO 
ESTRITO OU HETEROGÊNEA
Lei 11.343/2006 
(Lei das Drogas)
FONTE 
PRODUTORA 
Poder 
Legislativo
ATO 
COMPLEMENTAR
Poder 
Executivo
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
NÃO PREVÊ DROGAS PROIBIDAS
Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas
NÃO PREVÊ QUAIS AS DROGAS PROIBIDAS
Art. 1º. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os 
produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em 
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, 
ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou 
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa.
Ato Administrativo 
complementando a lei 
penal 
Lei 11.434/2006 
é lei penal em 
branco
Lei 11.343/2006 
(Lei de Drogas)
Quais são as 
drogas proibidas?
Portaria 344/1998 – SVS/MS
(Regras de prescrição e dispensação de 
medicamentos sujeitos a controle especial) 
complemento tem a mesma natureza jurídica e provém do 
mesmo órgão que elaborou a lei penal incriminadora.
NORMA PENAL EM BRANCO EM SENTIDO AMPLO 
OU HOMOGÊNEO
APROPRIAÇÃO DE TESOURO 
ACHADO
FONTE PRODUTORA 
Poder 
Legislativo
ATO 
COMPLEMENTAR
Poder 
Legislativo
TESOURO
Norma penal 
em branco em 
sentido amplo
CÓDIGO 
CIVIL
CP
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza 
Art. 169. Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito 
ou força da natureza: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre: 
Apropriação de tesouro 
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que 
tem direito o proprietário do prédio; 
CC
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja 
memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o 
tesouro casualmente.
Complemento da lei penal em branco pode 
originar de atos do Poderes Executivo e 
Legislativo Estadual ou Municipal?
NORMA PENAL EM BRANCO E AS INSTÂNCIAS 
FEDERATIVAS 
Infração de medida sanitária preventiva 
Art. 268. Infringir determinação do poder público, destinada a impedir 
introdução ou propagação de doença contagiosa: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa. 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário 
da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou 
enfermeiro. 
Art. 268 é norma penal 
em branco?
Complemento da lei penal em branco pode 
originar de atos do Poderes Executivo e 
Legislativo Estadual ou Municipal?
CF/88
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das 
pessoas portadoras de deficiência;
SIM, desde que o ato e a matéria regulada estão 
dentro da competência do órgão expedidor 
Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege
(Ludwig FEUERBACH)
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE e a CRIMINALIZAÇÃO 
DA HOMOFOBIA e TRANSFOBIA PELO STF 
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e 
Mandado de Injunção 4.733
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (13), por 8 votos a 3, permitir a criminalização da 
homofobia e da transfobia.
Os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no 
crime de racismo. 
Conforme a decisão da Corte:
• "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa poderá 
ser considerado crime;
• a pena será de um a três anos, além de multa;
• se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a 
pena será de dois a cinco anos, além de multa;
• a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.
Lei 7.716/89 -> Define os crimes resultantes de preconceito de raça 
e cor. 
Art. 1º Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de 
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional. (ou razão da orientação sexual - STF)
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (ou razão da orientação 
sexual - STF)
Pena: reclusão de um a três anos e multa
3 VOTOS CONTRÁRIOS
1. TEMPO DO CRIME
2. LEI PENAL NO TEMPO
II – APLICAÇÃO LEI PENAL NO TEMPO
1. TEMPO DO CRIME 
(TEMPUS COMISSI DELICTI)
momento da ação ou omissão em que se considera 
praticada a infração penal (crime ou contravenção penal)
TEMPO DO 
CRIME
IMPORTANTE
Identificar qual a lei penal será 
aplicada ao criminoso
CONDUTA e RESULTADO DE UMA INFRAÇÃO PENAL
QUAL O MOMENTO DO CRIME?
Momento da ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
Aquaman atirou em Trício às 19h, do dia 02.08.2018, quando 
tinha 17 anos. No dia 04.08.2018, Aquaman fez 18 anos. Após 
ficar hospitalizado, Trício faleceu no dia 05.08.2018, às 7h. 
QUAL A LEI APLICÁVEL A 
AQUAMAN (CP ou ECA)?
TEORIAS 
1. ATIVIDADE 
2. RESULTADO 
3. MISTA ou UBIQUIDADE
TEORIAS DO MOMENTO DO CRIME
1. TEORIA DA ATIVIDADE
considera-se praticado o crime no momento 
da conduta (ação ou omissão), não 
importando o momento do resultado. 
Momento da ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
TEORIAS DO MOMENTO DO CRIME
MOMENTO DO CRIME
2. TEORIA DO RESULTADO 
considera-se praticado o crime no 
momento do resultado ou da consumação, 
não importando o momento da conduta
Momentoda ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
TEORIAS DO MOMENTO DO CRIME
MOMENTO DO CRIME
3. TEORIA MISTA OU DA 
UBIQUIDADE 
considera-se praticado o crime no momento 
da conduta (ação ou omissão) OU no 
momento do resultado ou da consumação 
Momento da ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
TEORIAS DO MOMENTO DO CRIME
MOMENTO DO CRIME
Tempo do crime 
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
Qual a teoria do momento 
do crime adotada pelo 
Código penal brasileiro? 
TEMPO DO CRIME
Tempo do crime 
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
CÓDIGO 
PENAL 
MOMENTO 
DO CRIME
TEORIA DA 
ATIVIDADE
TEMPO DO CRIME
TEORIA DA ATIVIDADE
todos os elementos do crime (fato típico 
e antijuridicidade praticado por agente 
culpável) devem estar presentes no 
momento da conduta
PRINCÍPIO DA COINCIDÊNCIA (DA 
CONGRUÊNCIA OU DA 
SIMULTANEIDADE 
Aquaman atirou em Trício às 19h, do dia 02.08.2018, quando 
tinha 17 anos. No dia 04.08.2018, Aquaman fez 18 anos. Após 
ficar hospitalizado, Trício faleceu no dia 05.08.2018, às 7h. 
1. Considerando-se a teoria do tempo do crime adotado pelo CPB, Aquaman 
responderá por ato infracional (adolescente) ou por crime de homicídio 
(maior 18 anos)?
2. Se fosse adotada a teoria do resultado, Aquaman responderá por ato 
infracional (adolescente) ou por crime de homicídio (maior 18 anos)? 
3. Se fosse adotada a teoria da ubiquidade, Aquaman responderá por ato 
infracional (adolescente) ou por crime de homicídio (maior 18 anos)? 
Momento da ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
Aquaman atirou em Tício às 19h, do dia 02.08.2018, quando tinha 
17 anos. No dia 04.08.2018, Aquaman fez 18 anos. Após ficar 
hospitalizado, Tício faleceu no dia 05.08.2018, às 7h, . 
1. Considerando-se a teoria do tempo do crime adotado pelo CPB, Aquaman 
responderá por ato infracional (adolescente) ou por crime de homicídio 
(maior 18 anos)? ATO INFRACIONAL - ECA
2. Se fosse adotada a teoria do resultado, Caio responderá por ato infracional 
(adolescente) ou por crime de homicídio (maior 18 anos)? HOMICÍDIO - CP
3. Se fosse adotada a teoria da ubiquidade, Caio responderá por ato infracional 
(adolescente) ou por crime de homicídio (maior 18 anos)? ATO INFRACIONAL 
– ECA – Lei mais benéfica
Momento da ação: 19h, dia 02.08.2018
Momento do Resultado: 7h, dia 05.08.2018 
2. LEI PENAL NO TEMPO 
SUCESSÃO DE LEIS NO TEMPO
Entre a data do fato praticado e o término do 
cumprimento da pena, podem entrar em vigor uma ou 
mais leis penais aplicáveis 
CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
Qual lei aplicável?
CP 
Receptação 
Art. 180. Adquirir, receber, transportar, conduzir 
ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa 
que sabe ser produto de crime, ou influir para que 
terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa
Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, 
conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com 
a finalidade de produção ou de comercialização, 
semovente domesticável de produção, ainda que 
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser 
produto de crime:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa
Lei 13.330/20216
(03.08.20216)
Data do 
julgamento 2017
Lei aplicável?
uma lei nova entra em vigor, revogando a 
anterior, gerando um embate para saber qual 
lei deve ser aplicada ao caso concreto
DIREITO PENAL 
INTERTEMPORAL
São as regras e princípios que buscam solucionar 
o conflito de leis penais no tempo
Conflito surge quando fato foi praticado 
durante a vigência da lei anterior (revogada)
CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
AB-ROGAÇÃO DERROGAÇÃO
a lei penal vigora até ser revogada por 
outro ato normativo de igual natureza
PRINCÍPIO DA 
CONTINUIDADE DAS LEIS
Art. 2°. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá 
vigor até que outra a modifique ou revogue. (LINDB – DL 
4.657/42)
LEIS AUTORREVOGÁVEIS: 
LEIS TEMPORÁRIAS e 
EXCEPCIONAIS
DIREITO PENAL
DIREITO PENAL INTERTEMPORAL
REGRAS
TEMPUS REGIT ACTUM
IRRETROATIVIDADE DA LEI 
PENAL MAIS GRAVOSA 
RETROATIVIDADE DA LEI 
PENAL BENÉFICA 
Lei em vigor no momento da prática da infração penal 
(lei anterior e prévia cominação)
TEMPUS REGIT ACTUM
(REGRA GERAL)
Código Penal
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal.
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS GRAVOSA 
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA 
LEI PENAL MAIS GRAVOSA 
PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI 
PENAL BENÉFICA 
aplica-se a lei vigente no momento da prática da 
conduta (Princípio da Atividade)
 (tempus regit actum)
Regra Geral 
EXTRA-ATIVIDADE
DA LEI PENALRETROATIVIDADE ULTRATIVIDADE
LEI 
BENÉFICA
RETROATIVIDADE
Lei nova BENÉFICA retroage aos fatos 
praticados antes de sua entrada em vigor
Projeta seus efeitos para o passado – 
ANTES DE ENTRAR EM VIGOR
RETROATIVIDADE – DATA DO FATO CRIMINOSO
ULTRATIVIDADE
Lei revogada mais BENÉFICA aplica-se 
aos fatos praticados durante a vigência 
Projeta seus efeitos para o futuro 
– APLICADA DEPOIS DE SUA 
REVOGAÇÃO
FUTURO -> PROCESSO, SENTENÇA, EXECUÇÃO, APÓS O 
CUMPRIMENTO DA PENA
FONTE: Masson, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol. 1 / Cleber Masson. – 8.ª ed. 
rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
 
DIREITO PENAL INTERTEMPORAL
Fato praticado durante a 
vigência da lei anterior 
(revogada ou modificada )
1. Lei cria uma nova figura penal
 (novatio legis incriminadora)
2. Lei posterior mais rígida em comparação 
com a lei anterior
 (lex gravior)
3. Lei posterior extingue o crime
 (abolitio criminis)
4. Lei posterior é benigna em relação à sanção 
penal ou à forma de seu cumprimento
 (lex mitior)
5. Lei posterior contém alguns preceitos mais 
rígidos e outros mais brando
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
Novatio legis in pejus
 Lei nova agrava o regime anterior
Novatio legis incriminadora
Lei nova cria novo tipo penal
Novatio legis in mellius
 Lei nova altera o regime anterior, em 
benefício do infrator 
Abolitio criminis
Lei nova deixa de considerar o fato como 
crime 
NÃO 
RETROAGE
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
RETROAGE
É a lei que criminaliza condutas até então considerados penalmente 
irrelevantes (condutas atípicas)
NEOCRIMINALIZAÇÃO
A novatio legis incriminadora somente tem eficácia para o 
futuro. Nunca para fatos passados – NÃO RETROAGE
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
16.12.2011
Início vigência da 
Lei 12.550/2011 
FATO ATÍPICO
FATO TÍPICOCONDUTA NÃO CRIMINOSA
LEI PENAL CRIMINALIZADORA NÃO 
APLICA AOS FATOS PASSADOS 
CONDUTA CRIMINOSA
COLA ELETRÔNICA
Novatio legis in pejus
2. LEI PENAL MAIS GRAVE OU LEX GRAVIOR 
Lei que implica tratamento mais rigoroso às condutas já 
criminalizadas
Novatio legis in pejus
A Lex gravior tem eficácia para o futuro. Nunca 
para fatos passados (NÃO RETROAGE).
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
RETROATIVIDADE – DATA DO FATO CRIMINOSO
supressão de 
atenuante genérica
imposição de regime 
prisional mais rígido 
Cria nova agravante
causa de aumento da 
pena
Exemplos de tratamento mais rigoroso na Lei Penal
Novatio legis in pejus
1976
Início de vigência 
da Lei 11.343Data do fato
Início vigência 
da Lei 6.368
Data do 
julgamento
01.07.2005 2006 2008
Qual lei aplicável?
Pena: Reclusão 
de 3 a 15 anos. Pena: Reclusão 
de 5 a 15 anos. 
Lei 6.368/76
(Não vigor)
Medusa foi presa no dia 01.07.2005 pela prática do crime tráfico ilícito de 
entorpecentes, quandoestava em vigor a Lei nº 6.368/76. Na data de seu julgamento 
em 2008 já vigora a Lei nº 11.343/06, que revogou a lei anterior. Qual a lei o juiz deve 
aplicar? 
IRRETROATIVA
Início de vigência 
da Lei 11.343Data do fato
Início vigência 
da Lei 6.368
Data do 
julgamento
Lei aplicável: Lei nº 6.368/76
Pena: Reclusão 
de 3 a 15 anos. Pena: Reclusão 
de 5 a 15 anos. 
ULTRATIVIDADE
Medusa foi presa no dia 01.07.2005 pela prática do crime tráfico ilícito de 
entorpecentes, quando estava em vigor a Lei nº 6.368/76. Na data de seu julgamento 
em 2008 já vigora a Lei nº 11.343/06, que revogou a lei anterior. Qual a lei o juiz deve 
aplicar? 
1976 01.07.2005 2006 2008
Novatio legis in pejus
2. LEI PENAL MAIS GRAVE OU LEX GRAVIOR 
CRIMES PERMANENTES
STF
Súmula 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade 
ou da permanência.
Lei 4.771/65
Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com 
três meses a um ano de prisão simples ou multa de uma a cem 
vezes o salário-mínimo mensal, do lugar e da data da infração 
ou ambas as penas cumulativamente:
g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e 
demais formas de vegetação;
Lei 9.605/98
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de 
florestas e demais formas de vegetação:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
C 
 
O 
 
N 
 
S 
U 
 
M 
 
A 
 
Ç 
 
à 
O
Pratica de um crime permanente na vigência de 2 leis 
sucessivas 
SUCESSÃO DE LEIS NO TEMPO
Novatio legis in pejus2. LEI PENAL MAIS GRAVE OU LEX GRAVIOR 
CRIMES PERMANENTES
1. A conduta imputada ao paciente é a de impedir o nascimento de nova 
vegetação (art. 48 da Lei 9.605/1998), e não a de meramente destruir a flora 
em local de preservação ambiental (art. 38 da Lei Ambiental). A consumação 
não se dá instantaneamente, mas, ao contrário, se protrai no tempo, pois o bem 
jurídico tutelado é violado de forma contínua e duradoura, renovando-se, a cada 
momento, a consumação do delito. Trata-se, portanto, de crime permanente.
2. Não houve violação ao princípio da legalidade ou tipicidade, pois a conduta do 
paciente já era prevista como crime pelo Código Florestal, anterior à Lei 
9.605/1998. Houve, apenas, uma sucessão de leis no tempo, perfeitamente 
legítima, nos termos da Súmula 711 do Supremo Tribunal Federal. [RHC 83.437, 
rel. min. Joaquim Barbosa, 1ª T, j. 10-2-2004, DJE 70 de 18-4-2008.]
Lei posterior extingue o crime
ABOLITIO CRIMINIS
Nova lei exclui do âmbito do Direito Penal um fato até 
então considerado criminoso
CONDUTA CRIMINOSA → CONDUTA ATÍPICA
Causa de extinção da punibilidade 
(art. 107, III CP)
NATUREZA 
JURÍDICA
Lei posterior extingue o crime
(abolitio criminis)
Efeitos da abolitio criminis
CP
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior 
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais da sentença condenatória
Abolitio criminis tem eficácia para o passado e para o futuro
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu
RETROATIVIDADE – DATA DO FATO CRIMINOSO
Lei posterior extingue o crime
(abolitio criminis)
EFEITOS DA 
CONDENAÇÃO 
PENAL
SECUNDÁRIOS
PENAIS
EXTRAPENAIS
PRINCIPAL SANÇÃO PENAL
GENÉRICOS
(Arts. 91 E 91-A CP)
ESPECÍFICOS
(Arts. 92 CP)
PENAS
MEDIDAS DE 
SEGURANÇA
Gerar reincidência, 
revogar sursis ou 
livramento condicional, 
aumenta prazo 
prescrição
APAGADOS PELA 
ABOLITIO CRIMINIS
EFEITOS PENAIS: imposição e 
cumprimento da sanção penal, 
reincidência, fixação de regime 
inicial, maus antecedentes, nome 
inscrito no rol dos culpados, etc. 
EFEITOS EXTRAPENAIS: 
obrigação de reparar o dano, 
confisco, confisco alongado, 
perda do cargo, função pública 
ou mandato eletivo, etc. 
Não são 
atingidos pela 
abolitio criminis
abolitio criminis
CP
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da sentença condenatória
Adultério (Revogado pela Lei nº 11.106/2005 – DOU 29.03.2005)
Art. 240 - Cometer adultério: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses.
§ 1º - Incorre na mesma pena o co-réu. 
Lei posterior extingue o crime
(abolitio criminis)
Zeus traiu Medusa com Afrodite no dia 10.09.2003. Zeus foi condenado, no dia 
15.04.2004, a 3 meses de detenção e a pagar R$ 10.000,00 para Medusa a título 
de reparação de dano. Com fundamento na abolitio criminis, o advogado de Zeus, 
no dia 30.03.2005, entrou na Justiça solicitando a revisão da condenação e, 
consequentemente, a devolução do dinheiro pago a Medusa. Você foi contratado 
por Medusa a fazer a defesa dela. Qual a tese jurídica que adotaria?
Zeus traiu Medusa com Afrodite no dia 10.09.2003. Zeus foi condenado, no dia 
15.04.2004, a 3 meses de detenção e a pagar R$ 10.000,00 para Medusa a título 
de reparação de dano. No dia 30.03.2005, o advogado de Zeus entrou na Justiça 
solicitando a revisão da condenação e, consequentemente, a devolução do 
dinheiro pago a Medusa. Você foi contratado por Medusa a fazer a defesa dela. 
Qual a tese jurídica que adotaria?
CP
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos 
penais da sentença condenatória
EFEITOS EXTRAPENAIS: 
obrigação de reparar o dano, 
confisco, perda do cargo, função 
pública ou mandato eletivo, etc. 
Crime de Adultério – Abolitio criminis 
Lei nº 11.106/2005 – 29.03.2005 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVA TÍPICA
É revogação de uma conduta criminosa, porém a mesma continua prevista 
como crime em outro dispositivo legal, ou seja, não ocorreu a abolitio criminis
Lei posterior extingue o crime
(abolitio criminis)
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVA TÍPICA
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos
Estupro
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena - reclusão, de três a oito anos.
Atentado violento ao pudor
Art. 214 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou
permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal:
Pena - reclusão de dois a sete anos.
Lei nº 12.015, de 2009
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVA TÍPICA
STJ
De início, cabe registrar que, diante do princípio da continuidade normativa, não há 
falar em abolitio criminis quanto ao crime de atentado violento ao pudor cometido 
antes da alteração legislativa conferida pela Lei 12.015/2009. A referida norma não 
descriminalizou a conduta prevista na antiga redação do art. 214 do CP (que 
tipificava a conduta de atentado violento ao pudor), mas apenas a deslocou para o 
art. 213 do CP, formando um tipo penal misto, com condutas alternativas (estupro e 
atentado violento ao pudor). (HC 212.305-DF, Rel. Min. Marilza Maynard 
(Desembargadora Convocada do TJ/SE, julgado em 24/4/2014.)
LEI POSTERIOR BENIGNA
 (Lex mitior)
Novatio legis in mellius
LEI POSTERIOR BENIGNA
 (Lex mitior)
Novatio legis in mellius
CP
Art. 2º
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado
Lei posterior mais benigna em relação à sanção penal ou à 
forma de seu cumprimento
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
Lex mitior ou novatio legis in mellius tem eficácia para o passado e para o futuro
Como saber qual a lei mais favorável ao réu?
LEI POSTERIOR BENIGNA OU NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
Lex mitior
CF/88 
Art. 5º - XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
LEI POSTERIOR BENIGNA OU NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
Lex mitior
Aplicar as leis nocaso concreto e verificar 
quais as consequências ao condenado, 
prevalecendo a mais benéfica ao réu
Como saber qual a lei mais favorável ao réu?
aplica-se a lei vigente no momento da prática da conduta 
(Princípio da Atividade)
 (tempus regit actum)
Regra Geral 
EXTRA-
ATIVIDADE
DA LEI PENAL
RETROATIVIDADE ULTRATIVIDADE
Lei nova BENÉFICA retroage 
aos fatos praticados antes de 
sua entrada em vigor
Lei revogada BENÉFICA aplica-
se aos fatos praticados 
durante a vigência 
Projeta seus efeitos para o 
passado – ANTES DE 
ENTRAR EM VIGOR
Projeta seus efeitos para o 
futuro – APLICADA DEPOIS 
DE SUA REVOGAÇÃO
Retroatividade da lei mais benéfica
Início de vigência 
da Lei B e 
revogação da Lei A
Lei “A” 
(Lex gravior)
Lei “B”
 (Lex mellius)
Data do 
julgamento 
Início vigência 
da Lei A Data do 
fato
Qual se aplica 
no julgamento?
01.07.2015 30.07. 2016 03.08.2018 03.08.2019
Lei “A” 
(Lex gravior)
VIGÊNCIA LEI “A” VIGÊNCIA LEI “B”
Início de vigência da 
Lei B e revogação da 
Lei A
Lei “A” (Lex 
gravior)
Lei “B”
 (Lex mellius)
Data do 
julgamento 
Início vigência 
da Lei A
Data do fato
01.07.2015 30.07. 2016 03.08.2018 03.08.2019
RETROATIVA
A Lei “B” mais favorável aplica-se aos fatos praticados antes da sua 
entrada em vigor - RETROAGE para alcançar fatos cometidos durante o 
período de vigência da Lei “A” (mais gravosa)
VIGÊNCIA LEI “A” VIGÊNCIA LEI “B”
Lei “B”
 (Lex gravior)
Lei “A”
 (mais favorável) 
Início de vigência da 
Lei B e revogação da 
Lei A
Data do 
fato
Início 
vigência da 
Lei A
Qual se aplica 
no julgamento?
Data do 
julgamento
01.07.2015 30.07. 2016 03.08.2018 03.08.2019
Lei “A”
(mais favorável) 
Ultratividade da lei mais benéfica
VIGÊNCIA LEI “B”VIGÊNCIA LEI “A”
Lei “B”
 (Lex gravior)
Lei “A”
 (mais favorável 
Início de vigência da 
Lei B e revogação da 
Lei A
Data do fato
Início 
vigência da 
Lei A
Data do 
julgamento
01.07.2015 30.07. 2016 03.08.2018 03.08.2019
ULTRATIVA
A Lei “A” mais favorável aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência, 
mesmo após ser revogada (ULTRATIVA), a Lei “B” (mais gravosa) aplica-se ao 
fatos praticados somente após sua entrada em vigor (IRRETROATIVA)
VIGÊNCIA LEI “B”VIGÊNCIA LEI “A”
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
Novatio legis in pejus
 Lei nova agrava o regime anterior
Novatio legis incriminadora
Lei nova cria novo tipo penal
Novatio legis in mellius
 Lei nova altera o regime anterior, 
em benefício do infrator 
Abolitio criminis
Lei nova deixa de considerar o 
fato como crime 
RETROAGE
NÃO 
RETROAGE
COMBINAÇÃO DE LEIS 
PENAIS
ei posterior contém alguns preceitos mais rígidos 
e outros mais brandos
ei posterior contém alguns preceitos mais rígidos 
e outros mais brandos
conflito entre duas leis penais sucessivas no tempo, cada 
qual com partes favoráveis e desfavoráveis ao réu
aplicando os dispositivos mais favoráveis de 
duas ou mais leis?
Combinação de leis 
(Lex tertia)
DIVISÃO 
DOUTRINÁRIA
SIM. Integração normativa. Basileu Garcia, José Frederico 
Marques, Magalhães Noronha, Rogério Greco, Luiz Regis 
Prado, Cezar Roberto Bitencourt e Luiz Flávio Gomes
NÃO. Os princípios da ultratividade e da retroatividade da Lex 
mitior não autorizam a combinação de duas normas, ainda 
benefício do réu.
Juiz estaria legislando ao criar uma nova lei. Nesse sentido: 
Costa e Silva, Nélson Hungria, Aníbal Bruno e Fragoso.
POSIÇÃO 
MAJORITÁRIA NO 
STF E STJ
Lex tertia ou lei híbrida
Súmula 501 do STJ: 
"É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais 
favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368, 
sendo vedada a combinação de leis".
Lex tertia ou lei híbrida
Vedada 
combinação 
de leis 
Concorda com 
a combinação 
de leis 
Lex tertia ou lei híbrida
Vedada a Lex tertia ou lei híbrida (combinação de leis), qual a 
solução no caso concreto? 
O juiz, no caso concreto, deve fazer a dosimetria da pena 
separada para cada umas das leis e escolher aquela que 
resulta numa sanção penal mais favorável 
Aplicar as leis no caso concreto e verificar quais as 
consequências: prevalece a lei na sua integralidade 
mais benéfica ao réu
Combinação de leis – lei híbrida ou Lex tertia
A Lei “X” comina ao crime de zapear as penas de reclusão, de um a 
quatro anos, e multa. Posteriormente, é revogada pela Lei “Y”, que 
prevê ao mesmo delito a pena de reclusão de dois a quatro anos, sem 
multa.
1) Qual lei aplica-se ao fato praticado na vigência da Lei “x” e julgada na 
vigência da Lei “Y”? 
2) É possível combinar a Lei X com a Lei Y para aplicar a pena de reclusão de 1 
a 4 anos sem multa, formando uma lei híbrida ou Lex Tertia?
Combinação de leis – lei híbrida ou Lex 
tertia
A Lei “X” comina ao crime de zapear as penas de reclusão, de um a quatro 
anos, e multa. Posteriormente, é revogada pela Lei “Y”, que prevê ao mesmo 
delito a pena de reclusão de dois a quatro anos, sem multa.
1) Qual lei aplica-se ao fato praticado na vigência da Lei “x” e julgada na 
vigência da Lei “Y”? 
Calcular as penas separadas, com fundamento na Lei X e na Lei Y, aplicar a lei 
que na sua integralidade é mais benéfica ao réu
É possível combinar a Lei X com a Lei Y para aplicar a pena de reclusão de 1 a 
4 anos sem multa, formando uma lei híbrida ou Lex Tertia? Não. Ofensa ao 
princípio da reserva legal e da separação dos poderes, pois é vedada ao Poder 
Judiciário a criação de uma terceira pena, a partir da combinação das duas 
(Súmula 501 STJ) leis. 
LEI PENAL INTERMEDIÁRIA
Ocorre quando há sucessão de leis penais, com a aplicação de uma lei 
intermediária mais favorável ao réu, ainda que não seja a lei em vigor 
quando da prática da infração penal ou a lei vigente à época do 
julgamento.
LEI PENAL INTERMEDIÁRIA
LEI REVOGADA
(lex gravior)
LEI INTERMEDIÁRIA 
REVOGADA
(Lex mitior)
LEI VIGENTE
(lex gravior)
Vigente na data do 
crime
Vigente na data do 
julgamento
Lei “A” (Lex gravior)
NÃO ULTRATIVA
Lei “B (Lex mellius)
Lei intermediária 
Início de vigência da 
Lei B e revogação da 
Lei A
Data do 
julgamento
Data do 
fato
Lei “C” (Lex gravior)
NÃO RETROATIVA
Início de vigência 
da Lei A
Início de vigência 
da Lei C revogação 
da Lei B
01.07.2015 30.07. 2016 30.09.2016 30.07.2017 30.07.2019
Qual se aplica 
no julgamento?
Lei “A” (Lex gravior)
NÃO ULTRATIVA
Lei “B (Lex mellius)
Lei intermediária 
Início de vigência da Lei 
B e revogação da Lei A
Data do 
julgamento
Data do 
fato
Lei “C” (Lex gravior)
NÃO RETROATIVA
Início de vigência 
da Lei A Início de vigência 
da Lei C revogação 
da Lei B
01.07.2015 30.07. 2016 30.09.2016 30.07.2017 30.07.2019
A Lei “B” (mais favorável) aplica-se aos fatos praticados antes de entrar 
em vigor (RETROATIVIDADE) e aos fatos praticados durante a sua 
vigência, mas que julgados depois sua revogação (ULTRATIVIDADE)
ULTRATIVA
LEI REVOGADA
(lex gravior)
LEI INTERMEDIÁRIA 
REVOGADA
(Lex mitior)
LEI VIGENTE
(lex gravior)
Vigente na data do 
crime
Vigente na data do 
julgamento
ULTRATIVA
RETROATIVA
LEI PENAL INTERMEDIÁRIA
Muito obrigado

Continue navegando