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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA CNPJ – 13.783.222/0001-70 - www.iesvap.edu.br BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba – PI 6º SEMESTRE - TURMA: T10 Disciplina: Clínica Integrada I TIC's Integradas I - Semana 03 (até 06-03-2023) TIPOS DE DISMENORRÉIA Tipos de dismenorreia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento. De acordo com Dall'acqua (2015), a dor pélvica crônica (DPC) é uma síndrome caracterizada por um quadro doloroso, que pode ser cíclico ou não, na região inferior do abdome ou pelve, com duração superior a seis meses. Essa dor pode apresentar- se como dismenorreia, dispaurenia ou desconforto crônico, relacionado ou não ao ciclo menstrual ou a um fator desencadeante. A etiologia da DPC pode ser dividida em grupos ginecológicos e não ginecológicos, sendo a endometriose a principal causa ginecológica. O termo "dismenorreia" é derivado do grego e significa fluxo menstrual difícil, sendo utilizado para descrever as cólicas menstruais dolorosas que ocorrem durante a menstruação ou algumas horas antes, acompanhadas de sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor lombar, nervosismo, tonturas e cefaleia. Esse tipo de dor abdominal relacionada ao fluxo menstrual é comum em jovens e também é conhecida como algomenorreia, menalgia ou odinomenorreia. Segundo Levine (2023), a dismenorreia é um problema ginecológico comum em mulheres de todas as idades e raças. Essa condição é caracterizada por sintomas de cólicas abdominais inferiores recorrentes durante a menstruação, podendo ser causada pela atividade miometrial e pelo aumento da intensidade das contrações uterinas (dismenorreia primária) ou por uma condição fisiológica ou patológica subjacente (dismenorreia secundária), como endometriose, adenomiose ou miomas uterinos. FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA CNPJ – 13.783.222/0001-70 - www.iesvap.edu.br BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba – PI Nesse sentido, Dall'acqua (2015), afirma que a dismenorreia pode ser classificada em dismenorreia primária e dismenorreia secundária. Na dismenorreia primária, não há lesões orgânicas e as causas podem ser miometrial, psicogênica, endócrina ou relacionadas às prostaglandinas e leucotrienos. A dismenorreia primária ocorre nos ciclos ovulatórios e é mais comum nos primeiros dois anos após a menarca. As taxas de prevalência variam de 40 a 70% em mulheres com idade inferior a 30 anos. Já na dismenorreia secundária, há uma causa orgânica subjacente, que pode ser congestão pélvica ou espasmo do útero. As causas congestivas incluem inflamações subagudas e crônicas, tumores pélvicos e outras afecções. As causas orgânicas incluem endometriose pélvica, leiomioma do útero, malformações genitais, estenose do canal do colo do útero e outras doenças. A presença de DIU também pode ser um fator contribuinte para a dor menstrual. As prostaglandinas também estão presentes na dismenorreia secundária, mas a dor é desencadeada por fatores anatômicos, e a dor provocada pela liberação das prostaglandinas está relacionada a outros sintomas patológicos subjacentes. O processo inflamatório da doença e o fator psicológico podem potencializar os sintomas, tornando a dor mais duradoura e intensa, diminuindo a eficácia dos inibidores das prostaglandinas. De acordo com Levine (2023), o tratamento para dismenorreia primária requer modificações na atividade e estilo de vida, incluindo uma dieta vegetariana com baixo teor de gordura para reduzir o número de dias de dor, consumo de chá verde e exercícios físicos para reduzir os sintomas. O uso de adesivos de calor na região abdominal inferior pode ser mais eficaz do que analgésicos de venda livre. Anti- inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, naproxeno sódico e ácido mefenâmico, são recomendados como tratamento de primeira linha para dismenorreia primária, a menos que haja contraindicação para o seu uso. Os contraceptivos orais podem ajudar a aliviar os sintomas da dismenorreia primária. Em mulheres com endometriose refratária ao tratamento cirúrgico, a terapia com agonista do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) com medicação adicional por ≥ 6 meses pode ser considerada. Vitaminas, minerais e suplementos, como vitamina B1, combinação de óleo de peixe/vitamina B1, valeriana, zataria, sulfato de zinco e vitamina D, podem ser eficazes no tratamento de todos os tipos de dismenorreia. A cirurgia é considerada a FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA CNPJ – 13.783.222/0001-70 - www.iesvap.edu.br BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba – PI opção diagnóstica e terapêutica final para dismenorreia. Para o tratamento da dismenorreia secundária, é importante identificar a causa subjacente e usar analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais (AINH) para aliviar a dor. Muitas vezes, é necessário realizar correção cirúrgica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEVINE, Elliot M. DynaMed. Dismenorréia. Serviços de informação da EBSCO. Acessado em 1º de março de 2023. https://www.dynamed.com/condition/dysmenorrhea. DALL'ACQUA, Roberta; BENDLIN, Tania. Dismenorreia. Femina, p. 273-276, 2015.