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Filósofos Importantes

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FILÓSOFOS IMPORTANTES 
 
 
 
 
Ulisses da Silva Gouveia 
Prof. Mauricio 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso de Logística (EMP1846 / 2) 
23/03/2022 
 
 
RESUMO 
 
Essa pesquisa tem como objetivo informar e/ou apresentar alguns filósofos importantes 
e suas contribuições a sociedade. 
 
 
 
1. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) 
 
Aristóteles foi um importante estudioso grego que nasceu em torno de 348 A.C. no 
norte da Grécia. O pensador foi o que chamamos de polímata, aquele que possui 
conhecimentos em diversas áreas do saber. 
Assim, seus escritos abordam a filosofia, política, ética, biologia, física, lógica e outros 
temas. Entretanto, se tornou mais conhecido como filósofo, sendo um discípulo de 
Platão. 
Considerado o primeiro cientista da história ocidental, Aristóteles deixou um grande 
legado que influenciou o pensamento e a ciência de gerações posteriores, se tornando 
um dos maiores nomes do Ocidente. 
Por isso, reunimos 12 frases de Aristóteles sobre a vida, educação, política, trabalho, 
felicidade e amor para trazer inspiração. 
 
 
1. "O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra." 
Um trabalho sai muito melhor quando há prazer no processo. Ao fazer as coisas com má 
vontade, mesmo que sejamos responsáveis, a probabilidade de um resultado mal feito se 
torna bem maior. 
Por isso, o ideal é tentar encontrar satisfação nas ações que realizamos, mesmo as 
obrigatórias. 
2. "Você nunca fará nada neste mundo sem coragem. É a melhor qualidade da mente ao 
lado da honra." 
A coragem é uma força interior essencial para conseguirmos percorrer os caminhos 
tortuosos da vida. O pensador sabia disso e afirma ser ela uma das qualidades mais 
importantes no ser humano. 
A citação traça um paralelo com uma frase do escritor brasileiro Guimarães Rosa 
no livro O Grande Sertão: veredas, em que afirma: 
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. 
O que ela quer da gente é coragem. 
3. "Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura." 
As grandes ideias normalmente surgem de mentes inquietas e excêntricas. Aristóteles 
reconhecia isso e parece valorizar certa "veia de loucura", um traço de originalidade e 
criatividade que impulsiona boas criações. 
4. "O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete." 
O grande filósofo Sócrates afirmou "Só sei que nada sei". Aristóteles parte desse 
pressuposto para dizer que a sabedoria vem da capacidade de questionamento. Já a 
pessoa sensata reflete sobre as ideias antes de afirmá-las com paixão, pois tal atitude 
seria ignorância. 
5. "Ter muitos amigos é não ter nenhum." 
É assim, quando se tem muitos amigos, mas a pessoa não consegue desenvolver 
relações de intimidade e confiança com eles, é como se ela estivesse sozinha, na 
realidade. 
É preferível ter poucos e bons amigos do que um excesso de relações superficiais. 
6. "É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer." 
Diferente de seu mestre Platão, Aristóteles acreditava que a experimentação era mais 
importante que a teoria. Assim, nessa frase podemos observar de forma objetiva esse 
pensamento. 
Aqui, ele diz que o aprendizado se faz no processo. É possível dessa forma, encontrar 
uma antiga ideia que pode trazer calma e diminuir a ansiedade muitas vezes presente em 
nossas ações. 
7. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." 
Ao afirmar que a educação tem raízes amargas, Aristóteles diz que nem sempre o 
processo de aprendizado se dá de maneira confortável. 
Muitas vezes há dificuldade no processo, entretanto, por mais árduo que seja, 
colhemos ótimos resultados, levando uma sabedoria para o resto de nossas vidas. 
8. "O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas sempre pensa tudo o que diz." 
Mesmo que não digamos tudo o que pensamos e sentimos, é necessário que 
tenhamos coerência com as palavras que dizemos. 
Nem sempre podemos ser totalmente transparentes, mas a honestidade e sabedoria 
consiste em ter uma comunicação verdadeira e sincera. 
9. "Não somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência então não é um modo de 
agir, mas um hábito." 
Novamente Aristóteles traz a prática nessa afirmação como centro da ideia. 
Entretanto, aqui ele afirma que a mera repetição sem consciência não traz 
"perfeição", mas que devemos incluir na rotina as ações que devem ser aperfeiçoadas, 
se tornando parte de um hábito. 
10. "Valor final da vida depende mais da consciência e do poder de contemplação, que 
da mera sobrevivência." 
Contemplar aqui significa admirar o nosso entorno sem esquecer de analisá-lo, 
observando com consciência e olhar atento as situações e acontecimentos que se 
apresentam. 
Para Aristóteles, esse espírito investigativo e contemplativo seria mais valioso do que a 
simples sobrevivência no mundo. 
11. "Nosso caráter é o resultado da nossa conduta." 
O caráter se constrói a partir de nossos atos. O filósofo diz que são as atitudes que 
determinam a grandeza e integridade da pessoas. 
12. "As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e 
aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã." 
Já diz o ditado: "Nem tanto ao céu, nem tanto à terra". Ou seja, é preciso encontrarmos 
um equilíbrio em tudo na vida. Nessa citação, Aristóteles fala sobre o uso do dinheiro, 
trazendo uma reflexão sobre a importância de se ter saberdoria ao gastá-lo. 
 
 
 
 
2. PLATÃO (427-347 A.C.) 
 
Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos 
principais pensadores da história da filosofia. Era discípulo do filósofo Sócrates. 
Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é 
um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é mais elevado, eterno, onde o que 
existe verdadeiramente são as ideias, que só a razão pode conhecer. 
 
INFÂNCIA E JUVENTUDE 
Platão nasceu em Atenas, Grécia, provavelmente no ano 427 a.C. Pertencia a uma das 
mais nobres famílias de Atenas. 
Como todo aristocrata de sua época, recebeu educação especial, estudou leitura e 
escrita, música, pintura, poesia e ginástica Era excelente atleta, participou dos jogos 
olímpicos como lutador. 
Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas recebeu o apelido de “Platão”, que em grego 
significa “ombros largos”. 
Por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à vida pública e fazer uma brilhante 
carreira politica, como descreveu em uma de suas muitas cartas. 
 
PLATÃO E SÓCRATES 
Desde cedo, Platão tornou-se discípulo de Sócrates, aprendendo e discutindo com esse 
filósofo os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas. 
Quando Sócrates foi condenado à morte sob a acusação de “perverter a juventude”, 
Platão desiludiu-se da política e resolveu voltar-se inteiramente para a filosofia. 
Sua amizade com Sócrates quase lhe custou a vida. Foi obrigado a deixar a cidade, 
retirou-se para Megara, onde conviveu com Euclides. 
Viajou por Cirene, Itália e Egito, entrando em contato com grandes mentalidades da 
época. Foram doze anos aprendendo, e criando sua própria filosofia. 
 
A ACADEMIA DE PLATÃO 
Quando regressou a Atenas, com a idade de 40 anos, abriu uma escola destinada à 
investigação filosófica que recebeu o nome de “Academia”, pela razão de se reunirem 
mestres e discípulos nos jardins de um rico cidadão chamado Academus. 
 
Mosaico da Academia de Platão (Museu Arqueológico, Nápoles) 
 
Os estudos realizados por Platão deram-lhe a formação intelectual necessária para 
formular as próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates. 
A fim de eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido nenhum livro, 
escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates, com isso tornou conhecido 
o pensamento de seu mestre. 
Em sua escola, Platão reunia-se com seus discípulos para estudar Filosofia e Ciências. 
No campo científico, dedicava-se especialmenteà Matemática e Geometria. 
Mas o que o filósofo procurava transmitir era principalmente uma profunda fé na razão 
e na virtude, adotando o lema de seu mestre Sócrates: “O sábio é o virtuoso”. 
Essa foi a preocupação máxima dos seus últimos anos, quando escreveu suas obras mais 
notáveis. 
Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles, que mesmo discordando do 
mestre, sofreu sua influência. 
Tal foi a influência de Platão, que a Academia subsistiu mesmo após a sua morte aos 
oitenta anos de idade. 
Quando em 529, o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, junto com 
outras escolas não cristãs, a doutrina platônica já tinha sido amplamente difundida. 
Platão faleceu em Atenas, Grécia, no ano de 347 a.C. 
 
FILOSOFIA PLATÔNICA 
Para explicar seu pensamento filosófico, Platão escreveu em forma de diálogo, no livro 
VII da República, uma história famosa: “o mito da caverna”. 
Platão explica que a alma, antes de ficar aprisionada no corpo, habita o “mundo 
luminoso das ideias”, guardando apenas vagas lembranças dessa existência anterior. 
As ideias, para Platão, são objetos imutáveis e eternos do pensamento e servem para 
explicar a aquisição de conceitos, a possibilidade de conhecimentos e o significado das 
palavras. Dizia ele: 
 “As coisas desfazem-se em pó e as ideias ficam”. 
Platão é também famoso por sua “teoria da anamnese” (reminiscência). 
De acordo com a qual, muitos de nossos conhecimentos não são adquiridos através da 
experiência, mas já conhecidos pela alma na ocasião do nascimento, uma vez que a 
experiência serve apenas para ativar a memória. 
 
A REPÚBLICA DE PLATÃO 
A “República” é uma das obras mais famosa de Platão, é uma descrição do paraíso 
terrestre. 
Nela, ele tentou criar o seu “Estado Ideal”, onde examinou quase todos os possíveis 
ângulos de visão. 
Descreveu um tratado sobre teoria política em que revela tanto tendências democráticas 
quanto totalitárias, defendendo o governo absoluto da sociedade pela classe dos 
filósofos ou sábios, onde deveria vigorar forte igualitarismo. 
Para Platão, a sociedade ideal seria dividida em três classes, levando em conta a 
capacidade intelectual de cada indivíduo: 
 Agricultores, artífices e comerciantes - a primeira camada, mais presa às 
necessidades do corpo, seria encarregada da produção e distribuição de gêneros para 
toda a comunidade. 
 Militares - a segunda classe, mais empreendedora, se dedicaria à defesa. 
 Filósofos Governantes - a classe superior, mais capacitada para servir-se da razão, 
seria a dos intelectuais, que possuiriam também o poder político: assim os reis teriam de 
ser escolhidos entre os filósofos. 
 
OBRAS DE PLATÃO 
Cerca de trinta obras de Platão chegaram até nossos dias, entre elas: 
 República (sobre a justiça e o Estado Ideal) 
 Protágoras (sobre o ensinamento da virtude) 
 Banquete (sobre o amor) 
 Apologia de Sócrates (autodefesa de seu mestre diante dos juízes) 
 Fédon (sobre a imortalidade da alma e sobre a doutrina das ideias) 
 As Leis (uma nova concepção do Estado) 
 
 
 
 
 
 
 
3. NIETZSCHE (1844-1900) 
 
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, escritor e crítico alemão que exerceu 
grande influência no Ocidente. Sua obra mais conhecida é “Assim Falava Zaratustra”. O 
pensador estendeu sua influência para além da filosofia, penetrando na literatura, poesia 
e todos os âmbitos das belas artes. 
Infância e Formação 
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, na Alemanha, no dia 15 de outubro de 
1844. Era filho, neto e bisneto de pastores protestantes. Com cinco anos de idade ele 
ficou órfão de pai, ficando aos cuidados da mãe, da avó e da irmã mais velha. 
Durante a juventude pretendia seguir o exemplo do pai e dedicou-se à leitura da Bíblia. 
Com 10 anos entrou para o Ginásio de Naumburgo, e com 14 anos recebeu uma bolsa 
de estudos de preparação para o clero. Destacou-se nos estudos religiosos, literatura 
alemã e estudos clássicos, porém começou a questionar os ensinamentos do 
Cristianismo. 
Friedrich Nietzsche formou-se em 1864 e continuou seus estudos em Teologia e 
Filologia Clássica, na Universidade de Bonn. Em 1865, transferiu-se para a 
Universidade de Leipzig, indicado pelo mestre Wilhelm Ritschl. 
Em 1867, Nietzsche foi convocado para o exército prussiano, quase morreu de uma 
queda de cavalo, e voltou para continuar seus estudos em Leipzig. 
Em 1869, com 25 anos, foi contratado pela Universidade da Basileia como catedrático 
de Filologia Clássica. Nessa época, compôs obras musicais à maneira de Schumann, fez 
amizade com Wagner e conheceu a filosofia de Schopenhauer. 
Em 1870, com a deflagração da Guerra Franco-Prussiana, pediu licença da universidade 
e retornou para o Exército. Nesse período, Nietzsche contraiu difteria e voltou para 
Basileia a fim de se restabelecer. 
 
PRIMEIRO LIVRO 
Em 1871, Nietzsche publicou seu primeiro livro, “O Nascimento da Tragédia no 
Espírito da Música”. A segunda edição foi pulicada em 1875, com um adendo sobre 
"Helenismo e Pessimismo". Na obra, Nietzsche sustenta que a tragédia grega teria 
surgido da fusão de dois componentes: o apolíneo, que representava a medida e a 
ordem, e o dionisíaco, símbolo da paixão vital e da intuição. 
Em 1879, com a saúde abalada, com crises constantes de cefaleia, problemas de visão e 
dificuldade para falar, Nietzsche foi obrigado a se aposentar. 
 
ASSIM FALAVA ZARATUSTRA (1883) 
Em 1883, Nietzsche publicou “Assim Falava Zaratustra”, sua obra mais conhecida, de 
estilo bíblico e poético, entre o dos pré-socráticos e o dos profetas hebraicos, sob a 
máscara do lendário sábio persa. 
Na obra, estão as ideias-chaves do pensamento de Nietzsche: a ideia de Super-Homem, 
a ideia de Transmutação de Valores, a ideia de Espírito Senhoril e a ideia de Eterno 
Retorno. Que derrotariam a moral cristã e o ascetismo servil. 
 
ALÉM DO BEM E DO MAL (1886) 
Nietzsche fez da moral e da religião o alvo de seus combates, considerando sua guerra 
pessoal contra ambos sua maior vitória. Além do Bem e do Mal é o centro dessa guerra, 
o primeiro livro entre seus escritos negativos e negadores, conforme ele mesmo declara 
em seu “Ecce Homo” (1888), publicado postumamente. 
De um modo geral, na obra “Além do Bem e do Mal”, Nietzsche desenvolve uma 
verdadeira crítica da filosofia, da religião e da moral, apontando as congruências 
existentes entre elas. 
 
O ANTICRISTO 
Em 1888, Nietzsche iniciou a obra “O Anticristo”, que só foi publicada em 1895, na 
qual faz uma comparação com outras religiões, criticando com veemência a mudança de 
foco que o cristianismo opera, uma vez que o centro da vida passa a ser o além e não o 
mundo presente. 
 
 
ÚLTIMOS ANOS 
A fase criativa de Nietzsche foi interrompida em 03 de janeiro de 1889, quando sofreu 
um grave colapso nas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Ao ser internado 
na Basileia, foi diagnosticado com paralisia progressiva, provavelmente em 
consequência da sífilis. 
Quando um exemplar de sua obra-prima, "Assim Falou Zaratustra", foi colocado diante 
dele, leu-o durante alguns minutos e disse em seguida: "Não sei quem é o autor deste 
livro. Mas, pelos deuses, que pensador deve ele ter sido!". 
Friedrich Nietzsche faleceu em Weimar, Alemanha, no dia 25 de agosto de 1900. 
 
 
4. DESCARTES (1596 - 1650) 
 
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da 
frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema 
filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. 
Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca 
acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. 
René du Perron Descartes nasceu em La Hayne, antiga província de Touraine, hoje 
Descartes, na França, no dia 31 de março de 1596. Seu pai, Joachim Descartes, era 
advogado e juiz, proprietário de terras,com o título de escudeiro, primeiro grau de 
nobreza. Era também conselheiro no Parlamento de Rennes na vizinha cidade de 
Bretanha. 
 
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 
René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry - Le Grand, que era 
estabelecido no castelo De La Flèche. Doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, era o 
colégio mais prestigiado da França, tinha com objetivo treinar as melhores mentes. 
Em 1615, formou-se em Direito pela Universidade de Poitiers, mas não exerceu a 
profissão. Decepcionado com o ensino, afirmava que só a matemática demonstrava 
aquilo que afirmava. 
Em 1617, René Descarte ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na 
Holanda. Estabeleceu contato com as descobertas recentes da Matemática estudando 
com o cientista holandês Isaac Beeckman. Aos 22 anos, começou a formular sua 
"geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". 
Descartes rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias. Em 1619, 
propôs uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico 
moderno. 
Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens de Tilly 
na Batalha do Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, onde empreendeu 
viagens pela Itália, Holanda e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu nos Países-Baixos. 
René Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. 
Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o 
sistema de coordenadas, conhecido hoje como “Plano Cartesiano”. 
Aperfeiçoou a álgebra, sugerindo notações mais simples, fez diversas descobertas no 
terreno da física e criou a teoria das refrações da luz através das lentes. 
 
PENSAMENTO CARTESIANO 
René Descartes fundou o sistema filosófico denominado “Racionalismo” ou 
“Pensamento Cartesiano” (o termo vem de Cartesius, nome alatinado de Descartes). 
Segundo ele, se o homem pretende investigar a verdade, deve examinar seu próprio 
intelecto, o conhecimento é o mesmo para todos os objetos e o universo espiritual, 
contém o universo cognitivo da coisa em si. 
Descartes parte do ponto de vista, de que a vida se deve duvidar, por princípio, de todas 
as opiniões recebidas. O fundamento de que parte não é outro senão a autoconsciência. 
 
 
 
O DISCURSO SOBRE O MÉTODO 
A principal obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático 
e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656, na qual 
apresenta o seu método de raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e 
do futuro "racionalismo científico". Nessa obra expõe quatro regras para se chegar ao 
conhecimento: 
 Nada é verdadeiro até que venha a ser reconhecido como tal. 
 Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente. 
 As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo. 
 O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido. 
René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o fundador da 
moderna metodologia da ciência em sentido crítico. Em 1649, foi convidado para 
trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia, já com uma saúde frágil. 
René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. 
 
FRASES DE RENÉ DESCARTES: 
Penso, logo existo. 
Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem. 
Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. 
Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado 
abri. 
Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coisas em 
dúvida o máximo possível. 
René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. 
 
OBRAS DE RENÉ DESCARTES 
 Regras Para Orientação do Espírito, 1628 
 O Discurso Sobre o Método, 1637 
 Geometria, 1637 
 Meditações Sobre a Filosofia Primeira, 1641 
 Princípios da Filosofia, 1644 
 As paixões da Alma, 1649 
 
 
5. KANT (1724-1804) 
 
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” -
 sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a 
pedra angular da filosofia moderna. 
 
INFÂNCIA E FORMAÇÃO 
Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão no 
dia 22 de abril de 1724. Filho de um artesão de descendência escocesa era o quarto de 
nove filhos. Passou grande parte de sua vida nos arredores de sua cidade natal. Dos pais 
luteranos recebeu uma severa educação religiosa. Na escola local estudou latim e 
línguas clássicas. 
Em 1740, com 16 anos, Kant ingressou na Universidade de Königsberg, como estudante 
de Teologia. Foi aluno do filósofo Martin Knutzen e se aprofundou no estudo da 
filosofia racionalista de Leibniz e de Christian Wolff. Mostrou interesse também por 
matemática e física. Em 1744 publicou um trabalho sobre questões relativas às forças 
cinéticas. 
Em 1746, após a morte do pai, trabalhou como preceptor o que lhe permitiu entrar em 
contato com a sociedade de Königsberg e ganhar prestígio intelectual. Mesmo fora da 
universidade não parou de estudar e dedicou-se à publicação de sua primeira obra 
filosófica, “Pensamento Sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas” (1749). 
Em 1754, Kant retornou à universidade e após concluir os estudos universitários foi 
nomeado docente-livre. Lecionou Filosofia Moral, Lógica e Metafísica. Publicou 
diversas obras na área das Ciências Naturais e da Física. Finalmente, em 1770, 
Immanuel Kant ocupa a cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade, cargo que 
exerceu até o fim de sua vida. 
 
PENSAMENTO FILOSÓFICO DE KANT 
O pensamento filosófico de Kant se distingue por três períodos distintos: 
 Em seu período inicial, Kant sofreu a influência da filosofia de Leibniz e de Christian 
Wolff e na física de Newton, como fica evidente em seu trabalho: “História Geral da 
Natureza e Teoria do Céu”. 
 No segundo período, gradativamente, Kant se deixou influenciar pela ética e pela 
filosofia empírica dos ingleses, sobretudo de David Hume. Segundo o próprio Kant, ele 
“despertou do sono dogmático.” Passou a adotar uma postura crítica ante a estreita 
correlação entre conhecimento e realidade. Nessa época publicou; “Sonhos de Um 
Visionário” (1766). 
 No terceiro período, Kant desenvolveu a sua própria “Filosofia Crítica”, que 
começou, em 1770, com sua aula inaugural como professor de Filosofia, intitulada: 
“Sobre a Forma e Os Princípios do Mundo Sensível e Inteligente”, conhecida como 
“Dissertação”, quando ele estabeleceu as bases sobre as quais se desenvolveria sua obra 
filosófica. 
 
A FILOSOFIA DE KANT 
O sistema filosófico Kantiano foi concebido como uma síntese e superação das duas 
grandes correntes da filosofia da época: o “racionalismo” que enfatizava a 
preponderância da razão como forma de conhecer a realidade, e o “empirismo”, que 
dava primazia à experiência. 
Com Kant surge o “Racionalismo Crítico” ou “Criticismo”: sistema que procura 
determinar os limites da razão humana. Sua filosofia foi sintetizada em suas três obras 
principais: “Crítica da Razão Pura”, “Crítica da Razão Prática” e “Crítica do Juízo”. 
Com a publicação de “Crítica da Razão Pura” (1781), Kant tratou de fundamentar o 
conhecimento humano e fixar seus limites. Diante da questão: “Qual é o verdadeiro 
valor dos nossos conhecimentos?” Kant colocou a razão num tribunal para julgar o que 
pode ser conhecido legitimamente e que tipo de conhecimento não tem fundamento. 
Com isso pretendia superar a dicotomia racionalismo-empirismo. 
Kant condenava os empiristas (tudo que conhecemos vem dos sentidos) e, não 
concordava com os racionalistas (é errado julgar que tudo que pensamos vem de nós): o 
conhecimento deve constar de juízos universais, da mesma maneira que deriva da 
experiência sensível. 
Para sustentar essa contradição,Kant explica que o conhecimento é constituído de 
matéria e forma: “A matéria dos nossos conhecimentos são as próprias coisas e a forma 
somos nós mesmos”. 
O sistema filosófico kantiano é também conhecido como “Idealismo Transcendental”, 
que significa aquilo que é anterior a toda experiência. Dizia ele: "Chamo transcendental 
todo conhecimento que trata, não tanto dos objetos, como, de modo geral, de nossos 
conceitos a priori dos objetos”. 
Seus pensamentos formaram as bases para a teoria do conhecimento como disciplina 
filosófica, criando uma obra sistemática cuja influência marcou a filosofia posterior. 
 
CURIOSIDADES 
 Immanuel Kant levava uma vida rigidamente metódica e cuidadosa, com horário 
rigoroso para, deitar, dormir, levantar, caminhar e fazer as refeições. 
 Conta-se que o seu costume de dar um passeio vespertino e diário com seu cão o que 
levava os vizinhos a acertarem os relógios sempre que ele passava. O único dia em que 
Kant não saiu para o seu rotineiro passeio, pois estava absolvido com a leitura de 
Emílio, ou Da Educação, de Jean-Jacques Rousseau, despertou a atenção e curiosidade 
de seus vizinhos. 
 
OBRAS DE IMMANUEL KANT 
 Pensamento Sobre Verdadeiro Valor das Forças Vivas (1749) 
 História Universal da Natureza e Teoria do Céu (1755) 
 O Único Argumento Possível da Existência de Deus (1763) 
 Observação Sobre o Sentimento do Belo e do Sublime (1764) 
 Crítica da Razão Pura (1781) 
 Iluminismo Alemão (1784) 
 Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785) 
 Crítica da Razão Prática (1788) 
 Crítica do Julgamento (1790) 
 A Religião Nos Limites da Simples Razão (1793) 
 A Paz Perpétua (1795) 
 A Metafísica dos Costumes (1797) 
 
MORTE 
Immanuel Kant faleceu em Königsberg, Alemanha, no dia 12 de fevereiro de 1804. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILÓSOFOS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS 
 
 
1. LEANDRO KARNAL (1963) 
Leandro Karnal é um intelectual formado em história que atua como professor e 
escritor. O pensador ajuda a divulgar conhecimento ministrando palestras e cursos 
Brasil afora, muitos desses vídeos são divulgados no youtube. 
O professor nasceu no dia 1 de fevereiro de 1963 em São Leopoldo (Rio Grande do 
Sul). 
 
ORIGEM 
Leandro Karnal é o terceiro filho de quatro do casal de classe média composto 
por Renato Karnal e Jacyr Karnal. O pai, que faleceu em 2010, era advogado, político e 
professor (de latim, inglês e português). 
 
FORMAÇÃO 
Católico praticante durante a infância e a juventude, Leandro chegou a frequentar o 
seminário para ser jesuíta e fez parte da sua formação na Companhia de Jesus. 
Posteriormente concluiu o curso superior de Filosofia na Unisinos. 
 
Aos 24 anos Karnal se mudou para São Paulo para estudar. Na capital paulista fez 
doutorado na USP e logo começou a dar aulas no Colégio FAAP. Leandro deu aulas no 
ensino fundamental, médio e superior em instituições públicas e privadas. 
Atualmente é professor de História da América no Instituto de Filosofia e Ciências 
Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). 
 
FRASES DE LEANDRO KARNAL 
Facilidade é o nome que os vagabundos dão ao esforço alheio. 
A vida é muito curta para que se perca tempo numa existência medíocre. 
Felicidade é conservar energia para coisas que valem a pena. 
Pessoas elevadas falam de ideias; pessoas medianas falam de fatos; pessoas vulgares 
falam de pessoas. 
Eu gosto de dizer coisas que tirem as pessoas das zonas de conforto mentais. 
A solidão não quer dizer um isolamento, mas é a consciência que a minha dor é minha 
dor, e de fato ninguém é responsável pelo meu fracasso e ninguém é responsável pela 
minha felicidade. 
 
LIVROS PUBLICADOS 
 Estados Unidos: a formação da nação (2001) 
 Oriente médio (2002) 
 História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas (vários autores) (2003) 
 História dos Estados Unidos (2010) 
 Conversas com um jovem professor (2012) 
 Pecar e perdoar (2014) 
 Felicidade ou morte (escrito com Clóvis de Barros Filho) (2016) 
 Verdades e mentiras: ética e democracia no Brasil (vários autores) (2016) 
 A detração: breve ensaio sobre o maldizer (2016) 
 Todos contra todos: o ódio nosso de cada dia (2017) 
 Crer ou não crer: uma conversa sem rodeios entre um historiador ateu e um padre 
católico (escrito com Pr.Fábio de Melo) (2017) 
 Diálogo de culturas (2017) 
 Santos fortes: raízes do sagrado no Brasil (escrito com Luiz Estevam de Oliveira 
Fernandes) (2017) 
 O mundo como eu vejo (2018) 
 O que aprendi com Hamlet (2018) 
 O dilema do porco espinho: como encarar a solidão (2018) 
 O inferno somos nós: do ódio à cultura de paz (escrito com Monja Coen) (2018) 
 O coração das coisas (2019) 
 Felicidade: modos de usar (escrito com Cortella e Pondé) (2019) 
 
RELIGIÃO 
Leandro Karnal teve formação católica e durante a infância e a juventude foi praticante, 
tendo inclusive sido jesuíta e estudado filosofia na Companhia de Jesus. Mais tarde, 
acabou por se afastar da religião e passou a se identificar como ateu. 
 
YOUTUBE: CANAL PRAZER, KARNAL 
As palestras de Leandro Karnal podem ser vistas no youtube, o professor tem um canal 
oficial chamado Prazer, Karnal, onde divulga os seus vídeos. 
O primeiro vídeo do canal foi dedicado à visão do historiador sobre as religiões, confira: 
INSTAGRAM 
O instagram oficial do historiador é @leandro_karnal 
 
VIDA PESSOAL 
Leandro Karnal afirma ter tido duas relações estáveis (relações prolongadas sem 
casamento formal) e não tem filhos. 
 
2. LUIZ FELIPE PONDÉ (1959) 
Luiz Felipe Pondé (1959) é um filósofo e ensaísta brasileiro. Um de seus livros mais 
conhecidos é “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia” (2012). 
Luiz Felipe Cerqueira e Silva Pondé (1959) nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, 
no ano de 1959. Graduou-se em medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
cursou filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e fez doutorado pela mesma 
instituição em parceria com a a Université Paris 8, em Saint-Denis na França. Recebeu 
título de Pós-doutor da Universidade de Tel Aviv em Israel. 
Luiz Felipe Pondé é professor da Faap e da PUC de São Paulo e assina uma coluna na 
Folha de São Paulo, onde ele aborda temas como comportamento, religião, ciências, 
entre outros temas. 
Pondé é autor das obras: “O Homem Insuficiente: Comentários de Psicologia 
Pascaliana” (2001), “Crítica e Profecia: Filosofia da Religião em Dostoiévski” 
(2003),“Conhecimento na Desgraça: Ensaio da Epistemologia Pascaliana“ (2004), “Do 
Pensamento no Deserto: Ensaio de Filosofia, Teologia e Literatura” (2009), “Contra um 
Mundo Melhor: Ensaios do Afeto” (2010) e “O Catolicismo Hoje” (2011). 
O filósofo publicou o livro “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia” (2012), que 
entrou para a lista dos livros mais comentados e vendidos. Em 2013, publicou "A 
Filosofia da Adúltera" e em 2014, "A Era do Ressentimento". Segundo o autor "O 
ressentimento é uma forma de cegueira espiritual". 
A ideia e a filosofia de Pondé baseiam-se num certo pessimismo, na valorização das 
tradições religiosas ocidentais e no combate ao pensamento politicamente correto nos 
meios universitários. É uma das grandes revelações do pensamento conservador nos 
últimos 10 anos no Brasil. 
 
3 .DJAMILA RIBEIRO (1980) 
Djamila Taís Ribeiro dos Santos é uma importante voz contemporânea em defesa dos 
negros e das mulheres. 
Filósofa, ativista social, professora e escritora, Djamila corajosamente denuncia a 
violência e a desigualdade social - principalmente contra negros e mulheres - tão 
características da sociedade brasileira. 
O seu livro Pequeno manual antirracista, que trata do racismo estrutural arraigado no 
Brasil, recebeu o prêmio Jabuti. 
A ativista nasceu em Santos, São Paulo, no dia 1 de agosto de 1980. 
 
DJAMILA É UMA FIGURA IMPORTANTE NO COMBATE AO RACISMO 
“O racismo estrutura a sociedade brasileira,e, assim sendo, está em todo lugar.” 
Corajosamente a ativista denuncia uma realidade brasileira cruel que muitas vezes passa 
despercebida e é naturalizada, como, por exemplo, o fato de, no Brasil, a cada 23 
minutos um jovem negro ser assassinado. Esse número é impressionante se pensarmos 
que o país é aquele que contém a maior população negra fora da África (cerca de 54% 
da população brasileira é negra). 
Djamila traz à tona o racismo estrutural, que é herança dos tempos da escravidão e 
que condena, até os dias de hoje, a população negra a um determinado lugar social, com 
piores índices de desenvolvimento humano e fora dos espaços de poder. 
A ativista fala sobre um sistema social onde o Poder Judiciário, ao invés se manter 
isento, está profundamente relacionado com a polícia, muitas vezes favorecendo os 
militares e condenando jovens negros sem as devidas provas. Djamila nesse contexto 
desafia, por exemplo, a repensarmos enquanto sociedade as formações que são dadas 
aos policiais militares. 
A escritora sublinha na sua luta que em 1888 foi assinada a lei Áurea libertando homens 
e mulheres da escravatura depois de praticamente quatro séculos de escravidão, mas 
sem nenhum tipo de preocupação de como seria a inclusão dos negros na sociedade. 
Os antigos escravos foram marginalizados socialmente e, até hoje, colhemos os frutos 
desse tempo. As mulheres negras, por exemplo, após a abolição, foram destinadas ao 
trabalho doméstico (e hoje observamos o impressionante número de 6 milhões de 
mulheres empregadas domésticas negras no país, tendo a profissão só sido 
regulamentada em 2013). 
Para a escritora, a miscigenação no Brasil foi romanceada, o que levou muitos 
ingenuamente a acreditarem que não havia racismo no nosso país. 
O desafio de Djamila é justamente mostrar o preconceito racial que se encontra 
entranhado na sociedade brasileira e ajudar, de alguma forma, a combatê-lo, dando 
ferramentas para o grande público (re)pensar a sua postura social. 
O seu trabalho acadêmico, político e intelectual vai no sentido de apresentar a história 
para os brasileiros e motivá-los a praticarem políticas antirracistas no dia a dia. 
 
DJAMILA TAMBÉM É MILITANTE DA CAUSA FEMINISTA 
“A gente luta por uma sociedade em que mulheres possam ser consideradas pessoas, 
que elas não sejam violentadas pelo fato de serem mulheres.” 
Foi através da Casa de Cultura da Mulher Negra, em Santos, São Paulo, que Djamila se 
encontrou como feminista. Ela trabalhou na Casa no final da adolescência e lá se 
familiarizou com a luta pelas mulheres. 
Para Djamila, precisamos urgentemente repensar o feminismo no contexto brasileiro 
uma vez que os números são assustadores no nosso país: a cada cinco minutos uma 
mulher é agredida e a cada onze uma mulher é estuprada. Os casos de feminicídio têm 
ganhado cada vez mais visibilidade demonstrando que a violência de gênero é uma 
realidade também contemporânea. 
A luta da ativista é pela equiparação e pela equidade das mulheres, por exemplo, no 
mercado de trabalho. Trata-se também de uma batalha em nome da justiça social. 
Djamila reconhece que o rótulo feminismo abarca uma série de grupos com ideologias 
muito distintas e sublinha que, no seu caso, o que lhe interessa é dar visibilidade e 
ajudar a reduzir a questão da injustiça e da desigualdade de gênero. 
Uma das suas publicações - Quem tem medo do feminismo negro? - aborda as 
singularidades da discriminação contra as mulheres num contexto onde o preconceito 
racial também está presente. 
 
A VOCAÇÃO PARA O ATIVISMO FOI APRENDIDO EM CONTEXTO 
FAMILIAR 
A primeira formação política de Djamila foi aprendida em casa, ao lado do pai, que era 
um ativista do movimento negro. Militante, Joaquim José Ribeiro dos Santos ajudou a 
fundar o Movimento Comunista em Santos, e levou os filhos a muitos desses encontros 
do grupo. 
O debate sobre a questão racial sempre esteve presente, portanto, na criação de Djamila. 
O próprio nome da escritora foi retirado de um jornal da militância negra dos anos 70 
chamado Nornegro. 
Formada em filosofia, com mestrado na mesma área, pela Universidade Federal de São 
Paulo, Djamila chegou a ser secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e 
Cidadania de São Paulo em 2016. 
Atualmente a ativista é também colunista da Folha de São Paulo e da Elle Brasil, além 
de atuar como professora convidada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
 
DJAMILA PUBLICOU TRÊS LIVROS 
As obras lançadas pela ativista são: 
 O que é lugar de fala? (2016) 
 Quem tem medo do feminismo negro? (2018) 
 Pequeno manual antirracista (2019) 
As suas obras também foram traduzidas para fora do país. 
Além dos livros publicados, Djamila criou o Selo Sueni Carneiro, que publicou livros 
de autores negros com preços mais acessíveis. 
Em termos editoriais, ela coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Pólen. 
 
DJAMILA JÁ RECEBEU PRÊMIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS 
A primeira indicação a um prêmio aconteceu com a publicação do livro O que é lugar 
de fala?, que chegou a ser finalista do Prêmio Jabuti na categoria Humanidades. 
Em 2019, Djamila recebeu o Prêmio Prince Claus na categoria Filosofia, oferecido pelo 
Ministério das Relações Exteriores da Holanda reconhecendo a sua luta ativista. 
No ano a seguir, foi a vez de levar para casa o Prêmio Jabuti na categoria Ciências 
Humanas pelo livro Pequeno manual antirracista. 
FRASES DE DJAMILA RIBEIRO 
“É impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. É algo que 
está em nós e contra o que devemos lutar sempre.” 
“É importante estarmos em todos os lugares. Estarmos contra a maré, no lado da 
resistência. Precisamos encontrar estratégias e conversar com um número maior de 
pessoas.” 
“Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa 
sociedade que insiste em negá-la.” 
“Não basta só reconhecer o privilégio, precisa ter ação antirracista de fato. Ir a 
manifestações é uma delas, apoiar projetos importantes que visem à melhoria de vida 
das populações negras é importante, ler intelectuais negros, colocar na bibliografia.” 
“Não me interessa guardar para mim a reflexão se acredito na potência da 
transformação das mentalidades.” 
 
 
4 . MARIO SERGIO CORTELLA (1954) 
 
Professor, escritor, e filósofo - Mario Sergio Cortella é um importante pensador 
brasileiro que há algumas décadas contribui não só no meio acadêmico como também 
procura popularizar as questões que estuda se comunicando com o grande público 
através do rádio, de programas de televisão, dos livros e do seu canal no youtube. 
Mario Sergio Cortella nasceu no dia 5 de março de 1954 em Londrina. 
 
O PROFESSOR É FORMADO EM FILOSOFIA COM ESPECIALIZAÇÃO EM 
EDUCAÇÃO 
Em 1973 Mario Sergio ingressou no curso de Filosofia nas Faculdades Anchieta tendo 
se formado em 1975 em licenciatura. Durante a graduação foi monitor de Introdução à 
Filosofia e Introdução à Sociologia. 
Em 1989 concluiu o mestrado em Educação pela PUC-SP. O doutorado em Educação 
na PUC-SP foi finalizado em 1997 com a orientação de Paulo Freire. 
 
A CARREIRA DE MARIO SERGIO CORTELLA 
No início da carreira, Cortella deu aulas na disciplina de Ética Social para o curso de 
Ciências Sociais e, em 1976, foi chamado para ser professor-assistente de Metodologia 
Científica do Ciclo Básico da Medianeira. Após três anos de trabalho, virou professor 
titular da cadeira e deu aulas. 
Em 1977 foi para o Departamento de Teologia da PUC-SP lecionar, tendo permanecido 
na instituição durante 11 anos. No ano a seguir também deu aulas de filosofia para os 
últimos anos do ensino médio, essa foi a sua única experiência em escolas. 
Além da vida de sala de aula, o professor fez consultoria e assessoria nas áreas de Saúde 
e Educação. Foi contratado como Especialista em Educação para a Fundação Cenafor 
do MEC além de ter trabalhado para a Fundap.Em 1997 virou professor-convidado da Fundação Dom Cabral (Minas Gerais) e no 
mesmo ano foi aprovado no concurso para a PUC-SP. Nos anos a seguir atuou também 
atuou como professor-convidado na FGV. 
Entre 2008 e 2011 fez parte do Conselho Técnico Científico de Educação Básica da 
CAPES. 
 
COMO POLÍTICO FOI SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO 
PAULO 
O pensador desde muito cedo foi um militante político, tendo levado mais a sério essa 
vocação no ano de 1983, quando se tornou diretor da Associação de Professores da 
PUC-SP. 
Alguns anos mais tarde virou representante docente do Conselho de Administração e 
Finanças (1986/1988). 
Na sua breve passagem pela carreira política, atuou como chefe de gabinete (secretário-
adjunto) na gestão de Luiza Erundina, em São Paulo, e substituiu Paulo Freire no cargo 
de secretário Municipal de Educação entre 1991 e 1992. 
A PRESENÇA NA MÍDIA É FREQUENTE DESDE OS ANOS 90 
Em 1991 Cortella virou comentarista semanal de um programa na Rádio Globo de São 
Paulo. No ano a seguir se tornou comentarista semanal do jornal Record em Notícias, 
onde esteve dois anos no ar. 
Em 1995 começou a apresentar o programa mensal Diálogos Impertinentes, que foi 
exibido até 2006. 
Entre 1997 e 1999 atuou como entrevistador do programa Terceiro Milênio, na Rede 
Vida (depois o programa foi para a Rede Mulher). Nesse mesmo ano mediou o 
programa semanal Modernidade, da Tv Senac SP, onde se manteve como mediador até 
2004. 
Em paralelo seguiu como comentarista de Educação no programa Primeiras Notícias da 
Rádio CBN. 
Entre 2000 e 2004 colaborou com uma coluna presente no caderno Equilíbrio, da Folha 
de São Paulo. No mesmo ano passou a escrever a coluna Panorâmica, da revista 
Educação. 
Em 2011 foi a vez de se tornar comentarista semanal no Jornal da Cultura (TV Cultura). 
No ano a seguir, virou colunista do Academia CBN e comentarista do programa Escola 
da Vida, na mesma rádio. 
Outra importante conquista para a sua visibilidade aconteceu em 2018, quando passou a 
ter o quadro No meio do caminho, às quartas-feiras, no Jornal da CBN Primeira Edição. 
Cortella fundou no youtube em agosto de 2015 o Canal do Cortella, onde regularmente 
divulga palestras e conteúdo autoral. 
 
LIVROS PUBLICADOS 
 Descartes, a paixão pela razão (1988) 
 A situação atual da Educação no Brasil (1990) 
 A escola e o conhecimento (1998) 
 Nos labirintos da moral (em parceria com Yves de La Taille) (2005) 
 Não espere pelo epitáfio (2005) 
 Não nascemos prontos! (2006) 
 Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética (2007) 
 Sobre a esperança: diálogo (2007) 
 O que é a pergunta? (em parceria com Silmara Rascalha Casadei) (2008) 
 Liderança em foco (em parceria com Eugenio Mussak) (2009) 
 Filosofia e ensino médio: certos porquês, alguns senões e uma proposta (2009) 
 Filosofia e ensino médio: livro do aluno (2009) 
 O que a vida me ensinou: viver em paz para morrer em paz (2009) 
 Política: para não ser idiota (em parceria com Renato Janine Ribeiro) (2010) 
 Vida e carreira: um equilíbrio possível? (em parceria com Pedro Mandelli) (2011) 
 Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio) (2011) 
 Escola e preconceito: docência, discência e decência (em parceria com Janete Leão 
Ferraz) (2012) 
 Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena (em parceria com Terezinha 
Azerêdo Rios) (2013) 
 Pensar bem nos faz bem! (2013) 
 Ética e vergonha na cara! (em parceria com Clóvis de Barros Filho) (2014) 
 Educação, escola e docência: novos tempos, novas atitudes (2014) 
 Pensatas pedagógicas. Nós e a escola: agonias e alegrias (2014) 
 Educação, convivência e ética: audácia e esperança! (2015) 
 Por que fazemos o que fazemos? Aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização 
(2016) 
 Verdades e mentiras: ética e democracia no Brasil (com outros autores) (2016) 
 A era da curadoria: o que importa é saber o que importa! (em parceria com 
Dimenstein) (2016) 
 Basta de cidadania obscena! (com Marcelo Tas) (2017) 
 Felicidade foi-se embora? (com Frei Betto e Leonardo Boff) (2017) 
 Viver em paz para morrer em paz: se você não existisse, que falta faria? (2017) 
 Família: urgências e turbulências (2017) 
 Vamos pensar um pouco? Lições ilustradas com a Turma da Mônica (com Maurício 
de Sousa) (2017) 
 
AS FRASES MAIS FAMOSAS DE CORTELLA 
 “O conhecimento serve para encantar pessoas, não para humilhá-las.” 
“Os verdadeiros amigos vêem seus erros e te advertem. Os falsos amigos vêem do 
mesmo modo os teus erros e os apontam aos outros.” 
“Emprego é fonte de renda, enquanto trabalho é fonte de vida.” 
“Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém.” 
“O fracasso não acontece quando se erra, mas quando se desiste face ao erro.” 
 
VIDA FAMILIAR 
Mario Sergio é o primeiro filho do casal composto por um bancário (Antonio) e uma 
professora (Emilia Cortella). Em 1967 a família saiu de Londrina porque Antonio foi 
transferido para São Paulo. Os filhos foram educados, portanto, em São Paulo. 
Em 1970, ainda jovem, Mario Sergio passou a frequentar a Ordem Carmelitana 
Descalça, colaborando nas missas da Igreja de Santa Terezinha. 
Dois anos mais tarde, devido à sua vocação religiosa, entrou para o convento de 
Carmelitas Descalças. 
Depois de ter se formado, em 1975, abandonou a vida religiosa que levava até então. 
Em 1977 nasceu o primeiro filho do educador, que recebeu o nome de André Sergio. 
Dois anos mais tarde, nasceu a primeira filha, Ana Carolina. Em 1983 veio ao mundo o 
último filho de Cortella, Pedro Gabriel. 
Mario Sergio Cortella foi avô pela primeira vez em 2013, com o nascimento da neta 
Anna Luisa. Dois anos mais tarde foi avô novamente, e em dose dupla, com a chegada 
dos netos Antonio e Rafael. 
5. MIGUEL REALE (1910 - 2016) 
 Miguel Reale (1910-2006) foi um jurista, filósofo e professor brasileiro. Tornou-
se mundialmente conhecido com sua “Teoria Tridimensional do Direito”. Em 
2002, coordenou e elaborou o novo Código Civil Brasileiro. Ocupou a cadeira 
n.º 14 da Academia Brasileira de Letras. 
 Miguel Reale nasceu em São Bento do Sapucaí, São Paulo, no dia 6 de 
novembro de 1910. Filho do médico italiano Biagio Braz Reale e de Felicidade 
Chiaradia Reale, ainda menino, morou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 
onde cursou o ensino primário. 
 
FORMAÇÃO E CARREIRA 
 Em 1922, mudou-se para São Paulo quando estudou no Instituto Médio Dante 
Alighieri, onde concluiu o ensino médio. Ingressou na Faculdade de Direito da 
Universidade de São Paulo, bacharelando-se em 1934. 
 Participou do Movimento Constitucionalista, que ocorreu em São Paulo, em 
1932. Fez parte da Ação Integralista Brasileira, criada nesse mesmo ano. 
Publicou “O Estado Moderno” (1934) e “O Capitalismo Internacional” (1936). 
 Em 1941 foi nomeado professor de Filosofia do Direito na Universidade de São 
Paulo. Publicou “Teoria do Direito e do Estado” (1941). 
 Entre 1942 e 1946 foi membro do Conselho Administrativo do Estado de São 
Paulo. Em 1947 foi nomeado Secretário de Justiça do Estado. Na época, criou a 
primeira “Assessoria Técnico-Legislativa do Brasil”, para racionalizar os 
serviços legislativos. 
 Em 1949, Miguel Reale fundou o “Instituto Brasileiro de Filosofia”, do qual foi 
presidente. Nesse mesmo ano, foi nomeado reitor da Universidade de São Paulo. 
 Em 1951, Reale fundou a Revista Brasileira de Filosofia. Em julho de 1951 
chefiou a delegação do governo Brasileiro junto a Conferência da Organização 
Internacional do Trabalho, em Genebra. 
 Em 1952 publicou “A Doutrina de Kant no Brasil” e em 1954 “Filosofia do 
Direito”. Nesse mesmo ano fundou a “Sociedade Interamericana de Filosofia”, 
da qual foi duas vezes presidente. 
 Chefiou a delegação brasileira que participou dos Congressos Interamericanos 
de Filosofia em Santigo (1957), Washington (1959), Buenos Aires (1961) eQuebec, Canadá (1967). 
 Foi relator especial dos XII, XIII e XIV Congressos Internacionais de Filosofia 
realizados em Veneza, México e Viana. Foi vice-presidente de uma das sessões 
plenárias do XV Congresso Internacional de Filosofia realizado na Bulgária. 
 
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
 Em 1940, Miguel Reale publicou importantes obras: “Teoria do Direito e do 
Estado” e “Fundamentos do Direito”, nas quais lançou as bases para sua “Teoria 
Tridimensional do Direito”. 
 A “Teoria Tridimensional do Direito” ou “Teoria Integral do Direito” só foi 
elabora em 1968, e apresentava uma forma revolucionária e inovadora de se 
abordar as questões da Ciência Jurídica. 
 Para Reale, o Direito se compõe da conjunção de três concepções: 
 A sociológica - associada aos fatos e à eficácia do direito. 
A axiológica – associada aos valores e aos fundamentos do direito. 
A normativa – associada às normas e à vigência do direito. 
 Dessa forma, em linhas gerais todo fato (ação, acontecimento) possui um valor 
(aspecto axiológico) e para tal uma determinada norma jurídica. 
 
OUTRAS ATIVIDADES 
 No ano seguinte seria convidado pelo presidente Costa e Silva, para fazer parte 
da comissão revisora da Constituição de 1967, o que resultou na emenda número 
1 da Constituição. 
 Entre 1969 e 1973 assumiu a Reitoria da USP e implantou a reforma 
universitária. Em 1975 foi nomeado para a cadeira n.º 14 da Academia Brasileira 
de Letras. 
 Em 1974, Reale foi nomeado, pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, para o 
Conselho Federal de Cultura, cargo que exerceu durante 15 anos. 
 Publicou “Experiência e Cultura” (1977) e “Paradigmas da Cultura 
Contemporânea” (1996). 
 Em 2002, coordenou e elaborou o novo Código Civil Brasileiro, que entrou em 
vigor no ano seguinte. 
 
TÍTULOS 
 Miguel Reale recebeu diversos títulos honoríficos, entre eles, Doutor Honoris 
Causa das Universidades de Lisboa, de Coimbra, de Gênova, da Universidade 
Federal de Pernambuco, da Universidade Católica de Campinas, da 
Universidade Federal de Goiás e da Universidade do Chile. 
 Miguel Reale era pai do também jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro no 
governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. 
 Miguel Reale faleceu em São Paulo, São Paulo, no dia 14 de abril de 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
https://www.ebiografia.com/filosofos_mais_importantes/ 
 
https://www.ebiografia.com/filosofos_mais_importantes/

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