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Aula 03 - Direito Penal para o Ministério Público do Estado - Estágio

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DIREITO PENAL – PARTE GERAL
VIAS DO DIREITO PENAL
Roxin.
O Direito Penal responde aos crimes com 1ª Via: Pena; e a 2ª: Medida de Segurança. A 3ª Via é a reparação do dano causado à vítima, o Estado abre mão de seu direito de punir por causa do agente ter reparado o dano.
A LEI PENAL
Tempo do Crime: Teoria da Atividade. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento de resultado.
Só possui relevância nos crimes materiais.
Relevância à Imputabilidade.
No que diz respeito à prescrição, termo inicial, o CP adota a teoria do resultado.
Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Crime Permanente: Consumação se prolonga no tempo pela vontade do agente. Ex. Extorsão mediante sequestro.
Crime Continuado: o agente mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e em razão das condições de tempo e lugar, maneira de execução, devem os subsequentes ser considerados continuação do primeiro. 
Lugar do Crime: Teoria da Ubiquidade. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde ocorreu ou deveria acontecer o resultado. 
Crimes Materiais. 
Só vale para os “Crimes à distância” ou de “espaço máxima”: conduta e resultado ocorrem em países diversos. A questão não é de competência, mas de soberania.
Para evitar-se o bis in idem aplica-se o art. 8º CP
O que são crimes plurilocais (crimes de espaço mínimo): comarcas diversas, dentro mesmo país.
Crimes dolosos contra a vida: Tribunal do Júri. Pelo CPP a competência no local do resultado. Entretanto, a jurisprudência firmou tese no sentido de ser no local da execução da conduta. (teoria do esboço do resultado).
LEI PENAL EM BRANCO
Conceito: o Preceito secundário é completo, todavia, o preceito primário é incompleto. 
Todavia normal penal deveria tem ou deveria ter a seguinte estrutura: I) Preceito primário: é a definição da conduta criminosa; II) preceito secundário: é a penal cominada.
“Corpos errantes em busca de alma”. 
	Espécies:
I) Homogênea ou Latu Sensu: o complemento está contido em outra lei. Cujo complemento tem a mesma natureza jurídica da norma penal a ser complementada;
	a) Homovitelina: é aquela em que a norma penal e seu complemento estão no mesmo diploma legislativo. (ex. art. 304, CP). CP + CP.
	b) Heterovitelina: é aquela em que estão em diplomas legislativos diversos. (ex. artigo 169, CP c/c Código Civil). CP + CP.
II) Heterogênea, Stricto sensu ou fragmentária: O complemento é um ato administrativo. É aquela cujo complemento tem natureza jurídica diversa da norma penal a ser complementada. (ex. art. 33, lei 11.343 + Portaria 344/98 ANVISA). (Ex. estatuto do desarmamento).
	Norma Penal em Branco ao Avesso ou Inversa: Conceito secundário precisa de complementação, enquanto o primário é completo. Tem conduta, mas falta pena. (Ex. Crimes de Genocídio). O complemento sempre será obrigatoriamente uma lei, em respeito ao princípio da reserva legal. 
	Norma Penal em branco de fundo Constitucional: o complemento está numa norma da CF. Ex. art. 121, §2º, VI, CP.
	Norma Penal em Branco ao Quadrado: é aquela que depende de uma dupla complementação. O Complemento da norma penal em branco também depende de complementação. 
LEI PENAL NO TEMPO
Introdução: 
Conflito de leis penais no tempo: ocorre quando uma nova lei penal entra em vigor revogando a anterior.
	Princípio da Continuidade das leis: depois de entrar em vigor, a lei continua em vigor até ser revogada por outra lei.
Direito Intertemporal: é o conjunto de regras e princípios que solucionam o conflito.
Regra: Tempus Regit Actum. O Tempo Rege o ato. Aplica-se a lei penal que estava em vigor à época do fato. 
Exceções: Retroatividade Benéfica. Art. 5ºXL.
Lei Penal Benéfica: é dotada de retroatividade e ultratividade.
Espécies:
I) Abolitio Criminis: é a nova lei que torna atípico um fato até então considerado criminoso.
	Requisitos: I) Revogação Formal do Tipo Penal e; II) Supressão material do fato criminoso.
	Natureza Jurídica: Causa de Extinção da Punibilidade, art. 107, III, CP.
II) Novatio Legis In Mellius: a lei posterior que, de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença penal condenatória. Também chamada de “Lex Mitior”
Lei Penal Benéfica e Vacatio Legis: Não pode ser usada, pois ainda não está em vigor. 
Pontos Comuns entre o I e II: Retroatividade automática, independe de cláusula expressa; alcançam fatos definitivamente julgados (coisa julgada não é óbice); quem irá aplicar deverá ser o juízo perante o qual tramita a ação penal; após o trânsito em julgado em julgado, quem aplica é o juízo da execução, independente da origem da condenação.
	Novatio Legis Incriminadora: Neoincriminalização. É a nova lei que cria um crime até então inexistente.
	Novatio Legis in Pejus: Lex Gravior. É a nova que, de qualquer modo, prejudica o réu.
Ambas: Nunca retroagem.
	Lei Penal Intermediária: 3 leis se sucedendo no tempo. Vigor lei A, revogada pela lei B, que foi revogada pela lei C, o fato foi praticado na lei A, a sentença na lei C, mas a mais favorável é a lei B (lei intermediária). STF entende que seja possível a aplicação, desde que seja a mais favorável ao réu.
	Combinação de Leis Penais (LEX Tertia): Lei híbrida. 2 duas posições:
I) Não. Nélson Hungria. O juiz aplica toda a lei nova ou toda a lei velha. Em razão da separação dos poderes. Juiz estaria legislando. (TEORIA DA PONDERAÇÃO UNITÁRIA OU GLOBAL)
II) Sim. José Frederico Marques. Não há violação à Separação dos poderes. O Juiz está apenas se enveredando dentro das leis. (TEORIA DA PONDERAÇÃO DIFERENCIADA)
Jurisprudência: Não se admite. TRÁFICO DE DROGAS. STF PLENÁRIO. STJ (SÚMULA 501): É CABÍVEL A APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI Nº 11.343, DESDE QUE O RESULTADO DA INCIDÊNCIA DAS SUAS DISPOSIÇÕES, NA ÍNTEGRA, SEJA MAIS FAVORÁVEL AO RÉU DO QUE O ADVINDO DA APLICAÇÃO DA LEI 6.368, SENDO VEDADA A COMBINAÇÃO DE LEIS.
LEI TEMPÓRARIA E LEI EXCEPCIONAL
Art. 3º CP. 
Lei temporária: é aquela que tem “prazo de validade”. Diz expressamente o seu dia de término de validade. Ex. Lei da Copa de 2014.
Lei excepcional: irá vigorar somente durante uma situação de anormalidade. 
São autorrevogáveis. (Intermitentes).
São dotadas de ultratividade, mesmo prejudiciais. 
LEI PENAL EM BRANCO E CONFLITO PENAL NO TEMPO: A revogação do complemento exclui o crime já praticado pelo agente? DEPENDE SE O COMPLEMENTO FOI EDITADO EM UMA SITUAÇÃO DE NORMALIDADE OU ANORMALIDADE.
	Casos:
	I) Tráfico de Drogas: Maconha é retirada da tabela da ANVISA: ABSOLVE (NORMALIDADE)
	II) Crime Contra a Economia Popular: 1984, inflação alta, era crime vender produtos com preço acima da tabela da SUNAB: CONDENA. (ANORMALIDADE).

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