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Podcast 
Disciplina: Barragens de terra e enrocamento 
Título do tema: Investigações e Monitoramento Geotécnico em 
barragens 
Autoria: Marcio Fernandes Leão 
Leitura crítica: Petrucio Santos Junior 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre as investigações e 
monitoramento em barragens de aterro. 
Há tempos o homem busca compreender o comportamento das feições 
naturais e das propriedades constitutivas dos materiais que as compõem. O 
entendimento preciso de parâmetros geológico-geotécnicos-geomecânicos 
resultam em projetos de engenharia enxutos, eficazes e seguros. Portanto, 
existe a necessidade da obtenção de embasamento por meio de informações 
sólidas, sendo qual for o escopo construtivo. Sabe quanto custa um 
investimento em monitoramento geotécnico? Cerca de 2% a 3% do custo total 
do empreendimento. A ausência desse pequeno “investimento” pode resultar 
no fracasso de uma obra, ou na pior das situações, supressão de vidas. 
A incerteza, principal responsável por superdimensionamentos, somada aos 
erros e acertos construtivos da engenharia, levou o corpo técnico a necessária 
busca por formas eficientes de pesquisas voltadas a previsão do 
comportamento geotécnico de solos e rochas; inicialmente, com instrumentos 
simples, de natureza mecânica e hidráulica e posteriormente pelo avanço 
tecnológico, por transdutores pneumáticos, elétricos e historicamente recentes, 
óticos. Detalhes sobre esses instrumentos podem ser consultadas na 
bibliografia recomendada em nossa disciplina. Você sabe o que implica uma 
rotina de monitoramento geotécnico? As técnicas iniciais de monitoramento 
eram realizadas exclusivamente de forma manual, exigindo premissas básicas, 
para o funcionamento ideal, uma rotina de tomada de dados, executadas 
preferencialmente por uma mesma equipe técnica de leitura. Assim, a 
instrumentação geotécnica passou a ser parte integrante da pauta dos 
projetistas e a sua implantação, em muitas das vezes, infelizmente se restringia 
apenas ao monitoramento pós-conclusão de um empreendimento. 
Conforme a evolução tecnológica dos instrumentos geotécnicos, houve a 
necessidade do aprimoramento do método de obtenção de dados. A leitura 
manual, apesar de válida, é passível de limitações, tais como o acesso a 
determinados locais, a manutenção da frequência de coleta de dados e 
imposições climáticas. 
Podemos apontar casos de sucesso no âmbito internacional, como o metrô de 
Londres, apontando que nos dias de hoje é inaceitável pensar na ausência de 
sistemas de monitoramento automatizados, quando lidamos com obras de 
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complexo grau construtivo. A experiência brasileira geotécnica deve continuar a 
conscientizar nossos geotécnicos que não se instrumenta apenas quando uma 
tragédia acontece e que dados estatísticos devem ser direcionados a previsões 
de incidentes/acidentes. A automatização permite não apenas um controle total 
sobre a evolução ou não da influência do projeto sobre o comportamento 
geotécnico dos materiais bem como a recíproca, além da prevenção de riscos 
tão recorrentes e recentemente difundidos nos grandes meios de comunicação. 
Erroneamente é pensado, por vezes, que este sistema substitui a tradicional 
aquisição manual, quando na verdade ele tende a se somar a este tipo de 
procedimento de monitoramento. 
A natureza não é previsível, porém é fundamental que o conjunto de todos 
esses apontamentos devam auxiliar no entendimento de seu comportamento, 
todavia nada disso terá validade se não nos fizermos uma simples e básica 
pergunta: “- Qual a minha expectativa em relação a instrumentação geotécnica 
para esta obra?” Sem essa resposta não adianta pensarmos em instrumentos, 
métodos e muito menos resultados concisos. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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