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anatomia e fisiologia humana

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Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
1 
 
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO 
Hematopoiese é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos 
elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um 
precursor celular comum e indiferenciado chamado de célula hematopoiética 
ou célula-tronco. Na infância e na fase adulta a produção das células 
sanguíneas é realizada pela medula óssea, na cavidade central dos ossos 
longos. 
Os principais órgãos hematopoiéticos no adulto são: a medula óssea vermelha, 
que se localiza no interior dos ossos longos. A medula amarela á composta 
principalmente de gordura e não produz elementos sanguíneos; o baço e o 
fígado, que em casos de anemias severas podem voltar a exercer a sua função 
de produção de células sanguíneas, além de sua função hemocaterese; e os 
gânglios linfáticos, que armazenam células de defesa do organismo, chamados 
de linfócitos ou glóbulos brancos. 
A medula é muito vascularizada e consiste em tecido conjuntivo contendo 
células livres, sendo, as mais primitivas chamadas de células -tronco–ou 
células matrizes que são precursoras de duas linhagens diferentes de células: 
a linhagem mielóide e a linhagem linfoide. 
• Linhagem mielóide- inclui eritrócitos, vários tipos de leucócitos e as 
plaquetas; 
• Linhagem linfóide- diferencia-se em linfócitos; 
As células tronco se diferenciam e originam as células do sangue através da 
diferenciação sanguínea. Nem todos os elementos figurados do sangue se 
constituem em células. 
As hemácias ou eritrócitos, ou glóbulos vermelhos são as únicas células 
anucleadas, pois se originam de células embrionárias que perdem por expulsão 
o seu núcleo inteiramente. Possuem vida limitada, cerca de 100 dias e estão 
presentes em grande quantidade no sangue (3 a 4 milhões/ cm3 de sangue). 
São células indivisíveis e flexíveis que passam facilmente pelos capilares. Têm 
a responsabilidade de transportar o O2 e o CO2 através da corrente 
sanguínea. Possuem aspecto discóide com nítida depressão na região 
Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
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mediana. Esse aspecto das hemácias tão importante para execução do seu 
papel é devido à organização e a distribuição das moléculas de proteínas e da 
hemoglobina no seu interior. Devido à forma bicôncava das hemácias que a 
hemoglobina contida no seu interior se mantém homogeneamente distribuída 
nas proximidades da membrana plasmática, facilitando a hematose. A 
hemoglobina é um pigmento avermelhado encontrado no interior das hemácias, 
responsável por levar oxigênio aos tecidos e remover gás carbônico das 
células para ser eliminado. 
Para uma produção normal de eritrócitos, a medula óssea requer ferro, 
vitamina B12, ácido fólico, vitamina B6(piridoxina) e outros fatores. A 
deficiência desses fatores durante a eritropoiese resulta na diminuição da 
produção de hemácias e consequentemente o surgimento das anemias. 
As hemácias velhas são removidas do corpo particularmente pelo fígado e 
baço. A partir da hemoglobina liberada pelas hemácias velhas é produzido um 
pigmento chamado bilirrubina; esta é uma escória que é excretada na bile 
para ser liberada do organismo junto com as fezes. O ferro liberado da 
hemoglobina durante a formação da bilirrubina é carreada no plasma ligado a 
uma proteína e segue para medula óssea a fim de formar nova hemoglobina. 
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células nucleadas, incolores que 
desempenham mecanismo de defesa do organismo contra infecções. São 
células de vida curta, duram cerca de sete dias e estão presentes no sangue 
em uma quantidade menor que as hemácias, em torno de 5 a 9 mil leucócitos 
por milímetros de sangue. Cada pessoa possui um número de leucócitos 
específicos que permanece ao longo dos anos. Assim, uma diminuição na 
contagem dos leucócitos(leucopenia) ou um aumento na quantidade das 
células brancas(leucocitose) são o indicativo de algum problema pode estar 
acontecendo. 
Existem três grandes classes de leucócitos: 
1. Granulócitos: Originam-se da linhagem mielóide e são células que 
possuem grânulos em seu citoplasma. Os granulócitos são de 3 tipos: 
neutrófilo, eosinófilo e basófilo. 
Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
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• Neutrófilo- são os leucócitos mais numerosos. Desempenham por 
fagocitose função essencial para luta contra invasões 
microbianas. 
• Eosinófilo- representam 2 a 4% do total de leucócitos e estão 
geralmente aumentados nos estados de intoxicação e presença 
de helmintos. 
• Basófilo- existem na proporção de 0 a 1% do total de leucócitos. 
Apresentam resposta imunitária com liberação de histamina e 
outros mediadores químicos vasoativos. 
 
2. Linfócitos: Representam no sangue do adulto de 20 a 30% do total de 
leucócitos. Não possuem grânulos no seu citoplasma e são originários 
da linhagem linfoide da medula óssea. Os linfócitos são do tipo T e B. 
Os linfócitos do tipo B saem maduros da medula óssea, mas os linfócitos 
T precisam migrar para o timo para se tornarem maduros. 
• Linfócito T- responsável pela imunidade celular do tipo tardio. 
Ex: defesa contra vírus, fungos e micobactérias; 
• Linfócito B- responsável pela imunidade humoral, mediada por 
anticorpos(imunoglobulinas), contra reações de 
hipersensibilidade imediata; 
 
3. Monócitos: representam de 4 a 8% do total de leucócitos e se 
desenvolvem nos tecidos linfoides e migram facilmente pela parede dos 
vasos e se transformam em células fagocitárias, passando a se chamar 
macrófagos. 
As plaquetas ou trombócitos são fragmentos de células 
megacariócitos(células especiais nativas da medula óssea) e liberados na 
circulação. Possuem papel fundamental no controle do sangramento. Quando 
ocorre uma lesão as plaquetas se acumulam no local, promovendo a adesão 
plaquetária entre si e a formação de um trombo, fazendo o sangramento cessar 
temporariamente. 
Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
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As plaquetas possuem um tempo de vida em torno de nove a dez dias e seu 
quantitativo normal no sangue de um indivíduo varia de 150 mil a 450 mil por 
mililitro cúbico de sangue. 
 
Estes três tipos de células formam os elementos figurados do sangue, 
entretanto, toda a parte líquida do sangue forma o plasma sanguíneo. Cerca de 
90% do plasma é constituído de água e dissolvidas nesta, numerosas 
substâncias existentes no sangue, tais como: sódio, cloro, fósforo, potássio, 
magnésio, cálcio e outros. Além das proteínas que também estão dissolvidas 
no plasma. Em cada litro de sangue há cerca de 60 a 80gr. de proteínas, 
principalmente, em maior quantidade, por albumina, e em menor proporção 
estão as globulinas, relacionadas com a produção de anticorpos, e o0 
fibrinogênio, fundamental no processo de coagulação sanguínea. 
As proteínas controlam a viscosidade do sangue, a osmose e outros. 
Dissolvidos no plasma também encontramos: 02, CO2, uréia, ácido úrico, 
creatinina, glicose e gorduras. 
 
GRUPOS SANGUÍNEOS: 
É importante salientar que nem todas as hemácias são iguais. Algumas 
proteínas que estão presentes na superfície da membrana das hemácias são 
diferentes entre os indivíduos. Dessa forma, existem proteínas que variam de 
um indivíduo para o outro, determinando os sistemas ABO e RH. 
Em relação ao grupo ABO, algumas pessoas possuem as proteínas de 
membrana dos eritrócitos que foram chamadas de tipo A. Outros possuem um 
diferente tipo de proteína que foi determinada de tipo B. Outros possuem as 
duas proteínas, ou não possuem nenhuma das duas. É dessa forma que se 
dividem os diferentes grupos sanguíneos. Também estão presentes no sangue 
anticorpos para a proteína que não está presente na membrana do eritrócito. 
Por exemplo, quem possui o sangue A revela na membrana plasmática das 
suas hemácias uma proteína especial que recebe o nomede aglutinogênio A. 
Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
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Os que possuem sangue do grupo O não determina a produção de nenhum 
aglutinogênio nas hemácias. 
Quem produz aglutinogênio A produz aglutinina anti-B. Os portadores de 
aglutinogênio B produz aglutinina anti-A. Existe uma relação invertida entre 
aglutinogênio e aglutinina pois o encontro no sangue, de um aglutinogênio com 
a aglutinina do mesmo nome implica na aglutinação das hemácias 
(agrupamento das hemácias em bloco causando floculação sanguínea). Os 
aglutinogênios induzem à produção de anticorpos específicos, que são as 
aglutininas, que em presença do aglutinogênio correspondente promovem a 
aglutinação do sangue, com o0bstrução de pequenos vasos. 
Assim, uma pessoa do tipo sanguíneo A poderá doar sangue para outra do 
mesmo tipo sanguíneo, ou para outra que não possua anticorpos anti-A, sendo 
esse indivíduo do tipo AB. O mesmo ocorre com o tipo sanguíneo B. O tipo 
sanguíneo O possui anti-A e anti-B, não possuindo proteínas na membrana do 
seu eritrócito, podendo este sangue ser transfundido para qualquer pessoa, 
caracterizando-se um doador universal. Entretanto, como o indivíduo possui 
proteína tipo A e B, a transfusão deve ser em pouca quantidade. 
 
Fator D ou Rh: 
O fator Rh forma outro sistema de grupos sanguíneos independentes do 
sistema ABO. 
Foi descoberto em 1937 por Landsteiner e Wiener, os quais o detectaram 
primeiramente nos macacos Rhesus e depois no sangue humano. O Rh é outra 
proteína importante que pode ou não existir na membrana das hemácias. 
O indivíduo Rh+ não desenvolve o anticorpo, uma vez que possui a proteína na 
membrana. Entretanto, o Rh- não possui a proteína na membrana, 
desenvolvendo o anticorpo. Assim, um indivíduo Rh- pode doar sangue para 
outro Rh+, entretanto o oposto não pode ocorrer. Cerca de 85% das pessoas 
de cor branca são Rh+. 
 
Apostila Anatomia e Fisiologia Humana – Professora Dolores – Ano 2016. 
 
 
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Incompatibilidade materno fetal: 
Um problema muito importante relacionado ao sistema Rh refere-se a 
incompatibilidade materno fetal. Quando a mãe tem sangue Rh- e gera um filho 
Rh+, o seu organismo sofre, notadamente por ocasião do parto (descolamento 
da placenta), uma invasão de hemácias fetais, que contém o aglutinogênio Rh 
(estranho a ela). A partir dessa ocasião, passa a haver a produção e o acúmulo 
das aglutininas anti-Rh no sangue materno. Em gestações posteriores, com 
filhos Rh+, as aglutininas maternas atravessam a barreira placentária, 
alcançando a circulação do feto. Do choque entre essas aglutininas e o 
aglutinogênio das hemácias fetais, decorre a aglutinação do sangue da criança 
e a destruição das hemácias(hemólise). A hemoglobina se espalha pelo 
sangue e lentamente se acumula, como um pigmento amarelo na pele 
denominado icterícia. 
Hoje, nos casos de mulher Rh- com filho Rh+, aplica-se na mãe, dentro das 
primeiras 72 horas após o parto, uma dose única de aglutinina anti Rh humana 
(Rhogam ou Mathergam), que vai determinar a destruição das hemácias Rh+ 
do feto que invadiram o organismo materno por ocasião do descolamento da 
placenta ou qualquer fonte de contato sanguíneo materno-fetal. Destruídas 
essas hemácias invasoras, o organismo da mulher não mais sentirá 
necessidade de produzir as aglutininas anti-Rh. Assim, a paciente não conterá 
no seu sangue nenhuma aglutinina anti-Rh que possa criar problemas com 
futuras gestações.

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