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DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

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DIAGNÓSTICO E 
INTERVENÇÃO NO 
TRANSTORNO DO 
ESPECTRO AUTISTA
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Valéria Becher Trentin
Indaial - 2020
1ª Edição
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Jóice Gadotti Consatti
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
T795d
 Trentin, Valéria Becher
 Diagnóstico e intervenção no transtorno do espectro autista. / Valéria 
Becher Trentin. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 135 p.; il. 
 ISBN 978-65-5646-142-7
 ISBN Digital 978-65-5646-143-4
1. Educação inclusiva. – Brasil. 2. Inclusão em educação. – Brasil. 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 371.9
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Diagnóstico ........7
CAPÍTULO 2
Intervenção e o TEA: Possibilidades de Interação 
e Aprendizagem ............................................................................55
CAPÍTULO 3
Inclusão e o Papel do Professor .............................................97
APRESENTAÇÃO
Caro acadêmico,
Neste livro daremos continuidade à trajetória de estudos, tendo como foco 
o Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista. O conteúdo 
aqui apresentado visa subsidiar a construção de conhecimentos sobre o 
diagnóstico e a intervenção no Transtorno do Espectro Autista (TEA). 
Com base nesta abordagem, o livro está organizado em três capítulos.
No Capítulo 1, você compreenderá o conceito de Transtorno do Espectro 
Autista (TEA), o qual, segundo a DSM-5, abarca limitações específicas na 
aprendizagem ou no controle de funções executivas a prejuízos em habilidades 
sociais. Após esta compreensão você identificará os critérios de diagnóstico, os 
instrumentos e escalas de avaliação/diagnóstico para o TEA.
No Capítulo 2, você compreenderá a importância das interações para 
o desenvolvimento do indivíduo com TEA. A partir desta compreensão você 
identificará os métodos e programas de intervenção para o TEA, analisando os 
possíveis efeitos da intervenção no processo de desenvolvimento do indivíduo 
com TEA.
No Capítulo 3, você conhecerá o papel do professor regente e professor de 
apoio frente às interações e à aprendizagem e por meio deste conhecimento você 
analisará os possíveis efeitos da intervenção no processo de desenvolvimento do 
aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Excelente estudo!
CAPÍTULO 1
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO
A partir da perspectiva do saber-fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Compreender o conceito do termo e os critérios diagnósticos que envolvem o 
TEA.
• Conhecer o conceito de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
• Identifi car quais são os critérios de diagnóstico para o TEA.
• Conhecer os instrumentos e as escalas de avaliação/diagnóstico para o TEA.
8
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
9
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo aprenderemos o que é o Transtorno do Espectro Autista 
(TEA), pois torna-se fundamental termos conhecimentos científi cos e informações 
claras sobre as patologias que acometem o desenvolvimento humano. 
Assim, para compreendermos este transtorno, a base de nossos estudos e 
refl exões será o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
5), onde se contemplam os aspectos clínicos, estatísticos e epidemiológicos dos 
transtornos mentais. Vale destacar que este Manual serve como ferramenta para 
compreender os padrões de doenças mentais, sendo utilizado em avaliações 
diagnósticas realizadas pelos profi ssionais da saúde (APA, 2014).
Vamos nos aventurar?
Desejamos a você um excelente estudo!
2 TRANSTORNO DO ESPECTRO 
AUTISTA (TEA): ALGUMAS 
REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO
Iniciaremos este capítulo buscando compreender o Manual Diagnóstico e 
Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), o qual se apresenta como um dos 
principais sistemas de classifi cação. O referido manual, desde a sua primeira 
publicação, em 1952, passou por cinco grandes revisões, resultando no DSM-5, 
elaborado pela American Psychiatry Association (APA, 2014).
FIGURA 1 – DSM-5 – MANUAL DIAGNÓSTICO E 
ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS
FONTE: <https://www.saraiva.com.br/manual-diagnostico-e-estatistico-de-
transtornos-mentais-dsm-v-5-ed-2014-7536763/p>. Acesso em: 15 fev. 2020.
10
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
O DSM é regulado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA). Nele se 
contemplam os aspectos clínicos, estatísticos e epidemiológicos dos transtornos 
mentais (APA, 2014). Conforme Figura 1, recentemente, uma nova atualização 
do Manual foi feita, denominada como DSM-5 e, provavelmente, os novos 
documentos que tratam dos transtornos mentais seguirão esse novo parâmetro.
As avaliações diagnósticas realizadas pelos profi ssionais da saúde são 
pautadas em pelo menos duas grandes referências, a CID-10 e o DSM-5. 
O DSM, de tempos em tempos, passa por um processo de revisão, sendo 
defendido por alguns órgãos e questionado por outros devido a sua forma de 
classifi cação e categorização.
O DSM-5 foi publicado em 18 de maio de 2013, tornando-se um dos principais 
sistemas de classifi cação. Este Manual resultou das pesquisas de profi ssionais de 
diferentes áreas, os quais trabalharam intensamente revisando evidências sobre 
a validade dos critérios diagnósticos, tornando-se o DSM-5 “uma fonte segura e 
cientifi camente embasada para a aplicação em pesquisas e na prática clínica” 
(ARAÚJO; LOTUFO NETO, 2014, p. 68).
Após a compreensão sobre o DSM, elucidaremos a CID-10.
FIGURA 2 – CID-10 – CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS 
MENTAIS E DE COMPORTAMENTO
FONTE: <https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBES/user/
getInterests?rcs0as-cid10=171191&term=11z>. Acesso em: 15 fev. 2020.
A CID-10 signifi ca Classifi cação Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados à Saúde (também conhecida como Classifi cação Internacional de 
Doenças – CID-10) e foi publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 
11
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
DSM-IV DSM-5
-Transtornos geralmente diagnosticados 
pela primeira vez na infância ou na ado-
lescência.
-Delirium, Demência, Transtorno Amnésti-
co e outros Transtornos Cognitivos.
-Transtornos Mentais causados por uma 
condição médica geral não classifi cados 
em outro local.
-Transtornos relacionados a substâncias.
-Esquizofrenia e outros Transtornos 
Psicóticos
-Transtornos do Humor.
-Transtornos de Ansiedade.
-Transtornos Somatoformes.
-Transtornos Factícios.
-Transtornos Dissociativos.
-Transtornos Sexuais e da Identidade de 
Gênero.
-Transtornos da Alimentação.
-Transtornos do Sono.
-Transtornos do Controle dos Impulsos não 
Classifi cados em Outro Local.
-Transtornos da Adaptação.
-Transtornos da Personalidade.
Outras Condições quem podem ser foco de 
Atenção Clínica
-Transtorno do Neurodesenvolvimento.
-Espectro da Esquizofrenia e outros Transtor-
nos Psicóticos.
-Transtorno Bipolar e Transtornos Relaciona-
dos.
-Transtornos Depressivos.
-Transtornos de Ansiedade.
-Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
-Transtornos relacionados ao traumae ao 
estresse.
-Transtornos Dissociativos.
-Sintomas Somáticos e outros Transtornos 
Relacionados.
-Transtornos Alimentares.
-Transtornos de Eliminação.
-Transtornos Sono-Vigília.
-Disfunções Sexuais.
-Disforia de Gênero.
-Transtorno Disruptivo, do Controle dos Im-
pulsos e de Conduta.
-Transtornos Aditivos e Relacionados a Sub-
stâncias.
-Transtornos Neurocognitivos.
-Transtornos de Personalidade.
-Transtornos Parafílicos.
-Outros Transtornos Mentais.
-Distúrbio do Movimento Induzido por Me-
dicamentos e outros Efeitos Adversos.
-Outras condições que podem ser foco de 
Atenção Clínica.
A partir do exposto, cabe evidenciar o Quadro 1, o qual apresenta os 
capítulos e as reformulações para as várias doenças do DSM-IV para o DSM-5.
QUADRO 1 – REFORMULAÇÕES PARA AS VÁRIAS 
DOENÇAS DO DSM-IV PARA O DSM-5
FONTE: A autora
12
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Fisiopatologia: “estuda os distúrbios funcionais e signifi cado 
clínico. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos 
diferentes tecidos infl uenciam o funcionamento normal e determinam 
as características clínicas, o curso e também o prognóstico da 
doença” (ANDRADE, 2017, p. 10).
Características fenotípicas: “características no organismo 
decorrentes da relação entre seus genes e o ambiente” (ANDRADE, 
2017, p. 15).
Podemos observar no Quadro 1, que os Transtornos Geralmente 
Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência, 
os quais fazem parte do DSM IV, foram substituídos por Transtornos do 
Neurodesenvolvimento no DSM-5. 
Segundo Rutter, Le Couteur e Lord (2003), os Transtornos do 
Neurodesenvolvimento são apoiados por características fi siopatológicas, as quais 
são caracterizadas por um atraso ou desvio no desenvolvimento do cérebro, 
infl uenciando características fenotípicas. 
Para Rutter, Le Couteur e Lord (2003), emerge um questionamento: “O que 
signifi ca Transtornos do Neurodesenvolvimento?”.
 Os Transtornos do Neurodesenvolvimento, segundo o DSM-5, são um 
conjunto de condições que se inicia no período de desenvolvimento do sujeito, 
geralmente antes do ingresso na escola. Assim, vale destacarmos que os défi cits 
característicos desses transtornos vão de limitações específi cas na aprendizagem 
ou no controle de funções executivas a prejuízos em habilidades sociais ou, até 
mesmo, Defi ciência Intelectual, Transtornos da Comunicação, Transtorno do 
Espectro Autista, Transtorno de Défi cit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno 
Específi co da Aprendizagem, Transtornos Motores e outros Transtornos do 
Neurodesenvolvimento (APA, 2014). 
No Quadro 2, ressalta-se os transtornos que compõem o capítulo do DSM-5 
sobre Transtornos do Neurodesenvolvimento.
13
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
QUADRO 2 – TRANSTORNOS QUE COMPÕEM O CAPÍTULO DO DSM-
5 SOBRE TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
DSM-5
Defi ciência Intelectual
Transtornos de Comunicação
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno de Défi cit de Atenção/Hiperatividade
Transtorno Específi co da Aprendizagem
Transtornos Motores
Outros Transtornos do Neurodesenvolvimento
FONTE: Adaptado de APA (2014)
Ao se observar o Quadro 2, compreendemos que a nova classifi cação do 
DSM-5 estabelece algumas mudanças, como a exclusão do capítulo “Transtornos 
Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência”. 
A partir desta exclusão, parte dos diagnósticos pertencentes a este capítulo 
passaram a serem compreendidos como Transtornos do Neurodesenvolvimento 
(APA, 2014).
Iniciaremos, agora, discussões sobre o objeto de nosso estudo, ou seja, o 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), o qual, de acordo com o DSM-5 (Quadro 
2), se classifi ca dentro do Transtorno do Neurodesenvolvimento.
2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO 
AUTISTA
FIGURA 3 – TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
FONTE: <https://soumamae.com.br/tudo-saber-sobre-
criancas-autistas/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
14
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Podemos iniciar discussões destacando que nos Transtornos Mentais 
que compõem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta-se o 
Transtorno Autista (TA), a Síndrome de Asperger (AS) e o Transtorno Global do 
Desenvolvimento sem Outra Especifi cação (TGDSOE) (APA, 2014).
FIGURA 4 – AUTISMO E AS CLASSIFICAÇÕES
FONTE: <https://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_
EV073_MD1_SA10_ID2139_11092017002357.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Podemos observar na Figura 4 a diferença existente entre o DSM IV e o DSM-
5 no que tange ao autismo. A versão do DSM IV apresenta cinco tipos clínicos na 
categoria TID: “transtorno autista, transtorno de Rett, transtorno desintegrativo da 
infância, transtorno de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento sem 
outra especifi cação” (BRITO, 2017, p. 11).
Assim, apreendemos que a nova versão do DSM-5 reuniu todos os 
transtornos em um só diagnóstico: o TEA.
A partir do DSM-5 e da junção dos transtornos em um só diagnóstico, este 
passou a constar na nova Classifi cação Estatística Internacional de Doenças e 
Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11 (Quadro 3), lançada no dia 18 de 
junho de 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
15
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
QUADRO 3 – AUTISMO NA CID-10 E CID-11
AUTISMO NA CID-10 AUTISMO NA CID-11
F84 – Transtornos globais do desen-
volvimento (TGD)
F84.0 – Autismo infantil.
F84.1 – Autismo atípico.
F84.2 – Síndrome de Rett.
F84.3 – Outro transtorno desintegrativo da 
infância.
F84.4 – Transtorno com hipercinesia as-
sociada a retardo mental e a movimentos 
estereotipados.
F84.5 – Síndrome de Asperger.
F84.8 – Outros transtornos globais do 
desenvolvimento.
F84.9 – Transtornos globais não especifi ca-
dos do desenvolvimento.
6A02 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo (TEA)
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo sem Defi ciência Intelectual (DI) e com 
comprometimento leve ou ausente da lin-
guagem funcional. 
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo com Defi ciência Intelectual (DI) e com 
comprometimento leve ou ausente da lin-
guagem funcional. 
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo sem Defi ciência Intelectual (DI) e com 
linguagem funcional prejudicada. 
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo com Defi ciência Intelectual (DI) e com 
linguagem funcional prejudicada. 
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo sem Defi ciência Intelectual (DI) e com 
ausência de linguagem.
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autis-
mo com Defi ciência Intelectual (DI) e com 
ausência de linguagem funcional. 
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do 
Autismo especifi cado. 
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autis-
mo, não especifi cado.
FONTE: <https://tismoo.us/saude/diagnostico/nova-classifi cacao-de-doencas-cid-
11-unifi ca-transtorno-do-espectro-do-autismo-6a02/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
16
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Para conhecer mais sobre o Autismo na CID-11, assista ao 
vídeo: O nome no laudo do meu fi lho mudou? Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=MJbR0UwZB08.
A partir deste entendimento, o primeiro passo é começarmos a entender o 
que são os Transtornos do Espectro Autista. O Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) é uma nova categoria do DSM-5, em que foi introduzida o conceito de 
“espectro” para reforçar a dimensão que o envolve.
Espectro (spectrum) envolve situações diferentes em níveis 
de gravidade, que vai da mais leve à mais grave. No entanto, 
independente do grau, estas estão relacionadas com difi culdades de 
comunicação e relacionamento social. 
FONTE: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tea-
transtorno-do-espectro-autista-ii/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Mediante a compreensão aqui elucidada sobre o quesignifi ca o DSM-5 e o 
conceito de Transtorno do Espectro Autista (TEA), iniciaremos discussões sobre 
os critérios de diagnóstico.
3 DIAGNÓSTICO E O TEA: QUAIS 
SÃO OS CRITÉRIOS, SEGUNDO O 
DSM-5?
O diagnóstico do TEA é clínico e baseia-se na presença de determinados 
padrões de comportamento. De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais), para o diagnóstico do TEA, o paciente deve 
preencher alguns critérios, sendo eles: défi cits de comunicação social, interação 
social e comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos (APA, 
2014).
17
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
Sobre os défi cits de comunicação social e interação social, a DSM-5, em seu 
texto, destaca alguns exemplos, sendo eles: 
• Défi cits na reciprocidade socioemocional, variando, 
por exemplo, de abordagem social anormal e difi culdade 
para estabelecer uma conversa normal a compartilhamento 
reduzido de interesses, emoções ou afeto, a difi culdade para 
iniciar ou responder a interações sociais.
• Défi cits nos comportamentos comunicativos não 
verbais usados para interação social, variando, por exemplo, 
de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a 
anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou 
défi cits na compreensão e uso de gestos, a ausência total de 
expressões faciais e comunicação não verbal.
• Défi cits para desenvolver, manter e compreender 
relacionamentos, variando, por exemplo, de difi culdade 
em ajustar o comportamento para se adequar a contextos 
sociais diversos a difi culdade em compartilhar brincadeiras 
imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por 
pares (APA, 2014, p. 94).
Frente aos exemplos expostos que envolvem os défi cits de comunicação 
social e interação social, o DSM-5 ainda destaca exemplos que envolvem o 
comportamento, os interesses e as atividades restritos e repetitivos, sendo eles:
• Movimentos motores, uso de objetos ou fala 
estereotipados ou repetitivos (p. ex., estereotipias motoras 
simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases 
idiossincráticas).
• Insistência nas mesmas coisas, adesão infl exível a 
rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou 
não verbal (p. ex., sofrimento extremo com relação a pequenas 
mudanças, difi culdades com transições, padrões rígidos de 
pensamento, rituais de saudação, necessidade de fazer o 
mesmo caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente). 
• Interesses fi xos e altamente restritos que são anormais 
em intensidade ou foco (p. ex., forte apego ou preocupação com 
objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou 
perseverativos).
• Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou 
interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (p. 
ex., indiferença aparente à dor/temperatura, reação contrária a 
sons ou texturas específi cas, cheirar ou tocar objetos de forma 
excessiva, fascinação visual por luz e/ou movimento) (APA, 
2014, p. 94).
18
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
A ecolalia na fala da criança ou jovem com TEA é um fenômeno 
persistente que se caracteriza como um distúrbio de linguagem, 
defi nida como a repetição em eco da fala do outro (OLIVEIRA, 2003).
Idiossincrática é o uso estereotipado da linguagem. 
FONTE: <http://www.dbd.puc-rio.br/pergamum/
tesesabertas/0710434_09_cap_03.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Para conhecer mais sobre o diagnóstico de TEA, assista ao 
vídeo “15 sinais de autismo leve”, disponível no seguinte link: https://
www.youtube.com/watch?v=9-vdD-3-nA4.
Alguns critérios de diagnóstico para o TEA, evidenciados no DSM-5, podem 
ser visualizados na Figura 5.
19
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
FIGURA 5 – CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA O TEA, EVIDENCIADOS NO DSM-5
FONTE: <http://entendendoautismo.com.br/wp-content/uploads/2016/09/
criterios-de-diagnostico-797x1024.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2020.
20
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Alguns aspectos descritos anteriormente podem ser visualizados na Figura 6.
FIGURA 6 – ALGUNS SINAIS DO TEA
FONTE: <https://consultoriadeinclusao.wordpress.com/2014/11/27/
alguns-sinais-do-autismo/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
21
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
Frente às fi guras apresentadas, cabe evidenciarmos que, segundo a APA 
(2014), a gravidade do TEA baseia-se em prejuízos na comunicação social e em 
padrões restritos ou repetitivos de comportamento, dividindo-se em três níveis, 
conforme consta no Quadro 4.
QUADRO 4 – NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA TRANSTORNO 
DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
NÍVEL DE GRAVIDADE COMUNICAÇÃO SOCIAL COMPORTAMENTOS RES-
TRITOS E REPETITIVOS
Nível 3
“Exigindo apoio muito 
substancial”
Défi cits graves nas habilidades 
de comunicação social, verbal 
e não verbal causam prejuízos 
graves de funcionamento, 
grande limitação em dar início 
a interações sociais e resposta 
mínima a aberturas sociais que 
partem de outros. Por exemplo, 
uma pessoa com fala inteligível 
de poucas palavras que rara-
mente inicia as interações e, 
quando o faz, tem abordagens 
incomuns apenas para satis-
fazer a necessidades e reage 
somente a abordagens sociais 
muito diretas.
Infl exibilidade de comporta-
mento, extrema difi culdade 
em lidar com a mudança ou 
outros comportamentos re-
stritos/repetitivos interferem 
acentuadamente no funcio-
namento em todas as es-
feras. Grande sofrimento/
difi culdade para mudar o foco 
ou as ações.
Nível 2
“Exigindo apoio substan-
cial”
Défi cits graves nas habilidades 
de comunicação social, verbal 
e não verbal; prejuízos sociais 
aparentes mesmo na presença 
de apoio; limitação em dar in-
ício a interações sociais e re-
sposta reduzida ou anormal a 
aberturas sociais que partem 
de outros. Por exemplo, uma 
pessoa que fala frases sim-
ples, cuja interação se limita a 
interesses especiais reduzidos 
e que apresenta comunicação 
não verbal acentuadamente 
estranha.
Infl exibilidade do comporta-
mento, difi culdade de lidar 
com a mudança ou outros 
comportamentos restritos/
repetitivos aparecem com 
frequência sufi ciente para 
serem óbvios ao observador 
casual e interferem no funcio-
namento em uma variedade 
de contextos. Sofrimento e/
ou difi culdade de
mudar o foco ou as ações.
22
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Nível 1
“Exigindo apoio”
Na ausência de apoio, défi cits 
na comunicação social causam 
prejuízos notáveis. Difi culdade 
para iniciar interações sociais 
e exemplos claros de respos-
tas atípicas ou sem sucesso a 
aberturas sociais dos outros. 
Pode parecer apresentar inter-
esse reduzido por interações 
sociais. Por exemplo, uma pes-
soa que consegue falar frases 
completas e envolver-se na co-
municação, embora apresente 
falhas na conversação com os 
outros e cujas tentativas de 
fazer amizades são estranhas 
e comumente malsucedidas.
Infl exibilidade de comporta-
mento causa interferência 
signifi cativa no funcionamen-
to em um ou mais contextos. 
Difi culdade em trocar de ativ-
idade. Problemas para orga-
nização e planejamento
são obstáculos à inde-
pendência.
FONTE: Adaptado de APA (2014)
A partir dos níveis apresentados no Quadro 4, ressaltamos que evidências 
científi cas mostram que entender algumas características comuns às pessoas 
com Autismo/Transtorno do Espectro do Autismo, pode auxiliar muito a agir 
em diferentes situações (na escola, em casa, na terapia). No entanto, torna-se 
pertinente lembrarmos que cada pessoa é única e precisa ter suas particularidades 
(idade, escolaridade, aspectos sociais, linguísticos, cognitivos, motores, familiares 
e socioculturais, grau de autismo, síndromes ou transtornos associados etc.), 
aspectos estes que necessitam ser levados em consideração.
Frente a este entendimento,vamos aprofundar nossos conhecimentos?
23
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
1 Leia com atenção o relato de caso a seguir e depois responda 
à questão.
RELATO DE CASO
Pedro tem 10 anos e apresenta laudo com diagnóstico de 
Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mediante este laudo podemos 
inferir que segundo o DSM-5, Pedro pode apresentar domínios de 
sintomas principais, sendo eles: défi cits de comunicação social 
e interação social e comportamento, interesses e atividades 
restritos e repetitivos (APA, 2014).
Agora que compreendemos o TEA, segue sugestão de fi lme: 
Rain Main (1998).
O fi lme apresenta a história de Raymond, um autista, e seu 
irmão em uma relação cheia de desafi os, conquistas e aprendizado. 
Vale a pena assistir!
Para complementarmos nossos estudos, segue sugestão de 
Livro:
BRITO, M. C. Estratégias de Intervenção nos Transtornos do 
Espectro Autista. [s.L.]: Instituto Nacional Saber Autismo, 2017. 
E-book (32 p.).
24
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Descreva o que envolve comportamento, interesses e atividades 
restritos e repetitivos:
R.:____________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________.
Você respondeu à atividade de estudo e descobriu respostas para as 
inquietações que envolvem o TEA. A partir destas descobertas estudaremos na 
próxima seção o desenvolvimento e o curso do TEA.
3.1 DESENVOLVIMENTO E CURSO 
DO TEA, SEGUNDO O DSM-5
Segundo a APA (2014), os sintomas costumam ser reconhecidos durante 
o segundo ano de vida (12 a 36 meses), embora possam ser vistos antes dos 
12 meses de idade se os atrasos do desenvolvimento forem graves. No entanto, 
podem ser percebidos após os 24 meses se os sinais forem mais sutis (APA, 
2014).
25
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
Assim, tornam-se sinais sugestivos no primeiro ano de vida:
• perder habilidades já adquiridas, como balbucio ou gesto de contato 
ocular ou sorriso social;
• não se voltar para sons, ruídos e vozes no ambiente;
• não apresentar sorriso social; 
• baixo contato ocular e defi ciência no olhar sustentado; 
• baixa atenção à face humana (preferência por objetos); 
• demonstrar maior interesse por objetos do que por pessoas; 
• não seguir objetos e pessoas próximos em movimento; 
• apresentar pouca ou nenhuma vocalização; 
• não aceitar o toque;
• não responder ao nome; 
• imitação pobre; 
• baixa frequência de sorriso e reciprocidade social, bem como restrito 
engajamento social (pouca iniciativa e baixa disponibilidade de resposta);
FIGURA 7 – SINAIS DO TEA DURANTE O SEGUNDO ANO DE VIDA (12 A 36 MESES)
FONTE: <https://pt.slideshare.net/amorimjuvenal/perturbacoes-
do-espectro-do-autismo>. Acesso em: 15 fev. 2020.
26
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
• incômodo incomum com sons altos; 
• distúrbio de sono moderado ou grave; 
• irritabilidade no colo e pouca responsividade no momento da 
amamentação. 
FONTE: <https://www.sbp.com.br/fi leadmin/user_upload/Ped._
Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_
Autismo.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Com base no exposto, podemos destacar que os primeiros sintomas 
do transtorno do espectro autista frequentemente envolvem atraso no 
desenvolvimento da linguagem, em geral, acompanhado por ausência de 
interesse social ou interações sociais incomuns, como puxar as pessoas pela mão 
sem nenhuma tentativa de olhar para elas; surgem também padrões estranhos 
de brincadeiras (carregar brinquedos, mas nunca brincar com eles), e padrões 
incomuns de comunicação (conhecer o alfabeto, mas não responder ao próprio 
nome) (APA, 2014).
Outro aspecto a ser evidenciado é o de que o transtorno do espectro autista 
não é um transtorno degenerativo, sendo comum que a aprendizagem continue 
ao longo da vida. Os sintomas são frequentemente mais acentuados na primeira 
infância e nos primeiros anos da vida escolar com ganhos no desenvolvimento, 
sendo frequentes no fi m da infância, pelo menos em certas áreas, por exemplo: 
aumento no interesse por interações sociais (APA, 2014).
Assim, em geral, indivíduos com níveis de prejuízo menores podem ter 
maior independência. No entanto, esses indivíduos podem continuar socialmente 
ingênuos e vulneráveis, com difi culdades para organizar as demandas práticas 
sem ajuda, estando mais propensos à ansiedade e à depressão (APA, 2014).
FIGURA 8 – FIQUE ATENTO
FONTE: <http://www.sjp.pr.gov.br/semana-municipal-da-conscientizacao-sobre-o-
transtorno-do-espectro-autista-tera-caminhada-no-sabado-7/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
27
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
Segundo a APA (2014), vale ressaltar que diversos estudos científi cos 
mostram que quanto mais precocemente a criança com TEA for avaliada de 
forma adequada, melhores poderão ser suas oportunidades de intervenção e de 
desenvolvimento. A intervenção precoce torna-se fundamental na evolução de 
crianças com TEA. Portanto, quanto mais precoce a intervenção, melhores os 
resultados para a criança e para sua família (BRITO, 2017).
Agora, apresentaremos na Figura 9 um breve resumo do que aprendemos 
sobre o TEA, de acordo com a DSM-5.
FIGURA 9 – O QUE É O AUTISMO?
FONTE: <http://www.sjp.pr.gov.br/semana-municipal-da-conscientizacao-sobre-o-
transtorno-do-espectro-autista-tera-caminhada-no-sabado-7/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
28
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Assim, compreendemos que a partir da identifi cação de sinais, do diagnóstico 
estabelecido, pode-se iniciar o processo de intervenção propriamente dito. 
Podemos inferir ainda que a partir da identifi cação de sinais a criança deve ser 
encaminhada para avaliação e acompanhamento com médico especializado 
em desenvolvimento neuropsicomotor, com avaliação formal para TEA com o 
Psiquiatra Infantil ou o Neuropediatra (BRITO, 2017).
Agora que apreendemos o desenvolvimento e o curso do TEA, segundo o 
DSM-5, investigaremos os instrumentos e escalas que abarcam o diagnóstico.
4 INSTRUMENTOS E ESCALAS 
PARA O TEA: A IMPORTÂNCIA DO 
DIAGNÓSTICO PRECOCE
Aprendemos na seção anterior que os critérios de diagnóstico do TEA, 
segundo o DSM-5, envolvem domínios de sintomas principais, sendo eles: os 
défi cits de comunicação social e interação social e o comportamento, interesses e 
atividades restritas e repetitivas.
Mediante este aprendizado, vale ressaltarmos que os instrumentos para 
avaliação do TEA devem ser utilizados em conjunto com as observações clínicas, 
levando-se em consideração os critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) (APA, 2014) e a Classifi cação 
Internacional de Doenças (CID-10). Vale destacar que no Brasil, o sistema 
classifi catório ofi cial é a CID (PEREIRA, 2007).
Destacamos ainda que a identifi cação dos sinais do TEA torna-se possível 
muitas vezes antes dos 36 meses de idade, o que oportuniza a intervenção 
precoce (PEREIRA, 2007).
Segundo a American Academy of Pediatrics (APA), o rastreamento dos 
sinais do TEA deve ser realizado entre os 18-24 meses de idade por meio de 
instrumentos padronizados para tal fi nalidade. Caso a criança seja identifi cada 
com sinais de risco de TEA, ela deverá ser encaminhada para uma avaliação 
mais abrangente, de modo a confi rmar o diagnóstico. Essa confi rmação torna-se 
possível no fi nal do segundo ano de vida da criança, embora a idade média de 
diagnósticoseja de cinco anos (PEREIRA, 2007).
Assim, podemos inferir que se considera adequadamente diagnosticado 
com TEA o paciente que recebeu o diagnóstico baseado em instrumentos 
29
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
válidos de avaliação. O principal instrumento de avaliação utilizado é a quinta 
edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), 
complementado com a aplicação de escalas diagnósticas válidas no Brasil (APA, 
2014).
No Brasil, segundo Bosa (2013), os instrumentos traduzidos e adaptados 
para o português brasileiro são: ATA (Scale of Autistic Traits), M-CHAT (Modifi ed- 
Checklist for Autism in Toddlers), ASQ (Autism Screening Questionary), ABC 
(Autism Behavior Checklist), CARS (Childhood Autism Rating Scale), ADI-R 
(Autism Diagnostic Interview-Revised) e ADOS (Autism Diagnostic Observation 
Schedule).
Compreenderemos estes instrumentos nas próximas subseções.
Vamos lá?
4.1 ADI-R (AUTISM DIAGNOSTIC 
INTERVIEW-REVISED)
No ano de 1989, o instrumento ADI (Autism Diagnostic Interview), foi criado 
a partir dos critérios diagnósticos do DSM-III-R e da CID, focando em três áreas 
principais, sendo elas:
• qualidade da interação social recíproca; 
• comunicação e linguagem;
• comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados (LE COUTEUR et 
al., 1989).
Além das três principais áreas, Le Couteur et al. (1989) ainda destacam a 
entrevista, a qual também envolve uma série de comportamentos que, embora não 
sejam cruciais para o diagnóstico, são importantes no planejamento terapêutico.
Mediante o destacado, podemos evidenciar que em 1994, a ADI foi 
modifi cada para ADI-R. A versão tornou-se ligeiramente mais curta que a original 
para tornar a entrevista mais apropriada para uso clínico e em pesquisa (LORD; 
RUTTER; LE COUTEUR, 1994). 
A ADI-R apresenta 93 itens, divididos em seis seções. 
• A primeira seção é constituída por questões abertas, na qual são 
colhidas informações gerais sobre o paciente e sua família, tais como 
30
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
histórico do processo diagnóstico e escolaridade. O objetivo é auxiliar o 
entrevistador a formular melhor as questões que virão posteriormente, 
bem como facilitar a lembrança dos pais acerca da época de emergência 
dos problemas de desenvolvimento do fi lho.
• A segunda seção investiga o desenvolvimento precoce e os marcos do 
desenvolvimento.
• A terceira, a quarta e a quinta seções são formadas por perguntas 
sobre as três principais áreas de manifestações clínicas do autismo: 
défi cits de comunicação; défi cits de interação social; comportamento 
repetitivo e estereotipado.
• A sexta e última seção é composta por um número menor de perguntas, 
que tratam de problemas gerais de comportamento (SOUSA FILHO, 
2014).
Mediante as seções que compõem a entrevista, podemos inferir que a 
ADI-R é uma entrevista padronizada, semiestruturada, administrada aos pais ou 
cuidadores de crianças com suspeita de TEA. Possui 93 itens que investigam 
os comprometimentos sociocomunicativos e a presença de comportamentos 
repetitivos e estereotipados. “As informações fornecidas pelos pais ou cuidadores 
devem, então, ser codifi cadas em escores de 0 a 2, ou 0 a 3, dependendo do 
item, sendo que 0 implica um comportamento menos comprometido e 2 ou 3 a 
comportamentos mais atípicos” (SOUSA FILHO, 2014, p. 90).
Podemos evidenciar, ainda, que o protocolo da entrevista é preenchido pelo 
profi ssional com a descrição do comportamento e a escolha do código que melhor 
o descreva, para cada item. Assim, torna-se responsabilidade do entrevistador 
obter e registrar exemplos sufi cientes de comportamentos reais antes de escolher 
o código de resposta do item (RUTTER; LE COUTEUR; LORD, 2003).
Portanto, torna-se pertinente destacar que o tempo previsto para a realização 
da entrevista é de aproximadamente 1,5 a 2,5 horas, sendo o tempo um pouco 
maior para crianças maiores e adultos (LE COUTEUR et al., 1989; RUTTER; LE 
COUTEUR; LORD, 2003).
Destacamos, ainda, que a ADI-R é considerada um instrumento padrão-
ouro para o diagnóstico de TEA, sendo que o entrevistador deve passar por um 
treinamento prévio que o habilitará a administrá-la e a codifi car seus resultados. 
Cabe destacar que o instrumento fornece três diagnósticos, sendo eles: paciente 
com TEA; sinais de TEA sem a forma clássica da doença e paciente sem 
TEA (SOUSA FILHO, 2014).
As entrevistas são instrumentos cruciais para o diagnóstico do TEA, uma 
31
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
vez que conseguem, por meio dos relatos dos pais e/ou cuidadores, buscar 
relevantes informações relativas tanto a manifestações comportamentais muito 
precoces quanto as que surgiram ao longo do desenvolvimento até as exibidas no 
momento do tratamento (LE COUTEUR et al., 1989).
Em continuidade às refl exões e às descobertas sobre os instrumentos 
e escalas para o diagnóstico do TEA, discorreremos sobre a ADOS (Autism 
Diagnostic Observation Schedule).
4.2 ADOS (AUTISM DIAGNOSTIC 
OBSERVATION SCHEDULE)
A ADOS (Autism Diagnostic Observation Schedule) consiste em um protocolo 
de observação comportamental desenvolvido para avaliação de crianças, 
adolescentes e adultos com suspeita de Transtorno do Espectro Autista com 
nível de linguagem de, no mínimo, três anos. “Em 1995, foi publicada a PL-ADOS 
(Pre-Linguistic Autism Diagnostic Observation Schedule), versão direcionada a 
crianças com uso limitado ou ausência de linguagem” (SOUSA FILHO, 2014, p. 
88).
A ADOS-2, publicada em 2012, foi modifi cada a partir da ADOS para avaliar 
crianças a partir de 12 meses até indivíduos adultos (SOUSA FILHO, 2014).
Assim, podemos destacar que a ADOS-2 é um instrumento padronizado 
e semiestruturado de observação que busca verifi car especifi camente as 
habilidades de interação social, comunicação, brincadeiras e uso imaginativo de 
materiais pelas crianças com suspeita de TEA. É composto por quatro módulos 
que variam conforme os diferentes níveis de linguagem expressiva da criança. A 
escala deve ser aplicada por profi ssionais certifi cados, que receberam treinamento 
prévio adequado (SOUSA FILHO, 2014).
A ADOS e a ADI-R são consideradas, pela literatura, instrumentos padrão-
ouro para o diagnóstico de Transtornos do Espectro Autista (GRAY; TONGE; 
SWEENEY, 2008).
Para conhecer mais sobre a escala ADOS e ADI-R, assista 
ao vídeo disponível no seguinte link: https://www.youtube.com/
watch?v=dep7xGbemWg.
32
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Em continuidade às descobertas sobre os instrumentos e escalas para o 
diagnóstico do TEA, abordaremos a ATA (Escala de Traços Autísticos). Vamos lá?
4.3 ATA (ESCALA DE TRAÇOS 
AUTÍSTICOS)
A escala de traços autísticos (ATA), é um instrumento de fácil aplicação. 
No entanto, ela deve ser aplicada por profi ssional conhecedor do TEA, sendo 
ele o responsável pela avaliação das respostas dadas em função de cada item 
(ASSUMPÇÃO JR. et al., 1999).
Esse instrumento não se evidencia como entrevista diagnóstica, mas sim 
na observação, o que permite fazer segmentos longitudinais da evolução, tendo 
por base a sintomatologia, auxiliando também na elaboração de um diagnóstico 
confi ável. A escala deve ser administrada após informação detalhada dos dados 
clínicos e evolutivos da criança, podendo auxiliar no processo terapêutico 
(ASSUMPÇÃO JR. et al., 1999).
A escala é composta por 23 subescalas, cada uma é dividida em diferentes 
itens, que pode ser aplicada em crianças acima de dois anos. Baseada em 
diferentes aspectos diagnósticos, tem a fi nalidade de triagem de casos suspeitos 
de autismo e fundamenta-se na observação (ASSUMPÇÃO JR. et al., 1999).
A escala se pontua com base nos seguintes critérios: 
• cada subescala da prova tem um valor de 0 a 2; 
• pontua-se a escala positiva no momento emque um dos itens for positivo; 
• a pontuação global da escala se faz a partir da soma aritmética de todos 
os valores positivos da subescala. 
As escalas de avaliação permitem mensurar as condutas apresentadas de 
maneira a se estabelecer um diagnóstico de maior confi abilidade.
33
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
SUBESCALAS ITENS DAS SUBESCALAS
I DIFICULDADE NA INTERAÇÃO SOCIAL
- O desvio da sociabilidade pode oscilar 
entre formas leves, como um certo negativ-
ismo e a não aceitação do contato ocular, 
até formas mais graves, como um intenso 
isolamento.
1. Não sorri. 
2. Ausência de aproximações es-
pontâneas. 
3. Não busca companhia. 
4. Busca constantemente seu can-
tinho (esconderijo). 
5. Evita pessoas. 
6. É incapaz de manter um inter-
câmbio social. 
7. Isolamento intenso.
II MANIPULAÇÃO DO AMBIENTE - O prob-
lema da manipulação do ambiente pode 
apresentar-se a nível mais ou menos grave, 
como não responder às solicitações e man-
ter-se indiferente ao ambiente. O fato mais 
comum é a manifestação brusca de crises 
de birra passageira, risos incontroláveis e 
sem motivo, tudo isso com o fi m de conse-
guir ser o centro da atenção.
1. Não responde às solicitações. 
2. Mudança repentina de humor. 
3. Mantém-se indiferente, sem ex-
pressão. 
4. Risos compulsivos. 
5. Birra e raiva passageira. 
6. Excitação motora ou verbal (ir de 
um lugar a outro, falar sem parar).
III UTILIZAÇÃO DAS PESSOAS A SEU RE-
DOR - A relação que mantém com o adulto 
quase nunca é interativa, dado que nor-
malmente utiliza-se do adulto como o meio 
para conseguir o que deseja.
1. Utiliza-se do adulto como um ob-
jeto, levando-o até aquilo que ele 
deseja.
 2. O adulto lhe serve como apo-
io para conseguir o que deseja (p. 
ex.: utiliza o adulto como apoio para 
pegar bolacha). 
3. O adulto é o meio para suprir 
uma necessidade que não é capaz 
de realizar só (p. ex.: amarrar sap-
atos). 
4. Se o adulto não responde as 
suas demandas, atua interferindo 
na conduta desse adulto.
QUADRO 5 – SUBESCALAS DA ATA (ESCALA DE TRAÇOS AUTÍSTICOS)
34
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
IV RESISTÊNCIA À MUDANÇA - A resistên-
cia à mudança pode variar da irritabilidade 
até a franca recusa.
1. Insistente em manter a rotina. 
2. Grande difi culdade em aceit-
ar fatos que alteram sua rotina, 
tais como mudanças de lugar, de 
vestuário e na alimentação.
 3. Apresenta resistência a mu-
danças, persistindo na mesma res-
posta ou atividade.
V BUSCA DE UMA ORDEM RÍGIDA - Man-
ifesta tendência a ordenar tudo, podendo 
chegar a uma conduta de ordem obses-
siva, sem a qual não consegue desenvolv-
er nenhuma atividade.
1. Ordenação dos objetos de acor-
do com critérios próprios e preesta-
belecidos. 
2. Prende-se a uma ordenação es-
pacial (cada coisa sempre em seu 
lugar). 
3. Prende-se a uma sequência tem-
poral (cada coisa em seu tempo). 
4. Prende-se a uma correspondên-
cia pessoa-lugar (cada pessoa 
sempre no lugar determinado).
VI FALTA DE CONTATO VISUAL. OLHAR 
INDEFENIDO - A falta de contato pode vari-
ar desde um olhar estranho até o constante 
evitar dos estímulos visuais.
1. Desvia os olhares diretos, não ol-
hando nos olhos. 
2. Volta a cabeça ou o olhar quando 
é chamado (olhar para fora). 
3. Expressão do olhar vazio e sem 
vida.
4. Quando segue os estímulos com 
os olhos, somente o faz de maneira 
intermitente. 
5. Fixa os objetos com uma olhada 
periférica, não central. 
6. Dá a sensação de que não olha.
35
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
VII MÍMICA INEXPRESSIVA - A inexpressivi-
dade mímica revela a carência da comuni-
cação não verbal. Pode apresentar desde 
uma certa expressividade até uma ausên-
cia total de resposta.
1. Se fala, não utiliza a expressão 
facial, gestual ou vocal com a fre-
quência esperada. 
2. Não mostra uma reação anteci-
patória. 
3. Não expressa através da mímica 
ou olhar aquilo que quer ou o que 
sente. 
4. Imobilidade facial.
VIII DISTÚRBIOS DE SONO - Quando 
pequeno dorme muitas horas e, quando 
maior, dorme poucas horas, se compara-
do ao padrão esperado para a idade. Esta 
conduta pode ser constante ou não.
1. Não quer ir dormir. 
2. Se levanta muito cedo. 
3. Sono irregular (em intervalos). 
4. Troca o dia pela noite. 
5. Dorme poucas horas.
IX ALTERAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO - Pode 
ser quantitativa e/ou qualitativa. Pode in-
cluir situações, desde aquela em que a cri-
ança deixa de se alimentar até aquela em 
que se opõe ativamente.
1. Seletividade alimentar rígida (ex.: 
come o mesmo tipo de alimento 
sempre). 
2. Come outras coisas além de ali-
mentos (papel, insetos).
3. Quando pequeno não mastigava. 
4. Apresenta uma atividade rumi-
nante. 
5. Vômitos. 
6. Come grosseiramente, esparra-
ma a comida ou a atira. 
7. Rituais (esfarela alimentos antes 
da ingestão). 
8. Ausência de paladar (falta de 
sensibilidade gustativa).
36
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
X DIFICULDADE NO CONTROLE DOS ES-
FÍNCTERES - O controle dos esfíncteres 
pode existir, porém a sua utilização pode 
ser uma forma de manipular ou chamar a 
atenção do adulto.
1. Medo de sentar-se no vaso san-
itário. 
2. Utiliza os esfíncteres para manip-
ular o adulto. 
3. Utiliza os esfíncteres como estim-
ulação corporal, para obtenção de 
prazer. 
4. Tem controle diurno, porém o no-
turno é tardio ou ausente.
XI EXPLORAÇÃO DOS OBJETOS (APAL-
PAR, CHUPAR) - Analisa os objetos sen-
sorialmente, requisitando mais os outros 
órgãos dos sentidos em detrimento da 
visão, porém sem uma fi nalidade especí-
fi ca.
1. Morde e engole objetos não ali-
mentares. 
2. Chupa e coloca as coisas na 
boca. 
3. Cheira tudo. 
4. Apalpa tudo. Examina as super-
fícies com os dedos de uma manei-
ra minuciosa.
XII USO INAPROPRIADO DOS OBJETOS - 
Não utiliza os objetos de modo funcional, 
mas sim de uma forma bizarra.
1. Ignora os objetos ou mostra um 
interesse momentâneo. 
2. Pega, golpeia ou simplesmente 
os atira no chão. 
3. Conduta atípica com os objetos 
(segura indiferentemente nas mãos 
ou gira). 
4. Carrega insistentemente consigo 
determinado objeto. 
5. Se interessa somente por uma 
parte do objeto ou do brinquedo. 
6. Coleciona objetos estranhos. 
7. Utiliza os objetos de forma partic-
ular e inadequada.
37
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
XIII FALTA DE ATENÇÃO - Difi culdades na 
fi xação e concentração. Às vezes, fi xa a 
atenção em suas próprias produções sono-
ras ou motoras, dando a sensação de que 
se encontra ausente.
1. Quando realiza uma atividade, 
fi xa a atenção por curto espaço de 
tempo ou é incapaz de fi xá-la. 
2. Age como se fosse surdo. 
3. Tempo de latência de resposta 
aumentado. 
4. Entende as instruções com difi -
culdade (quando não lhe interessa, 
não as entende). 
5. Resposta retardada. 
6. Muitas vezes dá a sensação de 
ausência.
XIV AUSÊNCIA DE INTERESSE PELA 
APRENDIZAGEM - Não tem nenhum inter-
esse por aprender, buscando solução nos 
demais. Aprender representa um esforço 
de atenção e de intercâmbio pessoal, é 
uma ruptura em sua rotina.
1. Não quer aprender. 
2. Se cansa muito depressa, ainda 
que em atividade que goste. 
3. Esquece rapidamente. 
4. Insiste em ser ajudado, ainda que 
saiba fazer. 
5. Insiste constantemente em mu-
dar de atividade.
XV FALTA DE INICIATIVA - Busca constan-
temente a comodidade e espera que lhe 
deem tudo pronto. Não realiza nenhuma 
atividade funcional por iniciativa própria.
1. É incapaz de ter iniciativa própria. 
2. Busca a comodidade. 
3. Passividade, falta de interesse. 
4. Lentidão. 
5. Prefere que outro faça o trabalho 
para ele.
38
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
XVI ALTERAÇÃO DE LINGUAGEM E COMU-
NICAÇÃO - É uma característicafunda-
mental do autismo, que pode variar desde 
um atraso de linguagem até formas mais 
severas, com uso exclusivo de fala partic-
ular e estranha. 
1. Mutismo. 
2. Estereotipias vocais. 
3. Entonação incorreta. 
4. Ecolalia imediata e/ou retardada. 
5. Repetição de palavras ou frases 
que podem ou não ter valor comu-
nicativo. 
6. Emite sons estereotipados quan-
do está agitado e em outras oca-
siões, sem nenhuma razão apar-
ente. 
7. Não se comunica por gestos. 
8. As interações com adulto não 
são nunca um diálogo.
XVII NÃO MANIFESTA HABILIDADES E CON-
HECIMENTOS - Nunca manifesta tudo aq-
uilo que é capaz de fazer ou agir, no que 
faz referência a seus conhecimentos e 
habilidades, difi cultando a avaliação dos 
profi ssionais.
1. Ainda que saiba fazer uma coisa, 
não a realiza, se não quiser. 
2. Não demonstra o que sabe 
até que tenha uma necessidade 
primária ou um interesse iminente-
mente específi co. 
3. Aprende coisas, porém somente 
a demonstra em determinados lug-
ares e com determinadas pessoas. 
4. Às vezes surpreende por suas 
habilidades inesperadas.
XVIII REAÇÕES INAPROPRIADAS ANTE A 
FRUSTRAÇÃO - Manifesta desde o abor-
recimento à reação de cólera, ante a frus-
tração.
1. Reações de desagrado caso seja 
esquecida alguma coisa. 
2. Reações de desagrado caso seja 
interrompida alguma atividade que 
goste. 
3. Desgostoso quando os desejos 
e as expectativas não se cumprem. 
4. Reações de birra.
39
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
XIX NÃO ASSUME RESPONSABILIDADES
- Por princípio, é incapaz de fazer-se re-
sponsável, necessitando de ordens suces-
sivas para realizar algo.
1. Não assume nenhuma respons-
abilidade, por menor que seja. 
2. Para chegar a fazer alguma coi-
sa, há que se repetir muitas vezes 
ou elevar o tom de voz.
XX HIPERATIVIDADE/ HIPOATIVIDADE - A 
criança pode apresentar desde agitação, 
excitação desordenada e incontrolada, até 
grande passividade, com ausência total de 
resposta. Estes comportamentos não têm 
nenhuma fi nalidade.
1. A criança está constantemente 
em movimento. 
2. Mesmo estimulada, não se move. 
3. Barulhento. Dá a sensação de 
que é obrigado a fazer ruído/barul-
ho. 
4. Vai de um lugar a outro, sem 
parar. 
5. Fica pulando (saltando) no mes-
mo lugar. 
6. Não se move nunca do lugar 
onde está sentado.
XXI MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS E 
REPETITIVOS - Ocorrem em situações de 
repouso ou atividade, com início repentino.
1. Balanceia-se. 
2. Olha e brinca com as mãos e os 
dedos. 
3. Tapa os olhos e as orelhas. 
4. Dá pontapés. 
5. Faz caretas e movimentos estra-
nhos com a face. 
6. Roda objetos ou sobre si mesmo. 
7. Caminha na ponta dos pés ou 
saltando, arrasta os pés, anda fa-
zendo movimentos estranhos. 
8. Torce o corpo, mantém uma 
postura desequilibrada, pernas do-
bradas, cabeça recolhida aos pés, 
extensões violentas do corpo.
40
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
XXII IGNORA O PERIGO - Expõe-se sem ter 
consciência do perigo.
1. Não se dá conta do perigo. 
2. Sobe em todos os lugares. 
3. Parece insensível à dor.
XXIII APARECIMENTO ANTES DOS 36 MESES 
(DSM-IV)
FONTE: Adaptado de Assumpção Jr. et al. (1999)
ATA é um instrumento de fácil aplicação, acessível a profi ssionais 
que têm contato direto com a população autista, por exemplo, 
professores, bem como pais (ASSUMPÇÃO JR. et al., 1999).
Agora que já compreendemos o que signifi ca a ATA (Escala de Traços 
Autísticos), vamos investigar outro instrumento?
4.4 CARS (CHILDHOOD AUTISM 
RATING SCALE)
A CARS (Childhood Autism Rating Scale) foi traduzida e validada para 
o português em 2008. É uma escala de avaliação comportamental de 15 itens 
aplicados a pais e/ou cuidadores e a crianças com dois ou mais anos de idade. 
Para cada um dos 15 itens, aplica-se uma escala de 7 pontos, que permite 
classifi car formas leves, moderadas e graves de autismo. Sua aplicação é 
rápida (de 30 a 45 minutos), seus escores são objetivos e quantifi cáveis. De 
uma pontuação de 15 a 60, o ponto de corte para a presença de autismo é 30 
(SANTOS et al., 2012).
A CARS é efi caz na distinção de casos de autismo leve, moderado e grave, 
além de discriminar crianças autistas daquelas com défi cit intelectual. É apropriada 
para uso em qualquer criança acima de dois anos de idade. Para a defi nição das 
estratégias terapêuticas, é fundamental a identifi cação de condições associadas, 
como epilepsia, défi cit intelectual, paralisia cerebral, doenças genéticas e 
metabólicas, entre outras (SANTOS et al., 2012).
A escala é um instrumento para observações comportamentais, sendo 
administrada na primeira sessão de diagnóstico. É composta por 15 itens, 
41
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
sendo que cada um deles é pontuado num “continuum”, variando do normal 
para gravemente anormal, todos contribuindo igualmente para a pontuação total 
(SANTOS et al., 2012).
De acordo com o manual da CARS, o autismo é caracterizado por um 
resultado de 30 pontos, em uma escala que varia de 15 a 60 pontos, sendo que o 
intervalo entre 30 e 36,5 é defi nido como característico de autismo moderado. O 
que se apresenta entre 37-60 pontos é defi nido como autismo grave (SANTOS et 
al., 2012).
A CARS é considerada a mais forte escala para comportamentos associados 
com o autismo. A escala já foi traduzida para diversas línguas, pois o autismo é 
um transtorno que ocorre no mundo todo.
QUADRO 6 – 15 ITENS CARS (CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE)
1
Relações Pes-
soais
Prejuízo nesta área é considerado uma das características 
primárias do autismo incluída em todas as descrições do tran-
storno.
2 Imitação
Este item foi incluído em função da relação existente entre 
difi culdades graves de linguagem e problemas na imitação 
motora e verbal. A capacidade de imitar é considerada uma 
importante base para o desenvolvimento da fala, além de ser 
uma habilidade altamente relevante no tratamento e edu-
cação destas crianças.
3 Resposta Emo-
cional
O autismo foi, primeiramente, considerado um distúrbio no 
contato afetivo e este item segue sendo um dos mais impor-
tantes, tendo como característica central a impossibilidade 
de compreensão do estado mental das demais pessoas, a 
chamada falha na teoria da mente.
4 Uso Corporal Movimentos corporais peculiares e especialmente estereoti-
pias têm sido amplamente observados por clínicos e pesqui-
sadores.
5 Uso de Objetos O uso inapropriado de brinquedos ou de outros objetos está 
intimamente relacionado a relações inadequadas com pes-
soas.
6 Resposta a Mu-
danças
Difi culdade em alterar rotinas ou padrões preestabelecidos 
ou difi culdade para mudar de uma atividade para outra.
7 Resposta Visual Classifi ca os padrões incomuns de atenção visual observados 
em muitas crianças autistas.
8 Resposta Auditiva Inclui a reação da criança a vozes humanas ou outros tipos de 
sons e qual o interesse da criança por sons variados.
42
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
9 Resposta e uso 
do paladar, olfato 
e tato
As crianças autistas respondem de forma incomum a estímu-
los sensoriais. Gosto e cheiro são elementos críticos para 
o comportamento alimentar e a difi culdade de identifi cá-los 
pode contribuir para as elevadas taxas de recusa alimentar e 
seletividade relatadas nestas crianças. Este item inclui, tam-
bém, a forma como estas crianças respondem à dor.
10 Medo ou nervo-
sismo
Este item classifi ca o medo incomum ou inexplicado e inclui, 
também, a ausência de medo em situações nas quais uma 
criança normal, no mesmo nível de desenvolvimento, apre-
sentaria medo ou receio.
11 Comunicação 
verbal
Classifi ca todas as facetas do uso da linguagem. Avalia não 
somente a presença ou a ausência de fala, mas também suas 
peculiaridades, uso de elementos inapropriados, jargões e 
palavras bizarras. Portanto, quandoqualquer tipo de lingua-
gem está presente, avalia o vocabulário, a estrutura da frase, 
a entonação da voz e o volume e a adequação do conteúdo.
12 Comunicação não 
verbal
É a avaliação da comunicação não verbal da criança através 
do uso da expressão facial, postura, gestos e movimento cor-
poral e inclui a sua resposta à comunicação não verbal das 
outras pessoas.
13 Nível de atividade Refere-se a quanto a criança move-se em situações lim-
itantes ou não.
14 Nível e consistên-
cia da resposta 
intelectual
Considera o nível geral de funcionamento intelectual e a 
consistência deste funcionamento.
15 Impressões gerais Impressão subjetiva a partir da observação da criança aval-
iada.
FONTE: Adaptado de Pereira (2007)
Após a apresentação dos 15 itens que compõem a CARS (Childhood Autism 
Rating Scale), destacamos, na Figura 10, um exemplo da referida escala.
43
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
FONTE: <https://irp-cdn.multiscreensite.com/a12de2b1//fi les/
uploaded/ESCALACARSIP.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
FIGURA 10 – EXEMPLO ESCALA CARS
Com base na Figura 10, podemos destacar que após observar a criança e 
examinar as informações relevantes dos pais, o examinador classifi ca a criança 
em cada item. Usando uma escala de 7 pontos, que varia de 1 a 4 com valores 
intermediários de meio ponto (1; 1,5; 2; 2,5; 3; 3,5), o examinador indica o grau no 
qual o comportamento da criança afasta-se daquele esperado para uma criança 
normal na mesma idade. A pontuação varia de 15 a 60, o ponto de corte para 
autismo é 30, escores entre 30 e 36 indicam sintomas leves a moderados e, acima 
de 37, graves (SOUSA FILHO, 2014). 
44
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Já foi demonstrado, em diversos estudos, que a CARS possui um grau 
elevado de consistência interna e confi abilidade teste-reteste, assim como 
elevados valores de validade (PEREIRA, 2007).
Ufa! Quantas descobertas! Vamos investigar outro instrumento? 
4.5 ASQ (AUTISM SCREENING 
QUESTIONNAIRE)
O Autism Screening Questionnaire (ASQ) foi construído com base na seleção 
de questões da ADI-R (Autism Diagnostic Interview-Revised). Também conhecido 
como Social Communication Questionnaire (SCQ), o ASQ é um instrumento de 
40 questões baseadas na ADI-R, aplicadas aos pais e/ou cuidadores de pessoas 
com possível Transtorno do Espectro Autista (SOUSA FILHO, 2014).
O ASQ avalia a interação social recíproca, a linguagem, a comunicação e os 
padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, apresentando, ainda, 
uma questão que investiga o comportamento autolesivo e outra que avalia a 
linguagem funcional atual do sujeito (BERUMENT et al., 1999).
Embora o ASQ tenha sido desenvolvido a partir da ADI-R, ele foi modifi cado 
de modo a ser mais facilmente compreensível pelos pais e a dispensar explicações 
adicionais, como frequentemente ocorre na ADI-R. Cada questão do instrumento 
recebe a pontuação 0 para a ausência de anormalidade ou 1 para a existência 
do comportamento indicativo de características do espectro do autismo (SOUSA 
FILHO, 2014).
A pontuação varia de 0 a 39 para indivíduos verbais (o item que avalia o nível 
de linguagem atual não entra no escore fi nal) e 0 a 34 para indivíduos não verbais. 
Dezenove itens avaliam o comportamento atual, ao passo que vinte itens avaliam 
comportamentos exibidos entre 4 e 5 anos de idade (SOUSA FILHO, 2014).
O ASQ teve a sua tradução, retroversão, adaptação e validação para o 
português brasileiro conduzidas por Sato (2008), em um trabalho colaborativo 
entre pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto de 
Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e Universidade 
de São Paulo.
45
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
Em continuidade às descobertas sobre os instrumentos e escalas para o 
diagnóstico do TEA, abordaremos a M-CHAT (Modifi ed Checklist for Autism in 
Toddlers).
4.6 M-CHAT (MODIFIED CHECKLIST 
FOR AUTISM IN TODDLERS)
A M-CHAT (Modifi ed Checklist for Autism in Toddlers) é um instrumento de 
triagem para TEA. Trata-se de um instrumento de fácil aplicação, simples, utilizado 
para triagem precoce do TEA, podendo ser aplicado por pediatras, professores 
e outros profi ssionais da saúde, visando identifi car indícios de TEA em crianças 
entre 18 e 24 meses (SOUSA FILHO, 2014).
Assim, podemos inferir que a M-CHAT é uma escala de rastreamento 
que pode ser utilizada em todas as crianças durante visitas pediátricas, com o 
objetivo de identifi car traços de autismo em crianças de idade precoce (LOSAPIO; 
PONDÉ, 2008).
A M-CHAT é extremamente simples e a resposta aos itens da escala leva em 
conta as observações dos pais com relação ao comportamento da criança. Essa 
escala consiste em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser autopreenchida 
por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam alfabetizados e 
estejam acompanhando o fi lho em consulta pediátrica (LOSAPIO; PONDÉ, 2008). 
A escala a ser preenchida será observada na Figura 11.
As respostas da M-CHAT auxiliarão na avaliação clínica feita pelo profi ssional 
especializado na identifi cação do TEA.
46
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FIGURA 11 – ESCALA M-CHAT
FONTE: <http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/
MCHATESCALA.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Para aprimorar seus conhecimentos sobre a escala M-CHAT, 
assista ao vídeo M-CHAT: um instrumento de Triagem para o TEA. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yf_DbmFnT1U.
Em continuidade às descobertas sobre os instrumentos e escalas para o 
diagnóstico do TEA, abordaremos o Autism Behavior Checklist / Inventário de 
Comportamentos Autísticos (ABC/ICA).
Vamos lá?
47
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
4.7 AUTISM BEHAVIOR CHECKLIST / 
INVENTÁRIO DE COMPORTAMENTOS 
AUTÍSTICOS (ABC/ICA)
O Autism Behavior Checklist (ABC) trata-se de uma escala de 
comportamentos não adaptativos, criada para triagem sobre a probabilidade de 
diagnóstico de autismo. Foi validada no Brasil e tem sido amplamente utilizada 
em contextos acadêmicos e institucionais. Assim, podemos considerar que 
o ABC/ICA é um instrumento amplamente utilizado para triagem de crianças e 
adolescentes com desenvolvimento atípico ou atraso no desenvolvimento, em 
que um diagnóstico de algum Transtorno do Espectro do Autismo possa ser 
considerado (SOUSA FILHO, 2014).
O ABC/ICA é composto por uma lista de 57 comportamentos não adaptativos, 
que permitem a descrição detalhada das características comportamentais atípicas 
de cada indivíduo, organizados em cinco áreas: sentidos (estímulos sensoriais), 
relações, uso do corpo e objetos, linguagem e interação social (SOUSA FILHO, 
2014).
Embora tenha sido projetado para aplicar em crianças em idade escolar, 
essa lista pode ser utilizada na fase pré-escolar. Utilizado na forma de entrevista 
clínica, o ABC/ICA é direcionado a qualquer pessoa que conheça bem o indivíduo 
investigado (pais, cuidadores, professores). O instrumento tem pontuação 
balanceada (1 a 4), de acordo com a ocorrência no TEA, sendo 4 a de correlação 
mais forte com TEA (SOUSA FILHO, 2014).
A partir da somatória, traça-se um perfi l comportamental que permite a análise 
da severidade: a pontuação entre 47 e 53 indica baixa probabilidade de ocorrência 
de TEA; entre 54 e 67, moderada; a partir de 68, alta probabilidade. A versão 
brasileira, além de modifi car a nota de corte de 69 para 49 pontos, procedeu à 
tradução de determinadas questões revisadas para uma linguagem mais informal, 
em virtude da difi culdade de seu entendimento por pais e cuidadores durante o 
processo de validação (SOUSA FILHO, 2014).
Na Figura 12, destacaremos um exemplo da escala Autism Behavior 
Checklist (ABC/ICA), para melhor compreensão sobrea escala.
48
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FIGURA 12 – EXEMPLO ESCALA AUTISM BEHAVIOR CHECKLIST (ABC/ICA)
FONTE: <https://mestrado-saude-meio-ambiente.unimes.br/documentos/
dissertacao-barbosa-marinilza.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2020.
49
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
1 Para ilustrarmos a importância do professor no contexto que 
envolve a detecção do TEA, leia o caso a seguir e responda à 
questão.
RELATO DE CASO
Ana é professora e observou que em sua sala tem um aluno de 
cinco anos que apresenta:
• Isolamento social. 
• Contato visual pobre. 
• Ausência de resposta ao chamado. 
• Difi culdade em participar de atividades em grupo. 
• Resistência à mudança de rotina ou ambiente: recusa a ambientes 
novos.
• Comportamento restrito, limitado a um objeto, ou a uma atividade (fi car 
somente com aquele objeto).
Mediante essa observação, o que a professora deve fazer?
R.:________________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________.
A partir dos instrumentos de diagnóstico apresentados para o TEA, 
destacamos a importância destes, pois a identifi cação precoce e as intervenções 
realizadas em crianças com TEA podem determinar o prognóstico, incluindo 
maior rapidez na aquisição da linguagem, facilidade nos diferentes processos 
adaptativos e no desenvolvimento da interação social, aumentando a chance de 
inserção em diferentes âmbitos sociais (ARAÚJO; SCHWARTZMAN, 2011).
Agora que já conhecemos alguns instrumentos para diagnóstico do TEA, 
vale destacarmos que, cabe ao professor estar preparado para detectar as 
difi culdades de seus alunos e encaminhá-los junto à família para profi ssionais 
especializados e responsáveis pelo diagnóstico.
No entanto, o professor não é o profi ssional apto a diagnosticar 
o Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois o diagnóstico implica no 
conhecimento ampliado sobre a origem de determinada doença ou manifestação 
de seu sintoma.
50
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste primeiro capítulo, compreendemos o conceito de Transtorno do 
Espectro Autista (TEA) tendo como base o Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-5), em que se contemplam os aspectos clínicos, 
estatísticos e epidemiológicos dos transtornos mentais. 
Por meio de refl exões sobre o DSM-5, aprendemos que o TEA abarca 
limitações específi cas na aprendizagem ou no controle de funções executivas 
a prejuízos em habilidades sociais. Compreendemos, ainda, que o principal 
instrumento de avaliação utilizado é o Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais (DSM-5), complementado com a aplicação de escalas 
diagnósticas válidas no Brasil.
Aprendemos, também, que os instrumentos e escalas diagnósticas do TEA 
traduzidos e adaptados para o português brasileiro são: ATA (Scale of Autistic 
Traits), M-CHAT (Modifi ed- Checklist for Autism in Toddlers), ASQ (Autism 
Screening Questionary), ABC (Autism Behavior Checklist), CARS (Childhood 
Autism Rating Scale), ADI-R (Autism Diagnostic Interview-Revised) e ADOS 
(Autism Diagnostic Observation Schedule).
A partir dos instrumentos de diagnóstico apresentados nesse capítulo, 
destacamos a importância destes, pois a identifi cação precoce e as intervenções 
realizadas em crianças com TEA podem determinar o prognóstico, incluindo 
maior rapidez na aquisição da linguagem, facilidade nos diferentes processos 
adaptativos e no desenvolvimento da interação social, aumentando a chance de 
inserção em diferentes âmbitos sociais.
Frente às refl exões realizadas, no próximo capítulo, estabeleceremos 
discussões sobre a Intervenção no TEA e as Possibilidades de Interação e 
Aprendizagem.
REFERÊNCIAS
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diagnóstica. Encontro: revista de psicologia, v. 13, n. 19, 2017.
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of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric 
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51
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
APA, American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de 
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ARAÚJO, A. C.; LOTUFO NETO, F. A nova classifi cação americana 
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BRITO, M. C. Estratégias de Intervenção nos Transtornos do Espectro 
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52
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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53
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) E O DIAGNÓSTICO(TEA) E O DIAGNÓSTICO
 Capítulo 1 
SOUSA FILHO, D. de. Evidências de validade convergente para a versão 
em português da Autism Diagnostic Interview - Revised e o Inventário de 
Comportamentos Autísticos em uma amostra de crianças e adolescentes de 
São Paulo. Dissertação (Mestrado). São Paulo: Universidade Presbiteriana 
Mackenzie, 2014.
54
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
CAPÍTULO 2
INTERVENÇÃO E O TEA: 
POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO 
E APRENDIZAGEM
A partir da perspectiva do saber-fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Compreender a importância das interações para o desenvolvimento do 
indivíduo com TEA e quais são os métodos e programas de intervenção.
• Identifi car os métodos e os programas de intervenção para o TEA, analisando 
os possíveis efeitos da intervenção no processo de desenvolvimento do 
indivíduo com TEA.
• Conhecer a importância das interações para o desenvolvimento no TEA.
56
 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
57
INTERVENÇÃO E O TEA: POSSIBILIDADES DE 
INTERAÇÃO E APRENDIZAGEMINTERAÇÃO E APRENDIZAGEM
 Capítulo 2 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Em continuidade aos nossos estudos, neste capítulo compreenderemos 
a importância das intervenções terapêuticas e educacionais para pessoas com 
TEA, pois estas poderão ajudar a desenvolver interesses e competências que 
permitam a independência na vida adulta.
Assim, destacaremos diferentes abordagens que podem ser utilizadas 
nas intervenções para pessoas com TEA, as quais necessitam ser defi nidas 
pela equipe multidisciplinar, seguindo as práticas baseadas em evidências, 
sendo fundamentadas em pesquisas científi cas, na expertise profi ssional e na 
singularidade da pessoa a ser atendida, descaracterizando-se a aplicação do 
senso comum na abordagem terapêutica e educacional da pessoa com TEA 
(BRITO, 2017).
No contexto que envolve as intervenções, sejam terapêuticas ou 
escolares, apreenderemos que estas necessitam possibilitar estratégias que 
valorizem a interação, a coletividade, a vivência/experiência, pois auxiliarão no 
desenvolvimento das potencialidades de pessoas com TEA.
Vamos nos aventurar?
Desejamos a você um excelente estudo!
2 INTERVENÇÃO E O TEA: 
POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO E 
APRENDIZAGEM
Neste capítulo, compreenderemos que a intervenção no TEA é um assunto 
complexo, pois envolve vários fatores. Assim, não há respostas absolutamente 
prontas e corretas para todo e qualquer caso, pois cada caso é único e deve ter 
suas particularidades respeitadas (BRITO, 2017).
Frente a este contexto, iniciaremos refl exões destacando que estudos 
internacionais apontam que as intervenções no TEA necessitam iniciar 
precocemente, ou seja, antes dos dois anos de idade para as crianças com 
indicativos do transtorno (HAASE; LACERDA, 2004).
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 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Essa importância é evidenciada devido ao fato de que as intervenções de 
estimulação precoce têm seus fundamentos na neuroplasticidade, a qual pode 
ser defi nida como a capacidade de reorganização do mapeamento cerebral em 
resposta ao uso e à experiência. 
A neuroplasticidade ou plasticidade neural é defi nida como a 
capacidade do sistema nervoso de modifi car sua estrutura e função 
em decorrência dos padrões de experiência (HAASE; LACERDA, 
2004).
A neuroplasticidade, apesar de permanecer por toda a vida do indivíduo, é 
mais expressiva durante o desenvolvimento cerebral infantil, ou seja, quando os 
neurônios estão mais aptos a formarem novas conexões a partir da experiência e 
do aprendizado (BRITO, 2017). 
Assim, podemos destacar que os primeiros dois anos de vida da criança 
são marcados por rápidas mudanças e pelo surgimento de habilidades sociais, 
cognitivas e de linguagem, o que torna este período especialmente importante 
para a intervenção. Este fato reforça a necessidade de atenção para os sinais 
de risco para o TEA e a importância da detecção precoce (KASARI; FREEMAN; 
PAPARELLA, 2006).
Portanto, podemos inferir que a detecção precoce dos sinais do TEA torna-
se fundamental, pois quanto antes a intervenção for iniciada, melhores serão os 
resultados em termos de desenvolvimento cognitivo, linguagem e habilidades 
sociais (KASARI; FREEMAN; PAPARELLA, 2006).
A intervenção precoce é fator fundamental na evolução de crianças com TEA. 
Este fato está diretamente relacionado à neuroplasticidade ao longo da primeira 
infância. Portanto, quanto mais precoce a intervenção, melhores os resultados 
para a criança e para sua família (KASARI; FREEMAN; PAPARELLA, 2006).
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INTERVENÇÃO E O TEA: POSSIBILIDADES DE 
INTERAÇÃO E APRENDIZAGEMINTERAÇÃO E APRENDIZAGEM
 Capítulo 2 
FIGURA 1 – INTERVENÇÃO PRECOCE
FONTE: <https://www.bonde.com.br/comportamento/noticias/veja-4-mitos-que-
atrapalham-o-tratamento-do-autismo-493855.html>. Acesso em: 18 mar. 2020.
Mediante a importância da detecção e intervenção, ressaltamos que a 
literatura científi ca nacional e internacional destaca a importância do respaldo 
de uma abordagem interdisciplinar colaborativa, que envolva uma equipe de 
profi ssionais, tais como fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e terapeutas 
ocupacionais (BRITO, 2017). 
No entanto, vale destacarmos que a intervenção no TEA geralmente 
é realizada por equipe multiprofi ssional, que pode atuar em abordagens 
multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar (BRASIL, 2015). 
Vamos descobrir o que signifi cam essas abordagens?
A abordagem multidisciplinar caracteriza-se por profi ssionais de várias 
especialidades que atuam de forma independente em todos os aspectos 
relacionados à reabilitação (FIGUEREDO, 2014). 
A abordagem interdisciplinar confi gura-se por profi ssionais de diferentes 
especialidades que compartilham as tomadas de decisões com relação ao 
tratamento, embora o tratamento em si, bem como a sua evolução, seja conduzido 
de forma independente (FIGUEREDO, 2014). 
A abordagem transdisciplinar é delineada por profi ssionais de distintas 
especialidades que compartilham não somente as tomadas de decisões, mas o 
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 Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
1 Com base no que estudamos, explique o que é intervenção 
precoce.
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planejamento e a execução do tratamento (FIGUEREDO, 2014). 
Frente às abordagens apresentadas, salientamos a importância da atuação 
voltada às pessoas com TEA por meio de equipe multiprofi ssional com abordagens 
inter e transdisciplinares, pois tendo-se em vista as características do TEA, 
propõe-se uma equipe multiprofi ssional constituída por profi ssionais da Educação 
Especial, Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Pedagogia, Psicologia, 
Serviço Social e Terapia Ocupacional, em atendimentos de estimulação precoce e 
reabilitação (BRASIL, 2015).
Neste contexto, destacamos ainda a importância das intervenções

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