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“...a ‘tradição histórica’ teria se originado com Gabriel Soares de Sousa ainda no século XVI, que de forma bastante vaga atribuía aos Guaianá um território que se estendia de Angra dos Reis à Cananeia, tradição essa vulgarizada por Pedro Taques, Frei Gaspar, Machado de Oliveira, Varnhagen, Azevedo Marques e Couto de Magalhães, entre outros, que confundiam os Guaianá de Soares de Sousa com os Tupi de outras fontes coêvas (Ribeiro, 1908, 183). Nessas alturas, porém, Teodoro Sampaio já havia matado a charada: a partir de um criterioso estudo dos escritores quinhentistas, concluiu o tupinólogo baiano que os Guaianá eram, de fato, um grupo não-tupi mas não eram os principais habitantes das áreas posteriormente colonizados pelos portugueses (Sampaio, 1897 e 1903)”. Por outro lado, dados e informações arqueológicas e historiográficas dos séculos XVII e XVIII demonstraram que os Guaianá eram bastante numerosos na vila de São Paulo nessa época, visto que eram capturados pelas expedições bandeirantes para servirem como escravos nas lavouras.[22] O termo “Guaianá”, contudo, não descreve necessariamente um povo em específico, mas diversas populações não-Guaranis, não sendo um termo usado pelos próprios indígenas. De acordo com os relatos deixados pelos jesuítas no século XVI, o chamado planalto de Piratininga era habitado predominantemente por grupos tupis quando da chegada dos europeus, sendo frequentemente citados os tupiniquins.[24] Período colonial “...a ‘tradição histórica’ teria se originado com Gabriel Soares de Sousa ainda no século XVI, que de forma bastante vaga atribuía aos Guaianá um território que se estendia de Angra dos Reis à Cananeia, tradição essa vulgarizada por Pedro Taques, Frei Gasp ar, Machado de Oliveira, Varnhagen, Azevedo Marques e Couto de Magalhães, entre outros, que confundiam os Guaianá de Soares de Sousa com os Tupi de outras fontes coêvas (Ribeiro, 1908, 183). Nessas alturas, porém, Teodoro Sampaio já havia matado a charada: a partir de um criterioso estudo dos escritores quinhentistas, concluiu o tupinólogo baiano que os Guaianá eram, de fato, um grupo não - tupi mas não eram os principais habitantes das áreas posteriormente colonizados pelos portugueses (Sampaio, 1897 e 1903) ”. Por outro lado, dados e informações arqueológicas e historiográficas dos séculos XVII e XVIII demonstraram que os Guaianá eram bastante numerosos na vila de São Paulo nessa época, visto que eram capturados pelas expedições bandeirantes para servirem co mo escravos nas lavouras.[22] O termo “Guaianá”, contudo, não descreve necessariamente um povo em específico, mas diversas populações não - Guaranis, não sendo um termo usado pelos próprios indígenas. De acordo com os relatos deixados pelos jesuítas no sécul o XVI, o chamado planalto de Piratininga era habitado predominantemente por grupos tupis quando da chegada dos europeus, sendo frequentemente citados os tupiniquins.[24] Período colonial “...a ‘tradição histórica’ teria se originado com Gabriel Soares de Sousa ainda no século XVI, que de forma bastante vaga atribuía aos Guaianá um território que se estendia de Angra dos Reis à Cananeia, tradição essa vulgarizada por Pedro Taques, Frei Gaspar, Machado de Oliveira, Varnhagen, Azevedo Marques e Couto de Magalhães, entre outros, que confundiam os Guaianá de Soares de Sousa com os Tupi de outras fontes coêvas (Ribeiro, 1908, 183). Nessas alturas, porém, Teodoro Sampaio já havia matado a charada: a partir de um criterioso estudo dos escritores quinhentistas, concluiu o tupinólogo baiano que os Guaianá eram, de fato, um grupo não-tupi mas não eram os principais habitantes das áreas posteriormente colonizados pelos portugueses (Sampaio, 1897 e 1903)”. Por outro lado, dados e informações arqueológicas e historiográficas dos séculos XVII e XVIII demonstraram que os Guaianá eram bastante numerosos na vila de São Paulo nessa época, visto que eram capturados pelas expedições bandeirantes para servirem como escravos nas lavouras.[22] O termo “Guaianá”, contudo, não descreve necessariamente um povo em específico, mas diversas populações não-Guaranis, não sendo um termo usado pelos próprios indígenas. De acordo com os relatos deixados pelos jesuítas no século XVI, o chamado planalto de Piratininga era habitado predominantemente por grupos tupis quando da chegada dos europeus, sendo frequentemente citados os tupiniquins.[24] Período colonial
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