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Fichamento XIII - Entrevista de Devolutiva docx (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Aluno: Isabella Nazaré Silva
R.A.: N586923
Semestre: 7º Semestre
Professor: Patrícia Shalana
Texto:
BECKER, Elisabeth. et al. Metáfora e devolução: O Uso de história no processo de
psicodiagnóstico interventivo. In: ANCONA-LOPEZ, Silvia (Org.). Psicodiagnóstico Interventivo:
Evolução de Uma Prática. São Paul Cortez Ed., 2013, p. 139-152
Em um contexto de discussão sobre a compreensão da devolutiva para a criança no processo
do Psicodiagnóstico, Elizabeth, Fleury e Santiago trazem neste capítulo a discussão acerca da
devolutiva e seus modos de realização dentro do psicodiagnóstico. Por conseguinte, as autoras
levantam uma reflexão sobre as inúmeras questões que compõem essa discussão: Qual a melhor
alternativa para a devolutiva sem ser a forma tradicional e verbal? E qual a melhor forma de realizar
essa devolutiva para a criança, principal parte interessada neste processo.
Os autores apresentam ao longo do texto diversos argumentos que concretizam o valor da
narrativa como forma de construção da identidade do ser humano, principalmente na forma do mito e
da fábula, que se é apresentado ao indivíduo desde o período da infância, essas formas de literatura
são fundamentadas na experiência e tem suas convergências entre si, o mito e a fábula se diferenciam
quanto aos seus propósitos, caráter coletivo e origem. As fábulas são construídas com o objetivo de
transmitir uma ideia moral, os mitos não obedecem ao princípio da razão, transmitindo um
conhecimento, uma realidade não racional. Por isso, essas narrativas são úteis ao psicólogo na
compreensão do psiquismo, subjetividade e também no atendimento ao cliente.
Logo assim, tanto nos contos de fada quanto nos casos clínicos apresentados em livros de
psicodiagnóstico, a verdade é exposta e não ocultada. Nos contos de fadas, é comum a presença da
morte ou enfraquecimento de uma figura parental, expondo a criança a temas delicados da vida. Da
mesma forma, muitas crianças trazidas para diagnóstico psicológico têm histórias de vida trágicas, que
podem ser retratadas de forma metafórica na literatura especializada. Os autores abordam a devolutiva
como mecanismo de introjeção da identidade latente do paciente, diminuindo fantasias de doença,
incurabilidade e loucura, e permitindo que o paciente se perceba com critérios mais próximos da
realidade, resgatando aspectos próprios. Eles sugerem a utilização de material de testes para realizar a
devolução, começando pelos aspectos mais adaptativos e usando uma linguagem simples e apropriada
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à criança.
Pode-se observar que a utilização de histórias em psicoterapia de crianças é uma forma eficaz
de comunicação, por ser um modo favorito de as crianças se comunicarem e por favorecer o
aparecimento do espaço transicional. Eles citam um método de consulta que se utiliza das histórias
infantis como meio de intervenção, que revela uma compreensão dos problemas da criança e é lida
pelos pais durante certo tempo, oferecendo histórias a uma criança como um programa eficiente de
saúde mental. Concluem que a utilização de devoluções parciais e a abordagem terapêutica do
processo são fundamentais para alcançar objetivos como a apropriação da própria história pela criança
e sua relação estabelecida com o psicólogo, bem como a despedida dele e da situação de atendimento
de uma forma mais autônoma e integrada.
Também apresentam a experiência pessoal dos autores, constata-se que ao criar uma história
exclusiva para a criança, é possível proporcionar-lhe uma vivência psicológica única. Por meio da
identificação com os personagens e dos recursos analógicos utilizados, a criança parece adquirir uma
percepção mais clara do seu sintoma e expressar seus sentimentos envolvidos. Observa-se também
diversas reações das crianças durante e após a apresentação do livro de história, como o
reconhecimento de que a história se referia a ela, interesse e atenção durante a leitura, mesmo em
crianças muito agitadas. Elas se mostraram disponíveis para interagir na situação e compartilhar a
história com a professora, colegas ou avós. Algumas até pediram insistentemente aos pais a releitura
da narrativa, enquanto outras preferem guardá-la e "esquecê-la" até um momento de retomada.
Em conclusão, o livro de história é um produto valioso que resulta da compreensão do
processo de psicodiagnóstico. Ao conter informações importantes sobre o desenvolvimento da criança
e suas relações com o ambiente em que vive, bem como a compreensão de seus sintomas, o livro de
história pode proporcionar à criança um melhor entendimento de seus problemas. Além disso, permite
contextualizar seus problemas em sua história familiar e pessoal e explorar seus recursos para lidar
com as dificuldades apresentadas. Em resumo, a criação de um livro de história personalizado é uma
ferramenta eficaz para auxiliar a criança no processo de compreensão e resolução de suas questões
psicológicas.

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