Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAPÍTULO 1 – TEORIA E CONTRUÇÃO DE MOTORES DE AERONAVES - INTRODUÇÃO Motores – vencem o arrasto por aplicação de empuxo; Conversão de energia térmica em mecânica; Força de propulsão – deslocamento de fluido de trabalho (por exemplo, o ar); Motores a foguete (rocket) – desloca subprodutos da combustão. Motores à hélice – aceleração de grande massa de ar com pouca velocidade; Motores turbojatos, estatojatos e pulsojatos – aceleram menor quantidade de ar a maior velocidade; Motores – comprimem fluido de trabalho antes da adição do calor; CAPÍTULO 1 – TEORIA E CONTRUÇÃO DE MOTORES DE AERONAVES - INTRODUÇÃO Métodos de compressão: – Compressor à turbina; – Pistão; – Ar de impacto (estatojato); – Aumento de pressão por combustão (pulsojato e foguete); CAPÍTULO 1 – TEORIA E CONTRUÇÃO DE MOTORES DE AERONAVES - INTRODUÇÃO COMPARAÇÃO DOS MOTORES - EXIGÊNCIAS Eficiência, economia (combustível, manutenção e custo) e confiabilidade; Alta potência de saída sem perda de confiabilidade, durabilidade entre revisões; Deve ser compacto; Livre de vibrações; As exigências acima irão ditar: – Tipo de ignição; – fornecimento de combustível e lubrificação; – Amortecimento de vibrações. POTÊNCIA E PESO Rendimento útil = empuxo; Potência do motor alternativo medida em BHP (brake horse power); Turbina a gás medida em THP (thrust horse power) – função da velocidade da aeronave; Condição de decolagem – máxima exigência do motor; Potência máxima contínua – determinada pelo fabricante do motor; Menor peso do motor – maior carga útil; ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL Parâmetro – cfc (consumo específico); Cfc: – Turbojatos e estatojatos: fluxo de combustível por empuxo; – Motores alternativos: fluxo de combustível pela potência de eixo; – Turboélices: fluxo de combustível por potência de eixo; ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL Baixa velocidade – motores alternativos e turboélices têm melhor economia; Alta velocidade – melhor desempenho dos turbojatos. DURABILIDADE E CONFIABILIDADE São fatores idênticos; Confiável – manutenção do desempenho em variações das condições de vôo, bem como altitudes; Durabilidade – tempo de vida do motor, enquanto mantém a confiabilidade desejada; TBO – varia com as condições de operação do motor (temperaturas, alta potência e manutenção recebida); Durabilidade e confiabilidade – parâmetros criados pelos fabricantes do motor; Confiabilidade continuada – depende de manutenção, TBO e revisão pessoal do operador. FLEXIDADE DE OPERAÇÃO Capacidade de um motor operar suavemente, com bom desempenho em qualquer regime de operação; Essa definição inclui variações atmosféricas na operação. COMPACTAÇÃO Motor compacto – é aquele que tem menores tamanho e forma possíveis; Monomotores – o tamanho do “nariz” pode afetar a visão do piloto e o arrasto parasita da aeronave; Motores maiores são mais pesados – o que representa grande restrição. SELEÇÃO DO MOTOR Existem outros fatores além de peso e cfc; TAS < 250 mph – motores alternativos; 180 < TAS < 350 mph – motores turboélices; 0.8M < TAS < 2.0M – motores turbojatos; Motores alternativos – têm operação mais complexa do que turbojatos e turboélices devido ao número de instrumentos que se necessita monitorar. TIPOS DE MOTORES ALTERNATIVOS A classificação básica se deve: – à disposição dos cilindros em relação ao eixo de manivelas: em “V”, em linha, radial e horizontalmente opostos); – Ao método de refrigeração: A ar: transmissão do calor diretamente dos cilindros para o ar (maior parte dos motores aeronáuticos); Líquido: transferência do calor para o líquido refrigerante que segue para o radiador. MOTORES EM LINHA Nº par de cilindros (maioria), com refrigeração à água ou a ar; Possuem apenas um eixo; Pequena área frontal, favorável ao fluxo de ar; Cilindros em posição invertida – trem menor e boa visibilidade; Maior razão peso-cv-força; Dificuldade na refrigeração a ar. MOTORES OPOSTOS OU TIPO “O” Duas carreiras de cilindros opostos, com o eixo de manivelas no centro; Pistões conectados ao eixo por bielas – normalmente, refrigerados a ar; Baixa razão peso-cv-força, baixa vibração, ideal para instalação em asas de aeronaves. MOTORES EM “V” Cilindros montados em duas carreiras em linha, geralmente a 60º; Maioria – 12 cilindros refrigerados a líquidos ou a ar; Indicação “V” seguido de um traço e deslocamento do pistão em polegadas cúbicas MOTORES RADIAIS Uma ou mais carreia(s) de cilindros em redor de um cárter central; Muito robusto; Nº de cilindros: 3, 5, 7 ou 9; Potência: entre 100 cv a 3800 cv. PROJETO E CONSTRUÇÃO DE MOTORES ALTERNATIVOS Peças básicas: – Pistões; – Bielas; – Comando de válvulas; – Velas; Cabeça do cilindro – válvulas (admissão e escapamento) e velas; Em cada cilindro – pistão conectado com o eixo por biela; SEÇÕES DO CÁRTER O cárter é a “base” do motor; Contém os rolamento que apóiam o eixo; O cárter armazena óleo lubrificante e sustenta mecanismos auxiliares ao motor; O cárter provê a fixação dos cilindros e a fixação do motor à aeronave; Deve proteger rolamentos e o eixo de manivelas contra o desalinhamento; Leveza e alta resistência – ligas de alumínio fundidas ou forjadas. Alguns casos – aço forjado; Cárter – sujeito a vibrações e outras forças: – Forças de expansão devido ao trabalho dos cilindros; – Forças de inércia e centrífuga do eixo de manivelas – movimentos de flexão do cárter; – Forças adicionais das engrenagens de redução da hélice; – Forças de empuxo das hélices e forças centrífugas e giroscópicas devido a mudanças de direção da aeronave. SEÇÕES DO CÁRTER MOTORES RADIAIS Exemplo ao lado – radial de 9 cilindros de carreira simples, com parte frontal inteiriça e cárter de 2 seções; Motores radiais de duas ou mais carreiras de cilindro têm montagem mais complexa. SEÇÃO DO NARIZ Possui forma diversas: – Cônicas: motores de baixa potência, sem redução. Fundido em ligas de alumínio ou magnésio – sem a necessidade de suportar hélice pesada; – Arredondadas – motores de alta potência, feitas de liga de alumínio forjada para absorver vibrações; A construção do nariz é função da vibração que irá receber durante a vida útil; A seção do nariz deve ser fiada de forma conveniente para transmitir cargas e calor com eficiência. Deve fornecer vedação adequada;
Compartilhar